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Na última terça-feira (14), a Secretaria do Meio Ambiente do Paulista (SEMA), em conjunto com o 17º batalhão da Polícia Militar de Pernambuco e da Delegacia de Polícia de Meio Ambiente (Depoma), realizou uma visita técnica na área do Parque do Janga para analisar os índices de degradação no local. 

A vistoria identificou vários crimes ambientais, como desmatamento, queimadas, tentativa de construções irregulares e ligações clandestinas de energia, quando foram realizadas notificações e autuações aos infratores na área.

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A atividade faz parte do plano de coleta de dados para comparativo do primeiro trimestre de 2023 com o mesmo período do ano passado, além de atender às recomendações do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) de preservação do meio ambiente.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Clécio Araújo, os agentes identificaram as áreas afetadas com o auxílio de um drone. “Em conjunto com o apoio das polícias Militar e Civil identificamos os infratores, coibimos as irregularidades e, sobretudo, mapeamos os locais para realizarmos a recuperação dos mesmos com reflorestamento”, destacou.

O Parque do Janga foi constituído como Unidade de Conservação Integral por meio de Decreto Municipal em dezembro de 2022, aprovado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente, sendo vedada qualquer tipo de intervenção ou utilização do solo para fins de moradia ou exploração comercial.

*Com informações da assessoria

O dia 28 de junho de 1992 marcou a história da vida praieira na Região Metropolitana do Recife (RMR). Um banhista sofreu um incidente com um tubarão, causando grande alarde na população na época. A vítima foi mordida quando nadava na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, lugar onde mais se registraram casos do tipo. Apesar de haver registros anteriores, ele foi o primeiro atacado por tubarão desde que Pernambuco passou a registrar essas ocorrências. Mais de 30 anos se passaram e Pernambuco conta atualmente com 77 casos registrados de incidentes com tubarão, sendo 26 com vítimas fatais.

Os casos mais recentes este ano aconteceram nas últimas semanas. No dia 20 de fevereiro um homem foi mordido na praia de Del Chifre, em Olinda. Outros dois casos aconteceram na praia de Piedade, nas imediações onde aconteceu o primeiro incidente, em 92. Dois adolescentes, de 14 e 15 anos, sofreram as investidas do animal nos dias 5 e 6 de março, respectivamente, e ainda estão internados no Hospital da Restauração, no Recife.

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Lá atrás, em 92, ainda não existiam estudos sobre os tubarões que circulavam na costa pernambucana, e foi nessa época que começaram a ser desenvolvidos projetos de pesquisa para compreender as espécies marinhas e as causas de suas aparições. Os estudos continuaram até 2014, principalmente oriundos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e espelhados para a sociedade por meio do Comitê de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (CEMIT).

Mas afinal, o que faz os tubarões, depois de tantas décadas de pesquisas e projetos de conscientização da população, ainda serem encontrados no litoral da RMR, e tão perto de seres humanos? O LeiaJá conversou com o professor da UFRPE e engenheiro de pesca, Paulo Oliveira, que explicou alguns detalhes sobre o assunto.

Questões ambientais

O professor enfatiza que um dos problemas que deve ser combatido com urgência é a destruição de ecossistemas. “A questão envolvendo interação de tubarões e seres humanos tem a ver com a degradação generalizada dos ecossistemas costeiros, e algumas questões relacionadas à geografia, à geomorfologia das nossas praias. Essa degradação faz com que os tubarões se aproximem da costa, e as questões geográficas e geológicas fazem com que eles permaneçam na costa”, esclarece o docente.

O Governo do Estado decidiu essa semana reativar e reestruturar o CEMIT, retomando as frentes de pesquisa que a UFRPE realizava, além de sua realocação para a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS). Até então, o comitê ficava sob responsabilidade da Secretaria de Defesa Social (SDS).

Contrário aos que defendem a interferência física no mar, como a aplicação de telas submarinas, o professor alerta que é preciso estudar mais a fundo as causas e as consequências das ações humanas no meio ambiente. “A partir do momento que a gente coloca uma barreira física, a população vai ter a falsa sensação de segurança, porque essas redes não vão assegurar a erradicação dos incidentes. Além disso, ainda tem a questão ecológica. Ao invés de resolver um problema, você acaba gerando outro maior ainda”, discorre.

Monitoramento e educação ambiental

Paulo relembra ainda que quando o acompanhamento da movimentação marinha era realizado de forma constante pelo CEMIT, a incidência de casos era significativamente menor. No entanto, ele enfatiza ainda que a diminuição do número de casos se dá com a participação da sociedade a partir do fortalecimento da educação ambiental para a população.

“É importante mostrar para as pessoas que em determinados trechos não se pode entrar, em outros é possível, indo de forma segura, como: escolher os horários da baixa-mar; em locais rasos; evitar entrar sozinho. Essas medidas são tomadas no mundo inteiro”, explica Oliveira.

Uma filhote de tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) foi resgatado na praia do Pontal de Maria Farinha, em Paulista, Região Metropolitana do Recife, na segunda-feira (27), por uma equipe da Secretaria Executiva de Meio Ambiente de Paulista (Sema). 

O animal foi encontrado pela fotógrafa Jeanne Look, de Santa Catarina, enquanto caminhava pela praia com o marido. “Quando avistamos o filhote, inicialmente ele não se mexia, parecia morto, até que percebi que piscou o olho. Como é um animal que está em vias de extinção, decidimos ajudar para salvar. Tentamos colocar na água para ver se nadava para o mar, porém não conseguiu. Então, pesquisei e encontrei nas redes sociais uma analista ambiental da Sema, que veio e fez o resgate. Fico muito feliz por termos ajudado a preservação da espécie marinha, é gratificante”, afirmou a fotógrafa.

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No local onde o filhote de tartaruga marinha estava, a analista ambiental da Sema Bruna Maldonado realizou os procedimentos necessários para que ele fosse colocado no mar. "Assim que fomos contactados sobre o filhote, nos dirigimos ao local e percebemos que a tartaruguinha estava bem. Fizemos a soltura no Pontal de Maria Farinha, onde ela nasceu", explica a analista Bruna Maldonado. De acordo com a analista, o filhote nasceu de um ninho não monitorado, que deve ter eclodido no domingo (26), logo no amanhecer do dia ou no sábado a noite.

