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Escolas particulares retomaram aulas presenciais em Manaus, conforme o 4º ciclo do plano de reabertura gradual do governo do Amazonas. O Estado foi o primeiro do Brasil a autorizar o retorno, segundo a Federação Nacional de Escolas Particulares (Fenep). No Estado, as classes foram interrompidas em 17 de março. Na rede pública, a volta ainda é discutida.

As atividades retornaram no dia 6, seguindo recomendações da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) como: evitar aglomeração, contato físico e/ou compartilhamento de materiais entre alunos, aula limitada a 50% da capacidade de lotação e distanciamento mínimo de 1,5 metro entre cadeiras.

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Conforme a presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Amazonas (Sinepe), Elaine Saldanha, 70% das escolas na capital, do infantil ao médio, retornaram com rodízio entre turmas, além das mudanças de horário de entrada e saída, e intervalos. "Itens que são fundamentais: máscara para todos os alunos, professores e visitantes, aferição da temperatura ao entrar - tanto de colaboradores, professores, alunos e visitantes. Evitar aglomerações e maior distribuição de pias." Protetores faciais também foram adotados.

De 87 mil estudantes em Manaus, 60 mil retornaram, diz ela. Além do medo dos pais, o cancelamento de contratos contribuiu para a ausência de alunos; das desistências, 84% foram na creche e na pré-escola.

O Centro de Educação Meu Caminho atende crianças de 6 meses aos 10 anos. Uma reunião foi feita com os responsáveis para que orientassem as crianças. "Estamos evitando a aglomeração na escola, mapeamos as áreas de convívio, instalamos barreiras acrílicas. Os alunos ganharam kits de higiene pessoal contendo máscaras, e foi feita sinalização no piso", diz a diretora Laura Cristina. "Outras associadas contrataram monitores para ficar um em cada andar e técnicos de saúde para ter um melhor suporte no caso dos sintomas."

Desafio em casa

Thaise Abreu, mãe de Raissa, de 11 anos, e Rafael, de 6, conciliou o trabalho virtual com a educação dos filhos. "Eu, mãe solteira, advogada e influenciadora digital, precisei continuar meu trabalho, ainda que online", conta. "Foi uma das minhas maiores dificuldades ter de estudar com eles para provas, ensiná-los todo dia. Praticamente o que os professores fazem nós é que estávamos fazendo."

Para ela, o momento é favorável para o retorno presencial da aula, uma vez que a rede estadual de saúde não está mais colapsada, como ocorreu em abril e maio, e as mortes pelo coronavírus tiveram redução drástica. "O que me traz confiança são as normas sendo respeitadas pela escola", diz. "Não tem mais abraço, não tem mais ficar perto, a alimentação é feita em área aberta, com higienizador de pés nos tapetes. A escola ofereceu a continuidade das aulas online. Optei (pelo presencial) porque realmente preciso trabalhar."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um homem identificado como André Augusto Januário da Silva, 32 anos, foi preso na madrugada desta quinta-feira (2) após desenterrar o corpo da avó, uma senhora de 61 anos, em Manaus. De acordo com as informações divulgadas pela polícia, o rapaz quebrou o túmulo e retirou o corpo da avó, o colocou nos ombros e saiu andando pela rua.

O rapaz foi encontrado dançando com o cadáver em uma via pública e queria levar o corpo para um hospital para doar seus órgãos à senhora e trazê-la a vida. A família do homem, informou à polícia que o rapaz sofre de problemas psiquiátricos e que costuma ir ao cemitério conversar com a avó e com outros parentes que estão enterrados no local.

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A avó do rapaz morreu em 2018 e foi sepultada no cemitério do Morro da Liberdade, na Zona Sul de Manaus. Segundo informações da 2ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), que atendeu a ocorrência, o homem estava transtornado. Segundo testemunhas, ele dizia o tempo todo que queria fazer um transplante na avó para trazê-la de volta à vida. André ainda teria dito que “doaria todos os seus órgãos para ela”.

André foi encaminhado ao 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) pelo crime de vilipêndio e o cadáver foi retirado pelo Instituto Médico Legal e ficará à disposição da família para um novo sepultamento.

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) alerta para o risco de um novo pico da contaminação pela Covid-19 nos meses de julho ou agosto por causa, principalmente, da reabertura gradual do comércio em Manaus. A equipe trabalha com elaboração de um estudo completo que deverá ser divulgado nas próximas semanas.

