Tópicos | #KuToo

O lema da equipe japonesa de rugby "One Team", a campanha "#KuToo" contra a obrigação de as mulheres terem de trabalhar com salto ou o nome da nova era imperial "Reiwa" foram as palavras escolhidas para o ano de 2019 em Japão.

"One Team" foi declarado oficialmente nesta segunda-feira (2), ao vivo na televisão, como uma das palavras-chave que marcarão 2019, depois que a equipe japonesa Brave Blossoms conquistou as massas japonesas ao alcançar, pela primeira vez em sua história, as quartas de final no Campeonato Mundial de Rúgbi, realizado no Japão.

"#KuToo", um trocadilho com "kutsu" (sapatos) e "kutsuu" (dor) também está no top 10 do ranking.

O objetivo da hastag é denunciar o uso quase obrigatório de sapatos de salto alto para as mulheres que procuram trabalho no Japão ou quando trabalham para um grande grupo. Em junho, uma petição foi publicada para protestar contra esse requisito.

A lista também mostra "Reiwa", que significa "bela harmonia" e é o nome da nova era imperial inaugurada após a ascensão ao trono de Naruhito este ano.

Outra expressão que marcou o ano foi "keikaku unkyu" (cancelamento programado), usado para a suspensão do tráfego ferroviário quando a chegada do poderoso tufão Hagibis era esperada em outubro.

Por outro lado, a paixão por bebidas com tapioca deu origem ao termo "tapiru", que combina tapioca com "suru" (marca).

A cada ano, o Japão escolhe as palavras e o "kanji" (caractere chinês) mais representativas do ano.

As japoneses apresentaram nesta segunda-feira (3) uma petição ao governo, protestando contra a rígida convenção de usar sapato de salto alto no trabalho.

A campanha #KuToo, um trocadilho com "kutsu" (sapato) e "kutsuu" (dor), e uma versão para o slogan feminista #MeToo, foi concebido pela atriz Yumi Ishikawa e rapidamente ganhou o apoio de 19.000 pessoas.

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As militantes dizem que é quase impossível escapar dos desconfortáveis sapatos de salto no trabalho, ou até mesmo quando procuram emprego.

"Hoje apresentamos um manifesto pedindo uma lei que proíba os empregadores de forçar as mulheres a usarem salto alto, o que é discriminação sexual e constitui assédio", disse Ishikawa a jornalistas, após uma reunião com autoridades do Ministério do Trabalho.

Ninguém do Ministério reagiu ao pedido ainda.

Um tuíte de Ishikawa reclamando sobre a obrigação de usar salto para conseguir um emprego em um hotel se tornou viral, encorajando-a a lançar a campanha.

Em 2017, a província canadense de British Columbia (oeste) proibiu as empresas de obrigarem suas funcionárias a usar salto alto, descrevendo essa prática como perigosa e discriminatória.

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