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O romance “A dama das camélias" é, sem dúvida, uma das mais belas e comoventes narrativas da literatura. Seja pelo seu enredo dramático, seja pelas descrições e riqueza de detalhes (tanto de paisagens quanto de sentimentos), tal obra encontrou lugar no cânone literário. O texto de Dumas Filho, que narra a saga de amor trágico vivida pelos personagens, é um dos mais aclamados ao redor do mundo. Como uma obra tão ovacionada poderia ter alguma alteração?

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Em “Sob o olhar de Camille”, a escritora paraense Caroline Lucena não propõe mudanças no presente ou no passado da narrativa, mas coloca a visão de Marguerite Gautier sobre todos os acontecimentos como foco da trama. Releitura que evidencia o feminino acima de tudo, o projeto surgiu como um anseio da autora em responder ao final da cortesã no clássico original.

“Marguerite será vista não como sublime, vaporosa, diáfana e tantas outras definições líricas surreais (diferindo-se ainda por seu sacrifício outorgado), mas tal uma moça legítima, que sofreu como muitas e amou como poucas, que errou na justa medida de sua conversão, que possuiu uma história além daquela entrelaçada ao sobrenome Duval, que possuiria um futuro, acaso lhe houvessem permitido viver. Licença poética? Deveras”, explica a autora.

No mundo literário, Caroline produz os chamados “dramas de época”, textos com ambientação histórica diferenciada, em cada página revelando o caráter atemporal de emoções. “Sob o olhar de Camille” é a releitura da obra-prima de Alexandre Dumas Filho e traz o sagrado coração da mulher como protagonista. O livro está disponível em pré-venda no site da Editora Voz de Mulher.

Sobre a autora

Nascida em Belém do Pará, Caroline Lucena aprendeu ainda na infância a brincar e compor narrativas, encontrando nas palavras a personificação da vida. Formada em Psicologia pela UNAMA - Universidade da Amazônia, divide o amor de sua profissão com o universo das artes. Dentre ficção de época, crônicas e experiências líricas, atualmente possui quatro romances ("Olympic", "Preços e paixões", "Cartas no assoalho" e "A última pétala de Bougival"), duas coletâneas ("15 ensaios sobre o amor" e "Aforismos & reminiscências") e oito textos publicados em antologias, além de um projeto fotográfico na revista Toró Editorial e no mural colaborativo Voz & Verso.

Por Matheus Mascarenhas, especialmente para o LeiaJá.

Por Camily Maciel

A primeira edição da Feira do Livro, na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, em São Paulo, terá Mia Couto, Djamila Ribeiro, Ailton Krenak e Drauzio Varella entre os convidados da mesa literária. O evento, gratuito, ocorre entre os dias 8 e 12 de junho e é inspirado nos modelos de feiras de rua comuns em cidades como Lisboa e Madrid, nas quais os livros são expostos em parques e praças abertos à circulação do público.

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A intenção, segundo os organizadores, é propor novas possibilidades de ocupar o espaço público e histórico de São Paulo. A Feira vai ocupar uma área que geralmente é destinada de forma exclusiva ao estacionamento de carros, e as editoras e livrarias poderão dispor seus lançamentos e acervos em tendas espalhadas pela área, que estará fechada para o trânsito. Ao todo, são 120 editoras e livrarias e mais de 55 convidados das mesas literárias. Além do escritor moçambicano Mia Couto, a angolana Yara Nakahanda Monteiro, o francês Bill François e a espanhola María Dueñas são os convidados internacionais do evento. 

A abertura oficial será às 15 horas da quarta-feira (8) e terá a apresentação de um slam de poesias, seguido de uma mesa literária com Lilia Schwarcz e Mia Couto. As mesas e debates vão se dividir entre o palco da Praça, ao ar livre, e o Auditório Armando Nogueira, no Museu do Futebol. Temas como urbanismo, direitos humanos, ciência e política serão discutidos ao longo dos cinco dias. No domingo (12), no Dia dos Namorados, o amor será o foco da conversa entre a cantora Letícia Letrux e o escritor e pesquisador Renato Noguera.

A roda de conversa promovida pela Casa das Artes, na última terça-feira (24), por meio da Fundação Cultural do Pará, contou com a presença do escritor Denilson Monteiro, que esteve em Belém com o objetivo de concluir pesquisas e entrevistas para o novo livro que está escrevendo, "Ruy Barata, uma biografia”. Denilson é paraense e vive no Rio de Janeiro. O trabalho está sendo produzido desde 2020.

“Esse livro estava previsto fazer parte das programações centenárias do Ruy Barata, em 2020. Agora já tem boa parte escrita, eu precisei vir aqui pra Belém porque não teria sentido terminar o livro sem passar pelos locais por onde ele passou e visitou”, ressalta o escritor.

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Em sua obra, Denilson vai abordar os primeiros anos da vida de Ruy Barata, o convívio com a elite de Belém, sua vida em família, o interesse pela política como oposição à ditadura Vargas no Estado Novo e a seu interventor no Pará, Magalhães Barata, a eleição e mandato como deputado federal, a perseguição e as prisões durante a ditadura militar. Também fala de poesias e da parceria musical com o filho, Paulo André Barata, que resultou em várias composições de sucesso.

Ruy Barata nasceu em Santarém, Pará, em 25 de junho de 1920 e morreu em 23 de abril de 1990, em São Paulo. Mudou-se para Belém aos 10 anos, para estudar. Foi professor de Literatura da Universidade Federal do Pará (UFPA), historiador, advogado, político, jornalista e poeta. Iniciou a faculdade de Direito em 1938 e, por influência do pai, Alarico Barata, aos 26 anos entrou na política. Sua trajetória política é refletida em diversos poemas e estudos, como “Me trae una Cuba Livre/Porque Cubra libre está”.

Seu primeiro livro de poemas foi publicado em 1943, chamado de “Abismo dos Medos”, com apoio do poeta e romancista paraense Dalcídio Jurandir. Casou-se com Norma Barata, com quem teve sete filhos. Entre eles, Paulo André Barata, seu parceiro em várias canções, como “Pauapixuna”, “Esse Rio é Minha Rua” e “Foi Assim”. Essas se tornaram clássicos da MPB e foram interpretadas por vários cantores paraenses, como Fafá de Belém, que levou a obra do artista para todo o país.

Suas ricas obras inspiram e se encontram presentes até hoje nas mais variadas manifestações culturais. Em dezembro de 2020, comemorando o centenário do poeta, o Governo do Pará criou o “Ano Cultural Ruy Barata”, que compreende todas as manifestações culturais promovidas no Estado do Pará neste ano. Um ano antes, em 2019, Denilson foi convidado e iniciou sua pesquisa e escrita sobre o poeta.

O escritor conta que Ruy Barata era contra a exploração do homem e preocupado com as injustiças sociais e causas ambientais, especialmente na Amazônia. “Era um homem que, muito tempo antes de se falar, de se ter essa coisa da ecologia, já tinha uma preocupação com a devastação da Amazônia e, por conta disso, já era chamado de comunista mesmo antes de ser. Depois, ele, realmente, entrou para o Partido Comunista Brasileiro – PCB – e foi perseguido pela ditadura cívico-militar, foi impedido de fazer uma das coisas que ele mais gostava na vida, que era lecionar”, relata.

Denilson também ressalta sobre a vida boêmia do poeta e sua capacidade de envolver-se com os que estavam ao seu redor, independentemente da faixa etária, tratando todos de igual para igual. “Ele era uma figura muito importante, tanto que você vê busto e estátua pela cidade; terminal hidroviário com o nome dele. Ele tinha uma letra dele dizendo: ‘Eu sou de um país que se chama Pará’. Ele tinha orgulho de ser paraense”, diz.

Denilson Monteiro nasceu em 1967, em Belém. É autor das obras “A bossa do lobo: Ronaldo Bôscoli” (2011), biografia do jornalista e compositor Ronaldo Bôscoli; “Divino Cartola: uma vida em verde e rosa” (2013), fotobiografia do compositor Cartola; e “Chacrinha: A Biografia” (2014).

Por Amanda Martins, Juliana Maia, Lívia Ximenes e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Nesta quarta-feira (25) é celebrado mundialmente o Dia do Orgulho Nerd, também conhecido como Dia da Toalha. Ao redor do mundo, essa data é usada para realizar atividades temáticas e recreativas envolvendo seus personagens e histórias favoritas, seja em filmes, quadrinhos etc. Mas, você sabe de onde vem esta data?

Existem dois motivos principais para o dia 25 de maio ser escolhido como o Dia do Orgulho Nerd pela comunidade. O primeiro é o livro “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, lançado em 1979, primeiro livro da série escrita por Douglas Adams e um marco na cultura nerd. No livro, acompanhamos a história da exploração espacial e extraterrestre do humano Arthur Dent.

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A toalha, no universo do Guia, é descrita como um dos objetos mais úteis em viagens intergaláticas, contando com funções além das óbvias. Pelo aspecto inusitado, a toalha tornou-se um símbolo para os amantes da obra. Logo após o falecimento de Douglas Adams, em 2001, os fãs saíram com toalhas na rua para homenageá-lo, isso aconteceu em 25 de maio. A partir deste dia a data ficou conhecida como Dia da Toalha.

Outro motivo da data está relacionado a Star Wars. Star Wars: Uma Nova Esperança, o primeiro filme da franquia de George Lucas, que estreou nos cinemas em 25 de maio de 1977. Assim, a data tornou-se importante para diversos amantes da cultura nerd.

Por Matheus de Maio

Nesta quinta-feira (19) completam-se dez anos que Elize Matsunaga matou e esquartejou o empresário Marcos Matsunaga (1970-2012), seu então marido. Condenada a 16 anos e três meses, Elize planeja publicar sua versão do crime em forma de livro autobiográfico, que já tem mais de 150 páginas. 

Chamado “Piquenique no Inferno”, foi escrito à mão no cárcere para pedir perdão à filha, que ela não vê desde 2012. Na obra, relembra o estupro na adolescência e violência doméstica. E narra o homicídio e o justifica, dizendo que o cometeu em resposta às  constantes ofensas e agressões do marido.  

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“Minha amada (filha), não sei quando você lerá essa carta ou se um dia isso irá acontecer. Sei o quão complicada é a nossa história, mas o que eu escrevo aqui não se apagará tão fácil”, escreveu Elize, atualmente com 40 anos, numa carta incluída na obra. No manuscrito, feito num caderno com o desenho de crianças na frente de uma escola, ela conta sua vida antes, durante e após de ter sido presa e julgada pelo crime. Essa versão de Elize para o crime já era conhecida da polícia e da Justiça, mas é a primeira vez que ela mesma decide transformar o relato em um livro.

O crime foi cometido em maio de 2012, no apartamento do casal e teve repercussão na imprensa por envolver um empresário herdeiro da indústria de alimentos Yoki. Por decisão da Justiça, a guarda da filha está com os avós paternos, que proíbem o contato da criança com a mãe.

A expectativa de Elize é de que a menina, atualmente com 11 anos, possa ler a obra um dia, quando estiver adulta, e conhecer a versão da mãe sobre os fatos.  Elize cumprirá a pena até 2028 na penitenciária feminina de Tremembé, no interior de São Paulo.

Por Camily Maciel

 

O Sindicato Nacional dos Servidores do Ipea (Afipea) lançou, nessa terça-feira (3), o livro Assédio Institucional no Brasil: Avanço do Autoritarismo e Desconstrução do Estado, organizado pelos pesquisadores da entidade José Celso Cardoso Júnior, Frederico Barbosa, Monique Florencio e Tatiana Lemos Sandim a partir de 211 denúncias, reportagens de jornais e mídias em redes sociais. O grupo entende como “assédio institucional” o conjunto de práticas supostamente antiéticas empregadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Este livro nasceu de inquietações, angústias e medos. O assédio institucional no setor público brasileiro, fenômeno novo e perturbador — presente com força desde o golpe de 2016 e hoje largamente disseminado pelo governo Bolsonaro, mormente em âmbito federal — é o conceito, o mote e a expressão por nós utilizada neste livro para caracterizar esse processo virulento e insidioso”, dizem os pesquisadores na apresentação do livro.

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Do total de denúncias, 21 se referem ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). A sequência também apresenta denúncias de servidores do Ministério da Educação (MEC), com 19 episódios; o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com 15 casos cada. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) teve 13. 

O livro foi publicado pela Editora da Universidade Estadual da Paraíba, com apoio de grupos como o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABDJ). Ao todo são 20 artigos de 51 pesquisadores de diversas instituições e universidades. Segundo o organizador José Celso Cardoso, a obra mostra que os ataques não são isolados e nem esporádicos. 

Para os pesquisadores, a publicação serve para mapear o avanço do “liberalismo fundamentalista”, que eles classificam como “antinacional, antipopular e antidesenvolvimento”; ataques à Constituição e a desconstrução do Estado nacional, suas organizações, institucionalidades, políticas e servidores públicos.

“Neste sentido, este livro pode ser visto, ao mesmo tempo, como registro teórico e empírico acerca do assédio institucional, aqui entendido como técnica ou método deste governo para levar a cabo, cotidianamente, os seus intentos político-ideológicos, mas também como comprovação fática dos seus malfeitos e crimes contra a administração pública federal, servidores públicos e contra a população em geral”, avaliam.

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 O Dia da Literatura Brasileira é uma homenagem e incentivo à leitura no país, comemorado anualmente no dia 1 de maio. No Brasil, a porcentagem de escritoras mulheres ainda é pequena se comparada aos escritores homens. Por isso, cada conquista feminina importa. Como a da escritora e jornalista, Karla Maria, que ganhou o Prêmio Guarulhos de Literatura em primeiro lugar na categoria “Livro do Ano” e em segundo lugar como “Escritora do Ano”, com sua obra “O Peso do Jumbo”. 

O livro apura histórias de dentro e fora dos presídios de São Paulo e Rio Grande do Sul, revela a humanidade e a falta dela no sistema que aprisiona sem expectativa de ressocialização e de combate ao crime. “Mulheres de chapinha no cabelo e havaianas nos pés dividem espaço com crianças e suas sacolas na fila na porta de um presídio masculino. Elas carregam alimentos, histórias e pecados alheios. É o peso do jumbo”, começa a sinopse do livro. 

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“Falamos de uma sociedade totalmente desigual (...) e hoje, em 2022 eu penso que,  nossa, eu escreveria isso diferente, escreveria melhor (...) eu nunca vou alcançar a perfeição da pesquisa e do meu texto”, afirma a jornalista e escritora Karla Maria sobre o processo de escrever o livro. 

Karla Maria participou da Feira Literária que ocorreu na Universidade Guarulhos, em 28 de abril, juntamente com outros escritores como Alex Francisco e Luciene Muller. No evento, houve a exposição dos livros de cada autor e uma palestra.  

Por Camily Maciel

Na próxima sexta-feira (6), o músico e escritor Fred Anjos vai lançar na Casa Balaio, em Casa Amarela, o seu primeiro livro. Intitulado A Morte das Coisas que Acredito, o projeto do artista recifense interliga o universo da música com a magia da literatura. "O livro é uma provocação, vem para suscitar dúvidas e nos fazer pensar - Por que morremos? Por que sofremos?", explica Fred.

Radicado em Lisboa, Portugal, o autor aborda no drama ficcional a história de Pedro Blantes, um garoto que enfrenta dúvidas existenciais e confrontos filosóficos. Durante o encontro com os leitores, Fred Anjos vai bater um papo no local sobre a obra e apresentar um pocket show com músicas que embalam a trama da publicação.

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Fred aproveitará a interação com o público para autografar os livros. O evento está marcado para começar às 19h.

Serviço

Lançamento do livro A Morte das Coisas que Acredito, de Fred Anjos

6 de maio | 19h

Casa Balaio - Rua Ferreira Lopes, 129, Casa Amarela

Couvert artístico do pocket show: R$ 15

Preço do livro: R$ 40

Menor que uma carta de baralho, um livro de poemas escrito por Charlotte Brontë quando ela tinha 13 anos foi comprado por 1,25 milhão de dólares por uma associação literária britânica, que anunciou nesta segunda-feira (25) que vai doá-lo ao museu dedicado a essa autora inglesa do século XIX.

Com o título "A Book of Ryhmes by Charlotte Brontë, Sold by Nobody, and Printed by Herselt" (Um Livro de Rimas de Charlotte Brontë, Vendido por Ninguém e Impresso por Ela Mesma), o manuscrito de papel pardo de 15 páginas, datado de 1829, costurado à mão e composto por uma coleção de dez poemas inéditos, foi anunciado na semana passada em Nova York.

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Colocado à venda por um proprietário anônimo, foi comprado por US$ 1,25 milhão pela Friends of National Libraries, uma organização britânica sem fins lucrativos que trabalha para preservar a herança literária do país.

"Salvar o pequeno livro de Charlotte Brontë é uma grande conquista para o Reino Unido", afirmou Geordie Greig, presidente da associação, que o doará ao Museu Brontë, situado em Haworth, no norte da Inglaterra, onde a escritora cresceu.

Nascida há 206 anos em 21 de abril de 1816, quando criança Charlotte se divertia com suas irmãs e irmão inventando histórias intrincadas em um mundo de fantasia sofisticado.

Seu trabalho posteriormente gerou clássicos da literatura inglesa como "Jane Eyre" de Charlotte Brontë, "Wuthering Heights" de Emily Brontë e "The Lodger of Wildfell Hall" de Anne Brontë.

Em novembro de 2019, um manuscrito em miniatura de Charlotte Brontë já havia sido vendido por cerca de US$ 850.000.

Em dezembro passado, os Amigos das Bibliotecas Nacionais já compraram uma coleção de livros e manuscritos, incluindo sete miniaturas de Charlotte, por 15 milhões de libras (19,5 milhões de dólares).

O poeta Cássio Tavares lança, neste sábado (9), o seu primeiro livro autoral de poesias. A obra intitulada ‘A Quarta Ponta do Triângulo’ conta com apoio do edital LAB-PE21. O livro trata de temas sobre cidade, cotidiano, desigualdade social, amor e as experiências pessoais do autor, “um poeta e trabalhador que transita na cidade caótica e, sobretudo, que a reinventa”

Segundo Cássio, “sua poesia traz as marcas e os gestos das emoções cotidianas vividas no urbano por pessoas que transitam pela cidade do Recife”..O lançamento do livro acontece às 19 horas, no espaço cultural República Independente da Várzea, que fica na rua Azeredo Coutinho, 105, Várzea, Recife.

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Nesta quarta-feira (16) em Londres, o livro escrito por uma jornalista britânica, Catherine Belton, que aborda sobre os amigos milionários e o próprio presidente da Rússia Vladimir Putin, está no topo da lista dos mais vendidos do Reino Unido, depois que a autora foi processada pelo proprietário do Chelsea, Roman Abramovich. 

“Putin’s People”, de Catherine Belton, foi publicado pela primeira vez em 2020. “É o livro de não-ficção mais vendido no Reino Unido”, afirmou a diretora editorial da William Collins Books, Arabella Pike. O livro foi um bestseller do ''Sunday Times” quando lançado e as vendas dispararam novamente com a invasão russa à Ucrânia. O livro criticado enfrentou uma série de ações judiciais sob influência russa, incluindo o proprietário Abramovich, que comprou o Chelsea em 2003.

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“Gostaria que as circunstâncias fossem diferentes. Mas estou muito grata por toda a atenção que ‘Putin’s People’ está recebendo”, escreveu Belton no Twitter, agradecendo à editora Harper Collins por manter o livro apesar dos processos. 

A editora chegou a um acordo extrajudicial em dezembro do ano passado com Abramovich. A União Europeia (UE) adotou, nesta segunda-feira (14), novas sanções contra a Rússia por sua invasão à Ucrânia, do qual diplomatas afirmam incluir Abramovich. 

Por Camily Maciel

 

 

 

 

Nesta terça-feira (8), a editora Simon and Schuster anunciou que Bob Dylan planeja publicar um novo livro em novembro. Com o título de “The Philosophy of Modern Song”, o livro está previsto para o dia 8 de novembro. Ele inclui mais de 60 ensaios inspirados em artistas como Hank Williams e Nina Simone, além de letras de suas músicas, informou a editora. Não há informação sobre a edição da nova obra em português. 

Será a primeira publicação de Dylan em quase duas décadas desde “Chronicles, Volume One”, em 2004. Existem comentários dos fãs durante anos de que haverá um segundo volume de “Chronicles”, contudo, o livro do momento é “Philosophy”.  

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O artista americano começou a escrever seu novo livro em 2010. “O lançamento do brilhante trabalho caleidoscópico de Bob Dylan será uma celebração internacional das músicas de um dos maiores artistas de todos os tempos”, afirmou o diretor da Simon e Schuster, Jonathan Karp, em comunicado. 

Dylan surgiu na cena folk de Nova Iorque no início de 1960 e vendeu mais de 125 milhões de discos em todo o mundo. O artista mantém uma programação de shows que deve terminar em 2024.  

Em 2016, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura por “ter criado uma nova expressão poética com a grande tradição da canção americana”. Em 2020, lançou seu 39º álbum de estúdio, “Rough and Rowdy Ways”, com aprovação da crítica.  

Por Camily Maciel

Parece que depois que se envolveu com Kanye West e mesmo após ter terminado o romance com o rapper, Julia Fox não teve mais paz em sua vida. Recentemente, a atriz foi até as suas redes sociais para esclarecer alguns boatos.

Pois é, Julia fez questão de deixar bem claro que não está escrevendo livro algum sobre Kanye West e ficou até um pouco alterada sobre toda essa polêmica. Lembrando que os dois ficaram juntos por menos de dois meses.

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"Quando eu disse: você vai quer comprar o livro, eu estava me referindo a um livro que escrevi no ano passado sobre o qual falei muitas vezes. Só para constar. Eu também nunca usei o termo modo Goblin, contou a atriz após ter sido acusada de ter usado um termo pejorativo para descrever uma pessoa ou animal agindo de forma selvagem".

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O livro “Como lidar com uma Amazônia sensível: identidades, direitos e qualidade de vida em comunidades urbanas, rurais, ribeirinhas e quilombolas no Pará”, organizado pelos pesquisadores João Cláudio Arroyo, Hilton Silva e Poliana Bentes, foi lançado na noite de terça-feira (15), na UNAMA – Universidade da Amazônia, campus da Alcindo Cacela, em Belém.

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O professor e mestre em Economia João Claudio Arroyo diz que a obra propõe a reflexão sobre o papel dos amazônidas no processo de desenvolvimento. Para isso, ele entende que é necessário refletir também sobre o que significa esse desenvolvimento. “É só crescer a produção ou é a qualidade de vida, saúde, educação das pessoas?”, questiona.

O professor explica que, se focarmos no nível e na qualidade de vida das pessoas, é possível perceber que esse processo é fundamental no cotidiano delas. “É impossível pensar o desenvolvimento da Amazônia sem a inclusão das comunidades rurais e urbanas”, afirma.

Arroyo ressalta que o desenvolvimento econômico pressupõe a inclusão das comunidades e aprendizados com os valores e com a cultura delas, para que haja a compreensão de que a qualidade de vida desses povos não pode ser elevada sem a interação. “Essa é a principal mensagem no nosso livro”, destaca.

Apesar de ter sido organizada por três pessoas, a obra foi escrita por 15 autores – pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), da UNAMA, do Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral) – e conta com o apoio do UNICEF, reunindo aprendizados com quilombolas, indígenas, ribeirinhos e comunidades urbanas. “Esse livro expressa esse ponto de maturidade como cientistas deste grupo de autores”, diz o professor.

Arroyo diz ainda que, para o Programa de Pós-Graduação em Gestão de Conhecimentos (PPGC) da UNAMA, o livro também é muito importante por apontar o caminho de prestação de serviço para a sociedade e de diálogo com os tomadores de decisão. “Não podemos mais insistir em coisas que não deram certo. Então, é o compromisso da UNAMA e do PPGC, em particular, levar soluções para a sociedade”, afirma.

A pesquisadora Poliana Bentes, mestre em Gestão de Conhecimento para o Desenvolvimento Socioambiental, conta que foi uma honra poder organizar essa obra que apresenta tantas experiências e vivências, principalmente de grupos que são muito vulneráveis. “Poder ter esse olhar e levar esse conhecimento para a sociedade é muito gratificante”, relata.

A respeito da contribuição do lançamento do livro para o desenvolvimento do PPGC, Poliana afirma que acadêmicos devem produzir e levar cada vez mais informações para que elas não fiquem somente na universidade. “Que elas possam chegar a ter acesso e que as pessoas possam também conhecer essa realidade”, diz.

A assessora de comunicação do UNICEF na Amazônia, Ida Oliveira, esteve no evento e explica que o lançamento do livro foi uma oportunidade muito importante de dar visibilidade a uma comunidade que era e continua sendo invisível. “Os quilombolas no Pará, como na Amazônia de uma maneira geral, são invisíveis. Há uma impressão de que Amazônia é indígena, mas Amazônia é negra e certamente até mais que indígena”, afirma.

Ida ressalta que há uma mistura de etnias, cores e de culturas na região amazônica que poucas pessoas conhecem. “O registro disso, o conhecer isso, possibilita que a gente possa de fato contribuir para outra Amazônia. Uma Amazônia em que os direitos dessas populações, de crianças e adolescentes possam ser respeitados e de fato realizados”, reforça.

Além disso, Ida acrescenta que a obra também contribui para que essas comunidades tenham capacidade e competência para escrever a própria história. “Não teria sentido a gente apoiar o fortalecimento comunitário, a construção dessa identidade, dessa visibilidade, se a própria comunidade não fosse ela mesma protagonista da sua história, então eu fico muito feliz de o UNICEF ser parte disso”, enfatiza.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, também esteve presente no lançamento e parabenizou a UNAMA pela vitória do saber científico. Para ele, o livro não se resume a um manual. “É um conjunto de artigos que tentam captar a alma daquela comunidade, o seu modo de relacionar com a natureza, os modos de viver naquele lugar, os modos de relação entre as pessoas, e que se expressam na cultura, no trabalho, nos sonhos”, afirmou.

Edmilson Rodrigues destacou que a grande contribuição do livro é incentivar a sensibilidade e permitir que as pessoas aprendam sobre a essência da Amazônia, que é a sua natureza e o seu povo na sua diversidade.

“São muitos povos na Amazônia, são muitas línguas, muitas culturas. E estudar com foco na antropologia, na economia solidária, em uma comunidade quilombola é realmente a possibilidade de estabelecer uma revolução para aquela comunidade e para todas as demais que possam se apropriar desse conhecimento”, conclui.

Por Isabella Cordeiro.

Acreditava-se que a pesquisa acabaria com um dos maiores mistérios da Segunda Guerra Mundial, mas um novo livro sobre a adolescente judia Anne Frank se viu, rapidamente, no centro de uma polêmica.

O livro "Quem Traiu Anne Frank?", da canadense Rosemary Sullivan, foi duramente criticado por historiadores e organizações judaicas na Holanda. Em suas páginas, explica que o tabelião judeu Arnold van den Bergh teria revelado o esconderijo da família de Anne Frank em Amsterdã para salvar sua própria família.

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O diretor do Conselho Judaico Central (CJO) na Holanda julgou os resultados da investigação "extremamente especulativos e sensacionalistas".

O ex-agente do FBI Vincent Pankoke, que liderou a investigação por seis anos, criticou esses "ataques virulentos" em um comunicado na quarta-feira, que atribui à conclusão controversa do livro: um judeu os traiu.

A adolescente Anne Frank é conhecida por seu diário escrito entre 1942 e 1944, enquanto se escondia com sua família em um apartamento clandestino em Amsterdã. Ela foi presa em 1944 e morreu no ano seguinte, aos 15 anos, no campo de concentração de Bergen-Belsen.

Os investigadores asseguram que as provas contra o tabelião são apoiadas por técnicas modernas e uma carta anônima enviada ao pai de Anne Frank após a guerra, que o identificava como informante.

- 'Lacunas' -

As conclusões do livro "se baseiam principalmente em uma carta encontrada depois da guerra", disse à AFP o presidente do CJO, Ronny Naftaniel.

Van den Bergh, que morreu em 1950, "não pode se defender" e as provas apresentadas contra ele "nunca encontrariam um caminho perante um tribunal", estima o representante judeu.

A investigação "se aproxima de uma teoria da conspiração", disse John Goldsmith, presidente da Fundação Anne Frank, ao jornal suíço Blick.

Organizações judaicas holandesas pediram que o livro seja retirado de circulação.

A editora Ambo Anthos pediu desculpas "por não ter tomado uma posição mais crítica" e adiou novas edições, informou o canal de televisão público holandês NOS.

"A história simplesmente contém muitas lacunas sobre Arnold van den Bergh", disse à AFP Johannes Houwink ten Cate, professor da Universidade de Amsterdã especializado no Holocausto.

Arnold van den Bergh e sua família se esconderam no início de 1944, meses antes de os nazistas entrarem no abrigo dos Frank, disse o professor.

"Por que Van den Bergh arriscaria revelar seu próprio esconderijo? É inconcebível", apontou.

- Teoria 'mais plausível' -

A autora do livro disse em um comunicado na segunda-feira que a investigação foi "profissional" e "profunda" e é um testemunho convincente de uma época em que os cidadãos se deparavam com escolhas impossíveis para salvar suas famílias.

De sua parte, Pankoke repetiu que sua hipótese era "a teoria mais plausível". "Há um conjunto de provas, apoiado por depoimentos de testemunhas e uma cópia de uma prova física apresentada [...] pelo próprio Otto Frank".

Em sua opinião, o principal motivo da polêmica é a afirmação de que "os judeus foram forçados a trair uns aos outros".

Mas identificar um suspeito não implica condená-lo, diz ele. A mensagem é clara: "sem os ocupantes nazistas, nada disso teria acontecido".

O livro “Como lidar com uma Amazônia sensível: identidades, direitos e qualidade de vida em comunidades urbanas, rurais, ribeirinhas e quilombolas no Pará”, de autoria dos pesquisadores João Claudio Arroyo, Hilton Silva e Poliana Bentes, terá lançamento na próxima terça-feira (15), em Belém. O evento será realizado às 18 horas, no auditório David Mufarrej, na UNAMA - Universidade da Amazônia, campus da Alcindo Cacela.

O livro apresenta a síntese de um aprendizado da relação da cultura ocidental, colonizadora, com a Amazônia daqueles que resistiram à violência da ocupação. O foco do trabalho são as diferentes comunidades que se formaram na região, explica o professor João Claudio Arroyo.

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“Essas comunidades se tornaram referências de uma cultura inovadora, porque tiveram que se reinventar para poder viver na floresta e fazer da floresta um lugar de realização de uma nova cultura”, observa Arroyo.

Segundo o professor, a obra reflete sobre a pluralidade de contribuições da Amazônia às organizações sociais da região, ainda que existam populações tradicionais, de índios e quilombolas, que estão à margem do seu próprio processo de desenvolvimento.

“Esse livro pretende contribuir com formadores de opinião, formadores de políticas públicas, de pensadores, lideranças sociais, para que entendam que nessa relação com as comunidades da Amazônia é preciso ter um respeito às culturas, um respeito ao tempo de cada comunidade, para fazer com que os projetos realmente promovam o desenvolvimento humano da região”, afirma Arroyo.

O professor também fala sobre a importância de abordar essa temática. “É preciso que a gente aprenda, e esse livro está recheado de aprendizados, para que a gente possa converter os investimentos em real desenvolvimento”, ressalta.

Docente da UNAMA, João Claudio Arroyo é mestre em Economia e pesquisador em Economia Solidária. Doutor em Antropologia e Bioantropologia, Hilton Silva coordena o Laboratório de Estudos Bioantropológicos em Saúde e Meio Ambiente (LEBIOS/CNPq) e é docente do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Doutoranda em Administração pela UNAMA, Poliana Bentes tem mestrado em Gestão de Conhecimento para o Desenvolvimento Socioambiental. 

Por Isabella Cordeiro.

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A pesquisadora Carla Georgia Travassos Teixeira Pinto, professora de Letras e Pedagogia, mestra pelo programa de pós-graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura da UNAMA - Universidade da Amazônia e doutoranda em Comunicação, Cultura e Amazônia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), publicou o livro "Desafios e Descobertas do Universo Surdo", pela editora Dialética. O trabalho é baseado nas experiências pessoais da autora, que é portadora de deificiência auditiva.

Carla Pinto procura passar seus conhecimentos e aprendizados para outras pessoas surdas. A obra pretende mostrar que não existe incapacidade no ser humano. “Busco fazer com que pessoas surdas sejam reconhecidas não por serem surdas”, destaca.

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Segundo a professora, as pessoas surdas devem ter a oportunidade de se expressar e o livro busca colaborar para a formação do sujeito surdo sem medo. A autora já está com outro projeto em andamento, baseado em textos criados por seus alunos atuais que são portadores de surdez. “Nós, surdos, ouvimos muito mais que muitos ouvintes”, afirma Carla.

O livro foi lançado no final de dezembro de 2021 e está disponível no site (link aqui), nas Lojas Americanas e na Amazon, em forma de e-book.

Por Alessandra Nascimento.

Utilizando aparelhos celulares para ensinar História aos alunos, o professor Anderson Rodrigo Silva lançou, no sábado (15), o livro "Ensinar e aprender História na era dos smartphones". A obra resultou do trabalho desenvolvido com alunos de ensino médio da escola estadual Acy de Barros, em Belém.

O professor pesquisador Anderson Rodrigo Silva desenvolveu um projeto de curtas-metragens com alunos do 3⁰ ano do ensino médio da escola Acy de Barros, no bairro da Sacramenta, utilizando os celulares dos alunos para a interação com a disciplina. As atividades foram realizadas no ano de 2018 como pesquisa para a dissertação do professor. 

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No início as atividades, o professor adequou os conteúdos de História para o principal aparelho utilizado pelos alunos, que é o smartphone. "Eles realizaram pesquisa e, num segundo momento, a gente desenvolveria curtas-metragens utilizando o smartphone para gravar", continuou.

O tema base para as aulas foi o período do Regime Militar iniciado em 1964. "Os alunos egressos de outras escolas nunca haviam estudado. Então também foi uma outra motivação para que eu trabalhasse com eles em sala de aula", pontuou Rodrigo.

A motivação para publicar o livro levou em consideração o período de desenvolvimento da pesquisa, em 2018, salienta o escritor. Para o trabalho em grupo, os estudantes usaram materiais selecionados de sites de historiadores orientados por Rodrigo. Para o professor, é importante o uso das tecnologias digitais para auxiliar no desenvolvimento intelectual dos alunos. "As tecnologias estão aí.  Vamos ter que conviver com elas. Esse livro, de certo modo, busca debater essas questões do século XXI e como a gente pode trabalhar com eles [alunos] de uma forma que busque potencializar  o ensino", finalizou.

Os interessados na obra podem adquirir o exemplar através do e-mail:

rodrigoatsilva5@gmail.com/rodrigo_atsilva@yahoo.com.br

Por Quezia Dias.

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Motivadas por acreditarem na necessidade de um espaço para diálogo, reflexão e experimentação de novas práticas pedagógicas, as professoras Lília Melo e Débora Ferreira criaram e estão lançando a obra “Letramentos no Ensino Médio: prática docente, resistência e sobrevivência na periferia da Amazônia”. O lançamento oficial vai ser nesta sexta-feira (14), às 19 horas, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Brigadeiro Fontenelle, na Terra Firme, em Belém.

Lília Melo afirma que é importante entender o novo processo de ensino-aprendizagem e ter novas perspectivas acerca da educação. “Foi a partir da tese de doutorado defendida pela professora Débora Ferreira, na Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, que decidimos transformar em uma linguagem mais didática, mais acessível no livro”, explica.

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A educadora diz que a produção do livro se deu a partir da pesquisa que acompanha a prática pedagógica dela desde o início do projeto “Juventude preta periférica – do extermínio ao protagonismo”, e traz a perspectiva de uma narrativa contra-hegemônica dentro de um processo dialógico que considera saberes ancestrais e populares como saberes científicos, e que ao serem reconhecidos dessa forma devem ser levados à escola para serem aprendidos e respeitados.

Lília Melo acrescenta que as concepções pedagógicas de educadores como Paulo Freire, Lélia Gonzalez e de outras referências são importantes para despertar o protagonismo do aluno. “Os fazeres culturais, os dons artísticos de uma comunidade precisam estar presentes no cotidiano da escola”, ressalta.

O principal objetivo da obra, segundo a professora, é a desconstrução da ideia distanciada que existe de conhecimento acadêmico. Lília Melo afirma que é importante perceber que há uma prática pedagógica científica atuante dentro das periferias e das escolas públicas, e que ela precisa ser considerada dentro das academias.

“Ela precisa ser estudada, ser percebida e respeitada, e ao ser respeitada, reverberada por vários outros territórios. Nós estamos falando especificamente de um território da Amazônia, que pode se comunicar com outros territórios, tanto no Brasil, quanto fora dele. Então, esse é o principal objetivo: estabelecer diálogo e socializar experiências que já deram certo, e o que os resultados comprovam de que realmente deram certo”, reitera.

A educadora afirma que a obra tem muito a contribuir para a educação brasileira, considerando que estamos vivendo o retorno presencial das aulas em um contexto cheio de receios. A partir disso é possível perceber as necessidades da comunidade e da escola como um todo, especificamente da pública, com a finalidade de acolher essas demandas e trazer soluções para o enfrentamento desse contexto.

Lília Melo destaca que agora é necessário cuidar também da saúde mental, não somente dos alunos, mas dos responsáveis por eles, e das pessoas que se relacionam diretamente com eles. “Isso já deveria ter sido tratado, e isso já teria sido cuidado muito antes do momento pandêmico. Muito antes desse momento nós já deveríamos ter essa preocupação”, aponta.

Ela ressalta que o aluno que está dentro de sala de aula é um sujeito construído socialmente e essa comunidade com quem ele se relaciona diretamente precisa ser compreendida também. “Para que ela seja compreendida, é necessário perceber a identidade sócio-histórico e político-social de um território ao qual ele pertence”, afirma.

Para adquirir um exemplar, entrar em contato com Lília Melo:

Instagram: @liliamelotf

WhatsApp: (91) 99217-6292

Por Isabella Cordeiro.

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A educadora, imortal da Academia Paraense de Letras (APL) e reitora da UNAMA - Universidade da Amazônia, Maria Betânia Fidalgo Arroyo, reabriu a coletânia Baú da Professora e lançou o segundo livro da série na última quinta-feira (16), chamado “Dona Nazaré do Jamaci – Coração e Educação”. O lançamento foi realizado no auditório David Mufarrej, no campus da Alcindo Cacela, em Belém.

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O evento, que teve início durante a tarde, contou com a participação de vários convidados, incluindo amigos da educadora, professores, e também do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues. A professora Betânia Fidalgo falou a respeito da obra, a qual relata a história da ilha do Paquetá, no furo do Jamaci, e que está relacionada à construção de mulheres fortes que mudaram a história desse lugar.

Segundo ela, trata-se de um livro infantil que fala sobre solidariedade e os contextos amazônicos das ilhas ribeirinhas de Belém. “Tenho certeza que vai contribuir para a formação dessas crianças e jovens”, acrescentou.

A professora afirmou que a intenção da obra é transmitir o contexto ribeirinho da Amazônia, além de desmistificar a ideia de que as escolas e as comunidades ribeirinhas são exóticas. “Elas são pessoas reais, de um mundo real, que têm uma experiência e uma vida enorme para contar para quem está aqui no continente”, ressaltou.

O professor Rômulo Silva Pinheiro esteve no evento e adquiriu dois livros durante o lançamento. “Vou ler junto ao meu filho, estou muito feliz. É grande a expectativa para esse momento, acho muito importante”, afirmou.

A escritora e também imortal da Academia Paraense de Letras Sarah Castelo Branco disse ser uma honra imensurável participar do lançamento da obra. “Eu desejo à professora Maria Betânia todo sucesso, pessoa que muito dignifica e honra a literatura do nosso Estado”, afirmou.

Por Isabella Cordeiro.

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