De acordo com estimativa da equipe, apenas a capital do Amazonas pode alcançar o número de 200 mil casos simultâneos da doença, caso seja mantida a reabertura. Ainda segundo os pesquisadores, a cidade poderá registrar mais 3 mil mortes causadas pela Covid-19 com a redução do distanciamento social. Professor do Departamento de Matemática da Ufam e integrante da equipe de pesquisadores que coordenou o estudo "Curva de Contaminação Covid-19 - Estado do Amazonas", Wilhelm Alexander Steinmetz, alerta para a gravidade da situação. "Todo dia temos centenas de novos casos. O número de óbitos está bem acima do normal, com cerca de dez por dia. Isto é preocupante. Dez óbitos por dia causados por uma doença, em tempos normais, seria razão para grande alarme, mas as pessoas naturalizaram esta situação".

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No domingo, 22, o Amazonas registrou mais 508 casos de Covid-19, totalizando 63.410 relatos confirmados do novo coronavírus no Estado, segundo boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM). O boletim informa ainda que foram confirmados mais sete óbitos pela doença, dos quais três ocorridos entre sábado e domingo, todos de pacientes que estavam internados em unidade de tratamento intensivo (UTI), e quatro que tiveram confirmação diagnóstica apenas no domingo, elevando para 2.657 o total de mortes. Dos 63.410 casos confirmados no Amazonas até o domingo, 25.103 são de Manaus (39,59%) e 38.307 do interior do estado (60,41%).

Governo

A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) informou, por meio de nota, que o plano de retomada gradual de atividades econômicas em Manaus iniciado em 1.º de junho foi definido a partir da avaliação de indicadores epidemiológicos e de assistência, como ocupação de leitos e óbitos por Covid, que, segundo a secretaria, apresentam números decrescentes na capital do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No Estado do Amazonas, uma mulher de 28 anos morreu por Covid-19 dias depois de ter sua primeira filha. Arícia Campelo era mãe de três meninos e sonhava em ter a primeira menina.

 A mulher apresentou sintomas da Covid-19 no sétimo mês de gestação. Ela foi internada às pressas e passou por uma cesariana de emergência. Arícia morreu sem conhecer a filha.

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 A criança passa bem e está em uma incubadora. O marido relatou que Arícia chegou a apresentar melhoras no quadro mesmo na UTI. Como estava em quadro grave, ela não teve contato com a menina

 Na quinta-feira (18), Arícia chegou a respirar sem aparelho, mas sofreu paradas cardíacas na madrugada dessa sexta-feira (19) e faleceu. O Amazonas já ultrapassou a marca de 61 mil casos de Covid-19, com mais de 2,6 mil mortes.

O primeiro dia de reabertura de cafés, panificadoras e lojas fast-food em Manaus teve movimentação tímida, em meio ao receio de contrair a Covid-19. Até domingo (14), a capital do Amazonas registrava 56 mil pessoas contaminadas e 2.492 óbitos. A reabertura ocorreu em meio a uma queda no número de internações, mas especialistas ainda veem com ressalvas a diminuição do isolamento social.

"É o primeiro dia e as pessoas ainda vão se habituar a serem atendidas nas mesas", avaliou Gilda Catikue, gerente de uma panificadora na zona centro-sul de Manaus. Para ela, o movimento ainda está reduzido. "Colocamos poucas mesas e acho que os clientes estranharam o distanciamento entre elas. Esperamos que o movimento melhore nos próximos dias."

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No bairro Lírio do Vale, na zona oeste de Manaus, o movimento também permaneceu o mesmo das semanas anteriores. A Panificadora Butique dos Pães não registrou grande movimento, mesmo com a liberação para consumo no local. Cliente do espaço, Leiliane Silva de Lima, de 29 anos, defende que a abertura deveria ter ocorrido antes. "Na prática, as pessoas já não estavam respeitando, saindo de casa, e indo aos comércios sem máscara. Para o comércio em geral será bom."

Mas a liberação é vista com preocupação pelo professor do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Amazonas Wilhelm Alexander Steinmetz. Ele fez parte da equipe de pesquisadores que coordenou o estudo "Curva de Contaminação Covid-19 - Estado do Amazonas". "Ainda consideramos que haja novo aumento de casos, sobretudo com esta reabertura. Por mais que tenha havido queda no número de internações, isto não exclui a possibilidade de ter aumento nas próximas semanas. Esta queda pode dar a ilusão às pessoas de que a pandemia passou."

Segundo a Secretaria de Estado e Saúde do Amazonas, no sábado a taxa de ocupação de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) para covid-19 era de 59%, e o índice de UTIs para outras doença era de 66%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na reunião ministerial do dia 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro xingou João Doria, Wilson Witzel e Arthur Vigílio Neto, respectivamente prefeitos das cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Manaus (AM), por suas políticas em combate à covid-19. Witzel foi chamado de "estrume", enquanto Vigílio e Doria foram classificados como "bosta". 

"Os caras querem nossa hemorroida", afirmou Bolsonaro, sobre os prefeitos. O presidente disse ainda que as medidas adotadas por estados e municípios impedem "direito de ir e vir" e que iria a qualquer lugar do Brasil quando bem entendesse, independementemente da pandemia da covid-19.

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Um túnel ainda em fase inicial de escavação foi descoberto no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) em Manaus-AM, na segunda-feira (18). Essa já é a quarta tentativa de fuga descoberta pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) nos últimos 40 dias.

O túnel estava sendo escavado dentro de uma das celas da unidade. Durante a revista, foram descobertos ainda cinco celulares e um modem móvel.

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Segundo a Seap, há indícios de que um funcionário estaria levando os celulares. Um inquérito policial será aberto para investigar o caso.

O local do túnel foi isolado para manutenção e 24 internos transferidos para outras celas. Eles vão responder a um Procedimento Administrativo Disciplinar.

Em 7 de abril, a Seap flagrou o momento em que um túnel era escavado do lado de fora da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). Um homem foi detido.

Em 17 de abril, um novo túnel foi descoberto no Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (CDPM 1). Em 2 de maio, houve a descoberta de um túnel por onde os presos planejavam fugir durante a rebelião na UPP.

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), criticou o presidente Jair Bolsonaro após a informação de que ele teria chamado o prefeito de vagabundo na reunião ministerial do dia 22 de abril. "Aquele ‘vagabundo’ do prefeito de Manaus, que está abrindo cova coletiva para enterrar gente e aumentar o índice da Covid. Vocês sabem filho de quem ele é, né?", teria dito Bolsonaro.

 Virgílio Neto chamou o presidente de palhaço, covarde, cretino, nojento, analfabeto, imbecil, primata, entre outros insultos, segundo coluna no Uol. "Para mim, Bolsonaro não passa de um palhaço", disse o prefeito, que ressaltou ter ficado magoado com a menção ao pai, Arthur Virgílio filho, ex-senador deposto pelo golpe militar.

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 "Bolsonaro é nojento. Não tem o direito de mexer com a memória do meu pai. não chega aos sapatos dele. Não pode se meter com um homem honrado, que não é da sua laia, chegada a rachadinhas", teria dito o prefeito.

 Ele continuou: "Analfabeto, Bolsonaro não conhece história. Só decorou a lista de quem foi cassado ou perdeu a vida, e os nomes dos torturadores, que idolatra. No mais, se perguntar quem descobriu o Brasil, ele não saberá dizer."

 "Ele é ridicularizado', continua Virgílio Neto', "trata-se de pessoa primária, um primata. Estamos sendo governados por um cretino de dicionário médico, responsável por milhares de mortes."

"Ele tem olho de peixe morto, uma cara assustada, típica de pessoa que não sabe ficar quieta. Não sei que outras moléstias esse sujeito tem além da mental. Mas há algo no seu coração perverso, capaz de tocar em feridas que estão sepultadas", completou.

A ativista sueca Greta Thunberg e outros jovens do movimento Fridays For Future ("Sextas-feiras pelo futuro", em tradução livre) fizeram um apelo por ajuda mundial em prol de Manaus e da Amazônia no combate à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

"Manaus é o coração do que você conhece como a floresta amazônica", afirmou Greta. "A consequência da morte dos povos da Amazônia e da destruição da floresta amazônica serão globais".

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Na gravação, ativistas brasileiros ressaltam que "Manaus é o epicentro da pandemia na Floresta Amazônica" e o "sistema de saúde já colapsou".

Após a divulgação do vídeo, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio celebrou o pedido de ajuda feito pela adolescente. "O nosso apelo para que as grandes nações ajudem Manaus- capital da Amazônia- a enfrentar a pandemia ganha ainda mais força com o apoio do movimento Fridays For Future, encabeçado pela ativista ambiental sueca Greta Thunberg", escreveu ele no Twitter.

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A cidade do Rio de Janeiro ultrapassou Manaus no número de vítimas por Covid-19. De acordo com monitoramento feito pela Fiocruz, a capital fluminense contabilizou mais de mil mortos pela doença, na última sexta-feira (8). Em vista dos números, o governo carioca estuda a possibilidade de adotar medidas de isolamento total no estado para tentar diminuir o contágio e conter a expansão da pandemia.

Na última contagem foram registrados 15.741 casos do novo coronavírus, com 1.503 óbitos, em todo o estado. Já na capital, os números chegam a 9.672 infectados, com 1.002 mortos. O município do Rio assumiu o topo da estatística de letalidade (número de casos pelo de óbitos) entre todas as capitais brasileiras. De acordo com o jornal Extra, , o alerta vermelho foi dado em 4 de maio, quando pesquisadores verificaram que a cidade apresentava a maior taxa (9,09%), seguido por São Paulo (8,25%) e pelo Sudeste em geral (7,94%).

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A situação é ainda mais crítica por conta das subnotificações da doença, uma vez que não há como dizer com precisão o número total de infectados. O governador Wilson Witzel chegou a enviar um ofício ao Ministério Público do Rio de Janeiro, pedindo o "lockdown", o chamado fechamento total da cidade. Entre as ações que podem ser adotadas estão o bloqueio de todas as entradas do estado e as intermunicipais; a proibição da circulação de pessoas e veículos particulares nas cidades; e a criação de um documento de autodeclaração para quem necessite circular nas cidades, com uso obrigatório de máscara.

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), chorou mais uma vez ao comentar a situação enfrentada pela capital do Amazonas durante a pandemia do novo coronavírus em entrevista à BBC News Brasil. O gestor disse que ainda não implementou o lockdown (isolamento total), mesmo com recomendação do Ministério Público, por temer que a situação termine em "tiro e morte".

 "Eu penso, por exemplo, numa rebeldia popular grande. Daqui a pouco tem eleição. Um oportunista joga uma pedra… Eu já enfrentei uma ditadura. Apesar da minha idade, se tivesse outra, e não vai ter, eu enfrentaria de novo. Eu sei o que é a repressão, ela nem sempre depende do comandante. Dizia-se que na ditadura, não se tinha tanto medo do general, tinha medo do guarda da esquina. Então, joga uma pedra em alguém, começa um tiroteio com bala de borracha, que pode cegar alguém, começa a reação das pessoas, que vivem uma situação de desespero. Algo que termina dando em tiro, dando em morte. Eu acho que é uma medida que deve ser tomada em ultimíssimo grau, assim como nós fazemos com a intubação", comentou ele sobre o fechamento total.

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 Segundo o prefeito, todas as pessoas importantes com quem ele conversou não passaram segurança sobre o lockdown. "Eu encontrei pessoas que dizem que nós não temos instrumentos de repressão para sequer reprimir de verdade uma rebeldia popular de grandes proporções. Então, eu olho com responsabilidade o lockdown. O MP sugeriu, sugeriu. Vamos analisar, fazer uma teleconferência e discutir. Mas, eu não posso declarar um lockdown sem ter absoluta segurança de que preciso dele como a gente usa um respirador."

 Ele também comentou o episódio em que chorou na televisão, dizendo ser muito sentimental. "Não fui criado em uma família em que homem não chora. Eu explodi sim porque você vê a pregação do 'vai para a rua' e eu dizendo 'não vem para a rua', e o pessoal não me atende e vai para a rua. E as pessoas morrem", disse à BBC News Brasil.

 O gestor continua: "Isso só não mexe com uma pessoa com o coração muito ruim. Um coração muito desonesto até, você não sentir uma coisa dessa. E a impotência, e a falta de recursos, os recursos não vinham, e não vieram ainda, nós estamos lutando com nossas próprias forças. E morrendo gente, morrendo gente. Coveiro quase espancado por filho de uma pessoa que ia ser enterrada. O coveiro! O coveiro! Se tivesse que espancar, espancasse o governador, espancasse a mim, mas o coveiro."