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O que fazer ao encontrar uma desova 

Ao presenciar a desova de tartarugas, a população deve, entrar em contato com a Secretaria Executiva de Meio Ambiente do município, por meio do número/WhatsApp: (81) 99836-9947, ou através dos canais oficiais da Prefeitura do Paulista, pelo site: www.paulista.pe.gov.br, no endereço de Instagram: @prefeiturapaulistape, ou pelos endereços auxiliares: @sema_paulista, @sedurtma. 

O público também pode ligar para o fone 153, da Guarda Municipal. Além de entrar em contato pelos canais informados pela Sema, também deve-se manter distância de, no mínimo, 30 metros, e não tocar. 

Se o avistamento for à noite, não use lanterna ou flash de câmera com luz branca nos olhos do animal. Já tratando-se do nascimento dos filhotes, o procedimento é o de manter distância, não tocar no animal e entrar em contato com a Sema.   

Crime

É importante informar que nas placas de sinalização dos ninhos está descrita a Lei 9.605, no Art. 29. A Legislação esclarece que vandalismos e violações aos ninhos, ou captura de filhotes, ou comercialização dos mesmos são um crime ambiental, com multas que vão de R$ 500 a R$ 5 mil, e pena de seis meses a um ano de prisão.

Da assessoria 

O ex-deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB) é o novo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A escolha foi da própria ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. 

A nomeação de Agostinho ocorreu nesta sexta-feira (24). A cerimônia de posse está prevista para a próxima terça (28), em Brasília. Antes, ele foi vereador e secretário do Meio Ambiente de Cafelândia e prefeito de Bauru por dois mandatos, ambos municípios no interior de São Paulo. Em 2018, foi eleito deputado, mas não conseguiu se reeleger no ano passado. 

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Na Câmara, Rodrigo Agostinho presidiu a Comissão de Meio Ambiente e coordenou a Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso. Ele também representou os deputados na última Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 27), em novembro do ano passado. 

No dia 13 de fevereiro de 2019 dois ministros do então governo Bolsonaro estiveram presentes na festa da colheita da Terra Indígena Utiariti, a 397 quilômetros de Cuiabá, Mato Grosso. A reportagem do portal The Intercept Brasil apurou que o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e a ex-ministra da agricultura, Tereza Cristina, foram convidados para participarem da celebração. No entanto, tanto a festa quanto a colheita realizada na região foram feitas de forma ilegal.

De acordo com a reportagem, também foram convidados o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, e o então diretor de Proteção Ambiental do Ibama, major Olivaldi Azevedo. A celebração contou ainda com a presença de indígenas de 70 aldeias, vindos das cinco regiões do país.

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Ainda em 2018, algumas regiões indígenas das etnias Pareci, Manoki e Nambikwara haviam sido interditadas pelo Ibama. O órgão multou os grupos por desmatamento sem licenciamento ambiental, plantio de soja transgênica na área indígena e arrendamento de terras para não-indígenas. Foi também aplicada uma multa de R$ 2,7 milhões contra produtores rurais e associações indígenas. Portanto, a festa da colheita de fevereiro do ano seguinte foi realizada em uma região interditada, para celebrar a colheita de uma plantação que nem deveria ter sido feita.

De acordo com o artigo 79 do decreto 6.514, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, o descumprimento de embargo pode acarretar em uma multa que varia de R$ 10 mil a R$ 1 milhão . Os ex-ministros ainda podem ser autuados por prevaricação, quando um servidor público deixa de cumprir o seu papel corretamente.

Área embargada

Em 2019 a superintendente do Ibama no Mato Grosso, Lívia Karina Passos Martins chegou a ser convidada pelo governador para participar da festa da colheita. No entanto, ao invés de aceitar, Martins detectou que a área estava embargada e que não poderia ser utilizada para o evento. “Os grãos a serem colhidos neste 1º encontro teriam sido produzidos sobre área objeto de embargo, infringindo o Decreto 6.514/2008 por descumprimento”, disse em ofício endereçado à presidência do Ibama e à Diretoria de Proteção Ambiental, o Dipro.

Sete meses depois, a região, junto com outras que estavam listadas no embargo, foi desembargada. Dois meses após o desembargo, indígenas das três etnias tiveram a permissão para produção agrícola, sem a participação de não-indígenas e sem transgênicos, depois de assinarem um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ibama, a Funai e o Ministério Público Federal (MPF).

Procurado pela reportagem, com o intuito de saber sobre a fiscalização das áreas desembargadas, o Ibama respondeu que “não consta na base de dados a realização de novas ações fiscalizatórias nas referidas áreas após o desembargo.”. Portanto, além de não haver informações sobre as fiscalizações realizadas na época, tampouco é possível saber o destino da soja produzida ainda durante o embargo. Também não constam informações oficiais sobre a presença de Olivaldi Azevedo na festa da colheita.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que os Estados Unidos contribuam com o Fundo Amazônia, que financia projetos de sustentabilidade com recursos de países ricos. Em entrevista coletiva após encontro com o presidente norte-americano, Joe Biden, Lula disse ter recebido a promessa de entrada do país no fundo.

“Senti muita vontade [de Biden]. O que posso afirmar é que ele vai participar do fundo amazônico”, declarou Lula. Segundo o presidente brasileiro, os Estados Unidos estão convencidos da necessidade de nações ricas financiarem empreendimentos em áreas florestais de países em desenvolvimento para a preservação do meio ambiente.

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“É preciso transformar a riqueza da nossa diversidade em algo que possa ser proveitoso para o povo brasileiro que mora na Amazônia”, comentou.

O presidente brasileiro disse ter proposto a Biden um grupo neutro para negociar um possível acordo de paz para a guerra entre Rússia e Ucrânia. Lula informou que já apresentou a sugestão ao presidente francês, Emmanuel Macron, e ao chanceler alemão, Olaf Scholz, que esteve em Brasília na semana passada.

Segundo Lula, os trabalhos começariam pela negociação de um cessar-fogo ou de um armistício. “A primeira coisa [do grupo] é terminar a guerra. Depois, negociar o que for acontecer no futuro”, afirmou. “Estou convencido de que é preciso encontrar uma saída para colocar fim a essa guerra. E senti da parte do presidente Biden a mesma preocupação, porque ninguém quer que essa guerra continue. É preciso que tenha parceiros capazes de construir um grupo de negociadores que os dois lados acreditem”.

Em relação à ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), Lula disse ter levado a sugestão, historicamente defendida pela diplomacia brasileira, a Biden. O líder brasileiro disse que a ideia foi bem recebida pelo mandatário norte-americano.

“Pedi que outros países possam participar do Conselho de Segurança para que algumas decisões de ordem climáticas sejam tomadas a nível internacional. Senti muita disposição do presidente americano para contribuir com isso”, comentou Lula.

Com Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia como membros permanentes, o Conselho de Segurança da ONU concede o aval das Nações Unidas para guerras. Mais dez países têm assentos rotativos, com qualquer um dos cinco países com assentos permanentes tendo poder de veto.

Sobre a retomada de relações diplomáticas do Brasil com a África, Lula anunciou que pretende viajar a três países do continente: Angola, África do Sul e Moçambique. Em suas redes sociais, o presidente disse que a viagem a países africanos "é uma obrigação histórica e humanitária."

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Neste sábado (11), Lula escreveu em suas redes sociais que retorna hoje ao Brasil depois de um ótimo encontro com o presidente Joe Biden. "Estamos voltando a estabelecer parcerias importantes para o cuidado com nosso meio ambiente e na defesa da democracia. O Brasil está de volta ao debate mundial. Bom dia para todos", postou o presidente brasileiro.

Já o presidente norte-americano postou em suas redes sociais, também neste sábado, que "está construindo uma parceria Estados Unidos Brasil mais forte para gerações que estão por vir".

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reúne nesta sexta-feira (10) com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para uma conversa sobre democracia e meio ambiente, com a sombra do ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro como pano de fundo.

O encontro, programado para 17h30 (19h30 de Brasília), acontece pouco mais de um mês após o ataque de milhares de bolsonaristas às sedes da Presidência, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal em Brasília.

Os atos recordaram o ataque ao Capitólio de simpatizantes do ex-presidente republicano Donald Trump para tentar impedir a validação da vitória de Biden nas urnas em janeiro de 2021.

Bolsonaro viajou para os Estados Unidos na véspera da posse de Lula e está na Flórida, onde iniciou os trâmites para solicitar um novo visto que permitiria sua permanência no país por vários meses, enquanto a justiça brasileira investiga seu envolvimento ou não nos ataques de 8 de janeiro.

A Casa Branca não recebeu nenhum pedido sobre a questão por parte do governo brasileiro e o tema não está na agenda, afirmou uma fonte do governo americano.

"Ambos querem aprofundar o compromisso compartilhado de promover, reforçar e aprofundar a democracia", acrescentou a fonte.

Bolsonaro teve uma relação próxima com Trump e fria com Biden. O democrata quer aproveitar a mudança de governo no Brasil para estreitar laços entre as duas grandes economias das Américas, começando pelo meio ambiente.

Funcionários do governo americano anteciparam que a crise climática será "uma prioridade absoluta" no encontro no Salão Oval, mas sem revelar se Washington contribuirá para o Fundo Amazônia, um mecanismo financeiro multilateral criado em 2008 e administrado pelo Brasil para a luta contra o desmatamento.

Lula prometeu acabar com o desmatamento até 2030, depois dos recordes registrados na Amazônia brasileira durante o mandato de Bolsonaro.

- Guerra na Ucrânia -

Mas a boa sintonia entre Biden e Lula acaba quando o tema é a guerra na Ucrânia.

Biden lidera as iniciativas ocidentais para apoiar Kiev, convencido de que é necessário fornecer ajuda diplomática, armas e treinamento militar par a que a Ucrânia lute contra a Rússia, que invadiu seu território.

Mas o Brasil, ao lado de outros países emergentes como Índia e África do Sul, e alguns latino-americanos como Argentina, Colômbia ou México, reluta em enviar armas ao país.

Lula afirma que está "preocupado com a guerra", mas não quer participar no conflito nem sequer indiretamente, e propõe a criação de um "grupo de países que sentem à mesa com Ucrânia e Rússia para tentar alcançar a paz".

Ele abordou o tema com presidente francês Emmanuel Macron e com o chefe de Governo alemão Olaf Scholz e, além de Biden, provavelmente conversará sobre a questão em março com o presidente chinês Xi Jinping, durante uma visita a Pequim.

Lula provocou alvoroço no ano passado ao afirmar que o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, era "tão responsável quanto (o presidente russo, Vladimir) Putin" no conflito bélico.

Um funcionário do governo americano, que pediu anonimato, avaliou que não existem grandes divergências porque Washington "respeita e apoia" as iniciativas de paz de Lula, o que não impedirá que Biden enfatize as "realidades objetivas", por entender que a invasão viola o direito internacional e a Ucrânia o direito de autodefesa.

"Acredito que os dois líderes terão uma conversa muito franca sobre como avançar realmente de uma maneira que leve a um resultado que seja consistente com os compromissos assumidos com base na Carta da ONU", completou a fonte.

O encontro "oferecerá uma oportunidade para dar um novo impulso às relações" bilaterais com base na defesa das instituições democráticas, na luta contra os discursos de ódio e desinformação, na promoção dos direitos humanos e na luta contra as mudanças climáticas", disse o governo brasileiro na quinta-feira.

Lula também falará de comércio e investimento. Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com um volume de negócios que chegou a 88,7 bilhões de dólares no ano passado.

Antes do encontro com Biden, Lula, que foi presidente de 2003 a 2010, se reunirá com vários congressistas democratas, incluindo o senador Bernie Sanders, e com representantes da AFL-CIO, a principal confederação sindical dos Estados Unidos, que concedeu ao brasileiro um prêmio de direitos humanos quando o ex-líder sindical estava preso.

