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A regra de bola na mão mudou no futebol mundial, validando gol após toque sem intenção de um companheiro. Mas, na visita do Barcelona à Inter de Milão, um lance deste, que daria o empate no Giuseppe Meazza, acabou sendo revisado e o gol de Gabi foi anulado. Os catalães ainda reclamaram muito um possível pênalti com toque de mão não marcado no fim e com revisão demorada do VAR. Sem conseguir furar a defesa italiana novamente após as polêmicas, os espanhóis perderam por 1 a 0 e se complicam no Grupo C da Liga dos Campeões.

Após metade das seis rodadas disputadas, o Barcelona aparece somente na terceira colocação, com três pontos, diante de nove do líder Bayern de Munique e seis da Internazionale. Repetindo o que fez diante dos alemães, os espanhóis mereciam melhor sorte por dominar boa parte do jogo e criar chances de perigo - Dembelé até carimbou a trave.

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Com o Bayern soberano no grupo, a vitória era imprescindível para Internazionale e Barcelona no Giuseppe Meazza. E os catalães queriam surpreender com começo sufocante. Mas quem quase abriu o marcador foi Çalhanoglu, em chute forte de fora da área espalmado por Ter Stegen.

Apesar de jogar no campo de ataque, os comandados de Xavi não conseguiam finalizar. Os italianos se mostravam bastante perigosos nos contragolpes. Lautaro errou cabeçada e ainda reclamou muito de um pênalti em toque no braço de Garcia. A bola seguiu, mas o VAR chamou o árbitro ao monitor. Houve impedimento na origem do lance, contudo.

A Inter ainda teve um gol anulado de Corrêa logo depois, também por impedimento. O auxiliar deixou o lance ir até o fim para depois impugnar a jogada. Aos poucos, os mandantes equilibraram as ações e deixaram o jogo atrativo.

A insistência resultou em vantagem aos 46 do primeiro tempo, novamente em bomba de Çalhanoglu de fora da área. Desta vez no canto de Ter Stegen, que nada pôde fazer. Assim como foi na visita ao Bayern - levou 2 a 0 -, o Barcelona dominou a primeira etapa, mas não aproveitou.

O domínio dos 45 minutos iniciais demorou a se repetir na fase final. Aos 15 minutos, Raphinha fez boa jogada e a bola terminou para finalização de Dembelé na trave. Depois de ficar no quase, o atacante passou pelo marcador e cruzou para Gabi empatar. O VAR anulou por toque de mão, sem querer, de Ansu Fati. Pela regra atual, o lance deveria ser validado, pois o toque não foi intencional.

Xavi recebeu amarelo por reclamar do lance antes da análise no monitor, mas não conseguiu mudar a decisão da arbitragem. Ainda voltaria a ficar bastante irritado em nova polêmica. Dumfries cortou um cruzamento com a mão, o VAR checou o lance mas não anotou o pênalti.

Mesmo recheado de jogadores ofensivos, o Barcelona não conseguiu mudar a história da partida apesar de grande pressão até o apito final. Agora, jogará pressionado a devolver o resultado daqui uma semana diante dos italianos.

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NAPOLI ARRASA E LIVERPOOL GANHA

No Grupo A, no qual Liverpool e Ajax eram os favoritos pela vaga, o Napoli é quem dá as cartas. Depois de estrear com goleada de 4 a 0 sobre os ingleses, repetiu a dose, agora na casa dos holandeses, com virada espetacular para 6 a 1 e liderança incontestável com 9 pontos.

O único motivo de festa para os torcedores locais na Johan Cruyff Arena foi com Kudus abrindo o marcador logo aos 9 minutos. Do mais, uma aula de futebol dos italianos, que pareciam jogar em Nápoles.

Raspadori empatou e Di Lorenzo e Zielinski levaram vantagem enorme ao vestiário. Sem outra saída a não ser se lançar ao ataque, o Ajax deixou espaços na defesa e acabou vazado novamente em dose tripla, com Raspadori ampliando, depois servindo Kvaratskelia. Simeone fechou a humilhante goleada.

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Depois de também levar surra na estreia para os italianos, o Liverpool já se consolida na segunda posição da chave. Depois de bater o Ajax, repetiu a dose contra o Rangers, em Alfield, com triunfo por 2 a 0, gols de Arnold, cobrando falta no ângulo, e de pênalti de Salah, garantindo seis pontos na tabela.

Pelo Grupo D, Eintracht Frankfurt e Tottenham não aproveitaram a derrota do líder Sporting ao empatarem sem gols na Alemanha. Os portugueses seguem com seis pontos, contra quatro dos dois principais perseguidores. O Olympique de Marselha aparece na rabeira, com três.

No Grupo B, quem surpreende é o Brugge. O clube belga fez 2 a 0 no Atlético de Madrid e subiu para os nove pontos, também com campanha perfeita. Os espanhóis caíram para a lanterna nos critérios de desempate contra Bayer Leverkusen e Porto, todos com três pontos.

Os portugueses desencantaram com 2 a 0 nos alemães em jogo maluco no Estádio do Dragão, com gol anulado e pênalti perdido dos visitantes na primeira etapa e gols de Sanusi e Galeno na reta final.

Muitos clubes do mundo gostariam de contar com o futebol e os gols de Haaland. Mas o Borussia Dortmund, ex-time do centroavante, optou por fazer discurso contrário e criar polêmica, garantindo que a venda do jogador ao Manchester City "veio no momento certo" e que o norueguês "se tornou um fardo no vestiário."

Se a atitude tenta desestabilizar o atacante para duelo entre as equipes pela segunda rodada da Liga dos Campeões, na Alemanha, a resposta virá no embate de quarta-feira. Mas as palavras de Sebastian Kehl, diretor esportivo do clube alemão, foram bastante duras contra o jogador.

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"Ele se tornou uma chatice no vestiário. Por mais que sempre tenhamos amado Haaland e ele tenha feito sucesso conosco, no final ele se tornou um fardo para o vestiário, o clube e todo o ambiente. Tornou-se o tema de todas as conversas", disparou o dirigente em entrevista ao jornal alemão Bild.

"Em geral, para todo o ambiente, era só ele. O momento da venda foi certo, tanto para nós quanto para o City. O fato de nossos primeiros 10 gols nesta temporada terem sido marcados por 10 jogadores diferentes mostra isso", seguiu Kehl. "Eu gostaria de ter certeza (sobre a saída de Haaland) um pouco antes, porque essa questão limitou a nossa preparação. Sem ele, temos a possibilidade de confiar nos outros jogadores", esclareceu.

Há quatro meses, o City oficializou o acordo com o jogador, que também negociou com o Real Madrid, mas não escolheu a Espanha por possível disputa de idolatria com Mbappé, que acabou renovando com o PSG. Na nova casa, Haaland já marcou 12 gols em sete jogos e vem recebendo muitos elogios. O Borussia Dortmund faz questão de frisar que o centroavante não faz falta, porém terá de se resguardar após provocar o artilheiro.

O Paris Saint-Germain mostrou nesta terça-feira que mais uma vez chega forte para brigar pelo inédito título da Liga dos Campeões. Com suas estrelas Mbappé, Neymar e Messi em sintonia e bem fisicamente, e com futebol extremamente ofensivo, o time francês largou com vitória sobre a Juventus, por 2 a 1 no Parque dos Príncipes, em jogo no qual a vantagem poderia ser maior pelas chances criadas, mas também com Donnarumma trabalhando acima do habitual por falhas defensivas.

Mbappé foi o herói com os dois gols do time, mas poderia sair festejando bem mais se mostrasse capricho. Neymar, autor de uma assistência, e Messi, também apareceram para finalizar com perigo, apesar de o argentino não ter mostrado sua genialidade da época de Barcelona. A largada com triunfo deixa o torcedor confiante que desta vez o PSG pode ir longe.

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Disposto a espantar a má impressão da temporada passada, na qual foi somente o segundo na fase de grupos, atrás do Manchester City, e caiu logo nas oitavas para o campeão Real Madrid, o PSG pisou no gramado com seu trio de estrelas Messi, Neymar e Mbappé em alta - fizeram 20 gols nos sete primeiros jogos oficias - e sob enorme festa da torcida.

A fumaça dos sinalizadores e dos fogos de artifício ainda pairavam no ar quando surgiu o primeiro grito de gol no Parque dos Príncipes. Os 'desafetos' Mbappé e Neymar tabelaram com passe por elevação do brasileiro e batida de primeira do camisa 7 com somente cinco minutos. O autor do gol apontou e fez questão de comemorar com o astro de Tite, mostrando que a relação de "momentos quentes e frios", de acordo com palavras de francês, está em instante de felicidade.

Donnarumma precisou fazer milagre em cabeçada de Milik à queima roupa antes de Mbappé aparecer novamente para ampliar. Os italianos lamentavam ter perdido a chance de empate e ainda viram o francês ampliar em novo lance de tabela rápida, agora com o lateral Hakimi.

Mbappé e Neymar se apresentavam bem, com grande movimentação e toques de primeira, envolvendo a defesa italiana, que apelava para faltas duras. Bremer e Miretti levaram amarelo após entradas desleais por trás. Em uma delas os ânimos esquentaram com princípio de tumulto em campo.

O PSG voltou do intervalo disposto a ampliar e teve duas chances gigantes, com Neymar batendo nas mãos do goleiro e Mbappé perdendo gol feito na cara de Perin com apenas seis minutos. Não fez e ainda viu os italianos crescerem. McKennie empatou de cabeça e logo depois, em lance parecido, exigiu novo milagre de Donnarumma.

Tivesse Mbappé com a pontaria em dia e o PSG teria vantagem sossegada na partida. Ele perdeu giro na área sozinho e após triangulação com Neymar e Messi, saiu na cara do goleiro e bateu para fora. O argentino também apareceu bem para ampliar, mas falhou nas duas tentativas. Depois se passar um leve aperto da Juventus, o PSG retomou o domínio das ações em sua casa.

Nos minutos finais, com a torcida empurrando o PSG para novo gol e com enorme cantoria nas arquibancadas, Neymar e Mbappé ainda arrancaram o grito de "uh" com duas pancadas defendidas pelo goleiro italiano. Os gols fizeram falta porque no estádio da Luz Rafael Silva e Grimaldo garantiram os 2 a 0 do Benfica sobre o Maccabi Haifa e a liderança do Grupo H no saldo de gols.

VINÍCIUS JR. FAZ E BENZEMA SE MACHUCA

O campeão Real Madrid abriu a busca pela 14ª taça em visita ao Celtic, na Escócia, e levou um baque com a contusão de Benzema ainda na primeira etapa. O artilheiro francês saiu chorando, com a mão no rosto, após lesão no joelho direito com somente 30 minutos - passará por exames para ver a gravidade.

Com um ritmo lento e investindo somente nos contragolpes, o campeão foi para o intervalo com 0 a 0 no placar. Mas podia ter sorte melhor com Vinícius Júnior partindo em velocidade do seu campo e parando em defesa do goleiro Joe Hart, cara a cara.

O astro brasileiro se redimiu na etapa final, ao receber cruzamento de Valverde que cortou todo o campo e aparecer na área para mandar às redes. Quinto gol nos últimos seis jogos. Modric ampliou logo a seguir em assistência de Haazard, substituto de Benzema e que definiria a boa largada por 3 a 0. Na mesma chave F o RB Leipzig foi surpreendido em casa, levando 4 a 1 do Shakhtar Donetsk.

Com dois gols do norueguês Haaland, o Manchester City largou na Liga dos Campeões com goleada imponente de 4 a 0 na casa do Sevilla. Foden e Ruben Dias anotaram os outros gols da equipe. O Milan foi até a casa do Salzburg e buscou o empate por 1 a 1, gol de Saelemaekers. Okafor havia aberto o placar para o time austríaco.

Mbappé resolveu colocar panos quentes nas recentes desavenças com o companheiro Neymar, a quem andou se estranhando por causa de cobranças de pênaltis no Paris Saint-Germain, onde até se esnobaram em alguns treinos. O atacante francês garantiu que a relação com o brasileiro tem momentos frios e quentes, mas que o respeito sempre prevaleceu e nada prejudicará o time na temporada.

"Estou no sexto ano jogando com Neymar. Sempre tivemos uma relação assim, baseada no respeito, mas às vezes com momentos mais frios e outros mais calorosos. É a natureza do nosso relacionamento que é assim. Mas eu tenho muito respeito por ele", afirmou Mbappé, na coletiva para falar da estreia da Liga dos Campeões, diante da Juventus.

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O jogador ainda anunciou que a parceria com Neymar continua boa. "Sempre tivemos um bom relacionamento", garantiu. "Às vezes somos os melhores amigos, outras vezes falamos menos. Mas sei de sua importância dele para o PSG", continuou, garantindo que não há um cobrador de pênaltis oficiais no time e que sempre vão conversar para saber quem deve bater.

E caso exista uma penalidade já na estreia? "Sempre haverá uma conversa, vai depender de como for a partida. Se a partida significa que Neymar tem de chutar, ele vai, se for eu, eu vou. Não há um cobrador número 1 e com esses jogadores você tem que saber dividir o bolo. Não há problema nisso."

Questionado se precisou mudar sua postura após as desavenças, Mbappé cravou que segue o mesmo. "Nada mudou. Eu ainda estou no mesmo papel da temporada passada. Tento ser o mais decisivo e ganhar o maior número de títulos possível", afirmou, falando das ambições do PSG na atual edição da Liga dos Campeões.

"Ganhar a Liga dos Campeões este ano? A verdade é que é uma competição muito dura com equipes que contrataram jogadores de nível mundial, mas vamos lutar com nossas armas", despistou, mostrando foco apenas na Juventus. "Este jogo é importante para um clube como o nosso. Realizamos uma campanha europeia interessante, que nos anima para começar bem em casa. Cabe a nós entregar uma boa primeira amanhã para manter o nosso embalo."

Os grupos da Liga dos Campeões 2022/2023 foram definidos em sorteio realizado pela Uefa nesta quinta-feira, em Istambul, onde será disputada a final do torneio. O resultado garantiu reencontros dos principais artilheiros da Europa com seus ex-clubes, já que o Barcelona de Lewandowski caiu no Grupo C do Bayern de Munique, time no qual o polonês jogava até a temporada passada, e o Manchester City de Haaland ficou no Grupo G ao lado do Dortmund, ex-time do norueguês.

Barça e Bayern ainda terão a companhia da Inter de Milão, que completa o trio do "grupo da morte" desta edição, com o Viktoria Plzen como azarão. No Grupo G, Sevilla e Copenhagen se juntaram a City e Dortmund.

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Outra chave que promete grandes jogos é o Grupo H, que tem o Paris Saint-Germain como cabeça de chave. O time de Neymar vai enfrentar equipes que também possuem protagonistas brasileiros, caso da Juventus, com Arthur, Alex Sandro e Danilo, e o Benfica, que viu David Neres brilhar na fase preliminar do torneio. O Maccabi Haifa, de Israel, também está na chave.

O atual campeão Real Madrid ficou mais uma vez no mesmo grupo que o Shakhtar Donetsk. Além disso ,enfrentará RB Leipzig e Celtic. O vice-campeão Liverpool, por sua vez, está no Grupo A ao lado de Liverpool, Napoli e Rangers. Milan e Chelsea ficaram no Grupo E, com Salzburg e Dínamo de Zagreb. Já o Grupo B terá Porto, Atlético de Madrid, Bayer Leverkusen e Club Brugge e o Grupo D será formado por Frankfurt, Tottenham, Sporting e Olympique de Marselha

O sorteio dividiu os times em quatro potes, com os atuais campeões europeus Real Madrid (Liga dos Campeões) e Eintracht Frankfurt (Liga Europa) e os campeões nacionais dos seis melhores países do ranking da Uefa como cabeças de chave. Assim, além de Real e Frankfurt, o pote 1 tinha Ajax, Porto, Bayern de Munique, Milan e Paris Saint-Germain. Os outros potes foram definidos conforme a posição de cada clube no ranking, e times do mesmo país não podiam cair no mesmo grupo.

Veja como ficaram os grupos da Liga dos Campeões 2022/2023

Grupo A: Ajax, Liverpool, Napoli e Rangers

Grupo B: Porto, Atlético de Madrid, Bayer Leverkusen e Club Brugge

Grupo C: Bayern de Munique, Barcelona, Inter de Milão e Viktoria Plzen

Grupo D: Eintracht Frankfurt, Tottenham, Sporting e Olympique de Marselha

Grupo E: Milan, Chelsea, Salzburg e Dínamo de Zagreb

Grupo F: Real Madrid, RB Leipzig, Shakhtar Donetsk e Celtic

Grupo G: Manchester City, Sevilla, Borussia Dortmund e Copenhagen

Grupo H: Paris Saint-Germain, Juventus, Benfica e Maccabi Haifa

O atacante Giovanni Simeone, filho do treinador e ex-volante Diego Simeone, é o novo reforço do Napoli. Aos 27 anos, o argentino foi anunciado nesta quinta-feira pelo clube italiano, que o trouxe por empréstimo junto ao Hellas Verona, com opção de compra. Vestindo a camisa napolitana, ele terá a oportunidade de disputar a Liga dos Campeões, torneio no qual pode cruzar o caminho do Atlético de Madrid, time treinado por seu pai.

Giovanni, também chamado pelo apelido "Cholito", se destacou na temporada passada ao marcar 17 gols em 35 jogos com a camisa do Verona, que terminou o Campeonato Italiano na nona colocação. Antes, defendia o Cagliari. Formado nas categorias de base do River Plate, também defendeu o Banfield em seu país natal, onde jogou até 2016, quando se mudou para Itália para reforçar o Genoa e, na sequência, a Fiorentina.

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A transferência para o Napoli representa uma subida de degrau na carreira do atacante. De volta à Liga dos Campeões após não se classificar para a edição passada, o time napolitano disputou o último título italiano com Milan e Internazionale, mas perdeu fôlego na reta final e terminou na terceira colocação.

Apesar de ter mostrado competitividade entre 2021 e 2022, o Napoli não sabe se conseguirá manter o nível nos próximos desafios. Isso porque perdeu alguns de seus principais jogadores na janela de transferências, como o capitão Lorenzo Insigne, o zagueiro Kalidou Koulibaly e o artilheiro Dries Mertens, maior artilheiro da história do clube.

Após estrear no Italiano com vitória por 5 a 2 sobre o Hellas Verona, ex-clube de Giovanni, o time comandado por Luciano Spalletti joga contra o Monza no domingo. No próximo dia 25, conhecerá seus adversários na fase de grupos da Liga dos Campeões, em sorteio realizado pela Uefa. O Atlético de Madrid de Diego Simeone pode cair na mesma chave do time de seu filho.

A consistente vitória sobre o Corinthians, em São Paulo, na terça-feira, encheu de confiança o elenco do Flamengo. No embalo do triunfo, o volante chileno Arturo Vidal afirmou que o time carioca pode competir atualmente contra qualquer equipe da Liga dos Campeões da Europa.

"Creio que com o nível de jogadores que temos, com a nossa torcida, claramente se estivéssemos na Liga dos Campeões, brigaríamos com todos os times. A verdade é que essa equipe do Flamengo tem muita qualidade", afirmou o jogador, após a partida disputada na Neo Química Arena.

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O volante se transferiu para a Europa, em 2007, onde atuou durante 15 anos. Com passagens por Juventus, Bayern de Munique, Barcelona e Inter de Milão, Vidal acumula nove títulos nacionais em seu currículo, sendo cinco troféus do Campeonato Italiano, três do Alemão e um do Espanhol.

O chileno chegou ao Flamengo nesta janela de transferências junto com o atacante Everton Cebolinha, ex-Benfica, e o compatriota Erick Pulgar, que pertencia à Fiorentina, mas estava emprestado ao Galatasaray, da Turquia, na última temporada.

Senadores franceses afirmaram, nesta quarta-feira, que o caos do lado de fora do Stade de France, em Paris, na final da Liga dos Campeões, entre Real Madrid e Liverpool, dia 28 de maio, ocorreu por causa de uma série de erros da polícia e da segurança - e não devido a ações de torcedores do Liverpool anteriormente culpados - com "mau funcionamento em todas as fases" antes, durante e depois do jogo.

Os senadores fizeram uma série de recomendações para que vários problemas sejam resolvidos antes da disputa da Copa do Mundo de Rúgbi no próximo ano e a Olimpíada de 2024 que a França vai ser sede. As conclusões do relatório sobre a final foram divulgadas, após a má repercussão mundial, que levantou questões sobre como a França gerencia a segurança em grandes eventos.

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"A gravidade do que aconteceu no Stade de France mostra que há ainda muitos ajustes a serem feitos e muitas decisões a serem tomadas para garantir que esses incidentes não aconteçam novamente", disse Laurent Lafon, presidente da Comissão de Cultura do Senado.

Ele não tem dúvidas de que a França é capaz de organizar grandes eventos no futuro, mas essas garantias devem ser dadas ao mais alto nível. Lafon inclui o presidente francês Emmanuel Mácron quando fala na determinação do país em prevenir novos problemas.

Desde a final, na qual o pontapé inicial atrasou por mais de 30 minutos, os senadores franceses interrogaram funcionários e seguranças. Apresentando suas conclusões, Lafon culpou uma falta geral de coordenação e autoridade, dizendo que havia "mau funcionamento em todas as etapas" da final.

A Uefa também começou a recolher provas sobre questões que prejudicaram um dos maiores eventos esportivos do mundo. O Real Madrid venceu o Liverpool por 1 a 0.

Lafon também pediu desculpas aos torcedores do Liverpool e do Real Madrid, dizendo que foram vítimas e não responsáveis pelos acontecimentos, como as autoridades francesas haviam inicialmente sugerido. Ele também criticou o sistema de bilheteria da Uefa e disse que os ingressos em papel foram facilmente forjados.

O ministro do Interior da França, Gerald Darmanin, chegou a sustentar que a presença de até 40 mil torcedores - supostamente maioria do Liverpool - sem bilhetes ou com bilhetes falsificados teriam causado os incidentes que marcaram o evento. Mas apenas 2.471 bilhetes falsificados foram identificados no Stade de France.

Darmanin disse ainda que dispersar a multidão que se acumulou perto do estádio com gás lacrimogêneo foi a única maneira de evitar que as pessoas fossem esmagadas. Muitos torcedores também reclamaram de roubos e agressões após a partida.

François-Noel Buffet, presidente da comissão de direito do Senado, disse que a proteção dos torcedores não foi suficientemente assegurada, observando que as forças policiais lutaram para acabar com os problemas que ocorreram em torno do estádio. "O número de pessoas mobilizadas para lutar contra a delinquência foi, portanto, subdimensionado", disse Buffet.

Seis dias após a final da Liga dos Campeões, disputada no Stade de France, em Paris, a Uefa, por intermédio de uma nota, se desculpou pelo incidentes ocorridos antes da partida entre Liverpool e Real Madrid. A organização que dirige o futebol europeu ratificou que uma investigação detalhada será feita e concluída o mais rápido possível.

"A Uefa deseja, sinceramente, pedir desculpas a todos os torcedores que vivenciaram ou testemunharam eventos assustadores e angustiantes na final da Liga dos Campeões no Stade de France, em 28 de maio, em Paris, em uma noite que deveria ser de celebração do futebol europeu. Nenhum torcedor deve ser posto naquela situação e isto não deve acontecer mais", disse a nota oficial.

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O documento explicou como deve ser feita a investigação. "Pretende identificar quaisquer problemas ou lacunas na implementação e no funcionamento das operações e avaliar os papéis e responsabilidades de todas as entidades envolvidas e a adequação da sua resposta a acontecimentos, no sentido de fazer recomendações para melhores práticas para o futuro, para a Uefa e para os parceiros relevantes."

Pontos a serem esclarecidos pela investigação, que será comandada pelo português Tiago Brandão Rodrigues, ex-ministro da Educação e atual deputado da Assembleia da República pelo Partido Socialista, também foram apontados. "Estabelecer um quadro geral e uma cronologia do que aconteceu durante o dia da final, quer dentro do estádio, bem como nas redondezas, incluindo as movimentações de torcedores para o estádio a partir dos vários pontos da cidade."

Além disso, vão ser examinados "todos os planos operacionais relevantes relacionados com a segurança, mobilidade, bilheteria, bem como os planos e preparativos das entidades envolvidas na final, inclusive nos locais como os pontos de encontro de torcedores de Liverpool e Real Madrid".

ENTENDA O CASO

A final da Liga dos Campeões entre Liverpool e Real Madrid foi marcada por invasão de torcedores no Stade de France, em Paris. Imagens das câmeras de TV flagraram torcedores pulando pelas grades de acesso ao estádio e agentes de segurança tentando impedir uma invasão maior. Por conta da falha, a final foi adiada em 30 minutos.

A entrada de torcedores sem ingressos obrigou os organizadores da final a adiarem a partida para que os torcedores com as entradas conseguissem acessar o Stade de France. A confusão aconteceu nos setores dedicados aos torcedores do Liverpool.

O Real Madrid venceu, por 1 a 0, gol do brasileiro Vinícius Jr. e somou a 14ª taça da principal competição europeia de clubes.

O presidente do Liverpool, Tom Werner, se mostrou bastante incomodado com o posicionamento da França em culpar torcedores pela confusão na final da Liga dos Campeões, disputada em Paris. Em carta publicada no jornal Liverpool Echo, o dirigente exigiu um pedido de desculpas e uma garantia de que o caso continue sendo apurado com investigações "independentes e transparentes".

A decisão, vencida pelo Real Madrid diante do Liverpool, ficou marcada pelas cenas de caos na entrada do Stade de France, antes de a bola rolar. Muitos torcedores foram barrados na porta, por estarem supostamente portando ingressos falsos, e algumas dezenas pularam as grades de acesso. Em certo momento, agentes de segurança intervieram e usaram gás de pimenta, atingindo até mesmo crianças na multidão.

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Em pronunciamento na segunda-feira, a ministra de Esportes da França, Amelie Oudea-Castera, disse que a confusão foi causada por torcedores britânicos sem ingressos ou com ingressos falsos. Já Gerald Darmanin, ministro do Interior francês, afirmou ter sido identificada uma "fraude de ingressos de nível industrial". Segundo ele, 70% das pessoas que tentaram entrar no estádio tinham bilhetes falsos.

A carta redigida por Werner foi destinada especificamente a Oudea-Castera. No texto, ele se diz decepcionado com a postura da ministra, a qual considera irresponsável, e conta que recebeu relatos chocantes de torcedores do Liverpool sobre a experiência vivida em Paris durante o final de semana.

"Recebi inúmeros e-mails de torcedores do Liverpool que estavam morrendo de medo e sujeitos a assédio policial, spray de pimenta e gás lacrimogêneo. Além disso, a situação não melhorou no final da noite, com muitos torcedores roubados e atacados por gangues… Uma pessoa disse que estava "presa contra os portões, ninguém estava se movendo e ninguém do outro lado dos portões estava se comunicando". Esses fãs foram tratados como gado", escreveu Werner.

"Seus comentários foram irresponsáveis, pouco profissionais e totalmente desrespeitosos com os milhares de fãs prejudicados física e emocionalmente. A final da Liga dos Campeões deveria ser um dos melhores espetáculos do esporte mundial e, em vez disso, se transformou em um dos piores colapsos de segurança. Em nome de todos os adeptos que viveram este pesadelo, exijo um pedido de desculpas e a garantia de que as autoridades francesas e a UEFA permitam investigação independente e transparente", pontuou na parte final do texto, referindo-se a Oudea-Castera.

A UEFA encomendou um inquérito independente para apurar o que, de fato, aconteceu no Stade de France. Oudea-Castera, por sua vez, prometeu um relatório das autoridades francesas em um prazo de dez dias. Um dos focos principais da investigação será a afirmação de Gerald Darmanin sobre a grande fraude de ingressos.

Segundo a agência de notícias Associated Press, foram colhidos relatos de pessoas que compraram entradas por canais legítimos e foram barrados no portão. Além disso, é apurada a possibilidade de que alguns scanners estivessem com defeito, incapazes de validarem bilhetes originais.

Dois dos quatro brasileiros em campo na final da Liga dos Campeões, o atacante Vinicius Junior e volante Fabinho foram eleitos para a seleção do torneio, que terminou no último sábado com a vitória do Real Madrid, por 1 a 0, sobre o Liverpool, em Paris. O atacante francês Karim Benzema foi coroado como melhor jogador da competição.

Vinicius Junior foi quem balançou as redes para marcar o único gol do time espanhol na grande decisão, levando o Real à sua 14ª conquista da Liga dos Campeões. Ele também foi apontado como melhor jogador jovem da edição. O craque brasileiro terminou a competição com quatro gols, além de ter distribuído seis assistências, apenas uma atrás do meia português Bruno Fernandes, do Manchester United.

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Benzema também chegou a fazer o dele na final em Paris, mas a arbitragem assinalou impedimento. O gol faria o atacante francês chegar ao seu 11º gol em mata-mata do torneio, quebrando o recorde de Cristiano Ronaldo. Ele ficou com a artilharia da competição, com 15 gols.

Decisivo nas classificações contra o Paris Saint-Germain, Chelsea e Manchester City, o goleiro Thibaut Courtois desbancou Alisson, do Liverpool, e foi outro jogador merengue a ser eleito para o time ideal da Liga dos Campeões. "Vilão" do Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia, em 2018, o goleiro belga viveu sua melhor temporada com a camisa do Real, sendo eleito craque do jogo na decisão. O croata Luka Modric foi outro do madrilenho a figurar entre os melhores do torneio.

Vice-campeão, o Liverpool também emplacou quatro jogadores na seleção. Além de Fabinho, o lateral-direito Alexander-Arnold, o zagueiro Van Dijk e o lateral-esquerdo Robertson foram escolhidos. Também jogadores de clubes ingleses, Rudiger e De Bruyne, de Chelsea e Manchester City, respectivamente, foram colocados entre os 11 com os melhores desempenhos. A lista é completada por Mbappé, do Paris Saint-Germain.

Confira a seleção da Liga dos Campeões 2021-2022:

Goleiro: Courtois (Real Madrid);

Laterais: Alexander-Arnold (Liverpool) e Robertson (Liverpool);

Zagueiros: Rudiger (Chelsea) e Van Dijk (Liverpool);

Meias: Fabinho (Liverpool), Modric (Real Madrid) e De Bruyne (Manchester City);

Atacantes: Vinicius Junior (Real Madrid), Benzema (Real Madrid) e Mbappé (Paris Saint-Germain).

Neste sábado, o Real Madrid chegou ao 14º título da Liga dos Campeões em sua história ao derrotar o Liverpool por 1 a 0 na final realizada no estádio Stade de France, em Paris, na França. O gol solitário de Vinícius Júnior na segunda etapa garantiu a taça aos merengues. Porém, não apenas este brasileiro ganhou destaque com a conquista.

Em clima de despedida, Marcelo teve motivos de sobra para celebrar o título. Mesmo sem ter atuado na final, o lateral-esquerdo entrou para a história da competição como o primeiro brasileiro a levantar a 'orelhuda', como é carinhosamente apelidada a taça da Liga dos Campeões da Europa.

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"Eu estou muito feliz com este título. Saio do Real Madrid com a cabeça em pé. Fiz tudo que podia fazer por este clube e o clube também, sempre me ajudou, sempre me apoiou. Estou fechando um ciclo. E não podia terminar melhor. Ganhando uma Champions, sendo o maior vencedor da história do Real Madrid, estou muito feliz", afirmou o capitão do Real Madrid, que chegou ao 25º título conquistado com a equipe.

Após o embate, Vinícius Júnior conversou com a TNT Sports e afirmou que ainda não se deu conta do tamanho e da importância do gol marcado na partida. Em sua quarta temporada pela equipe madrilenha, o brasileiro reconhece que está em seu melhor momento no clube, mas que isso é apenas combustível para continuar brilhando com a camisa do Real Madrid.

"Tivemos uma chance e marcamos o gol. Não tenho ainda noção do que estou vivendo, do gol que fiz hoje no maior clube do mundo, na maior competição do mundo, e sendo tão jovem. Não quero parar por aqui, quero seguir trabalhando muito, como eu trabalhei até aqui, para ganhar tantas Champions League quanto esses jogadores que estão aqui, que já ganharam aqui. Nasceram para vencer, e com a felicidade da minha família, com o orgulho de todos, eu pude estar aqui para vencer", afirmou o brasileiro.

DO LADO DERROTADO

Com o gosto amargo da derrota na final continental- a segunda para o Real Madrid -, Jürgen Klopp, técnico do Liverpool, foi à zona mista comentar a derrota que afastou sua equipe da sétima taça da competição. O alemão aproveitou a oportunidade para saudar o colega, Carlo Ancelotti, técnico adversário, que se isolou como o maior vencedor do torneio, com 4 taças conquistadas- seis se somadas as duas vencidas como jogador.

"Tivemos nove chutes a gol e eles apenas um, eu acho. Mas eles conseguiram marcar, e nós não. E obviamente isso definiu o vencedor. Felicito também o Real Madrid pela vitória e em particular o seu goleiro (Thibaut Courtois), que foi o homem do jogo, assim como o seu treinador (Carlo Ancelotti), que é agora o técnico mais bem sucedido na competição", afirmou.

Apesar de ter amargado outro vice-campeonato , Klopp elogiou o trabalho de seus jogadores e citou os detalhes que distanciaram o Liverpool de mais títulos na temporada. "Criamos muitas chances mas o que conta no futebol é o resultado e você pode obtê-lo de várias maneiras. No final da partida, parabenizei meus jogadores. Disse que estava orgulhoso deles. Não vencemos esta noite, mas ainda assim fizemos uma temporada muito boa: perdemos o Campeonato por um ponto (para Manchester City) e perdemos esta final por um gol.", disse.

Na esteira do comandante, o meio-campista francês Ibrahima Konaté elogiou a partida ofensiva do Liverpool, que parou nas mãos de Courtois, melhor jogador da partida, e lamentou a derrotada sofrida. "A atuação do Courtois fez a diferença. Nossa equipe foi melhor, criou mais chances de gol, mas eles acertaram uma das finalizações que tiveram. E no futebol vence quem faz mais gols."

Ainda antes da decisão da Liga dos Campeões, o atacante Neymar, do Paris Saint-Germain, afirmou em entrevista ao canal TNT Sports que vê Vinicius Jr. como melhor do mundo. O amigo foi o herói do título do Real Madrid ao definir o 1 a 0 sobre o Liverpool, o que reforçou as palavras do astro.

"Vinicius Jr. fez uma grande temporada. O Benzema também. Mas eu assisti muito pouco futebol para ser sincero. (É o Vini) Pelo que vi dos jogos", disse o atacante, que não explicou o porquê de ver pouco o esporte que pratica. A entrevista foi dada antes de Vinicius Jr. marcar o gol do título da Liga dos Campeões para o Real Madrid, nesse sábado, na vitória por 1 a 0 sobre o Liverpool. Benzema, da França, também é atacante da equipe espanhola.

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Na mesma entrevista Neymar diz que já pensa na Copa do Mundo do Catar, que será realizada a partir de 21 de novembro. O Brasil está no Grupo G e enfrentará Sérvia (dia 24/11), Suíça (28/11) e Camarões (2/12).

"Minha cabeça está muito tranquila, penso bastante na Copa do Mundo, não vejo a hora de chegar", disse. "Não posso ter pressa, começar o trabalho a partir de agora com meus companheiros. O Brasil vem com um time muito forte, jogadores jovens que estão voando hoje. É bom para todo mundo", afirmou para em seguida pedir reforço da torcida. "Acreditem na nossa equipe porque acho que temos bastante chance", completou.

Neymar está na Coreia do Sul com os demais convocados por Tite para os amistosos contra a Coreia do Sul, na quinta-feira, em Seul, e contra o Japão, dia 6, em Tóquio. Como a hora do jogo decisivo em Paris foi na madrugada da Ásia, Tite pediu que os jogadores ficassem em seus quartos e evitassem festejos na hora da partida.

Roberto Carlos

O ex-lateral-esquerdo Roberto Carlos, multicampeão com o Real Madrid e seleção brasileira, também enalteceu Vini Jr. "A gente recuperou a autoestima. O momento do Vinicius é muito legal", disse. "Para mim está entre os três melhores do mundo. Incluo nessa lista o Benzema e Mbappé. Mas quem faz o Benzema jogar? O Vinicius. O Mbappé tem o Messi e o Neymar do lado. Mas sempre digo ao Vinicius que ele tem que melhorar muito. Melhorando certas decisões em campo", afirmou Roberto Carlos, também em entrevista ao canal TNT Sports.

Vinicius Junior começou a temporada como um atacante em busca da afirmação e amadurecimento e terminou como herói da conquista da Liga dos Campeões da Europa pelo Real Madrid. O jogador de 21 anos, nascido em São Gonçalo (RJ), foi o autor do gol da vitória sobre o Liverpool por 1 a 0 neste sábado, no Stade de France, em Paris.

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É a 14ª conquista do time merengue no maior torneio de clubes da Europa. É a quinta final em oito anos, com cinco conquistas. É, disparado, o maior vencedor do continente. O Real é o rei da Europa com a assinatura de um atacante brasileiro.

O outro nome da decisão foi o goleiro Thibaut Courtois, aquele mesmo que parou o Brasil no jogo contra a Bélgica na Copa da Rússia em 2018. Com pelo menos quatro grandes defesas, o belga parou o ataque formado por Salah e Mané.

O ex-jogador do Flamengo foi o nome de uma conquista marcada por viradas históricas - o time merengue estava morto diante do PSG, Chelsea e Manchester City até os minutos finais. Na final, o roteiro foi parecido. O time inglês foi melhor no primeiro tempo, mas o Real aproveitou sua chance com Vinicius Junior.

O momento nobre do maior torneio de clubes do mundo começou com cenas incomuns para os padrões europeus. Torcedores sem ingressos pulando as grades e entrando no estádio após demora tumulto na fiscalização dos torcedores ingleses. Por causa disso, foram 37 minutos de atraso.

Os problemas de organização não tiraram totalmente o brilho do jogo de xadrez que se esperava. O Liverpool tentou esganar o rival com uma marcação lá em cima, na saída de bola. É um sistema de jogo armado para morder e roubar a bola.

Quando roubava a bola, o time vermelho usava toques curtos e intensa movimentação para partir em linha reta em direção ao gol. Com isso, o Liverpool se impôs no primeiro tempo e transformou seu domínio em chances de abrir o placar. O goleiro Courtois precisou fazer duas grandes defesas, uma delas que terminou na trave após chute de Mané, aos 20 minutos.

Matreiro, o Real tinha sua arapuca armada com a bola longa para Viniciuis Junior. Do outro lado, o técnico optou por escalar Valverde em vez de Rodrygo. Foi uma opção por uma transição mais lenta, mas maior segurança no meio. Foi pouco para o rei da Liga dos Campeões, que finalizou pouco.

Os técnicos não tiraram coelhos cartolas, mas aí está parte do charme da Liga dos Campeões. Jogadores de talento conseguem ludibriar o rival mesmo com jogadas já previstas. É mais ou menos como os dribles de Garrincha, sempre para o mesmo lado, mas que nenhum zagueiro do mundo conseguia marcar.

Foi um roteiro visto várias vezes em que o time espanhol se vê nas cordas, mas reage de maneira contundente. Isso quase aconteceu no final do primeiro tempo. Após uma longa checagem do árbitro de vídeo, fora dos padrões europeus, a arbitragem anulou um gol de Benzema.

No começo do segundo tempo, o Real mostrou novamente como é um time letal e abriu o placar aos 13. Em progressão, Casemiro, Kross e Valverde construíram uma jogada veloz e deixaram Vinicius Junior para finalizar sozinho. O brasileiro estava no lugar certo, aproveitando falha de marcação de Alexandre-Arnold, que ficou olhando só a bola.

O gol foi o símbolo de uma temporada de ascensão. Em 52 jogos, foram 22 gols e 16 assistências. Na Liga dos Campeões, o ex-jogador do Flamengo marcou seu quarto gol e seguramente o mais importante de sua carreira até aqui.

A vantagem no placar transformou a partida em uma sequência de chances do Liverpool para furar o goleiro Courtois. Foram pelo menos quatro grandes defesas, entre elas, em um chute cruzado de Salah, aos 37. Era preciso muito mais para tirar a taça do rei da Europa.

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FICHA TÉCNICA

LIVERPOOL 0 X 1 REAL MADRID

LIVERPOOL: Alisson, Alexander-Arnold, Konaté, Van Diyk e Robertson; Fabinho, Thiago (Firmino) e Henderson; Salah, Mané e Luiz Díaz (Diogo Jota). Técnico: Jurgen Klopp.

REAL MADRID: Courtois; Carvajal, Éder Militão e Mendy; Casemiro, Kroos e Modric (Ceballos); Valverde (Camavinga), Benzema e Vinicius Jr (Rodrygo). Técnico: Carlo Ancelotti.

Gol - Vinicius Junior, aos 13 minutos do segundo tempo.

CARTÃO AMARELO - Fabinho (Liverpool).

ÁRBITRO - Clément Tupin (França).

LOCAL - Stade de France, em Paris.

A final da Liga dos Campeões entre Liverpool e Real Madrid foi marcada por invasão de torcedores no Stade de France, em Paris, neste sábado. Imagens das câmeras de TV flagraram torcedores pulando pelas grades de acesso ao estádio e agentes de segurança tentando impedir uma invasão maior. Por conta da falha, a final foi adiada em 30 minutos. A previsão de início é de 16h30 (horário de Brasília).

A entrada de torcedores sem ingressos obrigou os organizadores da final a adiarem a partida para que os torcedores com as entradas consigam acessar o Stade de France. A confusão acontece nos setores dedicados aos torcedores do Liverpool. Para evitar problemas e, ao mesmo tempo, não afrouxar a segurança a organização decidiu atrasar o início da partida em 30 minutos.

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Os controles de segurança mais rígidos com os torcedores do Liverpool acabaram gerando enormes filas e empurra-empurra, como o que aconteceu no portão U. Muitos torcedores também se atrasaram, quando a multidão cercou o ônibus da equipe do Liverpool no trânsito, nas imediações do estádio. O atraso foi justificado para os torcedores nos alto-falantes. O telão do estádio atualiza informações constantemente. A torcida do Real Madrid, que não tem nada com isso, vaia.

A polícia francesa controlou um tumulto também perto do portão U do Stade de France. Centenas de pessoas tentaram forçar a entrada no estádio. Felizmente, a situação foi controlada, sem que ninguém se machucasse.

Mohammed Salah não quer tirar a cabeça da final da Liga dos Campeões contra o Real Madrid, sábado, no Stade de France, em Paris. Mas, mais uma vez, acabou questionado sobre sua permanência no Liverpool. O atacante egípcio ainda aguarda por uma resposta positiva à proposta que fez de renovação, mas resolveu tranquilizar os torcedores ao garantir que fica na próxima temporada.

O contrato do atacante vai até junho de 2023 e ele teve seu pedido salarial recusado pelo clube em janeiro. Mesmo assim, continua confiante que tudo dará certo. De acordo com a mídia inglesa, o egípcio gostaria de receber R$ 3 milhões por semana. E disse que não era alto. Usou os vencimentos de Cristiano Ronaldo e De Bruyne como comparação. Ambos ganham mais.

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Caso o Liverpool não chegue em um acordo com o egípcio, ele poderá assinar um pré-contrato a partir de janeiro. A ideia parece não passar por sua cabeça. "Vou ficar no Liverpool na próxima temporada com certeza, isso está claro", afirmou, nesta quarta-feira, em Paris. "Na minha cabeça, não me concentro em contrato agora", acrescentou, tentando focar somente em sua vingança pessoal contra os merengues.

Apesar de o técnico Jürgen Klopp pedir para o time não pensar em revanche, Salah não tira da cabeça a final de 2018, na qual acabou substituído no primeiro tempo após levar uma chave de braço de Sergio Ramos e ainda presenciou o Real Madrid fazer 3 a 1 e erguer a taça em Kiev.

"O que aconteceu em 2018 foi a pior coisa que pode acontecer a um jogador de futebol. Eu nunca tinha sentido algo assim no futebol, especialmente porque era a primeira final para todos nós (atual elenco do Liverpool)", enfatizou. "Mas, aí a gente se juntou mais e foi pra cima, conseguindo uma espécie de vingança vencendo no ano seguinte", disse. O quarto título, contudo, não veio com enfrentamento ao Real Madrid.

Salah frisou, novamente, que o gosto será especial caso supere os merengues neste sábado. "Todos estão motivados por causa de 2018 e também por causa de domingo, a derrota do Premier League (o Manchester City levou o Campeonato Inglês com espetacular virada sobre o Aston Villa, por 3 a 2, em seis minutos). Todas as temporadas que estive aqui lutamos por isso (Liga dos Campeões) e vamos tentar novamente."

A noite de 26 de maio de 2018, em Kiev, na Ucrânia, não sai da cabeça do técnico Jürgen Klopp. A derrota do Liverpool na final da Liga dos Campeões daquele ano para o Real Madrid ainda o incomoda. Neste sábado, as equipes se reencontram em nova decisão, agora no Stade de France, em Paris, mas o treinador descarta o clima de revanche. O alemão ainda rasga elogios ao time merengue e ao amigo Carlo Ancelotti, mas coloca a equipe inglesa em totais condições de brigar de igual para igual pelo título.

Ao responder se esqueceu aquela derrota, de virada, por 3 a 1, Klopp diz que "não". Mas tenta passar a impressão que a superou. Até porque ganhou o título no ano seguinte. "Foi uma noite muito difícil de digerir. E foram várias as chaves: como sofremos, a lesão de Mo (Salah, no primeiro tempo), em uma temporada muito longa. Nunca havíamos jogado uma final e chegamos justos. Não acredito em vingança, entendo que vingança é uma ótima ideia, mas não acho que seja a coisa certa a se fazer. Na Alemanha dizemos que você sempre se encontra duas vezes na vida", enfatizou.

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Desde a classificação dos times à decisão que o atacante egípcio Salah vem falando em tom de revanche. Klopp teme que isso possa atrapalhar e tenta tirar a pressão sobre seus comandados com discurso elogioso ao oponente, dono de 13 títulos da Liga dos Campeões e, em sua visão, o favorito.

"Se analisarmos os últimos dez minutos de cada jogo, é claro que o Real Madrid é imbatível. Se eles jogassem como contra o Manchester City a partir dos 88 minutos, seria quase impossível. Mas, felizmente, ainda faltam 88 minutos", brincou Klopp, alertando sobre o crescimento dos espanhóis no fim dos jogos da Liga dos Campeões.

"Aqui só pode haver um vencedor e você tem que lidar com isso, aprender com isso. Aprenda a preparar melhor a equipe. Faz muita diferença que já vencemos. Se você pensar no Real Madrid, eles têm Benzema, Modric, jogadores que venceram esta competição quatro vezes. Isso lhes dá uma grande vantagem", disse o técnico. "O Real é uma equipe cheia de experiência e sabe como chegar a uma final. Nossa equipe tem total confiança. É claro que eles são capazes de fazer coisas especiais. Mas também merecemos vencer a final", garantiu.

Klopp aproveitou para tecer elogios também ao técnico Carlo Ancelotti. O italiano é seu amigo pessoal e costumavam se encontrar quando ele dirigia o Everton.

"Ele é um dos melhores caras que você pode conhecer, uma pessoa bacana. Eu tenho um ótimo relacionamento com ele, mas que teve de parar quando ele estava no Everton", brincou, sobre a rivalidade dos times de Liverpool.

"Carlo é para mim um dos treinadores mais bem sucedidos do mundo. Temos uma relação fantástica, fomos jantar várias vezes. O respeito por mim não poderia ser maior. Ele nunca vai parar de ganhar, mas isso não significa nada para este jogo."

THIAGO ALCÂNTARA DE VOLTA?

Thiago Alcântara foi substituído no jogo contra o Wolverhampton Cocom dores, no fim de semana. Mas o temor que pudesse ser desfalque diminuiu bem nesta quarta-feira, quando Klopp revelou que o meio-campista melhorou bastante.

"Ele tem uma boa oportunidade de estar (no time titular da final)", afirmou o alemão. "Ele vai treinar esta tarde, já fez algumas coisas esta manhã no ginásio", disse. "Parece que ele poderá treinar amanhã, o que será um bom sinal, e a partir daí veremos."

Uefa e Adidas revelaram nesta terça-feira a bola que será utilizada na decisão de sábado entre Real Madrid e Liverpool da Liga dos Campeões da Europa. Ela será branca, com traços prateados, mas sem relação com a cor do time merengue. Trata-se de um alerta ao mundo contra as guerras e trará a palavra peace, "paz", em inglês, como protesto contra a invasão da Rússia à Ucrânia, há três meses.

Ultimamente, as bolas escolhidas para as decisões da Liga dos Campeões traziam apenas referências aos times da decisão e a palavra "final" com a cidade do palco da decisão. Desta vez, a Uefa e a Adidas se uniram para mandar a mensagem ao mundo.

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A bola do jogo será encaminhada a leilão após a decisão. Toda a renda será destinada para a ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), agência da ONU (Organização das Nações Unidas) que se dedica a ajudar a proteger as pessoas forçadas a fugir de suas casas por causa de conflitos e perseguições como está acontecendo na invasão russa à Ucrânia.

Curiosamente, a decisão seria em território russo. Estava originalmente marcada para a cidade de San Petersburgo, mas acabou mudando de sede por causa do conflito com a Ucrânia. O Stade de France, em Paris, acabou sendo escolhido e os clubes russos banidos das competições da entidade.

De acordo com a Adidas, "a bola foi projetada para transmitir uma mensagem simples de paz, pertencimento e esperança que será passada de jogador para jogador a cada chute da bola e além do Stade de France até os cantos mais distantes do mundo."

A nova Liga dos Campeões foi aprovada nesta terça-feira e será disputada em inédito formato a partir da temporada 2024/25. Serão 36 equipes ao invés das atuais 32 e não teremos mais fases prévia e de grupos. Os quatro classificados extras virão graças a seus desempenhos nos determinados países ao invés do ranking da entidade. O alto número de pontos de quem ficar atrás do campeão e do vice pode ser premiado com uma das vagas.

Em comunicado, a Uefa revelou que o "sistema suíço" introduzido nas próximas edições veio "após longas consultas às partes interessadas no jogo." Portanto, todas as entidades estavam cientes das mudanças e concordaram com as modificações, informadas no dia 21 de abril.

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As principais alterações, além do aumento de quatro vagas, estão na maneira de disputa. Antes, eram 10 partidas até a chegada à fase de grupos. Hoje serão apenas oito - quatro fora e quatro em casa - com rivais por sorteio e todas no meio de semana. Os oito melhores vão às oitavas e aguardam um playoff entre 9º e 24º que buscarão outras oito vagas. A partir daí, a fórmula continua a mesma com os mata-matas.

Os critérios de distribuição de vagas, contudo, foi a grande sacada da entidade. Antes, os melhores ranqueados ganhavam vaga caso não fossem campeões. Agora será diferente, por desempenho. Para as quatro vagas adicionais ficou decidido que uma vai para o terceiro classificado no campeonato da federação na quinta posição no ranking das federações nacionais da Uefa, atualmente o Francês; outra será concedida a um campeão nacional, aumentando de quatro para cinco o número de clubes qualificados através do chamado "Caminho dos Campeões."

Por fim, as últimas duas vagas virão como muitos países gostariam: para as federações com melhor desempenho coletivo dos seus clubes na época anterior (número total de pontos obtidos dividido pelo número de clubes participantes). Essas duas federações vão garantir um lugar para o clube melhor classificado na liga nacional atrás das posições na Liga dos Campeões. Por exemplo, no final da temporada atual, as duas federações que somam um clube à Liga dos Campeões com base no desempenho coletivo de seus clubes seriam a inglesa e holandesa.

"A Uefa mostrou hoje claramente que estamos totalmente empenhados em respeitar os valores fundamentais do desporto e em defender o princípio fundamental das competições abertas, com qualificação baseada no mérito desportivo, em plena sintonia com os valores e o modelo desportivo europeu solidário", disse Aleksander Ceferin, presidente da Uefa.

"As decisões de hoje concluem um extenso processo de consulta durante o qual ouvimos as ideias de torcedores, jogadores, treinadores, federações, clubes e ligas, para citar apenas alguns, com o objetivo de encontrar a melhor solução para o desenvolvimento e sucesso do futebol europeu, tanto a nível nacional como internacional", comentou Ceferin. "Estamos convencidos de que o formato escolhido atinge o equilíbrio certo e que melhorará o equilíbrio competitivo e gerará receitas sólidas que podem ser distribuídas aos clubes, ligas e ao futebol de base em todo o nosso continente, aumentando o apelo e a popularidade das nossas competições de clubes."

A Uefa realiza seu congresso anual na quarta-feira, em Viena, na Áustria, na expectativa de concluir a reforma no modelo de disputa da Liga dos Campeões. Entre as principais mudanças estão o fim do módulo de grupos, o aumento do número de equipes participantes - de 32 para 36 - e o incremento de mais 100 jogos na tabela, totalizando 225 partidas.

A intenção da entidade é de que as mudanças entrem em vigor a partir de 2024, abrangendo também o método de disputa da Liga Europa e da Liga Conferência. A reforma na Liga dos Campeões visa especialmente atender aos interesses das emissoras de televisão, bem como o aumento das receitas com o aumento da venda de ingressos.

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Apesar da Uefa estar confiante na efetivação das mudanças, a entidade ainda alega que o caso "não está 100%" garantido. Um dos motivos para a cautela é a grande rejeição da reforma, anunciada em 2021, mas ofuscada pela abrupta criação da polêmica Superliga Europeia, torneio privado criado pelos principais clubes do Velho Continente. O projeto não foi adiante, deixando a Liga dos Campeões em segundo plano.

LIGA DOS CAMPEÕES PODE TER MINI-TORNEIO E CALENDÁRIO APERTADO

O método de disputa proposto na nova Liga dos Campeões, uma espécie de mini-torneio, é inspirado nas competições de xadrez. A ideia é prolongar a disputa na primeira fase, com os clubes conseguindo elevar as receitas com a bilheteria, levando em consideração que os torcedores desejam assistir partidas de competições com maior prestígio.

Por outro lado, o calendário apertado do futebol europeu é o principal obstáculo de quem advoga contra a reforma. O número de datas destinadas ao "mini-torneio", inicialmente previsto em dez dias contra dez adversários diferentes, significaria um aumento de quatro jogos em relação ao método atual da fase de grupos - seis jogos, com três partidas de ida e três partidas de volta. Na sexta-feira passada, a Associação das Ligas Europeias, que reúne 30 ligas profissionais do continente, pediu um limite de oito jogos, para não invadir o espaço deixado para os campeonatos nacionais.

Gigantes do futebol europeu também se opõem a uma fase inicial mais prolongada, ainda que Nasser Al Khelaifi, comandante da Associação Europeia de Clubes (ECA, sigla em inglês), esteja na posição de presidente do Paris Saint-Germain e patrono da beIN, rede de televisão que transmite os jogos da Liga dos Campeões na França.

VAGAS POLÊMICAS

Outro ponto polêmico é a atribuição de duas das quatro novas vagas ao benefício do "coeficiente Uefa", estabelecido pelos resultados anteriores em competições europeias, oportunidade dada aos veteranos que não se qualificam para o torneio em determinada temporada. As grandes equipes são a favor deste modelo, mas a ECA defende que todos os participantes devem se classificar através dos campeonatos nacionais. Este foi justamente o argumento apresentado contra os promotores da Superliga, projeto que inicialmente estabelecia que os membros fundadores fossem classificados sem a necessidade de disputar as vagas.

"As Ligas Europeias se opõem fortemente à introdução de um sistema de cotas ligado a um suposto coeficiente de desempenho europeu, que constituiria uma segunda chance injustificada para os grandes clubes", publicou a ECA na sexta.

A reforma também pode incluir a ideia sugerida desde o ano passado pelo presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, de uma semifinal e final disputadas na mesma cidade. Vale ressaltar que os direitos televisivos das competições europeias de clubes foram avaliados em 5 bilhões de euros por ano (R$ 27 bilhões) para o período de 2024 a 2027. O valor representa um aumento de mais de 50% em relação aos direitos televisivos de 2018 e 2019.

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