 Virgílio Neto disse tratar a pandemia como uma guerra. "A gente sabe que guerra é guerra. Nós temos uma guerra. Eu encaro o corona como uma guerra. Nós tivemos que enterrar as pessoas. Nós não poderíamos simplesmente olhar um para o outro, indecisos, como aconteceu em alguns hospitais, doentes juntos com mortos. Nós não podíamos fazer isso", ele diz, lembrando das imagens de valas comuns abertas e tratores abrindo fileiras.

 O prefeito recentemente gravou vídeos pedindo ajuda a líderes mundiais, como o presidente da França Emmanuel Macron. Questionado se não temia uma tensão com o presidente Jair Bolsonaro devido a isso, ele disse não estar preocupado "Vou te dizer como lido com o Bolsonaro. Bolsonaro todos os dias me cria tensão. Quando ele briga com fulano, com beltrano, com não sei quem. Ele tem um inimigo por dia. E eu crio de vez em quando problemas para ele quando respondo, quando falou ou dou uma entrevista. Isso aí não me importa o mínimo. Eu não concordo com a política externa dele, não concordo com o ministro de Relações Exteriores dele. Não é uma escolha sequer madura, se tratava de um embaixador júnior. Então, não estou nem um pouco preocupado."

O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) foi questionado pelo repórter Jamil Chade durante entrevista coletiva virtual sobre a possibilidade de ajuda específica para Manaus, uma das cidades brasileiras mais afetadas pela pandemia de coronavírus.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, não falou especificamente sobre o caso da cidade, mas afirmou brevemente: "Estamos trabalhando com o governo do Brasil e continuaremos a fazer isso", comentando que isso ocorre, por exemplo, no nível técnico.

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Diretor executivo do Programa de Emergências à Saúde da OMS, Michael Ryan lembrou em seguida que também existe um trabalho no nível dos Estados com o Brasil, que tem ocorrido em várias ocasiões, como no combate à febre amarela, e que continua a existir agora.

Falando que comentaria a questão de um ponto de vista mais geral, a líder da resposta da OMS à pandemia, a epidemiologista Maria Van Kerkhove, disse que, mesmo diante da impossibilidade de membros da OMS de chegarem a certas regiões, por causa da pandemia, a entidade continua a prover apoio, com o uso de tecnologias para contatar autoridades de saúde.

O piloto de uma aeronave com destino à Manaus, no Amazonas, prestou homenagens aos profissionais de saúde que estavam no voo e o gesto viralizou nas redes sociais. Pelo microfone, ele pediu que cada profissional ficasse de pé e os comparou aos heróis, enquanto eram saudados por uma salva de palmas.

Após anunciar nominalmente cada profissional da saúde presente no voo, o comandante exaltou o interesse deles em ajudar o Brasil no combate à pandemia. "Todas as pessoas que ficaram de pé são profissionais da saúde. Neste momento cada um deles deixou sua família em casa, mudando de cidade e embarcando em uma missão honrosa", explicou.

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O grupo foi destinado para reforçar o atendimento dos hospitais amazonenses e evitar mais mortes decorrentes do novo coronavírus. "Esses brasileiros são heróis anônimos que trocaram a capa por jaleco. E assim, como nos filmes, merecem os créditos por tanta dedicação. Por isso, pedimos uma grande salva de palmas", complementou o comandante.

Confira

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Com 6.683 casos de Covid-19 confirmados, e 548 óbitos, o Amazonas é um dos estados que mais tem sofrido com a pandemia do coronavírus, sobretudo em Manaus. Com o sistema de saúde colapsado na capital, 30% dessas mortes têm ocorrido nas residências dos pacientes. No último domingo (3), o ministro da saúde, Nelson Teich, visitou a cidade para  ver de perto a situação e estabelecer medidas de socorro ao lugar. 

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Manaus foi a primeira capital do país a entrar em colapso por causa do coronavírus.Com hospitais lotados, os pacientes de Covid-19 não estão encontrando assistência devida e muitos acabam morrendo em casa. No último mês de abril, mais de duas mil pessoas morreram na capital amazonense e a expectativa é que esse número aumente em maio. 

No último domingo (3), o ministro da saúde Nelson Teich esteve em Manaus para ver de perto a situação da cidade e definir estratégias para sanar seus problemas. O ministro anunciou a contratação de 267 profissionais de saúde para o Amazonas. O estado também recebeu dois aviões da Força Aérea Brasileira com equipamentos de proteção individual e outros materiais de saúde. 

