Tópicos | Kobra

O grafiteiro Kobra criticou a decisão da apagar uma de suas obras do projeto "Muro de Memórias", pintada há mais de 10 anos na Avenida Morumbi, na Zona Oeste de São Paulo. A pintura havia sido restaurada no ano passado e integrava a série responsável por levar seu trabalho para mais de 40 países.

O projeto retratava cenas da capital paulista na primeira metade do século 20. O grafite apagado mostrava o movimento de pessoas na Rua Direita em 1905. Ele foi coberto por tinta branca no mês passado, mas o artista só soube nessa semana.

##RECOMENDA##

"As pessoas descobriam, a cada dia, um detalhe diferente nesta obra. As próximas gerações têm direito de ver estes trabalhos", se posicionou o Kobra. Ele também refletiu sobre o processo de descarte da arte de rua. "É um muro particular, o dono tem direito de fazer o que quiser, mas é questionável o motivo. Tenho um filho de sete anos e gostaria que ele tivesse visto este trabalho", acrescentou.

[@#video#@]

Os proprietários disseram à Folha de S. Paulo que nunca deram autorização para a pintura e que o muro deve ser derrubado para a construção de um estabelecimento comercial no local. Uma placa de venda anuncia o terreno de 2.000 m².

O autódromo italiano de Ímola, palco do acidente que tirou a vida do tricampeão de Fórmula 1 Ayrton Senna (1960-1994), ganhará na semana que vem um mural em homenagem ao piloto pintado pelo artista brasileiro Eduardo Kobra.

A obra terá 21 metros de comprimento e sete de altura e ficará na fachada do Museo Checco Costa, a poucos metros da antiga curva Tamburello, onde Senna bateu sua Williams naquele fatídico Grande Prêmio de San Marino, em 1º de maio de 1994.

##RECOMENDA##

"Talvez a primeira coisa que eu faça ao chegar seja ir no local do acidente. Para mim, tem um significado emocional muito grande, sou muito conectado à história do Senna", disse Kobra à ANSA nesta terça-feira (10), um dia antes de embarcar para a Itália.

Fã do piloto brasileiro, o artista de 44 anos já fez cerca de 10 murais que retratam o tricampeão de F1. "Admiro muito a trajetória dele. Ele me inspira muito, principalmente como pessoa, a forma de ele agir, a perseverança no trabalho", acrescentou.

Kobra vive desde a metade de 2018 o período mais profícuo de sua carreira para convites internacionais, com mais de 40 pedidos, e a encomenda do mural de Senna é uma das poucas que ele conseguiu aceitar. "Era uma obra que eu queria fazer. Gosto muito de fazer ações ligadas ao Senna", disse.

O artista deve levar seis dias para concluir o painel, que será inspirado nos momentos em que o piloto fazia reverências aos céus para agradecer por vitórias. O trabalho será voluntário, mas Kobra pediu permissão ao Instituto Ayrton Senna para fazer o painel. "Se eles não aprovassem, eu não iria", revelou.

Essa será a quarta obra do artista na Itália, e em breve ele deve realizar um mural em San Marino sobre a história desse pequeno país, que fica a cerca de 100 quilômetros de Ímola.

Da Ansa

Um ônibus da frota paulistana é o mais novo objeto de trabalho do muralista Eduardo Kobra. Em projeto lançado nesta terça-feira, 27, o artista transformou um coletivo em uma galeria de arte itinerante, que irá circular por 13 pontos da cidade de São Paulo e da região metropolitana até 8 de setembro. A entrada é franca, sempre das 9 às 17 horas.

Com o nome de "Galeria Circular", o projeto consiste em um ônibus adaptado à configuração de uma galeria, dentro do qual estão expostos 14 modelos originais e réplicas de obras de Kobra. Do lado de fora, o veículo teve a lataria personalizada com o mural Etnias, feito pelo artista para as Olimpíadas de 2016.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Kobra disse ter participado da escolha do itinerário da mostra. "É uma forma de gratidão pela história, pelas pessoas que me apoiaram, são lugares por onde andei durante a minha juventude e a minha infância", conta o artista, que completa 44 anos nesta terça-feira.

O muralista ressalta que a exposição é a primeira que realizada no País nos últimos 10 anos, período em que teve mostras apenas no exterior. "Estou levando a galeria itinerante até eles, dando a muitas pessoas a oportunidade de ir a uma galeria de arte, alguns pela primeira vez."

Segundo Kobra, o lançamento está atraindo crianças e também moradores do bairro e de regiões vizinhas. Dentre eles, destaca uma professora que levou um caderno com cerca de 200 pinturas de alunos de sete anos inspirados em obras suas. "Tinha de proteção aos animais, sobre racismo, sobre violência, que são temas do meu trabalho."

O muralista pretende acompanhar a exposição em "praticamente" todos os pontos, "em algum momento" do dia, conforme for possível. Depois da exposição, o ônibus retornará às características originais (inclusive sem a pintura externa) e será incorporado à frota de uma empresa que atua na zona sul de São Paulo.

Em setembro, Kobra deve viajar para Ímola, na Itália onde irá pintar um mural em homenagem ao piloto Ayrton Senna. A obra será realizada nas proximidades do antigo autódromo da cidade.

Programação da "Galeria Circular"

Dia 27 de agosto, terça-feira,

Onde - Campo Limpo (zona sul), Projeto Arrastão, à rua Dr. Joviano Pacheco de Aguirre, 255, com apresentação do grupo de percussão "Arrasta Lata" às 13h30.

Dia 28 de agosto, quarta-feira

Onde: Grajaú (zona sul), à Praça José Boemer Roschel, na esq. da Av. Carlos Oberhuber com rua Rubem Souto de Araújo, na Vila São José;

Dia 29 de agosto - quinta-feira

Onde: Paraisópolis (zona sul), no CEU Paraisópolis, à rua Dr. José Augusto de Souza e Silva, s/n, com apresentação do Balé de Paraisópolis, às 14h.

Dia 30 de agosto, sexta-feira

Onde: em Diadema, à Praça da Moça, no Centro

Dia 31 de agosto, sábado

Onde: Itaquera (zona leste), no Parque do Carmo, à av. Afonso de Sampaio e Souza, 951

Dia 1º. de setembro, domingo

Onde: Vila Madalena (zona oeste), à rua Medeiros de Albuquerque, 270;

Dia 2 de setembro, segunda-feira

Onde: Vila Guilherme (zona norte), no Parque do Trote, à av. Nadir Dias de Figueiredo, s/n

Dia 3 de setembro, terça-feira

Onde: Brasilândia (zona norte), na Fábrica de Cultura Brasilândia, à av. General Penha Brasil, 2.508

Dia 4 de setembro, quarta-feira

Onde: Heliópolis (zona sul), CEU Heliópolis, à Estrada das Lágrimas, 2.385, com apresentação de RAP, em horário ainda indefinido;

Dia 5 de setembro, quinta-feira

Onde: Cidade Tiradentes (zona leste), Creche Nossa Senhora do Divino Pranto, à Av. dos Metalúrgicos, 1.899

Dia 6 de setembro, sexta-feira

Onde: Jardim Noronha (zona sul), no Campo de Futebol, à rua Três Corações, à altura do número 874, no ponto final da linha Jd. Porto Velho

Dia 7 de setembro, sábado

Onde: Bom Retiro (centro), no Projeto Novos Sonhos, à Al. Cleveland, 484, com apresentação da Companhia Infantil e Juvenil Novos Sonhos, com música clássica e percussão, respectivamente, a partir das 13h30

Dia 8 de setembro, domingo

Onde: Av. Paulista (centro expandido), à Praça Osvaldo Cruz, em frente ao Japan House, esquina com rua 13 de Maio

Era uma vez um pichador pobre da periferia de São Paulo, mau aluno, que colecionava advertências e só queria saber de rabiscar seu apelido "Cobra" - gíria que fazia alusão aos elogios que recebia dos colegas por saber desenhar - em muros do Jardim Martinica, na zona sul da cidade, e paredes e carteiras da Escola Estadual Mauricio Simão. Trinta anos depois, ele está no auge. Carlos Eduardo Fernandes Léo, de 41 anos, tem centenas de obras espalhadas pelo Brasil e por outros 15 países, faz telas que não custam menos de R$ 100 mil e acaba de superar o recorde mundial que já é seu desde o ano passado: o de maior mural do mundo.

Faz exatos dez anos que Eduardo Kobra, assim com K, começou a ganhar mídia com suas cores. O ex-pichador dos anos 1980 ganhou a vida ao longo da década seguinte pintando brinquedos e placas do extinto parque Playcenter. Já no século 21, mais e mais grafitava nas ruas de São Paulo. Seu estilo próprio, entretanto, brotaria em 2007, com a série Muro das Memórias, em que ele pintava murais em São Paulo, em preto e branco ou tons sépia, inspirado em fotografias antigas da cidade.

##RECOMENDA##

"A visibilidade desse trabalho foi um marco em minha carreira", reconhece. Segundo Kobra, seu amadurecimento veio do contato com obras de artistas como o americano Eric Grohe e o mexicano Diego Rivera (1886-1957).

Na esteira do Muro das Memórias vieram outros projetos. O Greenpincel traz mensagens ambientais, ecológicas. Kobra protestou contra os rodeios, contra a pesca de baleias. Demonstrou preocupação pelos rios paulistanos, sujos e fétidos. Manifestou-se contra o desmatamento. As pinturas 3D são outro filão: ele passou três anos estudando e fazendo testes até conseguir reproduzir as proporções ideais para o efeito desejado. Também lançou a série Realidade Ampliada, em que expôs mazelas sociais.

Mas o seu hit, o principal sucesso, seria o que ele chama de "consequência direta" do Muro das Memórias: as imagens hiper-realistas, muitas vezes com base em fotografias de personalidades, cobertas com cores fortes e contrastantes - herança, Kobra explica, de seu passado no hip-hop. Com este estilo forte, marcante e característico, Kobra homenageou figuras como Chico Buarque, Ariano Suassuna, Oscar Niemeyer, Bob Dylan, John Lennon, Albert Einstein e Tom Zé. E fez releituras de fotos clássicas do imaginário contemporâneo.

Um desafio

A fama foi consequência natural. Desde 2011, Kobra passa boa parte do ano pintando obras no exterior. Atualmente, são 48 murais em 15 países. No dia 15 de abril, terminou o mural de 5.742 metros quadrados às margens da Rodovia Castelo Branco - mais do que o dobro do recorde mundial, reconhecido pelo Guinness em 2016, sua obra Etnias, pintada no Rio.

"Foi desafiador pensar em uma obra para este espaço", admite. "Primeiro, porque precisava ser um desenho único, de modo que as pessoas pudessem observar da pista, na alta velocidade de uma rodovia. E também tinha o fato de que o trabalho foi todo em um meio quase rural, tem mato e tem terra no chão, enquanto o resto dos meus murais está sempre em áreas urbanas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O artista Eduardo Kobra prepara a criação daquele que será o maior painel grafitado do mundo. Com 151 metros de comprimento e 29 metros de altura, a "tela" para esta obra é um paredão às margens da Rodovia Castelo Branco (km 35), no município de Itapevi, na Grande São Paulo. "Vai dar para todo mundo ver da estrada", comenta ele.

No momento em que a gestão João Doria (PSDB) tem removido pichações e grafites, o painel de 4,5 mil m² terá salvo-conduto - além de ser fora da capital, será em propriedade privada.

##RECOMENDA##

Esse novo mural vai superar o recorde mundial anterior - que, a propósito é do próprio Kobra. Em 2016, no centro do Rio, ele pintou a obra Etnias, às vésperas da Olimpíada. O Guinness World Records deu a chancela de maior do mundo ao paredão de 170 metros de comprimento e 15 metros de altura. "Confesso que estou assustado com as dimensões", diz o artista. "A proporção é inacreditável. Vai ser incrível fazer essa obra."

O paredão é de um prédio que será centro de distribuição e sede administrativa da marca de chocolates Cacau Show. Foi a empresa que o convidou para o trabalho. "Temos um plano de transformar uma parte deste prédio em museu para visitação, mas ainda não há previsão de abertura ao público", adianta Monica Ogawa, diretora de Comunicação da empresa.

Pelas estimativas de Kobra, o trabalho deve durar dois meses. "Tudo vai poder ser acompanhado por quem passar pela rodovia", comenta. Os preparativos já estão em andamento. "É preciso uma logística especial, andaimes adequados para que consigamos pintar em um espaço tão grande", exemplifica. Nos próximos dias, o artista deve viajar para a Amazônia em busca de inspiração. Isso porque Kobra pretende pintar no paredão cenas do processo de produção do cacau - do plantio à colheita.

Polêmica. Paulistano do Jardim Martinica, bairro pobre da região do Campo Limpo, na zona sul, Kobra orgulha-se de ter obras espalhadas por dezenas de países. Mas, ao mesmo tempo, também lembra que 90% de seus trabalhos foram feitos em sua São Paulo natal.

Recentemente, e sem querer, ele acabou envolvido na polêmica cruzada de Doria contra pichadores. Isso porque foi anunciado, sem ter sido consultado, como coordenador de um programa de arte de rua. Desmentiu em seguida. Depois porque o prefeito já o citou entre os artistas de sua predileção.

Em janeiro, quando a Prefeitura apagou grafites da Avenida 23 de Maio, um mural de sua autoria foi preservado. No dia seguinte, amanheceu com uma pichação em protesto contra Doria. A Prefeitura o consultou - queria saber se ele gostaria de restaurar a obra. "Se removeram o trabalho de outros, a minha posição foi a de que deveriam remover o meu também. Esta era a atitude mais correta."

Kobra começou pichando muros. Aos 15 anos, passou a grafitar e, hoje, considera-se muralista. "Não vejo uma coisa como evolução da outra. São transições", diz. "O assunto virou polêmica porque nós, paulistanos, amamos a arte de rua." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O maior mural de grafite do mundo é carioca, é brasileiro, é nosso. Sensação dos Jogos Olímpicos do Rio, o painel de 2.600 metros quadrados pintado pelo artista Eduardo Kobra na revitalizada zona portuária da Cidade Maravilhosa entrou oficialmente para o Guinness World Records.

