Tópicos | Matt Hancock

Um dos países mais afetados pela Covid-19 no mundo, o Reino Unido planeja oferecer vacinas a toda a população adulta até o outono europeu - ou seja, até o segundo trimestre. A afirmação foi feita por Matt Hancock, secretário da saúde britânico, em entrevista à BBC na manhã deste domingo (10).

"Uma vacina será oferecida a cada adulto até o outono", disse ele em entrevista ao apresentador Andrew Marr. Hancock afirmou ainda que cerca de 2 milhões de britânicos já receberam as imunizações até o momento, e que espera que todos os membros dos grupos prioritários - que incluem idosos acima de 70 anos e trabalhadores da saúde - estejam vacinados até meados de fevereiro.

##RECOMENDA##

Segundo ele, na última semana, mais pessoas foram vacinadas do que em todo o mês de dezembro. Até o momento, o Reino Unido tem 3.017.409 casos confirmados da Covid-19, e vive uma segunda onda da doença com maior nível de gravidade que a primeira.

Na Ásia, a China confirmou 69 novos casos da doença neste domingo, sendo 46 deles na província de Hebei, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde do país. Nas cidades de Shijuazhuang e Xingtai, em que se concentra a maior parte dos casos, autoridades conduzem um massivo programa de testagem da população, e os moradores estão proibidos de deixar as vizinhanças em que vivem por uma semana.

Neste caso, a preocupação é pela proximidade com a capital do país, Pequim. Hebei faz fronteira com a cidade, e as viagens entre as regiões foram restritas. Habitantes de Hebei que tentam chegar a Pequim precisam provar que trabalham na cidade para obter autorização para entrar.

No Japão, a oposição legislativa ao governo afirmou que a declaração de emergência que entrou em vigor na sexta (8) chegou "muito tarde", e tem escopo limitado - as medidas, que limitam o horário de funcionamento de determinados estabelecimentos, estão centradas na região de Tóquio. O total de casos do país, que também vive uma segunda onda da doença, se aproxima dos 290 mil.

Na América Latina, o México registrou no sábado (9) um novo recorde diário de casos confirmados. 16.105 novos testes positivos foram adicionados às estatísticas, assim como 1.135 novas mortes. Ao todo, o México tem 1.524.036 casos confirmados da doença, e 133.204 mortes. Ao mesmo tempo, as autoridades afirmaram ontem que 6.722 doses da vacina contra a doença foram administradas na sexta-feira (8), elevando o total a cerca de 75.000.

No mundo, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, já são 89.718.548 casos confirmados, com 1.928.136 mortes.

Os candidatos ao cargo de premier do Reino Unido entram neste sábado na corrida pela vaga dispostos a lidar com a complicada questão do Brexit, depois que Theresa May anunciou sua demissão.

Matt Hancock, ministro da Saúde, anunciou nesta manhã sua candidatura. "Precisamos de um líder para o futuro, não apenas para agora", publicou no Twitter.

##RECOMENDA##

"Implementarei o Brexit. Depois, avançaremos para o futuro radiante que devemos construir para o Reino Unido", afirmou, acompanhando suas declarações da hashtag #LetsMoveForward (#Avancemos).

A dirigente conservadora deixa para seu sucessor a árdua tarefa de implementar a saída da União Europeia (UE) em um país dividido sobre esta questão. O novo líder terá que renegociar um acordo com Bruxelas, depois que os deputados rejeitaram o alcançado por May, ou optar por uma saída sem acordo.

May anunciou ontem que deixará oficialmente o cargo em 7 de junho, e expressou um "profundo pesar" por ter fracassado em concretizar o Brexit. Ela garantirá a transição até que os cerca de 100 mil membros do Partido Conservador elejam, até 20 de julho, um novo líder entre os candidatos selecionados pelos deputados tories, que se tornará o próximo chefe de governo.

- Luta de dois meses -

O anúncio marca o início de uma luta de dois meses pelo poder. Boris Johnson, 54, sequer esperou a declaração da premier para anunciar sua candidatura ao cargo.

Grande favorito das apostas, o ex-chanceler e ex-prefeito de Londres foi um dos responsáveis pela vitória do Brexit em um referendo.

O ministro do Desenvolvimento Internacional, Rory Stewart, e a ex-ministra do Trabalho Esther McVey também anunciaram suas candidaturas. O titular das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, indicou ontem que o faria "no momento oportuno".

Em visita à Suíça ontem, Johnson declarou que, se chegasse a premier, buscaria renegociar o acordo de May com Bruxelas, mas estaria "disposto a sair" sem um acordo.

Rory Stewart, em troca, declarou à rádio BBC4 que "não poderia servir um governo cuja política é empurrar o país para um Brexit sem acordo".

O deputado trabalhista Chris Bryant estimou que se o futuro premier optar por um divórcio duro da UE, "terá o mesmo destino de May, mas seria uma questão de semanas ou meses, não de anos".

- Renegociação? -

O próximo chefe de governo enfrentará as mesmas lutas de poder na Câmara dos Comuns, com os trabalhistas como principais opositores, já que sua chegada não está condicionada a novas eleições legislativas.

"A questão é se um novo premier poderá se encontrar com os 27 da União Europeia e obter um acordo diferente, mais atraente para o Parlamento", disse o professor de política pública na London School of Economics Tony Travers.

A Comissão Europeia antecipou que a saída de May não mudará em nada a posição dos 27 sobre o acordo do Brexit. "O acordo de retirada não está aberto a renegociação", afirmou o premier holandês, Mark Rutte.

A dirigente alemã, Angela Merkel, mostrou-se mais flexível e prometeu trabalhar por um "Brexit ordenado".

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando