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Os EUA aplicaram na segunda-feira, 2, a primeira multa por criação de lixo espacial. A multa foi destinada à empresa Dish Network, de transmissão de TV via satélite, no valor de US$ 150 mil por não descartar adequadamente o satélite de transmissão de comunicações EchoStar-7.

Segundo a Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC, na sigla em inglês), a empresa não respeitou a altitude acordada com a comissão para colocar o seu satélite, que estava chegando ao fim da sua vida útil. O satélite foi lançado em fevereiro de 2002 e tinha expectativa de vida de 12 anos.

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"À medida que as operações de satélite se tornam mais predominantes e a economia espacial acelera, devemos ter certeza de que os operadores cumprem os seus compromissos", disse o Chefe do Departamento de Execução da FCC, Loyaan A. Egal. "Este é um acordo inovador, deixando bem claro que a FCC tem forte autoridade de fiscalização e capacidade para fazer cumprir suas regras de vital importância sobre detritos espaciais".

Em 2012, a Dish havia concordado com um "plano de mitigação de detritos orbitais" com a FCC para realocar o satélite. Em vez de retirar o EchoStar-7 a 300 quilômetros de distância de onde estava operando em órbita geoestacionária, a Dish retirou o satélite a cerca de 122 quilômetros de distância, o que foi considerado "bem abaixo da órbita de eliminação" pela Comissão.

Procurada pelo Estadão, a Dish afirmou que o satélite EchoStar-7 era uma "nave espacial mais antiga, lançada em 2002, que tinha sido explicitamente isenta da regra da FCC que exigia uma órbita mínima de eliminação", disse um porta-voz da empresa. Além disso, reforçou que a FCC não fez nenhuma conclusão específica de que o satélite represente quaisquer preocupações com a segurança dos detritos orbitais.

Dois retratos de Albert Einstein servem de inspiração em um laboratório improvisado nos arredores de Nairóbi, onde dois quenianos autodidatas construíram um braço protético biorrobótico utilizando lixo eletrônico.

Os primos Moses Kiuna e David Gathu criaram sua primeira prótese de braço em 2012, depois que um vizinho perdeu um membro em um acidente industrial.

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Mas sua invenção mais recente apresenta uma melhoria significativa, dizem.

O aparelho utiliza um capacete receptor para captar sinais cerebrais e convertê-los em corrente elétrica, esta é enviada a um transmissor que encaminha os comandos para o braço e o faz se movimentar. Um processo que dura menos de dois segundos.

"Vimos pessoas com deficiência lutando muito e queríamos fazê-las se sentirem mais capazes", contou Gathu à AFP.

O alto custo de próteses faz com que apenas uma entre 10 pessoas com deficiência no mundo tenham esse acesso, o que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), gera um agravamento do peso da incapacidade.

"Percebemos que o Quênia importa próteses caras", disse Kiuna, atualmente com 29 anos. "Então nos perguntamos: 'Como podemos resolver nossos próprios problemas?'"

- Reciclagem -

A solução veio dos ferros-velhos.

Desde os tempos de escola, os primos exploravam ferros-velhos em Nairóbi em busca de materiais descartados que utilizariam para criar dezenas de invenções.

Embora o ensino tradicional fizesse pouco para alimentar a curiosidade de Gathu, agora com 30 anos, seu desejo de aprender não diminuiu. Ele deixou a escola aos 17 e Kiuna abandonou a universidade dois anos depois.

Atualmente, as prateleiras do laboratório dos dois, ao lado da casa de sua avó, estão repletas de livros de ciências e as paredes, cobertas com gráficos que detalham a anatomia humana e a tabela periódica.

"Estudamos neurofisiologia lendo livros e nos reunindo com médicos para que nos explicassem os conceitos", conta Gathu, explicando o processo de construção do braço protético.

No início da pandemia de covid-19, os primos também construíram um aparelho para esterilizar notas com raios infravermelhos, e, mais tarde, um gerador de energia verde que transforma oxigênio em eletricidade, destinado a combater as mudanças climáticas.

- Impulsionar o futuro -

"Esses dois são a prova de que os africanos podem fazer contribuições significativas à tecnologia e à ciência", disse Mukuria Mwangi, fundador da escola Jasiri Mugumo, em Nairóbi.

Mwangi, que convida Gathu e Kiuna para conversar com crianças em idade escolar, conta à AFP que a educação no Quênia faz algo para estimular a inovação.

"A invenção não é uma disciplina que nasce em nossas escolas, mas a inovação é o que vai impulsionar o futuro", diz ele.

Outros desafios, como a falta de financiamento, impedem que a inovação decole no país da África Oriental, conforme refletido nas muitas invenções de Gathu e Kiuna que acabam acumulando poeira no laboratório.

"Temos muitas outras ideias que podemos viabilizar comercialmente, mas faltam recursos e apoio”, lamentou Gathu.

Rio de Janeiro recebe, nesta semana, uma central de coleta e reciclagem de lixo eletrônico. A capital fluminense será a sétima cidade brasileira a ofertar esse serviço para a população. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA),  a meta é que, até o fim de novembro, pontos semelhantes estejam instalados em um total de dez capitais.

As centrais começaram a ser instaladas em junho deste ano e, segundo o MMA, já estão presentes em Campo Grande, Florianópolis e Vitória, no Distrito Federal, em Maceió e Manaus. No Rio, a central será inaugurada quinta-feira (14). Curitiba, Goiânia e Fortaleza serão as próximas capitais a receber o serviço.

A Central de Logística Reversa de Eletroeletrônicos ficará em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro. Além do ponto de consolidação, a cidade passará a ser atendida pela entidade gestora com logística que garante a destinação adequada para a reciclagem de eletrônicos. “O descarte inadequado dos resíduos causa inúmeros impactos para a saúde da população e para o meio ambiente”, diz o secretário de Qualidade Ambiental do MMA, André França.

A pesquisa Resíduos eletrônicos no Brasil - 2021, divulgada na semana passada, revela que, apesar de ser o quinto maior gerador desse tipo de lixo no mundo, o Brasil recicla apenas cerca de 3% dos eletrônicos descartados. Muita gente não sabe sequer o que é lixo eletrônico e desconhece os riscos do descarte incorreto.

A destinação correta do lixo eletrônico está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e é regulamentada pelo Decreto Federal 10.240/2020. Esse dispositivo define metas para os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes sobre a quantidade de pontos de entrega voluntária (PEVs) que devem ser instalados, o número de cidades atendidas e o percentual de aparelhos eletroeletrônicos a serem coletados e destinados corretamente.

Pelo decreto, as empresas devem, gradualmente, até 2025, instalar PEVs nas 400 maiores cidades do Brasil e coletar e destinar o equivalente em peso a 17% dos produtos colocados no mercado em 2018, ano definido como base. Apenas no Rio, estarão disponíveis 41 pontos, em diversos locais da cidade, onde os eletrônicos podem ser descartados. Pelo site do MMA é possível acessar as listas dos pontos de coleta disponíveis em todo o país. 

Logística reversa

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A intenção é que seja consolidado no país o chamado ciclo da logística reversa. De forma simplificada, após serem descartados, os componentes são reciclados e transformados em novos aparelhos; e o que não é reciclado passa a ser dispensado da forma correta, por centrais especializadas.

O ciclo começa com a fabricação do produto, passa pelo uso pelo consumidor e chega ao descarte nos pontos de entrega quando o bem deixa de ser usado. A partir dai, ocorre a  tiragem e consolidação, a destinação para a reciclagem e, com isso, o retorno de matérias-primas secundárias para o fabricante e para outras indústrias de eletrônico. O que não é usado na reciclagem torna-se rejeito, que recebe a disposição adequada.

“Você consegue inserir esses eletroeletrônicos após descarte pelo consumidor, esgotada sua vida útil, na cadeia produtiva, gerando emprego e renda com sustentabilidade, ao mesmo tempo em que preserva os recursos naturais para outros usos e usos futuros, e evita o descarte inadequado no meio ambiente, o que compromete a saúde e a qualidade de vida da população”, diz França. 

Pelo decreto, as chamadas entidades gestoras, que são constituídas pelas fabricantes e importadoras de produtos eletroeletrônicos, são as responsáveis pela operacionalização do sistema de logística reversa. Há duas entidades gestoras em atuação no país, a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree) e a Gestora para Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos Nacional – Green Eletron.

