Tópicos | Kirk Douglas

Nesta semana, a Disney anunciou que já está trabalhando em uma nova série em live-action, baseada no livro escrito pelo francês Júlio Verne (1828 – 1905), “Vinte Mil Léguas Submarinas” (1870), que será lançado diretamente na plataforma do Disney+.

A produção vai se chamar “Nautilus” e vai narrar os eventos que antecederam os acontecimentos do livro. Assim, a trama vai acompanhar Nemo, um Príncipe Indiano que embarca em um submarino e descobre um mundo subaquático mágico.

##RECOMENDA##

De acordo com o vice-presidente de produções originais da Disney, Liam Keelan, esta será uma série inovadora e em grande escala, já que o roteiro tem a estrutura semelhante ao de um longa-metragem. Inicialmente, serão feitos 10 episódios, que começarão a ser filmados em 2022.

Vale lembrar que o Disney+ já possui uma produção semelhante em seu catálogo, com “As 20.000 Léguas Submarinas” (1954), filme dirigido por Richard Fleischer (1916 – 2006), que apresenta a adaptação do livro, com Kirk Douglas (1916 – 2020) como protagonista.

Jules Gabriel Verne foi um dos grandes escritores da literatura e também é considerado o criador do gênero de ficção científica. Aos 11 anos, o escritor fugiu de casa, e ao retornar prometeu ao seu pai que fugiria apenas para sua imaginação, passando a se dedicar à escrita.

 

 

Nesta semana completam-se 70 anos desde que “A Montanha dos Sete Abutres” (1951) chegou aos cinemas pela primeira vez. O longa-metragem de Billy Wilder (1906 – 2002) é protagonizado pelo astro do cinema Kirk Douglas (1906 – 2020), e conta a história de um repórter que está disposto a ir além dos limites da ética, para conseguir grandes matérias e assim conquistar lugar de destaque no concorrido mercado de trabalho jornalístico em Nova York.  Mesmo após 70 anos, o filme está presente em inúmeras listas de recomendações cinematográficas, seja pela temática ou pelo estilo da narrativa.

Lislei Carrilo é mestre, professora do curso de Jornalismo na Universidade Guarulhos (UNG) e consultora em comunicação organizacional. Ela conta que apesar do filme ter sido “um fracasso de crítica e público” à época em que foi lançado, o tema da obra ainda é muito atual: “Qual o poder da mídia? O filme aborda a manipulação de informação, o controle das massas e as notícias como forma de espetáculo”. A professora ressalta que esses acontecimentos são decorrentes da discussão em torno da ética jornalístca. Ela lembra que a mensagem mais importante da trama é que “subestimar a sociedade com algo fake ou manipulativo não é o caminho”. 

##RECOMENDA##

Quando se trata da prática jornalística, Lislei explica que existe um tipo de dever social que o profissional da comunicação precisa seguir. “Temos responsabilidades como jornalistas. Responsabilidade em veicular algo que seja fato real,  que seja bem apurado. Nós prestamos serviços à sociedade e como tal, devemos ter o mínimo de responsabilidade com ela [sociedade]”. 

Segundo Paulo Camargo, professor do curso de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com experiência na área de artes, inclusive cinema. O personagem de Kirk Douglas (o jornalista Charles Tatum) vive o drama de tentar dar uma guinada na carreira, mas perde o controle sobre os padrões da ética e transforma a notícia em um espetáculo, com dimensões nacionais. “A ética é a espinha dorsal na coluna vertebral do jornalismo. Ela está associada ao respeito da dignidade humana, o direito da privacidade, e a questão é que existem limites para tudo”, explica.

De acordo com o professor, existe uma máxima no jornalismo mundial, de que notícias sobre crises, crimes e tragédias tendem a repercutir mais que notícias positivas. “É dentro dessa lógica, do jornalismo popular e sensacionalista, que o filme retrata a história. Quanto pior, melhor. Isso obviamente esbarra numa questão de ética, em que você coloca a mercantilização sobre o interesse humano”. 

Camargo cita como exemplo deste tipo de espetacularização da notícia, os casos de Isabella Nardoni e Eloá, ou seja, histórias que tinham uma continuidade de investigação. “É importante frisar que a espetacularização tem como princípio uma espécie de contágio. Pode-se iniciar com um veículo, mas outros acabam seguindo. Isso acaba contaminando toda a imprensa. Esses casos que nós conhecemos se tornam verdadeiras novelas dentro dos veículos de imprensa. É uma espécie de coro que se forma. Uma orquestra de veículos que acabam fazendo com que isso se torne onipresente”, explica.

Responsáveis pelo longa-metragem

O professor Camargo explica que Billy Wilder foi um dos mais potentes e polivalentes diretores do cinema norte-americano. “Ele foi capaz de fazer grandes dramas como ‘Crepúsculo dos Deuses’ [1950], filme noir que conta a história de uma atriz decadente, um retrato definitivo de uma fase de transição do cinema.  Também fez comédias deliciosas como ‘Quanto Mais Quente, Melhor’ [1959], estrelado por Marilyn Monroe, e ‘Se Meu Apartamento Falasse’ [1960]”. O especialista ressalta que dentre suas principais características estão a capacidade de conduzir atores e o interesse nas condições humanas.

Desta forma, Billy Wilder era capaz de colocar subtextos e tramas envolvendo temáticas sociais em suas produções. Em “A Montanha dos Sete Abutres” não foi diferente. “É um filme, que para o jornalismo, é um marco. É estudado em todas as escolas de jornalismo do mundo, justamente porque ele é um dos pioneiros na discussão desse tema, dos limites éticos da profissão, e da questão da espetacularização”, afirma o professor.

Como rosto principal nesta produção, o ator Kirk Douglas foi o escolhido para viver o repórter. Camargo comenta que ele é desses atores que têm uma força e impacto como ator principal, mas que tem uma complexidade emocional e uma capacidade de emprestar aos seus personagens, uma tridimensionalidade. “Ele não é um ator que encarna um herói infalível, ele tem essa ambiguidade perfeita para esse tipo de papel”, exalta.

Recomendações de filmes com a mesma temática

Existem diversos filmes que abordam o jornalismo como tema central e, como recomendação, Camargo cita o longa “Rede de Intrigas” (1976), que mostra uma história sobre os bastidores da televisão, e “Spotlight: Segredos Revelados” (2015), filme que traz uma série de reportagens investigativas sobre abusos sexuais cometidos por integrantes da igreja católica. E ainda, com um tom mais leve, levemente pendendo para a comédia, o professor cita o filme “O Jornal” (1994), estrelado por Glenn Close. “Tem muita coisa interessante a respeito da imprensa no cinema”, finaliza.

 

 

Após uma longa espera, o Museu do Cinema de Los Angeles abrirá suas portas este ano e incluirá uma homenagem ao recém-falecido Kirk Douglas - anunciou a Academia dos Oscars, que conduz o projeto.

A ideia de um museu dedicado à Sétima Arte levou quase um século para sair do papel. Com previsão de inauguração para 2017, a obra do prédio planejado pelo arquiteto italiano Renzo Piano foi sofrendo um atraso após o outro.

##RECOMENDA##

Na véspera da 92ª edição do Oscar, a Academia organizou na sexta-feira (7) uma visita da imprensa ao local. A instituição não ficará em Hollywood, e sim alguns poucos quilômetros mais ao sul.

Uma gigantesca esfera de vidro, aço e concreto parece flutuar sobre o chão para encarnar "a magia do cinema" e se conecta por passarelas ao edifício principal.

Segundo seus idealizadores, a missão do museu é contar a história do cinema e de suas inovações, assim como mostrar aos visitantes as diferentes técnicas usadas para fazer um filme.

Lá, será possível ver os famosos sapatos vermelhos de Judy Garland em "O mágico de Oz", as portas do fictício "Rick's American Café" frequentado por Humphrey Bogart em "Casablanca", ou a capa de Drácula usada por Bela Lugosi no filme de 1931.

Também haverá um espaço para relembrar a trajetória de Kirk Douglas, lenda de Hollywood que morreu na última quarta-feira, aos 103 anos.

Quando as estrelas do cinema se apagam, este museu "ajudará a contar suas histórias. Essa é a missão a que nos propusemos", afirmou o diretor do museu, Bill Kramer.

O prédio terá mais de 3.600 metros quadrados de galerias e salas de exposições.

Filho de um trapeiro judeu que fugiu da Rússia, o ator americano Kirk Douglas, que morreu na quarta-feira aos 103 anos, se tornou uma lenda com “Caminhos da Glória” e “Spartacus”. Um mito em Hollywood.

“Continuarei sendo um homem revoltado a vida toda”, costumava dizer. “A raiva foi o motor da minha vida, uma imensa raiva contra a injustiça”.

##RECOMENDA##

Kirk Douglas era seu nome artístico, mas na verdade se chamava Issur Danielovitch Demsky. Nasceu em 9 de dezembro de 1916 em Amsterdã, uma pequena cidade no estado de Nova York.

Ao chegar em Nova York, mudou seu nome e conseguiu entrar na escola de teatro onde conheceu a futura Lauren Bacall, que não quis ser sua noiva, mas sempre foi sua amiga.

Em 1942, no meio da Segunda Guerra Mundial, Kirk Douglas se juntou ao exército e participou da campanha do Pacífico em um antissubmarino.

Uma vez desmobilizado, encaminhou pequenos papéis antes de abraçar o sucesso em 1949 com “O Invencível”, onde encarnou um boxeador.

