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Um morador da Húngria se declarou culpado por roubar informações confidenciais de computadores do Marriot International, e ameaçou revelar esses dados caso a rede de hotéis não lhe oferecesse um emprego para manter os computadores da companhia, afirmou o Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA nesta quarta-feira, 23/11.

Attila Nemeth, de 26 anos, admitiu a autoria do crime diante do juiz J. Frederick Motz no Tribunal de Maryland, informa um documento do DOJ. Ele foi preso após viajar para os EUA com uma passagem comprada pelo Marriott para uma entrevista fictícia de emprego.

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Nemeth teria admitido enviar um arquivo nocivo anexado a um e-mail para alguns funcionários da rede de hotéis para instalar softwares espiões no sistema da companhia, o que lhe deu acesso a arquivos confidenciais do dono do e-mail.

O acusado enviou mensagens para a equipe do Marriott em 11/11 do ano passado, informando-os que estava acessando os computadores da rede há meses e havia acessado dados sigilosos, segundo o acordo de culpa de Nemeth. Ele ameaçou revelar as informações caso o Marriott não lhe desse um emprego para cuidar dos computadores da empresa.

Como não recebeu uma resposta do Marriott, ele enviou então outro e-mail para a companhia em 13/11 do ano passado contendo oito arquivos, sete dos quais estavam armazenados nos computadores da rede hoteleira. Os documentos incluíam arquivos financeiros e outras informações confidenciais, afirmou o Departamento de Justiça.

Um agente do Serviço Secreto dos EUA, usando a identidade de um funcionário fictício do Marriott, se comunicou com Nemeth em 18/11, que continuou a ligar e enviar e-mails para o agente disfarçado, exigindo um emprego para evitar a divulgação pública dos documentos, informa o acordo. Ele enviou uma cópia do seu passaporte húngaro como identificação e se ofereceu para viajar aos EUA, de acordo com o DOJ.

Em 17 de janeiro de 2011, Nemeth desembarcou no Aeroporto Washington Dulles com uma passagem comprada pelo Marriott, para uma falsa entrevista de emprego. A entrevista foi conduzida por um agente do Serviço Secreto, que assumiu o papel do funcionário do Marriott com quem Nemeth tinha se comunicado.

Durante a entrevista, o acusado teria demonstrado como acessou a rede do Marriott, sua habilidade de continuar tendo esse acesso, e a localização dos dados proprietários do Marriott roubados em um servidor baseado na Hungria. 

Nemeth está sujeito a uma pena máxima de 10 anos de prisão por transmissão de código nocivo e ao máximo de cinco anos atrás das grades por ameaçar expor dados, informa o Departamento de Justiça.

As perdas para o Marriott como resultado do dano intencional causado por Nemeth estariam entre 400 mil dólares e 1 milhão de dólares, em salários, despesas de consultores e outros custos associados à invasão.

Nemeth continua preso e sua sentença deve ser anuncia no próximo dia 3/2.

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