Tópicos | Maia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou em sua conta no Twitter que o deputado Delegado Pablo (PSL-AM) enviou um ofício ao presidente Jair Bolsonaro com um pedido de intervenção federal na Saúde do Amazonas. Maia compartilhou a íntegra do ofício. "O deputado @DelegadoPablo_ entrou com um pedido de intervenção federal. O parlamento deveria estar funcionando para discutir a crise no Estado do Amazonas e a questão da vacina", escreveu o presidente da Câmara.

No ofício, Delegado Pablo apresenta como alegação o "caos no sistema de saúde em todo o Estado do Amazonas". "O pedido aqui manifesto, restringe-se a intervenção na pasta da saúde do Estado do Amazonas que está sofrendo grave comprometimento, em total colapso de todo o sistema estadual de saúde", diz o documento.

##RECOMENDA##

Também no Twitter, Maia defendeu a retomada das atividades do Congresso já na próxima semana. Mas, normalmente, o Legislativo só volta aos trabalhos após o recesso parlamentar, em fevereiro.

Após um dia de caos na saúde e que acarretou em 51 mortes nas últimas 24 horas em Manaus, capital do Amazonas, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) fez uma convocação, pelo Twitter, aos integrantes do Congresso Nacional, para interrompam as férias em prol de “salvar vidas”.

Na sua conta, o democrata disse que defende a volta às atividades parlamentares na próxima semana. “Está na hora de todas as forças se unirem para salvar vidas. É fundamental - como defendi em dezembro com outros parlamentares - que o Congresso retome suas atividades na semana que vem”, escreveu.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Ao mencionar o dia caótico que Manaus viveu hoje, o presidente da Câmara criticou a “agenda negacionista”. “A falta de oxigênio em Manaus, o atraso na vacina, a falta de coordenação com estados e municípios são resultado da agenda negacionista que muitas lideranças promovem”.

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o atraso do início da vacinação da população contra o novo coronavírus é o maior erro do governo Jair Bolsonaro e pode ensejar a abertura de um processo de impeachment contra o presidente. "Acho que a vacina pode levar a um processo de impeachment no futuro", disse, em entrevista ao site Metrópoles.

Maia, que comanda a Câmara até o início de fevereiro, disse, porém, que essa decisão caberá ao futuro presidente da Casa. "Não seria correto eu deferir o impeachment. Já estamos em recesso. Não vai julgar agora. Eu vou apenas criar um ambiente político de desorganização em um momento em que está se elegendo um novo presidente (da Câmara). Acho que esse papel cabe ao novo presidente (da Câmara)."

##RECOMENDA##

Apesar de a Câmara acumular mais de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro, Maia disse que não houve ambiente para dar andamento a eles nos últimos dois anos.

"Garanto que até hoje, até a questão da vacina, eu nunca tive uma pressão política e um ambiente mais forte da sociedade para fazer esse encaminhamento e colocar para pautar o tema", afirmou. "Temas mais sensíveis, como processo de impeachment, não podem ser instrumento apenas de uma decisão política solta."

Maia destacou que as pesquisas mostram que o atraso e a resistência de Bolsonaro à vacina contra a Covid-19 já afeta sua popularidade. "Acho que o principal erro de todo o governo Bolsonaro é a questão da vacina, e acho que pela questão da vacina, se ele não organizar rápido, talvez sofra um processo de impeachment muito duro", afirmou.

"Acho que a questão da vacina está começando a transbordar para dentro do Parlamento. É uma pressão que a sociedade poucas vezes fez nos últimos anos, apenas os bolsonaristas contra o próprio Parlamento e o STF."

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chamou o presidente Jair Bolsonaro de "covarde" em uma publicação no Twitter. O parlamentar compartilhou uma nota da coluna Radar, da Veja, que aponta suposta insatisfação do chefe do Planalto com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

"Bolsonaro é covarde", escreveu Maia ao compartilhar a notícia com o título "Bolsonaro culpa Pazuello por perda de popularidade e atraso da vacina". A insatisfação, de acordo com a coluna da revista, teria sido manifestada em reunião ministerial convocada pelo Planalto para discutir a vacinação contra a covid-19.

##RECOMENDA##

A coluna diz ainda que a situação de Pazuello diante do presidente melhorou um pouco depois que o ministro resolveu atacar a imprensa em uma entrevista coletiva nesta semana, atitude aprovada pelo chefe. Procurado, o Planalto não comentou a declaração do presidente da Câmara.

Após a pressão para o Brasil começar a vacinação, o Ministério da Saúde preparou um plano para aplicar as doses a partir deste mês. Na quinta-feira, 7, a pasta anunciou um contrato para comprar 100 milhões de doses da Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e que será distribuída no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo.

Maia disputa com Bolsonaro o controle da Câmara dos Deputados a partir de fevereiro. Mais cedo, o parlamentar intensificou a reação após o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), candidato à presidência da Casa, ter feito um comentário sobre suposta pressão para influenciar o resultado. Maia afirmou que Lira, aliado de Bolsonaro, usa as mesmas práticas do "chefe" para dirigir ataques contra adversários.

Em novo embate com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente da República, Jair Bolsonaro, atacou a aliança formada de 11 partidos pelo deputado para eleger Baleia Rossi (MDB-SP) como seu sucessor na Câmara. Apesar de já ter dito que não se envolveria na eleição no Legislativo, Bolsonaro criticou o fato de Maia ter se aliado ao PT para derrotar Arthur Lira (Progressistas-AL), candidato do Palácio do Planalto na disputa.

Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada na manhã desta sexta-feira, 8, Bolsonaro lembrou que Maia foi favorável ao impeachment da ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT) e que no passado condenou a atuação do partido.

##RECOMENDA##

"Quando o Rodrigo Maia votou pela cassação da Dilma, deu um voto criticando o PT, que perseguiu o pai dele (César Maia) que era prefeito no Rio. E deu um voto firme, objetivo, e apontando que o PT era a maior desgraça do mundo. Hoje, está junto com o PT nas eleições da presidência da Câmara", afirmou Bolsonaro.

Em seguida, o chefe do Executivo sugeriu, com ironia, que Maia e o PT se assemelham. "Pelo poder, água e óleo não se misturam. Se bem que aí eu acho que não é água e óleo, não, são duas coisas muito parecidas", completou.

Além de DEM e PT, o bloco de apoio a Baleia conta ainda com MDB, PSB, PSDB, PSL, PDT, Cidadania, PV, PT, PCdoB e Rede, com 281 deputados. Parte dos membros do PSL, contudo, declarou apoio a Lira. O líder do Centrão afirma ter o apoio de dez siglas: PP, PL, PSD, Republicanos, Solidariedade, Patriota, Avante, Pros, PTB e PSC, no total 193 parlamentares.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que as dificuldades do ano de 2020 não impediram que a Câmara liderasse as principais pautas. “Encerramos um ano que foi muito difícil para os brasileiros e, especialmente devido à pandemia, muito desafiador para o Parlamento. Isso não impediu, no entanto, que a Câmara dos Deputados exercesse um protagonismo e liderasse as principais pautas em um momento crucial no país”, afirmou ele em suas redes sociais.

“Ao lado dos 512 deputados, aprovamos a PEC da Guerra, que deu todas as condições orçamentárias para que o poder público enfrentasse a Covid-19. Além da aprovação do auxílio emergencial e de outros projetos na área da Saúde, capitaneados pela Câmara e pelo Senado Federal”, prosseguiu.

##RECOMENDA##

Maia lembrou que, no meio da pandemia, os deputados aprovaram o novo Fundeb, que considera um marco na qualidade da educação pública brasileira.

“Foi um período difícil, mas de reafirmação da importância das instituições democráticas. Não podemos retroceder. O Brasil em 2021 precisará de uma Câmara forte, independente e que continue a ser uma fortaleza na defesa da democracia em nosso país”, disse.

Orçamento de 2021

Maia disse que analisou com a equipe da Câmara o Orçamento de 2021 enviado pelo governo ao Congresso. “Sem a aprovação da PEC emergencial, só existe uma forma de cumprir o teto de gastos: acreditar que o governo federal enviou a o projeto de lei orçamentária com superestimativa nos valores encaminhados para a Previdência.”

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Após FHC, Lula e Ciro Gomes terem saído em defesa da ex-presidenta Dilma Rousseff, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), também se manifestou em solidariedade à petista, que foi questionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a sua experiência com a tortura durante a ditadura militar. “Bolsonaro não tem dimensão humana. Tortura é debochar da dor do outro. Falo isso porque sou filho de um ex-exilado e torturado pela ditadura”, disse Maia.

A opinião do democrata foi similar à dos colegas na política, que destacaram as suas diferenças com a ex-guerrilheira, mas destacam acima de tudo que o espírito solidário e a empatia devem permanecer em primeiro lugar. Sobre isso, o presidente da Câmara completou: “Minha solidariedade à ex-presidenta Dilma. Tenho diferenças com a ex-presidente, mas tenho a dimensão do respeito e da dignidade humana”.

##RECOMENDA##

Dilma Rousseff é ex-integrante de movimentos armados da esquerda de vanguarda e atuou como guerrilheira contra a ditadura. Em 1970, ela foi presa em São Paulo, aos 22 anos, e passou cerca de três anos encarcerada.

Na última segunda-feira (28), Bolsonaro ironizou para os seus apoiadores a experiência vivida pela opositora. "Dizem que a Dilma foi torturada e fraturaram a mandíbula dela. Traz o raio X para a gente ver o calo ósseo. Olha que eu não sou médico, mas até hoje estou aguardando o raio X", afirmou.

 

 

Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comemoraram, pelas redes sociais, a sanção do projeto de lei que regulamenta o Fundeb, principal mecanismo de financiamento da educação básica pública no Brasil. O texto foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira, 25, sem vetos.

A lei regulamenta a emenda à Constituição que tornou o Fundeb permanente, priorizou a educação infantil e ampliou o volume de recursos repassados pela União a Estados e municípios para pagar professores e outras despesas. As mudanças foram aprovadas em agosto pelo Congresso.

##RECOMENDA##

Em publicação em seu perfil no Twitter, Alcolumbre afirmou que é um dia histórico para a educação pública do País. "Uma das contribuições mais relevantes e de maior impacto social que o Congresso Nacional incorporou ao patrimônio jurídico brasileiro", escreveu.

Por sua vez, Maia afirmou que o texto "vai garantir educação mais justa para todos os brasileiros". "Agora, a Constituição determina que a União complemente em 23% os recursos para Estados e municípios investirem em educação até 2026. Os repasses para pagamento de professores também aumentou, e a prioridade será para a educação infantil."

O presidente da Câmara também mencionou a autora do texto, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO). "Sua determinação de quem vê a educação como único caminho para o desenvolvimento foi fundamental para tornar esse grande avanço em realidade."

Entre outros pontos, o texto sancionado define como será o uso da divisão e escalonamento da complementação feita pela União para Estados e municípios - citados por Maia em sua publicação no Twitter. Nos próximos seis anos, o governo federal fará repasses com aumentos progressivos, começando com 12% em 2021 até alcançar 23% em 2026.

A lei atrela a distribuição dos recursos em relação ao número de matrículas e aos indicadores da educação. Além disso, o texto também determina como será feito o monitoramento do desempenho escolar e a fiscalização do uso das verbas. Caberá aos Estados e municípios informarem dados necessários em sistema de informações da educação para terem acesso ao fundo.

Eleito presidente do MDB no ano passado, o deputado Baleia Rossi estreou na política aos 20 anos quando se elegeu vereador de Ribeirão Preto (SP), em 1992. Na campanha para o Legislativo municipal, o jovem teve o apoio do então deputado Ulysses Guimarães, símbolo do MDB, que presidiu a Assembleia Constituinte.

O registro do encontro, que ocorreu meses antes de Ulysses morrer em uma queda de helicóptero em outubro daquele ano, em Angra dos Reis, é a foto de perfil do WhatsApp de Baleia. O apoio de Ulysses no início da vida política se deu graças ao pai, o ex-deputado Wagner Rossi, filiado ao MDB desde 1981. Anos depois, Rossi se tornaria ministro da Agricultura dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, entre 2010 e 2011. Pressionado, não durou muito: pediu demissão diante de denúncias de irregularidades na pasta.

##RECOMENDA##

Batizado Luís Felipe Tenuto Rossi, Baleia recorreu ao apelido dado pelos irmãos para concorrer à vaga de vereador, em uma ironia por ele ser, à época, muito magro. Em princípio, não gostava, mas foi convencido pelo avô a adotar a alcunha. Em 1995, ele lançou o "Programa do Baleia", transmitido por emissoras locais para todas as cidades do interior de São Paulo.

Na televisão, Baleia apresentava quadros como o que proporcionava uma transformação visual e outro em que levava flores e lia cartas enviadas pelo público a outra pessoa. O programa durou até 2006.

Em 2014, foi eleito deputado federal e dois anos depois virou líder do MDB na Câmara, quando se aproximou de Rodrigo Maia (DEM-RJ).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anuncia nesta quarta-feira (23), o apoio à candidatura do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) para sua sucessão, em fevereiro de 2021. A escolha foi marcada por disputas internas e até mesmo por dissidências no grupo de Maia, que demorou para definir o candidato.

Maia conseguiu formar um bloco com 11 partidos, que também reúne siglas de esquerda, com o mote da união contra Bolsonaro e seu candidato, o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), apesar das divergências nos rumos da economia. Estão no grupo partidos com ideologias opostas, como PT e PSL - que lançou Bolsonaro, em 2018 - DEM, MDB, PSDB, Cidadania, PV, PSB, PDT, PC do B e Rede.

##RECOMENDA##

O presidente da Câmara tem procurado associar o bloco à defesa da independência da Casa em contraposição ao que chama de "agenda retrógrada" de Bolsonaro.

"Enquanto alguns buscam corroer e lutam para fechar nossas instituições, nós aqui lutamos para valorizá-las. Enquanto uns cultivam o sonho torpe do autoritarismo, nós fazemos a vigília da liberdade. Enquanto uns se encontram nas trevas, nós celebramos a luz", dizia trecho do manifesto de lançamento do bloco, no último dia 18. "Essa não é a eleição entre o candidato A ou candidato B. É a eleição entre ser livre e subserviente".

O PT havia ameaçado vetar Baleia Rossi, presidente do MDB, mas voltou atrás. Dirigentes e parlamentares petistas lembravam da proximidade de Rossi com o ex-presidente Michel Temer e alguns avaliaram até mesmo que ele havia ajudado a "articular" o impeachment de Dilma Rousseff.

Adversários de Maia observaram que tanto o deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB) quanto Baleia votam da mesma forma na maioria das pautas na Câmara. De acordo com dados da Inteligov, plataforma de monitoramento legislativo, o alinhamento entre os dois foi de 90% em 558 votações nas quais os dois estiveram, desde 2015.

O movimento por uma "solução casada", na Câmara e no Senado, para partidos que tentam se apresentar como contraponto ao presidente Jair Bolsonaro também pesou para a opção por Rossi, que preside o MDB.

Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) barrou a possibilidade de reeleição de Maia e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), no último dia 6, a cúpula do DEM intensificou as negociações. A ideia é formar uma aliança que mantenha a legenda no comando de uma Casa e lhe dê protagonismo na montagem de uma frente de centro-direita, na eleição presidencial de 2022.

