Tópicos | masculinidade

Tiago Iorc tem construído sua carreira entre alguns hiatos. Nesta quinta (11), ele pôs fim a mais um deles com o lançamento surpresa do single ‘Masculinidade’. A música chega acompanhada por um videoclipe, dirigido por ele mesmo. Ambos já estão disponíveis nas plataformas digitais.

Sem liberar músicas novas desde junho de 2020, Tiago surpreendeu o seu público com a chegada da novidade: um single com pouco mais de seis minutos e letra bastante reveladora, uma espécie de desabafo. Os arranjos e produção da canção são assinados por ele e pela dupla Lux & Tróia.

##RECOMENDA##

 

Já o clipe, dirigido pelo próprio Iorc, traz conceito minimalista com imagens do cantor executando a canção. A parte visual do retorno de Tiago é uma parceria entre ele e Rafael Trindade, com quem trabalhou no álbum Reconstrução, de 2019.

Desfiles de verão resort 2021, de marcas como Dior Homme, JW Anderson e Gucci, colocaram em voga um assunto que vem sido discutido há algumas décadas: a construção da imagem masculina.

Em eras contemporâneas essa questão se faz de uma outra forma: a desconstrução dessa imagem. A Gucci, com sua atmosfera fantasiosa e lúdica, a Palomo Spain, com toda sua teatralidade, e Ludovic de Saint Sernin num viés mais sensual; a discussão de como a construção da masculinidade é efêmera, baseado nas necessidades e no espelhamento social de cada época, se faz a partir de como cada grife representa seu homem ideal.

##RECOMENDA##

"Existe essa ideia de que roupas específicas de homem e mulher são um fenômeno ocidental moderno e não são. A distinção entre masculino e feminino sempre esteve presente na história. As pessoas sempre foram empurradas para algum gênero específico", comenta a estilista Fernanda Faustino.

A moda, se interpretada como bússola cultural, transita por todos os estilos, em todos os lugares, sendo dominante através da subcultura que determina como ela pode ser sugada. Foi assim com o hippie, grunge, punk e agora, a fluidez de gênero.

A androgenia se firmou na década de 1960, através de calças skinny e cabelos compridos, sendo esta considerada por muitos a última revolução de gênero até os anos 2000.

"Grifes como Jean Paul Gaultier, Vivienne Westwood e The Blonds são algumas responsáveis por atribuir essa mistura de gênero pré-definida na nova construção do homem, este sendo mais sensível e até mesmo feminino’’, declarou Faustino.

Cronologicamente, a estilista afirma que a iconografia é um dos principais pontos para idealizar a imagem, que desde sempre sofre uma dicotomia. O momento de luta de gênero (ou contra ele) ganha cada vez mais força, porém se engana aquele que acredita que esta luta é nova.

Juliano Cazarré dividiu opiniões no último domingo, dia 3, após falar sobre seu ideal de masculinidade. No Instagram, o ator bateu boca com alguns internautas e deu declarações polêmicas a respeito de pessoas que crescem sem a presença do pai.

Tudo aconteceu depois que ele postou um vídeo de um gorila que liderava e protegia sua família em uma caminhada. Na legenda do post, ele escreveu:

##RECOMENDA##

A masculinidade é uma construção social. Só que não! PROVER E PROTEGER: a masculinidade faz do mundo um lugar mais seguro. PS1: Quem tem um pai legal, sabe. PS2: Esse gorila é mais cavalheiro do que muito homem por aí. Dorme com esse barulho.

Nos comentários alguns internautas concordaram com o posicionamento do ator. No entanto, ele também foi alvo de muitas críticas. Um exemplo foi a fala de uma usuária do Instagram, que o chamou de machista e alienado.

"Gente, não imaginava essa fala machista e alienada vindo do Cazarré."

"Tem umas feministas como você que entendem tudo errado e distorcem a realidade para ver se a realidade se ajusta à sua ideologia de ódio aos homens. Mas tem uma multidão de homens e mulheres concordando comigo. Fico com estes", respondeu o ator.

Outra internauta declarou:

"Prover e proteger não é função de macho, é dever do ser humano".

Em seguida, o ator disse:

"Quando você estiver grávida de nove meses, com dificuldade para se locomover, talvez você entenda o valor de ter um homem que te ajuda e cuida de ti".

"O lixeiro já passou na sua rua? Era um homem ou uma mulher no caminhão", ainda questionou ele em réplica a uma seguidora que escreveu que "se depender dos homens, o mundo cai".

A Polícia Militar do Paraná modificou o edital do seu concurso público composto por 16 vagas para o cargo do cadete. Polêmico, o documento inicial usava como critério seletivo o termo “masculinidade”, o que casou revolta de muitos populares e de entidades ligadas às causas LGBT, que descreveram a exigência do processo seletivo como um ato discriminatório.

Com a alteração no edital, o termo “masculinidade” foi excluído, dando lugar à palavra “enfrentamento”. No novo documento, esse termo apresenta a seguinte descrição: “Capacidade de o indivíduo em não se impressionar com cenas violentas, suportar vulgaridades e de não emocionar-se facilmente”. No documento anterior, “masculinidade” tinha a descrição “Não se impressionar com cenas violentas, suportar vulgaridades, não emocionar-se facilmente, tampouco demonstrar interesse em histórias românticas e de amor”. 

##RECOMENDA##

Em nota enviada à imprensa, a Polícia Militar do Paraná informou que a retificação foi realizada. “A Polícia Militar do Paraná esclarece que está promovendo o ajuste no termo que gerou a polêmica, para 'enfrentamento', sem prejuízo à testagem psicológica necessária à definição do perfil profissiográfico exigido para o militar estadual”, informou a corporação.

A PM também argumentou que não adotou posturas sexistas, machistas ou de qualquer outra discriminação. Ao G1, a Polícia Militar informou também que o autor do instrumento de avaliação pisicológica, Flávio Rodrigues, declarou que o teste não possui conotação de diferenciação de gênero, sexo ou outras ações discriminatórias. 

O Governo do Paraná também divulgou um posicionamento à imprensa. No conteúdo, a gestão estadual garantiu que não admite posturas discriminatórias, além de ter exigido que a Polícia Militar realizasse as alterações no edital do concurso público. No site da banca organizadora do processo seletivo, o Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná, consta a publicação do edital retificado, às 19h50 dessa segunda-feira (13). 

De acordo com o edital do certame, os salários para os selecionados podem variar de R$ 3.213,61 a R$ 9.544,44. Podem participar da seleção candidatos com ensino médio completo. 

As inscrições já estão abertas e devem ser feitas até 11 de setembro, por meio do site da organização do certame. A taxa de participação custa R$ 120; Durante as etapas do concurso estão previstas provas de conhecimento, investigação social, entre outros procedimentos.

O edital divulgado, no último dia 9 de agosto, pela Polícia Militar, do Estado do Paraná, provocou uma série de reações quanto a uma das fases exigidas do processo seletivo. Os candidatos devem, como prevê o documento, realizar um teste psicológico para avaliação intitulada: critério de masculinidade. Para obter êxtito, o interessado deverá ter a capacidade de “não se impressionar com cenas violentas, suportar vulgaridades, não emocionar-se facilmente, tampouco demonstrar interesse em histórias românticas e de amor” - como é descrito no anexo 2 do edital, disponível no site da banca organizadora do certame.

Mediante a situação, diversos movimentos sociais e instituições se manifestaram contra o edital divulgado pela corporação. A Aliança LGBTI considera a exigência discriminatória, machista e incompatível com a atitude adequada de integrantes da PM. O Conselho Regional de Psicologia do Paraná e Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR) também se posicionaram contra.

##RECOMENDA##

Em nota enviada à imprensa, a Polícia Militar afirma que "não é esta a interpretação que deve ser dada à característica descrita nos manuais de psicologia e transcrita no referido Edital, e afirma que o objetivo é avaliar a estabilidade emocional e a capacidade de enfrentamento, aspectos estes extremamente necessários para o dia a dia da atividade policial militar." A corporação ainda complementa dizendo que a característica masculinidade tem essa denominação por opção do autor do instrumento psicológico que a seleção utiliza como avaliação psicológica.

O concurso

As inscrições para o certame serão aberta às 18h desta segunda-feira (13) e seguem até o dia 11 de setembro, através do site da organizadora do certame. Ao total, são 16 vagas para a função de cadete. Os aprovados no processo seletivo receberão salário de R$ 9.544,44, após conclusão do curso.

Das vagas abertas, 14 são de concorrência geral e duas são destinadas a candidatos afrodescendentes. Ainda conforme o edital, até 50% das vagas podem ser preenchidas por mulheres, em respeito à Lei Estadual nº 14.804/2005. Para mais informações, acesse o edital.

LeiaJá também

--> Engenheiros: seleções abertas com salários de até R$ 7 mil

O VI Colóquio Internacional de Estudos sobre Homens e Masculinidades foi aberto na manhã desta segunda-feira (3) no Recife e traz como tema "Masculinidades frente às dinâmicas de poder/resistência contemporâneas: pressupostos éticos, ideológicos e políticos das diversas vozes, práticas e intervenções no trabalho com homens e masculinidades”.

O evento, que já foi realizado duas vezes no México, Colômbia, Uruguai e Chile, conta com a presença de pesquisadores de 13 países debatendo o tema em grupos de trabalho, mesas redondas elançamento de livros, entre outras atividades até a quarta-feira (5).

##RECOMENDA##

O colóquio é organizado pelo Grupo de Estudos sobre Masculinidades da Universidade Federal de Pernambuco (Gema/UFPE), IFF/Fiocruz, MenEngage Brasil, Instituto Papai e Instituto Promundo, com o objetivo de promover intercâmbio de experiências, estudos, pesquisas e diálogo sobre princípios e efeitos éticos, políticos e estéticos da produção de práticas e de conhecimentos. 

Confira a programação completa do evento.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando