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A mansão em que viviam a ex-mulher e um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro foi vendida por R$ 3 milhões. O imóvel, em cuja compra a Polícia Federal vê indícios de uso de laranjas, foi vendido em junho do ano passado, segundo reportagem publicada pelo ICL Notícias.

De acordo com o site, a informação foi dada pelo novo proprietário, que pediu anonimato. Ele relatou ter comprado a mansão, localizada no Lago Sul de Brasília, do corretor Geraldo Machado, mas não quis mencionar os valores negociados. 

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O homem também disse que assumiu o valor que tinha sido financiado junto ao BRB. Em 2022, na ocasião de sua candidatura a deputada distrital no Distrito Federal, a ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, declarou à Justiça Eleitoral ser a proprietária da mansão no Lago Sul, avaliada em cerca de R$ 3 milhões. Ao checar a matrícula do imóvel, o site observou, contudo, que ele ainda não está registrado no nome de Machado. 

Questionado, Machado alegou que o processo de transferência do imóvel para o seu nome está em andamento. Ana Cristina Valle não se manifestou sobre o caso. 

Em 2021, uma reportagem dos jornalistas Juliana Dal Piva e Eduardo Militão revelou que Ana Cristina vivia na propriedade junto com Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente. Na época, ela dizia ter alugado o imóvel. Apesar disso, mudou-se para o local cerca de 15 dias depois da compra ter sido oficializada no papel pelo corretor Geraldo Machado.

Já Machado, que se identificava como dono da mansão, morava em uma edificação modesta, num condomínio em Vicente Pires, região administrativa de classe média no Distrito Federal, a 30 km da mansão. Em 2021, Machado negou ser um laranja e disse ter o "sonho" de morar no Lago Azul. Segundo ele, a mudança não deu certo porque ele não teria conseguido vender sua casa em Vicente Pires.

Em 2022, Cristina declarou ao TSE um valor muito inferior ao de mercado para a casa. De acordo com a advogada, a mansão valia R$ 829 mil. A quantia é bem menor do que os R$ 2,9 milhões declarados por Geraldo Machado, em 31 de maio de 2021, como preço de negociação da propriedade.

Transações 

O valor declarado ao TSE se aproxima do total transferido por Ana Cristina para uma empresa de transporte de cargas do Distrito Federal que pertence a Geraldo Machado. De acordo com relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o valor da transação foi de R$ 867 mil, dos quais R$ 580 mil teriam sido usados para pagar a entrada da compra da mansão. O restante da compra, que corresponde a R$ 2,32 milhões, foi financiado junto ao Banco de Brasília (BRB). 

O BRB também financiou a mansão do senador Flávio Bolsonaro (PL–RJ), que custou um total declarado de R$ 6 milhões. Após a revelação da aquisição da mansão de Cristina e do relatório do Coaf, a Polícia Federal abriu uma investigação do caso.

 Além de estar envolvida no inquérito da PF, Ana Cristina é investigada por lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa, junto com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos–RJ), em um procedimento do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A investigação apura o desvio ilegal de salários dos assessores de gabinete do filho “02” de Jair Bolsonaro, do qual Ana Cristina foi chefe entre 2001 e 2008. Em  outubro de 2022, poucos dias antes da votação do segundo turno da eleição presidencial, Ana Cristina viajou para a Noruega e nunca mais voltou.

 

 

*Por Lúcio de Castro, da agência Sportlight

Um bilhão de reais em contratos espalhados Brasil afora entre governos estaduais, prefeituras e a união. Uma fazenda recém adquirida com 1 milhão de metros quadrados, equivalentes a 100 hectares. Uma mansão em praia paradisíaca. Sete empresas com capital total de R$ 23 milhões.

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Os bens que aparecem em nome de Murilo Sergio Jucá Nogueira Júnior não deixam dúvidas: trata-se de um bilionário. Ao menos considerando o que consta no nome dele.

Ainda assim, 12 dias do mês são dentro de uma delegacia da polícia civil, em um plantão de 24 horas que começa às 7h e só vai terminar no mesmo horário da manhã seguinte. Com adicional noturno, o salário bruto do homem de 1 bilhão chega a R$ 10.531,82. Em maio, o líquido ficou em R$ 7.629,72.

No último dia 1º de junho, algumas luzes começaram a ser jogadas sobre esse misterioso personagem. Durante a “Operação Hefesto”, deflagrada pela polícia federal (PF) para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão, foram encontrados R$ 4,4 milhões em dinheiro vivo em cofre num endereço ligado a Mário Sérgio Jucá.

O objetivo da operação era aprofundar a investigação sobre desvios em contratos para a compra superfaturada de kits de robótica com dinheiro do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). De acordo com a PF, o policial civil recebeu R$ 550 mil de Edmundo Catunda, sócio da Megalic e aliado do presidente da câmara, Arthur Lira (PP-AL). A investigação da PF aponta também que um dos carros para transportar dinheiro em espécie do esquema era de propriedade do policial. Uma outra digital de Murilo Sergio Jucá chega a Arthur Lira, de acordo com a PF: esse mesmo carro, uma Toyota Hilux preta, foi utilizado pelo deputado na campanha eleitoral em 2022, como está na prestação de contas do parlamentar (abaixo). Uma doação para o atual presidente da câmara.

Murilo Sérgio Jucá não abandonou a carreira mesmo tendo feito, ao longo dos anos, cerca de 1 bilhão de reais em contratos com diferentes governos através de suas empresas e diversos bens. Nem mesmo diante dos estressantes plantões de 24 na “Central de Flagrantes de Maceió”, maior delegacia das Alagoas, iniciada em 11 de agosto de 2003, quando foi admitido na corporação. Em 2005, foi aberta a primeira das sete empresas que aparecem em seu nome e consegue os primeiros contratos com entres governamentais.

Vinte anos depois, coleciona contratos com diferentes esferas de governo. A maior parte desses contratos foi obtida nos último quatro anos.

É nas Alagoas que encontra maior campo para seus negócios. Com o governo daquele estado, nossa reportagem encontrou, através de fontes públicas, R$ 372.659.539,15 milhões (trezentos e setenta e dois milhões, seiscentos e cinquenta e nove mil, quinhentos e trinta e nove reais e quinze centavos). Uma parte através da Bra Serviços Administrativos, e a maior parte pela Reluzir Serviços Terceirizados. A imensa maioria dessa verba vem pela secretaria de saúde, via “fundo estadual de saúde”, em serviços de limpeza e conservação.

No governo federal, as empresas de Murilo Sérgio tem no total R$ 49.940.983.59 milhões, a maior parte entre a Bra Serviços e o MEC. Também podem ser encontrados acordos com a Reluzir e com a Ancol Anjos Engenharia.

O governo de Ibaneis Rocha, no Distrito Federal, tem sido pródigo em contratar os serviços de Murilo Sérgio Jucá Nogueira Júnior. Em seu mandato, encontramos R$ 346.630.561,16 milhões, todos através da BRA Serviços Administrativos. 

E na prefeitura de Maceió, são R$ 80.942.377,34, via Bra Serviços. Entre 2022 e 2023.

Com o governo de Santa Catarina, embora a reportagem não tenha encontrado lançado o valor no portal da transparência, identificamos via diário oficial do estado ao menos um contrato de R$ 65.958.966,00 (sessenta e cinco milhões, novecentos e cinquenta e oito mil novecentos e sessenta e seis reais), com a Bra Serviços Administrativos, assinado em 19 de janeiro deste ano, e tendo como objeto a prestação de serviços continuados de limpeza, higienização e conservação de bens (móveis e imóveis), a serem executados nas dependências internas e externas dos prédios do Poder Judiciário daquele estado.

No total, somando governo federal, de Alagoas, do DF, Santa Catarina e prefeitura de Maceio, são R$ 916.132.427,24 milhões. Falar em um bilhão não é apenas arredondar esse montante. Outros contratos encontrados pela reportagem em diários oficiais não foram somados em sua totalidade porque não foi possível quantificar o total, já que não conseguimos via portais da transparência. Mas nesses diários, encontramos pelo menos contratos de Santa Catarina sem confirmação no portal sobre o montante, e ainda da “Disk Container” com o governo estadual de Alagoas, esses últimos verificáveis em contratos mas de soma total sem acesso no portal. Assim, com tantos outros, os R$ 916 milhões, já perto do 1 bilhão, podem ultrapassar a marca facilmente, com eventuais contratos espalhados por prefeituras e governos estaduais Brasil afora.

CONTRATOS DAS EMPRESAS EM NOME DE MURILO SÉRGIO JUCÁ COM DIFERENTES GOVERNOS:

COM O GOVERNO ESTADUAL DE ALAGOAS: R$ 372.659.539,15 milhões

COM O GOVERNO DO DF: R$ 346.630.561,16 milhões

COM ÓRGÃOS DO GOVERNO FEDERAL: R$ 49.940.983.59 milhões

COM A PREFEITURA DE MACEIO: R$ 80.942.377,34

COM O ESTADO DE SANTA CATARINA: R$ 65.958.966,00*

TOTAL: R$ 916.132.427,24 milhões*

SÓCIO DO POLICIAL EM EMPRESA DE ENGENHARIA ERA SERVIDOR DO ESTADO E FAZIA AVALIAÇÕES DO PREÇO DE TERRENOS PARA O GOVERNO

Entre as sete empresas de Murilo Sérgio Jucá, está a Ancol Anjos Engenharia Indústria e Comércio. Como sócio dele, está Davi Toledo Tenório de Amorim. Que até 23 de junho de 2022, era funcionário lotado como assessor especial da secretaria de estado do desenvolvimento econômico e turismo (SEDETUR), onde desempenhava, entre outras a função de avaliar para o governo o preço de terrenos. A reportagem questionou o governo do estado e também Davi Toledo, em seu contato pessoal, sobre um impedimento para alguém com sociedade em empresa de engenharia desempenhar tal função no governo do estado mas não obteve resposta de nenhum dos dois.

A FAZENDA DE UM MILHÃO DE METROS QUADRADOS NO CORAÇÃO DO ESTADO

Em 1º de setembro de 2021, o nome de Murilo Sérgio Jucá aparece como o de comprador de uma fazenda de um milhão de metros quadrados, equivalente a cem hectares. A multinacional Monsanto vendeu para o policial civil a propriedade onde realizava o melhoramento genético de cana de açúcar.

Exatos 945.745 metros quadrados de área de terreno, sendo 3.932m2 de área construída. Com uma recepção e vestiários na entrada, um escritório, um laboratório, 6 galpões, uma estufa, uma casa para almoxarifado e 28.39% do terreno ocupado por campos agrícolas.

A fazenda está em local privilegiado do estado, na rodovia AL-101, a 28 quilômetros do centro de Maceio, e entrada pela orla entre as praias de Jatiuca e Ponta Verde.

MANSÃO NA PRAIA COMPRADA EM 2022 ABAIXO DO VALOR TINHA PROPRIETÁRIOS LIGADOS AO PCC

Em fevereiro de 2022, Murilo Sérgio Jucá comprou uma mansão na praia de Barra de São Miguel, badalado balneário a 28 quilômetros de Maceio. A compra se deu através da Disk Conteiner. Em outubro, a PF realizou busca e apreensão no endereço à beira-mar e a justiça determinou o seqüestro do bem . A investigação demonstrou que o policial civil e empresário adquiriu o imóvel pagando valor muito abaixo do mercado junto a envolvidos com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

A mansão de Barra de São Miguel pertencia anteriormente a Erik da Silva Ferraz, filho de João Aparecido Ferraz Neto, o João Cabeludo, ambos do PCC. Foragido do sistema prisional de São Paulo, Erik Ferraz assumiu a identidade falsa de Bruno Augusto Ferreira Júnior em Maceio e passou a viver como rico empresário, adquirindo, em sociedade com familiares, diversos bens de luxo em Alagoas, como parte de esquema de lavagem de dinheiro. Além do capital proveniente do tráfico de drogas, Erik e o pai comandaram o conhecido episódio do assalto a um avião da TAM no aeroporto de São José dos Campos em 1996, quando R$ 6 milhões foram roubados. Em 2017, Erik foi morto em ação da polícia federal, a “Operação Duas Faces”, contra a quadrilha. Os bens seguiram com sua então companheira, Gabriela Terêncio, também apontada como parte da quadrilha e uma das responsáveis pela lavagem do dinheiro.

Em três depósitos realizados em fevereiro de 2022, nos dias 4,14 e 15, Murilo Sérgio Jucá efetuou o pagamento da mansão através da Disk Conteiner para um representante da organização criminosa. 

OUTRO LADO:

Murilo Sérgio Jucá:

A reportagem enviou questões sobre o tema para o policial civil em diferentes formas, sem obter resposta.

Deputado Arthur Lira:

A reportagem enviou questões sobre o tema mas não obteve respostas.

Polícia Civil de Alagoas:

A reportagem enviou questões sobre a incompatibilidade entre as práticas do policial e a atuação como servidor mas não obteve respostas.

Davi Toledo Tenório de Amorim:

A reportagem enviou questões sobre a incompatibilidade entre a atuação como servidor de Davi Toledo e a participação em empresa de engenharia mas não obteve respostas.

Por Alice Maciel

 

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No endereço da residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, em Brasília, que foi alvo de ação do Ibama por suspeita de comércio ilegal de animais silvestres, está registrada, desde 15 de junho de 2021, a empresa Criadouro de Bicudos Flautas do Brasil Ltda. Documentos obtidos pela Agência Pública na Junta Comercial do Distrito Federal mostram que nesta mesma data a atividade da firma passou de “criação de pássaro” para “comércio varejista de animais vivos e artigos e alimentos para animais de estimação”. 

Desde então, a empresa também tem no papel como única sócia a mãe do ex-ministro, Amélia Gomes da Silva Torres. Mas na prática o negócio pertenceria a Anderson Torres, de acordo com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho. 

A Criadouro de Bicudos Flautas do Brasil, que possui capital social de R$30 mil, foi fundada em agosto de 2006 pelo servidor público José Luiz de Amorim Carrão. Ele criava as aves em sua casa, no Guará, cidade satélite do DF. 

Conforme os registros da Junta Comercial, Amélia Torres entrou na sociedade em 15 de janeiro de 2021, quando passou a ser administradora. Cinco meses depois, Carrão deixou os negócios – mesma época em que a empresa mudou para o atual endereço, no condomínio Ville Montagne, no Jardim Botânico, residência de Anderson Torres. 

Torres está preso desde 14 de janeiro, por suspeita de omissão e conivência com os atos golpistas de 8 de janeiro. À época dos ataques, ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. 

Na última sexta-feira (24/02), no entanto, técnicos do Ibama e do Ibram encontraram 60 aves na sua residência, entre elas, espécies ameaçadas de extinção, como Bicudos e Curiós. Esses pássaros atraem criadores em todo o país por causa do belo canto e também são visados por traficantes de animais silvestres. Os órgãos ambientais identificaram diversas irregularidades na criação das aves e por conta disso Anderson Torres recebeu uma multa no valor de R$54 mil. 

A reportagem entrou em contato com o advogado do ex-ministro, Rodrigo Roca, que não retornou ao contato. Ao jornal O Globo, ele “informou que não há irregularidades em relação aos animais e que as multas foram aplicadas ‘por questões formais e de burocracia’”.

Durante a operação, os agentes identificaram, por exemplo, que Anderson Torres estava transacionando um número muito maior de pássaros do que tinha capacidade e algumas aves cadastradas em seu nome não estavam no local. “Ou esses animais morreram, ou esses animais foram vendidos, ou esses animais estão em outros lugares. Ele vai ter que esclarecer”, disse Rodrigo Agostinho.  

Além disso, a análise realizada no Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros (Sispass) revelou que o ex-ministro passou todos os pássaros que possuía para sua mãe, ultrapassando o limite de transferência estabelecido para criadores amadoristas, categoria ao qual ele se enquadra. “Ambos (mãe e filho) informavam o mesmo endereço nos respectivos registros de criação, também compartilhado por um criadouro comercial. Essa prática é proibida pela legislação”, destacou o Ibama por meio de nota.  

Segundo o presidente do Ibama, apesar de Anderson Torres ter passado as aves para o nome de Amélia Torres, ela informou aos agentes dos órgãos ambientais na sexta-feira, “que não é nada dela, que ela não cuida de nada” e que o criadouro pertence a seu filho. 

O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro possui pássaros engaiolados desde criança e frequenta torneios de canto, onde os criadores colocam as aves machos para disputarem quem mantém o som por mais tempo. 

Operação contra comércio ilegal de aves

A ação de fiscalização na casa de Anderson Torres foi um desdobramento de uma investigação iniciada em 2022, após a identificação de informações inconsistentes no Sispass. 

A princípio, segundo Rodrigo Agostinho, o Ibama foi até o local para fazer uma vistoria de rotina, “mas encontrou muitas inconsistências e que agora ele vai ter um prazo para poder explicar”, ressaltou.  

Torres terá que esclarecer aos órgãos ambientais, por exemplo, o motivo de uma das aves encontradas em sua casa ter uma cicatriz na pata, forte indício de que ela teve o dedo quebrado para colocação da anilha – que é o documento de identificação das aves. O anel deve ser colocado na pata do pássaro durante os primeiros dias de vida, quando os ossos ainda não foram calcificados. Isso ajuda a comprovar que o pássaro nasceu em cativeiro. 

O ex-ministro ainda terá que responder ao Ibama, segundo o presidente do órgão: se a documentação está em dia; se o que está registrado no sistema é o que de fato está na casa dele; se ele está repassando os excedentes numa quantidade que de fato as aves dele tem capacidade de criar. “São pontos que as investigações sempre ficam buscando”, observou Agostinho.  

Ele destacou ainda que “o Brasil tem um histórico muito pesado de tráfico de animais até hoje”. “A quantidade de animais que saem da natureza é muito grande. Por isso, esse esforço que existe de tentar ver irregularidades”. O presidente do Ibama disse que está atuando para reestruturar o setor de fiscalização e de inteligência para um combate efetivo ao tráfico de animais. 

“O tráfico de animais só existe porque tem muita gente comprando. Então a gente tenta trabalhar em várias situações. Uma é coibir quem vai tirar o animal da natureza. A outra é coibir o comércio desse animal que é considerado, além do crime ambiental do tráfico de animais, crime de receptação e de maus tratos”. 

Sobre a criação de pássaros em gaiolas, Agostinho destacou que é “discutível do ponto de vista ético”. “Eu acho que a sociedade mudou e a gente tem que admirar e ver os bichos na natureza, mas nós temos hoje no Brasil mais de 100 mil pessoas registradas criando passarinhos em casa. E tem regra para isso e essas regras precisam ser seguidas”, defendeu. 

Sob lobby de passarinheiros, governo Bolsonaro suspendeu fiscalização

Passarinheiro, Anderson Torres não só cria passarinhos em gaiolas, como frequenta torneios de cantos. Em outubro de 2021, ele esteve na competição de canto de Bicudos e Curiós na Granja do Torto, organizada pela Confederação Brasileira de Criadores de Pássaros Nativos (Cobrap). Torres foi acompanhado do então presidente Jair Bolsonaro e do na época ministro da Economia Paulo Guedes. 

O então ministro da Justiça foi homenageado durante a confraternização dos participantes e fez um discurso defendendo mudanças na regulamentação da criação; a redução do que ele chamou de “abusos de autoridades em relação aos criadores”; e uma parceria entre os criadores e os órgãos ambientais. 

“Então, a gente cria, a gente preserva e a gente quer que os órgãos ambientais estejam em parceria com os criadores como eu sempre defendi. A Cobrap está aí para isso, está aberta a isso (…). A gente tem procurado se aproximar e eu acho que o futuro vai ser bom para nós”, destacou Torres. 

Sob o lobby da Cobrap, o Ibama suspendeu em 2020 a operação de fiscalização batizada de Delivery. Segundo uma fonte do órgão ambiental, ela foi criada em 2009 para combater o tráfico de aves silvestres, após o Ibama identificar que as espécies de passarinhos mais traficados no Brasil eram as registradas no sistema Sispass por criadores amadores. 

O órgão fazia o controle da distribuição das anilhas de identificação para garantir que a ave era de cativeiro e não foi capturada da natureza. A entrega dos anéis era condicionada à comprovação do nascimento dos filhotes. A partir de fevereiro de 2020, no entanto, o Ibama acabou com a operação e a entrega das anilhas passou a ser de responsabilidade da empresa fabricante.

O presidente da Cobrap, Sebastião Roberto, divulgou um vídeo em 21 de fevereiro daquele ano, após reunião com o então presidente do Ibama, Eduardo Bim, comemorando a conquista. “Conforme nós anunciamos dia 3 de outubro, na última reunião com o presidente do Ibama, em 2020 a Operação Delivery seria encerrada. E hoje, oficialmente a Operação Delivery foi encerrada”. 

Em fevereiro do ano passado, ele fez uma visita ao ex-ministro Anderson Torres. A foto do encontro foi divulgada nas redes sociais da Cobrap: “Temos muito orgulho de termos como Ministro um profissional competente que tem como hobby a criação legal de pássaros em ambiente doméstico. Passericultor como nós!”, diz o post. 

 

De acordo com documentos obtidos pela BBC News Brasil, pelo menos nove sítios arqueológicos foram encontrados em São Paulo, no processo de escavações para a construção da linha 6-laranja do metrô.

Uma parte dos vestígios - que inclui peças de cerâmica e vidro - foram achados a três metros de profundidade. Já a descoberta mais recente se deu no bairro do Bixiga. Os documentos dos achados foram enviados ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), órgão responsável pela pesquisa e preservação dos materiais encontrados.

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Além deste sítio em específico, os documentos mostram ao menos outros oito locais semelhantes encontrados nas obras ao longo da linha, que ligará a Zona Norte de São Paulo à região central.

Em comunicado, a empresa A Lasca (contratada pela concessionária responsável pela obra para consultoria arqueológica) compartilhou a informação que a maior parte dos objetos pertencem à segunda metade do século 19 e começo do século 20.

Com a nova descoberta, grupos começaram a se reunir na região do Bixiga para pedir a preservação dos itens ali encontrados, em conjunto com a construção da estação do metrô. O local em questão é conhecido por ter sido área do antigo quilombo Saracura, além de ser sede da escola de samba Vai-Vai por diversas décadas.

A previsão é que a linha 6- laranja do metrô seja entregue em 2025.

Por Matheus Maio

De acordo com Nuzzo, as frutas cítricas costumam ser atribuídas à quantidade de vitamina C. Ela também ressalta a importância dos óleos essenciais presentes nessas frutas, os quais podem trazer bem-estar; ajudar a melhorar o sono, dores, e náuseas; além de auxiliar no tratamento de enfermidades.

Segundo a profissional de nutrição, esses alimentos possuem substâncias antioxidantes e muitas vezes anti-inflamatórias, que ajudam na defesa orgânica do corpo humano, além de proteger as células de danos que levam a doenças e ao envelhecimento. 

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Nuzzo, que é mestre em Saúde Pública ainda lembra que durante o frio aumentam as doenças respiratórias e os componentes das frutas cítricas auxiliam na defesa do organismo contra os vírus e bactérias.

Uso na gastronomia 

Segundo a chef Débora Dugaich, na gastronomia as frutas críticas equilibram tanto em receitas salgadas quanto doces. Por exemplo, “em sobremesas elas conseguem mascarar um pouco a doçura, e na cozinha salgada você também realça alguns sabores, você consegue fazer molhos com frutas cítricas, como o vinagrete” diz a especialista em Confeitaria e Panificação. 

“Geralmente as pessoas usam o vinagre, azeite e sal para temperar uma salada, mas você pode substituir por suco de limão, suco de laranja, suco de tangerina, de maracujá”, completa a professora de Gastronomia da Universidade Guarulhos. 

Por Maria Eduarda Veloso

O Playstation 5 chegou durante a pandemia e com a alta do dólar no Brasil, os preços estão exorbitantes. É pensando nesse problema de custos para seus usuários e também na baixa produção da própria Sony com as restrições que a Covid-19 vem gerando, que a empresa planeja formas de substituir o seu controle Dualsense. O que você acharia de utilizar uma caneta, uma laranja ou até uma banana para controlar seu console?

De acordo com o portal GamesIndustry, a Sony registrou uma nova patente descrevendo uma ideia para transformar bananas em um controle reconhecível pelo PlayStation 5.

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Segundo a patente, “seria ideal se o usuário pudesse utilizar um dispositivo não-eletrônico simples e barato como um periférico de videogame. A descrição presente procura resolver ou ao menos aliviar alguns dos problemas identificados anteriormente. Poderia ser utilizado qualquer objeto de material não-translúcidos portado pelo usuário, como canetas, laranjas ou bananas.”

A tecnologia utilizaria a PlayStation Câmera, que já vem inclusa nos conjuntos VR (Realidade Virtual) do console, para identificar objetos e suas interações com o usuário.

A câmera identificaria o contorno do objeto e suas cores principais para distinguir se o usuário quer usar uma banana ou uma laranja como controle, por exemplo.

A banana foi o exemplo escolhido pela patente para ilustrar a ideia por conta da sua versatilidade em aplicações. Dependendo de como o jogador movimente a banana, a câmera dentro do jogo poderia mudar.

Há inclusive a possibilidade de utilizar duas bananas em conjunto, o que poderia trazer uma experiência única na hora de controlar as Lâminas do Caos no jogo God of War, por exemplo.

Nem todos os jogos funcionam bem com controles apenas por movimento, por isso a patente também pensa em uma maneira de mapear botões de um controle tradicional na banana.

Super prático e de baixo custo. Mas a ideia pode nunca sair do papel, já que é comum que empresas registrem produtos criativos apenas para impedir que concorrentes aproveitem suas ideias.

A versão impressa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve o primeiro dia de aplicação no último domingo (17). Neste ano, o cartão resposta veio na cor laranja e muitos estudantes que receberam a prova branca marcaram laranja na hora de sinalizar sobre qual exame se tratavam aquelas respostas.

O estudante Marinaldo Arruda, 18 anos, já tinha realizado o Enem como treineiro e, apesar da experiência, na edição de 2020 – quando participou valendo –  acabou cometendo o mesmo erro. “Pelo fato desse ano o cartão de resposta ser chamativo (laranja), muitas pessoas da prova branca acabaram marcando a cor laranja. Há dois tipos de casos, o meu que o aplicador viu e consertou mandando uma observação. E os que os fiscais nada fizeram”, comenta.

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Residente em Bezerros, no Agreste de Pernambuco, Marinaldo ainda diz que o caderno possui uma frase única, o que poderia ser usado para identificação, mas até agora não teve retorno do ocorrido.

Nas redes sociais, participantes do Enem subiram a hashtag: #ENEMLARANJA, onde relatam terem cometido o mesmo erro e cobram um posicionamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). “O Inep está ignorando o #enemlaranja, nenhuma mídia vai divulgar e esclarecer ? Milhares de estudantes prejudicados por essa indução ao erro. Espero que o Inep nos dê informação sobre o que irá acontecer com quem marcou laranja por engano”, publicou uma internauta.

“Vários estudantes foram induzidos a marcar na folha de gabarito a cor laranja da prova, sendo que nem tem cor laranja! Inep, se posicione em relação a isso. Os estudantes pedem que considerem apenas a frase, e não a cor errada da prova”, publicou um outro internauta.

O LeiaJá entrou em contato com o Inep para saber o que será feito em relação ao ocorrido, mas até a finalização desta matéria não obteve retorno.

Confira, abaixo, outros relatos de estudantes:

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Há mais de 18 anos enriquecendo às custas de fraudes na Previdência, uma organização criminosa foi desarticulada pela Polícia Federal (PF), na última sexta-feira (30). O grupo recebia créditos pós-óbito e usavam idosos como 'laranjas' para receber os benefícios. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido em um condomínio de luxo, na área nobre do Recife.

Em parceria com a Força Tarefa Previdenciária e Trabalhista de Pernambuco, o mandado foi cumprido em um imóvel na Rua dos Navegantes, bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana. No local foram apreendidos 25 cartões bancários, três celulares e uma Hilux.

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Segundo as investigações, os criminosos atuavam em mais de dez estados e criavam falsos beneficiários de Amparo Social ao Idoso, com ajuda da documentação falsa dos idosos 'laranjas', e ainda controlavam seus dados junto à Previdência. Dessa forma, os verdadeiros beneficiários recebiam os pagamentos em contas criadas pela própria organização.

As autoridades ainda informam que os estelionatários receberam, pelo menos, 277 benefícios suspeitos, que serão revisados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com à PF, a detecção do esquema proporcionou a economia de R$ 6 milhões em valores que ainda seriam repassados às contas fraudulentas.

Os crimes tipificados ela prática criminosa são: inserir dados falsos em sistema de informação, estelionato, uso de documentos falso e associação criminosa, cujas penas ultrapassam os 20 anos de reclusão.

Uma mulher encontrou uma cobra em um saco de laranjas que havia acabado de comprar em uma rede atacadista em Mogi das Cruzes-SP. Ela relatou ter transportado as frutas com a cobra no banco de trás do carro ao lado do filho de 10 anos. As informações são do G1.

A tosadora Lorene Lourenço disse ter feito as compras na rede Atacadão no sábado (19). Ela deixou o saco de laranja no chão e conversava com uma funcionária quando viu a cobra saindo entre as frutas.

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Um parente da tosadora cortou uma garrafa pet e prendeu a cobra dentro. A mulher contratou um advogado para processar o atacadista. Ela pretende pedir uma indenização de 40 salários mínimos por danos morais.

A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que o Centro de Controle de Zoonoses recolheu o animal. A cobra foi identificada como da espécie conhecida como falsa coral, que não é venenosa. O réptil foi solto na natureza.

A rede Atacadão lamentou o ocorrido e garantiu ter iniciado uma rigorosa apuração na unidade de Mogi das Cruzes.

A Polícia Federal de Pernambuco, em colaboração com a Controladoria-Geral da União, nesta terça-feira (16), detectou irregularidades envolvendo as prefeituras de Recife, Olinda, Paulista e Cabo de Santo Agostinho. Elas teriam contratado sem licitação, a empresa AJS Comércio e Representação Ltda. para fornecer materiais médico-hospitalares para enfrentamento da Covid-19. A empresa seria de fachada e não teria condições de realizar o contrato acordado com os municípios.

“Quando chegamos na sede da AJS detectamos que era uma empresa de fachada, com uma estrutura bem precária para fazer frente a esses contratos. O quadro societário dela era composto por dois laranjas”, contou a delegada Andréia Pinho, à frente da operação. Ela revelou que a empresa investigada só tinha dois funcionários em todo o seu tempo de funcionamento,  um no ano de 2015 e outro no ano de 2018. Ambos são irmãos e chegaram a trabalhar no gabinete do ex-deputado Beto Accioly (PP), entre 2018 e 2019.

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“A empresa fazia parte de um grupo de gráficas, favorecido por contratações milionárias há mais de 10 anos, sempre por órgãos estaduais e municipais”, revelou a investigação. As empresas são a Gráfica Única, editora Canaã, Unipauta formulários, AJS e Racs - comércio de informática. “Todas essas empresas tinham em comum o fato de pertencerem a Sebastião Figueroa de Siqueira, que ou estavam no nome dele ou em nome de laranjas e testas de ferro, como familiares e funcionários”, disse Andréia.

A delegada afirma que, nos portais do Governo do Estado e das prefeituras, nos últimos 10 anos, as contratações dessas empresas chegaram a soma de R$ 136 milhões para órgão do Estado e R$ 133 milhões para os municípios. Nas licitações aprovadas para materiais durante a pandemia, os contatos somam quase R$ 9 milhões, sendo R$ 7,5 milhões vindos da PCR, R$ 600 mil, divididos em 5 contratos da prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, R$ 600 mil gastos por Olinda e R$ 40 mil, Paulista. Os valores gastos pelos municípios de Jaboatão dos Guararapes e Primavera, que também foram identificados na investigação, ainda não foram apurados.

Gastos de fachada

Segundo a investigação boa parte dos recursos públicos recebidos era sacada em espécie ou então remetida para contas de “laranjas” ou de empresas fantasmas, para serem sacados em espécie, e geralmente de maneira fracionada. Suspeita-se que o dinheiro vivo era utilizado para pagar propina a políticos envolvidos nas contratações. “Existe uma situação nebulosa e a gente está tentando esclarecer”, disse a delegada.

Ao todo, 160 policiais federais cumprem 35 mandados de busca e apreensão que têm por objetivo investigar os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, corrupção ativa e dispensa indevida de licitação. A operação foi deflagrada junto com a Operação Antídoto que investiga 14 dispensas de licitação, que somariam juntas R$ 81 milhões, para compra de materiais de saúde e que teriam ido para empresas do mesmo dono das investigadas na Casa de Papel.

A Polícia Federal de Pernambuco, em colaboração com a Controladoria-Geral da União, deflagrou nesta terça-feira (16), duas operações para investigar a contratações de laranjas para a entrega dos produtos que ajudariam no enfrentamento da Covid-19. As operações encontraram um alvo em comum, o empresário Sebastião Figueroa de Siqueira, suposto líder de uma organização criminosa que, há dez anos, adquire contratos de diferentes itens, junto às prefeituras pernambucanas, incluindo a Prefeitura do Recife. 

Operação Antídoto

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A primeira operação exposta pela PF está relacionada à empresa FBS Saúde Brasil, contratada pela Secretaria de Saúde da Prefeitura (Sesau) em caráter emergencial ou seja, por dispensa de licitação. A investigação foi iniciada após uma auditoria realizada pela CGU a respeito da utilização das verbas da Covid-19, que constatou irregularidades no valor dos contratos e na destinação de dinheiro público. “Conseguimos identificar que esta empresa foi favorecida apenas pela Prefeitura do Recife, por 14 dispensas de licitação - até o momento identificadas - que somariam juntas R$ 81 milhões”, disse a delegada Andréia Pinho, à frente das operações.

De acordo com a delegada, a PCR não teria encaminhado todos os contratos solicitados pela CGU e, mesmo com a falta completa de informações, o órgão teria encontrado empresas licitantes de um mesmo conglomerado que, de acordo com a Andreia Pinho, teriam “curiosamente, apresentado o mesmo preço para todos os itens, montagens de processos com colagem de assinaturas nas propostas para justificar a contratação”. Indicativos de superfaturamento com a contratação de objetos de saúde repetidos, que já haviam sido solicitados pela PCR anteriormente também foram encontrados e a PF investiga se houve entrega dos materiais.

PCR negou acesso à totalidade de documentos

Durante a coletiva, o superintendente da CGU regional, Fábio Araújo, afirmou que a busca e apreensão realizada na Prefeitura do Recife ocorreu por uma falta de cooperação da PCR à auditoria. “Do ponto de vista da CGU a gente entende que, quando se trata de Sistema Único de Saúde o gestor tem que estar disposto a repassar para a fiscalização todas as informações necessárias. Falando especificamente da FBS, quando você tem uma empresa de pequeno porte, com capital social de R$ 100 mil registrado, a própria lei diz que ela teria que ter pelo menos 10% daquilo que ela vai fornecer. Mas ela foi contratada para um aporte de R$ 80 milhões. Dificilmente ela vai ter essa condição de fazer esse fornecimento. Foi a primeira tese que a gente levantou”, afirma o superintendente.

“A gente começou a solicitar todos os processos porque essa empresa de um dia para o outro teve uma série de contratações. A Prefeitura [do Recife] em princípio negou - passando apenas algumas informações. Não recebemos todos os processos, inicialmente”, contou Fábio Araújo. Ele reforça que reiterou o pedido para poder ter acesso aos documentos e seguir com a investigação. “Chegamos a conclusão que esta empresa não tinha aporte suficiente para suportar aquela contratação, era muito possível que ela não fornecesse, seria muito estranho um sócio que não tinha condição econômica suportar o volume de contratação e havia um indício de não entrega. A gente vai confirmar isso nesses documentos que foram apreendidos”, diz.

Os crimes investigados na operação Antídoto são de falsidade ideológica, peculato (desvio de dinheiro público) e dispensa indevida de licitação. Ainda não há servidores ligados à PCR sendo investigados, mas a delegada do caso não descarta a possibilidade. “A investigação está apenas começando”, afirmou.

<p>Nesta segunda-feira (07), o cientista político Adriano Oliveira analisa a declaração feita pelo Ministro da Justiça, Sérgio Moro, que defendeu o presidente Jair Bolsonaro (PSL) ontem, via rede social, acerca de uma acusação do uso de laranjas na campanha de 2018. Adriano não critica o presidente quanto à atuação mas questiona se o Ministro deveria defendê-lo imediatamente, antes mesmo do final das investigações pelos órgão competentes.</p><p>Moro dá a entender que tem conhecimento da investigação sigilosa da Polícia Federal (dado ao qual ele não deveria ter acesso), deixando claro que ele diverge da figura que teve quando juiz, quando tinha uma reputação de ser linha dura. Se continuar nesse mesmo ritmo, ele provará que é mais funcionário do governo do que aquele perfil que mostrava quando magistrado, perfil que para a opinião pública era corajoso e impessoal. Isso pode diminuir a popularidade do Ministro para 2020.</p><p>O programa Descomplicando a política é exibido na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h. Além disso, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.&nbsp;</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>
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A Polícia Civil (PC) deflagrou a Operação Endosso, referente a crimes contra a ordem tributária, falsidade ideológica e organização criminosa, na manhã desta terça-feira (29). Segundo as autoridades, R$ 122 milhões foram movimentados em desvio e sonegação por empresas laranjas do ramo alimentício em 2017.          

A organização criminosa vinha sendo investigada desde janeiro de 2019. Durante a operação, 10 mandados de prisão e nove de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Recife, Vitória de Santo Antão, Cupira e Ipojuca, todos em Pernambuco. Também houve diligências na cidade de Propriá, em Sergipe.

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Líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e ex-candidato do PSOL a presidente em 2018, Guilherme Boulos afirmou, nesta segunda-feira (22) que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) é uma espécie de “laranja” do ex-presidente Michel Temer (MDB). 

O comentário de Boulos foi exposto após o ex-presidente avaliar positivamente o governo de Bolsonaro. Em entrevista à BBC News Brasil, Temer disse que a administração do atual presidente vai bem porque está dando seguimento as ações iniciadas por ele, como a reforma da Previdência. 

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Na ótica de Temer, “o governo Bolsonaro não saiu da linha pré-traçada” na gestão dele. 

A forma como o emedebista falou de Bolsonaro, para Boulos, mostrou algo que já era do conhecimento do povo. “Todo mundo já sabia: Bolsonaro é laranja do Temer”, alfinetou Boulos. "50 tons de Temer...", emendou.

O deputado federal Alexandre Frota, do PSL, está sendo acusado por seu ex-motorista, Marcelo Ricardo Silva, de ter o usado como "laranja". Em depoimento ao Ministério Público de São Paulo, o ex-funcionário do deputado afirma que assumiu a titularidade de duas empresas a pedido de Frota, com isso ele ganharia compensações.

Em entrevista à Folha de São Paulo, o ex-motorista reafirmou as acusações contra o ex-patrão e fez novas revelações. Marcelo afirmou que chegou a trabalhar durante a campanha eleitoral do parlamentar e que foi pago com recursos que não foram declarados à Justiça Eleitoral.

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Além disso, o ex-funcionário contou ao MP que Frota lhe conseguiu um emprego na 'TV Nova Cidade' e pediu que ele entrasse como dono em duas empresas: a F. R. Publicidade e Atividades Artísticas e a DP Publicidade Propaganda e Eventos Ltda. Registros na Junta Comercial de São Paulo revelaram que as duas empresas estavam no nome do deputado federal e foram transferidas para Marcelo.

No relato do ex-funcionário, os problemas da sua relação com Frota começaram em 2018. Marcelo teria recém-concluído um trabalho em uma empresa de telecomunicações e, ao pedir o seguro-desemprego, teve o benefício negado por estar registrado como sócio das duas empresas.

De acordo com o ex-motorista, após informar ao parlamentar o problema, ele teria lhe prometido R$ 10 mil, porém, Marcelo afirma que nunca recebeu o valor. Por orientação de Frota, Marcelo afirma que também repassava à mulher do ex-patrão, Fabiana, valores que recebia de terceiros e cuja origem era desconhecida. Ele contou que chegou a depositar cerca de R$ 70 mil, com transações feitas de forma "picada".

Repasse de depósitos

Sobre os repasses, Marcelo apontou que passou a ser remunerado por dois empresários amigos do deputado, um dono de uma concessionária em São Paulo e o outro diretor de uma escola. Também afirmou à reportagem da Folha que um contrato feito por Frota e o diretor-geral do colégio Canello Marques Eireli, Samerson Canello Marques, havia sido feito para justificar o pagamento do seu salário.

A escola pagou ao deputado R$ 12,5 mil, em 2018, em troca de uma palestra, para alunos do ensino médio, mas foi Marcelo quem recebeu o valor em parcelas que variaram de R$ 1.500 a R$ 2.500.

O que diz Alexandre Frota

Ao ser procurado para comentar as acusações, Alexandre Frota negou irregularidades e afirmou estar sendo vítima de "práticas de ameaças e extorsão." O parlamentar alega que as operações com seu ex-funcionário "foram lícitas". Ele afirma que demitiu Marcelo por questões de insubordinação e condutas inadequadas e que o ex-motorista teria importunado pessoas de relacionamento pessoal com discurso “vitimista”.

No Twitter, o deputado federal afirmou estar ansioso para ser chamado para depor pelo Ministério Público. “Minha vida é um livro aberto”, tuitou.

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O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PSC), manteve empregada por 18 anos em seu gabinete na Câmara fluminense uma mulher que foi usada como laranja pelo tenente-coronel do Exército, Ivan Ferreira Mendes. A informação é do jornal Folha de São Paulo. De acordo com a reportagem, Cileide Barbosa Mendes teve o nome usado para a abertura de três empresas de telecomunicação de um militar enquanto trabalhava para Carlos.

O tenente-coronel é ex-marido da segunda mulher do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Ana Cristina Valle, e não podia registrar as empresas em seu nome por ser um militar da ativa. Cileide Barbosa foi babá de um dos filhos de Ana Cristina e nomeada em 2001 para o gabinete de Carlos, recém-eleito na época. Entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, contudo, após a eleição de Bolsonaro, Cileide foi exonerada do cargo. Ela recebia uma remuneração de R$ 7.483.

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A matéria conta que Cileide foi laranja de Ivan, ex-marido de Ana Cristina, em empresas de telecomunicação até 2007. O militar, porém, disse que não considera o termo adequado. Ele considera que ela “emprestou o nome” para ele, mas não recebia sem trabalhar para o vereador. “Aquele período em que ficou vinculada ao gabinete com o nome na empresa incomodava muito a nós todos”, explicou.

Segundo a reportagem, hoje a ex-babá, que também era considerada uma espécie de ‘faz-tudo’ da família Bolsonaro, mora em uma casa que, até o ano passado, era o escritório político do presidente.

De acordo com o chefe de gabinete de Carlos, Jorge Luiz Fernandes, Cileide trabalhava formalmente para o vereador, mas, na prática, cuidava da casa onde funcionava o escritório de Jair Bolsonaro e entregava correspondências.

Luiz Fernandes também explicou que Cileide foi exonerada porque concluiu sua formação e passou a atuar como instrumentadora cirúrgica. A recomendação para que ela deixasse o gabinete, segundo Fernandes, teria partido do próprio presidente.

A Polícia Federal informou, nesta quinta-feira (7), que o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) autorizou a instauração de um inquérito policial - e consequente investigação - sobre possíveis irregularidades na aplicação de recursos do fundo partidário do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, no Estado.

O caso envolve a suspeita de candidatura laranja da pernambucana Maria de Lourdes Paixão, que foi candidata a deputada federal pelo PSL. Ela recebeu R$ 400 mil do fundo partidário, mas obteve apenas 274 votos.

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Ainda de acordo com a Polícia Federal, o inquérito deve ser instaurado nos próximos dias. Em recente entrevista à imprensa, o advogado de Lourdes, Ademar Rigueira, afirmou que o montante em dinheiro teria sido utilizado para confecção de adesivos e santinhos da candidata.

No fim do mês de fevereiro, Maria de Lourdes compareceu à sede da Polícia Federal, no Recife, para  prestar esclarecimentos. Embora ela não tenha falado com os jornalistas, o seu advogado seguiu afirmando que não havia irregularidades quanto à campanha dela.

O procurador regional eleitoral substituto Juraci Guimarães Júnior, do Ministério Público Eleitoral no Maranhão, determinou a instauração de procedimento extrajudicial e inquérito policial para apurar supostas irregularidades na prestação de contas da candidata a deputado estadual Marisa Regina Duarte Teixeira, a Marisa Rosas, do PRB. A suspeita é de que ela tenha sido usada como "candidata laranja" para desviar recursos públicos repassados para sua campanha.

Novata na política, ela recebeu um total de R$ 585 mil do partido e só obteve 161 votos - o que representa um custo de quase R$ 3.700 por voto. Outro detalhe chamou a atenção do procurador: desde setembro de 2016, Marisa Rosas recebe auxílio financeiro do Bolsa Família.

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A candidata, sua contadora e representantes de empresas contratadas com a verba de campanha serão ouvidos. Por meio de dados do Sistema de Divulgação de Candidaturas (DivulgaCand), da Justiça Eleitoral, a Procuradoria já verificou que, dos 11 candidatos a deputado estadual e dois a deputado federal pelo PRB no Maranhão, Marisa Rosas foi a segunda maior beneficiária com doações do partido. Dos R$ 585 mil recebidos, 39,31% saíram do fundo eleitoral, enquanto o restante veio do Fundo Partidário.

'Santinhos'

Esses recursos teriam sido utilizados para pagamentos de publicidade por materiais impressos, combustível e locação de veículos. A maior parte dos recursos foi destinada a uma gráfica localizada na cidade de Tuntum, a 305 km de São Luís - e que tem como um de seus controladores um filiado do próprio PRB.

Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, a candidata admitiu ter mandado fazer nove milhões de "santinhos", mais do que a população total do Estado. O mote da sua campanha foi "A mulher em foco".

Em sua decisão, o procurador regional eleitoral afirmou que "a condição econômica da candidata, aliada à sua inexperiência política, não torna crível que ela tenha sido agraciada pelo partido como a segunda maior beneficiária e tenha tido tão inexpressiva votação".

A instauração de procedimento pelo Ministério Público e a determinação de abertura de inquérito policial têm objetivo de "apurar eventual prática de desvio de dinheiro público das eleições", informou a assessoria da Procuradoria.

Procurada ontem pela reportagem, Marisa Rosas não foi localizada para dar sua versão sobre o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) anunciou em sua conta no Twitter que o PSOL solicitou a convocação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, para que ele preste explicações à Câmara sobre as suspeitas de candidaturas laranjas pelo PSL de Minas Gerais, presidido pelo atual ministro durante o período eleitoral.

"O ministro e o governo devem explicações à sociedade", escreveu Freixo.

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Em outro tuíte, o deputado citou reportagem da Folha de S. Paulo, na qual uma ex-candidata do PSL mineiro afirma que Marcelo Álvaro sabia de esquema do partido para lavar dinheiro público destinado ao PSL.

"Bebianno caiu, mas o laranjal continua forte no governo", tuitou Freixo.

A rede Globo encerrou o ‘Fantástico’ desse domingo (20) com a estreia do quadro ‘Isso a Globo não mostra’ e, em tom de brincadeira, fez uma clara crítica ao governo do presidente Jair Bolsonaro e ao seu filho, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

O vídeo fez referência ao foro privilegiado, regalia já questionada por Flávio, mas recorrida na última semana para barrar a investigação que envolve seu nome e o do ex-assessor Fabrício Queiroz por movimentações bancárias atípicas.

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Durante o quadro, foi exibido vários momentos em que jornalistas falam as palavras “foro privilegiado”, além do termo “mudando de assunto” e ao final uma reportagem sobre laranjas. “Laranjas com esse mesmo sintoma não faltam aqui nesse pomar”, diz a repórter, em clara referência a Fabrício Queiroz, que vem sendo apontado como uma espécie de laranja da família Bolsonaro.

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Em outro trecho do quadro, a pergunta ‘O que matou Odete Roitman?’ aparece na tela, a personagem da telenovela ‘Vale Tudo’, exibida no final dos anos 80, foi morta a tiros na trama, no entanto, no ‘Isso a globo não mostra’, Odete aparece morta ao lado de um liquidificador. Objeto usado para comparar o perigo das armas de fogo pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Além do novo quadro, Ana Paula Araújo também fez menção a reportagem exibida minutos antes pela concorrente Record, onde Flávio Bolsonaro tenta explicar as denúncias feitas contra ele e divulgadas no "Jornal Nacional" nas edições de sexta (18) e sábado (19).

O telejornal da Globo revelou que o deputado fez depósitos atípicos em sua conta bancária, além de pagar um título bancário de R$ 1.016.839, emitido pela Caixa Econômica Federal, sem indicar o favorecido. Na reportagem exibida pelo ‘Domingo espetacular’, Flávio alegou que os valores seriam referentes a venda de um apartamento.

“Ao senador, não foi perguntado, e por isso ele não respondeu, por que optou por 48 depósitos de R$ 2 mil com diferença de minutos em cada operação em vez de depositar o total que recebeu em espécie de uma só vez na agência bancária onde tem conta. Também não foi questionado por que preferiu receber parte do pagamento da venda em dinheiro e não em cheque administrativo ou transferência bancária”, disse Ana Paula, em tom de crítica.

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