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Ana Paula Siebert decidiu abrir uma caixinha de perguntas nas redes sociais para interagir com os seguidores e acabou respondendo algumas dúvidas que eles têm sobre Fabiana Justus, que foi diagnosticada com leucemia e está em tratamento.

Uma internauta perguntou à esposa de Roberto Justus como a família reagiu à notícia, ao que ela respondeu:

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"Ficamos muito assustados. É aquele tipo de rasteira que a vida dá sem a gente esperar. Temos a certeza que ela ficará 100%, mas o tratamento é difícil, a parte de ficar longe de todos é super difícil".

Questionada sobre quando visitará a enteada no hospital, a famosa explicou que ainda não pode vê-la.

"Ela não pode receber visitas gente. Ela está isolada em tratamento, e assim que ela puder, eu estarei lá, claro".

Outra seguidora disse:

"Te achei abatida, igual quando o Roberto ficou doente. Muita força para vocês, já deu tudo certo, amém".

Em resposta, Ana Paula explicou que está muito abalada, mas segue mantendo energias positivas para que Fabiana siga bem no tratamento da doença.

"Estou até mais do que quando foi ele acredita? Passamos por um ano do tratamento dele, acabou em novembro de 2023 e agora um super baque de novo! Mas tudo vai dar certo e eu não tenho nem o direito de reclamar, perto do que a Fabi está passando. Eu tento ser positiva, fiz isso no tratamento dele e deu certo. Só penso coisas boas, rezo e tenho certeza que o primeiro dia do final feliz já começou!".

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Fabiana Justus emocionou os seguidores ao compartilhar um vídeo em que aparece segurando o filho caçula no colo após receber o diagnóstico de leucemia. A filha de Roberto Justus relembrou como foi o momento em que soube que não poderia mais amamentar o pequeno, que tem apenas cinco meses de vida.

Em uma publicação nas redes sociais, ela mostrou o registro, em que ela aparece sorrindo e cantando nos braços da mamãe, que não consegue conter as lágrimas. Na legenda, a famosa começou escrevendo:

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Esse foi o dia que eu soube exatamente o que eu tinha... No dia seguinte que cheguei no pronto-socorro achando que seria medicada e iria para casa. Fiquei internada para fazer exames e recebi o diagnóstico. Soube nesse dia que teria que parar de amamentar.

Em seguida, Fabiana fez uma reflexão sobre os momentos especiais com o caçula e o amor que recebe da família.

Foram cinco meses de amamentação exclusiva... Cinco meses do nosso momentinho mais delicioso juntos! Mas sei também do privilégio que eu tive de poder amamentar meu bebê... sou grata por isso! MUITO grata! Depois de mamar, o Luigi deitou no meu ombro e ficou assim, cantando. Eu obviamente não consegui conter a minha emoção! Esse amor é o que me move! O amor dos meus três filhos esperando por mim!

Cristiane Daciolo, esposa do ex-candidato à Presidência Cabo Daciolo, morreu nessa terça-feira (30), aos 52 anos, no Rio de Janeiro. A jornalista deixa três filhos.

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Reprodução/Redes sociais

As causas da morte não foram confirmadas, mas Cristiane lutava contra a leucemia desde 2018. Ela chegou a passar por um transplante de medula óssea em 2019 e recebeu o tecido do irmão.

Nas redes sociais, Cabo Daciolo costumava publicar fotos com a esposa e escrever declarações de amor. Ele ainda não se pronunciou sobre o falecimento.

"É difícil, mas vou conseguir superar", afirmou o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que tem leucemia e está hospitalizado na UTI, em uma declaração publicada na edição desta sexta-feira (7) de Il Giornale.

"Consegui me recuperar, mesmo em situações difíceis e delicadas", insistiu em um texto publicado no jornal, que é parte de seu império midiático.

O magnata de 86 anos, internado em uma Unidade Terapia Intensiva do hospital de San Raffaele de Milão, "descansou e reage bem ao tratamento", afirmou nesta sexta-feira ao canal Rai 3 o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani.

Tajani é o vice-líder do partido de Berlusconi, 'Forza Italia', que integra a coalizão de governo da primeira-ministra Giorgia Meloni.

Berlusconi, chamado por alguns analistas de "o imortal" por sua carreira longeva, atualmente é senador.

Os médicos informaram na quinta-feira que ele recebe tratamento para uma infecção pulmonar derivada de uma leucemia mieloide crônica.

O ex-primeiro-ministro e atual senador Matteo Renzi, um político de centro que foi durante muitos anos rival de Berlusconi, enviou uma mensagem de apoio nesta sexta-feira.

"Força Silvio. Esperamos você sorrindo no Senado", tuitou.

Berlusconi, um dos homens mais ricos da Itália, com uma fortuna avaliada pela revista Forbes em 6,4 bilhões de euros, foi hospitalizado diversas vezes nos últimos anos.

Silvio Berlusconi foi primeiro-ministro durante um total de nove anos entre 1994 e 2011. Ele dominou a política do país durante duas décadas, apesar dos escândalos sexuais e dos processos que abalaram sua imagem.

Neste sábado (8), é celebrada uma data ainda pouco conhecida pelos brasileiros: o Dia Nacional de Doação de Cordão Umbilical. A estrutura auxilia no transplante de medula óssea e faz parte de um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas, além de outras doenças do sistema sanguíneo e imune.

Segundo a Fundação do Câncer, existem 15 bancos públicos no Brasil que armazenam amostras doadas de sangue de cordão umbilical, que é rico em células-tronco, capazes de reproduzir os elementos fundamentais do sangue, essenciais para o transplante de medula óssea.

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Vantagem da doação

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) detalha que a principal vantagem é que as células do cordão estão imediatamente disponíveis, não havendo a necessidade de localizar o doador e submetê-lo à retirada da medula óssea. Também não há a necessidade da compatibilidade total entre o sangue do cordão e o paciente.

"Com o uso do cordão umbilical é permitido algum nível de não compatibilidade, ao contrário do transplante com doador de medula óssea, que exige compatibilidade total", detalha o Inca. 

Doação

A doação é realizada pelas mães em maternidades credenciadas do programa da Rede BrasilCord, criada em 2004, que constitui os 15 bancos públicos responsáveis pelo armazenamento. 

No entanto, existem alguns controles no momento da coleta do sangue do cordão, necessários para um bom aproveitamento das unidades. Por isso, não se trata de uma doação universal como ocorre com o sangue e que pode ser feita em qualquer hospital ou qualquer pessoa, sendo limitada aos hospitais que fazem parte do programa.

Segundo a assessoria da Secretaria Estadual da Saúde de Pernambuco (SES-PE), não há nenhum hospital público do estado fazendo parte do programa. Apenas a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) tinha um banco de sangue destinado ao armazenamento do cordão umbilical e placentário, que está desativado no momento na espera da compra de alguns maquinários necessários para a retomada. 

A assessoria do Hemope não soube confirmar quais são os maquinários necessários e em quanto tempo as doações em Pernambuco serão retomadas. 

Nem toda gestante pode doar

O Inca detalha que, para a doação, a mãe tem que atender a critérios específicos, dentre eles ter idade entre 18 e 36 anos, ter feito, no mínimo, duas consultas de pré-natal documentadas, estar com idade gestacional acima de 35 semanas no momento da coleta e não possuir histórico médico de doenças neoplásicas (câncer) e/ou hematológicas (anemias hereditárias, por exemplo).

O instituto assegura que não existe nenhum risco para a mãe ou o bebê e lembra que, tanto a placenta quanto o sangue que fica armazenado nela, são tratados como lixo. Além disso, a coleta somente ocorre com o consentimento do obstetra e da gestante, de forma que não interfira no parto.

O sangue do cordão é utilizado para qual tratamento?

O sangue do cordão é uma das fontes de células-tronco para o transplante de medula óssea e este é o único uso deste material atualmente. O transplante é indicado para pacientes com leucemias, linfomas, anemias graves, anemias congênitas, hemoglobinopatias, imunodeficiências congênitas, mieloma múltiplo, além de outras doenças do sistema sanguíneo e imune.

Susana Vieira recebeu alta hospitalar na última quinta-feira (11), segundo informações da colunista Fábia Oliveira. A atriz precisou ser internada às pressas após apresentar sequelas da Covid-19 no pulmão.

No último domingo dia 8, Susana usou as redes sociais para tranquilizar os fãs a respeito do tratamento. A atriz revelou que estava medicada e que deveria receber alta em breve.

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"Estou bem. A Covid deixou sequelas e precisei fazer um ciclo de medicação venosa, por isso estou internada. Como tenho leucemia, é protocolo a internação em CTI. Com a medicação e fisioterapia, em breve, estarei em casa", disse.

Silvia Poppovic foi às redes sociais para fazer um desabafo delicado. A apresentadora informou que o esposo, o médico Marcello Bronstein, está com leucemia. De acordo com a jornalista, o marido se submeterá a um transplante de medula óssea. O diagnóstico da doença foi descoberto no ano passado.

"Tentamos o tratamento clínico, mas não resolveu; por isso, a alternativa que nos resta é o transplante de medula. Um caminho difícil, mas temos esperança de que será salvador! Nossa filha, Ana, muito generosa, foi a doadora; felizmente compatível!!! Por esse motivo, estarei um pouco mais distante de vocês por aqui! Espero que não por muito tempo", declarou Silvia, na legenda do vídeo.

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Nesta segunda-feira (4), Silvia Poppovic compartilhou um foto com Marcello para agradecer o carinho dos seguidores: "Quero agradecer às milhares de mensagens de apoio e solidariedade que recebemos de tantos amigos e seguidores! Emocionante! Elas nos enchem o coração de força e esperança e a certeza de que teremos a energia positiva para atravessar esse caminho difícil, mas necessário, para a recuperação da saúde do Marcello! Obrigada!". Ela também declarou que o tratamento de Marcello Bronstein começou hoje.

Veja o comunicado:

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Leonid Shapova, um menino ucraniano de cinco anos com leucemia, ia receber esta semana um transplante de medula óssea. Porém, devido à invasão russa, fugiu com sua família para Irlanda, onde agora espera ser tratado graças à generosidade da população local.

Neste momento, deveria estar se recuperando em um hospital de Kiev, mas o pequeno se encontra na casa de sua tia-avó, no sudeste da Irlanda, onde seus pais relatam a fuga de seu país devastado pela guerra, agravada pela enfermidade de seu filho.

A mãe de Leonid, Yana de 31 anos, seu marido Serhiy de 30 e o menino saíram de Cherkasy, na região central da Ucrânia, somente com uma uma mala com seus pertences, incluídos os documentos médicos de Leonid. É "o mais importante que tínhamos", disse Yana à AFP.

Dirigiram até a Polônia, tomando caminhos de terra para evitar as zonas de combate, e seu carro foi sacudido, às vezes, pelas explosões próximas, antes de chegar finalmente Pa fronteira.

Devido ao estado de saúde do filho, foram escoltados para cruzar a fronteira com urgência, evitando uns 20 quilômetros filas. Cinco dias depois chegaram a Dublin via Zurique, onde tiveram que convencer as autoridades suíças de que o governo irlandês os havia permitido entrar sem os requisitos habituais de visto.

Sua chegada ao aeroporto de Dublin, onde sua família o recebeu com a bandeira ucraniana, foi um momento de "alívio tingido por amargura", descreveu Yana.

"Senti que aqui estaríamos a salvo e que nos ajudariam, que se faria todo o possível para cuidar" de Leonid, disse sua mãe. Porém esta psicóloga confessa, ao mesmo tempo, que sofre da "síndrome do sobrevivente", sentindo-se culpada por ter sobrevivido ao sangrento completo.

O hospital em que Leonid passou grande parte dos últimos oito meses após o diagnóstico de leucemia sofreu danos por causa da invasão russa, explica Yana.

Porém, apesar do perigo, muitas crianças permanecem ali, "Estas crianças estão passando especialmente mal agora (...) da muito medo de ver o que está acontecendo", afirma.

- "Inquietudes" -

Durante sua fuga, a família entrou em contato com o deputado irlandês Michael Collins, que foi alertado de sua situação pela tia-avó de Leonid, Victoria Walden, e seu marido David, com quem os Shapoval vivem agora.

"Estivemos em comunicação com o Ministério das Relações Exteriores", explica Collind, destacando "que havia muita preocupação"

O deputado esta ajudando a família nos esforços para tratar Leonid na Irlanda com o apoio da população local que se comoveu com a situação do garoto.

"Todo mundo quer fazer algo e é muito amável e, francamente, tipicamente irlandês", afirma.

Uma arrecadação de fundos online permitiu a família juntar mais de 65.000 euros (360 mil reais), superando bastante o objetivo inicial de 1.000 euros (5.500 reais).

No dia seguinte de sua chegada à Irlanda, Leonid foi examinado pelos doutores em um centro médico local e logo enviado ao hospital da cidade de Cork.

Agora deve ser atendido no hospital infantil de Dublin, onde a família espera que possa submete-lo a um transplante de medula óssea.

"Obrigada a todos que estão nos ajudando, estamos muito contentes", disse sua mãe, que afirma estar "surpresa de ver o quanto todos são amáveis e o quanto todos querem ajudar"

Leonid também está grato: "Obrigado às pessoas que nos ajudam", afirma.

O pequeno e sua família formam parte dos cerca de 1800 refugiados ucranianos que chegaram à Irlanda desde que começou a invasão russa em 24 de fevereiro.

A Irlanda, que possui uma população de 5 milhões de habitantes, disse estar disposta a receber 100 mil pessoas que fugiram da Ucrânia.

Prestes a completar 7 anos no próximo dia 26, o estudante Matheus Vinicius Caetano Amaral já pode dizer que é vencedor de um tipo de câncer que acomete as crianças. Ele tinha apenas dois anos quando os pais receberam o diagnóstico da Leucemia Linfóide Aguda (LLA).

“Nenhuma mãe imagina receber o diagnóstico de leucemia. Matheus nasceu prematuro de 31 semanas, e quando estávamos superando a prematuridade, descobrimos a leucemia. No primeiro momento perdemos o chão. Mas depois, graças a Deus, à doutora Ana Luiza, que é um anjo em nossas vidas, e toda a equipe de profissionais que nos assistiram, vimos que era possível superar a doença com muito amor, fé e dedicação”, contou, emocionada, a mãe do Matheus, a nutricionista Gislaine Caetano, de Curitiba (PR).

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O tratamento do Matheus teve duração de dois anos e meio. “Devido ao diagnóstico precoce e a ele responder bem ao tratamento, não houve indicação de transplante de medula óssea (TMO), mas foi realizado um tratamento intenso e doloroso cujo protocolo seguia a combinação de quimioterápicos”, revelou Gislaine.

Cada quimioterapia era um passo para vencer a doença, detalha a mãe do Matheus. “Sempre comemoramos cada quimioterapia realizada, cada pequeno progresso, sempre mostrando ao Matheus algo de positivo em meio ao mundo oncológico, sempre em contagem regressiva para o término do tratamento, agradecendo sempre. Hoje agradecemos porque Matheus superou a doença e tudo o que passamos nos tornou mais gratos. Hoje vivemos mais intensamente e comemoramos cada pequeno detalhe do que é a vida”.

Matheus está em remissão total desde setembro de 2019, e faz exames de acompanhamento a cada dois meses, antes eram mensais. “Mas já acreditamos na cura plena!”, comemora a nutricionista.

O Matheus não precisou de transplante de medula óssea, mas muitas crianças precisam, por isso para conscientizar sobre a patologia e estimular para que mais pessoas se tornem doadoras de medula óssea, todo ano, o mês de fevereiro é dedicado à campanha Fevereiro Laranja.

A cor laranja foi escolhida para simbolizar a conscientização sobre a leucemia e a importância dos doadores de medula óssea.

A leucemia é um tipo de câncer que tem origem na medula óssea, onde são produzidas as células do sangue. As células leucêmicas, da medula, atingem o sangue e infiltram os gânglios linfáticos, o baço, o fígado, o sistema nervoso central, os testículos e outros órgãos.

Na criança que desenvolve leucemia, essas células se tornam anormais, não realizam suas funções e se multiplicam rapidamente, tomando o lugar das células saudáveis na medula e no sangue.

Fatores

A oncologista pediátrica Ana Luiza de Melo Rodrigues, médica do Matheus, explica que os fatores de risco e prognósticos para a LLA são a idade da criança no diagnóstico, a contagem de leucócitos (células de defesa) no hemograma, além dos exames como imunofenotipagem e cariótipo, que revelam o comprometimento do sistema nervoso central ao diagnóstico e resposta precoce à terapia.

No caso da leucemia mieloide aguda (LMA), são fatores de risco: exposição pré-natal (ao álcool, pesticidas e infecções virais), exposição ambiental (radiação ionizante, infecções virais, pesticidas, solventes orgânicos como o benzeno, dentre outros), além de doenças hereditárias e doenças adquiridas.

Sintomas e sinais das leucemias

Nas leucemias agudas infantis, geralmente os sintomas são cansaço, palidez, aumento do abdome por hepatomegalia (fígado aumentado de tamanho) e/ou esplenomegalia (baço aumentado de tamanho), dor óssea, linfadenopatia (aumento dos linfonodos, em especial na região cervical), febre (em consequência de infecções), petéquias (pontos vermelhos no corpo, que não somem quando pressionadas), hematomas, sangramentos - em especial de gengiva e nariz -, hipertrofia  gengival, nódulos e infiltrações cutâneas.

O oncologista pediátrico tem papel fundamental no tratamento da criança. “Cabe ao oncologista gerenciar o atendimento ao paciente durante todo o curso de sua doença e isso já começa com o diagnóstico, ao explicar sobre a doença, o estágio, as formas de tratamento, as opções e como deverá ser conduzido, para que se obtenha o melhor prognóstico. Ele vai guiar a família e a criança pelo caminho que vai do diagnóstico até a cura”, pontua a médica, que é coordenadora do Grupo de Estudos de Leucemia Mielóide Aguda Infantil da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica e do Protocolo Brasileiro para tratamento de Leucemia Mieloide (Sobope) aguda em crianças e adolescentes e professora de Hematologia  do Curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Tratamento

A quimioterapia é o tratamento-padrão para as leucemias infantis, explica Ana Luiza, que atende no Centro de Oncologia do Paraná (COP), onde Matheus faz o acompanhamento.

“A quimioterapia é administrada por via oral, intravenosa, intramuscular ou intratecal, quando o remédio é injetado no líquido cefalorraquidiano. A medicação, ou combinação de drogas, cai na corrente sanguínea e atinge todas as áreas do corpo".

Segundo a médica, para algumas crianças com leucemias de alto risco, a quimioterapia em altas doses pode ser administrada junto com o transplante de medula óssea. Outros tipos de tratamentos, como cirurgia, radioterapia, terapia-alvo, imunoterapia, quimioterapia de alta dose e transplante de células-tronco são utilizados em circunstâncias especiais.

Além da parte física, o tratamento psicológico é fundamental para cuidar da parte emocional da criança e da família. Entender como será o tratamento, de forma lúdica, contribui para a evolução e reflete na recuperação, como explica a psicóloga Michelle Servelhere, do Centro de Oncologia do Paraná:

“As atividades lúdicas servem como um grande facilitador de aproximação da criança com seu cotidiano. Para a criança que está passando pelo tratamento, é muito importante o brincar, o lúdico. A brincadeira é um meio utilizado para aproximar a criança com a sua vida normal. Ela faz essa essa reintegração, ela vai restabelecendo a sua condição de ser criança e descobre também a si mesma. Alguns estudos também apontam o brincar como um recurso para estimular as principais funções cognitivas. Os resultados promovem melhora no humor, reduz a ansiedade, o choro e também melhora o enfrentamento da doença”.

Os pais também precisam devem ter acompanhamento psicológico, indica a profissional. “Os pais com certeza precisam buscar um acompanhamento e um suporte psicológico, não tem como fugir disso. Cada um trabalhando na sua terapia, não é em casal, não é trabalhar os pais como casal, e sim cada um na terapia individualmente”.

Para os pais que estão passando por esta fase, com filhos em tratamento contra o câncer, a Gislaine, mãe do Matheus, tem um conselho. “Aos pais que estão passando pelo mundo da oncologia, eu não sei o motivo pelo qual passamos por isso, mas sei que fomos especialmente escolhidos para cuidar dos nossos pequenos guerreiros, e podemos aprender muito com o mundo da oncologia, principalmente a viver a vida como ela deve ser vivida, com muito amor e intensidade. Tenham fé porque é no impossível que os milagres acontecem”.

O carinho da equipe médica também fundamental, acredita a oncologista Ana Luiza. “Tem uma frase que gosto muito que é sobre o dever do médico: ‘Curar às vezes, aliviar muito frequentemente e confortar sempre’ [Oliver Holmes]. Ao escolhermos a medicina como profissão, devemos saber de antemão ser esta uma área onde há necessidade de grande comprometimento e responsabilidade, pois o nosso principal instrumento de trabalho é o ser humano, a vida”.

E a vida do Matheus foi tão bem acolhida pela médica que o Matheus vai fazer parte de um momento importante da vida da Ana Luiza.  Ela vai se casar em abril e Matheus vai ser o pajem. Livia, outra paciente curada, vai ser a dama de honra. “É muito amor de ambas as partes", frisou a oncologista.

Vida após o tratamento

Periodicamente devem ser feitas reavaliações através de exames e consultas, por no mínimo cinco anos após o último dia de tratamento. “Isso porque consideramos uma criança curada, quando ela completa cinco anos do último dia do seu tratamento. Pode ser que algum órgão tenha sido afetado pelo tratamento e essa criança tenha alguma sequela, nesses casos, muitas vezes é necessária reabilitação, medicamentos de uso contínuo e cuidados especiais.

Os cuidados psíquicos também continuam, lembra a psicóloga Michelle Servelhere Gizzi.

“Essa criança vai ficar com sequelas cognitivas da quimioterapia, então é muito importante que essa criança tenha um acompanhamento neuropsicológico através de testes, justamente para que se possa aferir quais foram as deficiências e as sequelas cognitivas. No período escolar, é importante uma assistência integral e também o monitoramento do seu desenvolvimento escolar, justamente para que essas dificuldades possam ser minimizadas e a criança não sinta tanto o impacto”, enfatizou a especialista.

Taxa de sobrevida

A taxa de sobrevida é utilizada pelos médicos como uma forma padrão para discutir o prognóstico de um paciente com câncer. A taxa de sobrevida em cinco anos se refere à porcentagem de crianças que vivem pelo menos cinco anos após o diagnóstico da doença. Entretanto, muitas crianças vivem muito mais tempo do que cinco anos e muitas são curadas definitivamente.

“As taxas de sobrevida são, muitas vezes baseadas em resultados anteriores de um grande número de crianças que tiveram a doença, não sendo possível prever o que vai acontecer com cada criança individualmente. Conhecer o tipo de leucemia é importante na estimativa do prognóstico de cada criança. Muitos outros fatores podem afetar o prognóstico de uma criança, como idade, localização do tumor e como a doença está respondendo ao tratamento”, observou a oncologista.

Genética e leucemia

Certas doenças hereditárias podem aumentar o risco de leucemia, mas a maioria dos casos de leucemia em crianças não parece ser causada por mutações hereditárias. “Geralmente, as alterações do DNA relacionadas com a leucemia se desenvolvem após o nascimento, finalizou a médica.

Visando a aumentar as chances de cura da leucemia linfoide aguda (LLA), o câncer mais frequente em crianças, médicos oncologistas e pesquisadores da área se reuniram para criar um novo protocolo de tratamento da doença na rede pública brasileira. Enquanto em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, as taxas de sobrevida da LLA superam 90%, o indicador está perto de 70% já há algumas décadas no País.

Em parte, especialistas atribuem o cenário à demora no diagnóstico, mas entendem que a falta de padronização nos tratamentos oferecidos também tem sido decisiva.

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Para atacar esse problema, o novo protocolo de tratamento começou a ser formulado em 2019 pelo Grupo Brasileiro para Tratamento da Leucemia Linfoide Aguda (GBTLI), com discussões na Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope).

Concluído neste ano, o documento foi criado para definir classificações do nível de gravidade da LLA e para indicar intervalos entre exames e medicamentos para tratar quadros clínicos distintos. Em casos complexos, os médicos preveem inclusive discutir os tratamentos por videoconferência.

Câncer infantil

Pesquisas acadêmicas indicam que as leucemias linfoides agudas representam 26,8% dos cânceres infantis e 78,6% dos casos de leucemia no mundo. Dois terços dos doentes são meninos.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Enquanto isso, os óbitos por leucemia no Brasil representaram 3,1% do total de mortes por câncer em 2017, sendo o oitavo tipo em mortalidade.

Nos EUA, pesquisa da Sociedade Americana de Câncer mostra que a taxa de sobrevida pediátrica para LLA em 5 anos, considerando pacientes de até 19 anos, passou de 57% (no período de 1975-1979) para 90% (de 2003-2009).

Outros países de alta renda, como Canadá, Reino Unido, Alemanha, Suíça e Holanda, também possuíam taxa de sobrevida de LLA em crianças superior a 90% entre 2010 e 2014.

Por outro lado, há uma lacuna em relação a estudos de base populacional sobre a leucemia em crianças no Brasil, e poucos trabalhos dão ênfase, de maneira específica, aos indicadores epidemiológicos da doença. Ainda assim, os levantamentos existentes apontam que o tratamento da LLA vive uma espécie de "platô" no Brasil - não superando a marca de 70% de sobrevida em crianças.

"Ainda não temos um tratamento uniforme para que todas as crianças sejam tratadas da mesma maneira, e isso é um enorme diferencial quando pensamos nos países desenvolvidos ou mesmo em países como Argentina e Chile, onde todos os pacientes seguem o mesmo protocolo terapêutico", explica a médica Maria Lucia Lee, coordenadora do Serviço de Hematologia Pediátrica do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo e do grupo que trabalha o novo protocolo para tratar a LLA no País.

Segundo os médicos envolvidos, o projeto tentará substituir uma série de diretrizes difusas ou obsoletas que tornam o tratamento da LLA fragmentado no País. Isso, acreditam, tem potencial de melhorar as chances de cura.

O protocolo, que já foi aprovado pelo Comitê de Ética Médica, inclui nas diretrizes medicamentos incorporados no tratamento prestado pelos centros que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados serão acompanhados ao longo dos próximos meses.

Tratamento

Moradora de Santana, no Amapá, a jovem Fabricia Pantoja, hoje com 17 anos, começou a passar mal com vômito e diarreia no fim de 2017. Depois, teve febre, fraqueza e dor intensa na perna direita, onde apareceram manchas roxas. "Não demos a devida atenção, só que no dia 29 de abril eu desmaiei, e meus pais me levaram ao hospital", relembra ela, que foi transferida para Macapá e, depois, encaminhada para Belém do Pará.

"Lá, fiz os exames e a suspeita se confirmou, e eu já estava com 50% da medula contaminada pela doença", conta Fabricia. A partir do diagnóstico, ela iniciou o tratamento com quimioterapia no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo e, como a doença já estava um pouco avançada, teve de receber quimioterapia pesada.

Como consequência, ela teve mucosite grave, ficando com a boca toda ferida e queda do cabelo, o que ela considera ter sido um dos momentos mais difíceis de todo o tratamento.

Chegou também a não sentir a mão esquerda por um tempo, o que acabou sendo uma consequência da intensidade do tratamento. "Fiquei três anos fazendo quimioterapia, até que em maio de 2021 fiz a minha última quimioterapia e recebi a melhor notícia da minha vida: estou fora de tratamento", comemora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ator Keanu Reeves descolou uma bolada para voltar ao personagem Neo em ‘The Matrix Resurrections’. No entanto, boa parte do cachê milionário não ficou na conta pessoal do artista. Reeves doou cerca de 70% do valor para o financiamento de pesquisas que buscam uma cura para a leucemia.

De acordo com a revista Variety, Keanu teria recebido entre US$ 12 e US$ 14 milhões (entre R$ 68,5 milhões e R$ 79 milhões na atual cotação do dólar) pela sequência de Matrix. Já o Daily Mail revelou que 70% do valor teriam sido revertidos para pesquisas voltadas ao câncer de sangue, a leucemia. 

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Keanu tem uma relação pessoal com a leucemia. Sua irmã Kim passou cerca de uma década lutando contra a doença. De acordo com a imprensa internacional, o ator teria gasto 5 milhões de dólares em tratamentos para o câncer sanguíneo da irmã. Ele também fundou  uma organização que ajuda no combate da doença. 

O adolescente Matheus Farias, de 16 anos, foi morto a tiros na noite da quarta-feira (24), um dia antes de realizar o transplante de medula óssea para o próprio pai. Segundo a irmã da vítima, o jovem foi morto por engano. As informações são do Uol.

O caso ocorreu no município de Almirante Tamandaré, no Paraná. A irmã de Matheus, Grazielle Luz, relatou que ele foi confundido com outro irmão, que tem passagens pela polícia.

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"Ele tinha saído para comprar bolacha para a minha sobrinha e foi morto por engano, já que acharam que era o nosso outro irmão, de 23 anos. Matheus nunca mexeu com algo errado", contou Grazielle.

O pai de Matheus está internado há cerca de três meses com leucemia. O procedimento de transplante estava marcado para esta quinta-feira (25).

O jovem foi baleado perto de casa por suspeitos em um carro. Até o momento os criminosos não foram localizados. A Polícia Civil do Paraná informou que está investigando o caso.

Trista Parson, natural da Virgínia (EUA), foi a heroína da família do consultor comercial André Tôrres, cearense de Maranguape, na grande Fortaleza. Eles vivem a aproximadamente 6.100 quilômetros de distância e jamais imaginariam se aproximar por um episódio tão particular, que salvou a vida de um deles.

É que em junho de 2018 André foi diagnosticado com leucemia aguda indiferenciada - quando não é possível identificar o tipo da doença. Foi descoberta ainda uma mutação genética, a cromossomo Philadelphia. "Comecei a sentir pequenas dores de cabeça durante o dia, e na piora de uma dessas dores, vi o meu chão se abrir. Era a leucemia", recorda Torres.

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O tratamento para leucemia se dá por meio de quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e, por fim, o transplante de medula óssea. Tôrres se viu diante de mais uma batalha, a de encontrar uma medula nova e compatível. E foi após uma foto de seu filho Davi, na época com apenas um ano, viralizar na internet que surgiu o projeto Caçadores de Medula.

"Tenho dois irmãos e achava que meu problema seria resolvido dentro de casa. Mas meus irmãos não foram compatíveis o suficiente. Começamos uma verdadeira caçada para encontrar um doador", conta Torres.

Durante uma campanha de doação de sangue que ocorria na cidade, a mulher de André fez a foto de Davi carregando uma plaquinha que dizia "caçador de medula". Em uma outra placa, pendurada na sua moto de brinquedo, Davi pedia: "Procuro uma medula para o meu papai e conto com você". A foto sensibilizou muita gente.

"Eu estava internado quando a recebi e me emocionei. Meu filho, sem saber, lutava para salvar a vida do pai. Eu não era mais o herói dele. Naquele momento, ele se tornou o meu herói", diz o consultor comercial.

Ainda no hospital, André também iniciou uma campanha de incentivo pelo cadastro para doação de medula. "Levamos a campanha para a internet e estamos com o 'Caçadores de Medula' até hoje. É o meu propósito", declara Tôrres. O perfil no Instagram tem mais de 17 mil seguidores. Na página, Tôrres compartilha histórias bem sucedidas sobre doações, além de quebrar preconceitos e receios sobre o transplante.

Foi por meio do Redome, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, que ele encontrou a medula certa, cinco meses após descobrir a doença. O Redome, coordenado pelo Instituto Nacional do Câncer, é o terceiro maior banco de cadastros do tipo no País e representa, para pacientes brasileiros, a maior chance de encontrar um doador que não seja da família. A instituição se comunica com órgãos de outros países para encontrar um doador compatível.

"Somente um ano e meio após o transplante o paciente pode pedir ao Redome a quebra de sigilo da identidade do dador e vice-versa, mas as duas partes precisam estar de acordo", explica Tôrres. Foi então que ele e Trista se conheceram por videochamada. "Eu ganhei na loteria de vida", vibra.

Duas loterias. Se encontrar um doador compatível é acertar na loteria, a publicitária Duda Dornela de 31 anos, ganhou o prêmio duas vezes. Ela, de Belo Horizonte, descobriu que tinha leucemia mieloide crônica em janeiro de 2015, quatro meses antes de se casar. "Foi um baque", relata ela. "Será que vou morrer? Será que vou casar careca? Ou nem vou casar?"

Começou o tratamento com quimioterapia oral e respondeu bem à medicação. Casou como sempre sonhou, de cabelão. Mas, na volta da lua de mel, teve recaída. Os médicos decidiram, então, pelo transplante de medula. O doador foi o Thiago, de São José do Rio Preto (SP), e os dois também se conheceram.

"Ele tem a mesma idade do meu irmão, que não pôde me ajudar, porque não era compatível. Eu ganhei uma medula nova e mais um irmão", comemora. No Instagram, a publicitária também criou o perfil Valorizar a Vida, com mais de 5,1 mil seguidores, em que tira dúvidas e fala sobre a importância da doação.

Já Amanda Oliveira, do Rio, descobriu a doença seis meses após o casamento, quando começou a sentir dores entre os seios. O diagnóstico não foi fácil. Apenas um ano e meio depois ela descobriu que todos os problemas de saúde estavam sendo causados por uma infecção na medula óssea. Após refazer os exames, descobriu metástase no pulmão. A suspeita era de tuberculose óssea.

"A batalha foi grande até descobrir o câncer, mas eu estava tão saturada que só queria descobrir o que eu tinha. Os médicos disseram que eu poderia ficar infértil, que ia perder meu cabelo. Passei por mais de um protocolo de quimioterapia. Foram cinco meses internada, sem saber o que iria acontecer", conta.

Em dezembro de 2018, Amanda fez o transplante, mas em um mês e meio o câncer voltou em outros órgãos e ela precisou de novo transplante. No Redome, encontraram um doador 100% compatível, mas o contato não foi em frente. O pai de Amanda era 50% compatível, mas estava com um problema no fígado que impossibilitou a doação. O doador de Amanda estava na Inglaterra. "O dia do transplante foi muito emocionante. Fiz uma cartinha para ele. Depois de dois anos, pedi a quebra de sigilo, ele aceitou me conhecer e pude ler a cartinha pra ele", conta, emocionada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Susana Vieira, que está no auge dos seus 78 anos de idade, relembrou em uma live no Instagram o momento em que descobriu a leucemia e revelou que vira e mexe tem que ir ao hospital porque tem algumas recaídas. "A primeira pergunta que eu fiz [depois que soube do diagnóstico da leucemia] foi: se eu ia morrer e quando? Aí o médico falou assim: não, você não morrer disso. Quando comecei a fazer quimioterapia, eu perguntei se eu ia ficar careca, porque eu sou muito vaidosa e fútil, porque eu queria saber se ia ficar careca. Então, quando o médico falou que eu não ia morrer disso, eu esqueci e continuei levando a vida normal. Vira e mexe eu dou uma recaída. Aí vou para o hospital, faço quimioterapia", contou.

A atriz ainda revelou que encara sempre o tratamento com muito bom humor e que quando precisa ir ao hospital, vai acompanhada de sua cunhada, Ketryn Goetten, ou de algumas outras amigas que a deixam super alto astral e divertem durante as sessões. "Faço sempre rindo porque eu levo uma pessoa agradável comigo e elas me fazem rir na quimioterapia", comentou.

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Drica Moraes deu um comovente relato sobre a relação que construiu com o doador de medula que lhe salvou a vida, durante entrevista no programa Conversa com Bial. A atriz contou que Adilson, um eletricista de Presidente Prudente, virou um novo “irmão” para ela e que os dois tornaram-se muito próximos após se conhecerem. 

Drica foi diagnosticada com Leucemia ao completar 40 anos. Ela precisou fazer um longo tratamento e apenas o transplante de medula poderia curá-la. Não foi encontrado doador compatível em nenhum de seus irmãos até que a doação de Adilson surgiu e a atriz foi transplantada com sucesso. Cinco anos após a cirurgia, os dois puderam se conhecer. 

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Emocionada, Drica contou que o primeiro contato entre os dois foi através do telefone. No dia seguinte, ela viajou para Presidente Prudente para conhecer o doador pessoalmente. “Eu o abracei e chorei muito. Adílson estava acompanhado da filha e me levou para conhecer a família dele. Entramos no Chevette e fomos conversando pela estrada rodeada de mato. Foi uma coisa tão incrível”.

A atriz também revelou que, após o primeiro encontro, ela e Adilson desenvolveram uma relação de muita proximidade. Drica disse que hoje, 11 anos após o transplante, fala com seu doador diariamente e que o homem acabou se tornando um membro da família. “Eu amo o Adílson em um grau. A gente se fala todos os dias e ele acabou se tornando o meu 8º irmão”. 

O americano Timothy Ray Brown, conhecido como o "paciente de Berlim", que em 2008 se tornou a primeira pessoa a ser curada do HIV, faleceu aos 54 anos, vítima de câncer, anunciou nesta quarta-feira (30) a Sociedade Internacional de AIDS (IAS).

"Nos últimos seis meses, Timothy viveu uma recaída da leucemia, que afetou sobretudo o cérebro, mas permaneceu protegido do vírus HIV", destacou a IAS em um comunicado.

Seu companheiro havia anunciado na semana passada que Timothy estava em fase terminal. "Timothy não está morrendo de HIV, só para ficar claro", disse Tim Hoeffgen ao blog do escritor e ativista Mark King.

Ray Brown escreveu uma página da história médica da aids. Em 1995, quando morava em Berlim, ele soube que havia sido contaminado com o vírus HIV. Em 2006 foi diagnosticado com leucemia.

Para tratar a leucemia, seu médico da Universidade Livre de Berlim usou um transplante de células-tronco de um doador que tinha uma mutação genética rara que lhe deu uma resistência natural ao HIV, na esperança de curar as duas doenças.

Foram necessários dois procedimentos dolorosos e de alto risco, mas o resultado foi um sucesso: em 2008, Brown foi declarado livre da aids e do câncer.

Quando o marco médico foi anunciado, ele foi apresentado como o "paciente de Berlim" em uma conferência médica para preservar seu anonimato. Dois anos mais tarde, Timothy decidiu quebrar o silêncio e se tornar uma figura pública, concedendo entrevistas e participando em conferências.

"Sou a prova viva de que pode haver cura para a aids", disse à AFP em 2012. Desde então, apenas outra cura, em março de 2019, foi anunciada graças ao mesmo método: o "paciente de Londres", que também acabou revelando sua identidade, Adam Castillejo.

A complexidade e os riscos associados ao tratamento com o transplante de células-tronco impedem a generalização, sobretudo porque os antirretrovirais permitem em geral que o paciente tenha uma vida normal com o HIV.

Ao privar os alunos do espaço físico da escola e do convívio em sala de aula com colegas e professores, a Covid-19 impôs desafios a todos os estudantes, sem exceção, mas não de maneira igualitária: para alguns deles, as dificuldades são ainda maiores devido a algumas particularidades. É o caso, por exemplo, de crianças que enfrentam doenças graves como o câncer e precisam lidar tanto com os desafios do ensino remoto quanto com o tratamento da doença. 

Há iniciativas que podem amenizar as dificuldades de alunos hospitalizados, como a do Centro Infantil Boldrini, em Campinas-SP, especializado em câncer infantil e doenças hematológicas, que preparou espaços para que as crianças possam ter aulas on-line enquanto esperam por tratamento ou exames.

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“Lá eles contam com mesa, cadeira, material, para poderem se conectar à sua escola e assistirem às aulas. Sempre há um profissional da pedagogia também dando um suporte. Normalmente, as crianças vinham fazer tarefas e ter um reforço aqui, mas agora, com a realidade da pandemia, elas trazem o computador ou celular e criamos mesmo o espaço da sala de aula”, disse a coordenadora de pedagogia do hospital, Luciana Mello. 

Giovanna de Morais Moretti, de nove anos, está no quarto ano e usa o espaço pedagógico para assistir aulas enquanto aguarda para fazer seus exames e tratamento para leucemia, que enfrenta há cerca de 3 meses. Sua mãe, Maria Daiane Morais Moretti, conta que logo que começaram as aulas virtuais a menina escolheu não assistir. 

“No início, ela se afastou da escola. Ficou quase dois meses sem aula. Quando começaram as aulas on-line, ela optou por não participar. Ela estava em um processo de aceitação, tinha raspado a cabeça, tinha muito receio do que os amiguinhos iriam falar. Com o tempo, há umas duas semanas, a professora e os amigos de sala fizeram um vídeo para ela, dizendo que estavam com saudades. Esse receio de não ser bem recebida passou e em poucos dias, ela me pediu para conectar e participar da aula. Foi tudo no tempo dela, quando ela se sentiu preparada e isso foi muito importante”, contou a mãe.

Maria, que é bancária, rekata que o apoio das pedagogas e o espaço preparado para as aulas foram muito importantes para sua filha nesse momento. “Eles souberam entender as necessidades da Giovanna no começo de não querer participar, agora entendem quando ela sai da aula ao vivo para a consulta e a professora até se dispôs a ficar mais tempo com ela após as lives para ensinar o conteúdo que ela perdeu nesses primeiros meses”, disse.

A pequena Giovanna, que antes se sentia insegura de interagir com seus colegas, é uma menina estudiosa e se sente feliz de voltar a ter aulas. “Meus amigos foram muito legais comigo. Sou sempre a primeira a acabar as lições. Minha matéria favorita é ciências e quero ser veterinária quando crescer”, explicou ela, animada. 

*Com informações da assessoria de imprensa

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Royana Black, atriz da Broadway, morreu aos 47 anos de idade no dia 14 de julho. Segundo informações da People, ela perdeu a batalha contra o câncer - uma leucemia mieloide aguda - e sua morte foi muito repentina.

Em seu obituário, a família escreveu o seguinte: "Royana tinha um sorriso e uma risada contagiantes que podiam iluminar até os dias mais sombrios. Ela era uma pessoa bonita por dentro e por fora. Ela era realmente um anjo na terra".

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Ao dez anos de idade, a atriz fez sua estreia na Broadway na peça Brighton Beach Memoirs, de Neil Simon. Royana ainda atuou na série de TV Raising Miranda, além de ter feito uma participação no The Cosby Show.

Ela deixa o marido, John Paul Hubbell, sua mãe e um irmão.

A equipe belga do Cercle Brugge renovou o contrato do goleiro Miguel van Damme, que pela terceira vez foi diagnosticado com leucemia. O jogador está no clube desde 2013 e recebeu com alegria a notícia de renovação. 

Em um vídeo divulgado pelo clube nas redes sociais, o atleta afirmou que está feliz em se sentir "jogador de futebol novamente". “O Cercle é Miguel e Miguel é o Cercle: nossa recuperação esportiva e o "continue acreditando" foram mais do que nunca os símbolos da situação do Cercle e Miguel nos últimos meses", disse Vincent Goemaere, presidente da equipe.

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O atleta descobriu a doença em 2016 e desde então já a tratou duas vezes. Em 2019, a doença retornou pela terceira vez, afastando o goleiro das atividades. Ele não jogou nenhuma partida em 2020, mas, mesmo assim, seu contrato foi renovado.

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Na última terça-feira (10), ocorreu no Hospital Ophir Loyola, em Belém, o lançamento do livro “Minha História”, de Jerllyson de Paula. O livro narra a luta do autor contra a leucemia, e tem a intenção de inspirar e dar força para as pessoas que se encontram em uma situação como a que ele viveu. 

Jerllyson começou a tratar da doença quando tinha 8 anos, no Hospital Ophir Loyola. Hoje com 15 anos, o jovem continua em tratamento no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo.

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Jerllyson disse que decidiu escrever o livro para ajudar amigos que estão em tratamento a não desistir. “Eu tava na minha casa vendo TV, surgiu essa ideia do nada na cabeça. Eu pensei: ‘Ah, vou fazer um livro’”, relatou.

A gerente de qualidade do Hospital Oncológico Infantil, Viviane Lesses, falou como a ideia de Jerllyson se tornou realidade. “A história do livro do Jerllyson de Paula chegou até o hospital através da mãe. E o hospital tendo um projeto muito importante, que é o projeto Fada Madrinha, entendeu que era uma ação que  poderia ser trabalhada”, disse.

Fada Madrinha é um projeto do Hospital Oncológico Infantil que busca realizar sonhos e atender pedidos especiais dos pacientes. Conta com o apoio voluntário de pessoas para serem madrinha ou padrinho do paciente. “Em relação ao livro do Jerllyson, a gente identificou que era possível. Contatamos um voluntário nosso, um cartunista que é o Rosinaldo, da Turma do Açaí, que prontamente atendeu. Realizamos várias reuniões com o cartunista, o Jerllyson, a família. Esse livro começou a ser desenvolvido ainda no ano passado. Então foram muitos meses de trabalho até que agora, no início do ano, a gente conseguiu realmente fechar todo o conteúdo do livro”, disse Viviane sobre o processo de produção do livro.

“Nós precisamos também de gráficas voluntárias para imprimir os exemplares ou pessoas que quisessem contribuir com a impressão desses exemplares que a gente também conseguiu. Contamos com lojas, como a Saraiva e Leitura, que foram as primeiras a abrirem as portas para que a gente pudesse fazer os primeiros lançamentos. Foi um sucesso, fizemos lançamento em outros lugares, aqui no hospital para os colaboradores”, disse a gerente.

Viviane falou também sobre a importância do projeto Fada Madrinha e do livro de Jerllyson para a equipe do hospital e para outras pessoas. “Para o hospital, esse projeto Fada Madrinha é muito importante. O livro do Jerllyson fala muito de fé e esperança, ele é muito inspirador, não só para os nossos colaboradores, mas também para as outras crianças que estão aqui em tratamento. Esperamos que esse livro chegue a diversas pessoas, para que elas nunca percam a fé e acreditem que é possível vencer o câncer", afirmou Viviane.

“Nós estamos muito felizes, a gente percebe a felicidade do Jerllyson também nesse momento, que ele está fazendo as sessões de autógrafos. Isso está sendo importante para ele. A gente quer que outras crianças também consigam enfrentar a doença dessa forma”, complementou.

O livro também está disponível para download no site pró-saúde, para que as pessoas que não puderem adquirir fisicamente.

Por Yasmin Seraphico.

 

 

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