Tópicos | Luiza Trajano

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vai conceder o título de cidadã pernambucana para a presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil, Luiza Trajano. A concessão da honraria é oriunda de um projeto de autoria do deputado Antonio Moraes (PP). A solenidade de entrega do título acontece, presencialmente, nesta quarta-feira (21), às 11 horas, no auditório Sérgio Guerra, sede da Alepe.

Na justificativa do projeto, Antonio Moraes considera a empresária “uma das personalidades impares que dedicam sua vida ao trabalho e produzem como legado histórias que servem de inspirações para gerações futuras”.

##RECOMENDA##

Luiza Trajano é paulista da cidade de Franca. Formada em Direito e Administração, ela começou a vida como balconista e ocupou todos os cargos da empresa varejista da qual é hoje presidente. 

O Magazine Luiza está entre as maiores redes do país com mais de 740 lojas, nove centros de distribuição e um quadro de funcionários em torno de 23 mil empregados. Somente em Pernambuco, são 51 lojas com 1.770 funcionários. 

“Vejo mais do que oportuno reconhecer a empresária paulista Luiza Trajano uma verdadeira cidadã pernambucana. Nosso estado é uma terra acolhedora de personalidades ímpares que dedicam a vida ao trabalho e deixam um legado de inspiração para gerações futuras”, justifica o deputado Antonio Moraes.

*Da assessoria de imprensa

Assediada por partidos da esquerda à centro-direita para ser candidata a vice-presidente nas eleições de 2022, a empresária Luiza Trajano explicou nesta sexta-feira, 10, por que não pretende compor chapa com nenhum político. "O duro é que, para ser vice, você tem de aguentar o que o outro faz", afirmou ela, abrindo um sorriso. "Não dá".

Luiza já foi sondada por emissários do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do governador de São Paulo João Doria (PSDB) e do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), entre outros. Todos querem tê-la como vice de chapas ao Palácio do Planalto. Ela sempre recusou, embora diga que nunca recebeu um convite formal.

##RECOMENDA##

Ao participar nesta sexta-feira do seminário "Por Estas e por Outras - A Justiça pelo Olhar de Mulheres", idealizado pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), a dona do Magazine Luiza chamou a atenção ao se definir como "política nata", disposta a pressionar os Poderes. "Não é para ficar teorizando, não. É para fazer acontecer", apelou a empresária, no Dia Internacional dos Direitos Humanos.

A plateia riu quando ela disse que mulheres são cada vez mais procuradas no período eleitoral, mas sempre para fazer dobradinha com um homem e ocupar a vaga de vice. Nunca para liderar as chapas. "E eu não sou candidata, já estou avisando", repetiu.

Escolhida como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time, Luiza fez questão de destacar que não é nem de esquerda nem de direita. "Eu sou caótica", definiu. Em sua exposição no Supremo, ela defendeu a continuidade da política de cotas para negros, citou resultados dos movimentos Unidos pela Vacina e Mulheres do Brasil e elogiou o Bolsa Família, instituído no governo Lula e substituído agora pelo Auxílio Brasil.

"Tem uns que falam 'Você é PT, você é não sei o quê'. Nunca fui filiada a nenhum partido, mas, se o PT estiver fazendo alguma coisa...", afirmou ela, sem completar a frase. Continuou em seguida, lembrando suas viagens pelo Nordeste. "Eu vou para o sertão há oito anos. A Bolsa Família salvou lá. Como é que não vou ser a favor da Bolsa Família?", perguntou.

Ao comentar que sempre acompanha as redes sociais, Luiza observou que, quando aparece elogiando o programa social, é classificada como "de esquerda". "Aí, quando eu sou a favor da privatização, dos Correios, de qualquer coisa, eu sou direita. Esse é o preço que a gente paga por se expor", descreveu.

A economista Maria Sílvia Bastos Marques, também palestrante, puxou novamente o assunto e disse que quer ver a empresária no Planalto. "Luiza, você vai me permitir, eu sei que você não quer ser candidata a presidente. Eu só quero dizer que é a minha candidata, tá?", avisou Maria Sílvia, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em seguida, voltando-se para Cármen Lúcia, ela insistiu: "Ministra, nós temos de convencê-la. Acho que nosso País vai ser bem diferente tendo uma pessoa como a Luiza na Presidência da República."

Cármen Lúcia, então, escolheu o colega Edson Fachin, também presente ao seminário, para resolver o problema. "Quem sabe uma prosa dele?", brincou.

No primeiro bloco do seminário não houve citação direta ao governo de Jair Bolsonaro, mas vários recados ficaram naquela sala, usada para julgamentos da Primeira Turma do Supremo. Luiza disse que não era possível "retroagir" e mostrou preocupação com o possível fim da Lei de Cotas, em 2022.

"A cada dia precisamos escolher qual a ferida que temos de acudir", argumentou Cármen Lúcia, ao falar sobre direitos humanos. "Guardar a Constituição não é apenas colocá-la numa prateleira. É resguardá-la", emendou a magistrada.

Os últimos meses de Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza e símbolo de liderança feminina no País, foram agitados: além de aparecer na lista das cem personalidades mais influentes do mundo da revista americana Time, ela teve o nome incluído como opção de candidata em uma pesquisa eleitoral para as eleições presidenciais de 2022. E isso logo depois de a empresária ter capitaneado, com o grupo Mulheres do Brasil, o projeto Unidos pela Vacina, que ajudou a fechar gargalos que impediam a imunização mais rápida da população brasileira.

Em entrevista ao Estadão, Luiza disse que, ao abraçar projetos e causas que incluem a diversidade racial e de gênero, não é necessário entrar em conflito com ninguém. No entanto, ela não se furta a entrar em searas que são sobretudo tarefas de governo. Além de ter trabalhado no projeto de vacinação, agora quer se debruçar sobre um planejamento de longo prazo, de dez anos, para a economia brasileira em quatro setores: educação, saúde, emprego e habitação.

##RECOMENDA##

Questionada, a empresária afirmou que uma candidatura político-partidária está fora de questão - embora tenha evitado usar a expressão "definitivamente descartada". Isso não quer dizer, porém, que ela esteja fora da política, ainda que provavelmente sua foto não vá aparecer na telinha da urna eletrônica.

"Eu te digo que descarto a ideia de participar de qualquer cargo político para eleição, mas quero deixar claro que eu sou uma (pessoa) política e penso o Brasil. E, com um grupo de quase 100 mil mulheres, vou assumir uma posição política apartidária para defender causas que sejam boas para o Brasil", disse Luiza. "Sendo boa para o Brasil, não importa o partido."

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:

O Brasil vem atravessando crises políticas e agora também vive um cenário econômico ruim, com inflação em alta e expectativa de crescimento em baixa, tudo isso em meio a uma pandemia. Como é lidar com essa situação?

Como CEO, vivi várias crises, mas nada parecido com a pandemia, que trouxe efeitos emocionais para todos, além da doença. Eu tenho chamado essa nova fase de renascimento. Tem inflação alta em todos os países, e acho que o nosso país precisa lidar com o juro. Porque, quando você aumenta o juro, o consumo diminui. E nós precisamos de renda e crédito. Nesse momento, o que eu tenho pedido é união, não importa o partido. Só juntos a gente pode vencer. O Unidos pela Vacina provou que é possível criar união sem falar mal de ninguém, que basta lutar para dar certo.

Mas a situação da economia preocupa?

Acho que, para o varejo, é um pouco mais fácil. Isso porque o comércio consegue focar no aqui e no agora. Normalmente, o varejo se volta para a venda, cria campanhas, faz tudo para isso trazer novamente (o cliente). E a gente tem sentido que o renascimento tem sido muito positivo. As pessoas querem se encontrar, querem comprar, viajar de novo...

A sra. defendeu a vacinação em massa em um momento em que o Brasil tinha problemas nesse assunto. Qual é a avaliação do Unidos pela Vacina?

Junto com o grupo Mulheres do Brasil e com a união de várias entidades, nós conseguimos estar juntos com o Ministério da Saúde para poder vacinar. Não podemos dizer que (o ministério) não esteve junto. Com ajuda das prefeituras, mais de 2 milhões de produtos foram entregues para cada um desses municípios.

A sra. tem trabalhado muito com o Mulheres do Brasil para trazer mais mulheres para cargos de liderança. Como isso se dará?

O Mulheres do Brasil é um grupo político, suprapartidário, que trabalha por causas boas para o Brasil. Sendo boa para o Brasil, não importa o partido. E uma das causas é a de mais mulheres na política. Criamos a campanha "Pula para 50", para que 50% de cadeiras estejam com mulheres. Porque a gente acredita que isso vai ajudar muito. O papel da mulher hoje, especialmente após a pandemia, tem destaque muito maior. E a agenda ESG (sigla em inglês para ações ambientais, sociais e de governança) tem ajudado muito no despertar para a necessidade de mais mulheres na liderança de empresas também.

Como assim?

Porque agora chegou no mercado financeiro, é o mercado financeiro que quer. Hoje, nós (do Mulheres do Brasil) somos mais procuradas por empresas que querem ter mais mulheres e mais profissionais negros em seus conselhos. Antes se dizia que não tinha mulher para colocar no conselho, mas a gente indica mulheres para os conselhos das empresas, virou exigência para se fazer IPO (abertura de capital). Com certeza, tudo vai acontecer muito mais rápido. Assim como mudou para as mulheres, mudou também para os negros. A gente vê mais empresas discutindo a inclusão de profissionais negros em altos cargos. E a gente tem de acelerar mais.

No ano passado, o Magazine Luiza lançou um trainee só para profissionais negros. A controvérsia foi surpreendente?

Se vocês pegarem um documentário de 20 minutos no YouTube do Magazine Luiza, não tem uma pessoa que não se emocione. O trainee exclusivo para negros foi uma ideia do Frederico (Trajano, filho de Luiza e atual presidente do Magalu). Valeu a pena as 72 horas de muita paulada que a gente levou logo que lançamos o programa. Ouvimos coisas que jamais imaginávamos.

Então, em algum momento, há de se enfrentar a repercussão negativa?

O Frederico foi firme e disse que iria continuar, não abriria mão. No documentário, a gente mostra que essas pessoas tinham o currículo e a formação, mas estavam desempregadas ou ganhando muito menos do que deveriam.

Com Unidos pela Vacina e o trainee, além do Mulheres do Brasil, a sra. transcende o Magalu. Como essas causas são eleitas e o seu tempo é organizado?

Durmo pouco, e isso já me ajuda. A vida inteira foi assim. E tem duas coisas que eu acho que me ajudam muito: estou sempre por inteira nas coisas, seja dando entrevista, me reunindo com uma equipe ou fazendo ginástica - o que eu detesto. E isso desgasta menos, você não fica naquela ansiedade. Desde sempre, mesmo quando eu tinha a operação do Magazine Luiza na mão, nunca fiquei só na empresa.

É melhor ter mais de um desafio ao mesmo tempo?

Quando você só tem uma coisa e tem dificuldade de entregar, você se sente frustrado. O grupo Mulheres do Brasil existe há oito anos - sempre acreditei que a mudança do País é via sociedade civil organizada. E uma sociedade que pensa o País, e não em votos. Respeito a democracia, os partidos políticos, mas sempre pensei isso.

A redução da desigualdade parece, de forma geral, influenciar as suas causas.

Como venho de uma cidade do interior, convivi mais de perto com a desigualdade. Então, não fui surpreendida pela desigualdade. Eu sou a favor do Bolsa Família (agora rebatizado de Auxílio Brasil). Sei que não é possível sair da pobreza sem isso. Como também sou a favor do emprego - e aí falam que eu sou de esquerda. Quando sou a favor da privatização, sou de direita. A desigualdade social foi escancarada (na pandemia). E não compete julgar as pessoas que não viram isso antes.

A sra. foi citada recentemente na lista de mais influentes da revista Time. O que isso significou?

Nunca imaginei que isso poderia ocorrer. Fiquei meio assustada quando chegou a notícia, uns 15 dias antes (da publicação). Fiquei muito feliz de representar meu País - não sou unanimidade, mas as pessoas sabem da minha coerência. Fiquei muito grata, e isso aumenta a minha responsabilidade.

Qual será seu papel na política do Brasil? Uma candidatura, que é sempre alvo de especulação, está definitivamente descartada?

Tenho por princípio não usar essa palavra (definitivamente). Te digo que está descartado eu participar de qualquer cargo político para eleição, mas quero deixar bem claro que eu sou política e penso no Brasil. E hoje, com um grupo de quase 100 mil mulheres, a gente vai assumir uma posição política apartidária para defender projetos e causas para o Brasil. Vamos fazer um planejamento estratégico de 2022 a 2032 nas áreas de educação, saúde, habitação e emprego.

E qual é o objetivo disso?

É saber que ranking a gente quer ter. Nada pode ser feito sem uma bússola, um rumo. É isso o que o Mulheres do Brasil quer, independentemente de partido. A gente acredita também no "Pula para 50". Com 100 mil assinaturas, podemos entrar com um projeto no Congresso - e estamos muito perto disso. E outro projeto de que gosto muito é o Ciência na Saúde, que vai reunir a academia em torno do tema no Brasil. O vírus (da covid-19) vai estar sempre aí, e podemos dar uma organizada e uma alavancada (no combate).

A sra. acha que falta planejamento para o País?

Não sei se está faltando, mas sei que não está na mão de todo mundo um planejamento enxuto. Para falar bem de uma coisa, não preciso falar mal de outra. A população, que paga impostos e é dona do Brasil, precisa ter noção (do que o País precisa). Vamos fazer pesquisa, colocar participação popular para entender.

E, assim, sua agenda já está cheia para a próxima década...

Você põe dois carrinhos na pista. Um é o longo prazo, mas tem de fazer aqui e agora para que isso chegue (a um objetivo maior). E a nossa imagem é colocar tudo no mesmo barco, remar na mesma direção. Tem gente boa fazendo muita coisa, mas a sensação é de que as pessoas estão em barcos diferentes, sem se comunicar. Queremos é juntar tudo isso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, a empresária Luiza Helena Trajano, que participou no domingo (26) de evento do Parlatório, grupo que reúne formadores de opinião de todo Brasil, negou que entrará na vida pública para disputar qualquer cargo eletivo.

"Não sou candidata e não atendi as pessoas que me procuraram", disse a empresária, uma das líderes do movimento Mulheres do Brasil, que hoje reúne, segundo ela, 95 mil mulheres.

##RECOMENDA##

Luiza Trajano é a única a mulher a figurar na lista da revista Forbes, divulgada no dia 18 deste mês, como uma das pessoas mais ricas do mundo na 8ª posição.

Em resposta a provocações feitas pelo ex-presidente Michel Temer, no início do evento, que perguntou sobre a possibilidade de ela entrar na política, Luiza Trajano disse que "não conheço do churrasco político, mas aprendi a cheirar desse churrasco".

A empresária disse não ter condição de assumir um cargo político, mas afirmou que o grupo de mulheres que lidera é o maior partido político feminino do mundo e prometeu atuar politicamente por entender que um grupo com 100 mil pessoas tem força para colocar pautas para o Congresso e para o governo.

"Então, presidente Michel Temer, não sou candidata a presidente, nem a vice e a cargo nenhum. Não sou candidata, mas sou candidata a liderar uma frente de 100 mil mulheres", disse acrescentando que um dos objetivos do Mulheres do Brasil é colorar 50% de mulheres nos cargos públicos.

"Os homens aqui presentes podem até não gostar, mas queremos 50% dos cargos públicos ocupados por mulheres", continuou Luiza Trajano.

Ela não deixou passar também a oportunidade de dar uma espetada nos membros do Parlatório dizendo que o grupo faz muitos diagnósticos, mas que não dá mais para só fazer diagnósticos e "ficar assistindo de braços cruzados as 600 mil mortes por Covid e metade da população brasileira vivendo com apenas R$ 60,00".

"Até quando vamos ficar fazendo diagnósticos e olhando de braços cruzados as 600 mil mortes e metade da população vivendo com R$ 60,00?", reforçou dizendo que as coisas têm que ser feitas pra já.

Na noite desta quinta-feira (17) a deputada federal pelo estado de São Paulo (SP), Tabata Amaral, fez o anúncio oficial de sua filiação ao PSB, durante uma entrevista no programa Conversa com Bial, exibido pela Rede Globo. A parlamentar estava sem legenda desde que rompeu com o PDT em 2019, após votar a favor da reforma da Previdência, contrariando a orientação do partido.

"Como alguém que acredita em partidos e ficou dois anos nessa luta para conseguir o direito de se filiar a um novo partido, eu vou para o PSB, foram muitas conversas, e vou muito feliz", disse, se referindo ao impasse na Justiça que resultou no parecer positivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em maio deste ano, autorizando a saída do PDT sem a perda do mandato.

##RECOMENDA##

O namorado dela, João Campos (PSB), que é prefeito do Recife (PE), também participou da conversa. Contudo, quando perguntada se a entrada no partido teria ligação com as ambições de Campos, Tabata pontuou que sua “trajetória política é independente”, assim como foram as conversas com os partidos, e disse achar “natural” ambos estarem no “mesmo lugar”, pois o casal possui “uma visão de Brasil que é muito compartilhada”.

Segundo a deputada, a escolha do PSB foi tomada após muitas conversas e tem maior  relação com o caráter progressista da legenda. Para ela, o partido apresenta “muita clareza do seu papel no combate a esse governo tão autoritário, tão incompetente, tão corrupto que infelizmente lidera o nosso país”.

Tabata Amaral ainda pontuou o desejo de ver Luiza Trajano, dona da rede Magazine Luiza, como candidata à Presidência em 2022 e citou o nome do ex-governador Márcio França (PSB) como uma opção para assumir o comando do estado de São Paulo.

 

Entre os 100 nomes na lista de pessoas mais influentes de 2021, publicada nesta quarta-feira (15) pela revista Time, está a empresária Luiza Helena Trajano, da rede de lojas Magazine Luiza. O texto de apresentação da administradora ficou por conta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reforçando as teorias de que seu nome está sendo cotado para compor a chapa petista no ano que vem.

“Em um mundo onde bilionários queimam fortunas em aventuras espaciais e iates, Luiza se dedica a um tipo diferente de odisseia. Ela assumiu o desafio de construir um gigante comercial e ao mesmo tempo construir um Brasil melhor”, diz o texto de Lula, publicado em inglês no site da revista. Trajano aparece na categoria “Titãs”, ao lado da atleta Simone Biles e de Shonda Rhimes, dramaturga.

##RECOMENDA##

O ex-chefe do Executivo também fez questão de destacar a atuação de Luiza durante a pandemia. “Quando a COVID-19 chegou ao Brasil, matando mais de 580 mil brasileiros e causando uma recessão, o Magazine Luiza ajudou as pequenas empresas a se adaptarem ao comércio digital, fornecendo uma plataforma para vender e entregar seus produtos. Em um momento em que o governo federal brasileiro minimizava o risco que a pandemia representava, Luiza corajosamente falou sobre a urgência da vacinação”, continuou.

Em fevereiro deste ano, o vice-presidente do PT, Washington Quaquá, chegou a afirmar, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que a presença de Trajano na chapa presidencial de 2022, como vice, seria uma uma forma de se “reconectar” com o setor produtivo e com o eleitor de centro. À época, contudo, a empresária negou o interesse no envolvimento político.

Leia, a seguir, o que Lula escreveu sobre Luiza Trajano:

"Em um mundo de negócios ainda dominado por homens, a brasileira Luiza Trajano conseguiu transformar o Magazine Luiza, que começou como uma loja única em 1957, em um gigante do varejo com dezenas de bilhões de dólares. É uma grande conquista - uma entre muitas.

Quando a COVID-19 chegou ao Brasil, matando mais de 580 mil brasileiros e causando uma recessão, o Magazine Luiza ajudou as pequenas empresas a se adaptarem ao comércio digital, fornecendo uma plataforma para vender e entregar seus produtos. Em um momento em que o governo federal brasileiro minimizava o risco que a pandemia representava, Luiza corajosamente falou sobre a urgência da vacinação. Ela também foi uma defensora vocal da igualdade, criando o Mulheres do Brasil, um grupo apartidário de mais de 95.000 mulheres que trabalham para construir uma sociedade melhor e apoiar as vítimas de violência doméstica. E, no final de 2020, em um esforço para promover a inclusão dentro do Magazine Luiza, ela lançou um programa de trainees que oferece oportunidades para os afro-brasileiros.

Em um mundo onde bilionários queimam fortunas em aventuras espaciais e iates, Luiza se dedica a um tipo diferente de odisséia. Ela assumiu o desafio de construir um gigante comercial e ao mesmo tempo construir um Brasil melhor."

 

Numa live feita na segunda-feira, 5, à noite pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, a empresária Luiza Trajano, maior acionista e presidente do conselho da Magazine Luiza, defendeu que o País deixe de lado as brigas e se una no combate à pandemia do coronavírus. Numa conversa transmitida pelo Instagram do ex-ministro, ambos combinaram que "não falariam de política" para priorizar o debate sobre como ajudar nas ações de Saúde e também para minimizar a desigualdade social ampliada pelos problemas na economia.

Mas, apesar da promessa, as mensagens políticas da empresária foram claras. Ao explicar porque não assinou o manifesto dos presidenciáveis em defesa da democracia, Luiza disse que ninguém lhe pediu que apoiasse o documento e afirmou que nem poderia ser chamada para isso por não ser presidenciável. Nos últimos meses, o nome da empresária tem sido citado como uma opção de candidatura ou de vice-presidente vinda de fora da política para 2022."Disseram que a Luiza não quis assinar. Primeiro, eu não tinha de assinar nada. Segundo, nem me convidaram para assinar porque eu não sou presidenciável", garantiu, ao ser perguntada sobre o assunto por Mandetta, um dos signatários do documento ao lado dos governadores João Doria e Eduardo Leite, de Ciro Gomes, João Amoêdo, e do apresentador Luciano Huck.

##RECOMENDA##

Mandetta ainda insistiu na possibilidade: "Mas pode ser, gente...".

"Não, não, não", afirmou Luiza.

"Não é hoje. Mas não tem porta fechada nisso", reforçou Mandetta.

Na conversa, a empresária e o ex-ministro reconheceram que para superar as dificuldades provocadas pela pandemia será importante deixar as brigas de lado. "Nesse momento, temos de nos unir. Temos de deixar o ódio de lado, a raiva. O diagnóstico, fulano não fez, porque ele não fez, onde já se viu ele não fazer. Já foi, gente. É daqui para a frente. É para já", defendeu Luíza.

Uma ideia proposta pela empresária e apoiada por Mandetta é transformar Saúde e Educação em políticas de Estado. A inspiração vem da autonomia do Banco Central, que fez com que a atuação do órgão se descolasse do governo da vez. Para Luiza, isso garantiria às duas áreas uma espécie de blindagem política e garantindo sempre uma gestão técnica.

"Eu defendo que a Saúde e a Educação sejam um órgão do Estado e não um órgão político. Porque aí tem de ter plano de carreira, tem de ter tudo direitinho. Mas quem manda é o Estado", disse.

"Tem sido feito muito uso político. Acho que Saúde e Educação talvez tivessem que ser dois setores que precisassem de um comitê técnico permanente", concordou Mandetta.

Luiza Trajano concordou e defendeu que a boa governança é fundamental para que áreas como a da Saúde possam conseguir melhores resultados.

"Há mais de quatro anos, fiquei sabendo o que era o SUS. Eu fiquei com vergonha de não conhecer. Passei a defender esse SUS em todas as minhas palestras, em todo lugar. O SUS é o melhor sistema de saúde na Constituição que existe no mundo para um país com desigualdade social. Ele é perfeito. Ele não tem de mudar nada. Ele tem de ter governança e tem de ter digitalização. Porque imagina no seu celular, você marcar consulta, saber que dia você volta. E precisa ter governança, porque nenhuma empresa vai para frente com dez ministros da saúde em nove anos. E não estou nem dizendo que é culpa desse governo. É uma coisa que vem acontecendo", afirmou.

"Até porque a gente tem pouco dinheiro para a Saúde. Então, se não administrar bem...Eu falo que pouco dinheiro, bem administrado, a gente ainda consegue resultado. Agora, pouco dinheiro, mal administrado, aí é tragédia", disse Mandetta.

Luiza Trajano defendeu o pagamento do auxílio emergencial pelo governo como forma de minimizar as dificuldades dos mais vulneráveis.

"Quando foi a primeira onda, fiquei muito paralisada pela primeira vez. Mas, depois de dois dias, me juntei ao IDV e comecei a estudar economia de guerra. Não tem jeito. O governo federal tem de colocar o dinheiro, como todos os países colocaram, porque se não piora PIB, piora tudo", avalia.

"Junto com o IDV, fomos ajudar uma área do Ministério da Economia a fazer aquelas medidas de emergência. Que foram boas, não foram ruins. E aí saiu o auxílio emergencial, que foi um valor que salvou. Que salvou a fome, salvou tudo. Dessa vez, por causa do déficit público, que a gente tem de respeitar, não quero entrar nisso, ele é menor. Mas custou um pouco a sair. E a crise econômica agora está pior do que era antes. E a crise de saúde também", lembra a empresária.

Ela conta que a maioria das pessoas que se dispôs a ajudar na primeira onda do coronavírus queria colaborar com bens perenes, em vez de doar cestas básicas. Mas que a situação atual se tornou tão grave que isso agora inevitável.

"O pessoal que queria ajudar dizia: a gente não quer dar cesta básica. A gente quer dar UTI, a gente quer dar respirador. Mas acabou que não teve nenhuma família que não teve de dar de 20 a 30% para combater a fome, para cesta básica. Com fome, ninguém faz nada. Então, todas as famílias que começaram assim, olha, a gente quer dar para coisa que fique perene. Agora, estamos todos voltando a ter que dar cesta básica de novo. Não tem comida na mesa", lamenta.

A empresária abriu uma exceção na conversa para falar explicitamente de política. Ela defendeu o fim da reeleição. "O Fernando Henrique pediu desculpa por ter dado a reeleição. É uma coisa que nós temos que acabar. Com a reeleição. Tinha de ter cinco anos para o Executivo e não tinha reeleição", afirmou, defendendo a realização de uma reforma política.

Mas a empresária martelou na tecla de que é preciso unir novamente o País num esforço de recuperação diante das dificuldades.

"Se a esquerda fez bem feito, vamos apoiar. Se a direita fez bem feito, vamos apoiar. Eu apoiei as medidas do governo que foram boas. Estou falando do começo da pandemia. Eu saí fazendo live com as medidas. Eu precisava salvar as pequenas empresas. Então, não é porque é um que faz que não vou apoiar. As medidas foram rápidas, o Ministério da Economia criou rápido. Se não saiu o dinheiro é porque ainda temos uma burocracia muito grande para aprovação de crédito. Mas fez rápido. Se fez isso, temos de sair falando bem. Agora temos de unir. É o mundo inteiro que está pedindo isso. Não é hora de divisão", disse.

Após rumores de que a empresária Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, estaria sendo sondada pelo PT para compor uma chapa para a eleição presidencial de 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais neste domingo (14) para esclarecer que os dois "jamais tiveram qualquer conversa política".

No Twitter, o perfil de Lula diz que ele teve uma "belíssima relação" com a empresária enquanto foi presidente da República, mas que "não procede qualquer informação de conversas de Lula com a empresária".

##RECOMENDA##

Trajano já tinha afirmado não ter recebido nenhum convite formal para entrar na vida partidária, além de não ter quaisquer pretensões eleitorais.

A empresária Luiza Trajano, de 69 anos, presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza, se consolidou como uma voz do meio empresarial com forte influência entre dois dos potenciais candidatos ao Palácio do Planalto em 2022: o apresentador de TV Luciano Huck e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Ao mesmo tempo, por ter um perfil considerado progressista que atrai partidos como PT e PSB, é vista por líderes petistas como o novo nome do "capital" que poderia compor uma chapa presidencial nos moldes da dobradinha eleita em 2002, entre Luiz Inácio Lula da Silva e José Alencar - que tentou ser repetida na eleição passada com o filho do empresário mineiro, Josué Gomes da Silva.

Luiza Trajano ainda não recebeu convite formal para entrar na vida partidária e nega que tenha pretensões eleitorais, mas, mesmo assim, viu seu nome entrar com força também no radar das articulações que buscam um(a) "outsider" para a próxima disputa presidencial.

##RECOMENDA##

Amiga e interlocutora de Huck e Doria, a empresária mantém uma militância múltipla e intensa. Foi fundadora e lidera simultaneamente os movimentos "Mulheres pelo Brasil", com bandeiras feministas e "Unidos pela Vacina", além de atuar no Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), entidade que fundou ao lado do empresário Flávio Rocha, da Riachuelo.

A empresária é ainda uma ardorosa defensora das cotas e ganhou destaque na mídia no ano passado ao lançar um programa de trainee no Magazine Luiza exclusivo para negros.

Durante a pandemia, Luiza Trajano foi personagem recorrente em debates virtuais e presenciais que discutiram o cenário nacional. Participou de conversas reservadas promovidas por Huck - que é o principal garoto propaganda da rede Magalu - e levou um grupo de 20 mulheres para um almoço no Palácio dos Bandeirantes com o governador paulista, com quem convive desde 2008. Naquele ano ela ajudou a criar o Lide Mulher, braço feminino do Grupo de Líderes Empresariais, organização criada pelo hoje tucano.

Mercado interno. As bandeiras de Luiza Trajano contra o racismo estrutural, em defesa das mulheres e pró-vacina conquistaram a simpatia de setores da esquerda que também buscam nomes para uma composição em 2022. Há no PT, por exemplo, quem considere a empresária uma ponte com o setor produtivo como foram José Alencar, vice-presidente de Lula, e seu filho, Josué.

"Precisamos nos reconectar com o empresariado que tem relação com o mercado interno e com o eleitor de centro, para formar maioria, ganhar e governar", disse o vice-presidente nacional do partido, Washington Quaquá. Segundo ele, Luiza Trajano compõem perfeitamente este perfil. "Acho uma super chapa: Haddad/Luiza Trajano."

Durante o governo Dilma, Luiza Trajano - que está à frente de uma das maiores empresas varejistas do País - foi uma conselheira e amiga da presidente, e defendeu publicamente a petista contra o movimento pelo impeachment.

Pelas redes sociais, a empresária afirmou que não é candidata e que não foi procurada por nenhum partido político até o momento. Sua atuação, porém, vem chamando atenção de siglas e causado debates entre atores políticos de diferentes matizes ideológicos.

Carol Dartora (PT), primeira vereadora negra de Curitiba, considera a empresária um quadro de bandeira "progressista" na política. "Eu não chegaria a tanto de dizer que Luiza Trajano é uma progressista, mas é uma humanista e tem uma visão social importante", disse a deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP).

"Há um movimento que não é de hoje para tentar convencer a Luiza a disputar a Presidência da República. Ela transita muito bem em todas as áreas e mantém relações da esquerda até a centro-direita", disse a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP). A parlamentar afirmou, porém, que para atrair a centro-direita e o que ela chama de "direita inteligente", Luiza Trajano precisaria ajustar o discurso e torná-lo "mais liberal".

Fundador do grupo de renovação política RenovaBR, Eduardo Mufarej avalia que a eleição presidencial de 2022 terá uma pista "mais estreita" para outsiders do que 2018, mas incluiu a dirigente da Magazine Luiza entre os nomes que teriam força para correr por fora da polarização entre bolsonaristas e o PT. "Huck é certamente um nome super preparado que reúne força e respaldo popular, e a Luiza é uma super liderança. Pode ser um nome com muito potencial", disse.

Apesar do anunciado embate interno entre Doria e o governador gaúcho Eduardo Leite pela vaga de candidato do PSDB à Presidência, até os tucanos manifestam interesse em contar com a empresária em 2022. "Tenho admiração pela Luiza. Nunca tive a oportunidade de fazer um convite formal, mas ela seria muito bem-vinda no PSDB", disse Marco Vinholi, presidente do partido em São Paulo.

"As especulações em torno do nome dela aconteceram com uma intensidade muito grande porque o País está carente de lideranças da sociedade civil, mas a política partidária não está no horizonte dela", disse Marcelo Silva, presidente do IDV e vice-presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, que acompanha a empresária desde 2004, quando ele deixou a Pernambucanas.

Procurada pela reportagem, Luiza Trajano não quis se pronunciar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após a repercussão do lançamento do movimento "Unidos pela Vacina", a presidente do conselho do Magazine Luiza publicou uma nota de esclarecimento nas redes do movimento. "Gostaria de deixar claro que não sou candidata a presidente do Brasil nem sou filiada a nenhum partido político", diz a executiva que lidera a iniciativa.

A empresária afirma que defende a união da sociedade civil organizada, como o trabalho que desenvolve no grupo "Mulheres do Brasil".

##RECOMENDA##

Nesta terça-feira, em coletiva de imprensa, Luiza afirmou que o grupo não vai comprar vacinas e, sim, trabalhar para construir pontes, retirar entraves e estabelecer diálogos para aquisição e distribuição dos imunizantes.

A presidente do conselho do Magazine Luiza, Luiza Trajano, divulgou nesta segunda-feira, 8, em suas redes sociais o programa Unidos pela Vacina. Liderado por ela, o movimento apartidário é composto por empresários e outros atores da sociedade civil. A mobilização trabalha com a meta de que todos brasileiros sejam vacinados até setembro de 2021.

O grupo se propõe a reduzir os entraves existentes hoje para a vacinação. "Queremos ajudar a garantir que as vacinas cheguem a qualquer ponto do País, superando todo e qualquer obstáculo", disse, em sua postagem no Instagram.

##RECOMENDA##

"O programa Unidos pela Vacina começou com o meu chamado ao Grupo Mulheres do Brasil, com mais de 75 mil mulheres no Brasil e no mundo, e hoje é um movimento da sociedade civil como um todo", escreveu na publicação.

Alvo de polêmica após a Magazine Luiza anunciar uma seleção voltada apenas para negros, a dona da rede, Luiza Trajano, se tornou a 8ª pessoa mais rica do Brasil. A informação foi publicada na revista Forbes, que estimou a fortuna da empresária em R$ 24 bilhões.

A agora mulher mais rica do Brasil, Luiza Trajano, teve 181% de aumento no seu patrimônio entre 2019 e 2020. A pandemia é um dos principais fatores para seu sucesso, visto que a empresária investiu pesado para comprar o site Netshoes e ampliar suas vendas na internet, mercado que cresceu muito nesse período de isolamento social.

##RECOMENDA##

Quem lidera a lista das pessoas mais ricas do Brasil é o banqueiro Joseph Safra, dono do Banco Safra, com fortuna estimada em R$ 119 bilhões.

Veja a lista das 10 pessoas mais ricas do Brasil, segundo a Forbes:

Joseph Safra: R$ 119,08 bilhões

Jorge Paulo Lemann: R$ 91 bilhões

Eduardo Saverin: R$ 68,12 bilhões

Marcel Herrmann Telles: R$ 54,08 bilhões

Carlos Alberto Sicupira: R$ 42,64 bilhões

Alexandre Behring: R$ 34,32 bilhões

André Esteves: R$ 24,96 bilhões

Luiza Trajano: R$ 24 bilhões

Ilson Mateus: R$ 20 bilhões

Luciano Hang: R$ 18,72 bilhões

As medidas adotadas pelo governo para combater o coronavírus foram adequadas, disse nesta segunda-feira, 7, a presidente do Conselho do Magazine Luiza, a empresária Luiza Trajano. Ela participou de uma transmissão ao vivo organizada pelos jornais O Globo e Valor Econômico. "Mas gostaria de dizer ao secretário Mansueto Almeida, que participou da mesma live, que os recursos precisam chegar mais rápido nas pontas", disse.

Ela afirmou que criou junto com Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) um sistema chamado De Para que leva informações aos pequenos e médios empresários para informá-los onde pegar os recursos. "São nas pequenas e médias empresas que está a maioria dos empregos. Mas as medidas, a princípio foram boas. Minha preocupação é que elas cheguem na ponta", disse Luiza Trajano.

##RECOMENDA##

Luiza também disse que é preciso destravar os bancos, que têm dificultado o dinheiro chegar na ponta. Ela lembrou que em 2008, foram a Caixa e o Banco do Brasil que destravaram as portas para os recursos chegarem aos beneficiários.

Ela criticou ainda a necessidade de que as medidas, como a suspensão de contratos de trabalho, passem pelos sindicatos antes de serem efetivadas - na segunda-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou decisão nesse sentido.

"Nesse momento, não dá para passar pelo sindicato. A falta de fluxo de caixa quebra uma empresa em 15 dias, estão todos assustados", completou a empresária.

Luiza disse que não demitiu nenhum empregado de suas lojas, mas teve que desligar quem estava em contrato de experiência e que está fazendo campanha para que outros empresários não demitam. "A empresa não será a mesma depois do coronavírus, nossos sistemas, tamanhos de escritórios não serão os mesmos", acrescentou.

Isolamento

A presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza afirmou ainda que a discussão sobre isolamento total ou vertical já passou e que é preciso olhar agora para o pós-pandemia. "Se eu abrir minhas lojas hoje, não tem clientes nas ruas. Posso fazer mal para a saúde no médio prazo, é muito pior", avaliou.

Ela disse que as medidas de isolamento poderiam ter sido mais brandas, mas já aconteceram. "Já estamos vivendo, temos que trabalhar a partir do que temos agora", concluiu.

Jovens

Instada a deixar uma mensagem para os jovens neste momento de crise, Luiza Trajano, disse que o jovem precisará aprender a combater a desigualdade e a trabalhar conectado, em equipe. De acordo com ela, um funcionário pode até ser contratado por critérios técnicos, mas é pelo comportamento que ele é demitido. "Comportamento demite mais que técnica", comentou a empresária.

Ela disse que hoje em dia os processos de seleção de funcionários não começam mais perguntando de onde a pessoa vem ou em que faculdade estudou, mas avaliando o comportamento e a capacidade da pessoa trabalhar conectada.

"Os head hunters só perguntam depois de onde a pessoa vem e em que faculdade estudou. Não estou dizendo que o estudo não é importante, mas que o comportamento é muito importante", afirmou Luiza. "Os jovens vão ter que entender que, se tem uma coisa que a gente vai ter que aprender, é lutar contra a desigualdade social e a trabalhar coletivamente, adotar um diálogo que conecta", reafirmou.

Num momento de crise e incertezas na economia, a presidente do Magazine Luiza e do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Luiza Trajano, disse que a voz das ruas precisa ser escutada por todos. "O País vive hoje mais um problema político do que econômico, não estou dizendo que não tem problema econômico, mas o que precisamos é que a classe política esteja unida para enfrentarmos essa travessia", disse a empresária ao Broadcast Político, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, após participar nesta segunda-feira da cerimônia de posse de Alencar Burti nas presidências da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Para Luiza Trajano, as recentes manifestações de rua contrárias ao governo da presidente Dilma Rousseff, que levaram mais de dois milhões de pessoas às ruas no dia 15, fazem parte do processo democrático do País. Na avaliação da empresária, a presidente Dilma vem atuando de forma democrática com relação a esses movimentos, "até mesmo porque ela também já lutou contra a ditadura, pela redemocratização do País." Ainda sobre as manifestações, ela ainda disse: "Que bom que não teve nenhuma loja apedrejada, como já tivemos (em outras ocasiões)." Indagada sobre o clima no Congresso Nacional, ela acredita que seja apenas uma crise momentânea.

##RECOMENDA##

Alternativas

A presidente do Magazine Luiza afirmou que o varejo não fala em crise, fala em alternativas. "Depois do governo, o varejo é o maior empregador do Brasil. Não ignoramos a crise, mas estamos sempre em busca de alternativas", disse a empresária, destacando que a classe política deveria seguir o mesmo exemplo. Segundo Luiza Trajano, no 3º Fórum Nacional do Varejo, realizado neste final de semana, o sentimento de todos os participantes foi o de buscar alternativas para atravessar, unidos, este momento, "até mesmo porque já atravessamos outras crises". Na sua avaliação, o varejo sempre foi um setor responsável por "puxar o País para fora das crises" e acredita que neste momento não será diferente.

Sobre as perspectivas de que a retração na economia poderá aumentar o desemprego e, consequentemente afetar as vendas do comércio, ela disse que já houve momentos econômicos piores no País. "Tem empresas abrindo duzentos pontos de venda", ponderou.

A presidente do Magazine Luiza, Luiza Trajano, avaliou nesta quinta-feira, 07, que a medida do Banco Central (BC) de liberar os compulsórios para os bancos deve, no curto prazo, aumentar o volume de crédito para o varejo. Em entrevista à imprensa após participar de evento da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) em São Paulo, ela garantiu também que a inadimplência no setor está sob controle.

"Acho que vai aumentar o volume de crédito, porque os bancos vão ter mais dinheiro", afirmou. Luiza disse esperar que, com a medida anunciada pelo BC, os bancos não aumentem os spreads nas operações de empréstimos. "Eles também têm consciência - pelo menos eu espero - de que o Brasil está em um momento que precisa crescer o mercado", disse. Para ela, o baixo índice de confiança do consumidor revelado nas últimas pesquisas é "natural" para um ano eleitoral.

##RECOMENDA##

Luiza informou ainda que, apesar da atividade econômica estar mais fraca, o Magazine Luiza mantém todos os investimentos previstos para 2014 e as projeções para 2015. Ela evitou falar qual candidato à presidência está apoiando. "Eu sou Brasil", disse. Uma das palestrantes do evento de lançamento da campanha "A Energia da Democracia é Livre", ela defendeu ainda a expansão do mercado de energia livre no Brasil.

A diretora-presidente da rede de lojas Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, disse hoje que o setor varejista "não esta mais tão aquecido" quanto antes, na comparação com a performance de vendas que vinha ocorrendo até o início deste ano. "Desde abril, (as vendas do setor) estão mais normais", disse, após participar de VI Congresso da Micro e Pequena Indústria promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Segundo ela, o Brasil não tem como ficar imune aos efeitos da crise internacional, mas ponderou que o consumo das famílias, puxado pela geração de emprego e renda, vem reduzindo os impactos. Luiza elogiou as medidas do governo de apoio a alguns setores industriais e disse que pode chegar o momento do varejo também receber incentivos. "A indústria precisava ser socorrida primeiro", ressaltou.

##RECOMENDA##

Questionada sobre o convite da presidente Dilma Rousseff para comandar a secretaria da micro e pequenas empresas, ela disse que ainda não aceitou, até porque a pasta não foi criada, já que aguarda aprovação pelo Congresso. "Não tenho nem saído muito em razão desse assunto", desconversou.

Segundo ela, entre suas funções atualmente na companhia estão a parte de definição do planejamento estratégico e atendimento aos consumidores nos serviços de SAC. "Continuo trabalhando normalmente, não estou fazendo nada (relacionado) ao ministério", disse. Ela frisou que a parte operacional segue a cargo do superintendente Marcelo Silva.

Mesmo assim, a executiva destacou que entre os problemas enfrentados pelos micro e pequenos empresários esta a falta de acesso ao crédito. "Chegou o momento do micro e pequeno empresário obter financiamento, para investir em tecnologia", disse, acrescentando que estes empresários também necessitam de um melhor assessoramento para a condução dos negócios.

Atualizado às 13h54

A presidente Dilma Rousseff quer que a empresária Luiza Helena Trajano, dona do Magazine Luiza, seja a ministra-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, ainda a ser criada. O convite foi feito em uma conversa que ela considerou "muito satisfatória", há pelo menos dois meses.

##RECOMENDA##

Na ocasião, a empresária aceitou o desafio. No entanto, a presidente já avisou à empresária que o processo de criação do 39.º ministério do governo poderá demorar porque depende de aprovação pelo Congresso.

A proposta dá à secretaria status de ministério, mas sua tramitação não avançou. Na semana passada, durante apresentação de ações tributárias para as micro e pequenas empresas que integram o Supersimples, Dilma avisou que quer urgência na votação do projeto. "Optamos pela criação de um ministério específico, pois a ação do governo nessa direção pode ser muito mais efetiva do que é."

Mas o processo pode demorar por causa das dificuldades com a base aliada no Congresso. Para superar os impasses, Dilma desencadeou uma série de reuniões com as lideranças aliadas. Na prática, não há previsão de quando a nova pasta será criada.

Antes de assumir, ainda no processo de montagem do ministério, Dilma havia tentado levar para o governo o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, que não aceitou - mas ao final acabou admitindo presidir a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, criada para dar mais agilidade a setores estratégicos do governo.

O governo decidiu criar a nova secretaria, com estrutura enxuta, para coordenar as ações ligadas a o setor, hoje espalhadas pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Fazenda, da Ciência e Tecnologia e do Trabalho e Emprego. O impacto orçamentário, segundo a exposição de motivos encaminhada ao Congresso, seria de R$ 6,5 milhões com a criação da secretaria a partir de abril passado. O valor sobe para R$ 7,9 milhões por ano a partir de 2012. A nova pasta será responsável pela formulação de políticas e diretrizes de apoio à micro e pequena empresa e ao segmento do artesanato.

 

SEM RESPOSTA

Luiza Helena Trajano, disse hoje, por meio de sua conta na rede de microblogs Twitter, que "ainda não decidiu e pediu um tempo" à presidente Dilma Rousseff para aceitar o convite para comandar a Secretaria de Micro e Pequena Empresa do governo federal. "A secretaria ainda não foi criada, por isso nem é necessário dar uma resposta agora", afirmou.

Luiza disse que estuda "com muito carinho" e está "lisonjeada com o convite". "Incentivar o desenvolvimento da micro e pequena empresa sempre foi minha missão pessoal", completou. Ela disse também que a criação da secretaria, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso, independentemente de quem assuma, beneficiará os micros e pequeno empresários.

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando