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A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou na última quarta-feira (6), o Projeto de Resolução 03/23, concedendo a Medalha Tiradentes, maior honraria entregue pela Casa, para a cantora Margareth Menezes, que atualmente é ministra da Cultura da gestão Lula (PT). O projeto é assinado pela deputada estadual Verônica Lima (PT-RJ), que preside a Comissão de Cultura da Alerj.

“Além de uma artista renomada, reconhecida nacional e internacionalmente, a nossa ministra Margareth tem sido fundamental para colocarmos a cultura do nosso país na primeira prateleira de importância das políticas públicas”, declarou a parlamentar.

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A artista soteropolitana possui um longo legado de contribuições à cultura, sendo símbolo de potência vocal e social no universo afro-pop-brasileiro. É a primeira mulher preta a assumir o Ministério da Cultura.

Margareth é ganhadora de dois troféus Caymmi, dois troféus Imprensa, quatro troféus Dodô e Osmar, além de ter sido indicada para o Grammy Awards e Grammy Latino. Contabiliza 21 turnês mundiais. Além da quantidade de prêmios, Margareth Menezes pelo trabalho que desenvolve na gestão da Associação Fábrica Cultural, fundada em 2004 por ela.

Outros deputados também comentaram sobre a entrega da honraria em plenário, como por exemplo Dani Balbi (PcdoB-RJ) que elogiou a artista. “Ela revolucionou, com o coletivo Fábrica, a maneira como os coletivos populares agora acessam o Fundo da Cultura”.

A ministra da Cultura Margareth Menezes nomeou o historiador Anildomá Willians de Souza como o novo coordenador do Escritório Estadual de Pernambuco, dentro da Diretoria de Articulação e Governança da Secretaria dos Comitês de Cultura do Ministério da Cultura (MINC). Conceituado pelos estudos da vida de Lampião, o pesquisador também é responsável pelo Museu do Cangaço de Serra Talhada, no Sertão do estado.

"O fato de ser um sertanejo, que vive e mora nem outra extremidade do Estado me permite observar de outro ângulo a pujança cultural que temos e como o MINC poderá se fazer presente juntamente com o Estado e municípios", disse Anildomá.

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Ele ainda citou a importância do papel da pasta em apoiar os fazedores de arte e cultura do estado e de preservar uma boa relação política cultural com a sociedade, valorizando e respeitando as raízes e diversidades de Pernambuco. 

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, disse nessa segunda-feira (14) à noite em Vitória (ES) que a descentralização do fomento do setor cultural é uma das prioridades da pasta.

“A função [para a qual] estamos com mais determinação no momento é essa descentralização, essa melhor distribuição do fomento, porque há um histórico muito grande de concentração. Não vamos deixar de apostar onde já existe, mas queremos também abrir oportunidades para todos os estados, para todas as regiões do Brasil, para que todos tenham acesso”, disse ela.

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Margareth Menezes participou, na noite dessa segunda-feira (14), na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), do lançamento do calendário da Conferência Estadual de Cultura do estado.

Mais cedo, no Encontro Nacional de Gestores da Cultura, evento que também está sendo realizado na Ufes, a ministra afirmou que novos equipamentos culturais deverão ser construídos em comunidades carentes de todo o país. Isso deve ser feito por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

“Não adianta só fazer o fomento. É preciso prover as cidades de equipamentos de cultura. Queremos chegar nas favelas e pequenas cidades. Teremos os CEUS (centros de Artes e de Esportes Unificados) da Cultura e os CEUS ambulantes, como carros e barcos levando cultura para todos os lugares do Brasil”.

Segundo Margareth Menezes, a ideia é diminuir as desigualdades no país. “A arte deve contribuir para pautas centrais que façam o Brasil avançar. Parte desses avanços é a superação de um histórico perverso de desigualdade que persiste há tantos séculos. Os eventos de cultura não podem perpetuar essa desigualdade”, afirmou.

O Primeiro Encontro Nacional de Gestores de Cultura reúne em Vitória centenas de gestores municipais e estaduais de cultura, de todos os estados brasileiros, para discutir políticas públicas para o setor. No primeiro dia de evento, um dos temas principais em discussão foi a descentralização e a democratização do acesso à cultura.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, defendeu nesta terça-feira (9) a regulamentação de serviços de streaming e de direitos autorais na internet. A  ministra compareceu a audiência na Comissão de Educação (CE) do Senado, requerida pelo senador Flávio Arns (PSB-PR), para apresentação dos planos do Ministério da Cultura (MinC) no atual governo. 

Arns, que presidiu a reunião, relembrou a carreira musical de Margareth Menezes, cantora baiana e ativista cultural, com laços com a culutra africana. 

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— Conhece a cultura na teoria e na prática. Ela tem toda a abertura para a cultura popular brasileira e vem apresentar também os desafios dessa área que sofreu tanto no decorrer da pandemia. Tantos empregos foram perdidos, tantas iniciativas canceladas — ressaltou o senador. 

Margareth defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 2/2023, que insere a cultura entre os direitos sociais na Carta Magna. Segundo a ministra, a medida elevará a cultura à condição de política de Estado. 

— O primeiro ato do presidente Lula foi reerguer o ministério, no dia 1º [de janeiro]. [A aprovação] é importantíssima para que nunca mais se desmonte o Ministério da Cultura. São 7,5 milhões de trabalhadores. Como a gente vai ficar sem o Ministério da Cultura? — avaliou Margareth, referindo-se a governos anteriores que rebaixaram o status da pasta para secretaria. 

 A recriação do MinC foi apreciada em todos os depoimentos dos senadores presentes. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) observou que a ministra enfrentará muitos desafios e pediu atenção para o setor artístico religioso. 

—  A senhora vai ter uma responsabilidade muito grande nos próximos anos que é fazer o Brasil se apaixonar de novo por esse ministério, ao ponto de que nunca mais ninguém pense em acabar com ele. Tenho outro pedido, ministra. A gente tem um fenômeno acontecendo no Brasil, que é o movimento gospel. Nós temos indicação do IBGE [ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] de que, em poucos anos, nós vamos a 52% [da população que poderá pertencer ao movimento]. Peço-lhe para trazer esse povo mais para próximo do MinC — solicitou Damares. 

Regulamentações 

Ao apresentar os trabalhos do MinC para os próximos anos, Margareth apoiou a regulamentação de áreas como os VOD (Video On Demand, serviços em que o usuário escolhe o vídeo que quer assistir). O senador Humberto Costa (PT-PE) apontou que serviços de streaming não se submetem a regras de outros setores audiovisuais, como a taxa da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), com alíquota de 11% sobre os lucros de produções audiovisuais enviados ao exterior.

Segundo a ministra, o assunto é pauta prioritária na Agência Nacional do Cinema (Ancine). — Nós estamos escutando as propostas já existentes e analisando o que existe em outros países para propormos um projeto renovado e atualizado. Inclusive estamos estudando a proposta do senador Humberto —  disse Margareth, referindo-se ao PLS 57/2018.

  O projeto do senador, arquivado no final da legislatura passada, disciplina a comunicação audiovisual sob demanda e a incidência da Condecine sobre esse serviço e a distribuição de vídeo doméstico, abrangendo as plataformas de compartilhamento. Além disso, promove conteúdos audiovisuais brasileiros e produções cinematográficas regionais. 

A ministra também vê urgência na regulamentação de direitos autorais no ambiente digital e revelou que o MinC está trabalhando para apresentar proposta nessa área. Margareth ainda mencionou dificuldades sobre a regulamentação na área de inteligência artificial (IA) ao responder questionamento da senadora Leila Barros (PDT-DF). Leila trouxe exemplo do impacto que os avanços tecnológicos têm trazido ao mercado cultural.  —  Foi divulgada, recentemente, uma música criada por inteligência artificial que simulava a voz do rapper Drake, que viralizou. Nesse caso, a música, os instrumentos, a voz e a ilustração que acompanhavam a publicação foram criados por inteligência artificial. O episódio levou a gravadora do artista a tomar medidas judiciais para a retirada da obra das plataformas online — exemplificou Leila. 

Descentralização dos recursos

  A ministra apresentou planos para a atuação descentralizada do MinC por meio de financiamento de atividades culturais em todas as cidades do Brasil, com repasses de recursos federais a estados e municípios. De acordo com ela, o Sistema Nacional da Cultura que organiza a gestão pública da cultura, previsto na Constituição, está sendo fortalecido com a aprovação Lei Complementar 195 de 2022, que ficou conhecida como Lei Paulo Gustavo, que destina R$ 3,8 bilhões ao setor cultural até o final de 2023. Segundo a ministra, os repasses estarão disponíveis a partir do dia 12 de maio, data prevista para a assinatura de decreto que regulamenta a lei. 

— Isso é importantíssimo, porque é mais um elemento que as cidades vão ter para subsidiar o seu fazer cultural como projetos de festivais e de criação de centros culturais. Todos os estados e os municípios que submeterem o seu plano de ação (ao MinC) podem, após aprovação, lançar os seus editais e repassar os recursos para os agentes culturais. Essa aprovação não será uma questão de escolha do ministério, é só questão de adequação — explicou. 

Segundo a ministra, em julho deverá ser regulamentada a Lei 14.399 de 2022, conhecida como lei Aldir Bianc, que terá vigência de cinco anos, com valor previsto de R$ 3 bilhões a serem repassados aos entes federados, que auxiliarão na fiscalização da política pública. 

— Durante esse período, será repassado o valor de R$ 1,5 bilhão para os estados e a outra metade para os municípios. A prestação de contas será julgada a partir do fazer cultural e não como se fosse o mesmo que fazer uma ponte. Não dá para ser dessa forma — salientou. 

Danos ao patrimônio 

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) questionou as ações do ministério quanto a conservação e a restauração de patrimônios históricos, diante da restrição orçamentária. Izalci lembrou do incêncio no Museu Nacional no Rio de Janeiro e do abandono do Teatro Nacional em Brasília, que está há quase dez anos parado. 

O senador Esperidião Amin (PP-SC) compartilhou a atuação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Santa Catarina (SC). 

— O Iphan de Santa Catarina teve a prudência de desenvolver o maior número possível de projetos. Eu nunca passei um ano sem destinar algum recurso para o Iphan e, se possível, mais do que um, ajudando a valorizar a memória arquitetônica e histórica do estado — disse o senador, respondendo a crítica da senadora Teresa Leitão (PT-PE) à gestão do Iphan no governo passado. 

Falecimento de Rita Lee 

A notícia da morte da cantora Rita Lee, aos 75 anos, comoveu a ministra durante a sua apresentação. Os senadores fizeram um minuto de silêncio em homenagem à cantora e ao ex-deputado federal, David Miranda, que faleceu na terça-feira (9). 

*Da Agência Senado

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) vai receber a ministra da Cultura, Margareth Menezes, em audiência pública marcada para esta terça-feira (9), às 10h. A ministra deve falar sobre os planos e a agenda estratégica da pasta para o biênio 2023-2024. O requerimento para o encontro (REQ 6/2023) foi apresentado pelo presidente da CE, senador Flávio Arns (PSB-PR).

Esse tipo de convite a ministros e outras autoridades costuma acontecer a cada dois anos, no início dos trabalhos, para que os senadores possam saber os planos do governo para suas áreas de atuação. Uma das atribuições das comissões é convocar ministros de Estado ou titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para que prestem informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições. 

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Como participar

O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo.

O Portal e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado, além de sugestões para novas leis.

*Da Agência Senado

Nesta quinta-feira (27), a Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura empossou, o novo presidente da instituição, João Jorge Rodrigues. Sua nomeação para comandar a entidade foi publicada em 21 de março, emblemática data em que se marca o Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial.

O baiano de 66 anos é produtor cultural, um dos fundadores do bloco afro Olodum, advogado, egresso da Universidade Católica de Salvador (UCSal) e mestre em Direito pela Universidade de Brasília (UnB). De 2009 a 2016, ele integrou o Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). É autor do livro Fala Negão: Um discurso sobre Igualdade (2021) e filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).

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A solenidade, realizada no Palácio do Itamaraty, na capital federal, contou com a presença de familiares de João, mães de santo de religiões de raízes africanas e indígenas. A ministra da Cultura, Margareth Menezes; a secretária de Igualdade Racial da Bahia, Ângela Guimarães; a reitora da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), e as embaixadas do Zimbábue, República de Gana e da República Unida da Tanzânia, também marcaram presença na cerimônia.

Margareth Menezes, em seu discurso, disse que a posse de João marca a retomada da valorização da fundação e o compromisso do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a proteção e a promoção da cultura afro-brasileira. “Empossar João Jorge é dar uma resposta ao que aconteceu na gestão anterior, ao desrespeito ao legado do povo afro, à falta de consciência pelos que passaram os nossos antepassados”, classificou.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Emocionado, João Jorge falou que o símbolo da Fundação Palmares, um machado que simboliza a justiça, voltou para a instituição. De acordo com as tradições de religiões de matriz africana, o machado também simboliza o orixá Xangô.

"Eu estou falando emocionado porque estive com os presidentes da Palmares e depois cheguei em Brasília e encontrei as fotos deles jogadas em um depósito. Um funcionário me entregou os tapetes com a marca de Xangô e disse que escondeu para não jogarem fora", contou.

Durante a gestão Bolsonaro (PL), a Fundação Palmares foi palco de polêmicas. Uma delas foi a mudança do machado de Xangô para uma nova logomarca com elementos da bandeira do Brasil e as cores verde e amarela no nome da instituição.

Além disso, o ex-presidente Sérgio Camargo (PL-SP) chegou a chamar o Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, de "Dia da Vitimização do Negro". Em uma série de publicações em suas redes, Sérgio minimizou a luta do movimento negro em diversos aspectos e sugeriu a troca do nome de Zumbi dos Palmares da instituição para o do engenheiro André Rebouças (1838-1898) para destacar outros valores. “Promoveria virtudes e valores construtivos, a união e a colaboração de pretos e brancos do Brasil”, publicou.

Para João Jorge, o momento é de renascimento da Fundação Palmares, a partir de investimento financeiro em políticas públicas e apoio aos desenvolvimentos dos projetos. O novo presidente da fundação, ainda exaltou nomes de ativistas da causa negrasm trabalhadores da entidade e, em especial, das mulheres que lutaram no movimento negro no Brasil. “A Palmares não é minha, é nossa. É do povo brasileiro. Nós vamos fazer a Palmares de novo”, afirmou.

 

O Ministério da Cultura (MinC) empossou nesta segunda-feira (3) os novos integrantes do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), grupo instituído com o objetivo de ajudar na formulação de políticas públicas do país, de forma colaborativa e democrática. 

Durante a cerimônia de posse dos 72 novos integrantes entre titulares e suplentes (18 deles, representantes da sociedade civil), a ministra Margareth Menezes destacou que o CNPC é um dos mais significativos conselhos de participação social do país, colaborando para a “democratização dos mecanismos decisórios” da construção das políticas públicas da cultura. 

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“Dar posse a este conselho eleito ao final do governo passado é uma afirmação do respeito com todos os processos eleitorais que traduzem de forma inequívoca a responsabilidade e o compromisso com a democracia".

Margareth citou como fundamentais para "estruturação e fortalecimento das políticas públicas culturais do país”, os conselhos estaduais e municipais, bem como a consolidação do Sistema Nacional de Cultura – citado pelo governo como instância fundamental das políticas culturais.

Participação

“A sociedade está ávida a participar do processo, não apenas para ganhar uma eleição mas para ajudar na governança desse país, participando das principais decisões. Quero afirmar a importância dos estados e municípios somarem conosco, criando e fortalecendo seus sistemas de cultura”, disse a ministra.

Ela falou também sobre o desafio de inserir cada vez mais a cultura na “roda da economia” a exemplo do já feito por países desenvolvidos.

  “É preciso saber que cultura gera economia nesse momento em que o país está precisando enriquecer seu povo. São 7 milhões de pessoas que vivem e sobrevivem da cultura, essa ferramenta que Deus nos deu em todas as regiões e em todas as cidades”, argumentou, ao conclamar os integrantes do conselho a encarar o desafio dei aproveitar a “competência" da nova geração com as  novas tecnologias.

“Vamos botar o pé no futuro. Estamos criando um processo para a nova geração que já se apresenta. Temos de pensar nesse diálogo; nesse aporte; e nesse acolhimento das inteligências dessa nova geração que é fantástica”.

Ferramenta de emancipação

A ministra propôs também uma “reflexão” aos conselheiros sobre a política cultural enquanto ferramenta de emancipação social, política e econômica – algo que, segundo ela, faltou ao governo anterior. 