Inspirado nos cinco aros olímpicos, o imenso painel colorido com rostos que representam a união dos povos foi feito especialmente pela equipe do grafiteiro paulista para a Olimpíada e conquistou o coração - e as fotos - de quem passou pela região da Praça Mauá no período.

##RECOMENDA##

"Há três décadas eu pinto praticamente todos os dias. O projeto do Mural Etnias é a continuação dessa história, uma história de luta através da arte. Meu trabalho nesse período todo tem se concentrado na defesa e preservação dos animais, no resgate da história, na busca da igualdade entre as pessoas. Esse recorde para mim não se trata do maior mural do mundo, se trata da maior pintura pela paz entre as nações.", afirmou Kobra.

Se o mural foi uma das principais atrações do Boulevard Olímpico, que recebeu cerca de 1,4 milhão de pessoas durante os Jogos, na Paralimpíada, de 7 a 18 de setembro, e mesmo depois dela, não deverá ser diferente. Com as mudanças e novidades, a nova zona portuária do Rio tem tudo para se manter entre os pontos mais turísticos da cidade: Museu do Amanhã, Museu de Arte do Rio (MAR) e, agora, o maior mural do mundo, afinal, estão ali reunidos. E o melhor: dá para chegar até lá com o também novo VLT - custa R$ 3,80 e sai tanto da rodoviária quanto do aeroporto Santos Dumont.

O painel Etnias em números:

2646,34 m²

70 dias de trabalho, sendo 45 de pintura e 25 de produção

1890 litros de tinta branca para a base

2800 latas de tinta spray

Dez intervenções artísticas em dez dias. Eis o resumo de São Paulo: Uma Realidade Aumentada, novo projeto do artista plástico Eduardo Kobra. Nesta terça-feira, 14, na calçada da Rua Helvétia, altura do número 64, no bairro de Campos Elísios, região conhecida como Cracolândia, no centro, ele inicia a série com a qual pretende "mostrar questões da cidade como se usasse uma lupa".

Autor de mais de 40 murais em São Paulo - e dezenas de outros espalhados por cidades mundo afora -, Kobra pretende inovar com esse projeto. Primeiro, porque vai escancarar a realidade de São Paulo - começando já pela Cracolândia. "A ideia é ampliar o foco para essas questões, mostrar que os problemas podem ser revertidos", afirma o artista.

##RECOMENDA##

Além disso, a série traz um elemento muito caro aos dias de hoje: a interatividade. O endereço da obra seguinte, por exemplo, só será divulgado na véspera (pelas redes sociais do artista, o Instagram @kobrastreetart e o Facebook /Eduardo-Kobra). Transeuntes serão incentivados a colaborar nas criações, seja palpitando, seja colocando a mão na massa - ou melhor, no spray.

"Estou amadurecendo essa ideia há quase dois anos. Envolve uma logística complicada, porque a minha ideia era fazer dez obras em dez dias e em pontos diferentes de São Paulo", relata Kobra. Sem patrocínio, a logística envolve o trabalho de uma equipe de dez pessoas, além do próprio artista. Se chover em algum dia, a ação prevista terá de ser adiada para a data seguinte.

Para esta terça-feira, na Cracolândia, Kobra vai expor nove de suas telas mais conhecidas - as mesmas que recentemente integraram exibição em Roma. São releituras de personalidades que "contribuíram para um mundo melhor", como John Lennon, Malala, Albert Einstein e Nelson Mandela.

Além delas, haverá também duas telas em branco - em uma, o artista fará uma pintura às vistas do público; em outra, dependentes químicos da região e eventuais pedestres poderão criar, sob supervisão e orientação de Kobra. Em seguida, de forma coletiva, eles vão produzir uma obra em um muro já pré-selecionado no local.

Beneficência

Uma das telas será leiloada em benefício ao programa De Braços Abertos, implementado há mais de um ano pela Prefeitura para tentar recuperar os usuários de crack que vivem na região. O pregão será realizado online, pela Galeria Victor Hugo, no dia 27.

A participação de dependentes químicos foi uma premissa do projeto, segundo Kobra. "Em minha equipe tenho um ex-usuário de crack", conta ele. "Acredito que a arte pode apresentar um novo caminho para essas pessoas."

Tal roteiro não será o mesmo nos dias seguintes. "Estou planejando vários tipos de intervenções, algumas com formatos variados", despista Kobra. Em comum, apenas essa possibilidade de interação com o público. E, claro, o viés provocativo. "Em geral, minha obra sempre exalta a beleza", comenta o artista plástico. "Desta vez, faço uma série com um convite à reflexão."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando