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Neste último domingo (20) o filme documentário "A Última Floresta", dirigido pelo cineasta brasileiro Luiz Bolognesi, venceu o prêmio de público da mostra Panorama da 71ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim, também conhecido como Berlinale. Em decorrência da pandemia de Covid-19, a premiação que costumava acontecer em fevereiro, foi dividida em duas partes, sendo que a primeira foi realizada virtualmente entre os dias 1° e 5 de março, enquanto a segunda etapa foi realizada dos dias 9 a 20 de junho.

O documentário conta a história dos indígenas da tribo Yanomami, que procuram preservar a cultura e as tradições que seus ancestrais tinham na relação com a floresta, como a caça e a pesca por meio do arco e flecha, enquanto um grupo de garimpeiros busca explorar o ambiente. A localização das gravações aconteceu na região onde vivem os indígenas, na fronteira dos estados de Roraima com o Amazonas.

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Em entrevista à imprensa de Berlim, o cineasta Bolognesi comentou que o filme é um retrato sobre a vivência de um povo que vive na floresta, ressaltando que a obra serve como forma de denúncia, uma vez que já ocorreram três ataques com tiros e bombas dos garimpeiros contra os indígenas, sem nenhuma providência tomada pelas autoridades para a proteção dos Yanomamis ou para aplicação de punição para os responsáveis pelo ataque.

Vale lembrar que esta não é a primeira vez que Bolognesi dirige uma produção sobre povos indígenas. Em 2018 o cineasta também estava à frente da obra “Ex-Pajé”, que mostra os questionamentos de um pajé em relação a sua fé, quando passa a conhecer o homem branco. Este documentário foi vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival de Berlim e serviu de inspiração para produzir o filme sobre os Yanomamis.

 

 

 

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