Ao MMA cabe a articulação entre essas entidades, o Distrito Federal, os estados, municípios e os demais órgãos ambientais, além de compilação de informações e coordenação da política como um todo. 

Dicas para descarte

O que é, afinal, considerado lixo eletrônico? O conceito de Resíduo de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) é todo produto elétrico ou eletrônico descartado por não ter mais utilidade. Inclui grandes equipamentos como geladeiras, freezers, máquinas de lavar; pequenos equipamentos como torradeiras, batedeiras, aspiradores de pó, ventiladores; equipamentos de informática como computadores e celulares, além de pilhas e baterias. 

França dá três dicas para a população na hora de fazer o descarte do eletrônico. A primeira é procurar um ponto de descarte ou fazer o agendamento da coleta domiciliar, especialmente no caso de grandes equipamentos. A segunda é sempre descartá-los desligados. A dica vale para aqueles que funcionam a base de pilhas e baterias.

E a última dica é, no caso de equipamentos que contenham dados, como computadores e celulares, verificar se foram todos apagados e removidos, pois, uma vez feito o descarte, não é possível recuperá-los. 

O computador quebrou ou o smartphone. O que fazer com o aparelho que não funciona mais? Essa é uma dúvida muito comum. Pode ir para o lixo ou deve ter algum tipo de destino específico? A Agência Brasil mostra como é preciso ter cuidado com os equipamentos eletrônicos e dar um destino correto a eles para evitar problemas.

O lixo eletrônico tem o nome técnico de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE). Ele abrange não somente computadores e celulares, mas qualquer tipo de eletrodoméstico, como micro-ondas, geladeiras e máquinas de lavar.

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Também inclui aparelhos menores, como furadeiras, panelas elétricas, mixer, processador de alimentos, purificador de água, secador de cabelo, ventiladores e liquidificadores, além de qualquer tipo de pilha ou bateria.

Tanto os equipamentos quanto as baterias possuem substâncias que se jogadas no lixo e enviadas a aterros sanitários podem produzir danos importantes ao meio ambiente.

“Os produtos eletroeletrônicos descartados no lixo comum impossibilitam a reciclagem deles por entidades e claramente prejudicam o meio ambiente. De certa forma, impede que esses produtos tenham uma destinação correta, como é a atividade de entidades gestoras”, explica a gerente executiva da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree), Mara Ballam.

Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305, de 2010) atribui ao fabricante a obrigação de dar o destino, processo também chamado de “logística reversa”. Cabe aos proprietários dos equipamentos entregá-los para que possam ser corretamente descartados e reciclados.

Decreto Nº 10. 240, de 12 de fevereiro de 2020, normatizou o sistema de logística reversa no Brasil. Ele estabelece um percentual de equipamentos a serem coletados e de municípios com serviços de logística reversa, visando a chegar a 400 até 2025. Cada cidade dessas deverá instalar um ponto de coleta a cada 25 mil habitantes.

Há diferentes iniciativas criadas para auxiliar as pessoas a descartar o lixo eletrônico corretamente. A Abree tem em seu site um sistema para consulta de  locais que recebem produtos eletrônicos e dão encaminhamento ambientalmente adequado. A associação conta com mais de 1.300 pontos de coleta.

A Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee) passou a trabalhar com uma gestora de logística reversa chamada “Greeneletron”. No site é possível encontrar endereços de pontos de entrega de equipamentos.

O Procon-SP parece não estar satisfeito com os motivos, dados por grandes fabricantes como Apple e Samsung, em parar de disponibilizar carregadores com seus novos smartphones. Mesmo após fechar um acordo histórico com a empresa sul-coreana, o órgão quer que as empresas se comprometam em criar uma logística reversa para coleta de lixo, caso o motivo para a retirada do acessório seja realmente ambiental. 

"se existe a preocupação ambiental o Procon-SP irá exigir a adoção de políticas de logística reversa a todos os fabricantes de eletrodomésticos e também montadoras de automóveis e celulares, essa será a próxima etapa”, afirma o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez.

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Para Capez a decisão de ambas as companhias têm caráter apenas financeiro e a prática, adotada com a venda do iPhone 12 e do Galaxy S21, se trataria de uma estratégia contra o consumidor. "O Procon está analisando e entende que se trata de venda casada, obrigar o consumidor a adquirir o aparelho e depois o carregador, não tem justificativa e a questão ambiental é uma simples desculpa", disse.

Acordo com a Samsung

 Na última terça-feira (9), a Samsung assinou um Termo de Compromisso Voluntário para que seja disponibilizado, sem custo, um carregador ao consumidor que adquirir o celular e solicitar o acessório durante a pré-venda da linha Galaxy S21. O acerto entre a empresa sul-coreana e o Procon-SP vale apenas para o Brasil. Em outros países a empresa manterá a forma de comercialização sem o fornecimento do acessório. 

De acordo com o Termo, os consumidores que comprarem o modelo durante o período da pré-venda (de 09/02 a 07/03), poderão solicitar o carregador pelo site da marca. Assim, o acessório será entregue pela empresa em até 30 dias corridos, a contar do registro da solicitação. 

Apple

Além da Samsung, o Procon-SP também notificou a Apple, no final de 2020, para que a empresa explicasse sobre a venda de novos modelos de IPhone sem o carregador. Em resposta, a empresa informou que já existem muitos acessórios do tipo espalhados pelo mundo e que, por conta disso, os novos não seriam utilizados pelos clientes. 

A Maçã também afirmou que a decisão teve como objetivo ajudar a reduzir a emissão de carbono e lixo eletrônico, mesmo motivo adotado pela concorrente. Apesar disso, a empresa não demonstrou esse ganho ambiental e sua conduta da empresa está sendo analisada pela diretoria de fiscalização do Procon-SP.

Assinado nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro, o decreto 10.240 de 2020 estabelece as regras para implementação do sistema de logística reversa para produtos eletroeletrônicos. O texto regulamenta o mecanismo previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em 2010, para que os fabricantes e importadores desses itens se responsabilizem pelo descarte de forma a reduzir os impactos no meio ambiente.

As empresas podem se associar para a criação de entidades gestoras que vão fazer o trabalho de divulgação e operação do sistema de logística reversa. Pelo decreto, cada companhia vai participar do financiamento na mesma proporção do tamanho dela no mercado. Há a possibilidade ainda das empresas criarem seus mecanismos de coleta de produtos de forma individual.

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É importante que fabricantes e importadores disponibilizem uma rede para que os consumidores levem os eletroeletrônicos fora de uso para o descarte adequado. Essa destinação final deve garantir que os componentes dos aparelhos não contaminem o meio ambiente. Está prevista a possibilidade de reciclagem desses materiais, uma vez que muitas das matérias-primas tem alto valor e podem ser reaproveitadas.

O decreto estipula que a constituição das entidades que vão fazer a gestão da logística reversa seja feita ainda este ano, até o dia 31 de dezembro. Assim, a partir de 2021, devem começar a ser instalados os pontos de coleta e a divulgação do sistema aos consumidores.

O sistema deve ser implantado, até 2025, nos 400 maiores municípios do país. O cronograma é gradativo. Em 2021, primeiro ano de funcionamento, deve ser atendidas 24 cidades e absorvido 1% do lixo eletrônico. São Paulo é o estado que deverá ter maior participação, com oito dessas localidades, no primeiro ano, e 95 ao fim do calendário de consolidação. A estimativa é que, em cinco anos, 17% dos aparelhos sejam recolhidos.

As cidades deverão ter, no mínimo, um ponto para cada 25 mil habitantes. A previsão é que em 2025 existam cerca de 5 mil pontos de coleta no país. Esses locais vão receber de forma gratuita os aparelhos para serem descartados.

A ONG Centro Sabiá vai promover, no Recife, uma ação sustentável com o objetivo de conscientizar a população sobre o descarte correto do lixo eletrônico. Na ocasião, os interessados poderão trocar celulares sem uso, impressoras e outros equipamentos por mudas de plantas. A iniciativa ocorre no próximo dia 25 de julho, no Pátio São Pedro, bairro de Santo Antônio, a partir das 8h.

Segundo a ONG, qualquer pessoa pode levar um celular, computador, impressora, máquina fotográfica, aparelho de DVD ou de som, entre outros, realizar a troca, e levar para casa uma muda de erva medicinal, de temperos ou ornamentais.

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Todos os eletrônicos arrecadados serão entregues à Associação Trapeiros de Emaús, que trabalha com pessoas e comunidades em situação de vulnerabilidade. A parceria tem como objetivo trazer à tona a importância do descarte correto de equipamentos eletrônicos que já não funcionam, mas podem ser transformados em recursos para contribuir com a educação profissional de jovens e adolescentes.

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A Escola Técnica (Etec) Profª Drª Doroti Quiomi Kanashiro Toyohara, localizada no bairro de Pirituba, em São Paulo, tem coleta de lixo eletrônico, a partir desta quarta-feira (13). Com isso, a unidade receberá objetos como monitores, computadores, telefones celulares, baterias, televisores, câmeras fotográficas e impressoras.

O projeto vai até o próximo sábado (16) e tem como objetivo conscientizar a comunidade sobre o impacto negativo do descarte inadequado desses materiais.

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 A ação é uma parceria com a empresa Recicladora Urbana, em que os alunos serão ensinados sobre reaproveitamento ou descarte dos objetos. A organização também será responsável de definir o destino do que for coletado.

“A escola tem papel fundamental para mudar esse ciclo de consumo ao trazer, por meio da prática da coleta, uma reflexão sobre a responsabilidade que todos nós temos em relação à preservação do meio ambiente”, explica a diretora da Etec, Eliane Leite A. Malteze.

A partir desta quinta-feira (18) o Porto Digital promove a IV edição do Seminário Internacional sobre Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (Siree). O evento vai acontecer até a sexta-feira (19), no Auditório do Banco do Brasil, Bairro do Recife, e terá como tema central "Gestão de Resíduos Eletroeletrônicos: Uma nova cadeia de valor".

A novidade deste ano é que, paralelamente a esta edição do Siree, será realizada a I Feira sobre Iniciativas para Logística Reversa de Eletroeletrônicos (I Firee), que tem o objetivo de dar maior visibilidade às instituições que de alguma forma atuam em logística reversa e reciclagem de produtos eletroeletrônicos, de forma que possibilite oportunidades para troca de informações e formação de parcerias.

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O Siree é voltado para especialistas, gestores, professores e estudantes, além de profissionais da iniciativa privada; centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação, órgãos governamentais e instituições do terceiro setor. O evento deve interessar ainda a outros profissionais que buscam conhecer a realidade de outros países no que diz respeito à temática ambiental para produtos eletroeletrônicos.

Programação do Siree em siree.org.

Os moradores de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e de Juazeiro, município da Banhia, vão contar com novos pontos de coleta de lixo eletrônico. Até o dia sete de junho, será possível descartar produtos como televisores, aparelhos de som, videocassete, DVD's, micro-ondas, computadores, notebooks e impressoras. 

Para se desfazer do produto, sem custos, é preciso preencher um termo de doação e descarte de resíduos eletroeletrônicos. Por e-mail, o doador receberá um certificado de destinação que garantirá o descarte responsável e ambientalmente correto do aparelho. Itens como tonner, cartucho, geladeiras, freezeres, máquinas de lavar (roupas ou louças), condicionadores de ar e lâmpadas não serão aceitos.

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O projeto piloto é uma iniciativa do Instituto Nacional de Resíduos (INRE) e da Gestão Estratégica de Resíduos Eletroeletrônicos (GEREE). A ação acontece também em outras seis cidades brasileiras: São Paulo (SP), Araxá (MG), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Brasília (DF) e Aracaju (SE). Estes municípios servirão como modelo de implantação do Sistema de Logística Reversa para todo o Brasil.

Confira os pontos de coleta de Petrolina:

Sanvale Gestão Ambiental Integrada - Rua T, Quadra S, 24, Distrito Industrial.

Posto José e Maria - Rua Três Marias, 50, José e Maria.

Posto Delta - Av. Coronel Antônio Honorato Viana, 79, Gercino Coelho.

Posto Auto Rio - Av. Monsenhor Angelo Sampaio, 138, Vila Eduardo.

Posto Distrito - Av. Coronel Clementino Coelho, s/n, Distrito Industrial.

Posto Canteiro - Av. Monsenhor Angelo Sampio, s/n, Areia Branca.

Posto Areia Branca - Av. São Francisco, 166, Areia Branca.

SID SOM Equipadora - Av. Honorato Viana, 195, Gercino Coelho.

Compucenter – Av. Souza Filho, 292, Centro.

 

Confira os pontos de coleta de Juazeiro:

Cetel (Centro Tec. Eletrônica) - Rua do Socorro, 5C, Centro. 

Posto Jatobá - BR 210 Km1 s/n via Tiradentes.

Posto Pinheiro - Av. Santos Dumont, 619, Centro.

Compucenter – R. Josino Ribeiro, 83, Centro.

 

Com informações da assessoria

A Oi investirá R$ 10 milhões na construção de um parque industrial destinado à logística reversa para reciclagem de lixo eletroeletrônico. Serão cinco fábricas localizadas no Amazonas, Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A operadora de telefonia fechou a parceria estratégica com a Descarte Certo, empresa especializada em serviços de coleta, manejo de resíduos e reciclagem de produtos eletrônicos do grupo Ambipar.

O objetivo da Oi é dar destinação ao lixo eletroeletrônico produzido pela empresa, fornecedores, clientes e colaboradores. "As novas fábricas atenderão a demanda da Oi e vão compor um parque industrial no Brasil capaz de processar resíduos de outras indústrias eletroeletrônicas", afirmou a operadora de telefonia, em comunicado à imprensa. Os aportes devem ocorrer ao longo dos próximos seis anos. As cinco unidades devem gerar 5 mil empregos diretos e indiretos, projeta a companhia.

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A expectativa é de que sejam processadas 1.200 toneladas de resíduos por mês no parque industrial. São considerados resíduos sólidos as partes e as peças de bens de consumo, como celulares, computadores e eletrônicos. A Oi calcula que, no ano passado, foram encaminhadas mais de 3.300 toneladas de material para reciclagem. Segundo a empresa, urnas coletoras para recolhimento de celulares, baterias e acessórios são disponibilizadas em suas lojas e prédios administrativos.

"Com esta iniciativa, a companhia antecipa sua adequação à aplicação da Lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que deve ter caráter obrigatório a partir do segundo semestre de 2013, após sua regulamentação", afirmou. A política prevê a redução da geração de resíduos, sua reutilização e destinação ambientalmente adequada, assim como a responsabilidade compartilhada entre os geradores dos resíduos, desde fabricantes, distribuidores, comerciantes e consumidores.

É notável a ajuda que produtos eletrônicos dão ao nosso dia a dia, também já é notório que boa parte não dura para sempre, e é nessa hora que temos que nos preocupar com que destino dar a eles.

O chamado lixo eletrônico, proveniente de aparelhos como computadores, celulares e eletrodomésticos, trazem dentro de si uma quantidade impressionante de metais pesados, semimetais e outros compostos químicos, incluindo alguns componentes perigosos em larga escala como chumbo, mercúrio, arsênico e cádmio. 

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Dentro da carcaça dos aparelhos e sendo utilizados de maneira adequada, não existe risco ao usuário, mas quando são quebrados ou ficam velhos, podem vazar e contaminar o ambiente ao redor.

É também arriscado deixar esse tipo de lixo em aterros sanitários, já que a longo prazo existe uma grande chance de contaminação de lençóis freáticos ou à atmosfera, chegando a afetar a saúde de comunidades do entorno. 

Segundo o organização não-governamental Greenpeace, a cada ano são descartadas até 50 milhões de toneladas desse lixo. 

Responsabilidade

Empresas que produzem eletrônicos também são responsáveis por eles depois das vendas, não apenas no que diz respeito à garantia contra defeitos como em oferecer um descarte adequado. Justamente por esse motivo, muitas companhias oferecem programas de recolhimento que permitem aos clientes devolver alguns modelos de computadores e equipamentos que não quiserem mais. Entre essas empresas estão a Apple, Dell e HP.  Por exemplo, com seu computador usado, as empresas podem fabricar outros componentes ou reformá-lo para uso futuro. 

O Greenpeace inclusive elabora anualmente ranking de empresas no Guia de Eletrônicos Verdes (consulte aqui – em inglês).

Legislação

O Ibama no início do mês publicou uma Instrução Normativa (IN nº 8/2012) para pilhas e baterias que representa um aperfeiçoamento da legislação referente a esses produtos.

A partir da publicação da Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) nº 401/2008, existem obrigações específicas para fabricantes nacionais e importadores de alguns tipos de pilhas. As normas exigem que fabricantes nacionais, importadoras e recicladoras façam um relatório anual explicando as medidas adotadas no manejo desses materiais, além de registrar novos procedimentos nas embalagens e nos manuais das pilhas e baterias para que o consumidor possa se informar melhor sobre o descarte e a reciclagem dos produtos.  

Dicas

Caso você seja um consumidor preocupado com o impacto que o lixo eletrônico pode causar no meio ambiente, e todos deveríamos ser, há algumas atitudes que podem contribuir para a diminuição da quantidade de detritos originados de produtos tecnológicos.

* Pesquisa: Antes de comprar um produto é importante verificar o quanto o fabricante tem preocupações com o impacto ambiental oriundo dos seus produtos.

* Prolongamento: É óbvio que não é necessário trocar de celular anualmente ou comprar outro computador numa frequência parecida. Cuide bem dos eletrônicos e isso evitará a necessidade de trocas constantes.

* Doação: Caso seja necessário comprar algum produto novo, doe o antigo para alguém que precisa. Isso prolongará a vida do aparelho e a pessoa que o ganhou não precisará comprar um novo. 

* Reciclagem: Como dito no início da matéria, grandes fabricantes oferece programas de reciclagem de seus produtos. Antes de pensar em jogar aquela TV velha no lixo, entre em contato com a empresa via internet ou central telefônica e procure saber onde as peças podem ser coletadas. Veja a lista de locais onde você pode levar produtos eletrônicos que você não utiliza no fim da matéria. Assistências autorizadas também coletam esse tipo de material. Isso mostra também a importância em se comprar produtos originais e de empresas de confiança. 

* Opção verde: Produtos de empresas que oferecem programas de preservação ambiental podem custar mais caro que os demais, já que gastos com a iniciativa podem ser repassados para o consumidor, porém vale a pena escolher a "opção verde", que não chega a custar um preço absurdo. 

* Mobilização: Passar informações sobre lixo eletrônico para amigos e conhecidos é importante. Muitos usuários de tecnologia não têm noção do tamanho do problema que o descarte irresponsável desses itens pode causar. 

Recife

Felizmente em Recife as pessoas que preferirem dar um destino adequado a seus materiais eletrônicos têm diversas opções de lugares, desde supermercados a bancos. 

A It Green, área de Porto Digital voltada para a promoção das tecnologias da informação para o desenvolvimento socioambiental, tem entre seus eixos de atuação o de Resíduos Tecnológicos e elaborou uma lista  de pontos de recolhimento de produtos como pilhas e baterias, celular e equipamentos eletroeletrônicos em Recife. 

A lista completa, que indica lugares em toda a cidade, do Centro à Imbiribeira, você confere aqui

Caso more em outra cidade, o documento indica links das instituições onde você pode procurar pontos de coleta perto da sua residência.

Nesta última terça-feira (3) foi descoberto pelo engenheiro anti-spam da Microsoft, Terry Zink, muitos lixos eletrônicos chegados através do Yahoo Mail com assinaturas “Sent from Yahoo! Mail on Android”, isso pode significar que há uma rede internacional de celulares infectados que estão enviando spam para muitos internautas.

Smartphones e tablets com sistema operacional Android podem ser responsáveis pela disseminação dessas mensagens, visto que todos esses conteúdos vieram de gadgets com esse SO. Tudo indica que esta é a primeira vez que um spammer que controla um botnet está instalado em dispositivos com o sistema Android, segundo Zink que afirma nunca ter visto antes episódios como esse.

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Não se sabe ao certo como os usuários se infectam, mas em todos os casos encontrados no cabeçalho dos emails é recorrente encontrar mensagens vindas de países como Arábia Saudita, Chile, Filipinas,Indonésia, Líbano, Omã, Rússia, , Tailândia, Ucrânia e Venezuela.

Por via das dúvidas é mais seguro continuar baixando aplicativos através da Play Store, no entanto, não é descartada a possibilidade de, mesmo através da loja oficial, o aparelho ser infectado.

Até o final do ano, quem quiser se desfazer do “lixo eletroeletrônico” vai poder depositar os equipamentos em contêineres disponibilizados pela Prefeitura do Recife, em parceria com a Gerdau e a Associação das Indústrias do Curado (Assinc).

O chamado "lixo tecnológico" poderá ser depositado em dois pontos de descarte: um no shopping Paço Alfândega e o outro no Parque da Jaqueira. Dois contêineres ficarão disponíveis para depositar pilhas, baterias, celulares, computadores entre outros aparelhos. A expectativa é recolher de 150 a 350 kg de lixo eletrônico por dia.

Após o recolhimento, os materiais passarão por um processo de triagem, serão armazenados e destinados para as indústrias que produziram o mesmo material, em procedimento da logística reversa, retornando como matéria-prima para as fábricas.



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A Prefeitura do Recife lança neste sábado (09) a campanha para coleta de lixo eletroeletrônico, em parceria com a Gerdau e a Associação das Indústrias do Curado (Assinc). O lançamento da campanha será às 10h, no Paço Alfândega, no Bairro do Recife. A ação segue até dezembro e faz parte da programação municipal da Semana de Meio Ambiente. 

O chamado "lixo tecnológico" poderá ser depositado até dezembro em dois pontos de descarte: um no shopping Paço Alfândega e o outro no Parque da Jaqueira. Dois contêineres ficarão disponíveis para depositar pilhas, baterias, celulares, computadores entre outros aparelhos. A expectativa é de recolher de 150 a 350 kg de lixo eletrônico por dia.

Após o recolhimento, os materiais passarão por um processo de triagem, serão armazenados e destinados para as indústrias que produziram o mesmo material, em procedimento da logística reversa, retornando como matéria-prima para as fábricas. 

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O lançamento neste sábado (09) é aberto ao público e conta com a presença do secretário de Meio Ambiente do Recife, Marcílio Cumarú, representante da Comercial Gerdau, Eduardo Alves, Fernando Faustino, Pernambuco Verde Reverso e Francisco Saboya, presidente do Porto Digital. O público poderá apreciar uma exposição de materiais reciclados do artista plástico Edson Azevedo. 

A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (14) o Projeto de Lei 1046/11, de Marco Aurélio Ubiali (PSB-SP), que estabelece regras para a comercialização de pilhas e baterias. A proposta prevê, por exemplo, a impressão do prazo de validade de forma visível na embalagem e no corpo dos produtos.

Segundo o projeto, pilhas e baterias também deverão conter: alerta sobre a necessidade de reciclagem após o uso; detalhamento da sua composição química de acordo com as normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama); e detalhamento sobre as consequências e os riscos do mal uso para o ser humano e para o meio ambiente.

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O projeto exige que os fabricantes de pilhas e baterias ofereçam pontos de coleta em centros comerciais, em supermercados e na rede de assistência técnica autorizada. Os fabricantes também terão de promover campanhas publicitárias de conscientização sobre a necessidade de coleta e reciclagem dos materiais que comercializam.

O relator do projeto, deputado Carlinhos Almeida (PT-SP), apresentou parecer favorável. “É necessário informar os consumidores sobre o uso e o descarte de produtos com potencial capacidade de trazer riscos à saúde humana e ao meio ambiente, como é o caso das pilhas e baterias.”

A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou emenda do relator que exclui referência do projeto às resoluções 257 e 263 do Conama. O objetivo, segundo o relator, é evitar que a lei precise ser atualizada em decorrência de futuras resoluções do órgão. “É melhor deixarmos apenas uma referência ao cumprimento das normas editadas pelo Conama, sem especificação determinada.”

O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado por outras três comissões da Câmara (de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania). Em caso de aprovação, seguira para o Senado e por último à sanção presidencial.

Com informações da Agência Câmara

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