O deputado federal e ex-ministro do Governo Bolsonaro Ricardo Salles (PL-SP) relembrou a expressão “passar a boiada”, utilizada por ele em 2020, e lamentou que o verdadeiro significado dela não teria sido veiculado à época, assim como a realização do que ele queria dizer. Alegando ter sido tirado de contexto, o parlamentar, em nova entrevista ao UOL, disse que o trecho sobre “passar boiada” se referia a uma mudança nos termos burocráticos dos ministérios, a fim de dar maior celeridade e foco às demandas. 

“Infelizmente, não. [...] Minha fala na reunião ministerial, embora seja, por alguns, propositalmente manipulada, eu falei que todos os ministérios [...] do Brasil precisam, e já passou da hora, de fazer um esforço muito grande de desburocratizar. [...] Isso que quis dizer com passar boiada, e se tivesse acontecido, Brasil estaria em situação muito melhor. Não tem nada a ver com a situação da Amazônia, é outra história, outro contexto”, disse o deputado. 

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Durante a reunião ministerial do dia 22 de abril de 2020, o então ministro do Meio Ambiente alertou os ministros sobre o que considerava ser uma oportunidade trazida pela pandemia da Covid-19, de aproveitar o foco da sociedade e dos governos nos assuntos sobre a pandemia e mudar regras dentro das atividades ministeriais, ainda que isso pudesse um conflito no Judiciário. 

“Então pra isso precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de COVID e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas. De IPHAN, de ministério da Agricultura, de ministério de Meio Ambiente, de ministério disso, de ministério daquilo. Agora é hora de unir esforços pra dar de baciada a simplificação, é de regulatório que nós precisamos, em todos os aspectos”, disse, à época. 

Crise Yanomami 

Ao UOL, Ricardo Salles também disse que o problema dos indígenas yanomamis é "muito antigo" e que a responsabilidade pela crise humanitária é da "sociedade". Salles foi ministro do Meio Ambiente do governo Jair Bolsonaro até ser exonerado em junho de 2021 por suspeitas de facilitar a exportação ilegal de madeira do Brasil aos EUA e à Europa. 

"O problema dos yanomamis é muito antigo, o território tem muita influência do tráfico de drogas, a fronteira é difícil. Há muitas décadas a região sofre com uma série de fragilidades que resultaram nessa situação muito triste", afirmou Salles. 

Ele também minimizou a responsabilidade do governo Bolsonaro sobre a crise humanitária na Terra Yanomami. Salles negou que tenha facilitado o garimpo ilegal na região durante seu período como ministro. 

 

O nome do deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro Ricardo Salles tem sido defendido pelo Partido Liberal para comandar a Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados. A indicação foi alvo de críticas por parlamentares e militantes do meio ambiente.  

Salles foi exonerado do Ministério em 2021 depois de ser alvo de uma operação da Polícia Federal, que investiga a facilitação à exportação ilegal de madeira do Brasil para os Estados Unidos e Europa. 

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A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) relembrou que Ricardo Salles responde na Justiça por crimes como a exportação ilegal de madeira. Para ela, a problemática dele comandar a comissão não é pela divergência ideológica, mas sim pela gravidade do que ele fez enquanto ministro. “Eu tive, no ano passado, com o presidente de Meio Ambiente que tinha um pensamento diferente do meu e a gente dialogou. O que me parece grave é a gente ter alguém que destruiu o meio ambiente, órgãos de controle foram desmontados e tudo. Meio ambiente não é brincadeira. Querer que o mundo nos olhe com seriedade, que o Brasil volte a ser protagonista na pauta ambiental com Ricardo Salles, presidindo a comissão de Meio Ambiente”, expressou. 

O deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB-PE) também criticou a indicação. “Veja se tem sentido: quando era ministro, ele disse que tinha que aproveitar que todas as atenções estavam voltadas para a Covid e tentar passar a boiada e desregulamentar toda a proteção de meio ambiente que o Brasil tinha até então. Agora, há uma movimentação para levá-lo à presidência da comissão de Meio Ambiente da Câmara de Deputados, é o mesmo que amarrar cachorro com linguiça. Isso precisa ser evitado”, pontuou. 

Por sua vez, Salles garantiu que não pretende presidir a pasta por ter acabado de entrar na Casa e não conhecer os trâmites. “Presidir a comissão, na minha opinião, é uma função muito importante para quem já tem alguma experiência parlamentar. Pelo menos no primeiro ano, quem acabou de entrar, devia se abster de presidir a comissão. Não quero a do Meio Ambiente e nenhuma outra”, disse à imprensa ainda na terça-feira (7). 

Por sua vez, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), defendeu o nome do ex-ministro à presidência do colegiado e ressaltou a qualificação do mesmo. “É claro que ele tem qualificação. Se depender do PL, ele vai ter meu apoio. Ele não quer, mas a gente quer”.  

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Abaixo assinado 

A atriz Laila Zaid e militante do meio ambiente publicou, nas redes sociais, um link de um abaixo assinado na tentativa de impedir que Salles presida a comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados

“Sabe a sensação de ser feita de otária? É o que a gente devia estar sentindo nesse momento, enquanto o PL está querendo colocar Ricardo Salles como presidente da comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados. Sim, aquele cara que aproveitou a pandemia para ‘passar a boiada’. O cara é um militante do desmatamento. Só que a gente não é otário. Pelo menos não sem lutar”, disse a atriz, antes de informar sobre o link do abaixo assinado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone, nesta quinta-feira (26), com seu contraparte francês, Emmanuel Macron, sobre os "desafios" com o meio ambiente e a fome e os "riscos" da extrema direita para a democracia, informou o Palácio do Planalto.

"Ambos concordaram sobre os riscos que pairam sobre a democracia em virtude das ações violentas de grupos de extrema direita" e a "importância de se combater a desinformação", disse o Planalto em nota.

Macron ratificou o apoio da França ao Brasil após a invasão das sedes dos três poderes em Brasília, em 8 de janeiro, por milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que exigiam a queda de Lula.

"Durante nossa conversa, reiterei ao presidente @LulaOficial o apoio da França após os ataques contra a democracia brasileira", tuitou Macron.

Além disso, durante a conversa por telefone de mais de uma hora, os dois líderes discutiram as negociações em andamento para selar o acordo Mercosul-União Europeia e a "urgência" de buscar a paz entre Rússia e Ucrânia, países em conflito desde fevereiro de 2022.

Lula, de 77 anos e que iniciou um terceiro mandato presidencial em 1º de janeiro, convidou Macron para visitar o Brasil e conhecer o estaleiro no Rio de Janeiro onde está sendo construído um submarino movido a energia nuclear, fruto da cooperação entre os dois países.

Os presidentes também discutiram os esforços para combater as mudanças climáticas, pauta considerada prioritária pelos dois governos.

"Nós reafirmamos nossa determinação de agir pelo clima, pela biodiversidade, por nossas florestas e contra a fome. Vamos superar estes desafios", escreveu Macron, de 45 anos.

A volta de Lula ao poder no Brasil, que já havia governado entre 2003 e 2010, foi um alívio para as relações entre Brasil e França.

Macron e Bolsonaro tiveram relações muito ruins, especialmente devido à forma como o ex-presidente brasileiro lidou com a proteção da Amazônia, um recurso-chave na esforço internacional para deter as mudanças climáticas.

O vereador de Olinda Jesuíno Araújo (Cidadania) denunciou, nesta quarta-feira (25),  o descaso da Prefeitura de Olinda com os animais de grande porte. A Secretaria de Meio Ambiente e Planejamento Urbano da cidade realizava o recolhimento dos animais das ruas, os levavam para a Base Rural de Olinda e faziam o acompanhamento médico. No entanto, segundo o parlamentar, o serviço não é feito há mais de um mês. 

Jesuíno constatou o abandono da Base Rural de Olinda em visita nesta quarta. Ele contou que o local recebia os animais e que a prefeitura havia feito um contrato emergencial com uma empresa para fazer o recolhimento dos animais nas ruas. “Mas o contrato encerrou e ela não fez uma nova licitação. E hoje, os animais de grande porte estão soltos na cidade. A gente faz a denúncia e não tem ninguém para fazer o recolhimento”.

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Em publicação no Instagram, o vereador mostrou vídeos recebidos de animais visivelmente machucados, um com uma ferida exposta que não parava de sangrar, e outro com a pata quebrada. “Além desses, outros animais estão soltos. A gente foi lá verificar [a Base Rural] e está num estado de abandono do lado de dentro. Do lado de fora está tudo bonito. Hoje tinha uma equipe fazendo a podação das árvores, mas dentro a estrutura está totalmente sem condições de receber os animais, com o muro quebrado”. Ele falou que os muros eram quebrados pelos donos dos animais que iam pegá-los de volta à noite, “a gente pedia para colocar um vigia noturno porque o animal era recolhido, mas nunca foi feito”. 

De acordo com o parlamentar, amanhã (26) será encaminhada uma solicitação à Secretaria de Meio Ambiente para que uma nova licitação seja aberta e os animais voltem a ser atendidos. “Que volte a ser feita a estrutura para os animais serem recebidos na hora. Assim como o Castramóvel de Olinda, que também está parado porque o contrato está encerrado. É um serviço contínuo e não pode parar. A nossa luta daqui para frente é para que tenha esse serviço contínuo, e eles não estão fazendo”, pontuou. 

A reportagem do LeiaJá entrou em contato com a Prefeitura de Olinda e aguarda retorno. 

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A ministra do Meio Ambiente teve um encontro com a ativista sueca Greta Thunberg, em Davos, nesta quinta-feira (19). Do lado de fora do Fórum Mundial Econômico, a ministra se reuniu com a sueca e outros jovens ativistas ambientais do mundo. O encontro foi celebrado por Marina em suas redes sociais.

De acordo com Marina, o encontro com o grupo que chamou de "terceira geração de ativistas ambientais" foi "potente e encorajador". "Hoje tive a graça de ter um potente e encorajador encontro com a terceira geração de ativistas ambientais. As juventudes têm pressa por resultados no enfrentamento das desigualdades, do risco climático e da perda de biodiversidade", escreveu em publicação.

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Uma ativista do Meio Ambiente há décadas, a minista rememorou a atuação junto com Chico Mendes. "Ao lado de jovens mulheres ativistas de vários continentes, pensei: dos empates locais em Xapuri ao lado de Chico Mendes, em defesa da floresta, ao empate global para evitar o completo desequilíbrio do planeta, ao lado de Greta e suas companheiras de novas e velhas jornadas".

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O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima confirmou que o deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB-SP) assumirá a presidência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), conforme antecipou a reportagem. Em nota divulgada neste sábado, 14, a pasta informa que o parlamentar foi escolhido pela "sólida formação técnica e destacada atuação na área ambiental".

Agostinho, cujo mandato se encerra em janeiro, é biólogo, ambientalista e advogado. Ele foi membro titular do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) por mais de 10 anos e é membro da Comissão Mundial de Direito Ambiental da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN). Foi gerente executivo do Instituto Arapyaú (2016-2018) e é ex-prefeito de Bauru (SP). Como deputado coordenou a Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso Nacional por três anos consecutivos.

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Agostinho disse que será preciso reconstruir o órgão. "Após tantas perseguições, assédios e erros estratégicos, vamos exercer a racionalidade. Nosso trabalho terá como foco prioritário o combate ao desmatamento; o fortalecimento da gestão pública socioambiental; a modernização das nossas estruturas e a defesa intransigente do meio ambiente equilibrado", afirmou na nota. À reportagem, o deputado informou que está "ajudando" informalmente na reestruturação do instituto, atuando na elaboração de diagnóstico e planejamento do órgão. "O ato formal de posse será apenas no fim do mês com o encerramento do meu mandato", antecipou. Interinamente, o servidor e analista ambiental Jair Schmitt comanda o Ibama.

O MMA anunciou também que Edel Moraes será a secretária de Desenvolvimento Rural Sustentável da pasta. De acordo com o ministério, Moraes é pertencente a comunidades extrativistas do Pará e foi a primeira mulher a ser vice-presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativista (CNS). Ela é vice-presidente do Memorial Chico Mendes e doutoranda no Centro de Desenvolvimento Sustentável, além de ser especialista em Educação do Campo, Desenvolvimento e Sustentabilidade.

O biólogo e ambientalista João Paulo Capobianco confirmou ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que será secretário executivo de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. "Estou junto com Marina, mas só é oficial quando sai no Diário Oficial da União", disse Capobianco.

Com a nomeação, Capobianco retorna ao posto que comandou de 2003 a 2008, também na gestão Marina Silva. No período, coordenou o Grupo de Trabalho Interministerial de Prevenção e Controle ao Desmatamento na Amazônia e foi vice-presidente do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

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Atualmente, Capobiano preside o Instituto Democracia e Sustentabilidade e é integrante da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Ele atua com as temáticas de conservação ambiental, gestão ambiental, desmatamento e diversidade biológica.

Assumindo pela segunda vez o Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva tomou posse na tarde desta quarta-feira (4), no Palácio do Planalto. Ela volta ao cargo sob aclamação na nova gestão de Lula (PT), após reatar as relações com o petista e sua ala durante a campanha eleitoral de 2022.

A cerimônia foi acompanhada por uma auditório lotado por novos ministros, políticos, autoridades ambientais, povos originários, religiosos e com direito a muitos aplausos em vários momentos do discurso e sob olhar do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e da primeira-dama, Janja. 

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Um dos discursos de posse entre os ministros do novo governo mais esperados pela comunidade nacional e internacional que cuida de questões do Meio Ambiente foi cheio de novidades, mudanças no Ministério, retorno da atuação do Conas e novas práticas em função da urgência da agenda climática mundial, que tem o Brasil como um dos principais atores e viveu um desmonte durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

"Entre as medidas tomadas está o acréscimo ao nome do ministério que agora se chama Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Climática, permanecendo a mesma sigla, MMA. Esse aumento nominal tem uma razão que não é retórica. A emergência climática se impõe e queremos destacar a devida prioridade daquele que é talvez o maior desafio global vivido presente cada vez menos capazes de lidar", destacou Marina. 

Entre as promessas feitas pela ministra para esta gestão e aceno aos países que auxiliam o Brasil com fundos para o Meio Ambiente e conseguir novos parceiros está a de o país voltar a ter protagonismo e exercer papel de "liderança" no seguimento. 

"O governo brasileiro que sempre foi protagonista nessa discussão e não se furtará a exercer esse papel de liderança nacional e internacional, por meio do Ministério do Meio Ambiente e de todos aqueles que agora também tem essa agenda internalizada em suas pastas, graças a nossa política de transversalidade assim será", garantiu. 

Em reforço as garantias de fortalecimento da política ambiental brasileira, Marina frisou: "Essa diretriz passa por recuperar, fortalecer e criar arcabouço institucional em prol de uma governança climática robusta e articulada. De forma a tratar o tema com a necessária transversalidade com a participação de todas as instâncias governamentais na esfera federal ou estadual e municipal e tem representações de toda sociedade brasileira produtiva, acadêmica, da sociedade civil e das nossas populações originárias". 

"O Brasil tem uma enorme desafio para honrar os compromissos assumidos no Acordo de Paris", complementou. Marina também pontuou a recriação da secretaria Nacional de Mudança Climática e a criação da Autoridade Nacional em Segurança Climática, que segundo ela será formalizada em março e de um conselho sobre mudança do clima a ser comandado pelo próprio Presidente da República, Lula. Ela também disse que Lula pediu que desse atenção especial ao movimento de catadores.

A ministra fez questão de frisar saber dos desafios que tem pela frente no comando da pasta e convocou os outros países para auxiliar o Brasil quer seja com verba ou cooperação tecnológica. "Não vamos conseguir a reindustrialização da noite para o dia. Não é mágica. Mas vamos colocar os pilares no trabalho com os outros ministérios, unidos, todos nós. Vamos precisar de parceria, de parceria no nosso continente, de parceria na Ásia, nos Estados Unidos, na África. Alguns para nos ajudar com acordo de cooperação tecnológica, com recursos financeiros, como já faz a Alemanha, a Noruega, no Fundo da Amazônia. Mas também uma grande quantidade nos parceiros que nos ajudem". 

Ao finalizar o longo discurso, Marina disse que atuará para que o país deixe de ser o "pior cartão de visita na questão ambiental e passe a ser o melhor cartão de visita".

Uma mulher foi expulsa de um restaurante da Asa Norte, em Brasília, nesta segunda-feira (2), depois de hostilizar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que recebeu apoio de clientes no local. A mulher dirigiu-se até a ministra com agressividade, e criticou ela e o presidente Lula (PT).

Em resposta à agressão, outros clientes do local reagiram com aplausos e gritos de “Marina” e “viva a democracia”. A ministra não reagiu aos ataques, apenas acenou, sorriu e fez um coração com a mão para os apoiadores. 

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A posse de Marina Silva como ministra do Meio Ambiente foi adiada para a quarta-feira (4). Ela, por sua vez, já escolheu os secretários e presidentes do Ibama e ICMBio, mas ainda não conseguiu se encontrar com Lula para ter o aval das indicações. 

O presidente diplomado da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmou nesta quinta-feira, 29, que a ex-ministra e deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) voltará ao comando do Ministério do Meio Ambiente depois de 14 anos. "Um ministério que todo mundo estava esperando e todo mundo sabiam quem era é o Meio Ambiente, com a companheira Marina Silva", disse Lula.

Ao ser anunciada, Marina foi ovacionada pelo público.

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Como contou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a ideia inicial de Lula era de que Marina ocupasse a posição de Autoridade Climática, para articular políticas sobre o tema em todo o governo, o que deixaria o posto de ministra do Meio Ambiente para a senadora Simone Tebet (MDB-MS).

Mas a ex-ministra defendeu publicamente que a Autoridade Climática seja um órgão mais técnico e diretamente vinculado ao MMA. Com isso, Tebet chefiará o Planejamento.

Marina foi ministra do Meio Ambiente entre 2003 e 2008, nos dois primeiros governos de Lula. Ela concorreu à Presidência da República em três ocasiões - em 2010 (PV), 2014 (PSB) e 2018 (Rede) - nas quais enfrentou inclusive fortes ataques petistas.

Reconciliada com o PT, Marina acompanhou o já eleito Lula na Cúpula do Clima (COP 27) realizada no Egito em novembro.

Como mostrou o Broadcast em 15 de dezembro, ela irá acompanhar o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em janeiro no Fórum Econômico Mundial, em Davos. O objetivo é conquistar investidores internacionais que estão de olho em práticas sustentáveis.

Marina tem grandes expectativas de que o tema não estará restrito apenas à Pasta e recebeu a promessa de Lula de que o meio ambiente fará parte de todo o governo, de forma transversal. Num evento em Brasília no mês passado, ela foi questionada por que acreditaria que as coisas se dariam dessa forma e ela respondeu que o mundo mudou desde os outros mandato de Lula e que hoje o presidente eleito, que "não é negacionista", percebeu a importância da sustentabilidade para o País, seu governo e a sua imagem no exterior.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva vai indicar Marina Silva para comandar novamente o Ministério do Meio Ambiente. Marina recusou o convite feito por ele, nesta sexta-feira (23), para ocupar o cargo de Autoridade Nacional de Segurança Climática. Em reunião com o petista, a deputada eleita pela Rede disse que essa função, a ser criada pelo novo governo, precisa ser desempenhada por um técnico, e não por alguém de perfil político.

Diante do impasse, Lula chamou mais uma vez a senadora Simone Tebet (MDB-MS), com quem já havia conversado pela manhã, na tentativa de encontrar uma saída. O presidente eleito queria que as duas fizessem uma dobradinha, com Simone à frente do Ministério do Meio Ambiente. A proposta já havia sido apresentada à senadora em outras duas ocasiões pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

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Desta vez, Simone respondeu que só aceitaria a pasta se Marina concordasse em assumir a Autoridade Climática, o que não ocorreu.

Nas redes sociais, a deputada eleita negou que esse tenha sido o assunto da reunião com Lula. "Tive uma boa conversa com o @LulaOficial sobre os rumos da política socioambiental do país. Esclareço que no encontro não tratamos sobre convite para assumir a autoridade climática, que defendo ser um cargo técnico vinculado ao Ministério do Meio Ambiente", escreveu ela no Twitter.

Até agora não está definida a pasta que Simone assumirá. O Estadão apurou que, durante voo de Brasília para São Paulo, Lula disse a ela que não poderia dispensar sua colaboração no governo. Uma das ideias é a senadora fique com o Ministério das Cidades.

O problema é que a pasta já foi prometida pelo presidente eleito para a bancada do MDB na Câmara. Pelo Senado, o indicado do partido é Renan Filho, ex-governador de Alagoas, que será ministro dos Transportes.

O deputado José Priante (MDB-PA) tinha sido indicado para Cidades, mas o governador do Pará, Helder Barbalho, que é seu primo, vetou o nome. Os dois não se dão bem. "Me sinto lisonjeado por ter sido lembrado pela bancada, mas todo partido tem sua neura. Sempre tem muita confusão. Tem um colega nosso que diz que só acredita em Deus e no Diário Oficial", disse Priante.

Simone só foi convidada para o Meio Ambiente após o PT barrar o nome dela para comandar o Ministério do Desenvolvimento Social, entregue ao senador eleito Wellington Dias (PT), ex-governador do Piauí.

Nas redes sociais, entidades climáticas criticaram a possibilidade de Simone ser titular da pasta, sob o argumento de que ela é ligada ao agronegócio. Foi criada até a hashtag #TemQueSerMarina.

A deputada eleita foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula, de 2003 a 2008, mas saiu após vários embates com o PT e com o agronegócio. Em seguida, desfiliou-se do partido e só se reaproximou de Lula nesta campanha, pelas mãos de Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda. (Colaboraram Weslley Galzo e Daniel Weterman)

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu nesta sexta-feira, 23, o comando do Ministério do Meio Ambiente à senadora Simone Tebet (MDB-MS). O Estadão apurou que Simone disse ao presidente estar disposta a aceitar a pasta, desde que o arranjo proposto seja aprovado pela deputada eleita Marina Silva (Rede-SP).

Lula teria um encontro com Marina ainda na tarde desta sexta-feira. Ele pretende convidá-la para assumir o novo posto de Autoridade Climática. Nas redes sociais, publicações mostram indignação com a possibilidade de Simone ser titular do Meio Ambiente, uma vez que ela é ligada ao agronegócio. Foi criada até a hashtag #TemQueSerMarina.

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A nove dias da posse, o presidente eleito ainda não completou a equipe de governo. Lula anunciou nesta quinta-feira, 22, 16 ministros, incluindo na lista o futuro vice-presidente Geraldo Alckmin, que será titular de Indústria e Comércio. O presidente eleito também apresentou as primeiras mulheres que vão integrar a Esplanada, como Nísia Trindade Lima para Saúde.

O perfil dos nomes mostra que, até agora, Lula escolheu somente aliados de primeira hora do PT e de partidos com quem tem mais afinidade política por não conseguir superar a tempo os inúmeros entraves para abrigar indicados por alas do MDB, do PSD e do União Brasil. Além disso, o petista também aguardava a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição ser aprovada pelo Congresso para medir a fidelidade dos novos apoiadores. Já promulgada, a PEC permite ao governo aumentar gastos para pagar o Bolsa Família.

Em pronunciamento na cerimônia de diplomação, no último dia 12, Lula destacou o papel dos partidos que o apoiaram na disputa contra o presidente Jair Bolsonaro, acenando para uma gestão além do PT para ter governabilidade. A cota petista na equipe, atualmente, está em oito nomes, mas deve chegar a pelo menos dez dos 37 ministérios da Esplanada, no terceiro mandato de Lula.

O maior impasse ainda reside nas cadeiras para Simone e Marina. Lula recebeu, nesta quinta-feira, o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), os senadores Renan Calheiros (AL) e Eduardo Braga, além do líder do partido na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), para tratar da composição do governo.

O MDB terá três ministérios, mas Simone é considerada como um nome da "cota pessoal" de Lula. O senador eleito Renan Filho (MDB), ex-governador de Alagoas, comandará Transportes. Nessa partilha, o Ministério das Cidades, a ser recriado, foi oferecido ao MDB da Câmara. Ficou combinado que o governador do Pará, Helder Barbalho, fará a indicação, uma vez que a bancada do Pará tem nove parlamentares.

Embora o deputado José Priante (PA) esteja em campanha pelo cargo, Helder se recusa a apadrinhá-lo. Os dois são primos, mas não se dão bem. É por isso que Cidades também pode ser uma alternativa para Simone, assim como o Ministério do Planejamento, ainda sem nome definido.

Simone apoiou Lula no segundo turno e queria Desenvolvimento Social, mas, por pressão do PT, o ministério foi entregue ao senador eleito Wellington Dias, ex-governador do Piauí. Foi naquele Estado que Lula lançou o Fome Zero, em 2003. O programa deu origem ao Bolsa Família.

A pasta de Desenvolvimento Social é vista pelo partido como "coração do governo". Para a cúpula do PT, não era aceitável deixar Simone, uma possível adversária na disputa de 2026, em um cargo de tanta visibilidade e com um dos maiores orçamentos da Esplanada.

Se depender do comando petista, Marina Silva também não deve voltar a comandar Meio Ambiente porque pode ter novos embates no ministério, sobretudo com o agronegócio. Ministra no primeiro mandato de Lula, quando ainda era filiada ao PT, Marina saiu do governo sob desgaste, em 2008, e se desfiliou do partido. Somente se reaproximou de Lula nesta campanha, por intermédio de Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda.

O desejo de Lula é que ela assuma Autoridade Climática, cargo que ficaria sob o guarda-chuva da Presidência da República. Na campanha, Marina sugeriu ao petista a criação desse posto, mas não planeja ocupá-lo porque o considera muito técnico. Além disso, avalia que Autoridade Climática precisa ficar na estrutura do Meio Ambiente, e não da Presidência.

"É mais difícil montar um governo do que ganhar as eleições", disse Lula ao anunciar a lista com 16 ministros. Nas entrelinhas, mandou um recado a Simone ao observar que ele e o PT são "devedores" de muitos que o ajudaram na campanha. "O presidente Lula sabe do papel que teve e tem a senadora Simone Tebet", afirmou Wellington Dias.

Desde o início do mês, Lula anunciou titulares para 21 pastas - outros cinco nomes já haviam sido divulgados no último dia 9. Ele ainda precisa escolher 16 ministros.

Nessa temporada, Lula enfrentou a pressão do PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), que queria o Ministério da Saúde, uma espécie de feudo do partido há vários anos. Mas Lula bancou Nísia, a presidente da Fiocruz, que vai herdar uma das pastas mais problemáticas do governo de Jair Bolsonaro.

Na equação difícil de fechar com o centro e o Centrão, o PSD do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), ficará com dois ministérios. Um deles é Agricultura, que terá à frente o senador Carlos Fávaro (PSD-MT). O partido também reivindica a vaga de Minas e Energia para o senador Alexandre Silveira (MG), aliado de Pacheco.

O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), pode ficar com Integração Nacional. Homem da confiança de Lira, Elmar também quer manter o controle sobre a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do Parnaíba e São Francisco (Codevasf). Dona de um orçamento de R$ 3,5 bilhões para 2023, a Codevasf foi a autarquia que mais recebeu recursos do orçamento secreto nos últimos anos, como mostrou o Estadão, protagonizando escândalos de compras superfaturadas.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) pode fazer uma "dobradinha" com a deputada eleita Marina Silva (Rede-SP) no Ministério do Meio Ambiente. A ideia é defendida, nos bastidores, pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, mas ainda há divergências no PT sobre como seria a configuração desse modelo.

Marina foi ministra do Meio Ambiente no primeiro mandato de Lula, quando ainda era filiada ao PT, mas saiu desgastada com o partido. Se depender da cúpula do PT, Simone será titular do Meio Ambiente e Marina ficará com Autoridade Climática, cargo a ser criado.

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A ideia é que Autoridade Climática seja acomodada sob a estrutura do Meio Ambiente. Até agora, porém, Marina resiste a essa configuração e prefere ser ministra. Simone, por sua vez, não quer entrar em atrito com a colega.

Terceira colocada na disputa presidencial, a senadora do MDB apoiou Lula no segundo turno da campanha. Ela só não entrou na lista de ministros anunciada ontem porque Lula cedeu à pressão do PT. Simone queria comandar Desenvolvimento Social, mas a pasta é vista pelo partido como "coração do governo". O ministério foi entregue ao senador eleito Wellington Dias (PT-PI), ex-governador do Piauí, Estado onde Lula lançou o Fome Zero, em 2003. Foi esse programa que deu origem ao Bolsa Família, considerado vitrine da gestão petista. Para a cúpula do PT, não era aceitável deixar Simone, uma possível adversária na disputa de 2026, em um cargo de tanta visibilidade e, com um dos maiores orçamentos da Esplanada.

Ao anunciar a lista com 16 ministros, Lula disse ser mais difícil montar um governo do que ganhar as eleições. Nas entrelinhas, mandou um recado a Simone ao observar que ele e o PT são "devedores" de muitos que o ajudaram na campanha. "O presidente Lula sabe do papel que teve e tem a senadora Simone Tebet", afirmou Dias.

No relatório final do gabinete de transição, a proposta é que Autoridade Climática funcione como uma espécie de autarquia vinculada ao Meio Ambiente. Marina não concorda e quer que o cargo seja diretamente subordinado ao ministério. Dirigentes do PT, por sua vez, avaliam que seria recomendável a função ficar sob a estrutura da Presidência da República.

Diante dessas dúvidas, a situação de Simone não está definida. A aliados, a senadora que deixa o mandato neste ano tem dito que prefere ficar fora do governo a receber um "prêmio de consolação".

MDB

Lula recebeu ontem o presidente do MDB, Baleia Rossi (SP), os senadores Renan Calheiros (AL) e Eduardo Braga (AM), além do líder do partido na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), para tratar da participação do partido no governo.

O presidente eleito dará três ministérios ao MDB, garantindo Simone no primeiro escalão. Na reunião, Lula disse que Simone entrará na equipe em sua cota pessoal. O senador eleito Renan Filho (AL) ficará com Transportes e o deputado José Priante (PA) é o nome indicado até agora para o Ministério das Cidades, que será recriado. Priante é primo do governador do Pará, Helder Barbalho, que ainda será consultado.

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