No Senado, o candidato apoiado por Alcolumbre é Rodrigo Pacheco (MG), líder do DEM. Com a estratégia de avalizar Rossi na Câmara, o DEM espera que o MDB respalde a campanha de Pacheco no Senado. O problema é que a bancada do MDB - a maior do Senado, com 13 integrantes - decidiu apresentar chapa própria e tem quatro pré-candidatos à cadeira de Alcolumbre. Os candidatos Fernando Bezerra Coelho, líder do governo no Senado, Eduardo Gomes, líder do governo no Congresso, e Eduardo Braga, líder do MDB, são nomes bem vistos por Bolsonaro. Já a senadora Simone Tebet corre por fora.

Na Câmara, o embate ficou ainda mais acirrado porque Bolsonaro decidiu patrocinar a campanha do deputado Arthur Lira.

Para se contrapor a Lira, Maia queria rachar o Progressistas e indicar o deputado Aguinaldo Ribeiro (PB), mas sofreu resistências internas. Integrantes da bancada do MDB disseram que, se o candidato não fosse Rossi, despejariam votos em Lira.

Anunciado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como seu candidato para liderar a Casa a partir de 2021, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) disse, na tarde desta quarta-feira (23), que vai trabalhar com "humildade" para ser eleito para o posto disputado com Arthur Lira (Progressistas-AL), o nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro. A eleição que vai renovar o comando da Câmara e do Senado, marcada para 1º de fevereiro.

"A caminhada é difícil, mas tenho certeza de vitória", disse Baleia, após participar de um encontro com Rodrigo Maia e o deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB), que também era cotado para ser o nome de Maia na disputa. Baleia se referiu ao deputado como um dos líderes mais respeitados e com experiência. Com o nome confirmado, ele disse que a "frente ampla" que conseguiu reunir com partidos "dá condições de disputar com perspectiva de vitória". Ele afirmou que muitos não acreditavam na formação do grupo.

##RECOMENDA##

"Com humildade vamos conversar com cada um dos parlamentares para reafirmar o compromisso que assumimos. Não sou mais candidato apenas do meu partido", declarou, acrescentando que, independentemente das diferenças entre as legendas, "o que nos une é a defesa intransigente da nossa democracia. Vamos fazer diálogo com partidos e mostrar o que defendemos. Uma Câmara livre e independente é o melhor para o futuro do País".

Ao defender a escolha de Baleia Rossi, Rodrigo Maia disse que o deputado vai dialogar com todos partidos, "especialmente com quem tem divergência", para unificar cada vez mais o bloco e buscar a vitória para a presidência da Câmara. "Temos um novo ciclo, um novo líder poderá liderar a Câmara", disse Maia.

As declarações são um aceno para o PT, principalmente, porque o partido tinha preferência por Aguinaldo Ribeiro e ainda não tomou uma decisão sobre seu apoio. Uma reunião sobre o tema está prevista para amanhã.

Maia conseguiu formar um bloco com 11 partidos, que também reúne siglas de esquerda, com o mote da união contra Bolsonaro e seu candidato, Arthur Lira. Estão no grupo partidos com ideologias opostas, como PT e PSL, além de DEM, MDB, PSDB, Cidadania, PV, PSB, PDT, PC do B e Rede.

O presidente da Câmara agradeceu a Aguinaldo Ribeiro, que abriu mão da pré-candidatura. Maia, que chamou de Aguinaldo de "meu grande amigo na Câmara", disse que seu gesto "tira peso que tinha para decidir entre dois amigos".

"Abri mão da pré-candidatura para que o Brasil dê um passo à frente. Dei um passo atrás para consolidar candidatura de Baleia Rossi", disse Ribeiro. "Agradeço à esquerda e apoio do PT para construir unidade com um espírito de unidade e fortalecimento. Não é disputa entre pessoas, é a busca do bem para o País. Agradeço aos líderes do PSL por terem me abraçado", disse Aguinaldo ao desejar boa sorte e confirmar apoio a candidatura de Baleia.

Baleia, Maia e Aguinaldo encerraram o pronunciamento sem responder perguntas da imprensa.

Um grupo de 30 deputados lançou um manifesto cobrando compromisso com reformas e privatizações para apoiar um candidato à presidência da Câmara. O documento foi lido nessa terça-feira  (22), pelo líder do Novo na Casa, Paulo Ganime (RJ). A "bancada liberal" não indicou apoio a nenhum nome específico.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deve anunciar, nesta quarta-feira (23), quem será seu candidato. O apoio é disputado por Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB), hoje o nome mais cotado, e Baleia Rossi (MDB-SP). Chefe do "Centrão", o líder do Progressistas, Arthur Lira (AL), lançou a candidatura com apoio do Palácio do Planalto.

##RECOMENDA##

Além de deputados do partido Novo, assinam o manifesto integrantes da ala bolsonarista do PSL, como Bia Kicis (DF) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP), e membros de outros partidos que apoiam a pauta liberal no Congresso, entre eles Felipe Rigoni (PSB-ES), Kim Kataguiri (DEM-SP) e Pedro Cunha Lima (PSDB-PB).

O manifesto define projetos prioritários para o próximo ano: reforma tributária, reforma administrativa, pacto federativo, privatização da Eletrobras, "demais privatizações que forem enviadas pelo governo", prisão após condenação em segunda instância, fim do foro privilegiado, reforma política e fim dos supersalários. Após a publicação, outros deputados sinalizaram apoio ao documento.

O grupo também defende uma revisão no regimento interno da Câmara para diminuir as possibilidades de obstrução na pauta e uma reunião semanal de líderes para definir a agenda. O manifesto pede, ainda, uma reforma administrativa interna para diminuir gastos.

A bancada do PT apoia o deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB) para ser o candidato do bloco parlamentar à sucessão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A posição do partido será tomada em reunião marcada para hoje e pode mudar o quadro até então desenhado, tornando-se decisiva para a escolha de Maia, já que a bancada é a maior do bloco, com 54 deputados.

A definição do candidato que vai concorrer à eleição para o comando da Câmara com o apoio de Maia, em fevereiro de 2021, se arrasta há quase 20 dias e não são poucos os que reclamam da demora para o anúncio do nome que vai enfrentar Arthur Lira (Progressistas-AL), líder do Centrão. Lira tem o aval do presidente Jair Bolsonaro.

##RECOMENDA##

Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) barrou a possibilidade de reeleição de Maia e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), no último dia 6, há um sobe e desce de cotados e favoritos para a disputa que vai renovar a cúpula do Congresso. Além de Aguinaldo, que foi ministro do governo Dilma Rousseff e votou pelo impeachment em 2016, o deputado Baleia Rossi (SP), presidente do MDB, também está no páreo.

O anúncio do candidato deve ser feito hoje. Na segunda-feira, o PT, PDT, PSB e PC do B - todos integrantes do bloco de Maia - lançaram um manifesto no qual afirmam ser preciso derrotar Bolsonaro, chamado de "presidente criminoso".

"Queremos derrotar Bolsonaro e sua pretensão de controlar o Congresso, um presidente criminoso, cujo afastamento é imperioso para que o Brasil possa recuperar-se da devastação em curso, e também queremos, neste momento, expressar nossa posição e defesa de temas relevantes que merecem a atenção e responsabilidade do Congresso Nacional", diz o texto.

O documento defende posição contrária à privatização de estatais e à autonomia do Banco Central. Maia observou, porém, não haver acordo em torno da agenda econômica dentro do bloco, que também é composto por DEM, MDB, PSDB, Cidadania, PSL, Rede e PV.

"O perfil do candidato vencedor é ser (homem de) diálogo, que não afaste os parlamentares do gabinete ou da residência do presidente da Câmara e que mantenha independência como ponto principal de uma gestão para os próximos dois anos", disse Maia. No último dia 18, ao anunciar a formação do bloco com 11 partidos, ele leu um documento, assinado por representantes de todas as legendas, contendo fortes críticas ao governo.

"Esta não é uma eleição entre o candidato A ou o candidato B. Esta é a eleição entre ser livre ou subserviente. Ser fiel à democracia ou ser aliado do autoritarismo. Ser parceiro da ciência ou ser conivente com o negacionismo. Ser fiel aos fatos ou ser devoto das fake news", sustentava um dos trechos.

Se o escolhido for Aguinaldo, o racha no Progressistas ficará escancarado, vez que Lira é o candidato do partido. Para ser eleito, o candidato precisa do apoio de 257 dos 513 deputados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Partidos de oposição que apoiam o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lançaram um manifesto marcando posição sobre pautas da Casa. O documento assinado por PCdoB, PDT, PSB e PT fala em derrotar Jair Bolsonaro, chamado de "um presidente criminoso".

Entre os compromissos citados pelos partidos, estão o posicionamento contra a autonomia do Banco Central e a privatização de estatais, entre elas a Eletrobras. Maia, porém, afirma que não há um acordo em torno da agenda econômica dentro do bloco que o apoia.

##RECOMENDA##

As legendas de oposição em torno de Maia defendem ainda a retomada de uma proposta que prorrogue o auxílio emergencial e a tributação de lucros e dividendos, entre outros pontos.

"Queremos derrotar Bolsonaro e sua pretensão de controlar o Congresso, um presidente criminoso, cujo afastamento é imperioso para que o Brasil possa recuperar-se da devastação em curso, e também queremos, neste momento, expressar nossa posição e defesa de temas relevantes que merecem a atenção e responsabilidade do Congresso Nacional", diz o manifesto.

Mais cedo, ao falar sobre o posicionamento da oposição, Maia afirmou que não há um acordo em torno da agenda econômica. "A nossa pauta é a defesa da independência da Câmara, trabalhar para que a liberdade de imprensa esteja mantida, liberdades individuais, que o debate do direito das minorias esteja garantido. Essa é a pauta que nos une. O que nos divide é a pauta econômica. Se fôssemos tratar dessa pauta, não teríamos convergência."

Em disputa com o Palácio do Planalto para o comando da Câmara em 2021, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pautou um pacote de projetos para o último dia de votações do ano visto pelo governo do presidente Jair Bolsonaro como uma "pauta-bomba". Maia convocou uma sessão para as 11h desta terça-feira, 22, e outra para as 18h. O primeiro item da pauta é a medida provisória que isentou por 30 dias a conta de luz dos consumidores do Amapá após o apagão no Estado. O parecer da MP altera o texto do governo e estende a isenção para mais seis meses à população de baixa renda e concede 50% de desconto em um mês na tarifa de residências.

A nova lei do gás, por sua vez, voltou do Senado após ser desfigurada e foi colocada na sessão da Câmara. Para as 18h, Maia pautou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta os repasses da União a municípios. O governo se posicionou contra o projeto.

##RECOMENDA##

A base de Bolsonaro tenta barrar a votação desses projetos. Nesta segunda-feira, 21, porém, Maia conseguiu votos para vencer a maioria dos requerimentos apresentados pelo Centrão para obstruir a sessão.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), só está à espera do PT para anunciar o candidato que vai apoiar à sua sucessão, em fevereiro de 2021. O nome favorito para concorrer ao comando da Câmara com aval do bloco parlamentar liderado por Maia é o do deputado Baleia Rossi (SP), presidente do MDB.

Maia disse que divulgará até amanhã o escolhido para enfrentar Arthur Lira (Progressitas-AL), líder do Centrão que conta com o respaldo do Palácio do Planalto na disputa. A demora ocorre por causa da bancada do PT, que está dividida e se reúne hoje para tentar chegar a um acordo, mas também em razão de um impasse nas fileiras do MDB.

##RECOMENDA##

Na semana passada, senadores do MDB procuraram Baleia Rossi para dizer que a sigla terá um candidato à cadeira do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Argumentaram que, diante dessa decisão, ele não deveria concorrer à Câmara para não atrapalhar as articulações no Salão Azul. A avaliação foi a de que seria muito difícil o Congresso eleger integrantes do mesmo partido, como ocorre hoje com o DEM, para dirigir as duas Casas.

Em almoço com líderes do bloco, ontem, Maia afirmou que a eleição no Senado não pode interferir na disputa da Câmara. Na prática, porém, em casos assim as negociações políticas costumam demandar mais atenção. O outro nome que conta com a simpatia do presidente da Câmara é o do deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB), líder da Maioria. O partido de Aguinaldo, no entanto, dá sustentação a Lira.

"Estamos dialogando para sair com um nome e com o bloco de fato unido", afirmou Maia. O grupo reúne 11 partidos, que somam 281 parlamentares. O PSOL pode aderir ao bloco. Para ser eleito presidente da Câmara o candidato precisa ter o apoio de 257 dos 513 deputados. O voto, porém, é secreto e muitas bancadas estão rachadas. "É preciso agora ver o que nos une, e não o que nos divide. Nosso objetivo é derrotar o candidato do governo", disse o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

A bancada do PT é a maior do bloco, com 54 integrantes. Embora a sigla esteja no grupo de Maia, o apoio de petistas ainda é disputado individualmente por Lira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que deve anunciar seu candidato à sucessão na Casa até quarta-feira (23). Nos bastidores, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) é apontado como favorito. Maia também avaliava lançar Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) na disputa. O partido de Aguinaldo, porém, lançou Arthur Lira (PP-AL), em oposição ao grupo de Maia.

"Espero que até quarta-feira, no máximo, tenhamos um encaminhamento dado, ouvindo a todos", disse Maia em entrevista coletiva na Câmara após um almoço com aliados. O presidente da Casa formou um bloco com 11 partidos, incluindo o PT e outras legendas de oposição. "Estamos dialogando para o mais rápido possível sair com um nome e o bloco de fato unido."

##RECOMENDA##

Os partidos de esquerda, centro e direita se uniram ao atual presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM), na tentativa de vencer o deputado Arthur Lira (PP), que conta com 191 deputados e é apoiado por Jair Bolsonaro para comandar a casa.

O grupo de Maia, que ainda não definiu quem será o candidato, é formado pelas bancadas do DEM, PSDB, MDB, PSL, Cidadania, PT, PSB, PDT, PCdoB, PV e Rede. O PSOL decidiu não se juntar ao bloco e deve lançar candidatura própria

##RECOMENDA##

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tenta fazer com que o PSOL, que tem 10 deputados na Câmara, se junte ao bloco para fortalecer a luta contra o Arthur Lira. Para isso, ela fala da possibilidade da indicação de alguma mulher para ser candidata à presidência, entre elas Luiza Erundina (PSOL).

“Mais que na hora de uma mulher ter protagonismo na disputa pela presidência da Câmara. Na esquerda temos companheiras valorosas: Benedita da Silva, Lidice da Mata, Luiza Erundina, se o PSOL estiver no bloco. Todas com grande experiência parlamentar, vivência e conhecimento da Casa”, diz.

O deputado Carlos Veras (PT) disse, em entrevista ao LeiaJá, que, neste bloco, pode haver mais de uma candidatura, desde que esses candidatos estejam alinhados com os eixos programáticos do partido como a defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora, por exemplo. 

Veras explica que a construção do bloco não obriga que todos os partidos alinhados apoiem o mesmo candidato e que só, havendo o segundo turno das votações, haja o  realinhamento. O deputado aponta que o que eles estão querendo fazer é impossibilitar que Bolsonaro interfira na independência da casa. 

"Nós não podemos ter um presidente para colocar em pauta apenas o que Bolsonaro quer e da forma que ele quer - não precisamos de dois bolsonaros", salienta o petista.

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Em carta divulgada neste sábado (19), Rodrigo Maia afirmou que o grupo tem muitas diferenças "porque, diferente daqueles que não suportam viver no marco das leis e das instituições e que não suportam o contraditório, nós nos fortalecemos nas divergências, no respeito, na civilidade e nas regras do jogo democrático", escreveu.

Para ganhar a eleição no primeiro turno, é preciso de 257 votos. Mesmo sem o PSOL, o bloco de Maia tem 281 deputados, no entanto, como a votação é secreta, não tem como garantir se todos os deputados, mesmo o partido integrando o grupo, vá seguir a indicação.

O Diretório Nacional do PSB, por exemplo, recomendou que seus deputados não votem em nenhum candidato apoiado por Bolsonaro, no entanto, existe um racha entre os pessebistas. Uma ala, comandada pelo líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon, se movimenta para fortalecer o grupo de Maia.

No outro lado, o deputado Felipe Carreras comanda uma ala do PSB que defende o apoio ao Arthur Lira. Sonda-se que, dos 31 deputados pessebistas, 18 estejam unidos com Carreras.

"Sou filiado há 26 anos ao PSB, meu único partido. Não reconheço a liderança de Molon na condução do processo sucessório na mesa. Ele falta com a verdade em relação a decisão da nossa bancada. Não vamos aceitar o seu posicionamento e submissão. Ele fraturou a bancada", afirma Felipe Carreras.

Mesmo declarando voto em Lira, Carreras assevera que é oposição ao governo. "Veja a que ponto chegou a oposição em nosso país: na sucessão da casa, as siglas desse campo estão esperando a decisão de Rodrigo Maia e sendo liderados por ele", aponta.

O deputado Tadeu Calheiros (PSB) confirma que há esse racha no partido, mas não sabe dizer qual a proporção disso e quantos deputados estariam ao lado de Arthur Lira. "Houve uma recomendação do diretório (em não votar em Lira), mas não houve um fechamento de questão e, naturalmente, alguns deputados vêm cogitando a ideia de votar no Arthur Lira", esclarece.

No entanto, o deputado reconhece que, mesmo o diretório não impondo o fechamento de questão, essa recomendação não pode ser ignorada. Tadeu avalia que respeita e segue as decisões do partido e não deveria ser rejeitado. "Ainda mais com essa característica que foi uma decisão unânime, sem contestações, mas vai ter gente que vai entender que não estariam obrigados a observá-la", pontua.

Os deputados Baleia Rossi, que é presidente do MDB, e Aguinaldo Ribeiro (PP), líder da Maioria, são os parlamentares apoiados por Rodrigo Maia para a sucessão na Câmara dos Deputados.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou a formação de um bloco amplo, com a participação de partidos de oposição e de centro, para lançar um candidato único à eleição da Casa, em 1º de fevereiro. Ao todo, o grupo soma 11 partidos - PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PCdoB e Rede -, com 281 deputados. O candidato, no entanto, ainda não foi escolhido.

Maia disse que esse bloco vai dialogar nos próximos dias para construção de um nome de centro-direta, mas não descartou a possibilidade de que ele saia, inclusive, do campo da esquerda. Os preferidos de Maia, no entanto, são Baleia Rossi (MDB-SP) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

##RECOMENDA##

"Este grupo que hoje se apresenta tem muitas diferenças, sim. Porque, diferente daqueles que não suportam viver no marco das leis e das instituições e que não suportam o contraditório, nós nos fortalecemos nas divergências, no respeito, na civilidade e nas regras do jogo democrático", disse.

Ao lado de lideranças dos 11 partidos do bloco, Maia leu uma carta em defesa da democracia. Segundo ele, a Câmara ganhou projeção nos últimos anos por ter se tornado a "fortaleza da democracia no Brasil; o território da liberdade; exemplo de respeito e empatia com milhões de cidadãos brasileiros".

Sem citar o presidente Jair Bolsonaro, que não esconde a preferência por Arthur Lira (PP-AL), o presidente da Câmara acusou o governo de autoritarismo e citou Ulysses Guimarães, que presidiu a Casa em duas ocasiões: antes da ditadura militar, entre 1956 e 1958, e na redemocratização, entre 1985 e 1989. Lira afirma ter o apoio de dez partidos, com 200 deputados.

"Enquanto alguns buscam corroer e lutam para fechar nossas instituições, nós aqui lutamos para valorizá-las. Enquanto uns cultivam o sonho torpe do autoritarismo, nós fazemos a vigília da liberdade. Enquanto uns se encontram nas trevas, nós celebramos a luz", disse. "Certamente, Ulysses Guimarães estaria deste lado aqui e talvez repetira em alto e bom som: eu tenho ódio e nojo das ditaduras".

A carta do bloco de Maia ressalta a diferença entre os partidos do grupo e sustenta que ele é mais forte em razão dessas divergências. "Esta não é uma eleição entre candidato A ou candidato B. Esta é a eleição entre ser livre ou subserviente; ser fiel à democracia ou ser capacho do autoritarismo; ser parceiro da ciência ou ser conivente com o negacionismo; ser fiel aos fatos ou ser devoto de fake news", diz.

Nos últimos dias, Maia já havia formado o "núcleo duro" desse bloco, mas hoje, após decisão do PT, o grupo ganhou apoio de partidos da oposição.

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que a adesão do partido ao bloco não significa apoio imediato às candidaturas preferidas por Maia. "Temos muito respeito pelos companheiros Aguinaldo e Baleia, mas a oposição construirá um nome para apresentar ao bloco também como alternativa", disse.

Ela reconheceu que o bloco reúne partidos que divergem sobre várias pautas, sobretudo a agenda econômica. "Temos muitas diferenças e já travamos muitos embates nessa casa, mas temos uma pauta que nos une, a defesa da democracia, das instituições e da liberdade dessa Casa", acrescentou, ressaltando que o bloco espera ainda contar com o apoio do PSOL.

Presidente do PSL e que deu guarida ao presidente Jair Bolsonaro e seus filhos na campanha de 2018, o deputado Luciano Bivar (PE) disse que o partido tem responsabilidade com as instituições e a democracia.

"Somos contra o radicalismo, mas somos absolutamente intransigentes aos princípios que nos levaram aqui. Embora divergentes, temos pauta comum: o respeito às instituições, à liberdade e a uma sociedade livre", afirmou.

Em discurso no Plenário, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusou o presidente Jair Bolsonaro de mentir ao dizer que ele (Maia) era o responsávelo pelo fato de o governo não pagar neste ano o décimo-terceiro salário para os beneficiários do Programa Bolsa Família.

"O próprio ministro Paulo Guedes hoje confirmou que o presidente é mentiroso quando disse que de fato não há recursos para o décimo-terceiro do Bolsa Família", rebateu. "Ontem, fiquei muito irritado porque nunca imaginei que em um País como o Brasil um presidente da República pudesse, de forma mentirosa, tentar comprometer a imagem do presidente da Câmara ou de qualquer cidadão brasileiro."

##RECOMENDA##

O presidente da Câmara afirmou que o Parlamento ainda pode trabalhar em janeiro para construir os caminhos para incluir de 8 a 12 milhões de brasileiros no Bolsa Família, sem ferir as regras orçamentárias. "Propus não termos recesso, nem a Câmara, nem o Senado nem o Judiciário para trabalhar em janeiro na construção de um programa social dentro da realidade do Orçamento primário do Brasil", disse.

MP 1000

Maia citou que tem recebido muitos pedidos para colocar em votação a Medida Provisória 1000/20, que instituiu a prorrogação do auxílio emergencial, no valor de R$ 300, em quatro parcelas, de setembro a dezembro. Ele lembrou que o líder do governo, deputado Ricardo Barros, afirmou ontem que o governo não tinha interesse nessa votação, porque a MP já cumpriu seu objetivo.

"Eu precisava fazer esse discurso para resguardar a imagem da Câmara e da minha presidência. Amanhã, a narrativa vai ser que nós acabamos com o auxílio emergencial porque não votamos a MP. Então, foi muito importante o governo entrar em obstrução contra a MP 1000, porque isso ficou registrado na imprensa e aqui na Casa", disse.

[@#video#@]

Leal adversário

O presidente da Câmara disse que continuará onde sempre esteve, ao lado da democracia e contra a agenda de costumes, que divide e radicaliza o Brasil e gera ódio entre as pessoas. "Como essa é a agenda do presidente [Bolsonaro], continuarei sendo seu leal adversário naquilo que é ruim para o Brasil e serei aliado do governo, e não do presidente, nas pautas que modernizam o Estado Brasileiro", afirmou.

Segundo ele, a carga tributária brasileira é muito alta, e "a população não merece pagar a conta mais uma vez por causa da incompetência e da falta de coragem do governo de implementar aquilo que prometeu".

Atuação da Câmara

Rodrigo Maia defendeu a atuação da Câmara dos Deputados e do Senado no combate à crise do coronavírus: "Sem falsa modéstia, foi a Câmara dos Deputados que comandou o Brasil na pandemia. Fomos nós unidos, e o Senado, que construímos os caminhos, o auxílio emergencial, a PEC da Guerra, aprovamos recursos para cultura, esporte, profissionais de saúde, comunidades indígenas. Garantimos o País funcionando, porque o negacionismo do governo e a depressão do ministro da Economia fizeram com que o Parlamento assumisse esse papel."

De acordo com Maia, Bolsonaro e seus apoiadores articulam nas redes sociais para desqualificar e desmoralizar a imagem dos adversários. "É a mesma narrativa que os bolsomínions usam há um ano comigo sobre as medidas provisórias que perdem a validade nesta Casa. Peguem as redes sociais dos extremistas bolsomínions que vocês vão ver."

Maia propôs um diálogo sobre o futuro do País que não envolva a atribuição de responsabilidades. "Quando você disputa uma eleição para presidente da República, você assume a responsabilidade de dar o norte ao nosso País. Infelizmente, não é o que tem acontecido nos últimos quase dois anos", lamentou.

Rodrigo Maia também acusou o presidente da República de proibir ou indicar ao relator da PEC Emergencial, senador Márcio Bittar (MDB-AC), de colocar em votação gatilhos para controlar o teto de gastos.

"Se hoje o presidente não consegue promover uma melhora do Bolsa Família ou uma expansão do Bolsa Família para esses milhões de brasileiros que ficarão sem nada a partir de 1º de janeiro, a responsabilidade é exclusiva dele. Tem um governo liberal na economia, mas não tem coragem de implementar essa política dentro do governo e do Parlamento", afirmou.

Maia lembrou que fez várias sugestões em setembro para destinar recursos para a expansão do Bolsa Família. "Se o presidente tivesse tido coragem, poderíamos estar discutindo hoje o décimo-terceiro e a expansão do auxílio emergencial. A visão da esquerda é diferente da nossa, mas mesmo no nosso campo fizemos muitas propostas. Queremos construir as condições para melhoria da transferência de renda para as atuais famílias e para as famílias que precisam de recursos na crise", observou.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando