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Linda Evangelista falou pela primeira vez, em uma entrevista para a WSJ Magazine, sobre o diagnóstico recebido em 2018 de câncer de mama. A supermodelo revelou que, assim que descobriu a doença, decidiu passar por uma mastectomia, procedimento para a retirada dos seios.

- As margens não eram boas e por outros fatores de saúde, sem hesitar, porque queria deixar tudo para trás e não ter que lidar com isso, optei por uma mastectomia bilateral. Pensando que era bom e preparado para a vida. O câncer de mama não iria me matar.

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Em julho de 2022, Linda passou por outro susto quando os médicos descobriram mais um nódulo de câncer de mama. Mas dessa vez ele estava alojado no músculo peitoral da modelo, que pediu que os especialistas tirassem de vez o problema:

- Cave um buraco no meu peito. Não quero que fique bonito. Eu quero que você escave. Quero ver um buraco no meu peito quando você terminar. Você me entende? Não estou morrendo por causa disso. Eu sei que estou com um pé na cova, mas estou totalmente em modo de comemoração.

Durante a entrevista para a revista, Evangelista comentou sobre seu relacionamento com a madrasta de seu filho, a atriz Salma Hayek:

- Eu amo aquela mulher. Ela é uma mulher que apoia mulheres. Assim como eu, [ela] é tão voltada para a família e tão positiva. Ela é uma bênção para nós…. Ela foi muito, muito generosa e gentil comigo enquanto eu estava passando pela quimioterapia.

A partir da campanha Outubro Rosa, o décimo mês do ano passou a ser referência na prevenção ao câncer de mama. Embora os tumores malignos acometam mais de 66 mil mulheres a cada 12 meses em todo o Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 90% dos casos têm possibilidade de cura.

Um dos tratamentos para este tipo de câncer é a mastectomia. A cirurgia que retira parte ou toda a mama para os tumores deixarem de agir no local, é considerada uma das mais eficazes na eliminação da doença. No entanto, a mutilação do corpo pode fazer com que as mulheres não assimilem a agressividade do procedimento cirúrgico e possam desenvolver problemas relacionados à autoestima. Para amenizar as mazelas trazidas pelas cicatrizes, algumas técnicas paramédicas e artísticas, como a micropigmentação da pele ou a tatuagem, são recursos utilizados por pacientes que buscam o conforto e a recuperação completa da doença.

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Acometida pelo câncer de mama, a professora Joana D’Arc Vieira Botini, 68 anos, procurou o método estético para elevar a autoestima. Segundo ela, o cirurgião que realizou a mastectomia foi quem lhe indicou a micropigmentação na auréola do seio. Para Joana, a manutenção da aparência foi a etapa final do processo clínico. "Foi o último procedimento da conclusão da mastectomia, como um recurso de identificação mais próxima e possível da minha mama verdadeira, de personalidade, de quem eu sou e de como nasci como mulher", declara a educadora. "Muitas pessoas tem vergonha de expor sua mama faltando a auréola, e esse procedimento ajuda a aumentar a autoestima de quem se submeteu a uma cirurgia", complementa.

A professora Joana D’Arc Vieira Botini | Foto: Arquivo Pessoal

A responsável pela aplicação do recurso estético em Joana foi a especialista em micropigmentação Deise Damas, 44 anos. De acordo com a esteticista e professora, o método redesenha cores e contornos originais do mamilo. "Implantamos o pigmento numa camada bem superficial da pele. O trabalho é simular ao desenho do mamilo, podendo ser feita quando há ou não alguma parte dele", destaca a profissional. "O pigmento é específico para este procedimento, pois as cores devem ser parecidas com as dos mamilos naturais", complementa Deise.

O procedimento

De acordo com a especialista Deise, o método não é invasivo e não aponta riscos para a saúde. "São feitas duas sessões que levam uma hora e meia cada. O procedimento deve ser repetido em média a cada dois anos", aponta. "O pós é muito tranquilo, exigindo apenas que a paciente evite fontes de calor".

O procedimento de micropigmentação | Foto: Divulgação / Deise Damas

A profissional ainda destaca que pacientes sem recursos financeiros para pagar pela micropigmentação podem procurar o estúdio, passar por uma avaliação e agendar horário para ser uma das contempladas do mês e ter o recurso paramédico aplicado na área afetada pela mastectomia. "É um benefício para quem não pode pagar pelo procedimento, normalmente pacientes do Sistema Único de Saúde [SUS]. Sempre é feito com autorização médica por escrito após a cicatrização da cirurgia", explica Deise.

Tatuagem

Assim como no documentário "The Dazzling Dozen" (2020), da revista estadunidense Inked, especializada em tatuagens, a securitária Ana Claudia Armando, 53 anos, buscou no desenho uma solução para marcar, de forma definitiva e criativa, as batalhas contra o câncer. Embora tivesse outros dois desenhos na pele, ela tinha receio em cobrir as cicatrizes da cirurgia. "Quando soube do projeto, fui pesquisar um pouco mais sobre o trabalho deles e me apaixonei tanto pela ação em si, quanto pela arte que eles fazem. O resultado não poderia ser diferente: ficou maravilhoso", comemora Ana.

A securitária Ana Claudia Armando | Foto: Arquivo Pessoal

Segundo a paciente, o que poderiam ser sinais considerados feios, virou arte e graça. "Foi um período que eu tinha que passar e passei com força, fé e coragem, mas que deixaram marcas incômodas. Elas relembram a parte feia da experiência e foi isso que o Gabriel transformou em beleza", enfatiza.

O artista

O tatuador Gabriel Nanni, 23 anos, foi o escolhido por Ana Claudia para cobrir as marcas do procedimento cirúrgico. Segundo ele, que é um dos responsáveis pelo estúdio Nanni Ink Tattoo & Art, em Campinas (SP), a inspiração para contribuir com as pacientes de câncer de mama veio após o relato de uma pessoa próxima emocionar ele e a sócia, a artista plástica e tatuadora Stella Nanni, 48 anos.

De acordo com Nanni, o testemunho fez com que o trabalho artístico se tornasse apoio para vítimas da mutilação causada pelas cirurgias. De lá para cá, a família Nanni já ilustrou 40 cicatrizes de maneira gratuita. "Como não temos patrocínio, temos que nos dividir entre nosso estúdio, tatuando e cobrando normalmente, mas a atividade de cobrir as cicatrizes que fazemos gratuitamente", pondera o artista.

A tatuagem feita no seio de Ana Claudia | Foto: Nanni Ink / Tattoo Truck Tour

De acordo com Nanni, o trabalho vai além da chance de dar um alento às vítimas de câncer de mama. Para ele, a iniciativa também trouxe uma valorização maior do próprio trabalho. "Sempre nos questionamos se nossa arte ajudaria as pessoas, e neste projeto nos encontramos. A satisfação em poder mudar a vida de alguém que passou pelo câncer, não tem como descrever".

Ainda segundo o artista, que participou da ação Tattoo Truck Tour, em parceria com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) no Outubro Rosa, o talento empregado nos desenhos é fundamental para ampliar a aplicação da técnica entre as vítimas do câncer de mama. "É importante o maior número possível de mulheres saber que existe essa possibilidade, não só de fazer a reconstituição do mamilo com uma tatuagem 3D, como de fazer outro desenho por cima da cicatriz", conclui o Nanni.

Pelo sexto ano seguido, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) irá promover uma ação para realizar cirurgias de reconstrução mamária em mulheres submetidas à mastectomia para o tratamento de câncer de mama.

A semana de Reconstrução Mamária será realizada a partir da próxima terça-feira (13), seguindo até o dia 17 deste mês, pelo Serviço de Cirurgia Plástica. A empresa Motiva Implantes, que irá fornecer as próteses. 

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Cinco mulheres que realizaram a mastectomia como parte do tratamento do câncer de mama serão acompanhadas pelo serviço. "A cirurgia de reconstrução mamária é um direito da mulher assegurado por lei e, além disso, integra o tratamento do câncer e lhe devolve a autoestima e qualidade de vida”, explica o chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do HC, Rafael Anlicoara.

