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O deputado estadual Guto Zacarias (União-SP) apresentou uma notícia-crime ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra o ex-deputado federal José Genoíno (PT-SP), que defendeu um boicote contra "empresas de judeus" durante uma transmissão ao vivo. O parlamentar afirmou no documento que Genoino cometeu crime de racismo. Procurado pelo Estadão, para falar sobre a declaração, Genoino não quis se manifestar.

"O boicote defendido por Genoino fere a liberdade de crença prevista na Convenção da ONU contra toda forma de discriminação; ademais, priva alguém (empresários judeus) de direitos por motivos de crença religiosa, ferindo a Constituição Federal", argumentou Zacarias.

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Notícia-crime é um aviso, que pode ser dado por qualquer cidadão, informando as autoridades de que existe um crime sendo praticado. A autoridade que recebe a notícia-crime, polícia ou Ministério Público, por exemplo, pode determinar a investigação dos fatos narrados.

Guto Zacarias pede que o Ministério Público Federal "inicie a persecução penal em desfavor de José Genoino". "Caso o MPF entenda que não há elementos para iniciar a ação penal, que seja determinada abertura de inquérito policial", solicitou o deputado.

Na avaliação do parlamentar, Genoino cometeu o crime previsto no artigo 20 da Lei Antirracismo. Ou seja, "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".

"O STF (Supremo Tribunal Federal) entende, desde o famoso caso Ellwanger (escritor gaúcho acusado de antissemitismo), que os judeus são considerados uma raça e, portanto, protegidos pela Lei Antirracismo", assinalou Zacarias.

O que José Genoino disse na transmissão

O ex-deputado federal disse em uma transmissão ao vivo neste sábado, 20, achar interessante "a ideia de boicote" a "determinadas empresas de judeus" e a "empresas vinculadas ao estado de Israel". O parlamentar comentava sobre deixar de fazer compras na Magazine Luiza por causa do apoio da empresária Luiza Trajano a um abaixo-assinado que pedia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistisse de apoiar uma ação da África do Sul contra Israel por genocídio.

Genoino falava em live no canal DCM TV, no YouTube. Um comentarista afirmou estar decepcionado com Luiza Trajano. A empresária apoiou um abaixo-assinado que pedia que Lula reconsiderasse o apoio à África do Sul na acusação de genocídio contra Israel. Mais de 17 mil pessoas assinaram o manifesto, que chama a acusação sul-africana de infundada e pede uma abordagem "justa e equilibrada" do governo brasileiro.

Em seguida, outro participante da live, Prof. Viaro, diz que há comentários nas redes sociais de pessoas que deixariam de comprar na Magazine Luiza. Genoino, então, comenta que acha "interessante" a ideia de boicote a certas empresas.

A fala de Genoino pode ser vista na live compartilhada pelo perfil do DCM Online no X, antigo Twitter. O vídeo tem mais de três horas, mas o trecho em que o petista fala sobre boicote a "empresas de judeus" começa a partir de 1 hora, 34 minutos e 40 segundos.

"Acho interessante essa ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos que ferem interesses econômicos, é uma forma interessante. Inclusive tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus", disse, e em seguida acrescentou: "Há, por exemplo, boicote a empresas vinculadas ao Estado de Israel. Inclusive, acho que o Brasil deveria cortar as relações comerciais, na área da segurança e na área militar com o Estado de Israel." Procurado pelo Estadão, ele não quis se manifestar.

José Genoino é professor, foi presidente do PT durante o escândalo do mensalão (2003-2005) e também um dos condenados e presos no processo. Ele é irmão do deputado federal José Guimarães (PT-CE), atual líder do Governo Lula na Câmara.

Entidades repudiam declarações de Genoino

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) repudiou "veementemente" a declaração do ex-deputado, a qual se referiu como "uma fala antissemita". "O antissemitismo é crime no Brasil. O boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no Holocausto", afirmou a Confederação Israelita.

"A Conib mais uma vez apela às lideranças políticas brasileiras que atuem com moderação e equilíbrio diante do trágico conflito no Oriente Médio pois suas falas extremadas e em desacordo com a tradição da política externa brasileira podem importar as tensões daquela região ao nosso país."

A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) também reagiu à declaração de Genoino. Segundo a entidade, trata-se de uma fala "criminosa" e que "remete à filosofia de Adolf Hitler". "O boicote a judeus foi a primeira ação coordenada do regime nazista contra os judeus na Alemanha", apontou.

"Constantemente, figuras importantes do Partido dos Trabalhadores e que exercem influência no governo federal se utilizam dos mesmos discursos que flertam com o nazismo e o fascismo e que foram condenados pelo próprio PT há pouco tempo."

A entidade destacou que há cerca de 450 empresas nas relações comerciais entre Brasil e Israel, "com contratos de longo prazo, trabalhando, colaborando e ativamente investindo no setor de Tecnologia e Inovação, fundamentais para o desenvolvimento do Brasil". "Ao evidenciar a origem judaica de empresas e pedir seu boicote, Genoino revela a sua covardia e o seu viés antissemita", afirmou a federação.

"O que nos preocupa ainda mais é o silêncio dos dirigentes do partido que o acolhe. Líderes que se dizem defensores da democracia não podem concordar com mais este ataque, que busca atingir pessoas apenas pelo fato de serem judeus ou judias. O antissemitismo merece total reprovação. Esperamos, mais uma vez, a retratação e principalmente o repúdio das pessoas de bem que defendem os valores da paz e da democracia."

Também em nota, a Câmara Brasil - Israel (Bril-Chamber) afirmou que a declaração de Genoino é antissemita e "deve ser repudiada por todos". Segundo a Câmara, a fala "é também contrária aos interesses do Brasil e da população brasileira".

"Trata-se de dois países democráticos, independentes, com benefícios comerciais recíprocos. O comércio bilateral entre Brasil e Israel tem crescido de forma exponencial nos últimos anos, com claros benefícios aos dois países, tendo esta relação triplicada a balança comercial nos últimos 3 anos", apontou a entidade.

"Produtos e empresas israelenses têm papel fundamental em vários ramos da economia brasileira, como saúde, agricultura, irrigação, tecnologia, segurança, vinculando sim de forma positiva as respectivas empresas brasileiras e israelenses. Advogar pela interrupção dessa corrente comercial é defender o atraso tecnológico e comercial do Brasil em atividades essenciais de nossa economia e é também contra o bem estar de nossa população."

Após a chuva de críticas nas redes sociais, a Riachuelo suspendeu a venda do conjunto de roupas listrado em azul e branco, semelhante aos uniformes dos campos de concentração nazistas. A loja pediu desculpas e disse que a venda das peças foi uma infelicidade.

Ao longo dos anos, as roupas listradas foram impostas dentro das cadeias para segregar os presos e facilitar a identificação. Pelo baixo custo de produção, as listras produzidas em azul e branco foram usadas pelo regime nazista e representa o cárcere do povo judeu.   

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Conjunto listrado em uma das lojas da rede. Reprodução/Redes Sociais

A especialista em cultura material e consumo, semiótica psicanalítica da USP Maria Eugênya comentou sobre a falta de bom senso e o desrespeito à memória histórica do modelo.

"Tendências de moda não são isoladas da estética, da semiótica, da história, e nenhuma tendência deve estar acima da decência, da memória e do respeito", apontou.

