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Dois dias após divulgação da pesquisa que revela a sua liderança numa pesquisa de intenção de votos para a presidência da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contestou o porcentual divulgado. Em sua opinião, teria 40% e não 35% da preferência popular, caso a pesquisa não considerasse um candidato virtual. Ele não revelou, no entanto, quem seria esse candidato.

"Todo dia eles me prendem, todo dia inventam um crime que eu não cometi. A surpresa deles foi pegar a pesquisa no sábado. Eu tinha 35%. E eles sabem que eu poderia ter 40%. E aí eles não se conformaram. Hoje, fiquei estarrecido", disse o ex-presidente, acrescentando que a pergunta feita na pesquisa divulgada hoje, sobre a vontade da população de vê-lo preso, induziu a uma resposta negativa.

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"Hoje, fiquei estarrecido. A Folha de S.Paulo (a pesquisa é do Datafolha) faz uma pergunta com a seguinte frase: Você acha que o Lula deve ser preso em função das denúncias da Lava Jato? E 56% dizem que eu deveria ser preso. A pergunta não é essa. A Polícia Federal mente quando faz inquérito, o Ministério Público mente quando faz denúncia e o senhor Moro (juiz Sérgio Moro) não deveria aceitar. Mas como está predestinado a não deixar Lula voltar, vai aceitar todas as mentiras", contestou.

Lula ainda desafiou o MP, a PF e Moro a "apresentar uma única prova de um real desviado" e disse que, retornando à Presidência, vai lançar um referendo revogatório para desfazer medidas tomadas durante o governo de Michel Temer.

"Me sinto como se fosse um menino de 30 anos, com uma vontade de lutar maior do que quando eu tinha 25", afirmou em discurso de quase uma hora, durante o 8º Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que estimou 3,5 mil participantes.

Trump

O ex-presidente afirmou também que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "deveria cuidar um pouco mais dos Estados Unidos para que não aconteça a tragédia de um cidadão matar pessoas. Se tivesse mais preocupado com o povo americano, não permitiria que coisas como essa acontecesse".

Ao iniciar sua fala durante o encontro, Lula destacou a presença de representantes de movimentos sociais da Venezuela, para, em seguida, afirmar que os Estados Unidos têm problemas internos para estar preocupado com países vizinhos.

"Tem muita gente boa da América Latina e Europa (no evento). Queria citar a Venezuela e pedir para que gritem ao presidente dos Estados Unidos que quem decide o destino da Venezuela é o povo da Venezuela. Não é o tal do Trump", disse.

Em seguida, Lula direcionou sua fala aos pequenos produtores rurais e aos trabalhadores, em geral. "Eu sonhei junto com vocês que era possível construir um País melhor. Durante 12 anos, todas as categorias organizadas tiveram aumento acima da inflação. Por isso, ajudamos tantas pessoas, sobretudo as que participavam da previdência social", discursou.

O ex-presidente ainda destacou a criação da Lei da Partilha durante o seu governo, que determinava a participação obrigatória da Petrobras em pelo menos 30% dos reservatórios localizados na região do pré-sal, mas foi alterada no Congresso durante o governo de Michel Temer.

"A primeira coisa que falamos é que o pré-sal seria o passaporte do futuro. Por isso aprovamos a lei da partilha, para que o petróleo não fosse multinacional", afirmou.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou na noite desta segunda-feira, 2, ao 8º Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) sob gritos de "Lula Presidente". Este é o primeiro de uma série de eventos do ex-presidente no Rio, nos próximos dias. Amanhã, ele participa de uma manifestação "pela soberania nacional", entre os prédios da Eletrobras e Petrobras, no Centro do Rio.

Lula chegou acompanhado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e de crianças. Por poucos minutos se manteve no palco com a bandeira nacional à sua frente, enquanto o público saudava a sua chegada. No palco, também estão parlamentares petistas, como Lindbergh Farias, do Rio de Janeiro, que falou em "anular privatizações" com um possível retorno de Lula à presidência da República nas eleições do ano que vem.

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"No seu governo, presidente, o Brasil pode sentir um olhar diferenciado para a maioria do povo, para o povo mais pobre. O governo do Temer representa os ricos. O povo virou estatística. Precisamos voltar a ter um governo que olhe pelas pessoas", discursou Gleisi.

Em carta lida pelos organizadores, a ex-presidente Dilma Rousseff também se manifestou. "Esse encontro se realiza num momento em que o País vem sendo tomado de assalto de políticas neoliberais. O golpe que me tirou da presidência ainda não acabou. Colocou no poder grupos econômicos. Eles trabalham rápido para submeter o Brasil aos interesses do mercado", afirmou Dilma.

O encontro do MAB reúne centenas de pessoas de diferentes movimentos sociais no Terreirão do Samba, no centro do Rio.

No dia 12 de abril, a partir das 13h, o Cais José Estelita será tomado por mais um evento de luta social. O “Ocupe campo-cidade” vai reunir pessoas que buscam melhoria de condições sociais e trabalhistas, tanto nas zonas rurais quanto nas urbanas. O intuito é gerar discussões sobre vivências que reforcem a proximidade dos dois grupos, além da cooperação entre as lutas.

Um dos argumentos do criador do movimento é que pessoas do campo e cidade ainda são expostas a regimes de trabalho semi-escravo, como nas grandes plantações de cana-de-açúcar ou nas ruas, bem como nas atividades dos catadores, ambulantes e limpadores. “Em ambos os espaços, pessoas são expostas cotidianamente aos venenos dos agrotóxicos e alimentos transgênicos, ameaçando suas vidas e as de outros seres vivos”, consta na página do evento na rede social Facebook.

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A programação inclui uma feira orgânica/agroecológica, oficinas de plantio e bioconstrução, aulas públicas, Cinedebate e atrações culturais que ainda vão ser confirmadas.  O evento é uma realização do Movimento Ocupe Estelita, Centro Sabiá, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Núcleo de Agroecologia e Campesinato (NAC/UFRPE), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Pastoral da Juventude Rural (PJR) e Rede Coque Vive.

Nesta quarta-feira (09), completou um mês que a exposição Brinquedos Que Moram no Sonho toma conta do Museu de Arte da Bahia (MAB). Os brinquedos ocupam todo o primeiro andar do prédio, que fica no Corredor da Vitória, na Avenida Sete de Setembro, em Salvador. Para a surpresa de crianças, as peças artesanais colecionadas pelo fotógrafo David Glat foram milimetricamente pensadas, em um mês de produção, segundo a coordenadora do museu, Sylvia Athaíde.

Segundo Sylvia, algumas crianças já foram ver os brinquedos que estão no MAB pelo menos três ou quatro vezes. A família de Tiago Falcão, Luísa Oliveira e o pequeno Manuel de Oliveira visitaram o MAB pela primeira vez na tarde de ontem (09). Tiago se impressionou com as canoas de folha de palmeira, os pequenos carros de madeira e as vassouras. Eram brinquedos que o avô dele fazia e hoje, aos trinta e três anos, Tiago não tem mais. “Esses brinquedos estão cada dia mais sumindo”, afirmou. Para ele, “Com esses brinquedos, é preciso usar a criatividade. O boneco tecnológico faz tudo pela criança, é só apertar o botão”. O pai da família não nega que brincaria novamente com algumas peças, “Especialmente os carrinhos de madeira”. Mas o pequeno Manuel, de cinco anos, gostou mais de ter visto uma miniatura de um tatu, na Sala dos Brinquedos.

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A avó de sessenta anos, Fernanda Façanha, disse que achou a exposição interessantíssima e muito criativa. “As crianças ficam entusiasmadas. Para meu neto é uma novidade os brinquedos de madeira”, afirmou Fernanda. Para ela “é como rever” as peças antigas. “Além da instalação, que é maravilhosa”, afirmou Fernanda, enquanto o neto Arthur Façanha, de seis anos, corria pela exposição.

Sylvia Athaíde coordena o MAB há vinte e dois anos. para ela, “trata-se de arte popular. Onde mais iríamos encontrar Chapeuzinho Vermelho na garupa da bicicleta do Lobo Mal? E o macaco que come banana e anda de bicicleta ao mesmo tempo? Só a imaginação popular para fazer isso”. Sylvia recebeu a visita de uma criança na Sala dos Bonecos que olhou os barcos expostos num pequeno mar e outros pendurados acima destes. Segundo ela, a criança, de oito anos de idade, apontou para os que não estavam pendurados e disse: “Esses daqui existem”. Ao vê-los pendurados – flutuando – a criança falou: “Esse daqui só no sonho da gente, né? Já que barco não voa”.

Segundo Sylvia, entre o último sábado (05) e domingo (06), cerca de mil pessoas visitaram o mundo dos sonhos onde os brinquedos vão morar até abril de 2013.

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocupou hoje (13) pela manhã, a sede da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) reivindicando diversos fatores tanto do governo quanto da própria Chesf.  Coordenadores do movimento informaram que cerca de 1.500 manifestantes vindos do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia, estão no local para reivindicar seus direitos que violados, quando as famílias foram retiradas de suas moradias para as construções das barragens e até agora não foram reassentadas. Além da relocação das mais de 100 mil famílias que foram expulsas de suas terras, eles protestam também contra a privatização da água e da energia e o modelo energético do país.

Os funcionários da Chesf foram impedidos de entrar no prédio para trabalhar, mas o manifesto é considerado pacífico. Apesar do clima de tranqüilidade, alguns funcionários tentaram entrar de qualquer jeito na sede, gerando um clima de revolta, tanto por parte dos manifestantes, que pediam que as pessoas entendessem os motivos, quanto de alguns funcionários que precisavam entrar para pegar alguns documentos e itens pessoais.

Dois dirigentes do movimento e pessoas da gerência regional de Paulo Afonso, Itaparica e Sobradinho se reuniram por volta das 15h de hoje no Centro de Desenvolvimento do Ser Humano (CDSH) com representantes da Chesf para discutir a pauta de reivindicações. Com barracas montadas e comida, os manifestantes devem permanecer acampados na sede até as exigências feitas serem atendidas.

O movimento é nacional e atividades semelhantes acontecem em Brasília, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rondônia, Pará e Rio de Janeiro. A mobilização conta também com o apoio da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Sindicato dos Urbanitários. A mobilização faz parte da jornada nacional de lutas do MAB e acontece na semana do Dia internacional de luta contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida, celebrado no dia 14 de março.

O MAB também reivindica ainda que o Governo se posicione a favor das renovações das concessões do setor elétrico, que vencem a partir de 2015. De acordo com o Movimento, a renovação das concessões é um caminho que evitará a privatização ainda maior das usinas, linhas de transmissão e distribuidoras de energia elétrica. Caso o Governo não opte por renovar as concessões, o processo se dará a partir de abertura de novas licitações, o que representa uma privatização ainda maior do setor.

No início da manhã desta terça-feira (13), representantes de mais de mil pessoas atingidas por barragens em cinco estados brasileiros estão acampados no pátio interno do prédio da Companhia do São Francisco (Chesf), no Recife.

Nesta tarde, em reunião fechada com dirigentes da estatal eles pretendem reivindicar, entre outros itens, a redução de tarifa de energia.

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Pela manhã, a equipe do LeiaJá esteve no local e fez imagens essas imagens exclusivas da mobilização.


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