A Semana de Reconstrução Mamária integra uma série de ações em celebração ao Outubro Rosa no HC. Nos dias 14 e 15, acontecem ações educativas na Portaria 4 e em diversos outros locais do HC, com distribuição de material informativo, exibição de vídeos, distribuição de laços cor-de-rosa, além de uma campanha de arrecadação de lenços e produtos de higiene e de beleza a serem doados às pacientes.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) determinou que um homem deve contratar um plano de saúde para que a sua ex-mulher possa fazer o tratamento de câncer de mama. O desembargador Odemilson Roberto Castro anotou em seu voto que o ex-marido deverá contratar o serviço sob pena de multa diária. 

"Embora o recorrido sustente que não tem condições de arcar com o valor, ao argumento de que está desempregado, (…) o recorrido expôs que é motorista, o que demonstra que possui ocupação capaz de lhe conferir renda", declarou Castro.

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O homem teve um prazo de cinco dias para reativar o plano de saúde empresarial ao qual tinha direito e pelo qual a sua ex-mulher iniciou o tratamento contra o câncer. A decisão foi unânime da 3ª Câmara Cível do TJ-MS. A mulher, que deve passar por uma mastectomia e reconstrução da mama, disse que não tinha tempo a perder.

Segundo o Estado de Minas, a mulher afirma que foi pressionada pelo ex-marido para realizar o tratamento com urgência porque ele iria pedir demissão. Na Justiça, o homem confirmou que teve que pedir demissão e, por isso, não teria como pagar o plano de saúde. 

A mulher rebate e aponta que a empresa administradora do plano de saúde conseguiu o deferimento do pedido de reativação do plano, com opção para o plano de demitidos, aposentados e inativos. A mulher diz que não poderia passar por um novo período de carência. 

Como forma de demonstrar a aceitação da condição sexual do jovem transexual Richard Alcantara, amigos e familiares se reuniram e, de forma simbólica, colocaram fitas adesivas nos seios - assim como o rapaz usa -, já que ainda não passou pela mastectomia, que é a excisão ou remoção total da mama.

A 'homenagem' foi compartilhada pela companheira do Richard, Yuri Almeida. Além do vídeo, a mulher relatou um pouco o sofrimento passado pelo jovem trans. "Um ano atrás ele sofria com a fase de aceitação e temia a rejeição da família. Já tentou contra a própria vida por consequência de depressão (sic)", revela Yuri. 

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Almeida aponta ainda que essa ação dos familiares foi uma demonstração de um amor incondicional. "Mesmo com tanta adversidade sempre colocou amor e união acima de tudo. Onde a conquista e realização do sonho de um integrante da família é compartilhada e vivida por todos. É a família da qual sou grata em fazer parte", salienta a companheira do Richard.

Confira o momento

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Mulheres diagnosticadas com câncer em uma das mamas costumam se confrontar com a difícil decisão de se devem remover ambas e um estudo publicado nesta quarta-feira (21) mostrou que as mastectomias duplas podem ser realizadas com frequência demais.

A cirurgia não aumenta a sobrevivência na maior parte das mulheres e é tipicamente recomendada para cerca de 10% daquelas consideradas com alto risco de desenvolver o câncer de mama. Das mulheres que se submeteram à cirurgia para remover a mama saudável, 69% não apresentavam grandes fatores de risco familiares ou genéticos, destacou o estudo, publicado no Jornal da Associação Médica Americana.

Enquanto isso, apenas um quarto das mulheres que correm um risco maior de desenvolver câncer no futuro tiveram a recomendação de remover as duas mamas, uma operação conhecida como mastectomia profilática contralateral. Mulheres com algumas mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 ou que têm um forte histórico familiar de câncer de mama costumam ser aconselhadas a remover as duas mamas após a doença ser diagnosticada em uma, para evitar a recorrência.

"As mulheres parecem estar se baseando em uma preocupação com a recorrência do câncer para optar pela mastectomia profilática contralateral", disse a principal autora do estudo, Sarah Hawley, professora associada de medicina interna da Escola Médica da Universidade de Michigan.

"Não faz sentido, porque ter uma mama não afetada removida não reduzirá o risco de recorrência na mama afetada", disse Hawley. A pesquisa tomou como base uma amostra de 1.447 mulheres americanas, com média de 59 anos, que foram diagnosticadas com cânceres no estágio de 1 a 3 em uma das mamas.

Cerca de 8% das mulheres tiveram as duas mamas removidas, 35% tiveram apenas a mama afetada removida e quase 58% fizeram uma cirurgia de conservação da mama, na qual apenas o tumor é retirado. Os cientistas descobriram que as mulheres com nível educacional mais elevado eram mais propensas a optar pela mastectomia profilática contralateral, e que o principal fator que pesou em sua decisão foi a preocupação de que a doença pudesse vir a aparecer na mama sadia.

Será inaugurado nesta quarta-feira (30), um espaço para distribuição gratuita de próteses externas de mama para mulheres que foram submetidas à mastectomia, cirurgia de retirada do seio, no Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP). As próteses são confeccionadas pela artista plástica Marta Rabello, que estará no local para fazer as doações e instruir as pacientes com relação à limpeza e a manutenção das peças.

As próteses, que são confeccionadas em tecido e polipropileno, ajudam na recuperação da autoestima dessas mulheres. Não há nenhuma contraindicação, as mulheres podem, inclusive, tomar banho de mar e piscina usando as próteses.

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Mais de 40 pacientes já estão cadastradas para receber as próteses, que variam em relação ao tamanho (38 ao 54) e, consequentemente, ao peso. As peças são entregues em embalagens individuais, com a numeração e as instruções de uso. O material deve ser trocado a cada seis meses. Por isso as mulheres cadastradas terão a garantia de reposição do material no período necessário, de forma absolutamente gratuita.

Perucas - Além da doação das próteses, Marta Rabello realiza empréstimo de perucas para as pacientes que perderam temporariamente os cabelos em função da quimioterapia. Por meio de um cadastro, as mulheres poderão agendar o dia da retirada da peruca.

A atriz americana Angelina Jolie declarou no domingo que está "maravilhosamente bem" e muito emocionada com o apoio do público depois de anunciar que passou por uma dupla mastectomia para prevenir o alto risco de sofrer um câncer de mama. A atriz, que compareceu à pré-estreia em Londres de Guerra Mundial Z, de Marc Forster, protagonizado pelo marido Brad Pitt, declarou que estava orgulhosa por sua decisão ter provocado um debate público. "Fiquei comovida por falar sobre isto", declarou em sua primeira aparição pública desde o anúncio da cirurgia em maio.

Angelina Jolie, de 37 anos, disse ainda que está feliz de constatar que as questões sobre a saúde das mulheres alcançam uma dimensão mundial. "Isto é muito por agradecer depois de ter perdido minha mãe por esta mesma doença. Também recebi o carinhoso apoio de muitas pessoas", completou. A mãe de Angelina Jolie, Marcheline Bertrand, faleceu vítima de câncer de ovário aos 56 anos e sua tia Debbie Martin também morreu, na semana passada, vítima de um câncer de mama.

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Brad Pitt afirmou que a decisão de Jolie estreitou os laços na família. "Quero dizer que para nós o belo é que a vida segue", disse. A atriz declarou que o marido é "um homem maravilhoso e um maravilhoso pai. Tenho muita, muita sorte", afirmou.

Depois de passar pela operação e uma reconstrução mamária, a filha do ator John Voight declarou que o risco de câncer de mama agora é de 5%. Antes os médicos calculavam o risco de câncer de mama em 87% e de 50% para câncer de ovário. Angelina Jolie disse que optou pela cirurgia para não privar os seis filhos, com idades entre 5 e 12 anos, da mãe.

A bela atriz Angelina Jolie causa furor por onde passa. Seja no oriente ou ocidente, a diva das telonas rouba a cena e traz para si todos os holofotes, aumentando a curiosidade e o desejo do público de se aproximar cada vez mais da esposa de Brad Pitt. Publicado pela editora Novo Conceito em 2011, o livro Angelina tenta mostrar, em uma biografia não autorizada, a história por trás do sucesso de Jolie.

Escrito por Andrew Morton e com tradução de Fernanda de Paula, a publicação mostra os casamentos conturbados com Jonny Lee e Billy Bob Thorton, a relação com seu pai e outros momentos críticos e marcantes da vida da estrela. Baseado em entrevistas concedidas a diversos veículos de comunicação e pesquisas realizadas pelo autor, Angelina se mostra uma boa opção para aqueles que desejarem conhecer um pouco sobre a vida da mulher que chocou o mundo na última semana ao anunciar que realizou uma dupla mastectomia.

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou ser questionável a retirada dos seios como estratégia para prevenir o câncer de mama, a exemplo do que foi feito pela atriz Angelina Jolie. "Como política pública, a recomendação é de que toda mulher com histórico na família de câncer deve procurar o médico e fazer um acompanhamento, a partir dos 35 anos", afirmou. "Esse é o consenso."

Padilha observou que medidas mais radicais, como a mastectomia, apresentam uma série de riscos, como complicações da cirurgia e infecções, além do impacto psicológico. "Não há consenso no mundo sobre a eficácia de tal medida. Há relatos de pessoas que se submeteram à mastectomia e num segundo momento foi demonstrado que elas não tinham risco elevado de desenvolver o câncer", completou.

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O ministro fez a declaração ao comentar o caso da atriz Angelina Jolie, que informou nesta terça-feira, 14, através de artigo publicado no jornal New York Times, que passou por uma mastectomia dupla preventiva, após ficar sabendo que tinha um gene que a tornava extremamente propensa ao câncer de mama.

"Minha mãe lutou contra o câncer por quase uma década e morreu aos 56 anos", escreveu a atriz. Jolie afirmou que após um exame genético ficou sabendo que tem o gene "defeituoso" BRCA1 e tinha 87% de chances de adquirir a doença.

A americana Angelina Jolie, uma das atrizes mais famosas do mundo, casada com o ator Brad Pitt, revelou que passou por uma dupla mastectomia preventiva para reduzir o risco elevado de câncer. Em um artigo com o título "Minha opção médica" publicado no jornal New York Times, a atriz de 37 anos explica que decidiu passar pela operação porque tem uma mutação genética que aumenta o risco de câncer.

Em seu caso, a mutação genética, conhecida como BRCA1, representava 87% de possibilidades de desenvolver um câncer de mama e 50% de padecer um câncer de ovários. A mãe de Angelina Jolie morreu de câncer aos 56 anos.

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"Quando soube qual era minha situação, optei pela prevenção para minimizar o risco o máximo possível. Tomei a decisão de submeter-me a uma dupla mastectomia preventiva", explica Jolie no artigo. "Comecei com os seios porque meu risco de ter câncer de mama é maior do que o de ter câncer de ovário, e a operação é mais complexa", afirma.

No dia 27 de abril a atriz concluiu os três meses de preparação para a operação, depois da qual seu risco de ter câncer de mama é de apenas 5%. Jolie, que teve três filhos com Brad Pitt e adotou outros três, afirma que está muito melhor depois da cirurgia. "Posso dizer a meus filhos que não devem ter medo de me perder por culpa de um câncer de mama", escreve.

Conhecida por ter interpretado a heroína dos jogos eletrônicos Lara Croft no cinema, Angelina Jolie, que nos últimos anos também estreou na direção, explica em detalhes a operação para retirada de tecido mamário e a substituição por implantes temporários: "Você levanta com tubos de drenagem e extensores nos peitos. Parece uma cena de um filme de ficção científica. Mas alguns dias depois da operação, você pode voltar à vida normal", recorda.

A atriz também ressalta que Brad Pitt foi um grande apoio durante todo o processo. "Conseguimos encontrar momentos para rir juntos. Sabíamos que era o melhor que podíamos fazer para nossa família e que nos uniria ainda mais. E foi assim que aconteceu". A operação deixou apenas pequenas cicatrizes que não chocarão nossos filhos, conta Jolie. "Pessoalmente não me sinto menos mulher. Me sinto mais forte e tomei uma decisão importante que não diminui em nada minha feminilidade", completa.

Angelina Jolie, uma das atrizes mais bem pagas do mundo, lamenta que o teste para detectar a mutação genética BRCA1, assim como a BRCA2, custe mais de 3.000 dólares nos Estados Unidos, "um obstáculo para muitas mulheres". Também espera que seu caso sirva de exemplo para outras mulheres com risco de câncer. "Se escrevo agora sobre isto é porque espero que outras mulheres poderão beneficiar-se de minha experiência". "A vida está cheia de desafios. Os que não devem nos dar medo são os que podemos enfrentar e podemos controlar", conclui.

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