A Riachuelo pediu desculpas e disse que não teve intenção de fazer alusão ao período que feriu os direitos humanos. A rede afirmou que a escolha do modelo foi uma infelicidade e ressaltou que todas as peças serão retiradas das lojas e do site.

Uma caixa de livros, que faz parte de um monumento aos judeus de Berlim deportados pelos nazistas, foi queimada parcialmente por um indivíduo não identificado na capital alemã, informou a polícia neste sábado (12).

"Quase todos os livros foram queimados", informaram as forças de segurança na rede social X, antigo Twitter.

Duas testemunhas viram, no começo da manhã, um homem ateando fogo a essa caixa de livros, uma antiga cabine telefônica transformada em minibiblioteca sobre o regime nacional-socialista, informou a polícia.

A caixa faz parte de um espaço comemorativo, chamado "Plataforma 17", situado na estação ferroviária de Grünewald, no oeste de Berlim.

Durante o Terceiro Reich (1933-1945), cerca de 50.000 judeus alemães foram deportados da "Plataforma 17" aos campos de concentração e extermínio de Auschwitz e Theresienstadt.

O memorial "Plataforma 17" foi inaugurado em janeiro de 1998 e inclui 186 placas com a data em que o trem partiu, o número de judeus a bordo e seu destino final.

O rapper Kanye West disse, neste sábado (25), que abandonou o antissemitismo em uma nova postagem no Instagram, na qual relatou que ver o ator Jonah Hill no filme "Anjos da Lei" (21 Jump Street) "fez com que eu voltasse a gostar dos judeus".

Ye, como o cantor é conhecido formalmente, chocou seus fãs nos últimos meses com uma série de ameaças contra pessoas judias, o que o levou a ser bloqueado na maioria das redes sociais e levou a gigante das roupas esportivas Adidas e outras marcas de moda a se desvincularem dele.

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Sua última publicação no Instagram, neste sábado, parecia uma tentativa de voltar atrás em suas declarações anteriores de "amor" aos nazistas e admiração por Adolf Hitler.

"Ver Jonah Hill em 'Anjos da Lei' fez com que voltasse a gostar dos judeus", escreveu.

"Ninguém deveria pegar a raiva contra um ou dois indivíduos e transformá-la em ódio contra milhões de pessoas inocentes", continuou. "Nenhum cristão pode ser rotulado como antissemita, sabendo que Jesus é judeu. Obrigado, Jonah Hill, te amo".

Alguns usuários das redes sociais pareceram ter recebido as declarações com humor, mas muitos acreditaram.

"Não funciona assim, Kanye. O estrago foi feito. As sementes de ódio que você plantou já brotaram", escreveu um usuário do Twitter.

O rapper, que fala abertamente de sua luta contra as doenças mentais, viu suas relações comerciais desmoronarem à medida que seu comportamento errático e seu discurso extremista suscitavam preocupação.

O jornalista e ex-comentarista político José Carlos Bernardi declarou que é pré-candidato ao Senado pelo PTB de São Paulo. Em novembro do ano passado, ele chocou a opinião pública ao dizer que o Brasil poderia enriquecer com a morte de judeus e a apropriação de suas riquezas. O anúncio da candidatura foi feito por meio das redes sociais de Bernardi, na última sexta-feira (15).

“Após um tempo de jejum e oração, buscando a direção de Deus, venho comunicar que sou Pré-Candidato ao Senado por SP. A missão agora fica maior, e me comprometo a cumprir da mesma forma de sempre. Deus, Família, Pátria e Liberdade”, escreveu o comunicador em sua conta do Twitter.

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Após as declarações consideradas antissemitas, Bernardi foi desligado da Jovem Pan e exonerado do cargo de assessor no gabinete da Alesp (Assembleia Legislativa de SP). Na ocasião, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) instaurou um procedimento para apurar eventual cometimento de "crime de ódio por intermédio de meios de comunicação".

A fala também foi amplamente repudiada pela comunidade judaica, através de entidades Confederação Israelita do Brasil (Conib), Federação Israelita de São Paulo (Fisesp) e Judeus pela Democracia (JPD). “A fala de Bernardi apoia-se no mito antissemita da riqueza dos judeus e ignora totalmente os diversos fatores econômicos que alçaram a Alemanha ao patamar de desenvolvimento atual. É antissemita e é burra”, publicou a JPD em seu Twitter.

Na manhã desta quinta-feira (24), a Polícia Federal prendeu o pastor Tupirani da Hora Lores, da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, no Santo Cristo, Zona Portuária do Rio de Janeiro. O religioso é conhecido por proferir discursos de ódio contra judeus, gays e praticantes de outras religiões, além de se posicionar contra o voto e as vacinas.

A prisão ocorre no âmbito da operação Rófesh, nome que, em hebraico, significa liberdade, em referência à intensificação dos debates sobre liberdade de expressão. Na entrada da igreja liderada por Tupirani, um cartaz expõe os dizeres: “não votamos: não elegemos marginais”.

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Segundo as investigações, o pastor, que teve o celular apreendido, produziu e publicou diversos vídeos em que faz ataques a pessoas judias e adeptas de outras religiões. No momento da prisão, o religioso vestia camisa que continha a frase “não sou vacinado”. Tupirani responderá pelos crimes de racismo, ameaça, além de incitação e apologia ao crime.

Em agosto do ano passado, o pastor chegou a dizer, durante um culto, que "a igreja não levanta placa de filho da puta negro e veado", em resposta ao pedido de desculpas da pregadora Karla Cordeiro, da Igreja Sara Nossa Terra. No dia 31 de julho, a mulher havia “orientado” os fiéis a pararem de "ficar postando coisa de gente preta, de gay".

A repercussão do vídeo com suas colocações ocasionou a abertura de um inquérito policial. Diante do procedimento, a pregadora recuou e publicou uma nota de retratação, no dia 3 de agosto. A postura irritou Tupirani.

“Sabe o que você é, Karla Cordeiro? Você é uma puta, uma prostituta, seu pastor deve ser um veado e a sua igreja toda é uma igreja de prostitutas. Vocês não são evangélicos. Malditos sejam vocês, que a garganta de vocês apodreça por terem ousado tocar no nome de Jesus, raça de putas e piranhas, é isso que vocês são”, declarou o pastor.

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira (24) um pastor acusado de promover discursos de ódio contra judeus. Contra ele havia um mandado de prisão preventiva expedido pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A operação Rófesh também cumpriu mandado de busca e apreensão contra o líder religioso, no bairro de Santo Cristo, na região central do Rio.

De acordo com as investigações do Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos (GRCC), da PF, o religioso, cujo nome não foi divulgado, produziu e publicou diversos vídeos com ataques aos judeus e seguidores de outras religiões.

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Racismo e ameaça

Além dos crimes de racismo e ameaça, o pastor responderá por incitação e apologia de crime. Caso seja condenado, poderá cumprir pena de até 26 anos de reclusão. O nome da operação Rófesh, em hebraico, significa liberdade, faz alusão às recentes discussões sobre os limites da liberdade de expressão.

O pastor já tinha sido alvo de busca e apreensão em março do ano passado, por promover discurso de ódio. Segundo a PF, ele também já tinha sido preso anteriormente.

O Ministério Público de São Paulo autuou uma notícia de fato - uma espécie de investigação preliminar - para apurar a afirmação do comentarista da Jovem Pan News Jose Carlos Bernardi de que o Brasil enriqueceria "se a gente matar um monte de judeus e se apropriar do poder econômico deles". O procedimento é conduzido pela promotora Maria Fernanda Balsalobre Pinto, que comanda o Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais de Intolerância (Gecradi).

De acordo com a portaria de abertura do procedimento, a declaração do comentarista pode, em tese, ser enquadrada em dispositivo que tipifica o crime de 'praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional'.

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Em meio às reações ao seu comentário, por meio de nota, Bernardi pediu desculpas pela declaração (leia mais abaixo). Além de comentarista da Jovem Pan News, ele ainda é listado como funcionário comissionado do gabinete do deputado Campos Machado (Avante) na Assembleia Legislativa de São Paulo.

O assunto da notícia de fato cita 'crime de ódio por intermédio de meios de comunicação e 'antissemitismo'. Ao autuar a notícia de fato, Maria Fernanda determinou que se oficie ao grupo Jovem Pan, solicitando a mídia original do programa jornalístico no prazo de três dias.

A declaração que é alvo de apuração ocorreu durante programa nesta terça-feira, 16, durante diálogo com a comentarista Amanda Klein. Após ela dizer que desejava que o Brasil chegasse ao desenvolvimento econômico da Alemanha, Bernardi afirmou: "É só assaltar todos os judeus que a gente consegue chegar lá. Se a gente matar um monte de judeus e se apropriar do poder econômico deles, o Brasil enriquece. Foi o que aconteceu com a Alemanha pós-guerra"

O comentário gerou protestos da comunidade judaica. O grupo Judeus pela Democracia classificou a declaração como 'mentirosa e revisionista'. A Confederação Israelita do Brasil e a Federação Israelita do Estado de São Paulo repudiaram a declaração afirmando que a 'comparação de situações contemporâneas com os horrores do Nazismo e do Holocausto, para qualquer finalidade, é equivocada e extremamente dolorosa ao povo judeu'.

COM A PALAVRA

Após as reações, Bernardi divulgou nota pedindo desculpas pelo comentário. "Peço desculpas pelo comentário infeliz que fiz hoje (ontem) no jornal da manhã, primeira edição, ao usar um triste fato histórico para comparar as economias brasileira e alemã. Fui mal-entendido. Não foi minha intenção ofender a ninguém, a nenhuma comunidade, é só ver o contexto do raciocínio. Mas, de qualquer forma, não quero que sobrem dúvidas sobre o meu respeito ao povo judeu e que, reitero, tudo não passa de um mal-entendido", diz o texto.

Centenas de profissionais e intelectuais judeus assinaram um documento no qual afirma que a gestão do presidente Jair Bolsonaro tem fortes inclinações nazistas e fascistas. Ao invés de minimizar o comportamento conservador do chefe do Executivo, que muitas vezes excede o decoro do cargo, os 234 estudiosos reforçam o pedido de saída do gestor e reitera: "é preciso chamar as coisas pelo nome".

A carta aponta os posicionamentos racistas de Bolsonaro e destaca o uso de símbolos fascistas em seu governo. Além de identificar as “perspectivas conspiratórias e antidemocráticas”, os estudiosos acreditam que a posição cria uma luta contra ameaças que sequer existem.

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"É perceptível que o governo encabeçado por Jair Bolsonaro tem fortes inclinações nazistas e fascistas", considera o documento assinado por cientistas, psicólogos, artistas e advogados, que reafirma: "é chegada a hora de nós, intelectuais, livres-pensadores, judeus e judias progressistas, descendentes das maiores vítimas do regime nazista, nos posicionarmos, como atores sociais diante do debate público, sobre o atual momento nacional".

---> Governo Bolsonaro é acusado de flertar com o nazismo

---> Secretário de Bolsonaro parafraseia ministro de Hitler

Acompanhe o comunicado da comunidade judaica na íntegra:

"É preciso chamar as coisas pelo nome. É chegada a hora de nós, intelectuais, livres-pensadores, judeus e judias progressistas, descendentes das maiores vítimas do regime nazista, posicionarmos, como atores sociais diante do debate público sobre o atual momento nacional. É perceptível que o governo encabeçado por Jair Bolsonaro tem fortes inclinações nazistas e fascistas.

É preciso chamar as coisas pelo nome.

Perspectivas conspiratórias e antidemocráticas produzem, tal qual o fascismo e o nazismo, inimigos e aliados imaginários.

Se não judeus, como o caso do Terceiro Reich, esquerdistas; se não ciganos, cientistas; se não comunistas, como na Itália fascista, feministas. A ideia de uma luta constante contra ameaças fantasmagóricas continua.

Porém há mais. As reiteradas reportações racistas e nazistas do governo Bolsonaro, o uso de símbolos fascistas e referência à extrema-direita não podem deixar dúvidas.

O projeto de poder avança. Genocídio, destruição das estruturas democráticas do Estado e práticas eugênicas estão escancaradas. Cabe a nós brasileiros e brasileiras impedir que cheguemos a uma tragédia maior.

O Fora Bolsonaro deve ser o chamado uníssono da hora. É o chamado contra o genocídio".

Assinam a carta:

Adriana Sulam Saul Zebulun

Alan Besborodco

Alberto Kleinas

Alexandre Wahrhaftig

Alexandre Zebulun Ades

Aline Engelender

Alinnie Silvestre Moreira

Alon Shamash

Ana A Ribeiro Divan

Ana Maria de Souza Carvalho

Ana Roditi Ventura

André Gielkop

André Liberman

André Vereta-Nahoum

Andréa Basílio da Silva Chagas

Andrea Paula Picherzky

Angela Tarnapolsky

Ângela Valério Horta de Siqueira

Anna Cecilia Negreiros

Annita Ades

Artur Benchimol

Assucena Halevi Assayag Araujo

Bárbara Ferreira Arena

Beatriz Radunsky

Beni Iachan

Bernardo Furrer

Betty Boguchwal

Bianca Rozenberg

Boris Serson

Breno Isaac Benedykt

Bruna Barlach

Carla Araujo

Carlos Alberto Wendt

Carlos Eduardo Lober

Cecília Schucman

Celso Zilbovicius

Clara Politi

Clarisse Goldberg

Claudia Heller

Claudia Mifano

Claudio Estevam Reis

Cleber Candia

Cristina Catalina Charnis

Daniel Raichelis Degenszajn

Daniel Reiss Mendes

Daniela Wainer

David Albagli Gorodicht

David Levy de Andrade

David Tygel

Débora Abramant

Deborah Kotek Selistre

Deborah Rosenfeld

Deborah Sereno

Denise Bergier

Denise Gaspar da Silva

Desiree Garção Puosso

Diana Victoria Aljadeff

Dina Czeresnia

Dina Lerner

Dirson Fontes da Silva Sobrinho

Edith Derdyk

Edna Graber Gielkop

Eduardo Sincofsky

Eduardo Weisz

Eliane Pszczol

Elias Carlos Zebulun

Elias Salgado

Elizabeth Scliar

Estela Taragano

Esther Hamburger

Fabio Gielkop

Fabio Silva

Fabio Tofic Simantob

Fernando Perelmutter

Flávio Geraldo Ferreira de Almeida Motprista

Flavio Monteiro de Souza

Francisco Carlos Teixeira da Silva

Gabriel Besnos

Gabriel Douek

Gabriel Frydman

Gabriel Inler Rosenbaum

Gabriel Melo Mizrahi

Gabriela Korman

George William Vieira de Melo

Gerald Sachs

Geraldo Majela Pessoa Tardelli

Gisele Lucena

Giulia Cananea Pereira

Helen Da Rosa

Helena Cittadino Tenenbaum

Helena Waizbort Henrique Waizbort

Helio Schechtman

Horacio Frydman

Iara Rolnik

Ilana Sancovschi

Ilana Strozenberg

Iris Kantor

Irne Bauberger

Isabelle Benard

Iso Sendacz

Israel Falex

Itay Malo

Ivan Pamponet Suzart Neto

Ivan Stiefelmann

Ivanisa Teitelroit Martins

Ives Rosenfeld

Ivo Minkovicius

Jacqueline Moreno

Janaina Gonçalves da Rocha

Jean Goldenbaum

João Koatz Miragaya

Joao Luiz Ribeiro

Jonas Aisengart Santos

Jorge Naslauski

José Eudes Pinho

José Marcos Thalenberg

Juarez Wolf Verba

Juciara dos Santos Rodriguez

Judy Galper

June Menezes

Karina Iguelka

Karina Stange Calandrin

Karl Schurster

Lara Vainer Schucman

Laura Trachtenberg Hauser

Léa Suzana Scheinkman

Leana Naiman Bergel

Lia Vainer Schucman

Lília Katri Moritz Schwarcz

Lilian Thomer

Liliane Bejgel

Lilin Kogan

Lorena Quiroga

Luana Gorenstein Cesana

Lucia Chermont

Lucia Rosenberg

Luciano Uriel Lodis

Magali Amaral

Marcel Holcman

Marcelo de Oliveira Gonzaga

Marcelo Jugend

Marcelo Schmiliver

Marcelo Semiatzh

Marcio Albino

Marcio Magalhães de Andrade

Marcos Albuquerque

Maria Aparecida Dammaceno

Maria Aparecida Trazzi Vernucci da Silva

Maria Cecilia Moreira

Maria Fiszon

Maria Paula Araujo

Marina Costin Fuser

Marta Sandra Grzywacz

Marta Svartman

Marylink Kupferberg

Matilde G. Alexandre

Maurice Jacoel

Mauricio Lutz

Mauro Band

Mauro Motoryn

Maya Hantower

Michel Gherman

Michel Zisman Zalis

Michele Mifano Galender

Miguel Froimtchuk

Miriam S Rosenfeld

Miriam Weitzman

Monica Herz

Nadja Myriam de Morais

Natahaniel Braia

Natalia Pasternak

Nathan Rosenthal

Nelson Nilsenbaum

Newton Blanck

Ney Roitman

Nicholas Steinmetz Peres

Nina Jurša

Nina Queiroz Kertzman

Nirda Portella Barbabela

Nurit Bar Nissim

Ofélia Pereira Ferraz

Omar Ribeiro Thomaz

Patricia Barlach

Patricia Tolmasquim

Paulina Bela Milszajn

Paulina Wacht de Roitman

Paulo Baía

Paulo Vainer

Pedro Abramovay

Pedro Farkas

Pedro Litwin

Pedro Vainer

Rachel Aisengart Menezes

Rachel Lima Penariol Zebulun Ades

Radji Schucman

Rafael Arkader

Rafaela Vianna Waisman

Regina Celi Bastos Lima

Renata Paparelli

Renata Udler Cromberg

Ricardo Armando Schmitman

Ricardo Lima

Ricardo Teperman

Rita Fucs

Roseana Murray

Ruth Goldmacher

Sabina Radunsky

Samuel Neuman

Sandra Perla Felzenszwalbe

Sebastião Miguel da Silva Junior

Sergio Lifschitz

Sidnei Paciornik

Silvia Berditchevsky

Silvia Bregman

Silvia Fucs

Silvio Hotimsky

Sílvio Lewgoy Em nome

Silvio Naslauski

Silvio Tendler

Sonia Nussenzweig Hotimsky

Soraya Ravenle

Suely Druck

Suzana Moraes

Tamara Bar-Nissim

Tamara Katzenstein

Tania Maria Baibich

Telma Aisengart

Thais Kuperman Lancman

Tomás Treger Piltcher

Valéria Meirelles Monteiro

Virgínia Kenupp Henriques

Welbert Belfort

Zaida Gusmao Knight

Zina Voltis​

 

Assinam:

Adriana Sulam Saul Zebulun

Alan Besborodco

Alberto Kleinas

Alexandre Wahrhaftig

Alexandre Zebulun Ades

Aline Engelender

Alinnie Silvestre Moreira

Alon Shamash

Ana A Ribeiro Divan

Ana Maria de Souza Carvalho

Ana Roditi Ventura

André Gielkop

André Liberman

André Vereta-Nahoum

Andréa Basílio da Silva Chagas

Andrea Paula Picherzky

Angela Tarnapolsky

Ângela Valério Horta de Siqueira

Anna Cecilia Negreiros

Annita Ades

Artur Benchimol

Assucena Halevi Assayag Araujo

Bárbara Ferreira Arena

Beatriz Radunsky

Beni Iachan

Bernardo Furrer

Betty Boguchwal

Bianca Rozenberg

Boris Serson

Breno Isaac Benedykt

Bruna Barlach

Carla Araujo

Carlos Alberto Wendt

Carlos Eduardo Lober

Cecília Schucman

Celso Zilbovicius

Clara Politi

Clarisse Goldberg

Claudia Heller

Claudia Mifano

Claudio Estevam Reis

Cleber Candia

Cristina Catalina Charnis

Daniel Raichelis Degenszajn

Daniel Reiss Mendes

Daniela Wainer

David Albagli Gorodicht

David Levy de Andrade

David Tygel

Débora Abramant

Deborah Kotek Selistre

Deborah Rosenfeld

Deborah Sereno

Denise Bergier

Denise Gaspar da Silva

Desiree Garção Puosso

Diana Victoria Aljadeff

Dina Czeresnia

Dina Lerner

Dirson Fontes da Silva Sobrinho

Edith Derdyk

Edna Graber Gielkop

Eduardo Sincofsky

Eduardo Weisz

Eliane Pszczol

Elias Carlos Zebulun

Elias Salgado

Elizabeth Scliar

Estela Taragano

Esther Hamburger

Fabio Gielkop

Fabio Silva

Fabio Tofic Simantob

Fernando Perelmutter

Flávio Geraldo Ferreira de Almeida Motprista

Flavio Monteiro de Souza

Francisco Carlos Teixeira da Silva

Gabriel Besnos

Gabriel Douek

Gabriel Frydman

Gabriel Inler Rosenbaum

Gabriel Melo Mizrahi

Gabriela Korman

George William Vieira de Melo

Gerald Sachs

Geraldo Majela Pessoa Tardelli

Gisele Lucena

Giulia Cananea Pereira

Helen Da Rosa

Helena Cittadino Tenenbaum

Helena Waizbort Henrique Waizbort

Helio Schechtman

Horacio Frydman

Iara Rolnik

Ilana Sancovschi

Ilana Strozenberg

Iris Kantor

Irne Bauberger

Isabelle Benard

Iso Sendacz

Israel Falex

Itay Malo

Ivan Pamponet Suzart Neto

Ivan Stiefelmann

Ivanisa Teitelroit Martins

Ives Rosenfeld

Ivo Minkovicius

Jacqueline Moreno

Janaina Gonçalves da Rocha

Jean Goldenbaum

João Koatz Miragaya

Joao Luiz Ribeiro

Jonas Aisengart Santos

Jorge Naslauski

José Eudes Pinho

José Marcos Thalenberg

Juarez Wolf Verba

Juciara dos Santos Rodriguez

Judy Galper

June Menezes

Karina Iguelka

Karina Stange Calandrin

Karl Schurster

Lara Vainer Schucman

Laura Trachtenberg Hauser

Léa Suzana Scheinkman

Leana Naiman Bergel

Lia Vainer Schucman

Lília Katri Moritz Schwarcz

Lilian Thomer

Liliane Bejgel

Lilin Kogan

Lorena Quiroga

Luana Gorenstein Cesana

Lucia Chermont

Lucia Rosenberg

Luciano Uriel Lodis

Magali Amaral

Marcel Holcman

Marcelo de Oliveira Gonzaga

Marcelo Jugend

Marcelo Schmiliver

Marcelo Semiatzh

Marcio Albino

Marcio Magalhães de Andrade

Marcos Albuquerque

Maria Aparecida Dammaceno

Maria Aparecida Trazzi Vernucci da Silva

Maria Cecilia Moreira

Maria Fiszon

Maria Paula Araujo

Marina Costin Fuser

Marta Sandra Grzywacz

Marta Svartman

Marylink Kupferberg

Matilde G. Alexandre

Maurice Jacoel

Mauricio Lutz

Mauro Band

Mauro Motoryn

Maya Hantower

Michel Gherman

Michel Zisman Zalis

Michele Mifano Galender

Miguel Froimtchuk

Miriam S Rosenfeld

Miriam Weitzman

Monica Herz

Nadja Myriam de Morais

Natahaniel Braia

Natalia Pasternak

Nathan Rosenthal

Nelson Nilsenbaum

Newton Blanck

Ney Roitman

Nicholas Steinmetz Peres

Nina Jurša

Nina Queiroz Kertzman

Nirda Portella Barbabela

Nurit Bar Nissim

Ofélia Pereira Ferraz

Omar Ribeiro Thomaz

Patricia Barlach

Patricia Tolmasquim

Paulina Bela Milszajn

Paulina Wacht de Roitman

Paulo Baía

Paulo Vainer

Pedro Abramovay

Pedro Farkas

Pedro Litwin

Pedro Vainer

Rachel Aisengart Menezes

Rachel Lima Penariol Zebulun Ades

Radji Schucman

Rafael Arkader

Rafaela Vianna Waisman

Regina Celi Bastos Lima

Renata Paparelli

Renata Udler Cromberg

Ricardo Armando Schmitman

Ricardo Lima

Ricardo Teperman

Rita Fucs

Roseana Murray

Ruth Goldmacher

Sabina Radunsky

Samuel Neuman

Sandra Perla Felzenszwalbe

Sebastião Miguel da Silva Junior

Sergio Lifschitz

Sidnei Paciornik

Silvia Berditchevsky

Silvia Bregman

Silvia Fucs

Silvio Hotimsky

Sílvio Lewgoy Em nome

Silvio Naslauski

Silvio Tendler

Sonia Nussenzweig Hotimsky

Soraya Ravenle

Suely Druck

Suzana Moraes

Tamara Bar-Nissim

Tamara Katzenstein

Tania Maria Baibich

Telma Aisengart

Thais Kuperman Lancman

Tomás Treger Piltcher

Valéria Meirelles Monteiro

Virgínia Kenupp Henriques

Welbert Belfort

Zaida Gusmao Knight

Zina Voltis​

Ao menos 44 pessoas morreram e cerca de 150 ficaram feridas em um tumulto durante um evento religioso no norte de Israel.

A tragédia aconteceu na celebração do feriado Lag B'Omer, que anualmente é realizada no sopé do Monte Meron, e reuniu por volta de 100 mil pessoas, entre elas dezenas de milhares de judeus ortodoxos.

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As primeiras informações sobre o incidente apontam que as vítimas morreram pisoteadas depois do desabamento de uma arquibancada de metal.

Já algumas imagens do ocorrido mostram uma grande quantidade de pessoas tentando fugir do caos por uma estreita passagem.

O primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, foi ao local da tragédia e a definiu como um "pesado desastre", além de afirmar que está "orando pelas vítimas".

Israel, que conseguiu controlar a disseminação do novo coronavírus com uma das vacinações em massa mais rápidas do mundo, estava marcando o início da retomada das grandes celebrações com as festividades do Lag B'Omer, que acontecem em homenagem ao rabino Simon Bar Yochai, um religioso do século 2.

A edição de 2019 do evento, antes da pandemia de Covid-19 que cancelou as celebrações de 2020, reuniu por volta de 250 mil pessoas no Monte Meron, segundo os organizadores.

Da Ansa

Policiais federais cumprem nesta sexta-feira (12) dois mandados de busca e apreensão contra um suspeito de cometer crime de racismo contra judeus. O alvo da operação Shalom é investigado por divulgar vídeos na internet em que defende um novo holocausto (genocídio de judeus e outras minorias étnicas durante a Segunda Guerra Mundial).

O homem também alimenta o ódio e a intolerância racial no vídeo. Segundo a Polícia Federal, ele já tinha sido preso e condenado pela prática e incitação à discriminação religiosa.

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Os mandados foram expedidos pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e o crime prevê pena de até cinco anos de prisão, além de multa. O nome do investigado ainda não foi divulgado

O povo judeu faz parte da história do Brasil desde o seu descobrimento. Mas foi em Recife (PE), durante a ocupação holandesa no Nordeste do país, que se instalou a primeira comunidade judaica organizada. Nesta cidade foi erguida a primeira sinagoga das Américas, a Kahal Zur Israel, um marco da presença judaica no país.

É forte também a representação do povo judeu no cinema. Por isso, o LeiaJá mostra cinco produções para entender a cultura, os costumes e a fé do povo judeu, bem como os períodos que marcaram sua história. "A representação do Holocausto (1941-1945) no cinema é importante para eternizar a memória histórica deste terrível acontecimento e representar a memória das suas vítimas", comenta o cineasta Rubens Mello.

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Segundo Mello, há uma luta do cinema israelense contra os estereótipos produzidos por Hollywood, já que os judeus tiveram grande influência na indústria cinematográfica. "Como o cinema era algo novo, os judeus foram atraídos pela perspectiva de negócios, tal qual outras indústrias que surgiam, como a de bebidas. Grandes estúdios que conhecemos hoje foram criações judaicas, como Universal, Paramount, Warner Bros, entre outros", conta.

Confira a lista de filmes:

1. "A Lista de Schindler" (1993)

O longa de Steven Spielberg conta a história de Oskar Schindler (Liam Neeson), um comerciante que se relacionava bem com o regime nazista, tanto que era membro do próprio Partido Nazista. No entanto, apesar dos seus defeitos, ele amava o ser humano e, por isso, fez o impossível, a ponto de perder sua fortuna para conseguir salvar mais de mil judeus dos campos de concentração.

 

2. "Desobediência" (2017)

O filme apresenta Ronit (Rachel Weisz), que precisa voltar para sua cidade natal após a morte do pai, um rabino, de quem há anos estava afastada. Ela causa confusão no pacato local ao reacender uma paixão proibida pela melhor amiga de infância, que, atualmente, está casada. Juntas, elas exploram os limites da fé e da sexualidade.

 

3. "Os Meninos que Enganavam os Nazistas" (2017)

O filme conta a história de dois irmãos judeus, Maurice e Joseph, no período da ocupação nazista na França. Os jovens embarcam em uma aventura para escapar dos nazistas. Em meio a invasão e a perseguição, eles se mostram espertos, corajosos e inteligentes durante a fuga.

 

4. "O Décimo Homem" (2015)

Ariel (Alan Sabbagh) é um empresário bem-sucedido que retorna a Once, o bairro judeu de sua infância, a pedido do pai, conhecido pelo trabalho de caridade que exerce no local. A partir desse ocorrido, ele entra em contato com suas raízes, que tanto lhe causavam desconforto.

 

5. "Êxodo: Deuses e Reis" (2014)

O filme é uma adaptação da história bíblica de Êxodo, segundo livro do Antigo Testamento. Moisés, nascido entre os hebreus no período em que o faraó ordenava que todos os primogênitos hebreus fossem afogados, é resgatado pela irmã do faraó e criado na família real. Quando se torna adulto, Moisés (Christian Bale) recebe ordens de Deus para ir ao Egito, na intenção de liberar os hebreus da opressão. No caminho, ele deve enfrentar a travessia do deserto e passar pelo Mar Vermelho.

O presidente Jair Bolsonaro agiu para conter um desgaste maior com diferentes alas de sua base de apoio ao demitir o dramaturgo Roberto Alvim da Secretaria Nacional de Cultura, que parafraseou o ministro da propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels. Políticos governistas e opositores avaliaram que a principal pressão veio da comunidade judaica no Brasil, de quem o presidente se aproximou na campanha, mas também houve reações de repúdio de chefes de Poderes e de outros setores da sociedade - "olavistas", evangélicos e movimentos de renovação política.

A Confederação Israelita do Brasil disse que considera "inaceitável o uso de discurso nazista pelo secretário da Cultura do governo Bolsonaro" e cobrou a demissão de Alvim. "Uma pessoa com esse pensamento não pode comandar a Cultura do nosso país e deve ser afastada do cargo imediatamente", afirmou a entidade, em nota. "Quem recita Goebbels e o nazismo não pode servir a governo nenhum no Brasil", endossou a Federação Israelita de São Paulo.

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Próximo do presidente e de seus filhos, o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, conversou com ele, mas preferiu a discrição e não fez comentários públicos. Ao jornal O Estado de S. Paulo, a representação do governo israelense em Brasília endossou a demissão de Alvim. "A comunidade judaica e o Estado de Israel estão unidos no combate a todas as formas de antissemitismo. Por esta razão, a embaixada de Israel apoia a decisão do governo brasileiro de exonerar o secretário especial de Cultura, Roberto Alvim. O nazismo e qualquer uma de suas ideologias, personagens e ações não devem ser utilizados como exemplo em uma sociedade democrática sob nenhuma circunstância", diz a nota divulgada pela embaixada.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) divulgou comunicado em que afirma que a fala "é um sinal assustador" da visão de cultura de Alvim. "Emular a visão do ministro da Propaganda nazista de Hitler, Joseph Goebbels, é um sinal assustador da sua visão de cultura, que deve ser combatida e contida."

A representação diplomática da Alemanha no Brasil publicou postagem sem citar Alvim diretamente, afirmando que "o período do nacional-socialismo (de onde vem a abreviação "nazi", do nazismo) é o capítulo mais sombrio da história alemã, que trouxe sofrimento infinito à humanidade". Segundo o texto, "a Alemanha mantém sua responsabilidade. Opomo-nos a qualquer tentativa de banalizar ou mesmo glorificar a era do nacional-socialismo."

Antes inclinado a mantê-lo no cargo, segundo o próprio Alvim havia declarado, Bolsonaro mudou de ideia depois de manifestações dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. "Há de se repudiar com toda a veemência a inaceitável agressão que representa a postagem feita pelo secretário de Cultura", disse Toffoli. O ministro do STF Gilmar Mendes escreveu, por sua vez, que "a riqueza da manifestação cultural repele o dirigismo autoritário nacionalista".

Para o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (SP), Bolsonaro contornou um estrago político maior. "O presidente agiu certo e de forma ágil", afirmou Pereira, que é presidente do Republicanos e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus. "A demissão do secretário resolveu o problema. Agora é atribuição do presidente encontrar outra pessoa de direita para a pasta, que é uma das mais infiltradas e aparelhadas pela esquerda", disse o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), também da bancada evangélica.

Integrantes da ala bolsonarista do PSL também afirmaram que Bolsonaro acertou. "Ele foi cirúrgico", afirmou a deputada Carla Zambelli (PSL-SP). O ex-partido do presidente divulgou nota dizendo que era "inadmissível aceitar tal posicionamento partindo de um representante de um país democrático".

Parlamentares da oposição fizeram representações à Procuradoria-Geral da República para apurar eventual crime de incitação ao nazismo por parte de Alvim, além da responsabilidade do Planalto sobre "perseguições" na cultura e na educação.

O movimento de renovação política Agora! manifestou repúdio ao episódio. "Ao valer-se da estética nazista para dar seu recado nitidamente totalitário, com o selo oficial do governo federal, o sr. Roberto Alvim cruzou todos os limites da civilidade e do respeito ao Estado de direito, às instituições democráticas e ao povo."

"Lamentável que nos dias de hoje alguém faça apologia ao nazismo. Uma vergonha e deplorável, sobretudo por vir de um representante público", disse o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em rede social.

O apresentador de TV Luciano Huck também criticou. "Sou brasileiro de família judia. 6 milhões de judeus morreram por causa do nazismo. Usar a cultura para fazer revisionismo histórico é perverso e violento. O vídeo do secretário Roberto Alvim é criminoso. Revela uma conduta autoritária inaceitável", escreveu Huck em sua conta no Twitter. O apresentador tem sido apontado como possível candidato à Presidência da República em 2022. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) divulgou ontem texto nas redes sociais no qual lamenta "mal-entendidos" com a comunidade judaica após associar judeus à corrupção em uma entrevista publicada em abril. Duas entidades israelitas o processaram por antissemitismo. "Lamento mal-entendidos que possam ter havido, produtos de desonestidade jornalística ou de mal (sic) emprego eventual da língua portuguesa. Sei também que generalizações podem eventualmente levar a injustiças", escreveu Ciro.

O presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Fernando Lottenberg, disse que a fala era um "gesto importante de reconhecimento de seu erro" e que vai reavaliar a ação judicial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Desde a vitoriosa campanha eleitoral do ano passado, a bandeira de Israel se tornou peça constante nos eventos com o presidente Jair Bolsonaro. Depois da posse, o país do Oriente Médio ganhou status inédito de aliado prioritário do Brasil e a transferência da embaixada brasileira de Tel-Aviv para Jerusalém entrou no centro do debate político. Setores representativos da comunidade judaica, no entanto, têm manifestado desconforto com uma crescente associação entre os símbolos do judaísmo e as alas mais conservadoras dos evangélicos.

Entre os dias 13 e 15 de janeiro do ano que vem a Universidade de Haifa, em Israel, vai receber a conferência "Política e religião no Brasil e nas Américas: igrejas evangélicas e suas relações com o judaísmo, sionismo, Israel e as comunidades judaicas". Um dos objetivos é discutir os motivos e efeitos da associação entre símbolos judaicos e "grupos conservadores".

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"Hoje a gente vê na política brasileira símbolos judaicos sendo usados por grupos conservadores. É algo que já vinha ocorrendo desde os protestos pelo impeachment da Dilma (Rousseff). Até por conta disso, começam a aparecer alguns comentários antissemitas", disse o sociólogo Rafael Kruchin, coordenador executivo do Instituto Brasil Israel, um dos organizadores da conferência.

Outra preocupação é explicar que o uso dos símbolos judaicos, a aproximação cada vez maior com Israel e demandas como a transferência da embaixada para Jerusalém são pautas dos evangélicos e não da comunidade judaica - ainda que parte dela apoie a mudança.

"É um reducionismo identificar o Estado de Israel com bandeiras da extrema-direita. O presidente tem uma admiração sincera pelo que Israel fez nessas décadas. Ele faz isso constantemente, mas não há necessariamente uma identidade entre a comunidade e o governo", afirma o advogado Fernando Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib).

O uso de símbolos judaicos pelos evangélicos tem raízes profundas na doutrina cristã, mas ganhou ênfase nas igrejas neopentecostais do Brasil nos últimos anos, mais visivelmente a partir da inauguração do Templo de Salomão pela Igreja Universal do Reino de Deus, em 2014, quando o bispo Edir Macedo surgiu usando quipá (chapéu), talit (xale) e uma longa barba.

A associação vem de um conceito teológico conhecido como dispensacionalismo que, em resumo, significa a crença de que Jesus Cristo vai voltar à Terra e, para isso, depende de pré-condições como a retomada de Israel pelo "povo escolhido", os judeus (o que aconteceu em 1948); e a expulsão dos "gentios" de Jerusalém (conquistada por Israel em 1967).

Essa crença levou ao surgimento do sionismo cristão, no qual evangélicos assimilam hábitos e símbolos judaicos movidos pela crença de que aqueles que amam Israel receberão em troca a prosperidade. "Sempre pregamos isso. A volta de Jesus é o maior evento da vida de um cristão, pois significa sua redenção. Contudo, os evangélicos eram até pouco tempo atrás segregados da sociedade. Nosso pensamento não era divulgado para fora das nossas fronteiras sociais", disse o deputado Marco Feliciano (PSC-SP).

Trump

Para alguns teólogos e analistas políticos, tanto o sionismo cristão quanto sua associação com a política foram importados dos EUA. Lá eleitores pentecostais dos Estados do meio-oeste praticamente garantiram a eleição de Donald Trump. Após a eleição, o sionismo cristão passou a dar suporte para o apoio dos EUA à ocupação de terras na Cisjordânia, que é condenada pela ONU. O Brasil deve ir a reboque. "Isso vai impactar diretamente na nossa maneira de lidar com essas questões", disse o cientista político Guilherme Casarões, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Uma visão distorcida de Israel é outro motivo de incômodo para a comunidade judaica brasileira. "Uma leitura superficial do uso da bandeira de Israel pode levar a crer que existe uma identificação total entre a agenda evangélica e a de Israel. Na agenda de costumes, Israel é um país bastante progressista. Tem uma política de respeito à comunidade LGBT, um ministro assumidamente homossexual e liberdade ampla de escolha sobre aborto. Não é a mesma agenda", disse Michel Schlesinger, rabino da Congregação Israelita Paulista (CIP).

Outro motivo de desconforto para parcela dos judeus é a impressão de que Bolsonaro recebeu apoio unânime da comunidade, reforçada pela ida de Fabio Wajngarten para a Secretaria de Comunicação do governo e a proximidade do presidente com empresários como Meyer Nigri, dono da Tecnisa.

"Entidades (judaicas) que se colocam a favor do Bolsonaro têm uma visibilidade excessiva. São mais enxergadas. Há um processo de construção do imaginário de que não se pode ser judeu e de esquerda", disse Michel Gherman, historiador e coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos da UFRJ, que em 2017 organizou uma manifestação contra a presença de Bolsonaro no clube Hebraica do Rio.

O Estado procurou Wajngarten, que preferiu não se manifestar. O Palácio do Planalto também não se pronunciou sobre o assunto. A Igreja Universal não respondeu às perguntas enviadas. Procurada, a Embaixada de Israel também não se pronunciou.

Evangélicos

Após pressão de setores do governo que temiam repercussões negativas no comércio com os países árabes, o presidente Jair Bolsonaro recuou em uma de suas principais bandeiras defendidas na campanha de 2018: a transferência da embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém. A bancada evangélica, no entanto, vai cobrar a promessa.

"Esse é o nosso ponto de honra. Como todas as pesquisas de opinião às vésperas do segundo turno mostraram, os evangélicos deram mais de 10 milhões de votos de diferença ao presidente em relação ao seu adversário. E o principal motivo é porque Bolsonaro era o único candidato que de maneira taxativa declarava que transferiria a embaixada. Tenho convicção que o presidente não irá cometer estelionato eleitoral com um terço da população brasileira", disse Feliciano.

Os únicos países que transferiram suas embaixadas para Jerusalém até agora são os EUA e a Guatemala, onde 40% do eleitorado é evangélico.

Para Guilherme Casarões, da FGV, Bolsonaro percebeu que poderia ter ganhos eleitorais em uma aproximação com Israel ainda na pré-campanha e não apenas por causa do dispensacionalismo.

De acordo com o cientista político, a associação com o país do Oriente Médio agradou os seguidores do escritor Olavo de Carvalho, armamentistas, eleitores do Nordeste interessados nas tecnologias israelenses para enfrentamento das secas, antipetistas que ligam o partido de Lula à causa palestina, anti-globalistas etc. "O tema de Israel sempre foi potencialmente politizável", disse Casarões.

Amazônia

Um exemplo do impacto político exercido pelo sionismo cristão no Brasil pôde ser visto na sexta-feira (23) quando Bolsonaro recorreu aos EUA e Israel para enfrentar os ataques da França, Alemanha e outros países ao seu governo por causa dos incêndios na Amazônia.

No ano passado, ainda no governo Michel Temer, o então chanceler Aloysio Nunes visitou Israel e anunciou que a partir de então o Brasil deixaria de votar automaticamente a favor da Palestina na ONU. A bancada evangélica na Câmara foi fundamental para evitar que Temer fosse afastado do cargo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Milhares de judeus celebram nesta segunda-feira a tradicional bênção sacerdotal em frente ao Muro das Lamentações, em Jerusalém, durante a celebração da Páscoa judaica.

Com a cabeça coberta de branco, os membros da tribo Cohanim (o plural de 'cohen', sacerdote em hebraico) ergueram as mãos e abençoaram a multidão.

Esta bênção faz parte das orações diárias nas sinagogas.

Mas desde a década de 1970, duas vezes por ano, durante a Páscoa e a Sucot (a chamada "festa dos tabernáculos"), uma peregrinação ao Muro das Lamentações é celebrada, adotando uma tradição que já aparece na Bíblia.

O Muro das Lamentações é o vestígio do que foi o segundo templo judeu, destruído pelos romanos no ano 70.

Está localizado perto da Esplanada das Mesquitas, onde ficava o templo, e ainda hoje é o lugar mais sagrado para os judeus, mas também o terceiro lugar sagrado para o Islã, depois de Meca e da Medina.

Os judeus têm permissão para visitar, mas não podem rezar no local.

O Muro das Lamentações, como a cidade velha que o rodeia, está localizado em Jerusalém Oriental, a parte palestina de Jerusalém, anexada e ocupada por Israel.

Israel considera toda a cidade de Jerusalém como sua capital. Os palestinos querem transformar Jerusalém Oriental na capital do seu futuro estado.

Participando de uma feira de turismo em Berlim, capital da Alemanha, o ministro do turismo da Malásia afirmou que não existem gays em seu país. Datuk Mohammaddin bin Ketapi deu essa afirmação após ter sido questionado se o país seria seguro para os turistas gays e judeus. "Eu acho que não temos algo assim no nosso país", respondeu o ministro da Malásia.

O país asiático pretende receber cerca de 30 milhões de visitantes neste ano, mas as autoridades, após a declaração de Datuk, estão receosos pela inviabilidade.

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De acordo com publicação do site Terra, a Malásia está enfrentando algumas críticas sobre suas atitudes em relação a certos grupos, que acusam o governo de ter políticas contra homossexuais e judeus. recomendações para que os LGBTs mantivessem suas identidades em segredo já foram dadas por ministros do país. Moahathir Mohamad, primeiro-ministro da Malásia, já afirmou que a homossexualidade é parte dos "valores ocidentais".

Relação homoafetiva

Em 2018, duas mulheres que admitiram terem mantido relações sexuais receberam seis golpes de chibata cada uma. A sentença foi proferida por um tribunal islâmico e a execução da punição desencadeou uma onda de críticas de organizações de direitos humanos, que denunciam uma deterioração da situação da comunidade LGBT na Malásia.

Quatro homens ligados a uma seita extremista judia, sediada na Guatemala, foram presos nos Estados Unidos por suspeita de sequestrar duas crianças, informou o procurador federal de Manhattan.

Segundo a fonte, os quatro suspeitos pertecem à seita judia Lev Tahor, que pratica uma forma ultraortodoxa do judaísmo, onde as mulheres usam túnicas negras que as cobrem da cabeça aos pés.

Um dos indivíduos, Aron Rosner, 45 anos e que morava no Brooklyn, foi preso em 23 de dezembro. Os outros três - Nachman Helbrans, 36, apresentado como líder da seita, e Mayer e Jacob Rosner, 42 e 20 anos respectivamente, todos vivendo na Guatemala - foram expulsos na quinta-feira do México, onde se escondiam, e detidos ao chegar a Nova Iorque, de acordo com a declaração do procurador.

Os quatro homens supostamente organizaram o sequestro, na noite de 8 de dezembro, de uma adolescente de 14 anos e seu irmão de 12 anos na cidade de Woodridge, 150 km ao norte de Nova York, depois que a mãe das crianças decidiu abandonar a seita seis semanas antes.

A mulher era membro voluntário da seita, que foi fundada por seu pai. Mas o grupo teria se tornado mais extremista sob as rédeas de seu irmão, Nachman Helbrans.

Os quatro homens teriam organizado o sequestro para levar os adolescentes de volta à Guatemala através do México, passando pelo aeroporto de Scranton, no estado da Pensilvânia.

As crianças foram encontradas na sexta-feira com a ajuda das autoridades mexicanas, na cidade de Tenango del Aire, no estado do México, antes de serem devolvidas à mãe.

Os quatro homens são acusados de sequestro, o que poderia levá-los à prisão perpétua.

O papa Francisco condenou neste domingo (28) e chamou "ato desumano" o massacre cometido no sábado (27) em uma sinagoga de Pittsburgh, no Estado americano de Pensilvânia, no qual 11 pessoas foram mortas e seis feridas por um atirador.

"Expresso minha proximidade com a cidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, e em particular com a comunidade judaica, abalada por um terrível atentado em uma sinagoga", disse o pontífice aos peregrinos na Praça São Pedro após a oração do Ângelus.

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"Na realidade, todos estamos feridos por este ato desumano de violência", reiterou Francisco, que tem frequentemente condenado o antissemitismo - ele escreveu um livro com um rabino em Buenos Aires, quando era arcebispo da cidade, antes de se tornar papa.

O pontífice pediu orações para as famílias das vítimas e para a recuperação dos feridos. "Que o Senhor nos ajude a extinguir os focos de ódio que se desenvolvem em nossa sociedade, reforçando o sentido de humanidade, o respeito pela vida, os valores morais e civis e o medo sagrado de Deus, que é o amor e o pai de todos", completou o papa Francisco.

Robert Bowler, americano de 46 anos, foi detido no sábado, depois de matar 11 pessoas e ferir outras seis em uma sinagoga na cidade de Pittsburgh, Pensilvânia, no pior ataque antissemita da história recente dos EUA. (Com agências internacionais).

Um hotel situado na cidade de Arosa, uma concorrida estação de esqui nos Alpes da Suíça, pendurou um cartaz pedindo para hóspedes judeus tomarem uma ducha antes de entrar na piscina.

O aviso revoltou a comunidade judaica e as autoridades de Israel, que acusam o local de antissemitismo. O hotel em questão é o Paradies Arosa e fica em um vilarejo de 3 mil habitantes encravado nas montanhas do cantão de Grisões, no leste do país.

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Direcionado exclusivamente aos hóspedes judeus, o cartaz diz: "Por favor, tomem uma ducha antes de nadar. Se você violar as regras, serei forçada a fechar a piscina para você". O papel é assinado por Ruth Thomann, gerente do Paradies Arosa.

"É um ato antissemita do pior tipo", afirmou a vice-ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Hotovely. Já o Centro Simon Wiesenthal, organização sediada em Los Angeles, pediu o fechamento do hotel, que fica em um destino bastante procurado por famílias de judeus ortodoxos.

Além disso, o Ministério das Relações Exteriores da Suíça contatou o embaixador de Israel no país, Jacob Keidar, para reafirmar sua condenação "do racismo, do antissemitismo e de qualquer forma de discriminação".

Já o porta-voz do órgão oficial de turismo da Suíça, Markus Berger, chamou o aviso de "inaceitável", mas ressaltou que trata-se apenas de um "incidente infeliz", não de um reflexo da forma como os habitantes da nação alpina pensam.

A própria Federação Suíça das Comunidades Judaicas disse que pendurar o cartaz foi uma coisa "imbecil", porém fez um apelo à calma. "É alguém que não pensou direito", declarou o secretário-geral da entidade, Jonathan Kreutner, à agência "Associated Press". Ele também afirmou que os pedidos de fechamento do Paradies Arosa são "exagerados".

Em entrevista ao jornal norte-americano "The Algemeiner", a gerente do hotel contou que o cartaz, já removido, era uma reação às recorrentes reclamações de que "alguns clientes estavam nadando vestidos e sem tomar uma ducha".

"Naquele momento, tínhamos um monte de hóspedes judeus, e eu notei que alguns deles não tomaram banho antes de nadar. Então o dono do hotel me pediu para fazer alguma coisa, e eu escrevei esse aviso de forma ingênua", acrescentou Thomann, desta vez ao jornal suíço "Blick"

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