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O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quer reunir os líderes partidários nos primeiros dias de janeiro para discutir a tramitação da medida provisória (MP) que instituiu uma reoneração gradual da folha de pagamentos. Em nota emitida na sexta-feira (29) à noite, Pacheco disse ter recebido com “estranheza” a MP que revogou a prorrogação da desoneração da folha para 17 setores da economia.

“Farei uma análise apurada do teor da medida provisória com o assessoramento da consultoria legislativa do Senado Federal. Para além da estranheza sobre a desconstituição da decisão recente do Congresso Nacional sobre o tema, há a necessidade da análise técnica sobre os aspectos de constitucionalidade da MP”, afirmou Pacheco.

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Publicada na sexta-feira no Diário Oficial da União, a MP derrubou a prorrogação, até 2027, da desoneração da folha para 17 setores da economia intensivos em mão de obra, instituída pelo Congresso após derrubada de veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além de estabelecer uma reoneração parcial, a MP limitou o uso de compensações tributárias (descontos em impostos a pagar) por empresas e instituiu a revisão do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado em 2021 para ajudar empresas afetadas pela pandemia de Covid-19.

Uma eventual devolução da MP ao Palácio do Planalto dependerá do resultado da reunião de líderes, tanto da Câmara como do Senado.

“Há também um contexto de reação política à sua edição que deve ser considerado, de modo que também será importante reunir os líderes das duas Casas para ouvi-los, o que pretendo fazer nos primeiros dias de janeiro. Somente depois de cumprir essas etapas é que posso decidir sobre a sua tramitação no Congresso Nacional ou não”, acrescentou Pacheco na nota.

Na própria sexta-feira, a Frente Parlamentar do Empreendedorismo enviou um ofício a Pacheco em que pede a devolução da MP. Apesar de ter validade imediata, alguns pontos da MP, que preveem o aumento gradual das contribuições para a Previdência Social, só entrarão em vigor em abril. Isso ocorre por causa da regra da noventena, que estabelece prazo de 90 dias após a edição de uma MP ou sanção de projeto de lei, para o aumento de contribuições entrar em vigor.

Haddad

Ao anunciar as medidas, na última quinta-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, repetiu que a desoneração da folha aprovada pelo Congresso é inconstitucional. Segundo o ministro, a prorrogação, sem nenhuma medida de compensação, contraria a emenda constitucional da reforma da Previdência, que estabeleceu que o governo não poderia aprovar medidas que aumentem o déficit da Previdência Social.

 

Na última sessão do ano da Câmara dos Deputados, na noite de quinta-feira (21), líderes da bancada governista e da oposição fizeram um balanço do ano legislativo. 

Líder da federação PT-PCdoB-PV, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) considerou histórica a aprovação da reforma tributária. A avaliação dele do ano legislativo foi positiva: “Não é pouca coisa o que nós fizemos no Congresso Nacional, o que nossa ação política proporcionou ao País”, disse. 

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“Desde o ano passado, com a aprovação da PEC da Transição, que está garantindo a retomada do crescimento da economia, o Brasil volta a ser uma das maiores economias do mundo", avaliou.

"Desde a PEC da Transição, que destruiu o famigerado teto de gastos e que hoje permite o Brasil ampliar investimentos na educação, na saúde, na área social, o país está, de novo, batendo recordes: de emprego, de retomada do reajuste do salário, de valorização das nossas empresas na Bolsa de Valores, de redução de inflação", listou Zeca Dirceu.

Projetos aprovados
Vice líder do PT, o deputado Alencar Santana (PT-SP) elencou alguns projetos aprovados que, na visão dele, representam a reconstrução de políticas públicas revogadas no governo anterior, como a proposta do Programa Minha Casa Minha Vida e o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). 

“Aprovamos ainda o Mais Médicos, que também foi extinto pelo governo anterior. O Bolsa Família foi totalmente reorganizado, garantindo, por exemplo, complemento para famílias que tenham crianças até 6 anos de idade”, acrescentou. 

Além disso, Santana citou a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos, o Programa Desenrola, de incentivo às pessoas a regularizarem seus débitos, e a reorganização dos ministérios. “O governo voltou a ter ministérios importantes que tinham sido extintos no governo anterior, como o Ministério da Cultura, o das Mulheres e o da Igualdade Racial”, listou.

Limites
Já o líder do PL, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), lamentou os ânimos acirrados e a falta de equilíbrio durante o ano legislativo. “No próximo ano, buscaremos ter o maior equilíbrio possível. Lamentamos os fatos que aconteceram neste ano aqui”, afirmou.

Côrtes ressaltou que todos podem divergir de opinião, mas não podem ultrapassar os limites. "Todos têm o direito de exercer o mandato, de ter opiniões divergentes, mas não podemos passar de determinado limite. É isso que faz a política ser bonita. É isso que o PL vai tentar fazer.”

Fiscalização produtiva
Vice-líder do PL, a deputada Bia Kicis (PL-DF), primeira mulher presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, ressaltou a produtividade da comissão.

“Quero agradecer aos meus colegas de comissão pelo excelente ambiente de trabalho que nós construímos neste ano e por termos tido uma das Comissões de Fiscalização das mais produtivas dos últimos anos", comemorou. "Ouvimos mais de 12 ministros, inquirimos, questionamos, cobramos explicações, cobramos dados, trabalhamos juntos ao Tribunal de Contas da União”, destacou.

*Da Agência Câmara de Notícias

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa, na manhã desta sexta-feira (13), de videoconferência com ministros no Palácio da Alvorada, onde permanece em recuperação de cirurgias realizadas no final de setembro. A reunião remota teve início às 9h30, de acordo com a agenda, e conta com a participação dos ministros Rui Costa (Casa Civil), José Múcio (Defesa), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Secom), Celso Amorim (Assessor-Chefe da Assessoria Especial do presidente), Marco Aurélio Marcola (Chefe do Gabinete Pessoal do presidente) e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

A reunião desta sexta-feira é a quinta realizada com o grupo de ministros após o presidente ter se submetido a duas cirurgias - artroplastia de quadril e procedimento plástico nas pálpebras - no último dia 29. Lula despacha no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência, desde então.

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Na reunião da quinta-feira (12), Lula e o grupo de ministros trataram da situação das fortes chuvas em Santa Catarina, da seca e das queimadas que afetam o Amazonas e da repatriação de brasileiros em Israel.

Em razão das cirurgias, a equipe médica do presidente recomendou que o petista não recebesse visitas por duas semanas.

Diante disso, a previsão é que Lula volte a despachar presencialmente com os ministros na próxima semana. O chefe do Executivo costuma expressar sua preferência por conversas presenciais.

A presidenta nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, e a secretária Nacional de Organização do partido, Sonia Braga, se juntam a lideranças e militantes da legenda uma rodada de seminários no Recife, nesta sexta (22). No dia seguinte, a cúpula petista participa do evento de pré-candidatura do recém-filiado Elias Gomes.

Com as temáticas “Conjuntura Política e Desafios do PT em Pernambuco” e "O Governo Lula e as Mulheres no Brasil”, os debates serão realizados no Hotel Jangadeiro, na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul, a partir das 14h.

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No sábado (23), as lideranças do partido estarão na Faculdade Metropolitana, em Jaboatão dos Guararapes, para receber o ex-prefeito Elias Gomes. De olho em seu retorno à gestão do município nas eleições de 2024, Elias se filiou ao partido nesta quarta (20).

Os partidos com representação no Senado devem indicar nesta semana à Secretaria Geral da Mesa quem serão os novos líderes na Casa. Além das bancadas partidárias, têm direito a formar lideranças os blocos parlamentares, a Maioria, a Minoria, o Governo, a Oposição e a Bancada Feminina. 

A indicação dos líderes é feita no início da primeira e da terceira sessões legislativas de cada legislatura pela maioria de cada bancada. Os líderes têm atribuições específicas previstas no Regimento Interno do Senado. É competência deles, por exemplo, escolher quais senadores devem participar de cada uma das comissões da Casa.

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Entre outras atribuições, os líderes podem ainda:  • substituir a qualquer momento titular ou suplente de comissão;  • fazer uso da palavra uma vez por sessão;  • nas votações simbólicas, representar os liderados presentes;  • no processo nominal, votar em primeiro lugar e orientar as bancadas;  • propor ausência de parlamentar para representar o Senado ou desempenhar missão no Brasil ou no exterior;  • opinar sobre a escolha da lista sêxtupla para eleição dos membros do Conselho da República; e  • apresentar ou apoiar recurso ao Plenário contra questão de ordem decidida pelo presidente da Casa. 

Quem tem líder?

Embora todos as bancadas possam indicar líderes, as vantagens administrativas estabelecidas para os gabinetes das lideranças só valem para representações com pelo menos três senadores. Além dos líderes, os partidos podem indicar vice-líderes: um para cada grupo de três parlamentares.

Os partidos unidos em bloco parlamentar têm direito a um líder, indicado dentre os líderes das legendas que o compõem. Os líderes dos demais partidos que formam o bloco assumem as funções de vice-líderes. As lideranças que se coligarem em bloco perdem suas atribuições e prerrogativas regimentais.

Segundo o Regimento Interno, o presidente da República pode indicar um senador para exercer a função de líder do Governo. As representações ou blocos contrários ao presidente da República podem escolher o líder da Oposição. 

O líder da Maioria representa o bloco ou o partido com a maioria absoluta da Casa. Caso nenhum bloco alcance a maioria absoluta, assume a função de Maioria a representação que tiver o maior número de integrantes.

O líder da Minoria, por sua vez, é indicado pelo maior bloco ou representação que se oponha à Maioria. 

Uma resolução de 2021 prevê a constituição da liderança da Bancada Feminina. A indicação da líder e de uma vice-líder deve ser feita pelas parlamentares a cada seis meses, com revezamento entre as integrantes. 

*Da Agência Senado

A comitiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania que vai apurar a situação da crise humanitária que atinge o povo Yanomami chegou neste domingo (29) a Roraima.

A secretária executiva do ministério, Rita Oliveira, disse que a expectativa é conseguir fazer um diagnóstico das violações de direitos humanos que estão afetando a população indígena Yanomami. “É um trabalho bastante amplo de diagnóstico fazendo escuta pública da sociedade civil e das lideranças indígenas. E, a partir dessas informações, voltar em um segundo momento para implementar as ações emergenciais que estão sendo planejadas pelo ministério”, afirmou a secretária.

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Entre as atividades da comitiva, ela destacou o mapeamento de equipamentos públicos em que seja possível implementar políticas de direitos humanos para essa populações e o mapeamento de informações com relação a pessoas que precisam ser imediatamente incluídas no sistema de proteção do ministério. “Tudo isso articulado com o Centro Operacional de Emergência em Saúde que já está atuando na região”, afirmou

Amanhã (30), a comitiva chega, pela manhã, no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami onde ouvirá os líderes indígenas para conhecer as principais demandas. À tarde, haverá uma reunião na Casa Civil do Governo de Roraima para alinhamento de medidas em prol da comunidade indígena. Às 17h, está marcada uma reunião na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Roraima para ouvir as necessidades do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, dos conselhos municipais, e conselhos tutelares.

A comitiva é formada pela secretária executiva do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Rita Cristina de Oliveira; pelo secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves; pela secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Isadora Brandão Araújo e pelo Ouvidor Nacional de Direitos Humanos, Bruno Renato Nascimento Teixeira. 

O trabalho da comitiva em Roraima segue até o dia 2 de fevereiro.

Ao menos três líderes dos caminhoneiros disseram que os protestos em rodovias do País reúnem alguns motoristas apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) descontentes com o resultado das eleições, mas não refletem demandas da maior parte da categoria. Os protestos incluem manifestantes que não são caminhoneiros, segundo os líderes.

"Eu não vejo 100% da categoria. São pessoas que estão descontentes com o resultado das eleições. A gente está tentando levantar de onde está saindo o movimento", disse o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido com Chorão. Em relação às imagens que circulam em grupos de WhatsApp e redes sociais, que falam em intervenção militar para reverter o resultado do pleito, Chorão foi categórico: "Fico muito triste de muitas pessoas usarem o nome dos caminhoneiros. Não luto e nunca vou lutar contra a democracia do País. Minha linha é mais de pacificação, conversar, dialogar e unificar o País".

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O representante disse não acreditar na persistência dos protestos. "Os caminhoneiros têm que lutar pelo nosso segmento, pelo transporte. A diferença do presidente eleito em relação a Bolsonaro foi de 1 milhão e poucos votos. Não tem como falar que vai parar o País por política." Segundo Chorão, a categoria entregou as pautas do setor aos presidenciáveis e seguirá interlocução com o novo governo.

Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, também vê os protestos como pontuais. "Eu acredito que tenham o direito de protestar, só que eles têm que aceitar a democracia e não ficar travando a pista, porque está atrapalhando a vida de todo mundo. Assim como aceitamos a vitória do Bolsonaro em 2018, agora eles têm de aceitar a vitória do Lula".

"Se for uma paralisação para reivindicar algum direito da classe, a classe terá meu apoio. Se for uma paralisação política, para atrapalhar o governo do Lula, não terá o meu apoio. Acho que autoridades têm de tomar providências porque não pode cercear o direito de ir e vir das pessoas que estão na via. É assim que os bolsonaristas falavam quando a gente ia reivindicar alguma coisa contra o governo Bolsonaro.", ressalta Alves.

Plínio Dias, diretor-presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), disse que não há indício de paralisação ampla de caminhoneiros autônomos. "Vi alguns vídeos e são pessoas desconhecidas e acho que também nem são caminhoneiros", apontou.

A luta por igualdade racial no Brasil é um debate histórico. Presente em diversos âmbitos da sociedade, na política, parlamentares tentam viabilizar espaços dentro dos Três Poderes, nos quais possam ser debatidas pautas de interesse social — uma vez que o combate ao racismo deve ser um objetivo de toda a sociedade e não somente de pessoas negras ou não-brancas, diretamente afetadas por esse sistema. Apesar dos debates pela luta contra o racismo terem ganhado mais espaço ao longo dos anos, e de personalidades negras terem ocupado posições de destaque, a representatividade negra ainda é menor do que 20% no Congresso Nacional, e o número engloba ativistas raciais e não ativistas.

Neste Dia da Consciência Negra, o LeiaJá faz uma menção honrosa a algumas das presenças negras na política brasileira e que seguem na ativa por um debate mais justo no país da miscigenação e da “democracia racial”. Confira: 

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Paulo Paim

Senador da ala gaúcha do Partido dos Trabalhadores, foi eleito um dos 100 afrodescendentes mais influentes do mundo. O parlamentar foi agraciado com o Prêmio Most Influential People of African Descent (Mipad), realizado desde 2017 em Nova York com o apoio da ONU. O Mipad sempre ocorre após a abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas. O objetivo é homenagear artistas e cidadãos que se posicionam contra o racismo e lutam a favor do direito dos negros.  

Paim nasceu em Caxias do Sul (RS). Está no terceiro mandato de senador da República, tendo sido, também, quatro vezes deputado federal. Seu projeto mais recente foi aprovado em plenário do Senado há dois dias, na quinta-feira (18), e deve seguir para análise da Câmara dos Deputados. O PL 4.373/2020, relatado por Romário (PL-RJ), tipifica a injúria racial como crime de racismo no Brasil. 

Erika Hilton 

A paulista nascida em Franco da Rocha fez história ao ser eleita a primeira vereadora trans e negra em São Paulo, nas eleições municipais de novembro de 2020; e a mulher mais votada no Brasil naquelas eleições, com 50.508 votos. Em 24 de março, foi nomeada presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Vereadores de São Paulo, a maior cidade do Brasil. Sua militância começou ainda na adolescência. Em 2015, enfrentou na justiça uma empresa de transporte público que se recusava a aceitar seu nome social. A ação foi vitoriosa para a vereadora, que acumulou mais de 100.000 assinaturas a uma petição online pela sua causa e, assim, atraiu a atenção do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que a convidou a se juntar às suas listas de candidatos. Pouco depois, Erika criou um curso pré-vestibular na Universidade Federal de São Carlos para pessoas trans.

Benedita da Silva

Silva foi nascida e criada na favela da Praia do Pinto, no Rio de Janeiro. Com uma vida repleta de dificuldades, insistiu na carreira acadêmica e formou-se aos 40 anos de idade em Estudos Sociais e Serviço Social. Em 1982 tornou-se a primeira negra a ocupar uma cadeira na Câmara de Vereadores da Cidade do Rio de Janeiro. Foi eleita Deputada Federal por duas vezes. Em seu primeiro mandato, durante a reforma da Constituição do Brasil, ela garantiu às mulheres presidiárias o direito de permanecerem com os seus filhos durante a amamentação. 

Foi autora de 84 projetos de leis de grande importância para a população. Sua atuação ajudou a escrever a história recente do país. Foi também a primeira negra a chegar ao Senado Federal, o mais alto escalão do Poder Legislativo brasileiro. Disputou o Governo do Estado do Rio de Janeiro onde foi vice-governadora e desenvolveu todos os projetos sociais da gestão. Em 2010 foi eleita mais uma vez para Câmara Federal. 

Marina Silva

Na política desde a década de 80, a ativista ambiental Marina Silva, atualmente, faz parte da Rede Sustentabilidade, partido fundado por ela. É um rosto conhecido e respeitado da política, já tendo sido ministra e senadora, e também candidata à presidência da República. A última vez que disputou as presidenciais foi em 2018, mas a candidatura não foi muito longe. 

Aos 60 anos, Silva foi eleita para seu primeiro cargo público em 1988, quando se elegeu vereadora de Rio Branco pelo PT. De lá para cá, ela ocupou cargos de deputada estadual e senadora pelo Estado do Acre nos anos 90 e 2000, além de ter sido ministra do Meio Ambiente entre 2003 e 2008, sob o governo Lula. Após deixar o PT em 2009, Marina filiou-se ao Partido Verde (PV), passando depois pelo PSB — quando resolveu disputar a Presidência no lugar de Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em 2014. Após isso, fundou o Rede. Atualmente, a política já não é mais tão esperançosa sobre ocupar o assento presidencial, mas ainda tem consigo o sonho que tinha quando disputou o cargo pela primeira vez: ver uma mulher negra e de origem pobre ser presidenta do Brasil, fato ainda inédito na democracia brasileira. 

Robeyoncé 

A presença da co-deputada Robeyoncé Lima na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) é um marco histórico para o país. A psolista é a primeira mulher trans a fazer parte da casa legislativa e uma das únicas no Brasil inteiro a ocupar um cargo do tipo. Advogada, Robeyoncé o coletivo “Juntas”, que optou por uma candidatura compartilhada, tendo representantes de diferentes minorias sociais. Ela também foi a primeira advogada trans, negra e nordestina a conseguir o nome social na carteirinha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 

Subrepresentação ainda domina casas legislativas 

De todos os parlamentares no Congresso, apenas 17,8% são negros. Isso quer dizer que, entre os 594 deputados federais e senadores, 106 declararam ser da cor preta ou parda. O cenário não muda se as duas Casas forem analisadas separadamente. Na Câmara, dos 513 deputados em exercício, 89 são pretos. Em contrapartida, 344 são brancos. Os dados são da própria Câmara Federal. No Senado, a diferença é ainda mais evidente. A proporção de brancos é quase quatro vezes maior do que a de pretos — 64 para 17. Observados apenas os parlamentares que se elegeram no ano passado e se autodeclararam pretos, o número é ainda menor. Apenas três senadores negros foram eleitos em 2018. 

O cenário das duas Casas fica longe de representar a diversidade brasileira. Segundo dados do IBGE, mais da metade da população é de pretos e pardos — 9,3% e 46,5%, respectivamente. Já os brancos representam 43,1%. 

Candidaturas negras cresceram em 2020

Em 2020, pela primeira vez, os candidatos negros passaram a ser o maior grupo de postulantes a cargos eletivos no país desde que o TSE passou a coletar informações de raça, em 2014. Ao todo, 276 mil candidatos pretos ou pardos se registraram para concorrer no pleito, o equivalente a 49,9%.

Nas últimas eleições, em outubro de 2020, os negros aumentaram sua participação no comando das prefeituras e no número de cadeiras nas câmaras de vereadores, segundo dados do TSE. Dos mais de 5,4 mil prefeitos eleitos, aproximadamente 1,7 mil candidatos se declararam pretos ou pardos, o que corresponde a 32% do total. O número é superior a 2016, quando 29% dos candidatos eleitos eram negros segundo a classificação do IBGE.

Em encontro realizado em Vicência, na Mata Norte, neste sábado (6), pelo Movimento Levanta Pernambuco, que reúne lideranças do PSDB, PL, PSC e Cidadania, o ex-senador Armando Monteiro (PSDB) ressaltou que os problemas do Estado só serão resolvidos com quem tiver “a responsabilidade de introduzir Pernambuco em um novo tempo”.

Na reunião, Armando lembrou que a oposição está avançando. “Tá na hora de mudar e esta frente está aberta para incorporar novas lideranças. Este é um movimento que vai se ampliar a cada dia.”

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Armando fez essas declarações logo após realizar um diagnóstico dos problemas que a Zona da Mata enfrenta nos últimos anos: falta de água, infraestrutura rodoviária precária e desemprego. “Estou desde 2014 aqui no campo da oposição. Esse grupo do PSB não tem mais o que oferecer a Pernambuco. Além de posições muito cínicas do ponto de vista político, promove alianças ao sabor das conveniências eleitorais. Na verdade, eles pouco entregaram”, destacou Armando, diante da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) e do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), entre outros nomes da oposição.

“Por tudo isso, tá na hora de mudar. Nesse grupo político, vai surgir uma liderança que terá responsabilidade de introduzir Pernambuco nesse novo tempo que estamos querendo construir. Estamos nesse ciclo de encontros para ouvir, para aprender e para escutar”, enfatizou o ex-senador, aludindo aos encontros do Levanta Pernambuco, que percorrerão todo o Estado.

Por fim, Armando voltou a frisar que a Zona da Mata é credora de uma dívida histórica por parte do Governo do Estado. “Pernambuco tem uma dívida histórica com a Zona da Mata. A infraestrutura do Estado construída ao longo dos séculos extraindo a riqueza da Mata. Tá na hora de devolver à Zona da Mata o muito que ela deu ao Estado”, finalizou.

*Da assessoria

 

Vários partidos definiram suas novas lideranças no Senado para o biênio 2021-2022 e já discutem a partilha das 14 comissões permanentes da Casa. Os nomes dos presidentes e dos integrantes dos colegiados devem ser divulgados na próxima semana.

O senador Alessandro Vieira (SE), que assumiu a liderança do Cidadania, disse que o partido já apresentou sua lista de indicados às comissões.

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É o caso também do Democratas que, segundo o novo líder, senador Marcos Rogério (RO), vem discutindo a questão desde o processo que conduziu o senador Rodrigo Pacheco à Presidência da Casa.

— Já há muita conversa adiantada, mas ainda sem o anúncio. Isso porque uma ou outra comissão ainda precisa ser ajustada, mas está tudo bem adiantado. Nos próximos dias, teremos o anúncio de quais partidos ficam com quais comissões — declarou, em entrevista à Agência Senado.

Ex-líder do PDT, o senador Weverton (MA) informou que o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) foi o indicado para a presidência da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) neste biênio, e que o senador Cid Gomes (PDT-CE) será o líder da bancada.

Outras legendas que já indicaram seus novos líderes são: PL (senador Carlos Portinho, RJ); PT (senador Paulo Rocha, PA); PSD (senador Nelsinho Trad, MS); PP (senadora Daniella Ribeiro, PB), Podemos (senador Álvaro Dias, PR) e MDB (senador Eduardo Braga, AM). Estes três últimos foram reconduzidos.

Partidos como PSDB, Republicanos e Rede, bem como a liderança de Governo, ainda não anunciaram os novos nomes. De acordo com o secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira de Melo, isso deve acontecer nos próximos dias.

Liderança

Entre as atribuições do líder partidário, está, por exemplo, a indicação de colegas de bancada para compor as comissões do Senado, as CPIs e as comissões mistas que analisam medidas provisórias.

Os líderes também participam das reuniões com o presidente do Senado para a definição da pauta de votações do Plenário e têm direito a pedir fala, a qualquer momento, nas sessões.

O Senado tem representantes de 16 partidos. 

*Da Agência Senado

Nessa quinta-feira (29), o candidato João Campos (PSB) prometeu destinar, pelo menos, 50% dos cargos de liderança da Prefeitura do Recife para mulheres. O anúncio foi feito durante reunião do partido, que contou com discursos da cantora Fafá de Belém, e da namorada do prefeiturável, a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP).

"É ouvindo e ouvindo que vamos tornar o Recife referência na igualdade de gênero e suas oportunidades. Recife bom para as mulheres é Recife bom para todo mundo", publicou João ao destacar que a qualidade de vida das recifenses é uma das prioridades do seu plano de governo.

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Junto de ativistas feministas, a vice candidata Isabella de Roldão (PDT) acrescentou que "a força de um núcleo feminino é soberana e que nada será feito para nós sem a nossa participação". Em sua conta no Instagram, ela explicou a importância do acesso às mulheres na gestão pública. "Quando entendemos que o papel feminino na política é revolucionário, conseguimos galgar um caminho de transformação mas, principalmente, de poder", comentou.

O papa Francisco recebeu nesta quinta-feira (13), em audiência privada no Vaticano, o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro ocorreu por volta de 16h locais (12h em Brasília), na Casa Santa Marta, e foi intermediado pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, que tinha se reunido com o líder católico em 31 de janeiro.

Apesar do Vaticano não comentar a reunião, alegando que se trata de um evento informal e privado, Lula contou, pelo Twitter, que falou com Francisco sobre "um mundo mais justo e fraterno". Já segundo o Instituto Lula, que publicou duas fotos do encontro, o Papa e o ex-mandatário discutiram "soluções para as injustiças e desigualdades no mundo".

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Uma das imagens divulgadas mostra Francisco abençoando o petista com uma mão em sua testa. Após o encontro com Francisco, Lula visitou a sede da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), em Roma. "É uma grande emoção ter Lula hoje, aqui, conosco. A CISL e o mundo sindical ainda precisam muito dele. Este encontro nos dá coragem e força para seguir adiante na nossa atividade sindical", escreveu, no Twitter, a secretária-geral da CISL, Annmaria Furlan.

O petista se reuniu também com os líderes dos sindicatos CGIL e UIL, Maurizio Landini e Carmelo Barbagallo, respectivamente. "Eu não podia concluir minha visita à Itália sem encontrar as grandes centrais sindicais que, por muitos anos, me apoiaram e ajudaram minha atividade sindical. A luta segue adiante", comentou o petista.

Ao longo do dia, Lula ainda conversou com expoentes políticos italianos e membros do atual governo, como o ministro da Saúde, Roberto Speranza, o ex-primeiro-ministro Massimo d'Alema e o secretário do Partido Democrático (PD), Nicola Zingaretti.

"Belíssimo encontro com Lula. A sua luta pela liberdade e democracia no Brasil é a nossa luta", escreveu o movimento político Articolo Uno nas redes sociais, com fotos de Lula ao lado de d'Alema e Speranza.

"Olhas nos olhos de cada pessoa. Enfrentar os problemas sem medo, sem atalhos da extrema-direita, que indica os inimigos e depois derruba a economia", exaltou, por sua vez, Zingaretti.

"Belíssima conversa com Lula, um protagonista extraordinário das batalhas contra a desigualdade", ressaltou. "Foi um prazer poder abraçar novamente o amigo Lula, que está em Roma para um encontro com o papa Francisco. Há cerca de dois anos, eu fui encontra-lo na prisão, em Curitiba. Revê-lo em liberdade foi uma grande emoção", afirmou o ministro da Economia da Itália, Roberto Gualtieri.

Para Lula, a visita a Roma é sua primeira viagem internacional desde que deixou a prisão, em novembro, graças a um novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (SFT) para detenções em segunda instância. Por conta da reunião com o Papa, a Justiça Federal adiou um depoimento de Lula sobre a suposta venda de uma medida provisória para empresas automotivas, que estava previsto para 11 de fevereiro

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Da Ansa

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) será o novo líder do Partido dos Trabalhadores no Senado. O anúncio foi feito pelo atual líder, senador Humberto Costa (PE). "Vai ser eleito hoje", assegurou Humberto.

Na Câmara, o deputado Enio Verri (PR) assumirá a liderança no lugar de Paulo Pimenta (RS). O deputado é relator do projeto que trata da portabilidade da conta de luz, uma das pautas prioritárias para o governo.

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Mesmo com a troca de líderes no Congresso, Humberto prevê que o relacionamento com o governo será semelhante ao primeiro ano da gestão de Bolsonaro. "Não deve mudar muito (o relacionamento do governo com o Congresso). Na verdade, esse governo não tem uma base de apoio, de sustentação", disse.

Para o senador, o governo enfrentará problemas para aprovar projetos "que extrapolam a agenda econômica".

Rogério Carvalho, contudo, avalia que a oposição ainda precisa de visibilidade. "A oposição não tem número suficiente para enfrentar a força oculta que esta por trás do governo Bolsonaro, que quer todo tipo de desregulamentação e ter o controle de todas as coisas no nosso País", afirmou o novo líder petista.

Apesar das declarações controversas e das críticas de ambientalistas em meio à crise do desmatamento, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, vai permanecer no Novo, se assim desejar. As principais lideranças da legenda defenderam o titular da pasta e disseram que ele cumpre com as obrigações dos filiados.

"O que a gente pode exigir dos filiados é que eles sejam ficha limpa e que paguem a contribuição, que são R$ 30 por mês. Mas a nossa ingerência sobre a atuação dos filiados é limitada, temos 48 mil membros", disse ao Estado o presidente do Novo, João Amoedo, durante o 5.º encontro nacional da legenda, ontem, em São Paulo. Salles não participou do evento. Segundo Amoedo, a pauta do meio ambiente gerenciada pelo ministro não é necessariamente a pauta do Novo, mas a do governo Bolsonaro. "A pasta dele do Meio Ambiente não tem nenhuma ingerência (nossa), a gente sabe das coisas pelo jornal."

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Salles não foi uma indicação do partido para assumir o Ministério. Depois que ele já estava à frente da pasta, o diretório nacional do Novo emitiu resolução determinando a suspensão de filiados que ocupem cargos públicos sem que tenham sido apontados pela legenda. A regra, porém, não tem efeito retroativo e, portanto, não se aplica a Salles. Atualmente, o ministro não participa de atividades partidárias e não tem cargo no partido.

Em agosto, em meio à crise das queimadas na Amazônia, alguns membros do Novo protocolaram um pedido para que Salles tivesse a filiação suspensa.

Alguns dos correligionários de Salles ouvidos pelo Estado tecem críticas sobre as declarações explosivas do ministro, mas não sobre a sua atuação.

"A pauta ambiental que ele tem tocado tem muito a ver com os valores do Novo", disse o deputado federal gaúcho Marcel van Hattem, líder da bancada na Câmara. "A abertura para a iniciativa privada, por exemplo, de parques nacionais é importantíssima e no Rio Grande do Sul nós temos alguns que estão abandonados pelo poder público."

Perguntado sobre as falas controversas, o deputado fez uma ressalva à atuação de Salles: "Acredito que essa retórica, tanto dos ecoxiitas, como são conhecidos, como muitas vezes do próprio ministro, que de fato acaba extrapolando, não contribui para um ambiente de discussão com base em fatos".

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, disse que não é apto a avaliar a atuação do ministro à frente da pasta. "Estou tão ocupado apagando incêndios em Minas que eu não posso dizer. Tive todo o apoio dele por ocasião da tragédia de Brumadinho", afirmou. "Essa questão do petróleo eu não tenho tido condições de acompanhar", acrescentou, sobre as ações de monitoramento e retirada do óleo encontrado nas praias do Nordeste.

Zema defendeu a condução da questão ambiental "com racionalidade e sem extremismos e emoções". "Precisamos basear tudo em estudos científicos, porque achismo é o que mais se tem", concluiu.

Paulo Ganime (RJ) e Tiago Mitraud (MG) também dizem não ver motivos para punição, mas creem que as declarações polêmicas deveriam ser evitadas. Vinicius Poit (SP) se limitou a lembrar do post que publicou no início da crise das queimadas. Lá, ele disse que a pressão popular sobre Salles era importante, mas que não iria tratar do tema "como bode expiatório só pra fazer oposição".

A defesa mais contundente do ministro ficou a cargo de Adriana Ventura (SP): "Quanto a ser muito explosivo, ele realmente tem muita personalidade. É uma pessoa que fala as coisas diretamente e tem pessoas que não aceitam isso bem". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Lideranças partidárias cobraram a retirada de trechos com referência a Estados e municípios que ainda permaneceram na nova versão da proposta da reforma da Previdência. Há mais de 20 referências a esses entes federativos no relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentado na semana passada e que ainda poderá sofrer ajustes no texto antes da votação.

A avaliação de líderes é a de que o relatório ficou com uma "zona cinzenta", o que poderia ser interpretado com uma quebra do acordo feito para que Estados e municípios não fossem alcançados pelas reforma. O assunto já foi discutido com o relator, que teria prometido ajustes. "O combinado é que não pode ter dúvida do ponto de vista da redação que é complexa", disse o líder do Cidadania, Daniel Coelho.

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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda tem esperança de que Estados e municípios sejam incluídos na reforma diante da situação de crise geral nas finanças regionais por conta do avanço dos gastos de pessoal. A avaliação é de que o relatório está robusto, com uma economia maior do que a da proposta pelo ex-presidente Michel Temer.

Na terça-feira, 19, primeiro dia de discussão do relatório da reforma na Comissão Especial, foram ouvidos 65 parlamentares durante 12 horas. Deputados favoráveis e contrários às mudanças nas aposentadorias também se dividiram entre aqueles que apoiam e os que rechaçam o retorno da capitalização ao texto.

A expectativa é de que o debate se arraste por diversas sessões. Não há data marcada para a votação do texto. / COLABOROU EDUARDO RODRIGUES

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após uma visita oficial a Israel, o presidente Jair Bolsonaro está de volta ao Brasil e vai se dedicar, ao longo das próximas semanas, às articulações em favor da aprovação da reforma da Previdência.

A agenda do presidente inclui nesta quinta-feira (4) reuniões com lideranças de seis partidos políticos. Será a primeira rodada de diálogo com as legendas visando constituir uma futura base de apoio parlamentar ao governo no Congresso.

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As audiências começam a partir das 8h30, no Palácio do Planalto, quando ele recebe o presidente nacional do PRB, deputado Marcos Pereira (SP). Na sequência, Bolsonaro conversa com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, seguido pelo ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, presidente nacional do PSDB.

A agenda prevê, em seguida, um almoço com a participação de lideranças do DEM, incluindo o presidente nacional do partido, ACM Neto, prefeito de Salvador, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. À tarde, Bolsonaro receberá o ex-senador Romero Jucá, do MDB, e o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI).

Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, essas reuniões abrirão o diálogo do governo com os partidos para a construção de uma base de apoio.

"Estamos abrindo a porta à construção dessa base que vai se expressar na votação da nova Previdência em junho”, afirmou na última terça-feira (2). Na semana que vem, Bolsonaro se reunirá com presidentes de outras cinco legendas, incluindo o PSL, Solidariedade (SD), PR e Podemos.

CCJ

Na última quarta-feira (3), o ministro da Economia, Paulo Guedes, participou de uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e voltou a argumentar que o atual modelo de Previdência é uma "fábrica de desigualdades" e que a proposta do governo pretende retirar privilégios.

A CCJ da Câmara é a porta de entrada da reforma da Previdência no Legislativo. A comissão analisará se a proposta está em conformidade com a Constituição. Depois, o texto segue para discussão em comissão especial e, se aprovado, será votado pelo plenário. Para ser aprovada, a medida precisa de apoio de dois terços dos deputados por se tratar de Proposta de Emenda à Constituição - PEC. Dessa forma, precisa ser aprovada por 308 deputados, em dois turnos de votação, para seguir para o Senado.

O relator da reforma da Previdência na CCJ, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), afirmou que deve apresentar parecer sobre a medida no dia 9 de abril.

A previsão de Freitas é que os dias 10 e 11 próximos fiquem destinados a eventuais pedidos de vista, e no dia 17 de abril, o relatório seja votado no colegiado.

O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) foi formalizado nesta quinta-feira (14), como o líder da oposição na Câmara dos Deputados. A indicação de seu nome foi feita pelo PT, PSB, PSOL e Rede, que formaram um bloco na Casa.

A liderança da Minoria na Câmara ficou com o PCdoB. A deputada Jandira Feghali (RJ) ocupará o posto.

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O posto é cobiçado porque garante estrutura com cargos, gabinete e funcionários. A nova líder também poderá participar das reuniões do Colégio de Líderes e encaminhar votações no plenário.

Divididos em dois blocos, os partidos da esquerda começaram uma disputa pelas lideranças da oposição e da minoria na Câmara após a eleição da Casa.

O bloco formado por PT, PSB, PSOL e Rede queria ficar com ambas as estruturas, mas, de acordo com o regimento, a liderança da Minoria cabe a um partido do segundo maior bloco formado na Casa. O PCdoB integrou este grupo juntamente com o PDT e outras sete legendas.

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a chilena Michelle Bachelet, exigiu hoje (9) informações sobre a morte de Fernando Albán, opositor do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Ela também cobrou informações sobre a situação em que se encontram dezenas de colombianos detidos no país sem acusação formal.

"Estamos profundamente preocupados com a manutenção da detenção de 59 cidadãos colombianos, detidos sem acusação na Venezuela por mais de dois anos", disse a porta-voz de Michelle Bachelet.

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As informações oficiais são que de que o vereador, que fazia oposição ao governo de Maduro, se jogou do décimo andar de um prédio, ao ser encaminhado para os tribunais. Ele estava sob responsabilidade do sistema prisional, detido por suposto envolvimento em atentado, no início de agosto, contra o presidente Maduro. Porém, Brasil e autoridades internacionais desconfiam da versão.

"Há muita especulação sobre o que aconteceu, se ele se matou, se ele foi lançado, se ele foi maltratado, há muita especulação e precisamos de uma investigação independente e transparente para esclarecer as circunstâncias de sua morte", disse Shamdasani.

Condições insalubres

Segundo informações da ONU, os colombianos foram presos em operações de segurança entre agosto e setembro de 2016 e estão mantidos em uma cela no centro de detenção Yerguara em Caracas.

Segundo relatórios transmitidos às Nações Unidas, no local não há alimentos, água ou remédios. Há informações de que muitos dentre os 59 homens estão doentes, um deles William Estremor, que estava gravemente doente, foi levado à emergência de um hospital.

Os detidos foram acusados de serem os paramilitares, mas não há qualquer prova ou acusação contra eles. Um juiz, em 2017, decidiu que eles deveriam ser libertados. A decisão ainda não foi cumprida.

As autoridades colombianas remeteram o caso ao Grupo de Trabalho sobre Detenções Arbitrárias do Conselho de Direitos Humanos.

Após o pré-candidato a presidente Flávio Rocha (PRB) polemizar ao afirmar que movimentos sociais como o MST e o MTST são grupos terroristas, foi a vez do presidenciável Jair Bolsonaro (PSC) tecer mais uma crítica. Bolsonaro falou que as lideranças dos dois movimentos querem o fim da propriedade privada porque nunca trabalharam. “Ainda culpam terceiros pelos seus fracassos”, disparou. 

A declaração foi feita, por meio de um vídeo publicado em seu facebook, ao comentar um trecho de um vídeo no qual aparece o também pré-candidato a presidente Guilherme Boulos (PSOL), durante uma entrevista, ressaltando que Bolsonaro é o maior exemplo de como se faz política com ódio. 

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Boulos, no momento em que fala de Bolsonaro, diz que é necessário fazer política com esperança e não com medo. O psolista ainda salientou que é preciso levar a “solidariedade” para o centro da política. “É fazer uma política não com ódio como alguns estão fazendo no Brasil e o Bolsonaro é o maior exemplo disso. É fazer política apresentando uma alternativa que não tenha medo do futuro. É fazer política dialogando com as pessoas, ouvindo as pessoas e sendo solidário com as pessoas. É nisso que eu acredito”, disse.

 

 

 

Com o lançamento da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a presidente da República na eleição deste ano, o PT vai fazer um esforço para que as demais siglas de esquerda se unam em torno do nome de Lula. "Tem muito político que não vai querer ficar com a imagem de algoz do Lula", disse o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha.

O ex-ministro evitou responder qual será a postura do ex-ministro Ciro Gomes em relação a isso. Gomes, que foi ministro de Lula, é pré-candidato do PDT à Presidência. Padilha disse também que isso faz parte do plano de Lula de fazer novas caravanas pelo País. "Assim ele poderá se aproximar das lideranças locais e não apenas da população", afirmou Padilha.

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O deputado José Guimarães (PT-CE), por sua vez, disse que uma ação junto com partidos do campo progressista, tais como PCdoB, PSB, PDT, PSOL, será uma das medidas tomadas pelo PT para consolidar a candidatura de Lula. O partido também irá intensificar ações de rua e de apoio internacional.

Questionado se a ideia é lançar uma candidatura conjunta de centro-esquerda, Guimarães respondeu que o 'plano A' é Lula. "Queremos discutir com todo mundo antes de decidir se eles lançam ou não. Consolidada a candidatura de Lula, decidimos o que fazer. Primeiro ou segundo turno com eles todos."

Citando o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, que disse que uma eventual prisão de Lula incendiaria o País, Guimarães disse que deve prevalecer o "bom senso". "Acho que é muito difícil decretarem a prisão do Lula."

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