A partir de então, a carreira do ator decolou com filmes de aventura ("Vinte mil léguas submarinas", 1954), ("Spartacus", 1960), outros de guerras ("Caminhos da Glória", 1958)" Paris está em chamas? ", 1966), entre outros gêneros.

O galã de Hollywood

Lamentou por não ter conseguido o papel em “Voando sobre um ninho de cucos”, obra-prima de Milos Forman de 1975, e por nunca ter conseguido um Oscar.

No entanto, foi consolado em 1996 com um Oscar honorário a toda sua carreira.

Kirk Douglas era um mulherengo, considerado o “maior casanova de Hollywood”.

"Nunca contei as mulheres que tive. As amo demais para isso", dizia ele. Entre suas ex-mulheres estão Gene Tierney, Rita Hayworth, Marlene Dietrich, Pier Angeli, Joan Crawford, Ava Gardner ...

Desde 1954, viveu com a mesma mulher, Anne Buydens, quem conheceu na França e se tornou sua segunda esposa.

Em uma idade avançada, se aventurou com a escrita. Publicou sua autobiografia – “O filho do Trapeiro” – e vários romances.

Enganou a morte diversas vezes: um acidente de helicóptero em 1991, no qual ficou levemente ferido, um derrame em 1996 e um ataque cardíaco em 2001.

Com o tempo recuperou a fé e, no dia em que completou 83 anos, repetiu a cerimônia de Benei Mitzvah, como aos 13 anos de idade.

Kirk Douglas deixa uma dinastia no cinema. Dois filhos atores, incluindo Michael, nascido de um primeiro casamento e agora pelo menos tão famoso quanto seu pai, dois outros produtores, uma nora atriz, Catherine Zeta-Jones, e um neto, Cameron, também ator.

Infelizmente o mundo do cinema perdeu um de seus grandes astros no dia 5 de fevereiro. Kirk Douglas, ator e cineasta norte-americano, morreu aos 103 anos de idade e a causa da morte não foi revelada. Ele vinha passando por problemas de saúde desde 1996, quando sofreu um acidente vascular cerebral.

Indicado ao Oscar três vezes, o galã de filmes como Spartacus recebeu homenagens de vários artistas hollywoodianos, os quais lamentaram a sua partida após a confirmação da morte vir através de postagem feita por Michael Douglas, filho do ator, em seu Instagram.

##RECOMENDA##

"Para o mundo ele era uma lenda, um ator da era de ouro dos filmes que viveu seus anos dourados, um humanitário cujo compromisso com a justiça e as causas em que ele acreditava estabeleceram um padrão para todos nós aspirarmos. Mas para mim e meus irmãos Joel e Peter, ele era simplesmente pai, para Catherine, um maravilhoso sogro, para seus netos e bisneto, seu avô amoroso, e para sua esposa Anne, um marido maravilhoso", disse o ator.

A lenda de Hollywood Kirk Douglas morreu nesta quarta-feira (5) aos 103 anos, informou seu filho, o também ator Michael Douglas.

"É com enorme tristeza que meus irmãos e eu anunciamos que Kirk Douglas nos deixou hoje aos 103 anos de idade", escreveu o ator em sua página no Facebook.

##RECOMENDA##

"Para o mundo, ele era uma lenda, um ator da era dourada do cinema, que viveu bem seus anos de ouro, um humanitário cujo comprometimento com a justiça e as causas nas quais acreditava marcava uma pauta à qual todos nós devíamos aspirar. Mas para mim e meus irmãos, Joel e Peter, era simplesmente papai".

Kirk Douglas (Nova York, 1916) interpretou papéis que marcaram a história do cinema, do escravo Spartacus com espada na mão ao pintor holandês Vincent van Gogh.

Trabalhou em mais de 80 filmes mas, diferentemente das novas gerações, nunca aceitou um papel em uma sequência.

Ele recebeu três indicações aos Prêmios da Academia em seis décadas de carreira, mas a estatueta só veio em 1996, quando recebeu um Oscar honorário.

E à medida que sua saúde o impediu de voltar aos sets de gravação, juntamente com sua agora viúva, Anne Buydens, cada vez mais filantropo, expressando sua intenção de doar para obras de caridade na maior parte de sua fortuna quando os dois morressem.

O casal reconstruiu 400 pátios escolares em Los Angeles e foi responsável pela construção do "Harry's Haven", unidade de tratamento para o Alzheimer inspirada no nome do pai de Kirk no Lar do Fundo do Cinema e da TV em Woodland Hills, Califórnia.

"A vida de Kirk foi bem vivida e deixa um legado no cinema que vai perdurar por gerações e uma história como um renomado filantropo que trabalhou para ajudar o público e levar paz ao planeta", expressou Michael. "Te amo e me sinto orgulhoso de ser seu filho".

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando