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A Latam inaugurou na manhã desta segunda-feira (8) o primeiro voo para Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A nova rota decolou do aeroporto de Guarulhos-SP com 81,5% de ocupação. Petrolina passa a ser o 47º destino da Latam no Brasil.

A nova rota São Paulo/Guarulhos-Petrolina terá quatro voos semanais. As viagens serão realizadas com aeronaves Airbus A320, com capacidade para 162 passageiros em classe Economy e 8 em Premium Economy. Segundo a empresa, a partir de dezembro haverá ampliação para cinco voos semanais.

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Neste semestre, a Latam inaugurou operações em Comandatuba-BA e Juazeiro do Norte-CE, e se prepara para iniciar em dezembro os voos para Jericoacoara-CE e Vitória da Conquista-BA. No primeiro mês de operação do voo a Petrolina, já há uma ocupação média de 75%.

A Latam destaca ter recuperado toda sua oferta doméstica de assentos em Pernambuco na comparação com 2019, antes da pandemia de Covid-19. Em dezembro, a oferta será até 12% superior ao que a empresa operava no mesmo mês em 2019.

A empresa também programou para dezembro a ampliação dos voos da capital pernambucana para Brasília (de 17 para 18 voos semanais), São Paulo/Congonhas (9 para 11), São Paulo/Guarulhos (35 para 36) e Rio de Janeiro/Galeão (7 para 11). A rota Recife-Fortaleza será retomada, com sete voos semanais.

A jovem Gabriela Duque Rasseli, de 24 anos, usou as redes sociais para acusar a companhia aérea Latam de maus-tratos contra animais. O cão de estimação dela morreu horas após chegar de um voo que saiu na última terça-feira (14) de São Paulo (SP) em direção ao Rio de Janeiro (RJ), onde a dona o esperava. 

Em um texto postado no Instagram, acompanhado de duas fotos, uma no momento em que embarcou no voo e outra de quando chegou ao destino final, a jovem explicou que o animal demorou mais que o esperado para ser entregue à família.

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"Meu cachorro chegou no aeroporto do GALEAO as 13h53 e só me entregaram ele 15h30, deixaram meu cachorro no calor, quando ele chegou pra mim ele já estava quase morto!!!!! Eu e minha família estamos devastados. Não tem NADA que alivie nossos corações", escreveu.

Ela ainda disse que, até o final da tarde desta segunda-feira (20), não havia recebido qualquer contato por parte da companhia aérea. "A Latam não entrou em contato com a gente. Estão bloqueando meus comentários e da minha família na página deles [no Instagram]", postou, também no Instagram.

Após a repercussão do caso na internet, no entanto, a Latam ligou para Gabriela e prometeu “oferecer toda a assistência necessária”. Ao jornal O Globo, a assessoria de imprensa da empresa afirmou que, diferente do que a dona do animal contou, o cão seguiu para o terminal de carga assim que desembarcou, onde deveria ser retirado pelo responsável. A empresa negou que o animal tenha sido exposto ao sol.

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O grupo Latam não pretende se desfazer de sua operação brasileira, de acordo com o presidente da empresa no Brasil, Jerome Cadier. "Não há nenhuma intenção de separar a operação Brasil do grupo. A força da Latam está na complementaridade das operações (nos diferentes países). Separar não faz sentido econômico para o grupo", disse o executivo ao Estadão.

A declaração foi feita após a Azul divulgar, na noite de segunda-feira (24), nota em que afirma que a consolidação do setor é uma "tendência" no pós-pandemia e que está em "uma posição forte para conduzir um processo nesse sentido", em uma sinalização de que está interessada em comprar a concorrente.

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Também na segunda-feira, a Latam anunciou que encerrou o acordo de compartilhamento de voos com a Azul. A parceria havia sido firmada no ano passado, no pior momento da crise para o setor. A ideia era que ela ajudasse as empresas a alavancar as receitas.

Cadier voltou a dizer, ontem, que o acordo foi encerrado porque ficou aquém das expectativas. Afirmou ainda que não houve conversas para vender a empresa.

No ano passado, quando as duas empresas se uniram no acordo de compartilhamento de voos - e com a Latam em recuperação judicial nos Estados Unidos -, já circulava no mercado a informação de que a Azul queria ficar com uma parte de sua concorrente. Uma eventual aquisição, no entanto, poderia enfrentar resistência no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pois a empresa resultante concentraria mais de 60% do mercado.

A Latam afirma que está voltando a crescer no Brasil. Apesar de março e abril terem sido meses difíceis, a companhia percebeu uma melhora em maio e projeta estar operando com 90% da capacidade em dezembro, na comparação com o mesmo mês de 2019. No mês passado, a aérea operou com 38% e, agora, está com 49%.

De acordo com Cadier, a empresa pretende contratar 750 tripulantes até dezembro - no ano passado, 2,7 mil foram demitidos -, ampliar a frota de cargueiros de 11 para 21 e receber mais sete aviões para o transporte doméstico de passageiros.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante de sinais de recuperação no setor aéreo, as companhias aéreas Latam e Azul decidiram encerrar o acordo de 'codeshare' que haviam firmado em junho do ano passado. A parceria, que permitia que as empresas vendessem passagens para voos da concorrente e ganhassem uma comissão por isso, terminará em 22 de agosto.

Segundo o presidente da Latam no Brasil, Jerome Cadier, o acordo não correspondeu às expectativas. A ideia era ajudar as empresas a encherem seus voos, dado que havia a possibilidade de o passageiro realizar um trecho da viagem com uma das companhia e o outro com a concorrente. Hoje, porém, 2% dos passageiros transportados pela Latam compraram passagens com a Azul, diz Cadier. "Esperávamos um crescimento, mas, o tempo foi passando e vimos que essa alta não veio na proporção esperada."

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A Latam também deve elevar sua oferta nos próximos meses, respondendo ao aumento da demanda. Segundo Cadier, a empresa pretende contratar 750 tripulantes até dezembro - no ano passado, 2.700 foram demitidos -, ampliar a frota de cargueiros de 11 para 21 aeronaves e receber mais sete aviões para o transporte de passageiros.

Apesar de março e abril terem sido meses difíceis, a Latam percebeu uma melhora em maio e projeta operar com 90% da capacidade em dezembro, na comparação com o mesmo mês de 2019. Em abril, a aérea operou com 38% e, agora, está com 49%.

Entre os sinais de recuperação, a companhia também percebeu uma queda no número de passageiros que compram passagem, mas não aparecem para viajar. Há 45 dias, eles correspondia a 14% do total. Hoje, esse número está em 6%.

A Azul não se pronunciou até o fechamento desta edição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Latam registrou um prejuízo líquido de US$ 430,8 milhões de janeiro a março deste ano, uma redução de 79,7% ante o resultado negativo de US$ 2,12 bilhões no mesmo intervalo de 2020, informou a companhia nesta sexta-feira.

No período, o Ebitda da companhia foi negativo, de US$ 62,5 milhões, ante resultado positivo de US$ 479 milhões de janeiro a março de 2020. A margem Ebitda foi negativa, de 6,8%, ante 20,4% positiva um ano antes.

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A receita operacional total da aérea foi de US$ 913,1 milhões no primeiro trimestre, queda de 61,2% sobre o mesmo período de 2020.

Em relatório financeiro, a companhia afirmou que o início de 2021 "foi repleto de mudanças e desafios contínuos" e a "perspectiva de diminuição da capacidade das operações do grupo é um resultado direto do ambiente atual".

A aérea, que enfrenta o chamado Chapter 11 nos Estados Unidos (equivalente ao processo de recuperação judicial no Brasil), afirma que obteve "avanços significativos" nas renegociações de frotas no período.

Ao final do primeiro trimestre, o valor nominal da dívida da Latam alcançou US$ 7,6 bilhões, uma redução de US$ 25 milhões em relação ao intervalo imediatamente anterior. Em março, a companhia possuía US$ 1,330 bilhão em caixa e equivalentes de caixa, "incluindo investimentos de alta liquidez contabilizados como outros ativos financeiros circulantes".

Operacional

A demanda da Latam no primeiro trimestre, medida pelo número de passageiro-quilômetro transportado pago (RPK), recuou 68,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a oferta, medida pelo assento quilômetro ofertado (ASK), caiu 61,5% na mesma base de comparação. Segundo a companhia, o segmento de carga continua em destaque nas operações do grupo. No primeiro trimestre, as receitas de carga cresceram 36,8%, atingindo US$ 345,2 milhões, apesar da queda na capacidade total no negócio.

A companhia aérea chileno-brasileira Latam Airlines informou nesta quinta-feira que irá cancelar grande parte de seus voos internacionais de/para o Chile, após o anúncio do fechamento das fronteiras do país devido ao aumento dos casos de coronavírus.

Autoridades chilenas anunciaram o fechamento das fronteiras durante o mês de abril, ante o número recorde de novos casos de Covid-19, registrado paralelamente a um avanço bem-sucedido da campanha de vacinação.

Segundo a Latam, os voos a partir de 5 de abril, data em que entra em vigor o fechamento da fronteira, serão cancelados, e a empresa irá operar "em capacidade reduzida, para manter a conectividade do país" e permitir a repatriação de moradores ou estrangeiros que desejarem sair do Chile, assinala o comunicado, sobre a exceção permitida pelo Executivo chileno para voar de/para o país.

A medida é anunciada no dia em que foi atingido o maior número diário de novos contágios no Chile desde o começo da pandemia: 7.830, o que levou o país a ultrapassar 1 milhão de infectados desde março de 2020.

O aumento dos casos no Chile acontece paralelamente ao avanço rápido da campanha de vacinação, que já imunizou mais de 6,8 milhões de pessoas com ao menos uma dose, dentro do objetivo de vacinar 15 milhões dos 19 milhões de habitantes até o fim de junho.

A companhia aérea Latam decidiu proibir alguns tipos de máscaras faciais em seus voos, seguindo recomendações de entidades como a International Air Transport Association (Iata) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Fica vetado o uso de máscaras com válvulas, protetores bucais, lenços e bandanas de pano em todos os voos da companhia, que diz que esses modelos tem baixa eficiência contra a propagação da Covid-19.

A medida vale a partir de 1º de março, segundo divulgou a companhia em comunicado neste mês. Os modelos aceitos pela companhia são: máscaras cirúrgicas, FFP2 (KN95) sem válvulas; FFP3 (N95) sem válvulas e máscaras de pano (sem válvulas). A companhia lembra que a responsabilidade de providenciar a proteção é dos passageiros.

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"Os passageiros que comparecerem ao embarque com máscara fora do padrão não poderão embarcar se não a possuírem ou substituírem por uma das alternativas permitidas", informa a Latam. A companhia destaca ainda que os viajantes devem observar todos os requisitos exigidos pelos países de chegada, em caso de embarques internacionais.

Um estudo do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos apontou que assegurar que a máscara está posicionada de maneira firme na face e o uso de duas máscaras são meios de reduzir significativamente a exposição ao novo coronavírus.

Os despachantes operacionais técnicos (DOT) da Latam em Guarulhos (SP) decidiram, na noite da terça-feira (6) fazer uma paralisação após a empresa comunicar à categoria que vai demitir toda a equipe de DOT do terminal, informou o Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru). Nesta quarta-feira (7) a Latam confirmou o processo de demissão de 36 profissionais, que serão substituídos por uma equipe terceirizada.

Os DOTs trabalham em terra e são responsáveis por controlar tudo o que entra no avião, além de colaborar para o planejamento do peso e do balanceamento da aeronave. O presidente do sindicato, Rodrigo Maciel, explicou que apenas os profissionais que não podiam ser demitidos (por questões como licença maternidade) continuam na empresa. A paralisação engloba 48 funcionários.

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"Vamos tentar uma assembleia com a empresa hoje para debater o tema", disse Maciel, destacando que discute com outros setores do Sindigru uma possível paralisação geral. No total, o sindicato responde por cerca de 1,4 mil profissionais da Latam no aeroporto. Por causa da pandemia, 727 profissionais já foram demitidos, disse Maciel. O sindicalista apontou ainda risco às operações aeroportuárias sem a atuação dos DOTs.

Em nota, a Latam Airlines Brasil informou que a partir desta quarta toda a sua operação no aeroporto de Guarulhos realizada pela equipe de DOTs passará a ser feita pela Orbital. "Esta ação da empresa de terceirizar esses serviços junto a Orbital já vinha sendo implementada desde setembro de 2018. A Orbital foi contratada e assumiu toda a operação da Latam de rampa e limpeza (ground handling), gestão de equipamentos de solo (GSE) e atendimento a clientes com bagagens perdidas ou danificadas (lost luggage)", disse a empresa, destacando que a iniciativa segue todos os parâmetros legais.

A estimativa era fazer as demissões apenas na quinta-feira, 8, mas com a paralisação da categoria a empresa antecipou o processo para esta quarta, assim como a entrada da Orbital.

A empresa destacou ainda que não procedem as suposições de risco à segurança operacional em Guarulhos. "As aeronaves da companhia seguem sendo carregadas corretamente de acordo com todos os protocolos exigidos para essa operação e a segurança segue sendo um valor inegociável para a companhia."

A Latam, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos, tem feito ajustes em equipe para se adequar ao novo cenário pós-pandemia. No final de julho, a empresa demitiu 2,7 mil tripulantes e anunciou no mês passado ainda ter um excedente de 1,2 mil pilotos e comissários. O grupo trava agora um embate com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) para tentar evitar novas demissões, mas exige que a categoria aceite uma redução permanente no salário. Os dois lados vão debater o tema sob mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Os aeronautas da Latam aceitaram que o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) inicie negociações com a empresa para a redução permanente dos salários da tripulação, na esteira da crise provocada pela pandemia da Covid-19. A deliberação em favor das conversas saiu na sexta-feira (2) com o fim de uma votação interna com os associados.

A Latam e a categoria travam uma disputa há meses por causa do tema. Enquanto Gol e Azul negociaram com seus tripulantes reduções temporárias por causa da pandemia, a Latam quer cortar em definitivo os salários. A argumentação da empresa é que, por ser a mais antiga, tem salários superiores. A categoria, entretanto, havia negado qualquer tipo de conversa nesta direção até então e, no fim de julho, a Latam anunciou a demissão de 2,7 mil tripulantes.

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O tema ganhou um novo capítulo no dia 22 do mês passado, quando a Latam informou que ainda tinha um excesso de 1,2 mil tripulantes e que sem um acordo para redução permanente de salários iria promover novas demissões.

Também no dia 22 o SNA foi intimado pela Justiça do Trabalho a fazer um novo levantamento com a categoria sobre as propostas da Latam. A imposição saiu em um despacho do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Luiz Philippe Vieira de Mello Filho. No documento, o ministro deu dez dias ao sindicato para submeter a proposta da Latam para manifestação da categoria.

Em votação online realizada nos dias 1º e 2 de outubro, os tripulantes associados da Latam Airlines Brasil deliberaram por autorizar que a diretoria do SNA negocie com a empresa mudanças permanentes no modelo de remuneração. Entre os comandantes, 65,5% foram favoráveis ao início das conversas. Já entre os copilotos e comissários os porcentuais favoráveis foram de 65,4% e 55,7%, respectivamente.

"Diante deste resultado, o SNA irá apresentar a resposta da categoria para o TST (Tribunal Superior do Trabalho), mediador da negociação com a Latam, que encaminhará os próximos passos", disse o SNA, em nota publicada no portal da categoria.

Recuperação judicial

O grupo Latam está em recuperação judicial ("chapter 11") e conseguiu recentemente uma linha de financiamento de US$ 2,4 bilhões com credores e controladores nos Estados Unidos. A empresa tem até o fim de janeiro para apresentar um plano de recuperação aos credores.

Em entrevista recente ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o presidente da Latam no Brasil, Jerome Cadier, destacou que o tamanho futuro da empresa no País estaria diretamente ligado ao sucesso das negociações com a tripulação. A empresa tem sido mais prejudicada do que suas concorrentes no Brasil diante da sua forte presença no mercado internacional, segmento que tem reportado recuperação pífia na demanda por causa do fechamento de fronteiras e medidas de quarentena.

Após demitir 2,7 mil pilotos e comissários de bordo no início de agosto, a Latam pode dispensar outros 1,2 mil tripulantes, informou a companhia em petição apresentada na última segunda-feira (21) ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). A empresa tenta negociar com funcionários uma redução permanente na remuneração deles, mas, se não chegar a um acordo, deverá optar pelas demissões.

Conversas para alterar o modelo de remuneração dos profissionais já haviam ocorrido entre a Latam e o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) em julho. Sem acordo, a empresa desligou os 2,7 mil funcionários. Como o segmento de voos internacionais continua praticamente paralisado por causa da pandemia, as negociações foram retomadas em uma tentativa de evitar a demissão de outros 1,2 mil aeronautas.

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Enquanto a Gol e a Azul fecharam com o SNA uma proposta de redução temporária de salários até o fim de 2021, a Latam propõe uma mudança permanente. Mais antiga no mercado, a companhia é hoje a que paga salários mais altos e diz precisar se adequar aos padrões atuais de remuneração. Em julho, porém, o sindicato levou a proposta da Latam aos trabalhadores, mas a rejeição foi de quase 90%.

Caso ocorra uma nova rodada de demissões, deverão ser desligados 400 pilotos e 800 comissários. Antes da crise da Covid-19, eram 7 mil tripulantes - hoje, são 4,2 mil.

Em recuperação judicial (chapter 11) nos Estados Unidos desde maio, a Latam conseguiu a liberação de um empréstimo de US$ 2,4 bilhões na semana passada.

Em nota, a companhia afirmou que, caso "não consiga chegar a uma negociação com o Sindicato dos Aeronautas, lamentavelmente terá que reduzir seu quadro excedente de tripulantes".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cerco começou a se fechar para a companhia aérea chilena Latam depois de a empresa não conseguir convencer a Justiça americana a aceitar o modelo de sua capitalização. A ordem para a empresa, que tem relevantes operações no Brasil, é uma só, segundo especialistas em recuperação judicial: encontrar outra fonte de dinheiro - e rápido.

A companhia havia acertado um empréstimo de US$ 2,45 bilhões com as famílias Cueto e Amaro - acionistas da companhia -, a Qatar Airways e o fundo Oaktree Capital. No entanto, o empréstimo - no modelo DIP, que dá preferência de pagamento a quem ajudou a empresa no momento de dificuldade - não foi aceito pela corte responsável pela recuperação da companhia nos EUA.

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A decisão foi proferida na noite de quinta-feira (10) pelo juiz James L. Garrity Jr., da corte de falências de Nova York, em uma sentença longa, de mais de 100 páginas.

Segundo Maria Fabiana Dominguez Sant'Ana, sócia do escritório de advocacia PGLaw, a decisão é um revés que pode ser contornado. A especialista destacou, porém, que não é comum a Justiça americana interferir em processos como esse.

"O problema foi eles entenderem que os acionistas estariam se beneficiando. Não é grave ao ponto de não ser contornável, mas é algo que não costuma acontecer", disse.

Segundo Bruno Chiaradia, sócio de ASBZ Advogados e especialista em insolvência, a Latam tem um desafio pela frente para avançar com seu plano de recuperação judicial.

"É uma grande frustração. Levaram o processo para os Estados Unidos para ele ser viabilizado com maior segurança. A companhia está em xeque, já que o DIP na forma como foi proposto não deu certo. Ele era o carro-chefe para a recuperação da empresa. Ela terá de viabilizar um novo formato", disse o especialista.

No Brasil, as operações seguem castigadas e sem sinal de ajuda do governo brasileiro. O empréstimo via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que estava em segundo plano na reestruturação da Latam, agora pode voltar ao radar. Nem a Latam nem suas rivais conseguiram, até agora, chegar a um acordo com o banco de fomento.

Buscar estratégias para ganhar tempo é algo que todas as áreas do mundo vêm fazendo. Essas empresas cada vez mais precisam queimar caixa para fazer frente a custos fixos elevados. A Latam, em especial, tem forte atuação no mercado internacional, que tem demorado mais para retomar diante das restrições a voos em diversos países. O grupo iniciou um processo de recuperação judicial nos EUA ainda em maio.

Local x longa distância

Globalmente, a empresa teve utilização das aeronaves de 51% no segundo trimestre, queda de mais de 30 pontos porcentuais na comparação anual. Dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) mostram que a demanda global por voos nos mercados domésticos apresentou queda de 57,5% em julho, também na comparação anual. No mercado internacional, entretanto, a queda no mês foi de 91,9%.

O mercado doméstico brasileiro tem se recuperado de forma mais rápida do o restante da América Latina. Mesmo assim, a Latam se mostra mais fragilizada no País e apresentou, em julho, utilização de 66% das aeronaves, contra 79% da Azul e 78% da Gol, conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Procurada pela reportagem, a Latam disse que segue avaliando a sentença.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça americana não autorizou o financiamento que a Latam esperava receber de acionistas e investidores. Em recuperação judicial nos EUA desde maio, a companhia havia fechado empréstimos de US$ 2,45 bilhões com a Oaktree Capital Management (especializada em investimento de risco), com a Qatar Airways e com as famílias acionistas Cueto (chilena) e Amaro (brasileira). O negócio foi feito no modelo DIP, em que o credor que concede o financiamento tem prioridade de receber perante outros.

A Latam pode recorrer da decisão, mas sua situação se complica conforme o tempo passa. O grupo passa dificuldades desde o início da pandemia por causa da queda de demanda no setor aéreo. "A decisão é ruim para a Latam pois requer que recorra ou consiga aprovar novos termos para um novo financiamento DIP num momento em que o acesso a capital é urgente. Isso pode prejudicar a saúde financeira da empresa no curto e médio prazo", disse o advogado Felipe Bonsenso.

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Na decisão o juiz James Garrity Jr, da corte de falência de Nova York, não concordou com o mecanismo de conversão de ações para pagamento do empréstimo à Qatar e às famílias. A Latam disse estar avaliando a sentença.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia antes de a companhia aérea Latam iniciar a demissão de 2.700 tripulantes, cerca de 50 pilotos e comissários realizaram um protesto no aeroporto de Guarulhos contra a postura adotada pela empresa em meio à crise da pandemia de Covid-19. Os profissionais se reuniram diante do check-in da companhia, por volta das 12h desta quinta-feira (6) e, em seguida, fizeram uma passeata pelos terminais do aeroporto pedindo que a empresa lance um programa de licença não remunerada.

Em recuperação judicial (chapter 11) nos Estados Unidos, a Latam propôs aos profissionais uma redução permanente nos salários - oferta que foi rejeitada por quase 90% dos tripulantes. As concorrentes Gol e Azul conseguiram fechar acordos com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) para realizar um corte temporário de jornada e remuneração durante os próximos 18 meses, modelo defendido também pelos tripulantes da Latam.

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Depois de fracassar nas negociações, a Latam anunciou a demissão de "no mínimo" 2,7 mil pilotos, copilotos e comissários. Os desligamentos, que correspondem a 38% dos 7 mil tripulantes da companhia, começaram por meio de um processo de demissão voluntária encerrado na terça-feira. Ao todo, 345 funcionários aderiram ao programa. As demissões passam a ser feitas a partir de amanhã e vão até a próxima sexta-feira. Por causa da pandemia, elas serão realizadas pela internet. A Latam alega que paga salários maiores do que seus concorrentes no Brasil e que precisa se equiparar às empresas do setor. Segundo a companhia, as mudanças na sua política de remuneração já haviam sido alvo de negociação com o sindicato antes mesmo da pandemia. Com a crise, a alteração ganhou prioridade.

Em nota, a empresa informou que 97% dos tripulantes que serão desligados já não estão mais nas escalas de voos e que sua operação não terá impacto com a redução do quadro de funcionários. Afirmou também que "sempre esteve aberta ao diálogo com o objetivo de preservar o máximo de empregos possíveis e manter a sua sustentabilidade no longo prazo".

Com as operações prejudicadas pela crise do novo coronavírus, a Latam vai demitir 2,7 mil pilotos, copilotos e comandantes nos próximos dias. A Covid-19 dificultou até os processos de desligamento, que serão feitos de forma online pela aérea, afirmou o diretor de recursos humanos da Latam Brasil, Jefferson Cestari, em entrevista ao Estadão/Broadcast. "Todo o processo vai ser feito remotamente por causa das limitações", disse.

A empresa está em uma situação fragilizada e luta para seguir em operação. No início de julho, a Latam Brasil passou a fazer parte do processo de recuperação judicial do Grupo Latam nos Estados Unidos.

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A empresa travou disputa com os aeronautas para tentar reduzir de forma permanente a remuneração da categoria, enquanto Gol e Azul cortaram de forma temporária. A Latam alega que paga uma remuneração maior do que seus concorrentes no Brasil e que o pleito, anterior à pandemia, ganhou prioridade agora. Os profissionais, entretanto, não aceitaram. A última rodada de conversas foi encerrada no dia 31. Depois disso, a Latam confirmou que vai demitir no mínimo 2,7 mil, ou 38% da equipe, de 7 mil pessoas.

A empresa iniciou então a adesão a um processo de demissão voluntária, que terminou ontem. Os desligamentos ocorrerão entre sexta-feira e o dia 14.

Antes, a Latam já havia concluído a negociação com cerca de 10 sindicatos que representam os aeroviários (profissionais em solo). Com o ajuste, a empresa saiu de 15 mil funcionários na categoria para algo perto de 12,5 mil. As rivais também fizeram cortes semelhantes.

Depois de concluir os cortes, a Latam Brasil conseguiu organizar uma economia na sua folha de pagamentos na ordem de 30%, afirmou Cestari. "Essa redução de pessoas já leva em consideração toda a retomada que a gente tem pela frente. A operação não vai ser impactada pela saída", disse o executivo.

A aérea foi a mais prejudicada entre as companhias no Brasil, sobretudo por causa da maior exposição ao mercado internacional. A Latam, que chegou a ter 750 voos por dia no Brasil, chegou a apenas 30 decolagens diárias no ápice da crise, em abril.

A turbulência não veio apenas para ela. Em junho, a demanda por voos no mercado doméstico (medida em passageiros quilômetros pagos, RPK) teve queda de 85% na comparação com junho de 2019, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Do outro lado, a ajuda do governo via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda é uma incógnita Para a Latam, a dúvida é maior ainda, uma vez que sua permanência no pacote é incerta após o braço brasileiro ter entrado na recuperação judicial.

A Latam Brasil pretende aumentar as operações no mercado nacional para 244 voos por dia em setembro, ainda bem abaixo dos 750 voos diários operados em 2019, mas acima dos 110 vistos em julho.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de fracassar nas negociações com os tripulantes para redução permanente dos salários da categoria, a Latam confirmou que vai demitir "no mínimo" 2,7 mil pilotos, copilotos e comissários. Os cortes, que correspondem a 38% dos tripulantes da companhia (no total, são 7 mil), vão começar por meio de um processo de demissão voluntária até o dia 4 de agosto. Depois disso, a empresa vai fazer os desligamentos por conta própria.

Enquanto Gol e Azul negociaram com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) uma proposta de redução temporária de salários e jornada até dezembro de 2021, a Latam colocou na mesa uma cláusula que determinava a nulidade do acordo caso a categoria não quisesse negociar uma redução permanente. Quase 90% dos tripulantes disseram não.

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Em uma nova votação, ontem, os tripulantes foram questionados se aceitariam que o SNA iniciasse uma negociação com a aérea sobre o corte permanente. Dos comandantes, 74% disseram não à proposta da aérea. Entre os copilotos e comissários, os porcentuais foram de 71% e 79%, respectivamente.

Em nota, a Latam disse que, após a confirmação do resultado da assembleia, iniciará o processo de redução do quadro. "A empresa abrirá o processo de pedido de demissão voluntária que deverá ocorrer até 4 de agosto, após essa data será iniciado os desligamentos de no mínimo dois mil e setecentos tripulantes."

Segundo a companhia, a pandemia da Covid-19 representa a maior crise de saúde pública da história e afeta drasticamente toda a indústria mundial da aviação. "A Latam é a maior e mais antiga das três empresas que atuam no Brasil e é a que mais remunera os tripulantes em voos domésticos e internacionais."

A empresa disse ter a necessidade de equiparar seu modelo atual de remuneração às práticas do setor, "haja visto que, historicamente, esta pauta foi objeto de negociação da empresa com o SNA e a atual crise da pandemia torna esta medida ainda mais imprescindível para a Latam".

"Ficou muito claro para o sindicato no final da negociação que o objetivo da Latam era reduzir permanentemente o salário dos tripulantes. Por outro lado, o objetivo da categoria era garantir os empregos temporariamente por meio de uma redução de salário", disse o presidente da SNA, comandante Ondino Dutra.

O cenário é complexo para as aéreas no Brasil. Em junho, a demanda por voos no mercado doméstico (medida em passageiros quilômetros pagos) teve queda de 85% na comparação com junho de 2019, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A oferta de voos no mercado doméstico (calculada em assentos/quilômetros ofertados) caiu 83,6% em igual comparação. A ajuda do governo via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda é uma incógnita no setor. A própria participação da Latam no pacote é incerta, uma vez que o braço brasileiro do grupo entrou em recuperação judicial nos Estados Unidos.

Em um primeiro momento, os aeronautas fecharam um acordo com as aéreas que trouxe estabilidade para abril, maio e junho. Com o fim do período, iniciou-se então um novo processo de negociação. No início de junho, a Gol conseguiu aprovação da categoria da sua proposta, que prevê 18 meses de estabilidade com reduções de salários. Do total, 25% dos tripulantes vão ficar com remuneração fixa de 50%, com redução de jornada em igual proporção. Já o restante entrará em um modelo de escalonamento trimestral de cortes na jornada e remuneração de 23% no terceiro trimestre de 2020, chegando a 3% no terceiro trimestre de 2021.

Já a Azul conseguiu o sinal verde dos aeronautas no dia 24 de junho. De forma bruta, a redução de salário será de 45% entre o terceiro trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021, quando o porcentual começa a cair. No quarto trimestre de 2021, a redução na remuneração será de 25%. Considerando a ajuda de custo, as reduções líquidas vão de 23% no terceiro trimestre de 2020 para 3% de queda no quarto trimestre de 2021.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As companhias aéreas Azul e Latam anuncia acordos de compartilhamento de voos (codeshare) e de programas de fidelidade. A parceria é para a malha doméstica, com a possibilidade de acumular pontos no programa de fidelidade da escolha do passageiro. O acordo de codeshare inicialmente perfaz 50 rotas domésticas para Brasília (BSB), Belo Horizonte (CNF), Recife (REC), Porto Alegre (POA), Campinas (VCP), Curitiba (CWB) e São Paulo (GRU).

Conforme comunicado, os bilhetes estarão à venda nos próximos meses. Os programas de fidelidade contam com 12 milhões de associados do TudoAzul e 37 milhões do Latam Pass.

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"Nossa complementariedade de frota e de malha oferecerão aos clientes a mais ampla variedade de opções de viagem. Além disso, ambas as companhias aéreas têm uma história e paixão pelo atendimento ao cliente, e estamos ansiosos para mostrar isso juntos", disse John Rodgerson, CEO da Azul.

Por sua vez, Jerome Cadier, CEO da Latam Airlines Brasil, destacou o contexto da crise da covid-19. "Entendemos que a crise do Covid-19 exige respostas inovadoras para ajudar a impulsionar a economia da região e o anúncio de hoje faz parte de nossa contribuição para esse esforço. Com os valores compartilhados de atendimento ao cliente tanto da Azul quanto da LATAM e rotas complementares esperamos oferecer uma experiência líder do setor para clientes no Brasil."

A Latam, companhia aérea que esta semana pediu recuperação judicial nos Estados Unidos, apresentou seus resultados do primeiro trimestre de 2020 na noite de ontem, com prejuízo líquido de US$ 2,120 bilhões, ante perdas de US$ 60 milhões no mesmo período de 2019.

Segundo explica a companhia em suas demonstrações financeiras, o principal fator responsável pelo resultado final foi um ajuste contábil (impairment) de US$ 1,729 bilhão, provocado pela crise da pandemia de Covid-19. A Latam também reconheceu uma perda de US$ 73 milhões relativa à proteção (hedge) de combustíveis.

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Operacionalmente, os números melhoraram em relação ao ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 10,4%, para US$ 479,064 milhões. O lucro operacional da Latam entre janeiro e março foi de US$ 95,942 milhões, alta de 16,8% na comparação anual.

As receitas totais somaram US$ 2,352 bilhões, queda de 6,8% em relação ao primeiro trimestre de 2019. A dívida da Latam fechou março em US$ 7,6 bilhões, um acréscimo de US$ 385 milhões em relação ao fim do ano passado. Mas segundo a companhia, a alavancagem medida pela relação dívida/Ebitda ficou estável no período, em 4 vezes.

Com US$ 17,9 bilhões em dívidas e mais de 100 mil credores, a Latam pediu recuperação judicial (chapter 11) na terça-feira (26) em Nova York. A empresa foi a segunda aérea da América Latina a solicitar reestruturação nos Estados Unidos em meio à crise da pandemia da covid-19, que paralisou o setor aéreo em todo o mundo. Há 15 dias, a Avianca Holdings fez o mesmo movimento. A proteção judicial de credores, porém, não será suficiente para atravessar a crise. A Latam ainda espera um socorro dos governos dos países onde atua.

"A única coisa inviável é achar que não vai ter ajuda governamental. A ajuda dos governos, não só do Brasil, precisa vir, assim como aconteceu na Alemanha e nos EUA", disse o presidente da Latam no Brasil, Jerome Cadier, ao jornal O Estado de S. Paulo.

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O pedido de recuperação não inclui a unidade brasileira do grupo, justamente por causa da possibilidade de receber auxílio financeiro do governo.

O pacote de ajuda brasileira para as companhias aéreas, desenhado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), prevê um socorro de R$ 4 bilhões para ser dividido entre Latam, Gol e Azul e exige que as empresas estejam listadas na B3, a Bolsa paulista. A Latam, no entanto, tem ações negociadas em Nova York e em Santiago, no Chile.

Segundo Cadier, as conversas com o governo Jair Bolsonaro estão avançando para que se chegue a uma solução que atenda também a Latam. "Tem a opção de encontrar um financiamento que não obrigue a companhia a se listar aqui e tem outras opções. A gente ainda não convergiu, mas estamos analisando os prós e contras de cada opção."

Um modelo em análise é que o BNDES participe da recuperação como debtor in possession (DIP), uma espécie de credor que tem prioridade de pagamento. Acionistas da Latam, a família chilena Cueto (controladora, com 21,5% de participação) e a brasileira Amaro (com 2%), além da Qatar Airways (dona de 10% da aérea), concederão um empréstimo de até US$ 900 milhões nesse modelo para que a companhia continue operando enquanto está em recuperação.

A Latam acredita que a reestruturação pode ajudá-la a conseguir um empréstimo no Brasil. Em entrevista com jornalistas, o presidente do grupo, Roberto Alvo, afirmou que a "reabilitação dá opções interessantes para o BNDES participar. A estrutura que o banco havia proposto era complexa,", disse.

A leitura, no entanto, é outra no BNDES e nos bancos privados, que também participam das conversas. O valor que até então estava disponível à aérea deve ser reduzido, com o aumento da percepção do risco, segundo fontes do setor.

A Latam espera ainda receber ajuda do governo do Chile, país sede da empresa. O presidente chileno, Sebastián Piñera, já foi um dos principais acionistas da companhia aérea e é próximo da família Cueto. Um auxílio financeiro, portanto, poderia ser malvisto no país.

Na terça, o Ministério da Fazenda do Chile, porém, divulgou uma nota em que afirma avaliar a "conveniência e a oportunidade de contribuir com o processo de reorganização da Latam". De acordo com Cadier, as conversas com o governo Piñera "estão andando".

As ações da Latam em Santiago fecharam na terça-feira com queda de 36%. Em Nova York, os papéis recuaram 34,6%./ COLABOROU ALINE BRONZATI

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta terça-feira (26), a LATAM anunciou falência, salientando que, contudo, esta decisão não afetará imediatamente seus voos.

A declaração inclui suas afiliadas na Colômbia, Peru e Equador, assim como suas operações nos EUA, mas omite suas afiliadas na Argentina, Brasil e Paraguai.

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Anteriormente, a gigante do setor aéreo anunciou que demitiria 1.400 de seus funcionários na América Latina devido à pandemia do coronavírus, além de diminuir suas operações em 95% em meio ao colapso das viagens internacionais.

Contudo, a LATAM divulgou que gradualmente aumentaria o número de voos começando em junho deste ano, prometendo passagens a valores econômicos e opções mais flexíveis para passageiros. A estratégia busca alcançar 18% de sua capacidade anterior à crise.

Da Sputnik Brasil

A Latam Airlines e suas subsidiárias anunciaram, nesta quinta-feira, a redução de suas operações em 95% durante o mês de abril de 2020, devido ao fechamento de fronteiras e à baixa demanda, causados pela pandemia do coronavírus. "As medidas serão avaliadas de forma contínua, com base nas restrições de viagem nos diferentes países, bem como na demanda", afirmou a empresa, em nota.

No Brasil, a Latam Airlines Brasil continuará voando para 39 destinos com frequências reduzidas, conectando com seus hubs (centros de conexão) em São Paulo (Guarulhos e Congonhas), Brasília e Fortaleza.

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No Chile, o grupo irá manter frequências reduzidas a 13 de seus 16 destinos domésticos, suspendendo temporariamente voos para Rapa Nui, Castro e Osorno. As operações domésticas das subsidiárias da Latam no Peru, Argentina, Colômbia e Equador permanecem suspensas devido às restrições governamentais dos países.

Nas rotas internacionais, o grupo apontou que vai operar frequências limitadas respectivamente entre Santiago e São Paulo, de Santiago para Miami e Los Angeles, bem como voos de São Paulo para Miami e Nova York.

Cargas

A operação das subsidiárias da Latam Cargo não foi limitada por fechamento de fronteiras e restrições de viagem. "Para dar suporte às exportações e importações e o transporte de bens essenciais na América Latina, o Grupo LATAM Airlines está aumentando a capacidade (em toneladas por quilômetro disponível - ATK) em mais de 15% em sua frota cargueira. Isso inclui um aumento de 21 para 26 voos semanais entre a América do Sul e os Estados Unidos, uma ampliação de 20% em operações de carga entre a América do Sul e a Europa, bem como a operação de aeronaves de passageiros para voos exclusivamente de carga".

Nova direção

A empresa lembrou ainda que Roberto Alvo assumiu o papel de CEO do Grupo Latam Airlines em 1º de abril. Da mesma forma, o ex-CEO, Enrique Cueto, foi nomeado pelo Conselho Administrativo como novo membro do conselho, em substituição a Juan José Cueto, que efetivou sua renúncia ontem. Na próxima Assembleia Geral Ordinária de Acionistas, o novo Conselho Administrativo deverá ser eleito e renovado.

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