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Lutador de MMA, Diego Braga Alves foi encontrado morto na noite de segunda-feira no Morro do Banco, comunidade da zona oeste do Rio. Ele tinha 44 anos, teve uma moto furtada na madrugada anterior em sua casa, em região vizinha, e decidiu ir em busca dela. Um homem confessou ter participado do assassinato e foi preso. A Delegacia de Homicídios da Capital trabalha com a hipótese de o lutador ter sido confundido com milicianos.

Nascido na comunidade de Rio das Pedras, Diego começou sua carreira como lutador profissional de Artes Marciais Mistas (MMA) em 2003, quando tinha 21 anos. Nesse período, ele enfrentou importantes nomes do País na modalidade, incluindo Charles do Bronx, Adriano Martins e Miltinho Vieira.

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Após passar pelos times Gracie Barra Combat e Nogueira, Diego criou a academia Tropa Thai, na qual associou o esporte a um projeto social na comunidade em que nasceu. Ele treinou com outros nomes relevantes do MMA, como Anderson Silva e os irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro.

Além do MMA, Diego também se dedicou ao muay thai. Integrou a equipe Ruas Vale-Tudo, de Marcos Ruas, ex-lutador do UFC. Diego deixou a carreira profissional em 2019, somando 23 vitórias, um empate e oito derrotas.

Diego tinha dois filhos: Gabriel Braga, de 25 anos, lutador de MMA e finalista da Professional Fighters League (PFL), e Theo, de oito anos.

Nas redes sociais, figuras importantes da modalidade prestaram suas condolências à família. Do Bronx escreveu: "Que Deus o coloque em um bom lugar". Minotouro afirmou que "ainda custa a acreditar (na morte de Diego). Grande amigo, irmão, fiel, pai exemplar, trabalhador e deixou um grande legado por onde passou". Anderson Silva relembrou momentos de Diego e fez longos elogios ao companheiro de MMA.

"Um cara trabalhador que, assim como muitos outros, corre atrás dos seus sonhos, com seu esforço comprou sua moto, que foi roubada, e teve seus direitos violados. Enquanto os que têm o poder para mudar normalizam a violência como se nada pudessem fazer, pois para eles é só mais um que virou estatística. Talvez eu esteja falando besteira, mas vale lembrar constantemente ao povo do perigo que se esconde nas sombras daqueles que podem, mas não fazem absolutamente nada para mudar isso. Diego, meu irmão, sua memória será eternamente um farol para todos nós que ficamos", escreveu Anderson Silva.

Minotauro seguiu a mesma linha de Anderson Silva e criticou a falta de segurança. "Que covardia terrível, que coisa sinistra que não tem explicação alguma. Sempre gratos por tudo que passamos meu irmão, todos os momentos, toda a parceria, todos os treinos, tantas horas que dividimos o tatame, as metas e os sonhos juntos."

ENTENDA O CASO

Diego teve uma moto furtada na madrugada de segunda-feira, quando dois homens invadiram a sua casa - imagens das câmeras de segurança confirmaram o roubo. O lutador chegou a compartilhar uma imagem da motocicleta, e a placa, em suas redes sociais, pedindo informações. Pela manhã, ele saiu em busca da moto, sem registrar o furto na delegacia. Diego estava desaparecido desde então.

Segundo a Polícia Militar (PM), homens do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) foram acionados para uma ocorrência de disparos de arma de fogo, na Estrada de Itajuru, e encontraram Diego em uma área de mata. O lutador foi socorrido para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital.

Ainda de acordo com a PM, um dos suspeitos de assassinar o atleta foi preso na manhã desta terça-feira, 16, em casa, com certa quantidade de drogas. Ele confessou ter participado do crime e foi conduzido à 16° DP. As buscas na região por outros envolvidos estão em andamento.

O lutador Conor McGregor revelou neste domingo, último dia do ano, quando fará seu retorno ao octógono do UFC. O irlandês afirmou que lutará no dia 29 de junho de 2024, em Las Vegas, nos Estados Unidos, contra o americano Michael Chandler. O UFC ainda não confirmou o confronto.

"Senhoras e senhores, um Feliz Ano Novo para todos. Gostaria de anunciar a minha data de retorno, o 'Notorious' Conor McGregor fará o maior retorno de todos os tempos em Las Vegas, na International Fight Week, no dia 29 de junho, e o adversário será Michael Chandler. E o peso, Sr. Chandler, 185 libras", afirmou McGregor.

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O anúncio foi feito em vídeo publicado nas redes sociais do lutador. Nele, o irlandês aparece bebendo uma taça de vinho num restaurante. Ao fim da frase sobre sua próxima luta, ele dá gargalhadas, em possível provocação ao peso do futuro rival.

Isso porque se o peso for confirmado, a luta seria válida pelos pesos-médios, algo inédito para ambos os lutadores. McGregor faturou seus títulos do UFC pela categoria peso-leve, até 70,3kg, e no peso-pena, até 65,8kg. Chandler fez carreira enfrentando adversários no peso-leve. As 185 libras mencionadas por McGregor no vídeo equivalem a quase 84kg.

O badalado lutador irlandês não disputa uma luta desde julho de 2021. Na ocasião, sofreu uma fratura na perna ao ser derrotado pelo americano Dustin Poirier no UFC 264. Desde então, McGregor enfrentou diversos problemas fora do octógono, como um teste antidoping positivo e denúncias de agressão sexual - já foi inocentado das acusações.

Forças israelenses enfrentavam nesta terça-feira (5) combatentes do Hamas no sul da Faixa de Gaza após a expansão da ofensiva no território palestino, onde a ONU fez um alerta a respeito de um "cenário ainda mais infernal" para os civis bloqueados.

Israel inicialmente concentrou sua ofensiva no norte de Gaza, mas o Exército a lançar panfletos no sul do território para avisar os civis palestinos que devem fugir para outras áreas.

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Tanques israelenses, veículos armados e escavadeiras foram observados na segunda-feira perto da cidade Khan Yunes, no sul de Gaza, lotada de civis que fugiram de suas casas mais ao norte no início da guerra.

O Exército afirmou na segunda-feira que adotou ações "agressivas" contra o "Hamas e outras organizações terroristas" em Khan Yunes. Também alertou que a principal rodovia no norte e leste da cidade "constitui um campo de batalha".

Durante a noite, testemunhas relataram à AFP violentos combates nas proximidades de Khan Yunes e bombardeios aéreos em Rafah, no extremo sul do território. A agência palestina Wafa informou "várias mortes" em um ataque na cidade de Gaza.

O Hamas anunciou no Telegram que seus combatentes atingiram dois veículos militares e um tanque perto de Khan Yunes. Foguetes também foram lançados a partir de Gaza contra o território israelense.

O Exército israelense notificou as mortes de três soldados em Gaza, o que eleva a 78 as baixas das Forças Armadas no território.

Organizações internacionais de ajuda alertaram que os civis no território densamente povoado estão ficando sem locais de refúgio.

"Nenhum lugar é seguro em Gaza e não há para onde ir", disse Lynn Hastings, coordenadora humanitária da ONU para os territórios palestinos.

"Um cenário ainda mais infernal, à qual as operações humanitárias não vão poder responder, está prestes a se desencadear", acrescentou Hastings em um comunicado.

Israel declarou guerra ao Hamas depois do ataque de 7 de outubro do grupo islamista, que terminou com 1.200 mortos, a maioria civis, e 240 sequestrados, segundo as autoridades israelense.

Em resposta, o governo israelense prometeu aniquilar o Hamas e libertar todos os reféns em Gaza.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que a guerra matou quase 15.900 pessoas no território, 70% delas mulheres e menores de idade.

- "Como um terremoto" -

Na cidade de Rafah, perto da fronteira com o Egito, Abu Jahar al-Hajj afirmou que um bombardeio aéreo perto de sua casa foi "como um terremoto".

"Pedaços de concreto começaram a cair sobre nós", disse.

Em Deir al-Balah, mais ao norte, Walaa Abu Libda buscou refúgio em um hospital, mas disse que a sua filha de quatro anos permanece presa nos escombros.

"Não sei se está viva ou morta", declarou Libda, uma das 1,8 milhão de pessoas deslocadas em Gaza, o que equivale a quase 75% da população do território, segundo a ONU.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, publicou na rede social X que Israel ordenou que a entidade esvazie, no prazo de 24 horas, um armazém de material médico no sul da Faixa de Gaza. O governo israelense negou nesta terça-feira.

O governo dos Estados Unidos, aliado crucial de Israel, afirmou que é necessário fazer mais para evitar as mortes de civis com as operações ampliadas para o sul.

Israel afirmou na segunda-feira que não pretende obrigar os palestinos a deixar suas casas de maneira permanente. Também anunciou que busca o apoio de grupos de ajuda para melhorar a infraestrutura na região costeira de Al Mawasi, em Gaza.

Militares israelenses de alto escalão admitiram, sob anonimato, que cerca de dois civis morreram para cada combatente do Hamas na Faixa de Gaza.

“Esperamos que [a proporção] seja muito menor” na próxima fase da guerra, acrescentou uma fonte militar.

O Exército utiliza, segundo as autoridades, um software de mapeamento complexo para rastrear os movimentos dos moradores dentro de Gaza e emitir ordens de evacuação baseadas em sinais de telefones celulares, vigilância aérea e fontes locais, além de inteligência artificial.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) questionou, porém, a utilidade da ferramenta em uma área onde o acesso às telecomunicações e à eletricidade é esporádico.

Zoleka Mandela, neta de Nelson Mandela, morreu aos 43 anos de idade após uma batalha contra o câncer. Segundo informações do Daily Mail, a notícia foi anunciada pela família e Zwelabo Mandela disse:

"Zoleka faleceu... rodeada de amigos e familiares".

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Em uma publicação nas redes sociais, a The Nelson Mandela Foundation escreveu:

"A Fundação Nelson Mandela apresenta as suas mais sinceras condolências à família Mandela pelo falecimento de Zoleka Mandela, tragicamente na noite passada. Lamentamos a perda de um querido neto da mãe Winnie e Madiba e de um amigo da Fundação. Quando seu inspirador livro de memórias, When Hope Whispers, foi publicado, ela gentilmente assinou cópias para toda a nossa equipe e organizou uma sessão de liderança para a equipe em torno do livro. Zoleka foi uma ativista incansável pela saúde e pela justiça. O seu trabalho de sensibilização para a prevenção do cancro e o seu compromisso inabalável em acabar com o estigma que rodeia a doença continuarão a inspirar-nos a todos. Nossos pensamentos estão com sua família e amigos neste momento mais difícil. Hamba kahle Zoleka, nos lembraremos de você".

Zoleka era filha de Zindzi Mandela - caçula de Nelson - com seu primeiro marido, Zwelibanzi Hlongwane.

Abriu o jogo! Aos 51 anos de idade, Guta Stresser falou sobre a luta contra a esclerose múltipla. A atriz concedeu uma entrevista ao Domingo Espetacular e revelou a maior dificuldade em lidar com a mesma.

"A pior coisa para quem tem esclerose múltipla, é parar de trabalhar. Que bom seria se os contratantes não tivessem essa visão de que contratar alguém com esclerose múltipla pode vir a prejudicar o bom andamento do trabalho, disse ela, lamentando o fato do preconceito existir".

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Segundo ela, o tratamento contra a doença está dando muito certo:

"O medicamento que uso fez efeito. As lesões que eu tinha não aumentaram e não apareceram novas".

Acelino Popó Freitas já tem um novo desafio no Fight Music Show. O tetracampeão mundial de boxe vai enfrentar o ex-BBB Kleber Bambam. A data do evento ainda será divulgada. O anúncio da luta foi feito nas redes sociais de Popó. Bambam esteve presente na última luta de Popó, e quase brigou com o ex-lutador. 

“Bambam, você vem falando há mais de cinco meses m***, vem falando que o Foguete vai me pegar, que você vai chocar o mundo. É verdade, você vai chocar o tablado do ringue. Você vai ver o Foguete dar xabu, porque eu sempre me preparei e sempre levei a sério tudo o que eu faço. Você procurou e desafiou a pessoa errada. Agora você vai ter que arcar com as consequências. Vai receber muito pau. Espere” disse Popó em vídeo nas redes sociais.

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Bambam também usou suas redes sociais para rebater.  “Isso não é sonho, é realidade. Eu não te avisei que ia chocar o mundo? Olha o contrato aqui na mesa. Está aqui o seu contrato, eu vou arrancar a sua cabeça. Eu te avisei. O Foguete vai te pegar, seu otário”.

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As equipes de emergência marroquinas, com o apoio de socorristas estrangeiros, prosseguiam nesta segunda-feira (11) com os esforços para encontrar sobreviventes e ajudar as pessoas que tiveram suas casas destruídas pelo terremoto que deixou mais de 2.100 mortos.

O governo do Marrocos anunciou no domingo à noite que aceitou as ofertas de envio de equipes de busca e resgate da Espanha, Reino Unido, Catar e Emirados Árabes Unidos.

As equipes entraram em contato com as autoridades marroquinas para coordenar o trabalho, informou o Ministério do Interior em um comunicado.

A Espanha anunciou o envio de 86 socorristas acompanhados por cães farejadores. Um voo humanitário decolou do Catar no domingo.

O ministério marroquino afirmou que "em caso de evolução das necessidades", outras ofertas de ajuda podem ser aceitas.

Vários países, incluindo França, Estados Unidos e Israel, também ofereceram ajuda ao reino do norte da África após o terremoto, que deixou 2.122 mortos e 2.421 feridos, segundo o balanço atualizando divulgado no domingo.

"Marrocos é um país soberano e lhe corresponde ao organizar as tarefas de resgate", disse a ministra francesa das Relações Exteriores, Catherine Colonna, que anunciou uma ajuda de 5 milhões de euros (5,36 milhões de dólares) às ONGs que já estão trabalhando no país.

Enquanto aguardam a chegada de mais equipes estrangeiras, as autoridades marroquinas começaram a instalar tendas na área de Alto Atlas, onde localidades inteiras foram destruídas pelo terremoto.

- Cenário apocalíptico -

Socorristas, voluntários e soldados trabalham para encontrar sobrevivente e retirar corpos dos escombros, em particular nos municípios da província de Al Hauz, epicentro do tremor ao sul da cidade turística de Marrakech.

Em Tikht, uma pequena localidade próxima de Adassil, um minarete e algumas casas foram as únicas construções que resistiram em um cenário apocalíptico.

"A vida acabou aqui", lamenta Mohssin Aksum, um morador de 33 anos. "A cidade está morta".

Nas imediações, as forças de segurança cavam túmulos para as vítimas ou montam tendas amarelas para os sobreviventes que perderam suas casas.

O terremoto aconteceu na sexta-feira à noite. Com 7 graus de magnitude, segundo o Centro Marroquino para a Pesquisa Científica e Técnica, e 6,8 para o Centro Geológico dos Estados Unidos, este foi o tremor mais potente já registrado no país.

Diante da destruição, a solidariedade está presente em Marrakech, onde centenas de pessoas formaram filas nos hospitais para doar sangue.

"Estamos coletando alimentos para ajudar as áreas afetadas pelo tremor", declarou à AFP Ibrahim Nachit, membro da organização Draw Smile, que também prevê o envio de uma "caravana médica" aos locais mais necessitados.

"Acredito que os alimentos obtidos hoje devem ajudar a manter pelo menos 100 famílias durante uma semana", disse ao seu lado Abdeltif Razouki, vice-presidente da associação.

- "Fissuras importantes" -

A Cruz Vermelha Internacional fez um alerta sobre a importância da ajuda humanitária que, segundo a organização, pode ser necessárias "durante meses ou inclusive anos".

"Mas as primeiras 24 ou 48 horas são críticas", destacou.

Além das perdas humanas e materiais, o terremoto também afetou o patrimônio arquitetônico do país. Na medina do bairro antigo de Marrakech, os danos são impressionantes.

As muralhas do século XII que circundam a cidade imperial, fundada no ano 1070 pela dinastia dos Almorávida, estão parcialmente desfiguradas.

"Já podemos afirmar que (os danos) são muito mais importantes do que esperávamos. Observamos fissuras importantes, o minarete de (a mesquita de) Kutubia, a estrutura mais emblemática, assim como a destruição quase completa do minarete da mesquita de Kharbouch, na praça Yamaa el Fna", disse Eric Falt, diretor regional da Unesco para a região do Magreb.

Este foi o terremoto com o maior número de vítimas no Marrocos desde o tremor de Agadir em 29 de fevereiro de 1960. Quase 15.000 pessoas morreram na tragédia, um terço da população desta cidade na costa oeste.

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, perdeu a paciência com Elon Musk e insinuou que o dono do Twitter não leva a sério a ideia de realizar um combate entre eles.

Em mensagem postada em sua nova rede social, a Threads, Zuckerberg acusou seu rival de dar desculpas para não fazer a aguardada luta que colocaria frente a frente dois dos homens mais ricos e influentes do mundo na atualidade.

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"Acho que todos concordamos que Elon não é sério e que chegou a hora de seguir em frente. Eu ofereci uma data real. Dana White [presidente do UFC] ofereceu realizar uma competição legítima para caridade", escreveu o CEO da Meta.

Segundo ele, Musk não confirmou uma data para o combate e disse que precisava passar por uma cirurgia. "E agora pede para treinar no meu pátio. Se Elon um dia falar seriamente sobre uma data real e um evento oficial, ele sabe como me achar. Do contrário, é hora de seguir em frente. Vou me concentrar em competir com pessoas que levam o esporte a sério", acrescentou.

Na semana passada, Musk chegou a anunciar que a luta ocorreria em um "local épico" tendo a Roma Antiga como pano de fundo, enquanto o governo da Itália confirmou a realização do evento em um lugar de "evocação histórica", mas não na capital.

As declarações do dono do Twitter iniciaram uma espécie de corrida entre cidades italianas com monumentos da era romana para sediar a luta dos bilionários, como Benevento, no sul do país.

Musk desafiou Zuckerberg para um combate ao ironizar os planos da Meta, empresa dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, de lançar a Threads, rede social criada para desafiar o Twitter.

Da Ansa

Parece que o embate entre Elon Musk e Mark Zuckerberg vai realmente acontecer. Na manhã deste domingo (6), o empresário afirmou que a luta com o dono do grupo Meta (Instagram/Facebook) será exibida pelo Twitter (X). De acordo com Musk, o lucro obtido com a transmissão será doado para organizações de caridade para veteranos.

Assim que o dono do Twitter fez o anúncio, diversas pessoas resolveram comentar o assunto. "Rinha de bilionário? Minha torcida será para a guilhotina", declarou uma internauta. Outra pessoa soltou: "Será que também podem adicionar o Bill Gates ao combate?".

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Recentemente, Musk e Zuckerberg decidiram se enfrentar em um ringue. Devido ao andamento do Threads, Elon Musk não gostou nadinha dos rumos do projeto de Mark Zuckerberg. Muita gente chegou a pensar que a luta livre entre os dois seria apenas uma provocação boba. Nada disso.

Zuckerberg já teve treinamento registrado ao lado de Israel Adesanya (bicampeão do peso-médio do UFC) e Mikey Musumeci (pentacampeão mundial de jiu-jítsu). Já Musk apareceu com Georges Saint-Pierre (ex-campeão do UFC) e John Danaher (treinador de jiu-jítsu). Até o momento, a data do tão aguardado embate ainda não foi revelada.

Em um campo de treinamento na periferia de Kiev, combatentes ucranianas correm, saltam obstáculos e operam armas kalashnikov. Pela primeira vez, usam uniformes feitos para mulheres.

Mais de 42.000 mulheres fazem parte das forças armadas ucranianas e a maioria ainda usa fardas masculinas.

O projeto ucraniano Arm Women Now (Armem as Mulheres Agora) arrecadou doações para produzir milhares de uniformes adaptados às mulheres, que depois distribui gratuitamente entre as mulheres militares.

"É muito confortável, não limita meus movimentos porque o tamanho é grande (...) Está tudo no lugar e temos mobilidade", disse Alina Pyrenko, psicóloga militar que recebeu as peças.

Alina utilizou a farda na cidade de Bakhmut, cenário de uma longa e sangrenta batalha contra as forças russas. Disse que está satisfeita com as calças.

Lembra que ao unir-se ao Exército ficou dois meses sem receber "nenhum uniforme". "Logo, começaram a fornecer as fardas, mas todas com tamanhos masculinos, que recusamos", conta.

As militares ucranianas geralmente precisam ajustar os trajes que recebem ou comprar de forças armadas de outros países.

"As calças masculinas caem", diz Alina.

- Não às calças masculinas -

Arm Women Now, fundado por ucranianas, desenhou um conjunto feminino com jaquetas reduzidas, calças com a cintura ajustável e sutiãs esportivos confortáveis.

O produto está sendo testado agora para ser utilizado em conjunto com as forças armadas ucranianas. A organização negocia com o Ministério da Defesa para que o modelo seja regulamentado.

"Gostaria que todas as mulheres recebessem o uniforme", disse a fundadora do projeto, Iryna Nykorak, deputada do partido Solidariedade Europeia do ex-presidente Petro Poroshenko.

Na semana passada, o ministério garantiu que trabalhava para "responder às necessidades materiais do pessoal militar feminino".

O vice-ministro da Defesa, Denys Sharapov, assistiu a uma apresentação dos desenhos criados pela Arm Women Now e destacou que "uma farda confortável é um dos elementos mais importantes, porque nossas mulheres a usam todos os dias".

Arm Women Now forneceu kits gratuitos a quase 5.000 mulheres. Os itens incluem roupa de baixo para missões de combate, que são "diferentes das usadas por civis", explica Nykorak.

"É difícil para as mulheres encontrarem roupas de baixo convenientes e que as deixem confortáveis", acrescenta.

Para o inverno, também há camisetas de manga longa, meias pretas e cáqui, casacos de lã com zíper e jaquetas impermeáveis com capuz.

As calças possuem vários bolsos e fechos em velcro que permitem ajustar o tamanho nos joelhos e tornozelos.

"As calças mais procuradas são tamanho PP e até PPP", incomuns entre as vestimentas masculinas, disse Iryna Nykorak.

"As mulheres que lutam em uma guerra não deveriam se preocupar com o que vestir", explica.

"Se uma mulher toma as armas e defende seu lar, sua família e seu país, deve ter, ao menos, um uniforme confortável", acrescenta. "Uma mulher não pode combater com calças masculinas", diz.

O Instituto de Informática e Temática do Conselho Nacional de Pesquisa (Cnr-Iit) da Itália desenvolveu uma metodologia baseada em um novo algoritmo de inteligência artificial (IA) capaz de prever a recorrência do câncer de próstata.

O estudo foi publicado na revista Scientific Reports e explica como a IA é capaz de prever, com alta precisão e melhor do que os métodos atuais, se e quando o tumor irá recorrer após a remoção cirúrgica da próstata.

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Desta forma, a pesquisa pode orientar melhor as decisões clínicas sobre o tratamento a seguir e também abre a possibilidade de personalizar a terapia, aumentando as chances de sobrevivência.

O câncer de próstata é o quarto tipo de câncer mais diagnosticado no mundo e teve aproximadamente 1,4 milhão de casos registrados globalmente no ano passado. Em 2025, são esperados 363 mil novos diagnósticos e 78 mil mortes por esta doença na Europa.

Após a remoção cirúrgica da próstata, cerca de 15% dos pacientes submetidos à cirurgia são classificados como de alto risco de recorrência, exigindo monitoramento rigoroso, mas a taxa de reincidência do câncer varia muito de paciente para paciente.

O especialista Marco Pellegrini, do Iit-Cnr, utilizou um banco de dados de sequências genéticas obtidas a partir de biópsias de 1.240 pacientes, o que lhe permitiu desenvolver um algoritmo capaz de prever com alta precisão o ano de início da recidiva.

"Trata-se de uma melhoria e um refinamento em relação aos resultados obtidos em 2021 que diziam respeito à previsão da sobrevivência de doentes com câncer de mama", explicou Pellegrini.

A previsão é de que um sistema de diagnóstico baseado neste algoritmo seja desenvolvido dentro do projeto "Tuscany Health Ecosystem", financiado pelo Plano Nacional de Retomada e Resiliência (PNRR), nos próximos três anos.

Da Ansa

Aos 27 anos, o ator britânico Tom Holland compartilhou sua jornada contra o alcoolismo. Em participação no podcast “On Purpose with Jay Shetty”, nesta segunda-feira (10), a estrela de “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa” (2021) explicou que a decisão em se manter sóbrio começou durante as férias do ano passado e também listou os benefícios físicos e emocionais que a nova fase trouxe. 

“Nunca acordei e disse: ‘Estou parando de beber’. Eu, como muitos britânicos, tive um dezembro muito, muito embriagado. (Era) época de Natal. Eu estava de férias, bebia muito e sempre pude beber muito”, disse. “Acho que herdei meus genes do lado da minha mãe. E decidi desistir (disso) em janeiro”, acrescentou. 

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Holland pontuou o quão desafiador foi se manter longe do álcool.

“Tudo o que eu conseguia pensar era em tomar uma bebida. Isso é tudo que eu conseguia pensar (...) Eu acordava pensando nisso”, admitiu. “Isso realmente me preocupou. Eu estava tipo: ‘Uau, talvez. Talvez eu tenha um pouco de álcool’. Então, decidi me punir e dizer: ‘Vou fazer fevereiro também. Vou tirar dois meses de folga. Se eu puder tirar dois meses de folga, posso provar a mim mesmo que não tenho nenhum problema”, complementou. 

À medida que dava passos cada vez mais largos em sua pausa alcóolica, o ator também sentia os reflexos da cultura inglesa centrada na bebida.

“Dois meses se passaram e eu ainda estava realmente lutando. Eu senti que não poderia ser social. Senti que não poderia ir ao pub e tomar um refrigerante de limão. Não pude sair para jantar. Eu estava realmente lutando e comecei a me preocupar que talvez tivesse um problema com álcool”, afirmou.

Para Tom, a virada de chave se deu próximo de seu aniversário, no início do mês passado. Ao final, o astro disse que chegou a questionar o motivo de não parar de beber antes.

“Eu meio que disse a mim mesmo: Por que estou tão obcecado com a ideia de tomar essa bebida?”. A decisão de Holland teve um ponto positivo em inspirar a mãe a ficar sóbria.

O dono do Twitter, Elon Musk, e o proprietário da Meta, Mark Zuckerberg, se desafiaram nas redes sociais para uma luta dentro de uma jaula, ao estilo dos combates de artes marciais mistas.

As duas redes sociais mantêm há anos uma disputa comercial que agora chegou ao campo pessoal, embora em tom de humor, pelo menos por enquanto.

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Pouco depois de Musk comprar o Twitter, a Meta (empresa matriz do Facebook) anunciou planos para lançar sua própria plataforma de comunicação somente de texto, que a transformaria em uma rival direta.

Desde então, Musk fez várias declarações ousadas direcionadas a Zuckerberg no Twitter, até que esta semana ele tuitou abertamente: "Estou pronto para uma luta na jaula, se ele estiver pronto para isso".

Zuckerberg é um amante do jiu jitsu, uma arte marcial japonesa. Na quarta-feira, ele respondeu no Instagram com uma breve mensagem: "Diga-me o lugar".

"Deus, torne isso verdade", pediu o jornalista especializado em tecnologia Taylor Lorenz, no Twitter.

"A melhor luta em uma jaula entre Musk e Zuckerberg é aquela em que dois caras entram e nenhum sai", escreveu outro blogueiro, Bennett Tomlin.

A AFP pediu à Meta a confirmação de um possível evento.

As lutas dentro de jaulas são uma especialidade conhecida como "ultimate fighting championship" (UFC), campeonato particularmente violento nos Estados Unidos, no qual se admite uma ampla gama de golpes extremos.

Musk recentemente respondeu com raiva a uma sugestão de um alto funcionário da Meta de que o público queria uma alternativa ao Twitter "administrada com responsabilidade".

O bilionário, que fundou empresas visionárias como a Tesla e a SpaceX, gastou US$ 44 bilhões para comprar o Twitter e demitiu a maior parte de sua equipe ao assumir o controle da empresa.

Zuckerberg, por sua vez, optou no ano passado pelo metaverso para dar um novo impulso ao Facebook, estratégia que por enquanto não tem surtido os resultados esperados.

Hawa, de 18 anos, gostava de competir com sua prima pelas melhores notas na escola, até que oito meses atrás ela engravidou.

"Estudávamos muito juntas, eu era uma das melhores da classe", garantiu Hawa à AFP.

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As jovens grávidas de Serra Leoa puderam voltar à escola desde que, em 2020, suspendeu-se uma medida que as mantinha fora das salas de aula. No entanto, assim como acontece com outras políticas progressistas adotadas pelo presidente Julius Maada Bio, falar é mais fácil que fazer.

De um lado, as outras alunas zombavam impiedosamente de Hawa. Do outro, sua mãe parou de enviar dinheiro. Ela acabou abandonando a escola grávida de seis meses, vendo a prima avançar sozinha nos estudos.

Alguns dos pilares do governo de Bio, que concorre à reeleição nas eleições de sábado, foram a educação das mulheres e seus direitos. Em entrevista à AFP, ele admite que, inicialmente, resistiu em permitir que adolescentes grávidas fossem à escola.

"Fui totalmente contra isso há alguns anos, mas percebi que estava errado", reconheceu.

Segundo o presidente, elas "estão em seus anos de formação e, se as punirmos pelo resto de suas vidas, seremos injustos com elas, seremos injustos com a sociedade".

- Ciclos de pobreza -

A gravidez na adolescência é um fenômeno generalizado em Serra Leoa, embora a falta de dados impeça saber quantas permanecem na escola.

Em 2021, um ano após o fim da proibição, o censo escolar nacional identificou 950 estudantes grávidas no país.

Um estudo desenvolvido em 2019 pelo governo descobriu que 21% das mulheres e meninas de 15 a 19 anos estavam grávidas, ou deram à luz. Com isso, o estudo sugere que milhares de jovens podem ter desistido da escola.

Nadia Rasheed, representante local do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), comentou que manter as meninas na escola é "fundamental para quebrar os ciclos de pobreza e desigualdade em Serra Leoa".

Kadi, de 18 anos, esperava que a educação fosse a chave para um futuro melhor. Ela e sua irmã foram criadas pela avó e sempre estudaram muito. Mas sua avó morreu em um acidente de trânsito e, dois anos depois, sua irmã adoeceu e também faleceu. O namorado dela, um pescador, passou a ajudar nas despesas de seus estudos. Em seus planos, ela estudaria medicina e depois eles se casariam.

Ela engravidou aos 17 anos, no entanto, e não resistiu ao bullying na escola.

Kadi deseja refazer as provas que perdeu no ano letivo em que desistiu, mas teme ter ficado muito para trás.

"As comunidades não vão mudar sozinhas, as escolas não vão mudar sozinhas. Acho que ninguém esperava que fosse um sucesso imediato", disse a pesquisadora Regina Mamidy Yillah.

"Ainda assim, reverter a proibição (...) é realmente um passo gigantesco em direção à igualdade", completou.

- Expectativa vs. Realidade -

Várias políticas progressistas do presidente Bio enfrentam desafios parecidos.

As políticas adotadas são elogiados por organizações ocidentais e por entidades da ONU que operam em Serra Leoa desde a guerra civil de 1991-2002. Na prática, porém, elas entram em conflito com os valores tradicionais, ou não correspondem às expectativas.

O governo de Bio fornece absorventes higiênicos gratuitos para estudantes e investe mais de 20% do orçamento em educação.

Mas muitos reclamam que, apesar da política de educação "gratuita", os alunos devem pagar por alguns livros, transporte, uniformes, sapatos, meias e material escolar.

Famílias ouvidas pela AFP disseram, também, que os alunos são cobrados, informalmente, por muitos professores. Eles pedem sabonete, papel higiênico, material de limpeza e exigem dinheiro — sob ameaça de espancamento.

Os planos para descriminalizar o aborto, celebrados internacionalmente quando anunciados em julho, não avançaram.

Bio assinou uma nova lei de igualdade de gênero em janeiro para aumentar o número de mulheres trabalhando nos setores público e privado.

Embora as pessoas esperassem uma cota de 30% para mulheres legisladoras, esta lei exige apenas que um terço dos candidatos parlamentares sejam mulheres.

A mesma lei diz também que o presidente poderia considerar "a possibilidade" de nomear 30% de mulheres em seu gabinete.

O Institute for Governance Reform (IGR), um grupo de pesquisa, projeta que entre 26% e 30% dos legisladores eleitos no novo parlamento serão mulheres.

Para a AFP, Bio afirma que está empenhado em garantir que pelo menos 30% de seu gabinete seja feminino.

"Algo para pensar é como vamos fazer isso", acrescentou o líder de Serra Leoa.

Equipes de resgate dos Estados Unidos e Canadá intensificaram os esforços nesta terça-feira (20) para encontrar um pequeno submarino com cinco pessoas a bordo que desapareceu no Oceano Atlântico quando estavam em uma missão para observar os destroços do transatlântico "Titanic".

A embarcação, operada pela empresa OceanGate Expeditions, iniciou a descida na manhã de domingo (18) e perdeu contato com a superfície menos de duas horas depois, de acordo com as autoridades.

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Entre as pessoas a bordo do submarino está o bilionário e aviador britânico Hamish Harding, 58 anos, fundador e CEO da empresa Action Aviation.

O empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman também estavam no submarino, informou a família.

"O contato foi perdido com o submarino e as informações disponíveis são limitadas", afirmou a família em um comunicado.

A Guarda Costeira americana explicou que as operações de busca são complexas.

"É um desafio realizar uma busca nessa área remota, mas estamos mobilizando todos os recursos disponíveis para garantir que possamos localizar a embarcação e resgatar as pessoas a bordo", afirmou na segunda-feira o contra-almirante John Mauger à imprensa em Boston, de onde coordena a operação.

"Trabalhamos muito duro para encontrá-los", acrescentou.

As buscas, na superfície ou debaixo d'água, envolvem uma região "de quase 1.450 quilômetros ao leste de Cape Cod, a uma profundidade de cerca de 4.000 metros".

- Reservas de oxigênio para 96 horas -

O tempo é um fator crítico. A embarcação tem reservas de oxigênio para o tempo máximo de 96 horas para uma tripulação de cinco pessoas. Mauger afirmou na segunda-feira à tarde acreditar que ainda restavam 70% ou más de oxigênio.

As buscas aéreas, que não apresentaram resultados na segunda-feira, foram suspensas durante a noite, informou a Guarda Costeira às 21H00 (22H00 de Brasília). O navio "Polar Prince", do qual zarpou o submarino, e uma unidade da Guarda Nacional continuaram rastreando a região durante a noite.

"O submarino foi lançado com sucesso", tuitou no domingo a empresa Action Aviation, com sede em Dubai.

"A tripulação do submarino é composta por vários exploradores lendários, incluindo alguns que fizeram mais de 30 mergulhos no RMS Titanic desde os anos 1980", afirmou o próprio Harding no Instagram no sábado, ao anunciar sua participação na missão.

O contra-almirante Mauger não divulgou informações sobre as pessoas que estavam a bordo "por respeito às famílias" e se limitou a declarar que, segundo a empresa operadora, são quatro pessoas e um piloto.

A Action Aviation, procurada pela AFP, não fez comentários.

Para as buscas foram mobilizados dois aviões, um C-130 americano e um P8 canadense equipado com um sonar capaz de detectar submarinos, segundo a Guarda Costeira.

A OceanGate Expeditions explicou em um comunicado que "explora e mobiliza todas as opções para conseguir resgatar a tripulação em total segurança".

No site, a empresa informa que utiliza um submarino batizado como "Titan" para as expedições a uma profundidade máxima de 4.000 metros (13.100 pés). A embarcação tem autonomia de 96 horas para uma tripulação de cinco pessoas.

- "Poucas embarcações" a tanta profundidade -

O Titanic zarpou do porto inglês de Southampton em 10 de abril de 1912 para sua viagem inaugural rumo a Nova York, mas afundou depois de colidir com um iceberg cinco dias depois.

Dos 2.224 passageiros e tripulantes, morreram quase 1.500.

Os destroços do transatlântico foram descobertos em 1985 a 650 quilômetros da costa canadense, a 4.000 metros de profundidade, em águas internacionais do Oceano Atlântico. Desde então, a área é visitada por caçadores de tesouros e turistas.

Sem ter estudado esta embarcação especificamente, Alistair Greig, professor de Engenharia Marinha na University College London, sugeriu duas possíveis teorias, com base em imagens do submersível publicadas pela imprensa.

Ele disse que, se houve um problema elétrico ou de comunicações, a embarcação pode ter subido para a superfície e permanecido flutuando, "à espera de ser encontrada".

"Outro cenário é um comprometimento do casco de pressão, um vazamento", explicou. "Então o prognóstico não é bom", acrescentou.

Embora o submarino ainda possa estar intacto durante o mergulho, "são poucas as embarcações" capazes de ir até a profundidade em que o Titan pode ter viajado.

O lutador paraense João Lima conquistou o primeiro lugar em duas modalidades durante o XXIII Campeonato Brasileiro de Karate JKA, realizado entre 17 e 19 de maio de 2023, no Rio de Janeiro. Com a vitória, João Lima garantiu classificação para o Campeonato Pan-Americano que será disputado em agosto, na cidade de Bogotá, na Colômbia.

João Lima venceu nas categorias kumite individual e por equipes. Na primeira rodada, o atleta derrotou Douglas Albano (RS) e, na seguinte, bateu Leão Manzur (BA), companheiro de Seleção Brasileira e vice-campeão de kumite individual em 2018. A vitória veio após um wazari no último segundo.

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Ainda durante a competição, Lima enfrentou o vice-campeão de 2019 e 2022, Peterson Lozinski (SP). Na semifinal, venceu Andrew Marques (SP), que vinha de vitória sobre Diego Andrade (BA), considerado melhor lutador brasileiro do pan-americano do ano passado.

A vitória só veio depois de uma luta final difícil contra Jayme Sandall (RJ). O placar de 2 a 1 favoreceu o paraense. Na categoria por equipes, João enfrentou o campeão de 2022, Matheus Cirillo - e apesar do empate, manteve o Pará na frente.

O Pan da Colômbia de Karate JKA reunirá representantes de 16 países das Américas do Sul, do Norte e Central. 

Por Ana Beatriz Coelho (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O choro foi como um presente, como uma vitória. Quando Maria Flor, de 6 anos, reclamou de ir embora da escola, a mãe, Andrea Medrado, de 36, ficou feliz. Ela faz de cada dia uma batalha para garantir à menina o direito de estar na escola.

A garota foi diagnosticada com a síndrome rara Pitt Hopkins (doença neurogenética que, entre os problemas, gera atraso no desenvolvimento e ausência de fala) e também autismo. 

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A mãe já chegou a ouvir de uma gestora escolar em Brasília que a escola não tinha vaga “para este tipo de criança”.

O choro bom da menina, de querer ficar na escola, prova que a luta da mãe vale muito a pena.

Andrea Medrado defende, aliás, que a inclusão da filha e de todas as crianças com alguma deficiência precisa ser de verdade. Uma inclusão para integrar, com plena participação em todos os ambientes. 

“Quando a gente chama a pessoa para uma festa, precisamos não apenas deixá-la no lugar. É preciso chamá-la para dançar com a gente. Eu acredito que inclusão é isso”.

Essa dança de mãe e filha é feita de muitos passos. Envolveu e envolve insistência, medidas judiciais e pedido de diálogo com a gestão escolar. 

Uma luta que não é simples, segundo a pesquisadora em educação inclusiva Mariana Rosa, de Minas Gerais. “É uma luta porque se trata de uma mudança de paradigma bastante importante na educação. A gente está tentando consolidar o direito das pessoas com deficiência acessarem a escola, o currículo, e permanecerem estudando”.

A pesquisadora critica o preconceito difundido de que as pessoas com deficiência seriam estudantes que não aprendem, que precisam de um cuidado médico e não pedagógico. Ela lamenta que, embora a legislação seja avançada, houve um desmonte nos últimos anos com diminuição de repasse de recursos para infraestrutura e formação de professores. “O decreto nº 10.502/2020 [revogado pelo presidente Lula] tinha um discurso segregacionista [ao prever escolas apenas para pessoas com deficiência]. Mas a gente está até hoje lidando com audiências públicas no Congresso que defendem que o melhor lugar para essas crianças seriam instituições separadas”.

Luta

No caso da mãe Andrea, o inconformismo com as dificuldades para o ensino se traduziu em luta. “Desde que a gente investigou o atraso no desenvolvimento da Maria Flor e com o diagnóstico, eu comecei a me envolver em ações de movimentos sociais em prol das pessoas com deficiência e das doenças raras”. Andrea passou a organizar encontros com profissionais para poder compartilhar informação de qualidade para outras famílias em situações semelhantes. 

Inclusive porque o envolvimento passa por abdicações e dificuldades. “A maternidade atípica é invisibilizada. A gente também trabalha com o cuidado e muitas vezes largamos tudo para levarmos os filhos para terapias. A mulher acaba ficando até sem aporte financeiro. A maioria dos pais abandona a família quando tem um filho com deficiência”.

De acordo com o instituto Baresi, de doenças raras, um estudo feito na década passada, mostrou que no Brasil, cerca de 78% dos pais abandonaram as mães de crianças com deficiências e doenças raras, antes que os filhos completassem 5 anos.

Para Andréa, a maternidade atípica não é vista em comerciais nem em campanhas. São poucos os convites para participar de debates. “As pessoas batem nas nossas costas nos chamando de guerreiras, de especiais. A gente quer ser vista como uma mulher, como humana, que também cansa, que se encontra em um lugar de exaustão e está em um lugar social de invisibilidade”. Para ela, é preciso pensar em políticas públicas efetivas.

“Hoje a minha luta e de alguns movimentos sociais que eu faço parte é que as pessoas com deficiência possam ocupar o lugar que elas quiserem”. Andrea testemunha que a filha passou por alguns centros de ensino especiais no Distrito Federal e soube que professoras queriam medicar a menina porque Maria Flor utiliza o choro para se comunicar. 

“Essa foi uma das primeiras barreiras que a gente enfrentou. Queriam calar minha filha. Ela precisa fazer terapia multidisciplinar e de forma contínua e a gente precisa também do profissional de apoio que também consta na Lei Brasileira de Inclusão, de 2015 e na lei Berenice Piana, de 2012, que protege os direitos das pessoas com espectro autista."

Chamar para a “dança” da inclusão é garantir, por exemplo, que as turmas sejam reduzidas. “E ela precisa estar em uma turma menor. Essa foi outra luta. Inclusive a gente ainda está com um processo judicial que está correndo para garantir o atendimento de profissionais especializados”. Para se comunicar, Maria Flor conta com um tablet com um aplicativo em que ela expõe emoções. No ano passado, chegou a reclamar da escola. Hoje, mudou. “A escola precisa estar aberta a ouvir as famílias. Esse, para mim, é o ponto principal. Pelo aplicativo, ela demonstra ter vontade de ir para escola e que foi bom brincar com os amiguinhos”. Essa dança não pode parar.

Os passos de “dança”

A professora de química Joanna de Paolli, de 37, viu-se como uma aluna em pleno aprendizado depois que o filho foi diagnosticado com autismo. “O meu filho viveu momentos de segregação, de integração e hoje caminha em processos de inclusão”. Ao compreender o que estava acontecendo, a mãe resolveu se especializar nos temas de inclusão. Transformou-se em pesquisadora desse assunto e passou a entender o que acontecia.

Ela relata que o menino ficou separado do convívio com outras crianças porque ainda existe uma concepção da sociedade que as pessoas com deficiência precisam ser preparadas para a sala regular. “Eles tentam fazer esse exercício de preparar de forma separada essas crianças e meu filho infelizmente viveu isso”. Mas o garoto, atualmente com 15 anos, só aprendeu de verdade como se comportar em uma sala de aula regular quando ele teve a oportunidade de estar nesse lugar. 

“A gente não aprende a nadar num tanque de areia. Também não se entra numa piscina já sabendo nadar. A gente vai aprendendo. Todos nós podemos ter mais potencialidades em alguns conhecimentos, algumas áreas e mais dificuldades em outras. Isso não é diferente para as pessoas com deficiência”, afirma a professora.

Joanna defende que a escola seja um espaço lúdico e não segregacionista. “Eu tenho na minha história e na história do meu filho que a escola está sendo muito importante na vida dele. A escola deve ser interativa, contextualizada, lúdica e que desenvolva consciência. Uma boa educação precisa atender a todos”.

O caminho

Para a pesquisadora Mariana Rosa, a exclusão só terá fim com investimento efetivo na educação inclusiva no Brasil. “Acho que o caminho passa por investimento consistente e permanente na educação, na escola pública, para todas as pessoas”. Isso inclui, no entender dela, o prosseguimento da Política Nacional de Educação Inclusiva com salas de recursos multifuncionais, atendimento educacional especializado e investimento na formação e no salário dos professores. 

Em nota à reportagem da Agência Brasil, a assessoria de comunicação do Ministério da Educação (MEC) informou que está em fase de conclusão uma portaria que instituirá a Comissão Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. O órgão garante que vai aperfeiçoar e expandir programas de formação continuada de profissionais da educação, incluindo professores e de atendimento educacional especializado para atender demanda da sociedade.

“Será retomado também o programa de implementação de salas de recursos multifuncionais nas escolas comuns, a expansão e aperfeiçoamento do Projeto Livro Acessível (PNLD), a melhoria da acessibilidade na educação básica e na educação superior”, informou o MEC.

Mundo das artes

É ao som do batuque que a carioca Patrícia Almeida, de 57 anos, funcionária pública aposentada, também vê a filha Amanda, hoje com 18 anos, se desenvolver. A moça, diagnosticada com síndrome de down, cursa a segunda etapa do ensino de jovens e adultos, tem estímulo em terapia, natação e aula de batuque. A agenda, garante a mãe, faz com que a moça tenha apreço especial pela arte.

Mas nem sempre foi assim. Por conta da profissão dos pais, na área de diplomacia, a família passou 10 anos fora do Brasil. Um desses países foi a Suíça. Foi uma decepção para a família. 

A mãe exemplifica que escolas especiais eram administradas por psiquiatras ao invés de educadores. “Não faltava dinheiro ou equipamento. Mas lá, não existe educação inclusiva. Ela foi para uma escola especial que era tão ruim que a gente teve que tirá-la, e ter um aprendizado em casa com psicopedagoga, em homeschooling”. 

Mas isso foi um problema porque a menina só convivia com adultos. Quando voltaram ao Brasil, ficaram felizes de ter acesso à escola pública. Viram que havia professores especializados em educação inclusiva. “Não é melhor apenas para crianças com deficiência, mas para todas as crianças”. Por isso, Patrícia entende que é necessário que os pais procurem a escola para dialogar.

Com a chegada da filha à adolescência e, finalmente, com o convívio com outras pessoas da mesma idade, a mãe se inspirou para produzir um material de linguagem simples: Eu me protejo, sobre os cuidados com as partes íntimas. “Eu resolvi fazer esse material justamente para ela poder se fortalecer com essas informações. E poder reagir caso alguma coisa de mal acontecesse”

“A Amanda fala pouco, mas é uma pessoa muito alegre. Eu a vejo seguindo no mundo das artes”. Patrícia entende que é necessário acreditar no potencial de todos. A inspiração na filha vai fazer com que lance, neste ano, o novo livro Simples assim. Simples como são as mães que veem os passos dos seus filhos, nadando, batucando, e dançando em todos os ritmos.

O Vaticano vai impulsionar a formação de bispos de todo o mundo na luta contra a pedofilia, graças a um acordo entre a comissão vaticana contra as agressões sexuais a menores e o Ministério para a Evangelização, anunciou o site Vatican News nesta sexta-feira (21).

O papa Francisco, que em 2014 criou a Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores com o objetivo de acabar com o grave fenômeno da pedofilia dentro da Igreja, deseja que as entidades trabalhem juntas durante ao menos três anos na formação dos bispos.

A comissão foi criticada duramente por um de seus membros mais influentes, o jesuíta Hans Zollner, que renunciou recentemente ao cargo que ocupava nesse órgão recentemente, alegando que a entidade apresentava problemas estruturais relacionados ao cumprimento, à responsabilização e à transparência.

"A comissão deve resolver problemas urgentes", denunciou Zollner.

Segundo o acordo anunciado nesta sexta, serão organizadas, sobretudo, sessões de capacitação para os bispos recém-ordenados.

Em uma entrevista ao Vatican News, o responsável pela comissão, o cardeal americano Sean O'Malley, explicou que o órgão vai "desenvolver programas com o objetivo de atender as vítimas".

"Se contássemos no passado com a informação que temos agora sobre como proteger e compreender [essa problemática], a história da Igreja teria sido diferente", reconheceu.

"Estamos tentando contar também com a experiência de uma vítima para que os novos bispos possam ouvir em primeira mão o testemunho dramático e os efeitos que esse terrível crime tem sobre suas vidas", acrescentou O'Malley.

Francisco pediu à comissão para "sair e trabalhar com os bispos de todo o mundo para que se capacitem e consigam assim acompanhar e trabalhar com as vítimas" de forma a superar esse drama.

O responsável pelo dicastério (ministério), o cardeal Luis Antonio Tagle, declarou ao Vatican News que se trata de um desafio para sua pasta, já que implica em conhecer tanto as leis e normas aprovadas pelo Vaticano como as dos países envolvidos.

O'Malley considerou que a criação da comissão, há oito anos, gerou "expectativas pouco realistas" sobre como acabar com o fenômeno do abuso sexual de menores na Igreja e no mundo.

“Meu estilo de vida mudou completamente. Tenho plena consciência de que meus hábitos alimentares não eram os mais saudáveis.” A declaração dada pela cantora Preta Gil em ilustra muito bem a realidade brasileira. Preta está fazendo tratamento contra câncer de intestino, que tem relação direta com má alimentação.

O câncer de intestino (colorretal) é o 3º tipo de maior incidência no Brasil, superando o câncer de colo de útero, que ocupava essa posição até o ano passado. São mais de 45 mil novos casos diagnosticados e mais de 20 mil mortes por ano. E a expectativa do Inca (Instituto Nacional do Câncer) é de que o número de pessoas atingidas pelo câncer colorretal continue crescendo, o que torna o problema ainda mais preocupante.

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A medicina garante que esse é um tipo de câncer é evitável. “Dieta rica em alimentos processados ou ultraprocessados, em carne vermelha, gordura e preparações instantâneas está diretamente relacionada a esse tipo ao câncer colorretal. Obesidade, sedentarismo e tabagismo completam a lista de fatores de risco que podemos evitar. Atividade física regular, sozinha, já reduz o risco de desenvolver a doença em 26%. Uma dieta rica em frutas, legumes e verduras é fundamental. O consumo de 10 gramas de fibras ao dia reduz o risco de câncer de intestino em 10%”, enumera a médica oncologista Paula Sampaio, do Hospital Barros Barreto, referência no Pará. “Não tem jeito. Se queremos qualidade de vida e longevidade, temos que ter um estilo de vida saudável”, completa a médica.

Datas como o Dia Mundial de Luta Contra o Câncer (8 de abril) são um convite para que as pessoas e organizações se esforcem para reduzir o impacto da doença. De acordo com as estimativas da OMS (Organização Mundial de Saúde), até 2030 o câncer vai superar as doenças cardiovasculares e se tornar a campeã em mortalidade no mundo todo.

“Nós não podemos deixar de bater nessa tecla, mas a mudança depende de cada um fazer a sua parte. As pessoas precisam se esforçar para adotar hábitos saudáveis. Temos que estimular a vacinação contra o HPV para crianças e adolescentes, por exemplo. Essa é uma medida de prevenção primária. Um tipo de medida que pode evitar que a pessoa tenha câncer, como é o caso de não fumar, não ser sedentário e controlar o peso”, explica a médica.

A bancária Léa Paysano, de 60 anos, passou pelo tratamento de um câncer de intestino e agora está em acompanhamento médico. O diagnóstico saiu em maio de 2020, início da pandemia da covid-19. Léa lembra que percebeu sangue nas fezes, mas acreditou ser pelo nervoso com a pandemia. “Tinha muito medo de sair de casa, de precisar ir ao médico ou fazer exames por causa da covid-19. Por isso, fiquei um tempo com os sangramentos sem falar para ninguém”, diz ela. Só quando comentou com uma irmã e um sobrinho que é médico decidiu procurar um gastro para investigar o problema.

O exame foi confirmado no exame de colonoscopia. A cirurgia para a retirada do tumor ocorreu um mês depois, em 11 de agosto. O tratamento com quimioterapia durou até março de 2021.

De acordo com as estimativas do Inca, o Brasil terá 704 mil novos casos de câncer diagnosticados por ano, no triênio 2023 a 2025. Isso representa um crescimento de 12,64% dos casos de câncer no Brasil, comparando com estimativa anterior (2020-2022). A incidência do câncer no Brasil é alarmante porque reafirma o câncer como a segunda causa de mortes por doença no mundo.

O tipo de câncer mais incidente no Brasil continua sendo o de pele não melanoma, com 220 mil novos diagnósticos (31,3% do total de casos). Mas apesar da quantidade, ele apresenta altos percentuais de cura e menor mortalidade, se tratado adequadamente. Por isso, não é considerado tão preocupante quanto os outros tipos de câncer.

O câncer de mama continua sendo o segundo tipo com maior incidência no Brasil, com 10,5% do total de diagnósticos. De 2023 a 2025, são estimados 73.610 novos casos a cada ano, contra 66 mil na estimativa anterior.

Entre os homens, o câncer de próstata é o segundo mais comum (depois do câncer de pele não melanoma), com 71.730 casos, representando 10,2% do total. Em seguida, o destaque é para os tumores de intestino e de pulmão.

Da Redação do LeiaJá Pará.

 

Fotos falsas mostrando a primeira-dama da Ucrânia tomando sol de topless, legendas incorretas difamando feministas paquistanesas por "blasfêmia", vídeos em câmera lenta mostrando um falso estado "bêbado" da democrata Nancy Pelosi. Toda uma avalanche de desinformação paira sobre as mulheres na esfera pública.

Os pesquisadores dizem que a “desinformação de gênero” – quando o sexismo e a misoginia se cruzam com notícias falsas online – visa manchar as reputações de mulheres em todo o mundo, minar sua credibilidade e, em muitos casos, prejudicar suas vidas.

Os verificadores de fatos da AFP desmascararam mentiras contra mulheres na política ou vinculadas a políticos proeminentes, incluindo campanhas online com informações falsas ou imagens manipuladas com conteúdo sexual.

No ano passado, uma foto falsa da primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, sem sutiã em uma praia em Israel, viralizou no Facebook e atraiu fortes críticas. Uma análise da imagem feita pela AFP mostrou que a mulher na foto era, na verdade, uma apresentadora de TV russa.

A ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, e a atual francesa, Brigitte Macron, também foram alvo de postagens falsas alegando que nasceram homens, provocando uma avalanche de insultos e comentários transfóbicos.

Jacinda Ardern, da Nova Zelândia, que anunciou sua renúncia como primeira-ministra em janeiro, também enfrentou uma enxurrada de desinformação.

“As mulheres – especialmente aquelas em posições de liderança e visibilidade – são um alvo excessivo de desinformação online”, escreveu Maria Giovanna Sessa, pesquisadora do EU DisinfoLab, em um relatório no ano passado.

- "Efeito assustador" -

Outra tática que disparou o alarme em 2020 foi um vídeo em câmera lenta da democrata Nancy Pelosi, então presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. O efeito a fez enrolar as palavras e dar a falsa impressão de estar bêbada.

"Baseadas em estereótipos sexuais e divulgadas por má-fé, as campanhas de desinformação de gênero têm um efeito assustador sobre as mulheres que visam", disse Lucina Di Meco, especialista em igualdade de gênero e coautora de um estudo publicado no mês passado.

A desinformação geralmente gera "violência política, ódio e desencoraja mulheres jovens a considerar uma carreira na política", de acordo com o estudo intitulado "Monetizando a misoginia".

Nas táticas de desinformação, as mulheres na política são muitas vezes estigmatizadas como não confiáveis, muito emotivas ou promíscuas para cargos públicos.

Quando a atual ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, estava concorrendo à chancelaria em 2021, ela foi alvo de desinformação que lançou dúvidas sobre se ela estava preparada para o cargo.

Uma dessas campanhas apresentava imagens de uma modelo nua, simulando que fosse a política, e sugeria que ela havia sido trabalhadora do sexo.

A desinformação de gênero representa uma ameaça à segurança nacional, pois pode ser explorada por estados autocráticos para tentar influenciar o exterior, de acordo com vários pesquisadores.

Também pode ser usada para subjugar a oposição.

“Quando há líderes autocráticos no poder, a desinformação de gênero é frequentemente usada por atores alinhados ao Estado para minar a oposição de mulheres líderes e também os direitos das mulheres”, alerta Di Meco em seu estudo.

- "Ataques à dignidade" -

Mulheres em todo o mundo estão lutando contra falsidades que reforçam estereótipos sobre sua inteligência ou eficiência.

Em 2021, viralizou nas redes sociais que a atiradora esportiva egípcia Al-Zahraa Shaaban havia sido excluída das Olimpíadas de Tóquio por ter atirado em um árbitro. Isso gerou uma onda de comentários ridicularizando as mulheres e questionando suas habilidades esportivas.

Questões também foram levantadas contra seu envolvimento nas forças armadas após a queda no ano passado de um caça F-35 em um porta-aviões dos EUA no Mar da China Meridional. Publicações falsas atribuíram o acidente à primeira mulher do mundo a pilotar um F-35, mas o piloto envolvido era um homem.

Essas falsidades humilhantes podem ter um efeito silenciador sobre as mulheres, dizem os pesquisadores, pois elas são levadas a se autocensurar e até evitar profissões dominadas por homens, até mesmo cargos políticos.

Em 2020, dezenas de legisladores dos Estados Unidos e de outros países enviaram uma carta ao Facebook, que, junto com outras plataformas, é obrigado a dispor de amplificação algorítmica de conteúdo odioso e falso contra mulheres.

Em um comunicado, o Facebook admitiu na época que o abuso online de mulheres era um "problema sério".

"Não se engane, essas táticas, usadas em sua plataforma para fins maliciosos, buscam silenciar as mulheres e, em última análise, minar nossas democracias", disse a carta.

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