O prefeito de Manaus Arthur Virgílio (PSDB) avaliou que a situação da cidade é "ultracalamitosa". "Fracassamos na tentativa de fazer o isolamento por algumas razões: uma delas foi a resistência da população, a outra é o discurso desmobilizador do presidente (Jair Bolsonaro)", disse em entrevista à Globo News.

Virgílio também afirmou que não considera implementar um lockdown na cidade pois "seria um quebra-quebra geral" mas disse que irá pedir ajuda ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), para que a Polícia Militar do Estado possa fechar as "lojas mais desafiadoras" às medidas de quarentena e "cassar uma meia dúzia de alvarás".

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De acordo com a avaliação do prefeito, o ministro da Saúde, Nelson Teich, tem sido "muito diplomático" e tem combinado "os desacertos do presidente com os seus acertos (do ministro)". Segundo Virgílio, Teich deverá visitar a cidade ainda neste domingo, dia 3.

Um grupo de detentos da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) fizeram sete agentes como reféns neste sábado (2), em Manaus, capital do Amazonas. Não há informações sobre mortos. A rebelião seria por melhores condições na unidade para evitar a disseminação do novo coronavírus.

Por volta das 6h, durante o café da manhã, um grupo de internos serrou a grade de duas celas e atacou os funcionários, informa a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Com detentos fora das celas, há fumaça saindo do prédio.

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Não há estimativa de quantos estejam envolvidos, mas a unidade é ocupada 1.079 por reclusos. A Seap informou que eles "exigem a presença da imprensa e dos direitos humanos".

Desde o dia 13 de março não há visita nos presídios do estado, mas dois casos já foram confirmados no sistema prisional. O governo do Amazonas nega diagnósticos da Covid-19 na UPP.

Caso a média de 130 mortes causadas pelo coronavírus por dia seja mantida, Manaus poderá ser obrigada a sepultar as vítimas em sacos plásticos nas próximas semanas. A avaliação é da Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif), que solicitou ao governo federal um avião de carga para o transporte de 2 mil urnas para a capital do Amazonas. Segundo a entidade, existem apenas mil urnas no estoque da cidade, uma das mais afetadas pela pandemia.

A entidade enviou uma carta à Secretaria de Articulação Social do governo federal, no último fim de semana, alertando para a gravidade do problema. De acordo com o presidente da associação, Lourival Panhozzi, há a necessidade imediata de reforço no estoque. "Se o governo não oferecer um avião para o transporte de urnas, poderemos chegar ao ponto de termos corpos jogados nas esquinas. O transporte rodoviário demora dias e a necessidade é imediata", afirma.

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O colapso no setor funerário descrito pela entidade está sendo vivido pelo Equador. Após vídeos que mostram cadáveres pelas ruas de Guayaquil, no sudoeste do país, a cidade sofre com a falta de caixões. As vítimas são enterradas em caixas de papelão, desobedecendo normas sanitárias do governo.

A rotina de 120 enterros por dia exige o uso de valas coletivas no Cemitério Parque Tarumã, na zona norte da capital do Amazonas. A prefeitura alega que a metodologia de "abertura de trincheira" é internacional. Diferentemente do que se convencionou chamar de vala comum, uma área de enterros sem identificações, essa medida "preserva a identidade dos corpos e os laços familiares, com o distanciamento entre caixões e identificação de sepultura". O Amazonas já registrou 304 mortes por Covid-19.

Quando todos os cuidados necessários são tomados e o manuseio correto é praticado, não há razão para temer a disseminação da Covid-19 por cadáveres, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). "Só podem ser (infecciosos) os pulmões dos pacientes com gripe pandêmica se forem manipulados de forma incorreta durante uma necropsia", acrescenta a entidade, em nota. Isso não significa que o vírus morra com a vítima. No caso de doenças respiratórias agudas, os pulmões e outros órgãos "podem continuar a abrigar vírus vivos". Mas eles só são liberados, em geral, nas necropsias.

A associação das empresas funerárias questiona ainda a falta de protocolo nacional durante as principais fases da atividade funerária, como a remoção dos falecidos, preparação dos corpos, velório, sepultamento e cremação. "Somos os responsáveis pela remoção e preparação dos corpos das vítimas do coronavírus e, assim como os profissionais da saúde, necessitamos de equipamentos de proteção e um protocolo unificado", argumenta Panhozzi.

Equipamentos

Além das dificuldades para o sepultamento dos corpos de vítimas do coronavírus, o Estado enfrenta ainda escassez de itens de proteção. Ontem, profissionais do Hospital 28 de Agosto, em Manaus, fizeram um protesto contra a falta de equipamentos. O governo do Amazonas vem informando que investe na distribuição de insumos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O  Amazonas tem tido um crescimento preocupante de contaminações por coronavírus. Com 3.833 casos confirmados, sendo 71% deles na capital, Manaus, o estado também tem um alto número de mortes, 304 até agora. O aumento dos óbitos já causa um colapso nos sistemas de saúde e funerário da capital amazonense, com pouco espaço para condicionamento e sepultamento dos corpos. No último domingo (26), uma família precisou fazer o enterro do próprio parente por falta de coveiro. 

Com hospitais lotados e um alto número de mortes, a capital do Amazonas tem recorrido a algumas estratégias para dar conta da situação alarmante. Containers frigoríficos foram instalados nas áreas externas dos hospitais da cidade para acondicionar as vítimas fatais da Covid, após imagens de corpos amontoados nos corredores dos hospitais da cidade circularem pela internet. Nos cemitérios, valas comuns, chamadas de trincheiras, estão sendo abertas para os sepultamentos.

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O esforço, no entanto, não foi suficiente para a família de John Magno Máximo. O homem afirmou, em entrevista ao G1, que após a morte de seu pai, Joaquim Lopes da Silva, de 82 anos, precisou procurar pelo corpo dele durante três dias, se expondo nos frigoríficos do hospital. “Muitos corpos em cima do outro, sem identificação nenhuma. Nós tivemos que nos arriscar, tivemos que nos arriscar dentro do freezer, dentro do frigorífico para identificar nosso pai”, disse.

Além disso, a própria família teve que fazer o enterro do idoso, no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, na capital, uma vez que no lugar não foram encontrados coveiros. “Nós mesmos estamos aterrando ele, porque não tem coveiro, não tem ninguém da administração, ninguém para nos ajudar".

Ainda de acordo com o G1, a Prefeitura de Manaus alegou ter se tratado de um caso isolado e vai apurar os fatos para tomar as medidas cabíveis. Segundo a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) da capital amazonense, estão sendo realizados cerca de 100 enterros por dia na cidade, a maioria deles no cemitério público local, o Nossa Senhora Aparecida. Já o Sindicato das Empresas Funerárias do Estado do Amazonas (Sefeam) afirma que as empresas de Manaus têm estoque de urnas para mais dez dias apenas. 

 

 

A arquidiocese de Manaus diz ter recebido uma ligação do papa Francisco, na tarde do sábado (25). De acordo com informações do site da arquidiocese, que não foram confirmados pelo Vaticano, Francisco teria telefonado ao Arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, manifestando a sua solidariedade e proximidade.

O Santo Padre desejou saber da situação em relação à pandemia na cidade de Manaus.

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Manifestou sua preocupação com os povos indígenas, os ribeirinhos e os pobres.

A cidade é uma das mais atingidas no país.

A capital do Amazonas está com seu sistema de saúde operando no limite.

Atualmente, o Estado é o quarto em número de contaminações, com 3.635 casos oficialmente conhecidos, além de 287 mortos.

Contêineres foram instalados em cemitério de Manaus-AM para 'guardar' corpos antes do sepultamento. Hospitais da cidade já haviam recebido contêineres para acondicionar corpos e evitar que os mortos dividissem espaço com os pacientes.

 No Cemitério Nossa Senhora Aparecida, na zona oeste da capital, foram instalados três contêineres na terça-feira (21). É no local que está sendo enterrada a maioria das vítimas da doença.

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 Em um dos espaços será instalado um escritório improvisado do serviço SOS Funeral, que atende a população mais vulnerável de forma gratuita. Os outros dois servirão para acondicionar corpos. As unidades móveis foram doadas à prefeitura.

 As câmaras vão armazenar os caixões enquanto os familiares aguardam o momento do enterro. A prefeitura espera com a medida dar mais agilidade ao atendimento do SOS Funeral.

 O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, já afirmou que o sistema funerário da cidade está em colapso. Na segunda-feira (20), 106 pessoas foram sepultadas. No cemitério que recebeu as câmaras, as vítimas do coronavírus estão sendo enterradas em cova coletiva.

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