Tópicos | José Wilker

Nesta semana, completam-se 45 anos desde que "Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976) chegou aos cinemas brasileiros. O filme é inspirado na obra literária de mesmo nome escrita por Jorge Amado (1912 – 2001) e conta a história de uma viúva (Sônia Braga) que se casa com um farmacêutico (Mauro Mendonça), mas ainda assim, não consegue esquecer seu ex-marido, o falecido Vadinho (José Wilker). Vale lembrar que o filme de Bruno Barreto é um marco da cultura audiovisual brasileira e durante 34 anos foi o longa-metragem mais assistido nos cinemas brasileiros, posto que foi tomado por “Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro” (2010).

De acordo com o historiador e cineasta Pierre Grangeiro, o período que o Brasil vivia foi um dos fatores que levaram “Dona Flor e Seus Dois Maridos” a se tornar um clássico. “Foi um fenômeno, muito por conta da questão sócio-política da época. Em 1976 houve a morte de Juscelino Kubitschek [1902 – 1976], e foi um período de grande comoção popular. As pessoas queriam algo que as fizessem sorrir, que os fizessem entreter de maneira envolvente, que não falasse de política, e falasse mais sobre a questão popular e cultural brasileira”, contextualiza.

##RECOMENDA##

Junte-se a isso a composição artística do filme, que também foi um dos trunfos da obra, principalmente na junção dos trabalhos de direção de Bruno Barreto ao texto de Jorge Amado. Segundo Grangeiro, ainda que houvessem grande novelas brasileiras baseadas em obras de Jorge Amado como “Gabriela” (1975) e “Tieta” (1989), elas não conseguiram captar a essência do universo do autor de maneira tão profunda e tão forte quanto “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e muito disso se deve ao elenco principal.

Para o cineasta, os atores foram fundamentais para o sucesso do filme. “Sônia Braga é popular, bonita e sensual, que transmite essa imagem da mulher brasileira. É muito talentosa, e nós vimos isso nos últimos filmes que ela fez décadas depois como ‘Aquarius’ [2016] e ‘Bacurau’ [2019]”. Além dela, a presença de Mauro Mendonça foi essencial para retratar um personagem mais certinho e dentro 'da caixa', enquanto José Wilker (1944-2014) traz uma interpretação de um homem mais mulherengo, malandro e muito sedutor. “A química entre eles é extraordinária e impressionante”, analisa.

Toda grande obra cinematográfica possui também elementos secundários, indispensáveis na composição do todo, e com “Dona Flor e Seus Dois Maridos” não é diferente. Segundo Grangeiro, a trilha sonora e a direção de arte são responsáveis por trazer uma ambientação mais crível de uma Bahia na década de 1940, em pleno Carnaval. “Parece que você entra naquele universo. É um filme que funciona em todos os aspectos, não apenas como uma comédia, mas também com um pouco de drama e um pouco de erotismo. É um filme muito cultural, que mostra a cultura baiana, desde o acarajé até o samba”, expõe.

Influência na dramaturgia brasileira

 “Dona Flor e Seus Maridos” passou a ter grande influência em obras que estavam por vir, não apenas filmes, mas também novelas. “É uma obra que marca o cinema brasileiro. Foi, e ainda é extremamente relevante e atual. Ele não envelheceu nada, até hoje pode-se assistir com família e amigos e se divertir da mesma forma”. Além disso, a obra de Bruno Barreto conseguiu trazer um novo significado ao cinema e ao audiovisual brasileiro.

Devido a sua grandeza, acabou por influenciar outras obras nacionais audiovisuais posteriores, como “Cidade Baixa” (2005) e “Ó Paí, Ó” (2007), estrelado por Lázaro Ramos. “Enquanto um retrata uma Bahia um pouco mais realista, mostrando a realidade de um submundo, o outro apresenta uma Bahia mais humorística, com axé, dança e capoeira”. Por essas e por outras, Grangeiro afirma que “Dona Flor e Seus Dois Maridos” é um dos pontos altos do cinema brasileiro e está no topo entre melhores, assim como “O Bandido Da Luz Vermelha” (1968), “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) e “Cidade de Deus” (2002).

 

 

Toda quinta-feira, internautas mundo afora aproveitam diversas redes sociais para relembrar momentos que marcaram suas vidas. Hoje, Susana Vieira fez o mesmo. Na sua conta do Instagram, a atriz revirou o baú de fotos para homenagear José Wilker, morto em abril de 2014.

Na plataforma, Susana declarou a importância de ter trabalhado com o ator. "Nunca fui tão feliz ao contracenar e conviver com alguém como o meu querido José Wilker. Desde 1976 até 2014!! Rimos muito, não é Zé?", escreveu. Susana Vieira compartilhou imagens com Wilker nos bastidores das novelas Senhora do Destino, Duas Caras e Fera Ferida.

##RECOMENDA##

Veja:

[@#video#@]

[@#video#@]

A 18ª edição do festival de audiovisual de Pernambuco, o Cine Pe, chegou ao fim na noite da sexta-feira (02), depois de uma maratona de 13 curtas e 14 longas metragens, sendo 22 deles nacionais e os outros cinco internacionais, categoria que começou a ser exibida esse ano. Os comandantes da festa foram os atores Deborah Secco e Bruno Torres, que além de premiar os ganhadores do festival, também comandaram as homenagens do evento, que ocorreu no Teatro de Santa Isabel, na área central do Recife.

##RECOMENDA##

A solenidade de encerramento homenageou três figuras importantes do cenário cinematográfico brasileiro: o ator José Wilker, falecido no dia 5 de abril; a película Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha; e também o crítico de cinema do jornal baiano A Tarde, João Carlos Sampaio, que cobria o Cine PE e faleceu na madrugada desta sexta (02). Familiares e amigos dos três foram chamados ao palco para participar das homenagens, que começou com a projeção de vídeos de momentos importantes das carreiras de Wilker, Glauber e João Sampaio.

O filme Muitos Homens num Só (RJ) foi o grande vencedor da premiação, levando nove troféus na mostra competitiva de longas-metragens de ficção, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Edição de Som, Melhor Trilha Sonora, Melhor Direção de Arte e Melhor Ator Coadjuvante. Além dos troféus calunga, o longa também ganhou como Melhor Filme segundo a escolha do júri popular, mais uma inovação do Cine PE desse ano. A diretora Mini Kerti e o roteirista Leandro Assis conversaram com a equipe do Portal LeiaJá e falaram sobre a alegria pela repercussão do longa, que está previsto para entreiar nos cinemas no segundo semestre desse ano.

 

Confira a matéria completa no vídeo acima.

A solenidade de encerramento do Cine PE ocorreu, nesta sexta (2), no Teatro de Santa Isabel. Em tom informativo e rápido, o casal Deborah Secco e Bruno Torres apresentou as homenagens da noite e os vencedores da Mostra Festival de Cinema de Ficção Internacional. Os homenageados foram o ator José Wilker, que faleceu no dia 5 de abril; o filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha; e o crítico de cinema João Carlos Sampaio, que cobria o Cine PE pelo jornal baiano A Tarde e faleceu após sofrer um infarto fulminante na madrugada desta sexta (2).

“Hoje (sexta) foi um dia triste para o Cine PE”, falou Deborah Secco no início da cerimônia. “Nós todos fomos pegos de surpresa e o Cine PE não deixou de fazer uma pequena homenagem”, completa Bruno Torres, referindo-se ao crítico João Carlos Sampaio, que foi o primeiro homenageado da noite, com um vídeo sobre seu trabalho. 

##RECOMENDA##

Logo depois, foi a vez do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol ser homenageado. Para receber o troféu Calunga, o jornalista Luiz Zanin subiu ao palco do Santa Isabel em nome da família de Glauber Rocha. “O filme é um clássico e sempre vai continuar em cartaz. É um filme que traz esperança, uma esperança que o Brasil ainda não conquistou”, disse Zanin ao público. 

O último homenageado da noite foi José Wilker. Alguns familiares do ator foram receber o troféu Calunga em sua homenagem. Na ocasião, Isabel Wilker, filha do também diretor e crítico de cinema, leu para o público um texto sobre cinema escrito pelo próprio Wilker. “Vou ler porque acho importante ter a palavra dele aqui”, disse. 

Em conversa com o Portal LeiaJá, Isabel Wilker falou sobre a lembrança que tem do pai. “O desejo era que ele estivesse aqui com a gente. Mas é importante está aqui com alegria, ele era uma pessoa extrovertida. Agora, ele vai poder influenciar as próximas gerações e, inclusive, a minha”, conta Isabel.

Na terça-feira (30), ocorreu a primeira cerimônia de homenagem no Cine PE. A atriz Laura Cardoso também foi uma das homenageadas desta edição e recebeu o troféu Calunga no Teatro Guararapes

[@#galeria#@]

Durante a primeira solenidade de premiação e mostra de filmes do Cine PE 2014, realizada nesta terça-feira (29), no Teatro Guararapes, o festival realizou uma homenagem à atriz Laura Cardoso, uma das mais importantes do cinema nacional. “Estou feliz, mas ao mesmo tempo triste por ter perdido um colega maravilhoso, que é o (José) Wilker”, disse a atriz quando foi chamada ao palco para receber o troféu Calunga, maior premiação concedida pelo Cine PE.

##RECOMENDA##

“Eu estou muito feliz com a homenagem. De verdade, sem falsa modéstia, eu acho que não mereço tudo isso. Eu amo esta cidade que é uma joia do Brasil, porque nela vive um homem maravilhoso chamado Ariano Suassuna. Eu quero agradecer de coração a este público que gosta e aceita o meu trabalho”, agradeceu Laura Cardoso, cuja honraria recebida também foi entregue em ocasiões às atrizes Fernanda Montenegro e Marieta Severo. O troféu foi entregue pelas mãos de Alfredo Albertini, organizador do Cine PE. 

Terceiro dia do Cine PE com muitas cadeiras vazias

Com 85 anos e 29 filmes no currículo, Laura Cardoso foi premiada há 13 anos no festival, como melhor atriz pelo longa Através da Janela. Além de Laura, o filme ‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’, que completou 50 anos de estreia, e o ator José Wilker, falecido aos 68 anos, também receberão homenagens este ano do Cine PE. 

Apesar da grande fila para a abertura do Cine PE, o Teatro Guararapes não ficou tão lotado, como em anos anteriores, neste sábado (26). O festival de audiovisual completa 18 anos em 2014 e trouxe para o primeiro dia a première brasileira do filme norte-americano O Grande Hotel Budapeste, de Wes Anderson. A inclusão de filmes internacionais é uma das novidades desta edição juntamente com a entrada da Mostra Pernambuco na programação principal.

A abertura começou por volta das 19h30, com direito à homenagem a José Wilker pelo curador do festival, Rodrigo Fonseca. Na ocasião, o também jornalista e crítico de cinema pediu para que o público fizesse "muito barulho" para o ator, que faleceu há algumas semanas, e é um dos homenageados do Cine PE 2014. Fonseca também enalteceu as cidades de Olinda e Recife e o cinema pernambucano, destacando alguns diretores como Kleber Mendonça Filho. Além de Wilker, também são homenageados, nesta edição, a atriz Laura Cardoso e o aniversário de 50 anos do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha.

##RECOMENDA##

Curador Rodrigo Fonseca faz homenagem a José Wilker

Em conversa com o LeiaJá, Rodrigo Fonseca conta que trouxe para esta edição filmes que possuem características autorais, com uma identidade própria. "Foram mais de 300 filmes inscritos para o festival. A gente tenta trazer uma seleção equilibrada que promete se tornar popular e, assim, criar um cinema de discussão", revela Fonseca.

Com um cunho mais autoral, o Cine PE deu uma repaginada e ampliou sua programação. Segundo Alfredo Bertini, que organiza o evento ao lado da esposa Sandra Bertini, o festival enfrentou muitas dificuldades para ser realizado. “A situação econômica da produção cultural no Brasil está muito difícil, não foi fácil fazer isso aqui”, destaca o diretor. Alfredo também revela que a inclusão de filmes internacionais estava prevista para acontecer na 15ª edição. “O planejamento era para os 15 anos do Cine PE, mas não fiz por problemas financeiros. A gente resolveu, então, incluir os filmes internacionais este ano, porque chegar à 18ª edição é um marco”, explica o diretor ao LeiaJá.

Cine PE: cinema do mundo em Pernambuco

Outra novidade desta edição é a descentralização do Cine PE. As tradicionais oficinas e seminários, que ocorriam durante a semana do festival, agora serão realizados em épocas diferentes. Segundo Alfredo, isso é uma maneira de estender o Cine PE. “Nesta semana, acontecerão apenas as mostras de filmes. Em maio, será realizada uma oficina e, em meados de agosto e setembro, acontecerão os seminários” salienta o diretor.

Confira a programação completa do Cine PE 2014

Mostra Pernambuco

Logo após a abertura oficial do Cine PE 2014, o festival seguiu com a Mostra Pernambuco, que antes acontecia em um horário paralelo à programação principal. Neste sábado (26), foram exibidas seis produções locais que integram essa mostra. A primeira foi Tesouros do Araripe: Os Fósseis e a Comunidade. O documentário de Tito Aureliano mostra a riqueza paleontológica que existe no sertão pernambucano, mas que é desconhecida por grande parte da população. 

Depois foi a vez do curta Au Revoir, de Milena Times, que já foi exibido em vários festivais brasileiros, e agora ganhou espaço no Cine PE. A história aborda a aproximação e o adeus de duas vizinhas que, apesar de morarem uma ao lado da outra, mal se falavam. 

Nove filmes pernambucanos em exibição no Cine PE

Já o documentário Pontas de Pedros e Pedras mostrou um pouco da tradição existente na praia de Pontas de Pedras, Litoral Norte de Pernambuco. Em seguida, foi exibido Severo, de Danilo Bracho. O curta conta a história de um garoto chamado Severino, que representa tantos outros severinos presentes no Brasil. Ele vive numa comunidade do Recife, em condições precárias, com sua mãe e seu irmão. Com um roteiro excepcional e uma montagem dinâmica, o curta foi ovacionado duas vezes pelo público. O último filme do primeiro dia da Mostra Pernambuco foi Rabutaia, um documentário emocionante sobre a vida de Gilvan Silva.

Mostra Curta Brasil

Sem intervalo, após a Mostra Pernambuco, teve início a primeira noite da Mostra de curtas nacionais. Na ocasião, foram exibidos O Filho Pródigo, curta paulista que tem como destaque a fotografia e a trilha sonora; Linguagem; No Movimento da Fé; e Notícias da Rainha. Além deles, o documentário pernambucano No Tiro do Bacamarte...Explode a cultura pernambucana! também integrou o primeiro dia dessa mostra.

Mostra Especial Hors Concours

A grande expectativa da noite ficou por conta da première brasileira de O Grande Hotel Budapeste. A comédia de Wes Anderson marcou a abertura do aniversário de 18 anos do Cine PE e também foi destaque por ser o primeiro filme internacional exibido no festival. 

O Grande Hotel Budapeste gira em torno de um gerente e um empregado de um hotel europeu. Os dois vivem diversas aventuras, desde o roubo de um quadro renascentista até a briga pela grande fortuna de uma família. 

O filme encerrou a noite arrancando boas gargalhadas do público, além de agraciar o festival com uma direção de fotografia impecável. Agraciado com o Prêmio do Júri do Festival de Berlim 2014, O Grande Hotel Budapeste possui um tom cômico peculiar. No elenco, nomes de peso como Ralph Fiennes, Adrien Brody, Willem Dafoe, Bill Murray e Jude Law.

A comédia lembra uma grande sinfonia, regida pelo maestro Wes Anderson. Tudo aparenta estar alinhado, em sincronia, desde os passos dos personagens aos diálogos.

Confira também outros detalhes na reportagem da TV LeiaJá.

[@#video#@]

Serviço

18º Cine PE Festival do Audiovisual

Mostra de filmes até 1º de maio | 19h

Teatro Guararapes  (Centro de Convenções, s/n, Olinda)

R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) para as mostras no Cecon

(81) 3461 2765

Solenidade de encerramento dia 2 de maio | 20h

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n- Santo Antônio)

Apenas convidados

Há 21 dias morreu uma das figuras marcantes do cinema e da TV brasileira, José Wilker. Neste sábado (26), na abertura do Cine PE, o artista foi homenageado em uma ovação do público pernambucano, a pedido do curador Rodrigo Fonseca.

A abertura do Cine PE começou por volta das 19h30, com a tradicional apresentação da jornalista Graça Araújo. O Teatro Guararapes estava cheio, mas não chegou a lotar, em comparação a outros anos. Quando o curador Rodrigo Fonseca subiu ao palco, ele fez questão de destacar o cinema pernambucano e o ator José Wilker.

##RECOMENDA##

"Geralmente fazem um minuto de silêncio para lembrar de alguém que partiu. Dessa vez, a gente vai fazer muito barulho para José Wilker", disse Fonseca ao público, que respondeu com gritos e aplausos. Na ocasião, Rodrigo também destacou o cinema pernambucano e pediu um "viva" para diretores como Kléber Mendonça Filho.

Em seguida, teve início a primeira mostra competitiva, composta apenas por produções locais. Este ano a Mostra Pernambuco ganhou espaço na programação principal e teve, em sua primeira noite, a exibição de seis curtas-metragens.

O destaque da Mostra Pernambuco ficou com o penúltimo filme a ser exibido,  "Severo", de Danilo Baracho. O curta conta a história de um garoto Severino, que representa tantos outros severinos presentes no Brasil. Ele vive numa comunidade do Recife com sua mãe e seu irmão, em condições precárias. Com um roteiro excepcional, o filme foi ovacionado duas vezes pelo público.

Pernambuco e, principalmente, o Recife é um dos maiores redutos cinematográficos existentes no Brasil e vem conquistando cada vez mais espaço no cenário mundial. Nada mais justo que a Veneza Brasileira tenha um festival dedicado à produção audiovisual. O Cine PE é um desses eventos que representa não só filmes do estado, mas também de todo o Brasil- e agora de todo o mundo. 

Em 2014, o Festival de Cinema do Recife chega aos seus 18 anos com uma programação mais diversificada e madura. Com direção de Sandra e Alfredo Bertini, o Cine PE se tornou um dos maiores do Brasil e ganhou até a alcunha de "Maracanã dos festivais". Mas antes de ser realizado no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções de Olinda, o Cine PE teve sua primeira edição no Cinema São Luiz, em 1997, com uma programação restrita apenas para convidados. Em conversa com o LeiaJá, Sandra Bertini conta que a seleção de filmes da primeira edição era apenas de curtas. “Era uma mostra de curtas para convidados, mas que teve um bom número de público. Nesse momento, percebemos que o festival tinha tudo para ser um sucesso no futuro”, comenta Sandra. 

##RECOMENDA##

Veja os vencedores do Cine PE 2013

No ano em que o festival chega a sua maioridade, ele também ganha amadurecimento. Com curadoria de Rodrigo Fonseca, o “Maracanã dos Festivais” conta com um time de 27 filmes, sendo nove deles produções pernambucanas. A grande novidade do Cine PE, que começa neste sábado (26) e vai até a sexta (2), fica por conta da inclusão de filmes internacionais em sua programação, abrangendo produções de diferentes lugares do mundo como Estados Unidos, Itália e Argentina. Sandra Bertini destaca que essa novidade veio no momento certo. “Esse processo faz parte do amadurecimento do Cine PE. O evento já tem reconhecimento do público e do Poder Público, portanto ele merece esse avanço”, conta Sandra ao LeiaJá.

Cine PE: Cinema do Mundo em Pernambuco

A 18ª edição do festival abrange produções internacionais vindas de diferentes lugares como Estados Unidos, Itália e Argentina. Esses filmes estarão presentes na Mostra Longa-Metragem Documentário e no Festival Internacional de Cinema, com exceção da elogiada comédia O Grande Hotel Budapeste, de Wes Anderson. O filme faz parte da Mostra Especial do Cine PE e ganha sua primeira exibição brasileira neste sábado (26), no Teatro Guararapes.

Confira a programação completa da 18ª edição do Cine PE

Apesar de ser um ano de internacionalização do Cine PE, as produções locais também ganham mais espaço nesta edição do festival. A Mostra Pernambuco sai de um horário paralelo à programação noturna e ganha destaque ao lado de outros filmes nacionais e internacionais. Além dos seis filmes que compõem a Mostra Pernambuco, duas produções integram a Mostra Curta Brasil, e uma faz parte da Mostra Doc Internacional. Ou seja, são filmes pernambucanos inseridos em três das quatro categorias competitivas do festival.

Filmes de outros estados brasileiros também marcam presença nas mostras competitivas. Eles concorrem nas categorias de Curta Nacional, Longa-Metragem Documentário e Festival Internacional de Cinema. Uma dessas produções é O Menino no Espelho, que tem no elenco o ator Mateus Solano, presença já confirmada para o Cine PE 2014. As produções nacionais também marcam presença na sessão especial de Getúlio, filme sobre ex-presidente do Brasil estrelada por Tony Ramos, e na Mostra de Cinema Infantil que ocorrerá no Cinema São Luiz para alunos de escolas públicas.

Com essa nova roupagem, a expectativa é que o Cine PE faça jus ao seu apelido de Maracanã dos Festivais e lote o Teatro Guararapes da mesma forma que o maior estádio do Brasil fica cheio durante um FlaxFlu. É essa participação do público que marca o Cine PE e o destaca de grandes festivais brasileiros como o de Brasília e de Gramado. “O público faz o Cine PE ter um status diferencial. É o que a gente tem de mais bonito”, completa Sandra Bertini.

Abertura e encerramento

A abertura da 18ª edição do Cine PE acontece neste sábado (26), no Teatro Guararapes. Como de praxe, o local recebe uma grande tela na qual os filmes serão exibidos em formato digital. Como nos anos anteriores, a apresentação do festival fica por conta da jornalista Graça Araújo. 

Já a solenidade de encerramento e a premiação acontecerão na sexta-feira (2), no Teatro de Santa Isabel. A cerimônia para convidados será apresentada pelos atores Deborah Secco e Bruno Torres. Na ocasião, os atores Laura Cardoso e José Wilker (em memória) serão homenageados pelo festival junto com o filme Deus e Diabo na Terra do Sol, obra de Glauber Rocha que completa 50 anos em 2014.

Presenças confirmadas

Além do ator Mateus Solano, os atores brasileiros com presenças confirmadas até o momento são Vladimir Britcha, Caio Blat, Sidney Santiago.

Com a morte de José Wilker no último sábado (05), o projeto da TV Globo Em Cena, que era comandado pelo ator, terá agora José de Abreu como responsável pelo evento. A informação é da coluna Outro Canal, do jornal Folha de S.Paulo.

O Em Cena consiste num bate-bapo descontraído com grandes nomes da televisão. O auditório fica instalado no Projac, Rio de Janeiro, e a plateia é formada apenas por funcionários da TV Globo. Na próxima edição do projeto, José de Abreu receberá Lima Duarte.

##RECOMENDA##

Terminou neste domingo, por volta das 15h, o velório do ator e diretor José Wilker, morto de enfarte enquanto dormia de sexta-feira para o sábado. O corpo de Wilker foi velado no Teatro Ipanema, na zona sul do Rio, palco que marcou o início da carreira do ator. Após receber as últimas homenagens de fãs, em velório aberto ao público desde as 23h30 de sábado, o corpo de Wilker seguiu, sob aplausos, para o Memorial do Carmo, onde será cremado em cerimônia reservada à família e amigos.

Desde manhã cedo, por volta de 9h, o movimento foi grande na calçada em frente ao teatro. A movimentação de fãs e curiosos, sempre de celulares e câmeras digitais em punho para fotografar atores famosos, chegou a atrapalhar o trânsito na Rua Prudente de Moraes, no domingo de sol em Ipanema.

##RECOMENDA##

Fãs e colegas começaram a se despedir do ator e diretor José Wilker às 23h35 deste sábado (5), quando o velório foi aberto ao público. Wilker morreu de enfarte, aos 69 anos, enquanto dormia na casa da namorada, de sexta-feira para sábado. O velório no Teatro Ipanema, na zona sul do Rio de Jeneiro, começou tarde da noite, varou a madrugada e segue aberto ao público neste doming (6)o, até 15h.

Pelo menos até 2h da madrugada havia fãs na cerimônia. Passaram pelo teatro os atores Tony Ramos, Marcelo Serrado, Xuxa Lopes, Andrea Beltrão, Marieta Severo, José Meyer, Othon Bastos, Paulo Betti, Letícia Sabatella, Vera Holtz, Camila Morgado, Susana Vieira e Malu Mader, acompanhada do marido, o músico Tony Bellotto. Também estiveram no velório o autor de novelas Gilberto Braga e o teatrólogo Aderbal Freire Filho.

##RECOMENDA##

No palco do teatro, foram pendurados quadros com imagens de Wilker em cena, em várias peças diferentes. Os quadros, que ficam na casa do ator e diretor, no Jardim Botânico, também na zona sul do Rio, foram cercados por orquídeas.

Espaço tradicional da contracultura e do teatro de vanguarda no Rio, o Teatro Ipanema marcou Wilker. Lá, o ator participou de "A ópera dos três vinténs", de Bertold Brecht, e "O Rei da Vela", do Grupo Opinião, espetáculos de vanguarda encenados em 1971.

Após as 15h, o velório será fechado ao público. O corpo de Wilker será cremado, em cerimônia só para a família e amigos, marcada para as 18h, no Memorial do Carmo.

O ex-governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), e a presidente Dilma Rousseff (PT) lamentaram, neste sábado (5), a morte do ator José Wilker. Campos afirmou ter ficado “surpreso” com a notícia. Segundo ele a “cultura brasileira perde muito” com a ausência do cearense. 

“Fiquei muito triste com a notícia de sua morte, que surpreendeu o País inteiro nesta manhã de sábado. Wilker era não somente um dos atores mais talentosos de sua geração, mas também um grande incentivador do cenário cultural. Era, também, um pernambucano de coração, tendo passado boa parte da infância e da adolescência em Olinda”, disse o socialista. 

##RECOMENDA##

O ex-governador disse ainda que “o teatro e a televisão ficam um pouco mais pobres neste sábado”, mas o trabalho de Wilker vai continuar vivo “ao longo de décadas”.

Sob a mesma ótica, a presidente Dilma intitula a morte do ator como “prematura”. De acordo com a petista, a teledramaturgia terá que aprender a viver sem a elegância de José Wilker. 

“Sem ele, a teledramaturgia brasileira, ambiente onde reinou por mais de quarenta anos, terá que aprender a viver sem a rara sensibilidade e humor elegante que caracterizavam tão bem a forma de atuar de José Wilker”, pontuou Dilma. 

Natural de Juazeiro do Norte, no Ceará, José Wilker Almeida, falecido na manhã deste sábado (5), era um ator, diretor e crítico de cinema. Nascido em 20 de agosto de 1947, começou sua carreira como locutor de rádio, ainda no Ceará, e se mudou para o Rio de Janeiro aos 19 anos.

A primeira atuação aconteceu no filme A Falecida, de 1965, que tinha Fernanda Montenegro como protagonista. Wilker também se destacou ao protagonizar o filme Dona Flor e Seus Dois Maridos, de 1976, ao lado de Sônia Braga e Mauro Mendonça, e dirigido por Bruno Barreto. No filme, ele interpretou Vadinho, o malandro marido de Dona Flor, que, devido ao seu estilo boêmio, falece precocemente e acaba retornando como espírito, devido às saudades da ex-mulher.

##RECOMENDA##

Em telenovelas, um de seus papéis de destaque foi como Giovanni Improtta, na novela Senhora do Destino, exibida pela Rede Globo em 2003. Na pele de um ex-bicheiro apaixonado pela protagonista da novela, Maria do Carmo, o personagem de Wilker conquistou o público devido a seus trocadilhos com o português. Expressões como “felomenal”, “Lei de Smurf” e “O tempo ruge e a Sapucaí é grande” foram para a boca do povo, e até hoje são lembradas.

O ator foi casado com a atriz Renée de Vielmond, com quem teve duas filhas, Isabel e Mariana, e também foi casado com as atrizes Mônica Torres e Guilhermina Guinle. Atualmente, Wilker estava casado com a jornalista Claudia Montenegro, com quem teve a última filha, Madá.

Homenageado do Cine PE – José Wilker é o homenageado da edição 2014 do Cine PE - Festival do Audiovisual, que acontece entre os dias 26 de abril e 2 de maio, no Teatro Guararapes. Juntamente com ele, a atriz Laura Cardoso, 85 anos. Na programação do evento, eles serão homenageados na última noite do festival (2 de maio).

Foram divulgados os homenageados do Cine PE-Festival do Audiovisual, que será entre os dias 26 de abril e 2 de maio, no Teatro Guararapes. Completando 50 anos, o filme de Galuber Rocha Deus e o Diabo na Terra do Sol, foi lançado às vesperas do golpe militar e encabeça a lista de reverências.

A ideia era entregar a homenagem à Dona Lucia Rocha, mãe do direror, mas ela faleceu no decorrer das negociações. Por esta razão, os filhos de Glauber Rocha deverão estar presentes no evento, representando a família.

##RECOMENDA##

A atriz de cinema, teatro e TV, Laura Cardoso e o ator, diretor, e crítico de cinema brasileiro José Wilker compõe a dupla de homenagens artísticas. Aos 85 anos, Laura Cardoso conta com 29 filmes no currículo, sendo o documentário dirigido por Carlos Hugo Christensen, O Rei Pelé (1962), o primeiro da lista. E o cearense, José Wilker, que esteve no Cine PE 2013 com o longa Giovanni Improtta, tem 69 filmes na carreira.

Os tributos serão prestados na última noite do festival (2 de maio).

Maior Idade

Para celebrar a maior idade, o Cine PE abre suas portas para receber longas-metragens internacionais. O festival deve divulgar a programção completa no dia 30 de março.

[@#galeria#@]

Exibido pela primeira vez durante a abertura do Cine PE - Festival do Audiovisual de Pernambuco, o filme Giovanni Improtta é o primeiro longa com direção de José Wilker. A história gira em torno do personagem título, que ficou famoso no Brasil durante a novela Senhora do Destino.

##RECOMENDA##

Giovanni (José Wilker) é um ex-bicheiro atrapalhado que sonha em ascender socialmente. Para isso, ele deseja se tornar sócio de um clube frequentado pela high society carioca e não perde a oportunidade de aparecer em colunas sociais, jornais e revistas. De repente, ele se vê envolto em uma trama construída para arruinar seus negócios e levá-lo para a cadeia.

Viúvo, Improtta vive um romance com Marilene (Andréa Beltrão), sua atual companheira e mãe de Vitor (Yago Machado), filho mais novo do contraventor - como ele gosta de lembrar em diversos momentos do longa. Ela morre de ciúmes do amado e se sente culpada pela morte de sua ex-esposa, a irmã de Franklin (Thelmo Fernandes), um pastor evangélico vingativo e interesseiro que tem como missão conseguir um título de cidadão honorário para Giovanni.

Ao contrário do que se espera, o longa não é um spin-off* da novela Senhora do Destino. O personagem título que tanto marcou e cativou o público brasileiro em 2004 na verdade é baseada nos livros O Homem que Comprou o Rio e Prendam Giovanni Improtta. 

Sem conhecer essas informações, o espectador pode sair decepcionado da sala de exibição, ao ver um bicheiro com tendências de alpinismo social e que não mede esforços para mostrar sua influência nos mais diversos setores da sociedade carioca.

Com um começo arrastado e um desenvolvimento cansativo, Giovanni Improtta surpreende no final e pode arrancar algumas gargalhadas dos mais bem-humorados. Grande destaque para Andréa Beltrão que dá vida a uma incrível suburbana ciumenta e crente nos poderes de seu pastor. 

Milton Gonçalves, Othon Bastos e Hugo Carvana também brilham no papel de bicheiros que ficam de olho na legalização dos cassinos. Porém com piadas repetitivas e um roteiro mal encaixado, o filme é mais um daqueles que entram na lista do "esperava mais".

*Spin-off: Filme ou série derivada de outra produção

[@#galeria#@]

A noite desta sexta-feira (26) marcou o início de mais uma edição do Cine PE no Teatro Guararapes, localizado no Centro de Convenções de Pernambuco. Com a abertura dos portões um pouco depois das 20h, o público começou a entrar para conferir o início das mostras competitivas de curtas e longas-metragens que disputam o Troféu Calunga.

##RECOMENDA##

Após a exibição dos dois primeiros curtas e uma homenagem ao Canal 100, programa exibido nos cinemas antes dos filmes com lances e partidas de futebol, a animação mineira Joana, de Daniel Pinheiro Lima, foi projetada na tela do festival. Antes, a equipe do único longa da noite, Giovanni Improtta, dirigido por José Wilker, subiu ao palco para apresentar o filme. A exibição do filme no Cine PE marca a estreia nacional da primeira aventura de Wilker como diretor.

Wilker, que estreou como ator no Recife, quando tinha apenas 13 anos de idade, afirmou que "Voltar neste momento aqui para mim é uma espécie de prestação de contas", um reencontro com sua origem como ator, crítico e, agora, cineasta. Sua chegada ao Centro de Convenções causou um verdadeiro tumulto, todos queriam falar com ele. Na primeira noite do Cine PE, José Wilker foi a grande estrela, mais até do que seu filme, até porque ele interpreta o personagem central.

Ao LeiaJá, o diretor afirmou: "Escolhi um personagem carioca, que é um tipo que eu conheço bem e sobre o qual eu queria falar". Realmente, o filme foca nos tipos, personagens e seus trejeitos, especialmente no protagonista que dá nome à película. Uma comédia com bons momentos, mas que não chega a empolgar, com alguns dos momentos mais engraçados sendo causados pelos erros de português e trocadilhos invonlutários do bicheiro enrolado em acusações, uma esposa problemática e a liderança do seu império criminoso. Destaca-se a interpretação de Andréa Beltrão, que interpreta a sra. Improtta.

O Cine PE, Festival do Audiovisual, continua até a próxima quinta (2), quando premia seus vencedores. O LeiaJá acompanha de perto e estará presente em todos os dias do evento.

O Cine PE anunciou, em coletiva realizada nesta quarta (17), a programação da sua 17ª edição, que acontece entre os dias 26 de abril e 2 de maio no Teatro Guararapes, localizado no Centro de Convenções do Recife. O tema escolhido para 2013 foi "Brasil, país do futebol e do cinema". O futebol será tema da próxima edição também, aproveitando a realização da Copa das Confederações (em 2013) e da Copa do Mundo de futebol (em 2014).

Segundo Alfredo Bertini, organizador do festival, a inspiração da temática vem de uma declaração de Pelé, que afirmou que o Cine PE é o "Maracanã dos festivais de cinema". A campanha publicitária pede para os espectadores irem ao festival com a camisa do seu time, e os organizadores prometem uma surpresa relacionada ao tema durante os dias do evento.

##RECOMENDA##

Os homenageados são a atriz Marieta Severo, o documentarista Silvio Tendler e o Canal 100, que exibia notícias e lances de jogos de futebol no cinema, antes dos filmes, e será representado por Alexandre Niemeyer. O longa responsável por abrir a programação do Cine PE é Giovanni Improtta, de José Wilker.

[@#galeria#@]

Ao todo, 39 filmes estão na programação do festival, sendo 27 longas e 12 curtas. Destes, 7 longas-metragens e 18 curtas fazem parte das mostras competitivas, concorrendo em doze e dez categorias, respectivamente. Os vencedores recebem o tradicional troféu Calunga no último dia do Festival. Todos os longas exibidos no 17º Cine PE são inéditos.

Além das mostras competitivas, o Cine PE tambem realiza outras quatro paralelas: a Mostra Pernambuco, com curtas locais; Brasil, país do futebol, que exibe três curtas, um deles sobre o jogador de futebol Mauro Shampoo; Diretor Homenageado, com o documentário Jango, de Silvio Tendler; Mostra Brasil/Angola; e a Mostra Estudantil do Cinema Brasileiro, que acontece no período da manhã e recebe alunos de escolas públicas. Em 2013, 400 crianças do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca terão a sua disposição ônibus para vir às sessões.

Haverá também uma homenagem aos noventa anos do cinema pernambucano, iniciado no Ciclo do Recife, na década de 1920. Outra homenagem, ao Canal 100, inclui imagens resgatadas dos três maiores times de futebol de Pernambuco.

O filme Os sonhos de um sonhador - a história de Frank Aguiar, cinebiografia do cantor e político piauiense conhecido como o 'cãozinho dos teclados', encerra o festival. "O filme marca a última participação de Chico Anysio no cinema e vamos realizar uma homenagem a ele", avisa o produtor Alfredo Bertini. O longa não está na mostra competitiva. O último dia do Cine PE é aberto ao público.

Problemas de projeção



Em relação a possíveis problemas de exibição, como os que aconteceram na última edição, obrigando a reapresentação de filmes (incluindo o vencedor A beira do caminho), Alfredo Bertini afirmou que várias medidas foram tomadas. A primeira delas é a garantia de testes em todos os filmes a serem exibidos no festival um dia antes do início das projeções. Também foi estabelecido um padrão único para a projeção digital.

As mudanças para evitar problemas foram fundalmentalmente em relação às rotinas de preparação e exibição, não a equipamentos ou pessoas. "Todos os filmes digitais já foram 'encodados' e no reglamento está escrito que os testes serão feitos no dia anterior ao festival. Depois de testados os filmes, ninguém vai poder entrar na cabine de projeção", avisa Bertini.

Atividades correlatas



Além da exibição de filmes, o Cine PE também promove seminários e oficinas. Um dos seminários contará com a presença do presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho e discutirá as relações entre o futebol e o audiovisual.

Outro será um balanço da gestão da Ancine com apresença do presidente da agência, Manuel Rangel. Entre as oficinas estão temas como finalização e pós-produção. A lista completa de atividades está na página do Cine PE.

A programação correlata do Cine PE ainda inclui uma visita à Arena Pernambuco, além de um jogo de futebol entre artistas e ex-jogadores profissionais, marcado para o dia 1º de maio.

Os ingressos estarão à venda a partir desta sexta (19) aos valores de R$10 (inteira) e R$ 5 (meia), no Café Castigliani do Cinema da Fundação e em Lojas BR. Apenas as mostras competitivas são pagas. Um Real de cada ingresso vendido irá para a APAF - Associação Pernambucana de Apoio aos doentes de Fígado. A produção espera atrair 20 mil pessoas para o Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, nesta edição.

Confira neste link a programação completa dia a dia do 17º Cine PE.

Serviço

17º Cine PE

26 de abril a 2 de maio

Teatro Guararapes (Centro de Convenções de Pernambuco - Olinda)

R$ 10 | R$ 5 (meia)

 

A 17ª edição do Cine PE acontece entre os dias 26 de abril e 2 de maio no Teatro Guararapes, localizado no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. O Festival do Audiovisual selecionou, entre 362 filmes inscritos, 25 filmes inéditos, sendo 18 curtas de seis estados e 7 longas-metragens dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco - 3 documentários, e 4 de ficção - para a mostra competitiva.

A Mostra Pernambuco, parte da programação do Festival, acontece no sábado (27) e domingo (28), às 16h30, gratuitamente. A mostra paralela, que tem a curadoria do Cine Foot, também ocorre nesses dois dias, tendo como o tema o futebol. Para esta edição, os diretores Alfredo e Sandra Bertini decidiram homenagear os atores Marieta Severo e Lima Duarte, assim como o cineasta Silvio Tendler e o Canal 100. "Procuramos homenagear pessoas que tem uma filmografia grande, que são de grande relevância para esta arte brasileira tão importante que é o cinema", explica Sandra Bertini.

##RECOMENDA##

Além dos filmes exibidos, o Cine PE promove oficinas profissionalizantes durante o festival. Segundo Sandra, as oficinas incentivam o público pernambucano e de outros Estados a engrenar na produção de obras audiovisuais. O cineasta Leonardo Lacca é fruto das oficinas do Cine PE, e em 2008 exibiu no próprio festival seu curta Ventilador. Para Bertini, "Assim como a política de fomento do Governo do Estado, as oficinas conseguem capacitar e estimular pessoas a realizar seus filmes”.

Um dos longas mais esperados no festival é filme Giovanni Improtta, do diretor José Wilker, que abre o Cine PE 2013. Outro aguardado também é o Bonitinha, Mas Ordinária, de Moacyr Goes, com os atores Leandra Leal e João Miguel. A lista dos filmes que fazem parte da grade competitiva do festival está disponível na página do Cine PE.

Confira entrevista exclusiva que Sandra Bertini concedeu ao LeiaJá:

Quais as novidades desta edição do Cine PE?

A grade de filmes é completamente inédita em salas de cinema. Este ano, o Cine PE une duas paixões nacionais, o cinema e futebol, através da mostra paralela. Serão disponibilizadas mesas de debates para o tema. Como atividade paralela, faremos um jogo de futebol no sábado (27), com profissionais e atores que gostam de bater uma bola.

Quais foram os critérios de escolha entre os 362 filmes inscritos?

Foram escolhidos filmes de caráter comercial, alternativo, intimista, para atender o público do festival, que é tão diversificado. A gente traz para a grade, uma heterogeneidade do que está sendo produzido ultimamente no audiovisual brasileiro. Na mostra competitiva de curtas e longas, não definimos um tema específico. São filmes de vários gêneros, de temáticas diferentes, mais experimentais e contemporâneos.

Quais as providências adotadas pelo festival para evitar os problemas técnicos nas projeções?

Como em qualquer festival, as falhas acontecem. No ano passado o problema com o filme do Breno Silveira foi o mais sério. Este ano, procuramos nos resguardar exigindo que os filmes sejam entregues com, no mínimo, um dia de antecedência, para que possamos testar o filme antecipadamente. Solicitamos o mesmo formato do ano passado.

Após 17 anos de realização do Cine PE, como você avalia o festival?

O festival é para quem gosta de cinema, formadores de opinião, realizadores de filmes, para o público local e de fora que vem conferir o evento. Para a produção dos filmes, você antes trazia profissionais de fora, diretores de arte, figurinista, maquiadores. O Cine PE, com as oficinas, incentiva o público pernambucano a produzir seus filmes. O festival é um grande congresso. Além da oportunidade de verem os filmes, as pessoas conversam diariamente, os sete dias, sobre cinema. Muitas pessoas têm a oportunidade de conhecer um diretor novo e trocar experiências. O cinema pernambucano é um cinema bom, a gente dá lição pra muita gente. O grande diferencial é a reação do público: mesmo sem gostar, as pessoas reagem (durante as exibições).

O Cine PE 2013 começa no dia 26 de abril com a estreia do longa Giovanni Improtta, que traz José Wilker como diretor pela primeira vez. No elenco, além de Wilker como o protagonista, Andrea Beltrão, Miltom Gonçalves, Hugo Carvana, Othon Bastos e uma participação especial de Jô Soares. 

O filme, que é uma comédia, narra a história de um contraventor que deseja ascender socialmente e se legalizar. Seu desejo em se tornar celebridade acaba lhe botando em enrascadas com a polícia, o jogo do bicho e com sua família. O longa, que só entra em cartaz no dia 17 de Maio em todo o país, faz parte da 17ª edição do Cine PE, que acontece até o dia 2 de maio, no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções de Pernambuco, e traz como tema Brasil, país do futebol e do cinema.

##RECOMENDA##

Diferentes aspectos da produção cinematográfica brasileira neste início de século como atuação, direção, roteiro, exibição, distribuição e legislação estão no livro Cinema Brasileiro no Século 21, escrito pelo jornalista Franthiesco Ballerini. A obra é fruto de dois anos de pesquisas e entrevistas com alguns dos principais realizadores de cinema do Brasil.



O livro começa com uma análise do cinema brasileiro no século XX, contextualizando o caminho da produção até o início do século XXI edetalhando fatos importantes da cinematografia brasileira desde o seu nascimento. Entre os entrevistados estão Leon Cakoff, Gustavo Dahl, Fernando Meirelles, Cacá Diegues, Marçal Aquino, Andrucha Waddington, José Wilker, Selton Mello, Wagner Moura, Daniel Filho e Luiz Carlos Barreto.

Os 12 capítulos de Cinema Brasileiro no Século 21 trazem um debate sobre o cinema nacional considerando sua história, internacionalização, o ensino do cinema e a produção de documentários. Traz também, o debate sobre a necessidade de tornar a produção cinematográfica mais próxima do público, e a constatação da heterogeinedade dessa produção, que hoje engloba desde filmes de arte até comédias leves e filmes espíritas.



O jornalista Franthiesco Ballerini foi crítico de cinema do Jornal da Tarde e colaborador de O Estado de São Paulo, produzindo reportagens especiais e entrevistas em Hollywood. Colaborou com as revistas Bravo!, Contigo!, Quem e Sci-fi News e foi colunista cultural da Rádio Eldorado e da TV Gazeta. É o autor de Diário de Bollywood - Curiosidades e segredos da maior indústria de cinema do mundo (Summus, 2009) e crítico e colunista da Revista Valeparaibano, além de professor e coordenador da Academia Internacional de Cinema. Também ministra palestras e cursos sobre cinema e cultura em instituições do Brasil e do mundo. A edição é da Summus Editorial.

##RECOMENDA##

O lançamento acontece em São Paulo nesta terça (17), às 19h, na Livraria do Espaço (Rua Augusta, 1475). Mais informações: www.franthiescoballerini.com / www.summus.com.br / 11 3865 9890

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando