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A ministra da Cultura, Margareth Menezes, anunciou nesta quarta-feira (18) o desbloqueio de quase R$ 1 bilhão da Lei Rouanet. O dinheiro estava retido desde o início do ano passado pelo governo anterior.

Ao todo serão liberados, até o fim do mês, R$ 968.376.281 que haviam sido captados como patrocínio a projetos artísticos. A Lei Rouanet permite que empresas e cidadãos que apoiem ações culturais deduzam parte do Imposto de Renda.

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A medida beneficiará 1.946 projetos culturais em todo o país. “Isso é investimento na cultura, é a cultura trabalhando, isso é bom para o Brasil”, declarou Margareth Menezes em vídeo postado nas redes sociais. 

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Também hoje, o Ministério da Cultura prorrogou a validade de mais de 5 mil projetos inscritos na Lei de Incentivo à Cultura que estavam com prazos de captação vencidos e não tiveram os pedidos atendidos pela gestão anterior.  A pasta também informou que, nos primeiros 18 dias de governo, a Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural liberou cerca de R$ 62 milhões desse montante (de R$ 968,3 milhões) a 353 projetos.

Em seus últimos dias na Presidência, Jair Bolsonaro (PL) nomeou André Porciuncula como secretário especial de Cultura. O policial militar integrava a pasta na gestão de Mário Frias e volta como chefe depois de perder as eleições.

 Defensor do armamentismo, o novo secretário de Cultura se filiou ao partido de Bolsonaro e usa as redes sociais para defender a ideologia propagada pelo presidente. Seu retorno à pasta se deu com a derrota na candidatura a deputado federal pela Bahia.  

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Entre suas posições polêmicas, Porciuncula propôs que os recursos da Lei Rouanet fossem usados para financiar conteúdos pró-armas. O objetivo era intensificar o debate através de filmes, séries, podcasts e outras produções para que o assunto ganhasse mais frequência.

Ele assume a cadeira de Hélio Ferraz após as passagens de Rogério Alvim, da atriz Regina Duarte e do amigo Mário Frias. Antes de assumir a chefia, Porciuncula foi secretário-adjunto de Cultura. 

A dupla sertaneja que gravou um jingle para a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), captou R$ 1,9 milhão por meio da Lei Rouanet. Além disso, na convenção do PL que acontecerá no próximo domingo (24), a dupla Mateus & Cristiano marcará presença cantando a música da campanha de Bolsonaro. 

Não é a primeira vez que os sertanejos foram contemplados pela Lei Rouanet, que é tão criticada pelo presidente e seus apoiadores. No fim de 2017 foi autorizada a captação de R$ 1,7 milhão para a gravação de um DVD da dupla a partir de um show ao vivo e uma turnê com seis apresentações gratuitas. Já em 2020, Mateus & Cristiano contaram também com o incentivo da lei, para a gravação de um novo DVD ao vivo. Na época o valor foi de R$ 199 mil.

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Por fim, em janeiro deste ano a dupla conseguiu um aumento de R$ 25,2 mil no valor de patrocínio para o show, além de prorrogar o prazo de captação do recursos até dezembro.

O ex-ministro da Cultura, Sergio Paulo Rouanet morreu hoje (3) no Rio, aos 88 anos. Ele foi o criador, juntamente com sua mulher, a filósofa de origem alemã Barbara Freitag, da Lei de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet.

A morte foi comunicada pelo Instituto Rouanet,  em nota: “É com muito pesar e muita tristeza que informamos o falecimento do embaixador e intelectual Sergio Paulo Rouanet, na manhã do dia 3 de julho. Rouanet batalhava contra o Parkinson’s, mas se dedicou até o fim da vida à defesa da cultura, da liberdade de expressão, da razão, e dos direitos humanos. O Instituto carregará e ampliará seu grande legado para futuras gerações”.

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A Lei Rouanet, como ficou conhecida, permite que pessoas físicas e jurídicas destinem parte dos recursos que iriam para o pagamento do Imposto de Renda ao financiamento de obras artísticas.

Iluminista

Sergio Rouanet ocupava, há cerca de 30 anos, a Cadeira 13 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Na avaliação do ex-presidente da ABL, o professor e poeta Marco Lucchesi, Rouanet foi um dos grandes pensadores do Brasil. “Era um homem de fato de múltiplos talentos. Um grande filósofo, um grande ensaísta, atento às questões da cultura, da política, da poética, atento ao diálogo entre os povos. Podia voar tranquilamente de Kant a Zeca Pagodinho, por exemplo, de cujas músicas gostava”, disse Lucchesi à Agência Brasil.

Segundo Lucchesi, o imortal Sergio Rouanet tinha sensibilidade musical importante, que ficava um pouco esquecida, dentro de obra tão vasta e variada como a dele. “Gostava da ópera de Mozart, de música popular brasileira (MPB). Uma figura, sob qualquer aspecto, admirável, não só sob o ponto de vista intelectual, stricto sensu (em sentido limitado), mas da grande humanidade. Realmente, uma adesão profunda à razão, à humanidade, ele que vinha de estudos iluministas muito importantes, que contribuíram para ampliar o alcance da filosofia no Brasil.

O ex-presidente da ABL disse que, se pudesse resumir a importância de Sergio Rouanet em uma única frase, pegaria o início de uma ária da ópera A Flauta Mágica, de Mozart, que “ele amava, e que diz tudo a respeito dele: “Os raios de sol expulsam a noite”. “Acho que essa é a grande metáfora da obra de Mozart que explica o trabalho de Rouanet: a iluminação, a vontade de clarear, fazer uma nova abertura de processo, de compreensão. Uma saudade imensa de Sergio Paulo. Imensa”, concluiu Lucchesi.

Nascido no Rio de Janeiro, em 23 de fevereiro de 1934, Rouanet foi eleito para a ABL em 23 de abril de 1992, na sucessão de Francisco de Assis Barbosa.

Ainda não há informações sobre velório. O acadêmico deixa a esposa e três filhos: Marcelo, Luiz Paulo e Adriana.

A cantora Anitta alegou já ter recebido proposta de devsio de verbas para shows pagos por prefeituras. A declaração foi dada em entrevista ao Fantástico, que irá ao ar neste domingo (5). O trecho da conversa foi exibido no Jornal Nacional desse sábado (4).

"Eu já recebi propostas, eu e meu irmão. Você cobra tanto aí eu vou e pego um pedaço. Eu disse não", revelou a cantora. O irmão de Anitta é Renan Machado, seu empresário.

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A grande motivação do início dos pedidos da instauração de uma CPI do Sertanejo foi um comentário feito sobre a cantora pelo também artista Zé Neto, em 12 de maio. Na época, o cantor citou indiretamente Anitta fazendo referência a uma tatuagem íntima feita por ela. "Nós somos artistas que não dependemos da Lei Rouanet. O nosso cachê quem paga é o povo. A gente não precisa fazer tatuagem no toba para mostrar se a gente tá bem ou não", disse.

O comentário de Zé Neto fez com que internautas apontassem que cantores de sertanejo recebem recursos públicos para fazerem shows em prefeituras. Desde então, uma série de investigações foram iniciadas sobre os cursos públicos que os artistas do gênero recebem para realizarem shows.

O cantor Zé Neto, da dupla com Cristiano, jogou uma indireta para a cantora Anitta durante show em Bonito, no Mato Grosso do Sul, na última quinta-Feira (12).

“Sorriso, Mato Grosso, um dos Estados que sustentou o Brasil durante a pandemia”, diz o cantor no vídeo. “Nós somos artistas que não dependemos de Lei Rouanet, o nosso cachê quem paga é povo, a gente não precisa fazer tatuagem no ‘toba’ pra mostrar se a gente tá bem ou não, a gente vem simplesmente aqui e canta”, completou o artista.

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Após comentário do artista, vários internautas fizeram postagens defendendo a cantora. “Será que o Zé Neto tá mandando indireta por causa dos ataques que Anitta tá fazendo ao governo ou porque se doeu quando a Kamilla Fialho disse que sertanejos pagam pra tirar a música da Anitta das rádios? Tava pensando aqui", comentou um usuário das redes sociais.

"Anitta: o auge foi número 1 do mundo. Zé Neto e Cristiano: o auge foi Melhores do Ano do Faustão”, escreveu uma fã, no Twitter. “Eu nunca errei em evitar ouvir qualquer musiquinha do Zé Neto e Cristiano. Além do repertório péssimo, compartilham discurso misógino, atacam gratuitamente uma artista que lutou para ocupar o lugar que está hoje, além de serem declaradamente bolsominions. Tô com a Anitta”, defendeu outra fã.

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Em contrapartida, fãs do cantor o defenderam e afirmaram que os shows da dupla no qual o cantor faz parte lotam mais e têm mais fãs.

Da Agência Pública – Reportagem de Alice Maciel e Bruno Fonseca

A Secretaria Especial de Cultura do Governo Federal aprovou, por meio da Lei Rouanet, a edição de um livro sobre a história das armas no Brasil. A Taurus — a maior fabricante de armas de fogo leves do país e uma das principais fabricantes de revólveres do mundo — é a financiadora do projeto e receberá, em troca, os benefícios fiscais previstos na Lei de Incentivo à Cultura. A Taurus está investindo R$ 336 mil na produção do livro. Até o momento, ela é a única empresa a apoiar financeiramente o projeto pela Lei Rouanet, segundo os dados da Secretaria da Cultura.

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O projeto do livro foi aprovado pelo Governo Federal em dezembro do ano passado pelo então secretário de fomento à Cultura, André Porciuncula. O total aprovado pelo governo para o projeto é de R$ 427 mil. Ele deixou o cargo em 31 de março deste ano e atualmente é pré-candidato a deputado federal pela Bahia pelo partido do presidente Jair Bolsonaro (PL). Porciuncula é uma aposta eleitoral do movimento pró-armas no Brasil.

O projeto contempla a edição de um livro chamado Armas & Defesa: A História das Armas do Brasil com tiragem de 3 mil exemplares e 120 páginas. Segundo a descrição, o livro será “sobre a história das armas do Brasil com foco nos principais marcos históricos até o século XXI”. Além do livro impresso, serão produzidos ebook e audiolivro e toda a tiragem será distribuída gratuitamente mediante requisição no sítio eletrônico do projeto, assim como de forma ativa, para bibliotecas cadastradas no Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas.

“Ademais, informamos que o projeto prevê a adoção dos protocolos sanitários, bem como, reiteramos que não será solicitado passaporte sanitário ou qualquer outra forma de medida restritiva e/ou discriminatória em nenhuma atividade proposta no presente projeto”, diz o resumo da proposta divulgado no Diário Oficial da União. Em novembro de 2021, Porciuncula publicou portaria que vetou a exigência de passaporte sanitário em projetos financiados pela Lei Rouanet.

Na época, o então secretário da Cultura, Mario Frias, criticou a exigência de comprovante de vacina para eventos culturais. “A proibição do famigerado Passaporte de Vacinação, nos projetos da Lei Rouanet, visa garantir que medidas autoritárias e discriminatórias não sejam financiadas com dinheiro público federal e violem os direitos mais básicos da nossa civilização”, disse.

O projeto é de autoria da Alexa Editora, que está registrada em nome de Rodrigo Cezar Moreira Kling. Ela fica localizada em Paulínia, São Paulo. Segundo informações do banco de dados da Secretaria Especial de Cultura, a Taurus transferiu os recursos para o projeto em 11 de março deste ano.

A reportagem procurou a Secretaria da Cultura para confirmar as informações e pedir esclarecimentos, que ainda não respondeu às perguntas enviadas. A Taurus também foi procurada.

Ex-secretários da Cultura defenderam dinheiro da Lei Rouanet para conteúdos pró-armas

Conforme revelou a Agência Pública, André Porciuncula prometeu a grupos armamentistas R$ 1,2 bilhão de recursos da Lei Rouanet para criação de conteúdos audiovisuais pró-armas. “Estamos lançando agora, de linha audiovisual, que vocês podem usar para fazer documentários, filmes, webséries, podcasts, para quê? Para trazer a pauta do armamento dentro de um discurso de imaginário. Trazer filmes sobre o armamento, da importância do armamento para a civilização, a importância do armamento para garantir a liberdade humana”, afirmou durante a Convenção Nacional Pró-armas realizada no dia 28 de março de 2022.

Na ocasião, o ex-secretário convocou explicitamente a plateia a usar a Lei Rouanet para financiar eventos pró-armas. “Chamo aos senhores a usarem a Lei Rouanet, que é uma lei de incentivo tributário também, para que vocês que possuem contatos com empresários ou então que sejam empresários, financiem eventos pró-armas com a Lei de Incentivo, eventos culturais sobre a arma de fogo com a Lei de Incentivo. Sejam agentes modificadores”, disse.

Porciuncula discursou após o então secretário de Cultura, Mario Frias, que também deu apoio ao uso dos recursos públicos da Cultura na produção de conteúdos a favor do armamento da população.

Ambos deixaram os cargos para concorrer às eleições neste ano pelo PL. Marcos Pollon, presidente do Movimento Pró-armas – que organizou o evento armamentista ao qual eles participaram – “prestigiou” a filiação dos amigos. Frias foi exonerado da Secretaria Especial de Cultura no dia 30 de março e Porciuncula, no dia 31, após o evento pró-armas no qual prometeu as verbas da Rouanet.

Taurus apoiou R$ 2,6 milhões em projetos da Rouanet durante governo Bolsonaro

Ao todo, a Taurus aportou R$ 2,6 milhões em projetos durante o governo Bolsonaro via Lei de Incentivo à Cultura. Foram seis projetos, todos aprovados em 2021 pela Secretaria de Cultura.

Há apenas um registro de projeto apoiado pela Taurus que não ocorreu durante a gestão Bolsonaro: R$ 15 mil para o restauro da Igreja Nossa Senhora da Conceição, no Centro Histórico de Porto Alegre. O apoio da Taurus à restauração da igreja ocorreu em 2009.

A Lei Rouanet — principal mecanismo de fomento à cultura no Brasil — autoriza produtores a buscarem investimento privado para financiar iniciativas culturais. Em troca, as empresas podem abater parcela do valor investido no Imposto de Renda, que pode chegar a 100%. O repasse pode ser feito por meio de doação ou patrocínio, sendo que nesse caso, o financiador pode aparecer em publicidade do projeto, e até receber parte dos produtos para distribuição gratuita.

O secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciuncula, afirmou nas redes sociais na manhã desta terça-feira (11) que pretende criar uma norma que obriga os "grandes patrocinadores" da Lei Rouanet a investir em projetos iniciantes. O PM não deixa claro no tuíte o que complementa a mudança e nem quais os parâmetros para um “grande patrocinador”, mas acredita que a medida vai acabar com o “clubismo” na Cultura. 

De acordo com Porciuncula, as empresas deverão aplicar pelo menos 100 mil reais em projetos que nunca foram patrocinados antes de cada um milhão de reais de isenção de impostos que conquistarem graças ao financiamento de outras propostas. 

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“Vamos acabar com o monopólio que predominava na Lei Rouanet. Agora, os grandes patrocinadores serão obrigados, a cada um milhão em imposto isentado, investir 10% em um projeto de iniciante, que jamais conseguiu patrocínio. Chega de ficar sempre patrocinando o mesmo clubinho”, escreveu. 

Em uma outra resposta, questionado sobre considerar a geração de empregos que uma equipe artística grande demanda, Porciuncula respondeu: “Indústria tem que sobreviver de mercado próprio, não de recurso público”. 

As regras da Lei Rouanet autorizam os incentivadores a deduzir de seu Imposto de Renda até 100% do valor investido em propostas aprovadas pela Secretaria de Cultura. De acordo com dados disponíveis na plataforma Salic, o Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura, houve aumento de captação de recursos entre 2020 e 2021. Foram cerca de R$ 1,5 bilhão captados no primeiro ano da pandemia, número que pulou para R$ 1,9 bilhão no ano passado. 

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O dono das lojas Havan e um dos principais empresários ligados ao presidente Jair Bolsonaro, Luciano Hang, aportou mais de R$ 6 milhões em projetos da Lei Rouanet nos últimos dois anos. Antes de deixar o hospital, nessa quarta-feira (5), o presidente disse que a cantora Ivete Sangalo e o ator Zé de Abreu estavam chateados por perder a "teta gorda" do benefício.

O financiamento de projetos pelo Governo Federal é frequentemente usado por bolsonaristas para atacar opositores da classe artística. O presidente aponta que cortou os recursos do qual seus críticos do setor cultural dependiam.



 Dados da Rouanet indicam que Hang investiu cerca de R$ 23 milhões e ajudou 266 projetos. A grande parte de Santa Catarina. As empresas que doam para as produções têm parte do valor abatido no imposto de renda. 



Entre as produções beneficiadas, o empresário repassou R$ 250 mil para o documentário sobre a eleição de Luiz Henrique da Silveira ao Governo do Estado em 2002 e R$ 240 mil para o CD e DVD do cantor Cesar Santoro.



Enquanto produtores culturais não conseguem renovar a autorização para captar recursos. O prazo de repasse para o documentário foi renovado três vezes e quatro vezes para o cantor. As últimas autorizações foram concedidas no início deste ano.



Ivete



Após incentivar um coro contra o presidente durante um show, embora tenha sido citada por Bolsonaro, nem a cantora Ivete Sangalo, nem as empresas em que é sócia, tem projetos registrados na Lei Rouanet.



Em 2015, a cantora recebeu R$ 300 mil para um show beneficente e reverteu toda a verba para o Hospital Martagão Gesteira em Salvador.



Em 2019, o próprio Governo Bolsonaro repassou R$ 813 mil para seis shows da cantora.

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O presidente Jair Bolsonaro deu uma ‘alfinetada’ na cantora Ivete Sangalo, após um vídeo na qual ela surge em meio a um coro contra ele viralizar na internet. Segundo o chefe do executivo, a artista estaria “chateada” por conta de cortes que o governo federal fez na Lei Rouanet. 

No final do último mês de dezembro, Ivete Sangalo dançou ao coro ‘anti-Bolsonaro’ entoado pelo público durante um show seu realizado em Natal (RN). Ela ainda brincou e disse: “Vai acabar escutando de tão alto que foi”, fazendo referência ao atual presidente da República.

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Bolsonaro não só escutou como também retrucou a atitude da cantora. Na manhã desta quarta (5), após receber alta do Hospital Vila Nova Star, onde estava internado, em São Paulo, ele comentou o ocorrido e debochou da cantora. “O limite para artistas eram R$ 10 milhões por ano. Eu passei imediatamente para 1 milhão. Conversamos com Mário Frias agora e vamos passar para R$ 500 mil o limite. Nós queremos a Lei Rouanet para atender aquele artista que está começando a carreira, e não para figurões e figuronas, como a querida Ivete Sangalo. Ela tá chateada, o Zé de Abreu está chateado. Aquela teta deles gorda de pegar até R$ 10 milhões da Lei Rouanet e defender o presidente de plantão acabou”, disse à imprensa.

O secretário especial da Cultura, Mario Frias, proibiu nesta segunda-feira, 8, a cobrança da vacina em projetos que solicitam a Lei Rouanet, de incentivo à cultura, em cidades ou Estados sem o passaporte sanitário. Isso significa, portanto, que os organizadores do evento não poderão adotar o protocolo de pedir, por conta própria, a comprovação de imunização pelos frequentadores. Já nos casos em que o governo local exige a vacina, a Secretaria de Cultura determina que seja oferecida, simultaneamente, uma apresentação virtual do show, mostra, filme, espetáculo ou outro evento apoiado pela lei federal.

As regras foram publicadas nesta segunda-feira, 8, no Diário Oficial da União. Nos últimos anos, o presidente Jair Bolsonaro e membros do governo têm atacado a cobrança do passaporte da vacina contra a covid-19, medida adotada em vários países e recomendada por especialistas para reduzir os riscos de transmissão do vírus.

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"Fica vedado pelo proponente a exigência de passaporte sanitário para a execução ou participação de evento cultural a ser realizado, sob pena de reprovação do projeto cultural e multa", diz o texto assinado por Frias. E segue: "Havendo decreto, lei municipal ou estadual, que exija o passaporte, o proponente terá que adequar seu projeto ao modelo virtual, não podendo impor discriminação entre vacinados e não vacinados nos projetos financiados pelo Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac).

Em setembro, Frias chegou a chamar, nas redes sociais, o passaporte da vacina de "abominável". "Nenhum prefeito irá decidir o que os órgãos vinculados a mim irão ou não fazer. Não aceitarei fazer parte do teatrinho autoritário sanitarista. Nas entidades vinculadas da Cultura, não iremos adotar o abominável passaporte de vacinação, ponto final", escreveu o secretário à época.

O decreto revela, ainda, que os projetos culturais que comprovarem a adoção dos protocolos de medidas de segurança, para prevenir a covid-19, "tais como, aferição de temperatura, exame de testagem para covid e uso de materiais de higiene, terão prioridade na análise de homologação de admissibilidade".

A Fundação Nacional de Artes (Funarte), ligada ao Ministério da Cidadania, emitiu um parecer técnico desfavorável a um projeto de captação na Lei Rouanet do Festival de Jazz do Capão por causa de uma postagem contra o fascismo e o preconceito. Trechos do parecer técnico foram divulgados pela organização do festival nas redes sociais. 

"No dia 01/06/2020, o Festival de Jazz do Capão decidiu se posicionar, na sua página do Facebook, a favor da Democracia e contra o Fascismo. Passado um ano, a referida postagem foi citada como motivo principal para que o nosso projeto de captação na Lei Rouanet tivesse um parecer desfavorável para a sua aprovação", critica o festival. “Não podemos aceitar o fascismo, o racismo e nenhuma forma de opressão e preconceito”, diz a publicação de 2020.

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A organização destaca que a postagem não foi financiada com recursos públicos nem fez parte de divulgação oficial das atividades do festival. "Ela não ataca governos, instituições nem pessoas, pelo contrário, diz em sua descrição que não podemos aceitar o fascismo, o racismo e nenhuma forma de opressão e preconceito", declara.

Para a Funarte no parecer técnico, o pedido na Lei Rouanet deve ser recusado por desvio de objeto e risco à malversação do recurso público. Além do parecer negativo, chama a atenção o teor religioso no documento. 

Logo no início, o posicionamento técnico traz uma citação atribuída ao compositor Johann Sebastian Bach: "O objetivo e finalidade maior de toda música não deveria ser nenhum outro além da glória de Deus e a renovação da alma." Em outro trecho, o parecer declara que "a música pode ser vista como uma Arte Divina, onde as vozes em união se direcionam à Deus."

Nos comentários da publicação do Festival de Jazz do Capão, muitos internautas criticam o documento. "Isso é um absurdo", comenta Ivan Sacerdote, que é clarinetista e professor. "Inacreditável tamanha insensatez", escreve o músico Decio Pereira Silva Junior.

A Funarte foi procurada, mas não respondeu até a publicação da matéria.

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O secretário de Cultura, Mario Frias, afirmou que precisa entender legalmente e deve fazer uma auditoria sobre a aplicação dos recursos pela lei de incentivo à cultura, conhecida por Lei Rouanet, em entrevista há pouco à CNN Brasil.

Frias substituiu a ex-secretária Regina Duarte há uma semana. O novo secretário disse que não podem existir "os barões da Lei Rouanet".

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Frias ressaltou que a lei de incentivo à cultura é fundamental para um país que se preocupa com cultura. "Mas a cultura não é limitada ao eixo Rio-São Paulo, a cultura é brasileira e deve chegar a outros Estados", defendeu.

Em torno das expectativas para Regina Duarte assumir a Cultura, prevalece um ponto de tensão em decorrência de irregularidades com a Lei Rouanet. O representante legal da atriz, o advogado Luiz Henrique Lanas Soares Cabral, em entrevista à Mônica Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo, afirma que não há impedimentos legais para que sua cliente assuma o cargo no governo do presidente Jair Bolsonaro.

O advogado, um dos titulares do escritório Lanas Pequini & Toro Advogados, ainda disse que “todas as obrigações impostas pela Sefic [Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura] foram cumpridas por parte da Regina. O projeto segue a tramitação legal e aguarda os prazos de análise”. Além disso, o escritório assume as questões contratuais de Regina Duarte com a Rede Globo.

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A atriz Regina Duarte, por meio de sua empresa A Vida É Sonhos Produções Artísticas, conseguiu três financiamentos com base na Lei Rouanet, que somam cerca de 319,6 mil. Isso porque, em março de 2018, o extinto Ministério da Cultura reprovou a prestação de contas da peça “Coração Bazar”.

Por fim, a Regina captou um total de R$ 321 mil para desenvolver o empreendimento e, pela decisão, a restituição para o Fundo Nacional da Cultura deveria ser de R$ 319, 6 mil. A atriz entrou com recurso. 

O socio e filho da atriz, André Duarte, relata que o problema se deu por um descuido, a falta de comprovações de cobrança de ingressos para a peça.

Na próxima terça-feira (28), a atriz Regina Duarte deve responder oficialmente ao convite realizado pelo presidente para assumir a Secretaria Nacional de Cultura. O presidente está na Índia e, antes de embarcar, disse que na volta da viagem fecharia o nome que vai comandar o setor no país.

A atriz Regina Duarte, recentemente convidada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir a Secretaria da Cultura, tem uma dívida de R$ 319,6 mil com os cofres públicos, por ter cometido irregularidades com a Lei Rouanet. Segundo informações da revista Veja, em 2018 a área técnica do Ministério da Cultura reprovou a prestação de contas do dinheiro captado pela artista para ser utilizado na sua empresa chamada A Vida É Sonho Produções Artísticas. 

No período, Regina Duarte teria conseguido R$ 321 mil com base na legislação, para a realização de um dos projetos da empresa: o monólogo Coração Bazar. De acordo com a Veja, há outros dois projetos custeados pela Lei Rouanet, dos quais um foi aprovado e o outro ainda não foi analisado. 

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No que se refere à peça Coração Bazar, a atriz terá que restituir cerca de R$ 319, 6 mil ao Fundo Nacional de Cultura. A conta só não foi cobrada porque ela apresentou um recurso diante da reprovação da prestação de contas.

Sobre o débito, Regina Duarte respondeu que "fará o que a justiça determinar". O filho da artista, André Duarte, é sócio-administrador da A Vida É Sonho. Ele justificou que a prestação de contas foi negada por causa de um descuido, diante da falta de comprovantes de que a peça, em cartaz de 2004 a 2005, foi exibida sem a cobrança de ingressos, contrapartida do contrato. 

Nesta semana, Regina Duarte disse que sentiu-se honrada por ter sido chamada pelo presidente para ser chefe da Secretaria Especial da Cultura, em decorrência da demissão de Roberto Alvim do cargo, por ter proferido um discurso nazista. A atriz chegou a dizer que estava "noiva" do presidente e foi até Brasília para conhecer de perto o trabalho a política de fomento à cultura.

A atriz Ingrid Guimarães, que atualmente está em cartaz nos cinemas com o filme "De Pernas Pro Ar 3", participou do programa "Pânico" na rádio Jovem Pan, nesta segunda-feira (22). Na entrevista, a atriz criticou as pessoas que não concordam com o incentivo da Lei Rouanet.

"As pessoas demonizaram a Lei Rouanet e sem saber a importância que ela tem. A verdade é essa. Quando a Lei Rouanet acabar, se é que ela vai acabar, você vai ver como a cultura vai parar nesse país", opinou, afirmando na conversa com Emílio Surita que a lei deve ser repensada.

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Ao ser perguntada se a lei havia sido desmoralizada, Ingrid não titubeou: "Esculhambaram sem informação suficiente. Acho que a Lei Rouanet tem que ser revista, sim, tem que melhorar a lei, tem algumas falhas, sim. Eu acho que o pequeno artista fica um pouco desprezado, porque as empresas não querem colocar dinheiro em um artista desconhecido. Eu fui essa artista e vivi isso, mas não é o caso de acabar com a Lei Rouanet".

Nesta quarta-feira (24), as mudanças da Lei Rouanet, que passará a se chamar Lei de Incentivo à Cultura, serão publicadas no Diário Oficial da União. Entre as novas regras, uma em especial que chama a atenção dos artistas é a redução do valor para a captação de recursos, que caiu de R$ 60 milhões para R$ 1 milhão. 

O deputado federal Alexandre Frota (PSL) vai ter que pagar uma indenização no valor de R$ 50 mil para o cantor Gilberto Gil. A sentença foi em consequência de uma declaração de Frota, em 2017, acusando o artista baiano de roubar recursos da Lei Rouanet.

Frota já havia sido condenado, em primeira instância, pela juíza Rafaella Ávilla de Souza Tuffy Felipe, em setembro de 2018. Ele recorreu e, agora, voltou a perder. Na última quarta (17), foi confirmada a condenação em segunda instância do deputado federal. A pena é de pagamento de indenização no valor de R$ 50 mil, que deve ser realizado imediatamente.

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O processo foi instaurado após Alexandre publicar nas redes sociais que Gilberto Gil roubava recursos da Lei Rouanet. Segundo a sentença, a punição se deu pelos motivos de "publicar imagens sem autorização, acompanhadas de xingamentos, com nítida intenção injuriosa, sem conteúdo informacional útil, como o destacado nos presentes autos".

 

Raimundo Fagner terá sua vida contada através da biografia Quem me leva sou eu, escrita pela jornalista Regina Echeverria, mesma autora de Furacão Elis. O cantor, porém, não soube explicar por qual motivo a obra precisou do apoio da Rouanet, lei esta criticada por ele em diversos momentos.

Fagner tem declarado seu apoio ao atual presidente do país, Jair Bolsonaro e, várias vezes, criticou a Lei Rouanet. Em uma entrevista ao Globo, em 2013, ele declarou: "Quem me segura é o povo, nunca achei que devesse recorrer à lei de incentivo. Lei é para quem não tem grande vínculo com a massa, para artista que está começando. Eu tenho vínculo com a massa. No dia que isso acabar, em que o povo não me quiser mais, tô fora".

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Também ao Globo, atualmente, o cantor não soube explicar por qual motivo o livro que contará sua história precisou recorrer à Rouanet: "Quando olhei, a cena já estava feita, não tive muito o que fazer. Mas não gostei e reclamei", disse. A publicação está em pré-venda e chega às lojas em abril.

 

O Ministério da Cultura (Minc) solicitou para Luana Piovani a devolução de R$ 747 mil, captados para a produção da peça 'O Pequeno Príncipe'. A montagem foi produzida e protagonizada pela atriz, em 2016, e passou por 17 cidades do Brasil.

A peça contou com incentivo da Lei Rouanet e, recentemente, teve a prestação de contas reprovada. O Minc afirma que há "divergência entre as notas fiscais apresentadas e a relação de pagamentos informada". Diante da repercussão e questionamentos na web, a atriz usou seu canal no Youtube para falar sobre o caso. Em transmissão ao vivo, nessa segunda-feira (19), Piovani ressaltou que possui todos os documentos e está tranquila.

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“Minha mãe sempre fez administração financeira, tem olhos de águia. E, além disso, nós contratamos um profissional super idôneo. Confio na nossa chatice. Vai dar um trabalho? Vai. Abrir tudo, apresentar de novo, checar todas as coisas… Doze anos são muita coisa… a memória não está tão próxima. Algumas coisas se perdem porque não são digitalizadas, nessa época as prestações de conta eram em papel e muita coisa perde tinta… Mas é isso, trabalho dado, trabalho recebido e vamos lá cumprir!”, disse.

Mesmo afirmando tranquilidade, ela se diz surpresa e estranha a postura do órgão após 12 anos. Tem uma coisa que eu acho estranha nisso. Diz que eu tenho que devolver é o valor do projeto todo, como se a gente não tivesse prestado nenhum tipo de conta. Isso soa super estranho", contou.

A atriz aproveitou para criticar a decisão, alegando que o marido, o surfista Pedro Scooby e outros atletas, não receberam pagamento de Furnas. "Eu fico feliz que alguém esteja cuidando disso, vide meu marido, que foi contratado por três anos de Furnas e estão devendo para ele um ano inteiro de trabalho. Não só o Pedro. Acho que são 17 atletas nessa situação, e isso é dinheiro público", disparou.

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