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A escritora Márcia Tiburi respondeu, neste domingo, 10, a uma declaração feita pelo presidenciável Ciro Gomes (PDT) durante a Brazil Conference. Em sua participação no evento, o ex-ministro afirmou que o campo da esquerda "cai como um patinho" nas provocações de aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as chamadas "pautas de costumes". Segundo o pré-candidato, foi a abordagem da esquerda sobre temas dessa natureza que levou à eleição de Marcelo Crivella e Wilson Witzel como prefeito e governador do Rio de Janeiro, respectivamente.

O pedetista lembrou de frases polêmicas da escritora - que é filiada ao PT e já foi candidata do partido ao governo do Rio -, como quando ela disse haver certa "lógica" no assalto dentro do contexto capitalista, e disse considerar que elas fornecem munição eleitoral para fragilizar candidaturas de esquerda.

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"Eu não caio nessa", afirmou Ciro. "Quando a Márcia Tiburi, que é uma pessoa muito interessante, não tenho dúvida disso, o PT a lança como candidata ao governo do Rio e a turma recupera vídeos dela fazendo apologia ao assalto". Ele também mencionou um vídeo em que, participando de um evento acadêmico, a escritora faz declarações sobre a importância dos órgãos genitais na literatura.

O presidenciável do PDT defendeu, ainda, que o debate com o presidente Bolsonaro tenha foco em temas como "economia e emprego", e não "kit gay". Ele descreveu a população brasileira como "crescentemente neopentecostal e profunda e enraizadamente cristã em matéria de costumes". Por isso, segundo o pré-candidato, discutir esses temas favorece o chefe do Executivo.

No Twitter, Tiburi discordou do que foi dito por Ciro, afirmou que fica "triste em ver o político que ele vem se tornando" e criticou sua postura, que, segundo ela, remete a um coronel.

"Eu o vi falar ao vivo duas vezes. Numa delas, tomei a liberdade de dizer que ele tinha muito futuro, caso conseguisse deixar de lado sua postura de coronel. Ele não seguiu o meu conselho. E segue afundando no narcisismo primário que destrói carreiras políticas. O narcisismo masculinista é um assunto grave na política brasileira", publicou a escritora.

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Um dia após o relator da comissão especial do impeachment apresentar o parecer favorável à saída da presidente Dilma Rousseff (PT), representantes femininas de movimentos sociais e sindicais se reuniram no Palácio do Planalto em um ato em apoio à petista. No evento, intitulado Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia, as mulheres repreenderam a agenda do legislativo, condenaram o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) e pontuaram que se depender delas, Dilma finaliza seu mandato apenas em 2018. 

Ao som de palavras de ordem como “o meu país, eu boto fé, porque ele é governado por mulher”, “não vai ter golpe, vai ter luta” e “Dilma fica, Cunha sai”, integrantes da Marcha das Margaridas, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Marcha Mundial da Mulheres, da Marcha das Mulheres Negras, da Federação Nacional de Trabalhadoras Domésticas (Fenatraf), e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) discursaram.

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Representante do Partido Comunista, Márcia Tiburi, comparou, o que ela chamou de investidas contra Dilma, com atentados de violência moral e sexual contra as mulheres. Para ela, Dilma sofre um ‘estupro político’. “O que se faz com a presidenta Dilma nesse momento é do mesmo nível da violência sempre sofrida pelas mulheres”, argumentou.

Presidente do Conselho Nacional da Paz, Socorro Gomes Coelho também saiu em defesa da petista. “O egoísmo da elite brasileira parece perene e Dilma tem mostrado dignidade, sem baixar a cabeça. Dilma tem demonstrado grande coerência e responsabilidade defendendo valores mais preciosos da sociedade: tolerância e o respeito”, cravou.

"Queremos repudiar atos e manifestações que atentam contra cada uma de nós. Dilma, nós, mulheres, envergamos juntas, mas não quebramos. Nós estamos sempre na rua em defesa da democracia. Não admitiremos que desmontem os instrumentos de luta!", corroborou Alessanda Lunas, da Marcha das Margaridas.

Durante o evento, o deputado federal Jair Bolsonaro passou no hall do Palácio do Planalto, o que agitou as presentes. Em coro elas gritavam “fora Bolsonaro” e “facistas não passarão”. No fim do ato, as representantes entregaram manifestos das mulheres em Defesa do Direito da Democracia. 

Desde que a comissão especial do impeachment foi reistalada na Câmara dos Deputados, Dilma tem recebido apoios em atos organizados no Palácio do Planalto. Ela já se reuniu com juristas, intelectuais, artistas e movimentos sociais.

Na primeira mesa de abertura do Festival Literário Internacional de Cachoeira (FLICA), a escritora, professora universitária e filósofa Marcia Tiburi falou sobre a importância da política feminista em sua vida. A abertura do Festival, que ocorreu nesta terça-feira, contou ainda com o show do Núcleo de Prática Orquestral.

A mesa foi coordenada pelo poeta e professor Jorge Portugal. Marcia Tiburi classificou o ato de escrever como sendo um “ato de solidão”.  As críticas da autora sobre as relações entre homens e mulheres levaram o público às gargalhadas. Tiburi falou sobre o amor no discurso e o romantismo nas relações interpessoais. Segundo ela, “quem escreve é militante de uma causa”.

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O jornalista e escritor Xico Sá também participou da mesa, criticando a questão do estilo na obra. “Essa coisa de 'li Machado de Assis e não vou mais escrever...' é uma pinóia!”, brincou. Para ele, todos os jovens que escrevem “textos infinitamente urbanos e infinitamente confessionais, fazem o retrato das relações pessoais contemporâneas”.

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