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As atuais recomendações de distanciamento social, forçadas pelo surto do novo coronavírus (SARS-CoV-2), estão fazendo com que as pessoas utilizem aparelhos como computadores e smartphones durante mais tempo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), a chamada Síndrome Visual Relacionada a Computadores (SVRC) atinge 90% dos usuários que ficam expostos à luz das telas por mais de três horas.

O uso excessivo, tanto no trabalho realizado no esquema home office como em momentos de lazer, pode causar danos à visão. Segundo o médico oftalmologista Daniel Kamlot, quem fica exposto à irradiação de luz proveniente dos equipamentos eletrônico precisa redobrar os cuidados durante o período de isolamento. "A emissão da luz azul pelo aparelho eletrônico, a longo prazo, pode ser mais prejudicial para quem tem tendência de degeneração macular, o que só poderia vir a acontecer com o passar do tempo", explica.

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Ainda segundo Kamlot, crianças também correm riscos. "O problema na faixa dos sete anos seria a grande exposição ao celular, fato que pode alterar a anatomia do olho e fazer com que ele cresça um pouco mais", considera o médico, que ainda aponta a falta de exposição à luz natural como agravante em alguns casos.

"Alguns estudos mostram o aumento de miopia em crianças que ficam mais enclausuradas por muito tempo. A dopamina, oriunda da exposição ao sol, diminui a probabilidade de elas serem míopes", acrescenta.

O oftalmologista ainda esclarece que os sintomas da SVRC não são muito diferentes nas mais diversas faixas etárias. "Entre adultos e jovens a exposição pode causar dor de cabeça, cansaço e fadiga ocular", indica.

De acordo com Kamlot, uma pausa para quem usa os aparelhos eletrônicos com muita frequência pode reduzir, de maneira considerável, os riscos. "Um descanso de 15 minutos a cada uma hora é o suficiente para amenizar os problemas", destaca o especialista, que ainda orienta os pais a permitir que as crianças brinquem ao sol.

"Deixe a criança brincar na varanda, no quintal, para que exista esse estímulo da dopamina no organismo", declara. Segundo o médico, o ambiente externo permite que a visão seja exercitada, o que evita a contração da musculatura, que pode acomodar a visão e, ao longo prazo, desenvolver a miopia.

 

Cientistas dizem que descobriram como a luz azul emitida por smartphones, laptops e outros dispositivos digitais prejudica a visão e pode acelerar a cegueira. Uma pesquisa da Universidade de Toledo, nos EUA, revelou que a exposição prolongada à essa iluminação artificial faz com que moléculas venenosas sejam geradas nas células do olho.

A luz azul, que tem um comprimento de onda menor e mais energia em comparação com outras cores, pode gradualmente causar a chamada degeneração macular - uma condição incurável que afeta a parte central da visão.

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A degeneração macular é uma condição comum entre pessoas de 50 e 60 anos e resulta em perda de visão significativa. É causada pela morte de fotorreceptores, ou seja, células sensíveis à luz, na retina. Embora não cause a cegueira total, pode tornar difíceis as atividades cotidianas, como ler e reconhecer rostos.

Os pesquisadores descobriram que a exposição à luz azul faz com que a retina desencadeie uma série de reações que leva à criação de moléculas tóxicas nas células fotorreceptoras.

"Se você der luz azul na retina, a retina mata as células fotorreceptoras à medida que a molécula de sinalização na membrana se dissolve. A toxicidade gerada pela retina pela luz azul é universal. Pode matar qualquer tipo de célula", informou o estudante de doutorado da Universidade de Toledo, que esteve envolvido no estudo, Kasun Ratnayake.

Os pesquisadores descobriram que uma molécula chamada alfa-tocoferol, um derivado da vitamina E e um antioxidante natural no olho e no corpo, impede que as células morram. No entanto, à medida que a pessoa envelhece ou o sistema imunológico é suprimido, as pessoas perdem a capacidade de se protegerem.

Para aqueles que querem proteger os olhos, os pesquisadores aconselham os usuários a usar óculos de sol que possam filtrar tanto a luz UV quanto a azul. Outra dica é evitar navegar em celulares e tablets em ambientes escuros. A pesquisa foi publicada na revista Scientific Reports.

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Ter um smartphone brilhando em seu quarto à noite pode fazer muito mais do que interromper seu sono. Também pode causar fome e fazer você engordar, alertam pesquisadores. De acordo com um estudo feito pela Universidade de Granada, na Espanha, pessoas que deixam aparelhos eletrônicos perto da cama na hora do descanso podem ter o metabolismo afetado pela luz azul.

Segundo os cientistas, o corpo humano precisa da escuridão para produzir os níveis corretos de um hormônio envolvido na regulação da conversão de alimentos e bebidas em energia. A iluminação do celular à noite atrapalha esse processo, fazendo com que ele ocorra de forma ineficiente, o que, consequentemente, resulta em ganho de peso.

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Embora não seja brilhante o suficiente para clarear um quarto, a iluminação dos aparelhos eletrônicos perturba o organismo e causa um efeito semelhante à luz do sol pela manhã, informa o estudo. O brilho do celular faz com que o cérebro pare de produzir melatonina, hormônio que controla o apetite e o sono. A longo prazo, essa interrupção pode prejudicar o aprendizado, a memória, a concentração e o emagrecimento.

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