Tópicos | Laurita Vaz

A ministra Laurita Vaz, primeira mulher a presidir o Superior Tribunal de Justiça (STJ), aposentou-se nesta quinta-feira (19), data em que o decreto com a aposentadoria dela foi publicado no Diário Oficial da União (DOU). O ato é assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

No próximo sábado (21), a jurista completa 75 anos, idade limite para exercício do cargo. Ela ocupou uma cadeira no STJ por 22 anos, tornando-se a primeira mulher a presidir o Tribunal da Cidadania e o Conselho da Justiça Federal (CJF), no biênio 2016-2018.

##RECOMENDA##

Vaz formou-se em Direito na Pontifícia Universidade Católica de Goiás, em 1976, especializando-se na Universidade Federal de Goiás nas áreas de direito penal e agrário. Em 1978 ingressou no Ministério Público e passou a atuar como procuradora da República, perante o Supremo Tribunal Federal (STF) em 1984.

Foi professora de direito penal e direito processual penal na Universidade de Brasília (UnB). Na década de 1990, começou a atuar no STJ como subprocuradora-geral da República. Em 2001, foi nomeada ao cargo de ministra pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Antes de se tornar presidente do STJ, Vaz presidiu dois colegiados especializados em direito penal do tribunal, a Quinta Turma, a Sexta Turma e a Terceira Seção. Foi corregedora-geral Eleitoral entre 2013 e 2014.

Caberá ao presidente Lula nomear um novo integrante para o STJ. Nesse caso, é obrigatório que a nova ministra ou novo ministro tenha origem em carreiras do Ministério Público.

Até o fim do ano, uma nova vaga deverá ser aberta com a aposentadoria da ministra Assusete Magalhães, que completa 75 anos em janeiro, mas deve antecipar sua aposentadoria.

A ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), acompanhou o relator e votou na tarde desta terça-feira, 14, para derrubar a prisão preventiva do ex-presidente Michel Temer (MDB) e substituí-la por medidas cautelares, como a proibição de manter contato com outros investigados, de mudar de endereço ou ausentar-se do País, além de entregar o passaporte e ter os bens bloqueados. Dessa forma, Temer já tem votos suficientes para ser colocado em liberdade - ainda faltam votar outros dois ministros.

"A despeito da demonstração da gravidade (dos fatos apurados), da existência de indícios de autoria, não há nenhuma razão concreta para se impor a medida cautelar mais grave, de modo a justificar esta prisão cautelar", disse Laurita Vaz.

##RECOMENDA##

O colegiado que julga Temer é composto pelos ministros Nefi Cordeiro (presidente da Sexta Turma), Antônio Saldanha (relator do caso), Rogério Schietti, Laurita Vaz e Sebastião Reis Júnior - este se declarou impedido de julgar o pedido de liberdade do emedebista. Como só votarão quatro ministros, se houver empate, prevalece o resultado a favor do réu, ou seja, Temer deverá sair da prisão.

Temer já obteve dois votos pelo fim da sua prisão preventiva, o que já é suficiente para colocá-lo em liberdade. Mesmo que os outros dois ministros que ainda não votaram (Nefi Cordeiro e Rogério Schietti) se posicionem em sentido contrário, o empate favorece o emedebista.

"O Brasil precisa ser passado a limpo e o Poder Judiciário possui importante papel nessa luta. Entretanto, essa luta não pode virar caça às bruxas, com tochas na mão, buscando culpados sem preocupação com princípios", disse Laurita.

"É dever do poder Judiciário garantir em todos os casos e para todos os acusados o devido processo legal. Todos os cidadãos, sem exceção, sem privilégio, tem a favor de si a presunção de inocência. Responder o processo em liberdade é a regra, a exceção é a prisão preventiva", frisou a ministra.

A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Laurita Vaz, concedeu o habeas corpus para que Fábio Pisoni, condenado a 30 anos de prisão - 28 em regime fechado e dois em regime aberto - por homicídio e porte ilegal de arma, aguarde a apreciação dos recursos impetrados pela defesa na 2ª instância judicial em liberdade. 

A magistrada acolheu um argumento da defesa de que o cumprimento da pena foi antecipado e o réu não poderia ter sido preso até o fim do recurso na segunda instância. 

##RECOMENDA##

A postura de Laurita Vaz vem sendo questionada nas redes sociais por políticos e militantes do PT. A ministra é a mesma que nesta semana negou, de uma só vez, 143 pedidos de habeas corpus para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Antes disso, ela também revogou a liminar para a soltura do petista condedida pelo desembargador de plantão no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Rogério Favreto, no último domingo (8). A defesa de Lula também alega o cumprimento antecipado da pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. 

"Laurita Vaz, como plantonista, solta preso condenado a 30 anos por assassinato. A juíza é a mesma que negou habeas corpus a Lula e criticou atitude do desembargador Rogério Favreto", comentou o deputado Henrique Fontana (PT-SP), no Twitter. 

Caso de Pisoni

De acordo com o G1 de Tocantins, Fábio Pisoni foi condenado pela morte do estudante de agronomia Vinícius Duarte de Oliveira, em 2007. A acusação apontou que ele atirou seis vezes contra um carro, onde estavam Vinícius e mais cinco pessoas. O motivo do crime teria sido uma discussão que começou em uma festa.

Pisoni chegou a ficar foragido entre 2008 e 2012. Ele foi preso duas vezes, mas em ambas foi colocado em liberdade pela Justiça. Fábio Pisoni saiu do presídio Luz do Amanhã, em Cariri do Tocantins, na tarde dessa sexta-feira (13).

A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Laurita Vaz, disse nesta sexta-feira, 7, que o atual momento não é apropriado para a concessão de reajuste salarial para ministros do Poder Judiciário. Um projeto que tramita no Senado prevê um reajuste de 16,3% nos vencimentos dos ministros do STF, dos atuais R$ 33.763,00 para R$ 39.293,32, em janeiro de 2017.

O reajuste dos ministros do STF provoca um efeito cascata em todo o País, atingindo inclusive a remuneração de ministros dos tribunais superiores - STJ, Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Superior Tribunal Militar (STM) -, que têm salário equivalente a 95% dos seus colegas do STF, conforme prevê a Constituição Federal.

##RECOMENDA##

"Penso como a ministra Cármen Lúcia (presidente do STF). Não é a hora de pensar em reajuste", disse Laurita Vaz, durante café da manhã com repórteres que cobrem o Poder Judiciário.

Cármen Lúcia já sinalizou que não levantará a bandeira do reajuste, adotando um estilo anticorporativista diferente de seu antecessor na presidência do STF, o ministro Ricardo Lewandowski. Em reunião com governadores de todo o País no mês passado, Cármen citou inclusive o caso de "bullying" ocorrido com um filho de juiz, que teria sido maltratado na escola por causa das discussões envolvendo o aumento salarial do Judiciário.

Outros dois ministros do STJ ouvidos pelo Broadcast Político concordam com a posição de Laurita contrária ao reajuste. "Você não pode olhar para o mundo a partir de seu umbigo", disse um ministro que pediu para não ser identificado. Segundo ele, por mais que seja legítima a reivindicação pelo reajuste, não dá para ser indiferente à realidade brasileira, marcada por Produto Interno Bruto (PIB) em queda e alta nos índices de desemprego.

Para um outro ministro, a "difícil" situação no País impõe que cada brasileiro faça uma "pequena parcela de sacrifício".

Efeitos

Os efeitos da crise econômica chegaram ao STJ, que sofreu um corte orçamentário de aproximadamente R$ 89 milhões no que diz respeito à manutenção de serviços. O STJ já dispensou 259 funcionários terceirizados, entre vigilantes, ascensoristas e funcionários que atuam na limpeza.

Laurita tenta negociar com o governo federal a liberação de R$ 25 milhões para o STJ, que seriam fundamentais para garantir o pagamento de contratos já firmados, entre eles o do licenciamento de uso dos programas da Microsoft, da ordem de R$ 8 milhões. A presidente do STJ já se reuniu com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para discutir as questões financeiras da Corte.

A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Laurita Vaz, elogiou nesta sexta-feira, 7, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de admitir a possibilidade de execução de penas - como a prisão - após a condenação pela Justiça de segundo grau. Por 6 votos a 5, o STF confirmou o entendimento em um julgamento que deverá ter efeito vinculante para os juízes de todo o País.

"O Supremo admitiu a execução provisória da pena imposta em condenação criminal. A postura mais firme do STF se mostra mais consentânea com o senso comum de justiça, que muitas vezes é inobservado, promovendo verdadeira sensação de impunidade, incentivo ao malfeito e à reiteração de fatos criminosos", disse Laurita Vaz, durante café da manhã com repórteres que cobrem o Poder Judiciário.

##RECOMENDA##

Ao comentar o atual cenário brasileiro, a presidente do STJ afirmou que o País atravessa uma "tormenta econômica, política e social". "Precisamos de uma forte corrente do bem, para se contrapor a esse mar de desmandos. Temos de superar esse mar de desmandos", afirmou Laurita.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reverteu, na noite dessa terça-feira (5), a cassação do prefeito de Petrolina, no Sertão do estado, Júlio Lóssio (PMDB). O gestor foi acusado de conduta vedada a agente público nas eleições de 2012. Os ministros, por unanimidade, consideraram que não houve entrega de lotes em evento, ocorrido em maio daquele ano, em que Lossio assinou lei de regularização fundiária no município.

Em ação contra o prefeito, o PSB local afirmou que o peemedebista teria prometido e distribuído lotes a eleitores em evento que teria por finalidade favorecer sua futura candidatura à reeleição.

##RECOMENDA##

Relatora do recurso do prefeito cassado, a ministra Laurita Vaz informou que não existe nos autos do processo prova de que Lossio “teria levado a cabo qualquer distribuição de lotes” no evento ou depois dele.

O pedido da Rede Sustentabilidade, de que as assinaturas de apoio à criação do partido fossem validadas pelos cartórios sem checar a veracidade dos dados, foi rejeitado pela ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Laurita Vaz, nessa quarta-feira (28). 

De acordo com a ministra, o pedido é inconciliável com a legalidade jurídica. Em consequência disto, a relatora ordenou que os cartórios publicassem, de forma imediata, a regularidade das assinaturas. Determinando que os cartórios eleitorais do Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Piauí, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins, Paraná e Distrito Federal concluam, em 48 horas, as providências indispensáveis à retomada da regularidade do trâmite processual, especialmente com relação aos prazos.

##RECOMENDA##

A ex-senadora Marina Silva, líder da nova sigla, tem corrido contra o tempo para registrar o Rede Sustentabilidade, em tempo hábil para postular o cargo a presidente da República, nas eleições do próximo ano. Na última segunda-feira (26), Marina protocolou oficialmente o pedido de criação da legenda no TSE com 304 mil apoios, 188 mil a menos do que o exigido pela lei. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando