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Nesta quinta (27), o presidente do PDT, Carlos Lupi, compartilhou em suas redes sociais um vídeo publicitário do partido em que defende a impressão do voto para recontagem após a eleição. A pauta vem sendo encampada pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), que já chegou a ameaçar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE): “vai ter voto impresso, porque se não tiver, não vai ter eleição”, afirmou.

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“Desde o surgimento da urna eletrônica, há 25 anos, nosso líder, nossa referência do partido, Leonel Brizola já defendia uma coisa simples de se fazer: a impressão do voto. [...] Quando tiver desconfiança, uma votação muito diferente de outros locais, pode conferir esse voto. Eis o segredo de toda democracia no mundo: a possibilidade de recontagem de conferência do voto”, diz Lupi, na propaganda. 

O sistema eleitoral brasileiro é considerado um dos mais confiáveis do mundo, por dispor de mecanismos que garantem a segurança do voto. Desde que foi adotada, a urna eletrônica já foi usada em 12 eleições, sem qualquer indício ou comprovação de fraude.

“Hoje algumas pessoas mais à direita querem defender a impressão do voto. Não é porque estão hoje defendendo que vamos deixar de defender aquilo que pra democracia é salutar”, justificou Lupi, que ainda acrescentou: “sem recontagem, a fraude impera”.

Corrida eleitoral

O PDT pretende lançar candidatura própria às eleições de 2022, em que deverá ser representado pelo ex-governador do Ceará Ciro Gomes. O pedetista, contudo, vem apresentando desempenho tímido nas pesquisas eleitorais. De acordo com o estudo do Datafolha, divulgado neste mês, Ciro aparece apenas em quarto lugar, atrás do ex-presidente Lula (41%), do atual presidente Jair Bolsonaro (23%) e até do ex-juiz Sérgio Moro (7%). A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

O PDT divulgou nesta sexta-feira, 12, em sua página na internet e em redes sociais, um vídeo da convenção do partido, em 18 de março, que aprovou o fechamento de questão contra a reforma da Previdência apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro. A deputada Tabata Amaral (PDT-SP), que na última quarta votou a favor das mudanças na aposentadoria, estava presente ao encontro, realizado em Brasília.

A gravação mostra Tabata, sorridente, ao lado do presidente do PDT, Carlos Lupi, que comandava os trabalhos. Na sequência há um corte na imagem e Lupi aparece perguntando aos convencionais quem era favorável a fechar questão contra a reforma da Previdência. Todos levantaram os crachás e a proposta foi aprovada por unanimidade.

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Tabata e outros sete deputados do PDT enfrentarão processo na Comissão de Ética do partido, a partir da próxima quarta-feira, e correm risco de expulsão. Na convenção de março, Lupi chegou a questionar se havia alguém na plateia que gostaria de continuar a discussão sobre o assunto. Ninguém mais se manifestou, nem mesmo Tabata. "Quero registrar (..) que foi aprovado por unanimidade dos presentes o fechamento de questão contra a reforma da Previdência", discursou o presidente do PDT, na ocasião.

Lupi disse nesta sexta que o processo contra Tabata e seus colegas deve demorar de 45 a 60 dias nas instâncias do partido. "Mas todos terão direito de defesa", ressalvou. "Aqui é democracia e tudo o que fazemos é pelo convencimento. Não tem emenda, não tem método não ortodoxo que Bolsonaro disse que ia abolir e está liberando."

Ao ser questionado sobre o argumento, usado por alguns deputados "rebeldes", de que o texto-base aprovado pela Câmara é diferente da proposta original enviada pelo governo, Lupi foi irônico. "Isso está parecendo aquela história do governo, que tirou o bode da sala, o fim do Benefício de Prestação Continuada (BPC), e botou lá uma cama cheia de pregos para o trabalhador deitar", afirmou ele.

O presidente do PDT afirmou, ainda, que "a esmagadora maioria" do partido defende a expulsão de Tabata e dos outros desobedientes, mas não confirmou a punição. A deputada integra o movimento "Acredito", que apoia mudanças na aposentadoria. "Tem gente que já pergunta: mas ela obedece ao Acredito ou ao PDT?", observou Lupi.

Na prática, o PDT teme perder força no Congresso porque há um entendimento em vigor no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) segundo o qual o partido não pode pedir de volta o mandato do parlamentar, mesmo que ele seja expulso. Se os oito deputados que votaram a favor da reforma da Previdência forem defenestrados, o PDT sofrerá importante revés, pois ficará com uma bancada de 19 deputados.

"Estou tentando construir uma saída, mas não posso dar prêmio nem salvo-conduto para quem votou contra uma determinação do partido, aprovada por unanimidade", insistiu Lupi.

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou na noite dessa segunda-feira (17) que o embarque dos irmãos Cid e Ciro Gomes na legenda está "100% acertado". Segundo o dirigente, os últimos detalhes foram negociados em almoço realizado na última quarta-feira (12), em Brasília, que também contou com a participação de integrantes do grupo dos Gomes, do Ceará. "Está 100% acertada a ida deles para o PDT", afirmou Lupi ao jornal "O Estado de S. Paulo".

Cid e Ciro, atualmente no Pros, reuniram-se na noite de ontem em Fortaleza com os demais aliados para baterem o martelo. "Eles devem anunciar nos próximos dias. Não fizeram nenhuma exigência, só colocaram algumas preocupações pontuais referentes à disputa local, mas que serão resolvidas sem problemas", disse o presidente do PDT.

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Considerados como as principais lideranças do Pros, Cid e Ciro Gomes se queixam da condução do partido criado em 2013. Entre os problemas apontados está o processo de filiação normalmente feito pelas comissões nacional, estaduais e municipais. No Pros, após mudança no regimento interno ficou determinado que qualquer filiação só pode ser feita passando pela direção nacional, tal medida estaria causando descontentamento nos diretórios estaduais.

Apesar dos avanços nas negociações, a tendência é que um possível desembarque dos deputados federais, que fazem parte do grupo dos Gomes, não ocorra neste momento, uma vez que os parlamentares correriam o risco de perder o mandato por infidelidade partidária. "Neste caso, a nossa expectativa é que se vote a proposta no Congresso que abre a janela para mudança de partidos", afirmou Lupi.

Os dois principais assuntos divulgados pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, em passagem por em Pernambuco, nesta segunda-feira (8): o nome do ex-deputado federal Paulo Rubem (PDT) como pré-candidato à Prefeitura do Recife e os diálogos de reaproximação com o PSB, são divergentes entre os pedetistas pernambucanos. Alguns apoiam e defendem a aliança com os socialistas, mas criticam o nome do pré-candidato, já outros, analisam de uma forma totalmente oposta. 

Para o prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), a possibilidade de parceria com o PSB como comentou o líder nacional é uma boa articulação. “Eu considero a inciativa do presidente Lupi, se esse for o objetivo central, louvável, porque coincide com os meus sentimentos de está na base de Paulo Câmara e poder ajudar a Frente Popular em Pernambuco a cumprir os seus objetivos, até pelas dificuldades que o governado enfrenta”, aprova. 

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Garantindo ter ido à reunião da Executiva Estadual para abraçar Lupi, Queiroz espera que os diálogos se consolidem para uma unidade entre as legendas. “Então, vim aqui abraçar o presidente Lupi e esperar que isso tudo aconteça nesse movimento. Tem uma série de encontros dele, com o governador, com Geraldo Julio, com Renildo e tomara que essas costuras deem certas e a gente possa está integralmente dentro da Frente Popular”, anseia. 

Outra pauta anunciada pelo líder nacional já não é vista com os mesmo bons olhos pelo gestor de Caruaru. “Olha, o nome de Paulo Rubem eu não discuto para nada, porque Paulo Rubem só soube fazer oposição de baixo nível e eu não quero resposta nem diálogo. Eu refluí um pouco no partido para que todo o projeto do presidente Lupi não tivesse nenhum obstáculo, logo, em não opino nem a favor, nem contra as essas alternativas de Paulo Rubem”, disparou Queiroz. 

Diferente da opinião do prefeito, a vereadora do Recife, Isabella de Roldão (PDT) vê os dois temas de forma diferente. “É bem difícil essa aliança aí, mas eu continuo insistindo que a gente deve separar as questões. Ninguém é eleito para ser situação ou oposição, a gente é eleito para ter um mandato e uma das minhas funções é fiscalização e, infelizmente, hoje eu não posso tirar o chapéu para a gestão do PSB nem no Recife, nem no Estado. Em Recife especificamente é uma gestão falha. É uma gestão que já passou da metade, já está com um ano e meio de gestão e não conseguiu deixar nenhum marco. Se você perguntar qual é o marco da gestão Geraldo Julio as pessoas só vão falar da ciclofaixa. É esse o marco, as ciclofaixas aos domingos?”, indagou. 

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Para a vereadora não há como unir PDT e PSB por divergências ideológicas. “São questões ideológicas. Acho que o PSB, infelizmente, se afastou do socialismo, se afastou desta gestão voltada para as pessoas e se a gente espremer não tem caldo. Dizer a você: como é que faz para reativar isso para voltar? voltar para onde? Voltar ou continuar? mas vamos ver”, analisou. 

Já em relação a Paulo Rubem, a parlamentar que alegou está com uma expectativa positiva da vinda de Lupi a Pernambuco porque ele tem o “intuito de unir mais uma vez as representações do Estado e ratificar as candidaturas próprias nos municípios”, aprovou o nome e fez vários elogios. “Excelente nome né? Paulo é um dos melhores nomes que o Estado de Pernambuco tem. Na verdade, ele vem reforçar que nós vamos ter candidatura própria, que a gente vai marchar nessas bandeiras que são as bandeiras do PDT porque é interessante que a gente faça essa análise de que o PDT nunca mudou de lado. Nós sempre estivemos no mesmo lado, nas mesmas bandeiras, nas mesmas lutas e isso é que é importante que seja dito”, enfatizou. 

Apesar de anunciar a pré-candidatura do ex-deputado federal e atual presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Paulo Rubem, à disputa da Prefeitura do Recife em 2016, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, veio a Pernambuco nesta segunda-feira (8) em busca de uma reaproximação com o PSB. Entre as agendas do pedetista, houve um encontro com o governador Paulo Câmara (PSB) e foi remarcada uma reunião com o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), além disso, ele participou de reunião com a Executiva Estadual. 

Segundo Lupi, mesmo o PDT tendo apoiado a candidatura de Armando Monteiro nas eleições de 2014, agora, o momento é outro. “Aqui, inicialmente com o governador, ele ganhou a eleição, nós demos apoio oficial à candidatura do senador Armando Monteiro e ficamos muito felizes com esta aliança com o senador, mas agora é outro momento. Ele hoje é governador eleito de um partido que tem uma história de aliança entre PDT e socialistas”, analisou. 

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Destrinchando a conversa que teve com Câmara, o líder nacional abordou a fusão com o PPS. “Colocamos muito a questão nacional. Ele quer ajudar a fazer uma reaproximação nacional já que, com essa possibilidade da fusão do PSB com o PPS levam eles muito para o campo do PSDB, mas como eu percebi que está praticamente descartado, isso volta o PSB para o seu leito natural”, ressaltou, com esperança de aproximação. “Quando volta para o campo natural, o diálogo é muito mais fácil porque somos aliados de meio século. Então, ele ficou de marcar uma reunião com o presidente do partido, Siqueira, lá em Brasília e essa reaproximação”, revelou. 

Com o nome de Paulo Rubem anunciado como pré-candidato, Lupi preferiu não tratar de questões locais com o governador. “Eu, com sinceridade, não tratei de nível local porque como nós tivemos uma candidatura adversa e contrária, não seria nem ético da minha parte falar sobre isso. Isso vai ser muito da questão que vai ser discutida pelo diretório regional aqui, porque o partido tem visões diferentes”, frisou, relembrando a postura de alguns correligionários. “O Paulo Rubem defende que a gente vá para uma linha de oposição, os deputados já são contrários a essa discussão, mas é algo que tem que ser discutido internamente para termos essa definição”, ponderou. 

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Ele também separou o intuito da reaproximação do PSB com a eleição local no Recife. “A eleição municipal ela trata muito o foco de cada cidade e cada um tem que respeitar. O partido existe para ter candidatos, se cada partido quiser obrigar os outros de não ter candidatos aí acaba os partidos. Essa questão das capitais é uma diretriz nacional e não dos Estados, e só onde não tiver nomes é que não vamos lançar, e Paulo, desde da outra vez reivindicou que não houve esse compromisso com a nacional e agora há. Se ele quiser será candidato”, reconfirmou. 

Reunindo o diretório estadual para tratar de pautas internas e eleitorais, o pedetista também comentou sobre a convenção estadual da legenda. “Eu já tive hoje aqui uma conversa prévia e cerca de 100 municípios já podem fazer as convenções municipais, porque para fazer a convenção estadual, primeiro você tem que fazer a municipal. Então, iremos dar um prazo máximo de 90 dias para que essas convenções sejam realizadas, e logo depois, mês seguinte, nós fazemos a estadual”, contou. 

Encontros com prefeitos – Na vinda de Lupi ao Recife estava marcada também, uma reunião com Geraldo Julio, mas como o socialista está em Brasília a conversa será realizada nesta terça (9). “Não será mais aqui. Ele ficou com alguns compromissos em Brasília e eu vou conversar com ele amanhã, vou está lá e a gente combinou de conversar lá, mas a conversa é a reaproximação com uma conversa com os dirigentes do PSB tanto Geraldo, como o governador, como que eu tive há duas semanas com Rollemberg, o governador de Brasília. É um pouco a reaproximação de dois aliados históricos. É um pouco o campo nacional que eu estou tratando”, sinalizou. 

Ainda em Pernambuco, a última agenda de Carlos Lupi hoje será em Olinda numa reunião com Calheiros. “Renildo é meu amigo de muitos anos. Foi deputado comigo, trabalhou na revisão constitucional, é um diálogo franco com quem eu tenho profundo respeito e amizade, e claro: tudo gira em torno da política e das eleições e possíveis alianças. Já somos aliados hoje”, detalhou o presidente nacional. 

Dois anos depois de sair do governo, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, deixou o Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Lupi chegou ao conselho em 2007, quando foi nomeado ministro pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em dezembro de 2011, foi demitido na "faxina" promovida pela presidente Dilma Rousseff, mas continuou conselheiro do banco estatal. Lupi foi exonerado em meio a acusações de irregularidades que envolviam organizações não governamentais e o ministério. O dirigente pedetista sempre negou envolvimento em qualquer ilegalidade.

Nesta segunda-feira (10), o ex-ministro disse que deixou o conselho do BNDES porque vai disputar um cargo eletivo em outubro. "Não dá para conciliar o conselho com a eleição, então já deixei formalizada e a presidente Dilma Rousseff vai assinar minha saída. Preciso estar apto para a candidatura", disse Lupi à reportagem.

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O ex-ministro ainda não sabe que cargo disputará e ainda negocia o apoio do PDT na eleição para governador do Rio. Tem conversado com os prováveis candidatos do PMDB, Luiz Fernando Pezão, e do PT, Lindbergh Farias.

Lupi disse que, nos últimos dois anos, não foi pressionado a deixar o conselho do BNDES, já que não estava mais no governo. "Nunca houve nenhum pedido para que eu saísse, ao contrário, continuei minha atuação no conselho normalmente", afirmou. O presidente do PDT trava uma briga interna com o grupo de outro ex-ministro do Trabalho, Brizola Neto. Aliado de Lupi, o atual ministro, Manoel Dias, não pretende indicar o substituto de Lupi e deixará a escolha para a presidente Dilma. Os conselheiros do BNDES têm remuneração de R$ 6,5 mil mensais.

O ex-ministro Carlos Lupi (Trabalho), presidente nacional do PDT, decidiu nesta segunda feira, 27, entrar com ação judicial contra a empresária mineira Ana Cristina Aquino que o acusa de ter recebido propinas para acelerar a criação de sindicatos durante o período em que ocupou o comando da pasta.

Lupi pediu a seu advogado, o criminalista José Roberto Batochio, que entre na Justiça com queixa-crime contra a empresária por injúria, calúnia e difamação. "O ex-ministro Lupi não se lembra de ter visto alguma vez na vida essa mulher e tem certeza de que no Ministério do Trabalho, enquanto foi ministro, ela (Ana) jamais esteve com ele", disse Batochio.

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Com a previsão de o PDT ser mantido no comando do Ministério do Trabalho, integrantes da cúpula da legenda consideram que um dos maiores problemas na relação com o PT está na composição das alianças nos Estados. "A questão de 2014 passa muito pela articulação dos palanques regionais. O grande desafio neste ano é a composição dos palanques. Há uma grande dificuldade do palanque nacional se repetir nos regionais", afirmou ao Broadcast Político o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

Segundo ele, há uma falta de acordo na composição das alianças em vários Estados como o Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Distrito Federal, Bahia e Pernambuco. "Ela (presidente Dilma) vai ter que fazer um pouco o que está sendo conversado, mas que ainda não foi deliberado. Onde tiver mais de um candidato da base aliada ou ela vai no palanque de todo mundo ou no de ninguém, se não vai ser uma crise", afirmou Lupi. Na primeira semana de fevereiro, a cúpula do PDT deve se reunir em Brasília para traçar um cenário das alianças e definir as estratégias de campanha.

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A presidente Dilma Rousseff deve chamar "brevemente" o PDT para discutir o novo nome do partido que vai assumir o Ministério do Trabalho. A informação é do presidente da legenda, Carlos Lupi, que deixou a pasta depois de várias de denúncias envolvendo sua gestão.

O pedetista retornou hoje ao Palácio do Planalto para participar da reunião do Conselho Político do Governo, que reuniu ministros, presidentes de partidos e líderes. "Ela (Dilma) não nos chamou para essa discussão (definição do novo nome do Ministério do Trabalho), mas deverá chamar brevemente", disse Lupi à imprensa, após a reunião. "Ela é quem define, não somos nós. Os nomes já estão ventilados."

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Segundo ele, estão cotados os deputados Vieira da Cunha (PDT-RS) e Brizola Neto (PDT-RJ), além do secretário-geral nacional do PDT, Manoel Dias. "Como presidente do partido, não tenho preferência. Qualquer companheiro é bom companheiro", respondeu, ao ser questionado sobre quem seria a melhor escolha. "O ministério continua sendo gerido por pessoas do PDT, o PDT continua no Ministério do Trabalho", enfatizou. O cargo está sendo ocupado interinamente por Paulo Roberto Pinto.

Lupi não quis comentar a situação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que, assim como ele, teve procedimento preliminar aberto para investigação, pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

"Não avalio situação de ninguém, porque não julgo para não ser julgado. Cada um tem de ser avaliado com transparência e com legítimo direito de defesa", disse.

Sobre a relação com Dilma, ele negou que a sua saída do governo tenha alterado a convivência dos dois. "(Ela) me cumprimentou muito bem. Somos amigos e continuamos amigos", afirmou.

Questionado se ainda ama a presidente Dilma Rousseff, o pedetista riu e disse, dirigindo-se aos repórteres: "E a todos vocês".

Um mês após deixar o comando do Ministério do Trabalho sob denúncias de irregularidade, Carlos Lupi reassume hoje a presidência nacional do PDT. O ex-ministro retoma o cargo nesta tarde, em reunião da Executiva Nacional do partido no Rio de Janeiro. De volta à direção nacional da legenda, Lupi vai coordenar a definição das candidaturas e alianças da sigla nas eleições municipais deste ano.

Lupi teve de se licenciar da presidência do partido por determinação da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, que considerou inconciliáveis o cargo de ministro e o comando da legenda.

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Agora, fora do ministério, Lupi decidiu reassumir o cargo, enfrentando um grupo de oposição interna que defende que o deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) assuma a direção da legenda. A reunião de hoje para que Lupi reassumisse o comando da legenda foi convocada pelo secretário-geral do partido, Manoel Dias.

Após declarações polêmicas de que só deixaria o cargo "a bala", o ex-ministro do Trabalho sucumbiu à sucessão de denúncias e divulgou nota oficial pedindo demissão do cargo no último dia 4 de dezembro.

Lupi foi acusado de firmar convênios irregulares à frente da pasta, tráfico de influência e, ainda, de ter sido funcionário fantasma da Câmara dos Deputados por seis anos.

A exoneração a pedido do ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi está publicada em edição extra do Diário Oficial da União de hoje. Na mesma edição, a presidente Dilma Rousseff nomeia Paulo Roberto dos Santos Pinto para exercer, interinamente, o cargo deixado por Lupi. Paulo Roberto dos Santos Pinto acumulará também a função de secretário executivo da Pasta, que atualmente já ocupa.

Brasília - O presidente interino do PDT, André Figueiredo (CE), informou hoje (5) que o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi voltará à presidência do partido em janeiro. Segundo Figueiredo, ele pediu um mês de folga para descansar com a família.

“Ele [Lupi] disse que vai ficar este mês [dezembro] com a família e, em janeiro, assumirá a presidência [do PDT]”, cargo do qual Lupi está licenciado. Por recomendação da Comissão de Ética da Presidência da República, Lupi teve de deixar a presidência do PDT porque ele não podia acumular a pasta do Trabalho e o cargo de dirigente partidário simultaneamente.

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Figueiredo assegurou que o PDT continua na base do governo de Dilma Rousseff, mas ainda não sabe se o partido vai indicar o nome do sucessor de Lupi no Executivo.O presidente interino repetiu o discurso de que a decisão sobre o futuro ministro do Trabalho é da presidenta.

O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) também evita entrar em conflito com o palácio do Planalto, mas disse que vai defender, na reunião da Comissão Executiva, que o partido continue indicando os comandantes da pasta do Trabalho. “Depende da [presidenta] Dilma decidir se continuamos com o ministério. Ela é quem tem que medir as consequências. Vou defender que o PDT fique com o ministério, já que vamos continuar na base”, disse ele.

Carlos Lupi pediu demissão ontem (4) do cargo de ministro do Trabalho, após uma série de denúncias de corrupção na pasta envolvendo, principalmente, contratos de prestação de serviços com organizações não governamentais para programas de qualificação de mão de obra. Ele também é suspeito de ter sido funcionário fantasma da liderança do PDT na Câmara dos Deputados e, ao mesmo tempo, receber salários da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

A Executiva Nacional do PDT decidiu na tarde de hoje montar uma comissão para negociar com a presidente Dilma Rousseff o espaço do partido no governo. O ex-ministro Carlos Lupi está fora dessa comissão e permanecerá licenciado da presidência da legenda até janeiro do próximo ano. Ele deixou o Ministério do Trabalho ontem após uma série de denúncias.

A comissão do PDT terá o presidente interino, deputado federal André Figueiredo (CE), o secretário-geral, Manoel Dias (SC), os líderes do partido na Câmara, Giovanni Queiroz (PA), e no Senado, Acir Gurgacz (RO), e o deputado Brizola Neto (RJ), vice-presidente do partido. Figueiredo fez questão de ressaltar que o partido apoia o governo Dilma mesmo sem cargos, mas o PDT espera um convite da presidente ainda esta semana para negociar o espaço da legenda na Esplanada.

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De acordo com o presidente interino, Lupi pediu a prorrogação da licença do cargo de comando da legenda porque deseja viajar com a família nos próximos dias. Figueiredo ressaltou que o partido tem total confiança em Lupi e deu como certa a volta dele à presidência do PDT em janeiro. "Ele é um nome que foi eleito e tem mandato até 2013", declarou.

O deputado Brizola Neto afirma que o partido espera ser chamado pela presidente ainda nesta semana para negociar. Segundo ele, caberá a Dilma definir o que espera do PDT. "A decisão é da presidente Dilma. Só podemos indicar nome para uma pasta ou outra se ela nos pedir. O partido reafirmou hoje que apoia, independentemente do que se colocar de espaço pra gente", disse. Diferente de Figueiredo, Brizola Neto afirmou que a volta de Lupi à presidência do partido ainda precisará ser debatida pelo partido na reunião do diretório nacional em janeiro.

Presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) voltou a fazer ataques à Comissão de Ética Pública, que recomendou à presidente Dilma a demissão de Lupi. Paulinho lembrou que a relatora do caso, Marília Muricy, foi secretária do governador petista Jaques Wagner (BA) e que o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, advogou para a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), onde o PDT é oposição. "É estranho que aliados possam fazer o que foi feito com o Lupi", criticou Paulinho.

Paulinho aproveitou ainda para rechaçar a tese da necessidade de acabar com a pasta do Trabalho na reforma ministerial levando os assuntos do setor de volta à área da Presidência. "Seria um desastre um governo que se diz dos trabalhadores fazer uma coisa dessa", argumentou. O presidente da Força Sindical não quis dizer se o PDT faria questão de continuar no Ministério do Trabalho, mas já desdenhou a área da Agricultura, cotada para ser entregue ao partido. "Não sabemos nada de mexer com terra", declarou.

O deputado Brizola Neto (PDT-RJ) defendeu hoje que o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi não seja o interlocutor do partido junto ao Palácio do Planalto. Esse deve ser um dos temas da reunião que será realizada hoje pela Executiva do PDT com a presença do ex-ministro. "Não dá para o ex-ministro Lupi tirar o paletó de ministro, tomar banho e voltar ao Palácio como interlocutor do partido. Espero que o Lupi tenha um gesto de grandeza", afirmou. A ideia de Brizola é que seja formada uma comissão para negociar com a presidente Dilma Rousseff a colocação do partido no governo e que Lupi fique fora dessa comissão".

A presidenta Dilma Rousseff aceitou o pedido de demissão apresentado ontem (4) pelo ministro de Trabalho Carlos Lupi e, de acordo com informações da Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto, a partir de hoje (5), o secretário executivo da pasta, Paulo Roberto dos Santos Pinto, assumirá o cargo em caráter interino.

Em nota, o Planalto informou que a presidenta Dilma "agradeceu a colaboração, o empenho e a dedicação do ministro Lupi ao longo de seu governo e tem certeza que ele continuará dando sua contribuição ao país". Dilma estava em viagem à Venezuela, onde participou da Cúpula dos Países Latino-Americanos e do Caribe (Celac).

Alvo de denúncias de desvio de recursos públicos de convênios assinados com organizações não governamentais para capacitação de trabalhadores, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, pediu demissão do cargo. Em nota publicada no site do ministério, ele disse atribuiu sua saída à "perseguição política e pessoal da mídia".

Eis a íntegra da nota: "Tendo em vista a perseguição política e pessoal da mídia que venho sofrendo há dois meses sem direito de defesa e sem provas; levando em conta a divulgação do parecer da Comissão de Ética da Presidência da República – que também me condenou sumariamente com base neste mesmo noticiário sem me dar direito de defesa - decidi pedir demissão do cargo que ocupo, em caráter irrevogável.

Faço isto para que o ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o trabalhismo não contagie outros setores do governo.

Foram praticamente cinco anos à frente do Ministério do Trabalho, milhões de empregos gerados, reconhecimento legal das centrais sindicais, qualificação de milhões de trabalhadores e regulamentação do ponto eletrônico para proteger o bom trabalhador e o bom empregador, entre outras realizações.

Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence".

As relações entre o PT e o PDT azedaram de vez. Um dia depois de o presidente do PT, Rui Falcão, dizer que há "aparelhamento" do Ministério do Trabalho, comandado por Carlos Lupi, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) não escondeu o incômodo e partiu para o contra-ataque. "O PT quer tirar o Lupi a fórceps", disse ele. Presidente da Força Sindical, Paulinho, como é conhecido, lembrou que o PDT foi o primeiro partido aliado a apoiar Dilma Rousseff na disputa pela Presidência, no ano passado. Sugeriu, porém, que seu partido pode virar as costas para o PT na eleição para a Prefeitura de São Paulo, em 2012.

"Estamos a 10 meses das próximas eleições. Será que Rui Falcão já está desprezando o eventual apoio da central e do partido em São Paulo?", provocou o deputado, que pode concorrer à sucessão do prefeito Gilberto Kassab, numa referência à candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad. Na entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada hoje, Falcão disse que não deveria haver representação das centrais sindicais nas delegacias regionais do Trabalho. Foi mais longe: criticou a concessão de cartas sindicais "sem critério" e defendeu o fim do imposto sindical.

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Nos últimos dias, o Ministério dirigido por Lupi - que é presidente licenciado do PDT - foi alvo de denúncias envolvendo pagamento de propina para obtenção de registros sindicais. "O presidente do PT, ao primeiro sinal de água, está se curvando ao denuncismo sem provas e deixando o ministro do Trabalho na chuva, e sem guarda-chuva", insistiu Paulinho.

Pelas contas de Falcão, filiados ao PDT ocupam 20 das 27 delegacias regionais do Trabalho. Disse, porém, não estar reivindicando cargo para os petistas. "Mesmo que fosse o PT no Ministério não deveria haver uma ocupação partidarizada das delegacias do Trabalho, nem pelo partido nem pela CUT, e muito menos essa política de proliferação de cartas sindicais", argumentou Falcão.

Furioso, o presidente da Força Sindical afirmou que foi o PT quem montou uma república de sindicalistas na Esplanada. "Nas gestões dos ministros Jaques Wagner, Berzoini e Marinho todas as secretarias e diretorias do Ministério do Trabalho eram ocupadas por sindicalistas e economistas da CUT", insistiu Paulinho. Wagner (hoje governador da Bahia), Marinho (prefeito de São Bernardo do Campo) e Berzoini, atualmente deputado, foram ministros do Trabalho no governo Lula. Na tentativa de rebater acusações de que o PDT adota uma política de "porteira fechada" no Trabalho, controlando todos os cargos, Paulinho fez questão de destacar que a Secretaria de Economia Solidária é ocupada pelo petista Paul Singer.

O destino do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, só será selado na volta da presidente Dilma Rousseff da viagem de três dias à Venezuela, para onde embarcou hoje no início da tarde. Apesar de não ter atendido, pelo menos por enquanto, à recomendação da Comissão de Ética Pública, de demitir Lupi, e encaminhado ofício ao colegiado pedindo que informe o que embasou a decisão de sugerir o afastamento de Lupi do cargo, a presidente Dilma exigiu do ministro do Trabalho explicações cabais das denúncias publicadas hoje na imprensa de duplo emprego.

A própria ministra-chefe da Secretaria de Comunicação, Helena Chagas, deu o tom da preocupação e insatisfação da presidente com essa nova denúncia contra Lupi. "Quanto à acusação de duplo emprego que saiu hoje na Folha de S. Paulo, o ministro disse à presidenta que vai apresentar explicações. E a presidenta está esperando estas explicações", declarou a ministra à imprensa.

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Com isso, a sinalização é de que, somente na semana que vem, quando a presidente retornar de Caracas, a crítica situação do ministro Carlos Lupi será reavaliada por Dilma e seus auxiliares mais próximos. Essa denúncia do duplo emprego poderá ter sido a pá de cal contra Lupi e poderá antecipar a sua saída do cargo, atrapalhando os planos de Dilma, que pretendia só fazer novas mudanças no seu primeiro escalão na reforma ministerial, em janeiro ou fevereiro.

A decisão de não afastar Lupi agora também mostra o perfil de Dilma de deixar bem claro que não aceita imposições sobre o que deve ou não fazer, e quando deve fazer. A presidente não gostou da postura da Comissão de Ética e considerou inconsistentes as primeiras argumentações apresentadas pelo presidente Sepúlveda Pertence para propor a demissão de Lupi, assim como as declarações da conselheira Marília Muricy, relatora do caso na comissão.

Dilma não escondeu seu incômodo com o comportamento da Comissão. No Palácio do Planalto, todos ficaram surpresos com a forma como o fato foi conduzido e também com a antecipação da reunião. A reunião do colegiado, que estava marcada para o dia 5 de dezembro, foi antecipada para ontem, dia 30 de novembro. A antecipação, no entanto, foi decidida na reunião de 17 de outubro, cuja ata está publicada desde o início de novembro.

O ministro Carlos Lupi, também irritado com a decisão da Comissão, além de pedir reconsideração das punições a ele aplicadas - advertência e sugestão de exoneração - anunciou que vai encaminhar ofício à Comissão pedindo cópia da ata e até a degravação da reunião.

A presidente Dilma Rousseff pediu à Casa Civil que encaminhe à Comissão de Ética Pública da Presidência da República solicitação de informações sobre os motivos que embasaram a decisão do colegiado de sugerir a demissão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Essas informações foram prestadas pela ministra da Secretaria da Comunicação Social, Helena Chagas. A presidente foi informada ontem pela Comissão ao mesmo tempo em que o presidente do colegiado, Sepúlveda Pertence, comunicava a imprensa sobre a decisão.

Com essa atitude, de pedir explicações, Dilma ganha um tempo político a respeito da crise que envolve Lupi. A presidente embarca hoje para a Venezuela, onde participa de reunião da Cúpula da América Latina e Caribe e só retorna ao Brasil na madrugada de domingo.

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O ministro Lupi também está encaminhando à Comissão pedido de reconsideração da decisão, apresentando novas explicações sobre as últimas denúncias veiculadas sobre ele, as quais apontam que ele acumulava duas funções públicas, o que é proibido por lei. A ministra Helena Chagas confirmou que Dilma e Lupi se reuniram por cerca de 20 minutos na manhã de hoje. Lupi, segundo Helena, foi ao Palácio do Planalto por iniciativa própria.

A assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho e Emprego informou hoje que o ministro Carlos Lupi não irá se pronunciar hoje sobre a recomendação feita pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República, que sugeriu a exoneração do ministro. De acordo com a assessoria, Lupi ainda não teve acesso ao documento oficial e por isso não irá comentá-lo.

Após reunião ordinária realizada hoje, no Palácio do Planalto, o presidente da Comissão, Sepúlveda Pertence, explicou que a recomendação se dá por "explicações não satisfatórias" dadas por Lupi. Pertence também disse que Lupi deu respostas "inconvenientes" à própria Comissão, ao Congresso e à imprensa.

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O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), afirmou que a decisão da Comissão de Ética mostra que a oposição estava correta ao pedir a apuração das denúncias de irregularidades contra o ministro. "Os fatos denunciados são da maior gravidade. Chegaram ao ponto de a comissão dizer que ele não pode mais ficar. A presidente Dilma não tem mais o que esperar. Agora não é mais um afastamento, mas sim a demissão pura e simples", afirmou Bueno. Ele considerou que sempre que houver uma denúncia grave, o denunciado deve pedir licença do cargo para facilitar as apurações e que quando o acusado não toma essa atitude, cabe à autoridade maior - no caso, a presidente Dilma - afastar o envolvido, mas isso não foi feito, destacou o parlamentar.

Já o líder do PT, senador Humberto Costa (PE), afirmou que a decisão do Conselho é um "fator de constrangimento de ordem legal", que deixa a presidente Dilma numa "situação difícil". O líder do PDT no Senado, Acir Gurgacz (RO), se disse "pego de surpresa" e pediu um tempo para "assimilar" a decisão e discutir o episódio com a bancada. Lupi é presidente nacional do PDT, que se licenciou do cargo para assumir o Ministério, cumprindo determinação da Comissão de Ética da Presidência.

O senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) avalia que essa decisão deixa a presidente sem alternativa, sobretudo por partir de uma instância do governo responsável por zelar pela ética pública. "Se ela não acatar, seria melhor desativar a Comissão". Sobre os rumores de que Dilma poderia demitir Lupi somente na reforma ministerial, programada para o início do ano, Randolfe disse que a decisão de hoje muda o cenário e obriga a presidente a "agir imediatamente".

Nem o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), deixou de se surpreender com a notícia, lembrando que a Comissão vinha sendo "generosa" com os ministros envolvidos em denúncias. "A manutenção do ministro representaria uma prevaricação, um ato de cumplicidade da presidente", criticou o tucano.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendou, por unanimidade, a presidente Dilma Rousseff a exonerar o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, alvo de denúncias de irregularidades na Pasta. Segundo o presidente da Comissão, Sepúlveda Pertence, a recomendação se dá por "explicações não satisfatórias" dadas por Lupi.

Pertence também disse que Lupi deu respostas "inconvenientes" à própria Comissão, ao Congresso e à imprensa. De acordo com Pertence, essa é a sanção que a Comissão pode aplicar ao ministro. Além da recomendação de demissão, a Comissão também fez advertência a Lupi.

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Questionado se a presidente Dilma agora vai demitir o ministro do Trabalho, Pertence respondeu: "Aí, não é um problema da Comissão", disse ao final de reunião de rotina realizada hoje no Palácio do Planalto. Sobre o ministro das Cidades, Mário Negromonte, também alvo de denúncias na pasta que comanda, não houve abertura de processo.

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