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CARUARU (PE) - Um termo aditivo foi determinado nesta quarta-feira (4), em Caruaru, durante apresentação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para as lavanderias da cidade. O termo aditivo é um complemento relacionado ao tratamento de efluentes secundários que trata do processo biológico onde a matéria orgânica, ou poluente, é consumida por micro-organismos, nos chamados reatores biológicos, com eficácia de até 95%.

Estiveram presentes o Ministério Público, a Agencia Estadual de Meio Ambiente (CPRH), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Caruaru, a Associação de Lavanderias de Caruaru e entidades representativas da sociedade civil organizada. A apresentação do termo aditivo foi realizada pela promotora Gilka Miranda, que falou sobre os ajustes necessários para adequação das empresas do segmento e os prazos que serão dados para a regulamentação de todas elas.

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“Fizemos conscientização junto aos empresários para que compreendam a repercussão do funcionamento fora dos padrões, até porque essa discussão é bem antiga. Agora estamos deixando bem claro, através de muito diálogo e estudos técnicos, quais são as obrigações que constam na legislação segundo as regras do CPRH e do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Nosso próximo passo será aplicar a Lei, algo que faremos com rigidez”, destacou a promotora.

Na ocasião também foi apresentado o andamento do Distrito Têxtil, que será implementado dentro de 18 meses no Distrito Industrial do Município. O local terá 40 hectares, divididos em 50 lotes que devem contemplar empresas que compõem o setor de produção de confecção. 

Atualmente as lavanderias funcionam em lugares mais variados na zona rural, zona urbana e no distrito industrial. Os empresários do setor vêm participando das discussões para minimizar os efeitos que causam ao meio ambiente e demonstram interesse em cumprir as exigências da legislação.  Segundo a promotora, as lavanderias interessadas em mudar para o distrito terão prazo de 43 meses para apresentar os documentos e projetos. 

"A adequação das lavanderias não pode ser adiada, é algo muito impactante para ser ignorado. A iniciativa do Distrito Têxtil vem firmar esse interesse, através de grande investimento e busca para dotar o local de toda infraestrutura necessária e adequada aos órgãos envolvidos. Isso tudo é um reconhecimento à contribuição dessas empresas para geração de emprego e renda, além de cuidado com o ambiente e a qualidade de vida da população. Em contra partida não toleraremos as empresas que não se adaptarem”, acrescentou o secretário de Desenvolvimento Econômico Erich Veloso. Ele também explicou que as empresas que forem para o distrito receberão os terrenos em forma de comodato (empréstimo) e terão isenção de impostos municipais por dez anos, tudo regularizado por Lei Municipal.

Para o presidente da Associação de Lavanderias, Joanício Joaquim de Melo, os empresários do setor entendem que este é um momento necessário e ressalta a importância do trabalho em conjunto para resolver todas as dificuldades. “Essas mudanças serão importantes, mas devemos considerar também as condições de cada empresário. A luta da associação é para que todos funcionem de forma regular, seja no novo distrito ou no local onde está. Cada empresa terá que se organizar”.

Com informações de assessoria

Moradores da comunidade Coronel Fabrício, localizada no bairro da Imbiribeira, protestaram no começo da noite desta segunda-feira (12), por conta da falta de água há duas semanas. A manifestação aconteceu na Avenida Mascarenhas de Morais, no trecho próximo da loja Insinuante, onde eles atearam fogo em pneus e pedaços de madeira, complicando a passagem de carros no local.

Os habitantes da comunidade alegaram que a Companhia Pernambucana de Saneamento e Abastecimento (Compesa) não tomou nenhuma providência após as denúncias feitas durante os últimos dias. Eles afirmam que as contas estão pagas e que houve negligência por parte da companhia. Revoltados, moradores ainda criticam a ação dos policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (ROCAM) que agrediram crianças e mulheres grávidas durante a manifestação. “Eles me empurraram e ainda queriam atirar.” Conta K. M. jovem de 16 anos, que se encontra no período de gestação.

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A falta de abastecimento prejudicou muitas lavadeiras que usam a água para o sustento familiar. Uma delas é a dona Maria José da Silva, de 41 anos, representante do movimento “Os policias bateram em mulheres grávidas, crianças, em troca de que? De nada. Algemaram os meninos sem necessidade. Eles não são ladrões. São todos pai de família. A gente só quer a nossa água de volta. As lavadeiras estão ai, sem água para sustentar a família.” E terminou falando. “É a primeira vez que tomo banho em quinze dias.” Se referindo aos jatos de água que os bombeiros estavam apagando o fogo na avenida.

Ainda na mesma noite, uma mãe denunciou um dos policiais que estavam na operação e freqüenta na comunidade. “Meu filho de quinze anos foi ameaçado pela policia só porque ele estava participando do protesto. Um dos agentes, Marcio, conhecido como ‘Oião’, pela população, ele já é conhecido por ser agressivo, arrogante, ameaçou a vida do meu filho.” Conta a lavadeira Maria Nazaré, de 38 anos, que está amedrontada com os fatos.

O protesto acabou por volta das 19h, e o transito começou a fluir normalmente.

 

 

 

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