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Londres e Cambridge prestaram uma homenagem emotiva nesta segunda-feira (2) às vítimas do atentado de sexta-feira (29) em uma das principais pontes da capital britânica, que levou o governo a revisar a libertação antecipada de dezenas de condenados por terrorismo.

"O melhor modo de vencer este ódio não é nos voltando uns contra os outros, e sim concentrando-se nos valores que nos unem", afirmou o trabalhista Sadiq Khan, primeiro prefeito muçulmano de Londres, durante uma cerimônia perto do local do ataque.

Ele recordou que as duas vítimas fatais do atentado, Jack Merritt, 25 abos, e Saskia Jones, 23, foram esfaqueadas ao lado de outras três pessoas por um condenado em liberdade condicional, Usman Khan, quando participavam em um evento sobre a reinserção de presos.

Três dias depois do atentado que comoveu o país em plena campanha eleitoral, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, o prefeito, o primeiro-ministro Boris Johnson, o líder da oposição Jeremy Corbyn e membros dos serviços de emergência observaram um minuto de silêncio.

Khan pediu que as pessoas "tenham esperança no heroísmo dos londrinos comuns e de nossos serviços de emergência, que correram em direção ao perigo, arriscando suas vidas para ajudar pessoas que nem conheciam".

Vestido com um falso colete de explosivos e armado com uma grande faca, Usaman Khan foi imobilizado por um grupo de pedestres em uma calçada da Ponte de Londres, antes de ser morto pela polícia.

Condenado em 2012 a 16 anos de prisão por ter planejado, ao lado de outros jihadistas, um atentado no centro da capital britânica inspirado pela Al-Qaeda, o homem, de 28 anos, recebeu no ano passado a libertação antecipada.

E na sexta-feira participava em um programa organizado em Londres pelo instituto de criminologia da Universidade de Cambridge, que coloca estudantes em contato com presos para ajudar na reabilitação.

Usman Khan esfaqueou cinco pessoas antes de fugir pelas ruas, o que deu início a uma busca da polícia.

Uma homenagem também foi organizada em Cambridge, com um minuto de silêncio. A namorada de Merritt, Leanne O'Brien, não conseguiu conter as lágrimas.

"Também temos que nos inspirar em Jack e Saskia, que desde muito jovens decidiram se dedicar a ajudar os outros", afirmou o prefeito de Londres.

"Generosa a ponto de sempre tentar ver o melhor de cada um", Jones havia apresentado recentemente sua inscrição para entrar na polícia, informou sua família. "Queria se especializar no apoio às vítimas", afirmaram.

Merritt "acreditava na redenção e na recuperação, não na vingança, e sempre defendia os mais fracos", declararam parentes.

"Sabemos que Jack não gostaria que este incidente terrível e isolado fosse usado como pretexto pelo governo para introduzir sentenças ainda mais draconianas aos prisioneiros ou para manter as pessoas na prisão por mais tempo do que o necessário", disseram.

O primeiro-ministro conservador, Boris Johnson, em plena campanha para as eleições legislativas de 12 de dezembro prometeu o cumprimento de penas mais longas e o fim das libertações condicionais para os condenados por atos terroristas.

O Reino Unido fez um minuto de silêncio neste domingo (3), depois de uma cerimônia no centro de sua capital, um ano após o ataque terrorista na ponte de Londres que matou oito pessoas e feriu outras dezenas.

Flores foram colocadas, velas acesas e uma cerimônia religiosa foi realizada na Catedral de Southwark - o local onde três homens em uma van atropelaram uma multidão, antes de fazer um ataque com faca no Borough Market.

"Os violentos ataques de um ano atrás contra londrinos e visitantes da cidade chocaram as pessoas em todos os lugares", disse Andrew Nunn, reitor da catedral, assistido por familiares dos mortos, sobreviventes do ataque e da primeira-ministra Theresa May.

"Ao nos reunirmos hoje, vamos agradecer pela recuperação e cura que recebemos em mentes e corpos; pela construção de relacionamentos e comunidades; e pelo fortalecimento da amizade e do apoio".

A London Bridge foi fechada antes da cerimônia, cercada por barreiras de controle de multidões e veículos da polícia, e ficou repleta de forças de segurança pública e privada.

Antes da cerimônia, um ato improvisado foi feito na estrutura pelo Conselho Fatwa de Londres, organização sem fins lucrativos, com seus membros carregando cartazes que diziam "Um ano depois, Londres mais unida do que nunca" e que emolduravam fotos dos mortos.

"Não deixe que aqueles que sequestram a fé triunfem", disse o líder Imam Yazdani a uma pequena multidão. "Que a paz e a prosperidade cheguem aos corações e mentes de todos ao nosso redor".

Bandeiras representando as cinco nacionalidades das oito vítimas foram hasteadas para a cerimônia da catedral, onde o prefeito de Londres, Sadiq Khan, fez uma das leituras.

A igreja ainda tem marcas do ataque - com as portas amassadas pela polícia, que a invadiram durante a perseguição aos agressores.

Durante a cerimônia foram dados conselhos de apoio psicológico destinado àqueles ainda traumatizados, um lembrete de que algumas das marcas mais profundas daquela noite permanecem invisíveis.

"Deixe-me ser honesto, estava com medo de me aproximar deste dia", disse Nunn quando a cerimônia foi aberta. "Se você precisar falar com alguém esta tarde, as equipes de apoio estão aqui na catedral para ajudá-lo", acrescentou.

Uma escultura de pedra de PC Wayne Marques, policial que enfrentou os três agressores sozinho com um cassetete e foi esfaqueado na cabeça, também foi benzida e será instalada na catedral mais tarde.

Na sexta-feira, Marques revelou que estava planejando voltar ao trabalho no mês que vem, após um ano de reabilitação. "Estou basicamente tentando conseguir o máximo possível de mim", disse ele em um vídeo divulgado pela British Transport Police.

Depois da cerimônia, uma oliveira - conhecida como a Árvore da Cura - foi plantada nos jardins da catedral.

- Londres unida -

"Hoje lembramos daqueles que morreram e dos muitos mais que ficaram feridos, e também prestamos homenagem à bravura dos nossos serviços de emergência e àqueles que intervieram ou vieram em auxílio de outros", disse May em um comunicado divulgado no início do dia.

Ela classificou o ataque de 3 de junho de 2017 como "uma tentativa covarde de atacar o coração de nossas liberdades, deliberadamente mirando nas pessoas que aproveitam sua noite de sábado com amigos e familiares" e lembrou que sete das vítimas eram estrangeiras.

"Este é um reflexo de nossa grande capital cosmopolita, cuja energia e valores unem pessoas de todo o mundo, e um trágico lembrete de que a ameaça do terrorismo transcende as fronteiras e afeta a todos nós", disse ela.

Na manhã deste domingo, o secretário do Interior, Sajid Javid, anunciou que uma nova revisão da legislação antiterrorista no Reino deverá ser lançado na segunda-feira - incluindo uma disposição para recrutar até 2.000 oficiais extras de segurança nos serviços de inteligência britânicos.

Os agressores foram mortos a tiros no Borough Market oito minutos após a primeira chamada de emergência.

O grupo Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade pelo ataque, inserido em uma campanha de seis meses de agressões ao Reino Unido no ano passado em que foram reivindicadas um total de 35 vidas.

Uma van atropelou pedestres neste sábado (3), na Lodon Bridge, ponto turístico da cidade de Londres, na Inglaterra. O acesso à ponte foi fechado pela polícia. 

Não foi confirmado ainda se é um caso de ataque terrorista. Segundo o Telegraph, mais de 20 pessoas foram atingidas na ponte após a van subir na calçada. 

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No Twitter, a Polícia Metropolitana disse que há policiais armados no local e o serviço de Ambulância de Londres também confirmou estar na ocorrência.

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Posteriormente, a polícia informou que foi acionada para atropelamento em London Bridge por volta das 22h08 horário local. Entretanto, ela também informou que foi acionada para uma outra ocorrência em Borough Market, também em Londres. Nesse mercado, o chamado foi para esfaqueamentos. Os oficiais responderam a este segundo ataque e tiros foram realizados.

Terceira ocorrência - A Polícia Metropolitana em seguida informou que houve um terceiro chamado para a área de Vaxhaull, localizada também na capital inglesa. Não há maiores informações sobre esse último evento. 

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