“Nos recentes momentos difíceis, quando a nossa democracia estava em risco, [o setor cultural] se manteve de pé, em defesa do estado democrático de direito e dos princípios civilizatórios. Permaneceu vivo, mobilizado e atuante, se provando resiliente e inventivo, frente aos maiores desafios impostos pela desestruturação dos mecanismos de participação e criação, criando novos modos de participação social”, disse a ministra.

Ela reiterou a posição defendida pelo governo federal, de desenvolver iniciativas que busquem, também, “desbloquear e destravar o vetor econômico da cultura”. Nesse sentido, a ministra defendeu o direito de pessoas físicas e jurídicas direcionarem parte de seus impostos à cultura. “É um direito de quem quer fazer”, completou.

A primeira reunião da Comissão de Cultura da Câmara, colegiado recheado de deputados da oposição, a ministra da Cultura do governo petista, Margareth Menezes, virou alvo. Após votação para definir o presidente da comissão, o deputado Marco Feliciano (PL-SP) debochou do gênero da ministra. "Eu quero saber o que ela é. Eu sei que é uma mulher. Eu não sei se pode ser chamada de mulher ou não", disse.

Feliciano não sabia se a pasta seria uma secretaria ou um ministério ou se quem ocupava era um ministro ou uma ministra. Coube à deputada baiana Lídice da Mata (PSB-BA) falar que era Margareth Menezes. "A ministra tem nome. Margareth Menezes e estou aqui para defendê-la", afirmou Lídice, o que levou Feliciano a fazer a provocação, que gerou um bate-boca.

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"Seu presidente, nós não vamos aceitar esse tipo de colocação. Nós não podemos aceitar", disse. O presidente eleito da comissão, Marcelo Queiroz (PP-RJ) ainda riu e pediu a moderação enquanto ria. "Eu quero que ele garanta respeitar a ministra Margareth Menezes, só isso que peço", adicionou Lídice. Feliciano então disse não conhecer Margareth, uma das principais cantoras do Brasil, e que "por respeito", perguntou como ela se identifica. Trata-se de uma ironia: em diversas publicações nas redes sociais, o pastor se diz contrário à causa trans, e à ideologia de gênero, a quem ele já chamou de "maldita" nas redes sociais.

Pouco antes, o vídeo da sessão deixou vazar o comentário de um dos deputados ao microfone fazendo referência à linguagem neutra e dizendo que Margareth seria "ministre". Há uma semana Nikolas Ferreira (PL-MG) usou a tribuna da Câmara para fazer uma pregação contra o feminismo e disse ser a "deputada Nikole". Parlamentares o acusaram de transfobia e pedem a cassação do mandato.

O episódio levou uma das duas deputadas trans que exercem mandato inédito na Câmara, Erika Hilton, a pedir ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para incluir Nikolas no inquérito das milícias digitais. A bancada do PSOL na Câmara entrou com notícia-crime no Supremo contra o deputado bolsonarista. Erika também levantou um abaixo-assinado para cassar o mandato do parlamentar.

Deputados bolsonaristas usaram a sessão da Comissão de Cultura para fazer um enfrentamento do governo. Feliciano mencionou o nome da ministra porque pretende convocá-la para dizer como serão usados os R$ 10 bilhões que o ministério terá de recurso. Outros três bolsonaristas discursaram - um deles, o ex-secretário da Cultura no governo Bolsonaro Mario Frias - contra a "hegemonia da esquerda" no setor e que é preciso acabar com o "monopólio".

"A gente tem que acabar com o monopólio do governo federal que cultura é só musica funk. O incentivo é só àquilo de uma cultura que é destrutiva moral. O governo federal investe em todo tipo de cultura que destrói a moral", disse o deputado Abilio Brunini (PL-MT). Ele ainda fez a defesa da cultura cristã e sacra. "Quanto se gastam em shows da Ludmilla, por exemplo, mas você nunca vai ver o governo federal gastando R$ 5 milhões num evento para promover músicas que adoram, servem a Deus. A base do nosso País é a cultura cristã."

O artista pernambucano Antonio Marinho, foi nomeado diretor de Cultura Popular do Ministério da Cultura (MinC). A confirmação foi publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (1º), a convite da atual Ministra da Cultura, Margareth Menezes.

O poeta e músico vai assumir a diretoria responsável por fomentar manifestações culturais tradicionais e populares. Natural do município de São José do Egito, no sertão do Pajeú, interior de Pernambuco, Marinho já faz parte da cena cultural do estado há anos, com participações em grandes eventos como o carnaval do Recife e Olinda, e o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG).

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Após o convite feito pela ministra, Marinho declarou que a nomeação não é um troféu, mas sim um serviço nobre. “Me alegra muito e me deixa muito feliz com a confiança da ministra e com a confiança do presidente Lula", declarou.

A cantora Margareth Menezes, recém empossada ministra da Cultura do governo Lula conversou por cerca de cinco minutos com os jornalistas antes de subir ao palco do Festival de Verão de Salvador, neste sábado (28)

Maga, como é conhecida, se apresentou ao lado de duas conterrâneas, as cantoras Larissa Luz e Majur. No repertório, alguns clássicos de sua carreira, como Faraó e Dandalunda. além de Canto das Três Raças, gravada por Clara Nunes, e Mulher do Fim do Mundo, do repertório de Elza Soares.

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Ao ser questionada pela reportagem do Estadão quais seriam os próximos atos do Ministério da Cultura depois do destravamento de recursos e autorizações de captação - a fila ficou parada nos últimos dois anos do governo Bolsonaro - Margareth disse que é preciso "ter paciência". "O Ministério foi recriado agora, há quatro dias", disse para depois afirmar que não estava no festival para falar sobre questões da pasta.

Lula, além de recriar o Ministério da Cultura, rebaixado para secretaria especial durante o governo de Jair Bolsonaro, afirmou que o Brasil precisa de uma "revolução cultural". O orçamento da pasta para 2023 é de R$ 10 bilhões, um recorde.

A ministra também não quis responder sobre questões relacionadas à Ancine (Agência Nacional de Cinema). Há cerca de uma semana, por intervenção de Margareth, a agência reviu um edital que havia excluído a região norte do país. "Não vou falar sobre o ministério aqui", insistiu.

Margareth disse que agora terá que equilibrar as funções de ministra e cantora. No carnaval, ela vai receber uma homenagem em Salvador. "É bom, assim canto menos", brincou.

A ministra também vai desfilar pela escola de samba Mangueira, no Rio de Janeiro, que neste ano terá como enredo As Áfricas que a Bahia canta. Margareth prevê ainda comparecer ao Galo da Madrugada, no Recife. "Os convites estão chegando", finalizou.

Na noite do último sábado (21), a Globo exibiu mais um Altas Horas. Sob o comando de Serginho Groisman, a atração recebeu diversos artistas para celebrar o legado de Cássia Eller. Ao lado de Ana Carolina, Zélia Duncan, Nando Reis, Carlinhos Brown, Otto, Toni Garrido e de Chico Chico, filho de Cássia, a cantora Margareth Menezes também soltou a voz no palco do programa.

A baiana e ministra da Cultura do governo Lula (PT) embalou o público interpretando a canção 'Vá Morar com o Diabo', de Riachão, gravada pela mãe de Chico Chico no disco 'Acústico MTV'. Anunciada por Serginho como "nossa ministra", Margareth falou um pouco da artista homenageada. "A ministra também é cantora, tá?", brincou Margareth Menezes.

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"Um prazer. E que coisa mais linda é esse encontro aqui em nome de Cássia. Ela fez isso com a gente, né? Juntou a gente. Então, é uma festa linda e ela merece, sim. Emociona, eu só de olhar aqui já estou emocionada desse conjunto de luz, de pessoas, de almas para a música popular brasileira na representação de Cássia Eller", completou. Cássia Eller morreu no dia 29 de dezembro de 2001, no Rio de Janeiro, aos 39 anos.

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A ministra da Cultura, Margareth Menezes, anunciou nesta quarta-feira (18) o desbloqueio de quase R$ 1 bilhão da Lei Rouanet. O dinheiro estava retido desde o início do ano passado pelo governo anterior.

Ao todo serão liberados, até o fim do mês, R$ 968.376.281 que haviam sido captados como patrocínio a projetos artísticos. A Lei Rouanet permite que empresas e cidadãos que apoiem ações culturais deduzam parte do Imposto de Renda.

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A medida beneficiará 1.946 projetos culturais em todo o país. “Isso é investimento na cultura, é a cultura trabalhando, isso é bom para o Brasil”, declarou Margareth Menezes em vídeo postado nas redes sociais. 

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Também hoje, o Ministério da Cultura prorrogou a validade de mais de 5 mil projetos inscritos na Lei de Incentivo à Cultura que estavam com prazos de captação vencidos e não tiveram os pedidos atendidos pela gestão anterior.  A pasta também informou que, nos primeiros 18 dias de governo, a Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural liberou cerca de R$ 62 milhões desse montante (de R$ 968,3 milhões) a 353 projetos.

A valorização e promoção da cultura como peça central na construção da identidade nacional estão entre as prioridades do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que toma posse no próximo domingo (1º). Para isso, segundo o relatório final do Gabinete de Transição, a reconstrução do Ministério da Cultura (MinC), extinto em 2019, é essencial.

A recriação do MinC já consta no organograma do novo governo com a cantora e compositora Margareth Menezes como ministra e Márcio Tavares como secretário executivo.

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Durante o governo de Michel Temer (2016-2018), o Ministério da Cultura chegou a ser fundido ao da Educação, mas protestos fizeram com que a pasta fosse recriada. Em 2019, no primeiro ano da gestão Jair Bolsonaro (2019-2022), ela voltou novamente a ser extinta.

Na avaliação do Grupo Técnico (GT) de Cultura do Gabinete de Transição, a área foi um dos principais alvos de "desmonte" no governo Bolsonaro, perdendo recursos e cargos. Ao anunciar a confirmação de Margareth Menezes no ministério, em 13 de dezembro, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que honraria o compromisso de reconstruir e fortalecer o setor cultural.

Com mais de 40 anos de carreira, a cantora integrou o grupo de trabalho de cultura no Gabinete de Transição e é um dos principais nomes da música baiana e do carnaval de Salvador. Sua atuação também inclui a liderança de iniciativas para fortalecer blocos afro e a música pop baiana e a fundação da associação Fábrica Cultural, que busca impulsionar negócios e fomentar a cultura na Península de Itapagipe, em Salvador.

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e a futura ministra da Cultura, Margareth Menezes, durante anúncio de novos ministros que comporão o governo.

Após confirmar que aceitaria o cargo de ministra, Margareth Menezes anunciou Márcio Tavares, coordenador executivo do GT de Cultura no Gabinete de Transição, como o futuro secretário executivo do ministério. Tavares é secretário nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores e coordenou o plano de governo da chapa Lula-Alckmin para o setor. 

Além dos dois, o GT de Cultura contou com a participação de nomes como o cineasta Kleber Mendonça Filho, a atriz Lucélia Santos, o ex-ministro da cultura Juca Ferreira, o ex-diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema, Manoel Rangel, o cantor gospel Kleber Lucas, o poeta Antônio Marinho, as deputadas federais Áurea Carolina (PSOL-MG), Benedita da Silva (PT-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e os deputados federais Marcelo Calero (PSD-RJ) e Túlio Gadelha (Rede-PE). 

Últimos anos

Durante o governo Bolsonaro, o órgão que assumiu o lugar do MinC foi a Secretaria Especial de Cultura, que teve seis titulares ao longo dos quatro anos. Entre eles, o dramaturgo Roberto Alvim, que foi demitido depois de um vídeo publicado nas redes sociais com referências a um discurso nazista de Joseph Goebbels; a atriz Regina Duarte, que deixou o posto por relatar "saudade da família", segundo Bolsonaro; e o ator Mário Frias, que permaneceu no posto de junho de 2020 a março de 2022 e foi eleito deputado federal por São Paulo. 

A secretaria iniciou o governo vinculada ao Ministério da Cidadania, mas foi transferida para o Ministério do Turismo ainda 2019.  Cenário Segundo o relatório final do gabinete de transição, houve uma perda de 85% no orçamento da administração direta da cultura desde 2016, e de 38% no da administração indireta. O Fundo Nacional de Cultura (FNC), principal mecanismo de financiamento governamental do setor, teve seu orçamento reduzido em 91% nesse período. 

Durante o governo Bolsonaro, o documento aponta um retrocesso de 20 anos na execução orçamentária ligada à cultura, com uma redução de tamanho que levou a Secretaria Especial da Cultura a ter um terço dos cargos que existiam no MinC em 2016.  "Além da drástica redução de tamanho, a Secretaria virou as costas para a área cultural, cancelando editais, extinguindo políticas, descontinuando projetos, reduzindo sistematicamente o seu orçamento, perseguindo servidoras/es, sucateando instituições e publicando atos normativos autoritários que violam direitos e a diversidade cultural", diz o relatório final da transição.   

O cenário de redução de apoio orçamentário à cultura se agravou com a pandemia de covid-19, que fez com que o faturamento do setor ficasse próximo de zero, ameaçando 300 mil empresas e 5,5 milhões de trabalhadores ligados à área, que respondia por até 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2019.   

Soma-se a essas dificuldades a redução da participação social, acrescenta o relatório, que descreve que, dos 25 colegiados associados às políticas culturais, 10 foram extintos, três estão paralisados ou aguardando composição, 1 está ativo, mas com problemas na formalização e na composição, e apenas 11 (41%) estão em funcionamento.  "É inegável o papel que a Cultura deverá ter durante o novo governo, seja como área fundamental de apoio e estímulo à diversidade de manifestações culturais do povo brasileiro; seja como meio para propiciar o mais amplo acesso aos bens e serviços culturais; seja, enfim, como instrumento indispensável ao fomento da produção cultural e à promoção de uma economia da cultura, como parte da estratégia de retomada de desenvolvimento sustentável do país", conclui o relatório. 

Propostas Circo

Além de recriar o ministério, o novo governo deve rever atos da gestão anterior na área cultural. O gabinete de transição recomenda a revogação do Decreto 10.755 de 2021, que regula o fomento a ações culturais via mecanismo de incentivo fiscal em âmbito federal. A proposta é substituí-lo por uma nova regulamentação. 

 O relatório final sugere ainda a revisão de uma série de portarias e instruções normativas, que incluem normas para prestação de contas e avaliação de resultados de projetos culturais financiados por meio do mecanismo de Incentivo Fiscal do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac). Entre as medidas que devem ser revistas também está a Portaria SEFIC/SECULT/MTUR 604/2021, que proíbe que projetos financiados via Lei Rouanet utilizem linguagem neutra.

A ministra Margareth Menezes celebrou em sua conta no Twitter, no último dia 26, a votação no Congresso Nacional que garantiu recurso orçamentário para a reconstrução do Ministério da Cultura e para viabilizar as Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2. 

"Em 2023, a cultura e as artes terão orçamento garantido e contarão com a recriação do MinC, com estrutura adequada para voltar a impulsionar o setor com toda a sua diversidade", comemorou a ministra. "É, verdadeiramente, o começo de um novo ciclo para a cultura desse país! Vitória da cultura, vitória do Brasil!" 

A Lei Paulo Gustavo prevê o repasse de R$ 3,8 bilhões para ações emergenciais no setor cultural em todo o país, que virão do superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura. Já a Lei Aldir Blanc 2 previa repasses anuais de R$ 3 bilhões da União a estados e municípios para ações no setor cultural durante cinco anos. As duas leis foram vetadas pelo presidente Jair Bolsonaro, mas os vetos foram derrubados pelo Congresso Nacional.

Martelo batido e Margareth Menezes será a titular do Ministério da Cultura, no governo Lula. A notícia foi compartilhada nas redes sociais do presidente eleito e da cantora, nesta terça-feira (13).

“Obrigado, companheira Margareth Menezes por aceitar o convite de ser ministra da Cultura. Nos últimos anos, a cultura sofreu um desmonte no Brasil. E nós vamos honrar nosso compromisso de reconstruir e fortalecer o setor”, postou Lula.

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“Agradeço ao presidente Lula pela confiança, tendo a certeza de que será um grande desafio e uma enorme responsabilidade. Vamos trabalhar incansavelmente para reerguer a Cultura do nosso país! Eu, como artista, sei que não será fácil, por isso, peço o apoio e a força de todos os artistas, mobilizadores, realizadores e agentes culturais do Brasil e também de cada cidadão, para juntos, de mãos dadas, restabelecermos com plenitude essa área que é tão ampla, tão diversa e fundamental para todos nós. A riqueza da nossa cultura alimenta a nossa alma e fortalece a nossa identidade como nação. A cultura reflete a força, a grandeza e a beleza do povo brasileiro. Vamos precisar de todo mundo!”, disse Margareth.

Em ambas as postagens, artistas comemoraram a indicação da baiana. Confira alguns:

Lázaro Ramos: "Lindo texto Maga. Tudo de melhor pra vc nessa linda missão."

Dira Paes: "Parabénssss Ministra Margareth Menezes !!! Estaremos com vc."

Maria Gadú: "MAGA maravilha!!!!! Estamos com você."

Luiz Caldas: "Que Oxalá esteja com você Maga, te desejo todo sucesso nessa nova jornada!"

Fernanda Abreu: "Conte com a gente!! Desafio lindo a reconstrução do Minc!"

Johnny Hooker: "Viva a nossa Maga! Que seja um lindo trabalho de reconstrução da nossa cultura plural e gigante!"

Preta Gil: "Brilhante escolha presidente!!! Margareth tem todas as credenciais necessárias para esse cargo!!! Caráter, amor à arte e ao povo, força e muito Axé!!!"

Luis Lobianco: "Sensacional escolha, muito axé e competência pra nossa área. Viva a Ministra Margareth!"

Após ser convidada para ser ministra de Cultura no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a cantora Margareth Menezes informou que “aceitou a missão”. Essa declaração foi dada a jornalistas em frente ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde está concentrada a equipe de transição de Lula. 

"Foi uma conversa muito animadora para a gente que é da cultura. Nós conversamos e eu aceitei a missão. Recebo isso como uma missão, até porque foi uma surpresa para mim também", disse a cantora.

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Margareth será a primeira mulher a ser anunciada como parte da equipe ministerial de Lula em seu terceiro mandato. Além disso, ela também se apresentará na posse de Lula, no dia 1º de janeiro de 2023. 

A futura ministra também afirmou que Lula quer um ministério forte pelo potencial do povo brasileiro. “O presidente disse que para ele é de uma importância muito grande, e que ele está querendo fazer um Ministério da Cultura forte para atender aos anseios do povo da cultura e do Brasil pelo potencial da nossa cultura", disse Menezes.

Por fim, Margareth declarou que será necessário primeiramente "levantar" o Ministério da Cultura novamente e estudar áreas setoriais para "fazer da cultura do Brasil reconhecida nacionalmente e internacionalmente".

“Agora é isso: a gente juntar todo mundo, a gente ouvir todo mundo, a gente levantar primeiro o Ministério e fazer a Cultura do Brasil no lugar que ela sempre merece de reconhecimento, que sempre foi reconhecida no mundo inteiro todas as áreas da cultura. As culturas populares, a gente reascender o caminho que foi criado", salientou.

Em meio aos rumores sobre sua participação no governo em 2023, Margareth Menezes se reuniu com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta terça-feira (13), em Brasília. Abordada por jornalistas na entrada do hotel onde se encontrou com o petista, a cantora disse que os dois conversariam sobre o Ministério da Cultura, mas não confirmou se vai liderar a gestão.  

Caso aceite o convite, a baiana será a ministra escolhida para a recriação da pasta, como prometido por Lula em campanha. Um dos maiores nomes do Axé, Margareth vai se apresentar no festival que ocorre junto com a posse do Presidente.
Depois que assumiu o governo federal, em 2019, Jair Bolsonaro (PL) desmontou o ministério e cortou recursos destinados a fomentar produções artísticas. Atualmente, a pasta atua como secretaria e tem o policial militar André Porciuncula como gestor.

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A cantora Margareth Menezes pode ser a nova ministra da Cultura. Com 60 anos de idade e mais de 30 de carreira, a baiana foi convidada para integrar o alto escalão da gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 Considerada um dos ícones do Axé, Margareth faz parte da equipe de transição e vai se apresentar na cerimônia de posse. A cantora é idealizadora da Associação Fábrica Cultural e embaixadora do Folclore e da Cultura Popular do Brasil pela IOV/UNESCO.

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No primeiro mandato do petista, em 2003, Gilberto Gil foi nomeado como gestor da pasta e ganhou destaque por uma atuação preocupada com a cultura popular. Quando assumiu o governo federal, Jair Bolsonaro (PL) transformou o Ministério da Cultura em uma secretaria especial e teve o ator Mário Frias como o principal gestor após um rodízio de secretários.

Nessa sexta-feira (9), Lula anunciou os primeiros ministros para comandar pastas com maior orçamento, como Fazenda, Justiça e Segurança Pública, e Defesa. Ele já havia prometido a reabertura do Ministério da Cultura durante a campanha e reforçou na coletiva que mulheres, pessoas pretas e indígenas serão anunciadas em seu governo, possivelmente na próxima semana.

No próximo dia 5, a Globo vai exibir a estreia de Domingão com Huck. Para marcar o primeiro episódio do programa, já vai ao ar neste final de semana o quadro Show dos Famosos. Em entrevista ao Gshow, Margareth Menezes falou de sua entrada na atração. "Acho que o Show dos Famosos vai ser uma experiência inesquecível e muito especial. Também sinto que vai ser uma diversão por estar fazendo algo inusitado e, ao mesmo tempo, uma responsabilidade de prestar homenagens a pessoas que admiro tanto", contou.

Embora seja um sucesso no universo da música popular brasileira, mais precisamente um furacão na axé music, Margareth afirma ser uma pessoa totalmente tímida: "Na hora que subo no palco, tudo muda, mas sou tímida. Então, aceitar já foi um desafio. Mas esses desafios fazem a gente crescer, a gente sempre aprende alguma coisa. Acho que o grande desafio será enfrentar justamente isso e atender as expectativas de quem tá assistindo e a minha própria".

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Margareth Menezes também garantiu que irá homenagear no palco do programa de Luciano Huck artistas reverenciados pelo público e que todas as suas apresentações serão como um tipo de celebração. Além da baiana, os telespectadores irão conferir as performances de Fiuk, Gloria Groove, Thiago Arancam, Vitor Kley, Mariana Rios, Diego Hypolito, Robson Nunes e Wanessa Carmago.

A temporada do Show dos Famosos vai contar com um time especial na bancada do júri. Foram escalados para avaliar os participantes a cantora Preta Gil, o diretor Boninho e a atriz Claudia Raia. Falando em Claudia Raia, ela só vai marcar presença como jurada só na quarta semana. Antes disso, convidados irão substituí-la temporariamente. A primeira pessoa escolhida para se juntar a Boninho e Preta foi a apresentadora Xuxa Meneghel.

O Show dos Famosos está de volta. Na noite do último domingo (8), Faustão anunciou durante o Domingão do Faustão os famosos que estarão na quarta temporada do quadro, que homenageia cantores do Brasil e do mundo.

O cantor Alexandre Pires, a modelo Barbara Fialho, a atriz e cantora Cleo, o ator Diogo Vilela, a cantora Lexa, a cantora Margareth Menezes, o tenor Thiago Arancam e o cantor Vitor Kley integram a nova temporada do quadro, que estreia no dia 5 de abril.

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O elenco terá que se apresentar ao vivo no palco do programa, a cada semana, caracterizado como artistas nacionais e internacionais. O desafio é fazer bonito, surpreender na transformação e agradar não só o público, mas também os jurados da competição. Claudia Raia, Miguel Falabella e Boninho voltam mais uma vez na bancada para avaliar os competidores.

Nem só de ‘aê aê aê’ e ‘ôooo ôooo’ vive a música baiana. Apesar de ter sido consagrado como ritmo para ‘tirar o pé do chão’ e ‘correr atrás do trio’, alguns hits do axé são recheados de mensagens sociais, conscientização e até protesto. O LeiaJá deu uma garimpada e fez uma seleção de músicas do gênero que trazem em suas letras densidade e conteúdo bem ‘cabeça’, dignos das playlists mais sérias, mas é claro, sem deixar a alegria e animação de lado. 

Protesto do Olodum 

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Esse clássico da música baiana traz o protesto logo em seu título. A canção do grupo Olodum chama atenção para a prostituição no bairro do Pelourinho, o aumento da Aids no país e o abandono da região Nordeste por parte dos governantes brasileiros. A música ganhou tamanha importância no cenário baiano que foi regravada por diversos artistas.  

Devastação 

A música lançada por Margareth Menezes em 1988 não poderia soar mais atual. Naquela época, a baiana já clamava pela necessidade da preservação da natureza do país. A letra ainda passa pela pobreza e pela importância da atuação dos que “têm poder” para garantir o futuro da nação. 

Atual Realidade

O pai do axé também já cantou em favor da natureza. Nessa canção, Luiz Caldas diz que desmatar é uma “burrice” e também envereda pelo lado da política dizendo que “eleger um cara que só dá mancada”, também não “tá com nada”. 

Xibom Bombom

O grupo As Meninas fez um grande sucesso, no final dos anos 1990, com o refrão chiclete de Xibom Bombom. A música, no entanto, trazia uma reflexão sobre a desigualdade social no país “onde o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre”. Uma forma descontraída de denunciar a exploração do trabalho e a luta de classes no no Brasil. 

Apertheid da Alegria

Luiz Caldas também questionou a comercialização do Carnaval em outra de suas canções. Apertheid da Alegria critica a indústria que se apoderou da folia baiana com camarotes e abadás. Para o artista, a "chuva de grana" da festa causa separatismo, atingindo a espontaneidade do Carnaval. 

Conversa Fiada

Em 1991 a Banda Mel já dava o recado: “consciência anda faltando”. Em Conversa Fiada, a banda já dizia que não acreditava no papo de que o Brasil é o país do futuro e que cantar seria uma das formas de mostrar a indignação do povo. 

Respeito é bom e eu gosto

Mais uma do pai do axé, ícone do gênero. Nesta música, ele fala contra intolerância e até contra a polarização que toma conta do país atualmente. Aqui, Luiz Caldas relembra  a importância do respeito entre as pessoas, independente de sua orientação política, sexual e religiosa. Um verdadeiro hino contra o preconceito. 

Proibido o Carnaval

No início de 2019, Daniela Mercury lançou, em parceria com Caetano Veloso, esse axé que fala sobre censura, liberdade sexual e citou até a ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. A música ‘brinca’ com uma possível proibição da maior festa popular do Brasil, curiosamente, meses mais tarde no mesmo ano de 2019, a Câmara Municipal de Salvador aprovou um projeto que proíbe a realização de festas na Quarta-Feira de Cinzas, derradeiro dia da folia. 

Crianças Desabrigadas

Aqui, o Araketu denuncia o sofrimento de crianças em situação e rua e abandono, que acabam levadas ao vício de drogas e situações de violência. A mensagem da canção é sobre a necessidade de ajudar esses pequenos.  

Cansei de esperar

Mais uma do Olodum, grupo que, além de ter em seu repertório diversas canções com mensagens de conscientização, exerce há 40 anos um trabalho de valorização da cultura afro-brasileira e enfrentamento ao racismo. Em Cansei de Esperar, a banda fala sobre a luta pela liberdade e igualdade racial. 

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