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Se 2023 ficou marcado na história da política nacional como um ano em que vários partidos fizeram acordos para, assim, comandar ministérios do terceiro mandato do presidente Lula (PT), também conseguiu ficar conhecido por ter sido um ano em que as importantes lideranças políticas traçaram suas estratégias para a tão aguardada eleição municipal de 2024. Em Pernambuco, por exemplo, a direita caminhou por todo o território do Estado, com o objetivo de firmar alianças, alcançar protagonismos e resolver os problemas referentes a sua popularidade.

Partidos como Progressistas e Podemos ampliaram seus números de prefeituras. No mês de maio, ao alegarem que buscavam alinhamento de suas ideias com as propostas da sigla, os gestores da cidade do Cabo de Santo Agostinho, Keko do Armazém, e do município de Moreno, Edmilson Cupertino, abandonaram seus antigos partidos - PL e PSB, respectivamente - e logo apareceram em fotografias ao lado do deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), atual presidente estadual do Progressistas. Outra desfiliação que foi também muito comentada na atmosfera política pernambucana foi a do prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, que deixou o PSD e formalizou a sua filiação no Podemos em março.

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Em entrevista ao LeiaJá, o cientista político Arthur Leandro definiu essas estratégias dos partidos como “inteligentes”, pois ao mesmo tempo em que as siglas se “potencializam eleitoralmente”, também conseguem “aumentar o comando de espaços tanto no território como no orçamento”. O estudioso também acredita que essas movimentações dos partidos “são naturais” e correspondem ao protagonismo que conseguiram durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O Progressistas, por exemplo, não só está criando estratégias para as reeleições dos prefeitos recém-filiados, mas também vem tentando inserir na próxima disputa municipal, nomes que já são conhecidos entre os pernambucanos, como é o caso da deputada bolsonarista Clarissa Tércio (PP), que entrará na corrida pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. A parlamentar, que tem um papel importante para a manutenção do bolsonarismo no estado, já se mostrava interessada pelos assuntos ligados a Jaboatão antes mesmo que seu partido a indicasse como pré-candidata em setembro. Por defender pautas conservadoras, Clarissa solicitou, no início do ano, reforço policial na Marcha da Maconha do município. Na época, a deputada afirmou que a ação policial seria para apurar “eventuais condutas criminosas e uso ou tráfico de entorpecentes”.

No entanto, diferente da Clarissa, que ainda defende fortemente a reputação do bolsonarismo, outras figuras políticas da direita pernambucana logo se viram na necessidade de se adaptarem ao atual cenário político após a saída de Jair Bolsonaro do Palácio do Planalto.

Um dos partidos que passou a integrar a gestão Lula foi o Republicanos, que mesmo dividido entre apoiar o líder petista, para conseguir alguma visibilidade no governo, e manter a sua fidelidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro, conseguiu emplacar o nome do pernambucano Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) no Ministério dos Portos e Aeroportos.

O cientista político Arthur Leandro pontua que a ida do filho do ex-deputado federal Silvio Costa, ferrenho defensor de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), reforça a governabilidade do presidente e dá visibilidade ao pernambucano.

“O Silvio Costa Filho procura evidência e controle político. E a condição de ministro assegura controle sobre uma fatia do orçamento, de articulação junto ao Governo Federal, não só na sua pasta, mas nas outras também. Então o ministro e o presidente da República têm clareza dos interesses que os unem nessa relação. É uma relação pragmática e que não deve alterar, digamos assim, a natureza, seja da visão que o presidente e seu núcleo de articulação política percebe acerca das forças do país, nem alterar a orientação de partidos como Republicanos”, disse.

Os desafios do PL estadual

Outro assunto abordado por Arthur Leandro foi as manobras feitas pelo Partido Liberal, em 2023, para driblar dificuldades e “se estabelecer na região Nordeste como uma alternativa ao histórico predomínio das esquerdas”. “A estratégia dos partidos de direita é de negociação com as lideranças regionais”.

As negociações, citadas por Arthur, fazem com que outros partidos ou lideranças políticas, que tentam pensar de forma independente e vão de encontro às decisões das suas siglas, apoiem as pré-candidaturas do partido de Bolsonaro. Com esse cenário, nomes já estão sendo lançados para a disputa de 2024. Como por exemplo, o da presidente estadual do PL Mulher, Izabel Urquiza (PL), para a corrida eleitoral da cidade de Olinda. 

Izabel foi candidata a vice-governadora na chapa encabeçada pelo presidente estadual da sigla, Anderson Ferreira (PL), nas eleições de 2022. Os dois terminaram as eleições em terceiro lugar, atrás da adversária Marília Arraes (Solidariedade), e da atual governadora, Raquel Lyra (PSDB). No município de Olinda, a chapa obteve 26,61% dos votos, sendo a mais votada no primeiro turno. Devido a esse resultado expressivo entre os eleitores do município, Izabel passou a ter seu nome credenciado para a próxima eleição.

Conflitos de ideias no União Brasil 

Se partidos como Progressistas, PL, Republicanos e Podemos, se organizam para 2024 sem apresentarem conflitos internos relevantes, outros ainda tentam cumprir o dever de unir as ideias dos seus políticos e assim ter êxitos, como é o caso do União Brasil, que surgiu da junção dos antigos DEM e PSL.

No campo político nacional, crises entre o presidente do partido, Luciano Bivar (UB-PE), e o secretário-geral, ACM Neto (UB-BA), já foram noticiadas, assim como também desfiliações de parlamentares. Para Arthur Leandro, esses conflitos também se reproduzem em Pernambuco.

“O PSL e o DEM são partidos muito diferentes, então o tipo de dificuldade que aconteceu no nível nacional, ele se reproduz em Pernambuco pelo fato de que os partidos têm funcionamentos internos que são diferentes. Não estou falando apenas de spoiler de liderança política de cada um das forças, mas basicamente do jeito de operar. O Democratas, aqui a gente tem a liderança do Mendonça Filho, que é diferente da liderança do PSL com o Luciano Bivar. Então quando a gente olha sobre essa união em termos de distribuição no território nacional, há locais em que o PSL era mais forte e há locais em que o Democratas era mais forte. Aqui em Pernambuco a liderança de Mendonça Filho era mais relevante e mais tradicional do que a liderança de Luciano Bivar, que foi uma liderança de circunstância, por ter sido o cara que abrigou o ex-presidente Bolsonaro. Então isso deu uma vitaminada, digamos assim, no PSL aqui em Pernambuco”, explicou.

O estudioso afirmou que “em Pernambuco o Democratas era um partido mais robusto do ponto de vista das suas lideranças, enquanto o PSL era um partido que foi catapultado, e que foi vitaminado, digamos assim, pela candidatura de Bolsonaro e pelo fenômeno das eleições de 2018”.

Gestão Raquel Lyra

Sobre a gestão Raquel Lyra (PSDB), que já foi apontada como um governo bolsonarista pelos seus adversários, o cientista político acredita que, em 2023, ela gerou “descontentamentos” tanto na esquerda, como na direita.

Para o estudioso, os acenos da líder tucana ao governo Lula, trouxe “desconforto” a base parlamentar e as lideranças bolsonaristas do estado. Entretanto, Arthur também apontou que o fato da governadora “ter abrigado pessoas claramente bolsonaristas no seu secretariado, como por exemplo a sua secretária de educação, que era secretária de Anderson Ferreira, em Jaboatão, gerou descontentamento na área tão sensível ao campo da esquerda, como a área de educação”. 

Mesmo com essas observações, o estudioso acredita que Raquel se posicionou de maneira “equilibrada” em relação à distribuição de forças no espectro nacional. 

“Ela não reproduziu a clivagem que há no país e ela soube buscar e apresentar o presidente Lula como parceiro, como aliado. Raquel se mostrou como alguém capaz de trazer esse apoio, trazer essa parceria para desenvolver o estado. Então o posicionamento, a postura de Raquel, em relação ao governo Lula, foi inteligente, foi estratégico e não deve mudar no ano que vem”, completou.

 “Direita consistente”

Questionado sobre como a direita exerceu o seu dever em 2023, Arthur Leandro fez questão de afirmar que “a direita se posicionou de maneira consistente” e que ela “não teve enfraquecimento das bases locais” da última eleição municipal para o cenário político desse ano.

“A direita está presente, está potencializada. Se a gente comparar, por exemplo, o ano de 2024 com o cenário que a gente tinha, por exemplo, em 2010, a gente vê que é outro mundo, né? A gente tem a direita viva, acesa, tanto do ponto de vista do lançamento de candidaturas, tipicamente a direita, e eu diria até uma direita com influência, com inspiração bolsonarista, como no campo da centro-direita, do apoio, junto a lideranças locais, nos bairros”, explicou.

A votação do Projeto de Lei (PL) com as mudanças para o Novo Ensino Médio vai ficar para o próximo ano. Ao discordar de alguns pontos alterados do texto original, o governo conseguiu retirar o caráter de urgência na Câmara e deixou o deputado Mendonça Filho (UNIÃO) irritado.

O relatório do PL 5230/23, de Mendonça, foi construído com apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), mas não agradou ao governo, sobretudo, por reduzir a carga horária obrigatória. Temas econômicos também teriam influenciado na decisão de adiar a votação.

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Entre os pontos de maior controvérsia, o deputado fixou a formação básica em 2,1 mil horas, com a possibilidade de 300 dessas horas serem para o ensino técnico. A proposta do Ministério da Educação (MEC) era de 2,4 mil horas, sem a inclusão do ensino técnico, que teria a base de 2,1 mil horas de formação.

"O Governo deixa as redes estaduais de ensino e quase 8 milhões de estudantes no país numa indefinição inaceitável. Tudo para evitar que o relatório seja votado e aprovado hoje na Câmara dos Deputados", apontou Mendonça Filho nas redes sociais.

Ao citar que o relatório está "maduro", o parlamentar destacou que o texto substitutivo "aprimorou a proposta original, mantendo quatro eixos estruturantes do Novo Ensino: a flexibilidade do currículo, o fortalecimento da BNCC, a garantia de formação técnica e profissional integrada ao Médio e o fomento às escolas de ensino médio em tempo integral".

O PL 5230/23 foi enviado pelo próprio governo ao Congresso em outubro com o objetivo de derrubar o Novo Ensino Médio, aprovado em 2017, quando Mendonça era ministro da Educação, e implementado em 2022. 

O projeto de lei do Ministério da Justiça para endurecer as penas dos crimes contra a democracia é criticado pela oposição antes mesmo do texto final. O deputado federal Mendonça Filho (União) criticou a proposta e observou que ela surte efeito autoritário. Contra esse entendimento, o ministro Flávio Dino (PSB) defendeu a pauta como um freio ao fascismo no Brasil. 

O texto fundamentado na manutenção da democracia ainda não foi apresentado, mas, em resumo, aumenta a pena para 20 a 40 anos dos crimes que atentem contra a vida dos presidentes dos três Poderes, do vice-presidente da República, de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do procurador-geral da República. O projeto também determina a pena de 6 a 12 anos para quem atentar contra a integridade física e liberdade dessas autoridades. 

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Do ponto de vista processual, a proposta ainda indica que as medidas cautelares de busca e apreensão de bens e o bloqueio de contas bancárias nos crimes contra o Estado Democrático possam ser solicitadas pela União e autorizadas pelo juiz, de ofício. 

O deputado federal Mendonça Filho (União) apontou que o projeto não se relaciona com a democracia e, na verdade, se apoia em modelos autoritários de ditaduras "como na Nicarágua e na Venezuela". O parlamentar ainda citou que o texto fere o princípio da igualdade de todos perante a lei e anunciou a torcida para que ele seja barrado no Congresso. 

"O projeto do Governo Lula que quer endurecer crimes cometidos contra o Estado Democrático de Direito não tem nada de democrático. Copia modelos autoritários para criar distinção absurda entre autoridades e cidadãos, com o objetivo de criminalizar a oposição", publicou em seu perfil. 

O movimento da oposição nas redes sociais nesta manhã fez o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), prestar esclarecimentos sobre o teor da proposta.

O gestor disse respeitar as críticas, mas destacou a importância de punir com firmeza os autores de crimes contra a ordem democrática para embarreirar o avanço do nazifascismo, "que mata crianças em escolas, destrói o prédio do Supremo e se acha autorizado a agredir pessoas por questões políticas", enumerou. 

O Projeto de Lei 226/23 atualiza a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de acordo com a variação acumulada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre 2015 e 2022. Conforme o texto em análise na Câmara dos Deputados, as faixas de tributação serão corrigidas em 53,59%.

A faixa de isenção do IR prevista na proposta é de R$ 2.924,27 mensais, valor equivalente hoje a 2,25 salários mínimos. Atualmente, estão isentas as pessoas que recebem até R$ 1.903,98 mensais, o equivalente a 1,46 salário mínimo. O texto em análise altera ainda vários outros limites previstos na legislação do IR.

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“Essa atualização não implica proporcionar ganhos reais aos contribuintes nem tampouco compensar eventuais injustiças cometidas no passado”, disse o autor da proposta, deputado Mendonça Filho (União-PE). Segundo ele, a ideia é atenuar os efeitos da inflação na carga tributária suportada pelo contribuinte.

Em 2021, a Câmara aprovou com alterações o Projeto de Lei 2337/21, do Poder Executivo, como parte de um conjunto de iniciativas visando uma reforma tributária. O texto, que promove uma correção de 31,3% na tabela do IR e altera as alíquotas de contribuição, ainda aguarda a designação de relator no Senado.

Posteriormente, um estudo da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados, elaborado em agosto do ano passado, demonstrou que a defasagem nas faixas de contribuição para o Imposto de Renda, que não passam por ajustes desde abril de 2015, tem provocado uma desigualdade tributária no País.

Deduções permitidas

Outras três iniciativas em análise na Câmara pretendem alterar as deduções na declaração anual de IR – hoje estão autorizadas, entre outras, algumas despesas com saúde, educação e previdência privada. Uma delas, do deputado André Figueiredo (PDT-CE), inclui na lista os profissionais de educação física (PL 22/23).

Já o deputado Lula da Fonte (PP-PE) apresentou duas propostas para ampliar o rol de deduções no IR com abatimentos referentes à contribuição à Previdência Social paga pelo empregador doméstico (PL 245/23) e também as despesas com médicos veterinários ou clínicas e hospitais veterinários (PL 246/23).

Dependentes e doações Em outra linha, a deputada Renata Abreu (PODE-SP) sugeriu incluir, como dependentes, os pais, os avós ou os bisavós independentemente da renda deles. Atualmente, os ascendentes poderão ser incluídos desde que, no ano-calendário anterior, tenham recebido rendimentos, tributáveis ou não, de até R$ 22.847,76.

Por sua vez, o deputado Léo Prates (PDT-BA) pretende ampliar as possibilidades de doações na declaração anual das pessoas físicas e jurídicas, incluindo como beneficiários os fundos municipais, estaduais e nacional do animal doméstico (PL 287/23) e os controlados pelos conselhos da pessoa com deficiência (PL 290/23).  Tramitação As propostas ainda serão despachadas para análise das comissões permanentes da Câmara.

*Da Agência Câmara de Notícias

O deputado federal eleito Mendonça Filho (União Brasil) criticou a criação da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia do presidente Lula (PT). Em publicação nas redes sociais nesta sexta-feira (6), Mendonça apontou que a Advocacia-Geral da União (AGU) será “instrumentalizada para regular opiniões e liberdade de expressão”. No entanto, a pasta tem como objetivo combater a desinformação sobre políticas públicas. 

“É inaceitável que a AGU seja instrumentalizada para regular opiniões e liberdade de expressão. Não é papel da AGU dizer o que é verdade, ou não, na manifestação de qualquer cidadão”, disse o ex-ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro.

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A AGU classifica a desinformação como “mentira voluntária, dolosa, com o objetivo claro de prejudicar a correta execução das políticas públicas com prejuízo à sociedade e com o objetivo de promover ataques deliberados aos membros dos Poderes com mentiras que efetivamente embaracem o exercício de suas funções públicas”.

O anúncio da criação da Procuradoria foi anunciado na segunda-feira (2), pelo advogado-geral Jorge Messias. O governo Lula também tem apresentado iniciativas para o enfrentamento das fake news e, no Palácio do Planalto, em Brasília, haverá uma estrutura para combater desinformação e discurso de ódio nas redes sociais, que é a Secretaria de Políticas Digitais. 

Sendo assim, o objetivo da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia criticada por Mendonça Filho, é de combater a desinformação, e não “calar a boca do brasileiro”, como mencionado pelo deputado eleito. 

O deputado federal eleito Mendonça Filho (UB) afirmou que apoia à candidatura de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno contra o ex-presidente Lula (PT). Em um anúncio nas redes sociais, nessa segunda-feira (10), o ex-ministro da Educação do governo Temer descreveu o PT como um partido intolerante e disse que o voto no atual presidente reafirma seu compromisso com a democracia. 

Assim como Miguel Coelho e seus irmãos, Mendonça Filho não seguiu o entendimento do presidente nacional do União Brasil, o deputado federal Luciano Bivar, e anunciou que vai apoiar a reeleição de Bolsonaro e a vitória de Raquel Lyra (PSDB) ao governo do estado.  

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“Vou trabalhar muito para ajudar Raquel a mudar Pernambuco”, indicou. Antes, Bivar já havia se posicionado de forma contrária e declarado voto em Lula (PT) e Marília Arraes (SD).  

Mendonça também relatou que já foi vítima da “intolerância petista” e reforçou que sua posição é baseada em sua trajetória política. "Voto em Bolsonaro reafirmando o meu compromisso com os valores e com as instituições democráticas e com o respeito às diferenças", escreveu. 

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Em agenda para ser apresentado aos eleitores do Recife, organizado pelo ex-ministro da Educação e pré-candidato a deputado federal Mendonça Filho (União), o pré-candidato a governador Miguel Coelho (União) disse que Pernambuco necessita de uma liderança que priorize a gestão e não fale apenas dos candidatos à Presidência.

Alfinetando seus adversários, mas sem citar nomes, Miguel foi declarou: “O Recife não pode aceitar mais ser a capital da miséria, do desemprego, do pior trânsito e desse marasmo todo que está empurrando a cidade para trás. Eu vejo agora alguns adversários ignorarem o debate sobre Pernambuco e falarem apenas de algum padrinho político ou incentivarem essa polarização”.

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“Eu me apresento aqui como alguém que foi capaz de liderar uma grande cidade que hoje é a melhor do Nordeste, que conseguiu buscar os recursos e conversar com todos. Pernambuco não aguenta mais essa falta de liderança, precisamos de alguém que governe priorizando nosso povo e não alguém que só fale de um candidato a presidente e esqueça seu próprio povo”, emendou o pré-candidato do União Brasil.

Mendonça Filho reafirmou sua confiança em Miguel Coelho. “Eu conheço a transformação que ele promoveu em Petrolina. Miguel tem liderança e luz própria, fez um grande governo e será o governador para tirar Pernambuco desse marasmo”, discursou o pré-candidato a deputado federal para os aliados no Recife.

Agenda - Nesta sexta Miguel viaja para o Sertão. O pré-candidato do União Brasil participa de um ato político no município de Tabira. No sábado, Miguel cumpre agenda em Itaíba e Caruaru. No dia seguinte, o ex-prefeito de Petrolina participa da tradicional Missa do Vaqueiro de Serrita.

O ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (União), afirmou, nesta quinta-feira (30), que não irá disputar o Senado por Pernambuco e que o seu foco é a Câmara dos Deputados. Segundo última pesquisa Real Time Big Data divulgada na segunda-feira (27), Mendonça aparece em primeiro lugar nas intenções de voto para o Senado Federal com 23%. 

De acordo com o aspirante a parlamentar, seu plano, desde o início, foi o de tentar mandato como deputado federal para voltar a compor a bancada pernambucana na Câmara. “Meu planejamento desde o começo passa pela intenção proporcional inicial, de ser candidato a deputado, então esse é o caminho que eu vou percorrer”, afirmou Mendonça ao LeiaJá

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A declaração foi feita durante um evento realizado pela União Brasil, na Zona Norte do Recife, nesta quinta-feira (30). Nele, o pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Miguel Coelho, fez novos anúncios sobre sua campanha e confirmou a deputada estadual Alessandra Vieira como sua indicada ao cargo de vice-governadora. Perguntado sobre sugestões próprias ao Senado, Mendonça disse que não iria opinar e que também não cogita mais entrar na disputa pela Casa Alta.  

“Prefiro não opinar. Aí é uma missão para Miguel, a de tratar esta estratégia. Eu não vou ficar raciocinando sobre hipóteses. Com o conjunto de partidos e personagens, homens e mulheres, que o Miguel têm liderado, ele certamente encontrará opções tão ou até mais qualificadas do que eu para disputar o mandato como senador ou senadora. Prefiro focar hoje na minha estratégia definida, de ser um deputado federal que possa ajudar Pernambuco”, continuou o ex-ministro. 

Por fim, comentou a confirmação de Alessandra como vice da chapa e afirmou ser uma decisão coerente: “Ela tem uma história política e seu grupo político tem uma força numa cidade muito dinâmica, que é Santa Cruz [do Capibaribe], que tem tudo a ver com trabalho e produção, e nesse aspecto casa muito com o tom que Miguel quer dar a esta campanha”. 

*Com informações de Jameson Ramos

O vereador do Recife Alcides Cardoso anunciou, nessa segunda-feira (7), a sua desfiliação do União Brasil. Eleito pelo Democratas nas eleições de 2020, o parlamentar se reuniu na tarde desta segunda com o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho, e o comunicou da sua decisão de não fazer parte do novo partido, fruto da fusão com o PSL.

Em carta endereçada ao ex-ministro, o parlamentar ressalta que continuará militando no mesmo campo político e atuando na bancada de oposição na Câmara do Recife. A desfiliação do vereador foi feita no prazo legal previsto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no caso de fusão de partidos.

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“Com a homologação da fusão, criou-se um novo partido, composto por uma executiva diferente, com possibilidades diversas a respeito dos caminhos políticos a seguir. Diante desse cenário e da permissão legal, decidi não compor os quadros do União Brasil. Continuarei militando no mesmo campo político e, a respeito do nosso mandato na Câmara do Recife, atuando na bancada de oposição”, diz trecho da carta de Alcides Cardoso.

Leia a carta na íntegra:

Recife, 07 de março de 2022

Senhor presidente do Democratas em Pernambuco, Mendonça Filho,

A fusão entre o Democratas e o PSL muda a trajetória do partido onde iniciei minha militância e no qual fui eleito vereador do Recife. Uma legenda que fez história a partir de lideranças com trajetórias aplaudidas nacionalmente, como as de Marco Maciel, Roberto Magalhães, Joaquim Francisco, Gustavo Krause e a sua, com destaque especial aos períodos como governador de Pernambuco e a recente gestão à frente do Ministério da Educação. Pelo Democratas, em 2020, defendi com convicção a chapa Mendonça/Priscila Krause.

Com a homologação da fusão, criou-se um novo partido, composto por uma executiva diferente, com possibilidades diversas a respeito dos caminhos políticos a seguir. Diante desse cenário e da permissão legal, decidi não compor os quadros do União Brasil. Continuarei militando no mesmo campo político e, a respeito do nosso mandato na Câmara do Recife, atuando na bancada de oposição.

Nesse momento, reitero profundo agradecimento ao senhor pela convivência e liderança no DEM Pernambuco, onde tive a oportunidade de aprender e discutir sobre a política e o Recife, certo de que continuamos juntos pelo melhor para o nosso estado.

Certo de que virão novas jornadas em defesa de Pernambuco, despeço-me estendendo o agradecimento a todos correligionários que fazem conosco essa caminhada.

Atenciosamente,

Alcides Cardoso

Vereador do Recife

A deputada estadual Priscila Krause oficializou a saída do partido Democratas na manhã desta terça-feira (9). A confirmação foi feita em carta enviada a Mendonça Filho e divulgada nas redes sociais. 

 Nas redes, a deputada afirmou que a decisão foi tomada após a fusão do DEM com o PSL. "Não enxergo participante do processo", escreveu. "Conversei com o presidente do Democratas, Mendonça Filho, para comunicar que não farei parte do novo partido, fruto da fusão do Democratas com o PSL. No prazo permitido pela legislação, me desfiliarei", acrescentou Krause em um vídeo.

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A parlamentar ficou descontente com a chegada de Miguel Coelho ao DEM para disputar o Governo de Pernambuco em 2022. Priscila Krause não foi consultada sobre a escolha, além dela demonstrar apoio à pré-candidatura de Raquel Lyra (PSDB), atual prefeita de Caruaru. O PSDB, inclusive, deverá ser o novo partido da deputada estadual.

Priscila Krause estava filiada ao DEM há 27 anos e era considerada um dos principais quadros do partido no estado. "Pernambuco precisa inaugurar um novo capítulo de sua história, que passa pela organização das forças de oposição rumo às eleições de 2022. Para isso, é necessário liberdade de movimentação, clareza e convicção do caminho que está sendo traçado", escreveu ela na carta a Mendonça Filho.

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Com a filiação do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, ao DEM para disputar o Governo de Pernambuco em 2022, o presidente estadual do partido, Mendonça Filho, marcou presença no palanque do sertanejo, mas se distanciou da disputa estadual para concorrer à Câmara dos Deputados. Com a presença da cúpula do DEM, neste sábado (25), um evento no Centro do Recife também selou a união nacional com o PSL.

“Tenho um legado nacional como Ministro da Educação, mas meu projeto de 2022 é deputado federal. Para mim é um projeto viável, possível e a gente vai alcançar se Deus quiser”, certificou Mendonça.

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A posição esfriou os rumores sobre sua participação como vice candidato na chapa liberal. Último governador da oposição em Pernambuco e o ministro da Educação do Governo Temer, Mendonça prioriza voltar a atuar no Legislativo.

A confirmação deu brecha para especulações sobre quem poderia formar a chapa com Miguel Coelho, que além da missão de honrar o legado de figuras como Marco Maciel, Joaquim Francisco, Roberto Magalhães e Gustavo Krause, precisa conter o avanço da outra candidatura do bloco da direita, que deve ser formada pela prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) com o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL).

O nome da deputada estadual Priscila Krause (DEM-PE) surge como escolha para montar uma campanha representativa. Mesmo com a presença dela no evento deste sábado (25), ambas partes ainda consideram precoce firmar a parceria para as próximas eleições.  

Filiação de Miguel Coelho ao DEM

Filho do senador governista Fernando Bezerra Coelho (MDB) e irmão do deputado Fernando Filho (DEM-PE), neste sábado (25), o palanque do gestor de Petrolina foi composto pelo vice-presidente do PSL, Antônio Rueda, que firmou a união junto com o presidente do DEM, ACM Neto, e o líder da bancada, o deputado Efraim Filho.

Miguel também recebeu apoio virtual da alta cúpula do DEM formada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, e do Mato Grosso, Mauro Mendes.

Com presenças municipais de outros estados como os prefeitos de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), de Salvador, Bruno Reis (DEM), de Campina Grande, Bruno Cunha (Solidariedade), ainda participaram a deputada Priscila Krause (DEM) e cerca de 30 prefeitos do interior de Pernambuco.

Após articulação com as mais diversas lideranças políticas de Pernambuco, Miguel Coelho chega ao DEM já anunciando sua tão sonhada pré-candidatura ao governo de Pernambuco. A pouco mais de um ano das eleições de 2022, a vinda do prefeito de Petrolina para a sigla tem aval de peso, a exemplo do presidente nacional, o prefeito de Salvador ACM Neto, do governador do Mato Grosso, Mauro Mendes e do presidente estadual, o ex-ministro Mendonça Filho.

Para celebrar o momento, Miguel reuniu a imprensa na noite desta sexta-feira (24), um dia antes da sua candidatura para comentar sobre seu projeto. Pregando a todo momento "união" no campo da oposição, "em prol da mudança" e de "agregar novas forças", ele se mostrou entusiasmado. "É muito claro que o pernambucano está insatisfeito e tem sua razão e tem o seu direito de estar. Cabe a nós lideranças políticas, independente, de situação, de oposição, ter habilidade de entender esse sentimento. De você puder ofertas para o eleitor, no momento apropriado, que é a eleição do ano que vem, um projeto que ele se sinta parte", disse.

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Articulação com a oposição

Segundo Miguel, as conversas com outras legendas estão sendo feitas e têm evoluído com o PDT, PP, PV e MDB. "A gente tem prazo e quem tem prazo tem pressa. A gente precisa começar a construir caminhos. Tem que começar a construir pontes para que no momento oportuno se possa definir a melhor estratégia e, consequentemente, o melhor projeto que possa angariar a vitória", pontuou.

Questionado sobre a reunião feita pela oposição sem sua presença, em Caruaru e liderada pelos também pré-candidatos Raquel Lyra (PSDB) e Anderson Ferreira (PL), ele amenizou. Miguel chegou a dizer que daria nota onze para a movimentação do grupo. "Ali foi um movimento da oposição em prol da oposição. Nem tentem criar uma separação que não existe. A unidade continua e agora vai ficar mais fácil de se conduzir porque o que antes estava um pouco disperso agora facilita você poder, através da Frente, facilita o diálogo. Por poder conversar com um bloco mais coeso", afirmou.

Boas-vindas

Para referendar a chegada de Miguel ao DEM, o encontrou contou com a presença do presidente estadual do DEM, ex-ministro Mendonça Filho, o deputado federal Fernando Filho e o deputado estadual Antônio Coelho. "Ele é um jovem prefeito competente, referencia no Brasil. Não só no Nordeste. Tem se destacado muito como gestor. É um político muito hábil", elogiou Medonça. 

Aceno à Priscilla

Ao agradecer o acolhimento que tem recebido no DEM, ele aproveitou a ocasião para acenar para a deputada estadual Priscilla Krause, que tem se aproximado a cada dia mais de Raquel Lyra. Rumores dão conta de que Priscilla está de malas prontas para deixar o DEM e se filiar ao PSDB. "Quero registar o acolhimento de todos que recebi no DEM, desde o nosso anúncio, em nome da deputada Priscilla Krause, que tem uma história belíssima dentro do partido e que com certeza tem muito o que contribuir para com esse projeto. E com certeza, acima de tudo, para com o futuro de Pernambuco", frisou.

Entusiasmado e com projetos para começar a rodar Pernambuco ainda este ano, o prefeito discursou para os jornalistas. "Eu chego com a alma renovada, com as energias carregadas. Para que a gente possa não apenas fortalecer o Democratas, mas construir um projeto de estado, um projeto de pessoas, um projeto de futuro", assegurou.

 

 

 

 

O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, vai se filiar ao Democratas em ato marcado para o dia 25 de setembro, no Recife, oficializando sua pré-candidatura ao governo de Pernambuco. Miguel aceitou o convite do presidente estadual do DEM, Mendonça Filho, em encontro realizado em Brasília, nesta quarta-feira (25), com a participação do presidente nacional do DEM, ACM Neto. A filiação Miguel Coelho é um passo importante para o fortalecimento do DEM em Pernambuco, com o ingresso de prefeitos, vereadores e lideranças políticas. Com isso, o partido se consolida para liderar um novo ciclo político no Estado, a partir das eleições de 2022. “Miguel é um político e gestor jovem, talentoso e vem somar aos quadros do Democratas. É uma excelente opção para liderar um projeto de mudança em Pernambuco e tirar o estado da estagnação econômica e do domínio das forças do PSB e do PT”, afirmou Mendonça.

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O prefeito Miguel Coelho afirmou que encontra no Democratas o ambiente e as condições para debater o futuro político de Pernambuco. “Estou à disposição do partido para contribuir para o regaste do protagonismo do Estado e para a construção de um novo tempo para Pernambuco. Há um sentimento de fadiga com as forças políticas que governam o Estado e um claro desejo de renovação”, afirmou. Miguel Coelho coloca-se como pré-candidato e defende a unidade das forças de oposição, através do diálogo e da convergência de ideias, para apresentar um projeto de mudança, que inspire e devolva a esperança ao povo de Pernambuco.

Mendonça Filho reforçou a defesa da unidade das forças de oposição. “Defendo a unidade e entendo que o momento agora é de colocação de pré-candidaturas para o debate aberto com a sociedade”, afirmou Mendonça, destacando que respeita as pré-candidaturas do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, e da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra. Segundo Mendonça, a oposição tem bons quadros, com experiência, trabalho e tem condição de construir a unidade a partir de um projeto para Pernambuco.

Mendonça destacou que o Democratas tem quadros qualificados como a deputada estadual e presidente do Democratas no Recife, Priscila Krause, que tem muito como contribuir para esse debate. “Priscila tem um excelente trabalho e é uma força grande no Recife e Região Metropolitana”, destacou. Segundo Mendonça, com o fim das coligações, com a indicação de que o Senado manterá as regras atuais, a formação de chapa para a Câmara dos Federal e Assembléia Legislativa será fundamental para o fortalecimento de qualquer partido

“Hoje nós temos três deputados estaduais – Priscila Krause, Antônio Coelho e Gustavo Gouveia.  Vamos montar chapa para reeleger os atuais deputados estaduais e ampliar a bancada na Assembleia e aumentar a representação na Câmara Federal com a reeleição de Fernando, a minha eleição e a de outros federais pelo Democratas”, afirmou Mendonça. A filiação do prefeito de Petrolina será com a presença do presidente nacional do Democratas, ACM Neto.

*Da assessoria

 

Ex-ministros da Educação alertaram, em carta aberta, que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) "está em perigo". A autarquia, ligada ao Ministério da Educação (MEC), vem sendo gravemente enfraquecida, de acordo com o documento, o que “coloca em risco políticas públicas cruciais para gestores educacionais, professores, alunos, familiares, além de governantes de todos os níveis".

O manifesto intitulado “Em defesa do Inep, o órgão que avalia a educação no Brasil” foi assinado pelos ex-ministros Rossieli Soares (gestão Michel Temer), Mendonça Filho (Temer), Aloizio Mercadante (gestão Dilma Rousseff), José Henrique Paim (Dilma), Cid Gomes (Dilma), Fernando Haddad (gestões Dilma e Luiz Inácio Lula da Silva) e Tarso Genro (gestão Lula).

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A carta destaca que o Inep, órgão responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), teve em sua liderança grandes acadêmicos e gestores experientes no campo educacional. No entanto, nos últimos dois anos, a pasta vem sendo liderada por cinco pessoas diferentes. “E pior: as posições de gestão não têm sido preenchidas com indicações de quadros técnicos qualificados para as funções.”

No governo de Jair Bolsonaro (sem partido), o Inep nomeou o quinto comandante no final de fevereiro. Danilo Dupas Ribeiro substituiu Alexandre Lopes, que foi exonerado do cargo logo após a realização das provas digitais do Enem.

Em outro ponto da carta, os ex-ministros comentam que o Inep está sendo excluído pelo MEC: “O corpo técnico de servidores do órgão, que é amplamente reconhecido no meio educacional pela seriedade, especialidade e compromisso público, não é ouvido. O Ministério da Educação exclui constantemente o Inep de debates sobre a atuação de prerrogativa legal do órgão, como a reformulação do Ideb e as avaliações para medir a alfabetização das crianças no 2º ano do ensino fundamental”, destaca o trecho.

A carta ressalta que neste período pandêmico, a educação precisa mais do que nunca de investimento. “Estamos em um dos momentos mais desafiadores de nosso País, com esta pandemia. Mas não será com cortes no orçamento da Educação, área prioritária para o desenvolvimento social e econômico, que isso irá se resolver. Mesmo porque o Inep produz informações que evitam o desperdício, racionalizando e tornando o Estado brasileiro mais eficiente.”

“Nós, que tivemos a honra de comandar esse ministério em algum momento da história recente do país, sentimos compelidos a fazer um apelo ao governo e à sociedade: respeitem, valorizem e reconheçam o papel de Estado desta instituição. O Inep é fundamental para a produção de dados sobre a educação brasileira. Por ser tão técnico, seu trabalho talvez não seja suficientemente conhecido pela população, mas asseguramos que é um pilar de sustentação da maior parte das ações do MEC. Sem um Inep capaz de cumprir suas funções, não haverá gestão responsável na educação do Brasil”, finalizou o manifesto.

Confira, na íntegra, a carta assinada pelos ex-ministros: 

Em defesa do Inep, o órgão que avalia a educação no Brasil

O principal órgão responsável pelas avaliações e indicadores da educação brasileira está em perigo. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o Inep, vem sendo gravemente enfraquecido e isso coloca em risco políticas públicas cruciais para gestores educacionais, professores, alunos, familiares, além de governantes de todos os níveis.

O Inep é vinculado ao Ministério da Educação e teve em sua liderança acadêmicos de prestígio e gestores experientes no campo educacional ao longo dos seus 84 anos de história. Nos últimos dois anos, no entanto, o cargo foi ocupado por cinco pessoas diferentes. E pior: as posições de gestão não têm sido preenchidas com indicações de quadros técnicos qualificados para as funções.

O corpo técnico de servidores do órgão, que é amplamente reconhecido no meio educacional pela seriedade, especialidade e compromisso público, não é ouvido. O Ministério da Educação exclui constantemente o Inep de debates sobre a atuação de prerrogativa legal do órgão, como a reformulação do Ideb e as avaliações para medir a alfabetização das crianças no 2º ano do ensino fundamental. Além disso, há incertezas sobre a realização da própria prova do Saeb em 2021, logo quando é tão importante mensurar os impactos da pandemia de Covid-19 para o aprendizado dos alunos.

Para se ter uma ideia da importância do Inep, todos os anos, dezenas de milhões de crianças e adolescentes que frequentam as nossas escolas são contabilizadas pelo Censo da Educação Básica. O resultado do Censo forma a base de cálculo para repasses de recursos do Fundeb para estados e municípios, financiando a maior parte da educação básica no Brasil.

Já no Censo da Educação Superior, outras milhões de pessoas são contabilizadas anualmente, com informações valiosas sobre o perfil dos alunos, seus cursos e a taxa de evasão, por exemplo. Parte desses estudantes faz a prova de avaliação da educação superior, o Enade, que conta para o Índice Geral de Cursos (IGC). O IGC impede que cursos e instituições de baixíssima qualidade estejam ao alcance das pessoas. Isso tudo também é organizado pelo Inep. 

Em anos alternados, dezenas de milhões de estudantes do ensino fundamental e médio são avaliados pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica, o Saeb. Os resultados dos alunos do 5º e 9º ano do fundamental e 3º ano do médio são usados para compor o Ideb, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. As redes estaduais e municipais anseiam por esses dados para medir a qualidade do ensino que oferecem aos seus estudantes. Sem os dados do Ideb, a educação brasileira fica às cegas e a aplicação dos recursos fica comprometida. Sem o Inep seria impossível.

Isso sem falar dos milhões de jovens e adultos em busca do acesso ao ensino superior que fazem as provas do Enem, elaboradas pelo Inep.

Estamos em um dos momentos mais desafiadores de nosso País, com esta pandemia. Mas não será com cortes no orçamento da Educação, área prioritária para o desenvolvimento social e econômico, que isso irá se resolver. Mesmo porque o Inep produz informações que evitam o desperdício, racionalizando e tornando o Estado brasileiro mais eficiente.

Nós, que tivemos a honra de comandar esse ministério em algum momento da história recente do país, sentimos compelidos a fazer um apelo ao governo e à sociedade: respeitem, valorizem e reconheçam o papel de Estado desta instituição. O Inep é fundamental para a produção de dados sobre a educação brasileira. Por ser tão técnico, seu trabalho talvez não seja suficientemente conhecido pela população, mas asseguramos que é um pilar de sustentação da maior parte das ações do MEC. Sem um Inep capaz de cumprir suas funções, não haverá gestão responsável na educação do Brasil.

Carta assinada, em ordem cronológica, por Tarso Genro, Fernando Haddad, Cid Gomes, José Henrique Paim, Aloizio Mercadante, Mendonça Filho, Rossieli Soares.

Conversar e planejar os rumos do DEM tendo em vista o pleito de 2022 esteve em pauta, nesta segunda-feira (19), na reunião entre o deputado federal Fernando Filho e os deputados estaduais Antonio Coelho e Priscila Krause com Mendonça Filho, presidente estadual da legenda. O encontro, que é o marco inicial desse debate partidário interno, ocorreu no escritório do dirigente democrata.

Líder da Oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Antonio Coelho ressaltou que os parlamentares sempre estão conversando sobre os rumos da legenda, mas que esse é um momento de dar os primeiros passos no sentido de organizar internamente a legenda. “Estamos começando a fazer o dever de casa”, salientou o parlamentar. “O encontro de hoje marca mais um importante passo do Democratas em Pernambuco no sentido de preparar o partido para as eleições do ano que vem”, complementou Priscila Krause.

O deputado Fernando Filho sublinhou seu compromisso de ajudar no fortalecimento da legenda em Pernambuco e na montagem de chapas competitivas em conjunto com Mendonça Filho a fim de promover o crescimento do DEM no Estado, já tendo como horizonte o ano de 2022.

O deputado Gustavo Gouveia não participou do encontro devido a imprevisto doméstico, no entanto, está acompanhando o processo de discussão da estruturação de chapas competitivas para deputado estadual e federal.

Mendonça Filho, por sua vez, reforçou a motivação da reunião com os membros das bancadas federal e estadual do partido e afirmou que o DEM vai trabalhar não só para renovar o mandato dos seus atuais parlamentares, “mas vai se empenhar para ampliar a representação do partido”.

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*Da assessoria

Ex-ministro da Educação e um dos líderes nacionais do DEM, Mendonça Filho (PE) usou o Twitter, nesta quarta-feira (10), para celebrar o andamento do projeto que visa estabelecer a autonomia do Banco Central. 

Segundo Mendonça, a matéria é um "tabu para a esquerda fossilizada", mas deverá colocar o "Brasil entre as principais nações no quesito estabilidade monetária".

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"Discutida há 30 anos, a autonomia preserva o BC dos humores do mandatário de plantão e aumenta a credibilidade do país no exterior", escreveu. "Vitória da agenda liberal, a autonomia do BC facilita o cumprimento de metas de inflação, estabilidade das taxas de juros, podendo até reduzir. E dar maior segurança jurídica ao sistema financeiro nacional, levando ao aumento da produtividade e da eficiência da economia", emendou o democrata.

A proposta passou a tramitar em regime de urgência na Câmara dos Deputados e pode ser votada hoje. 

Líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB) divulgou uma nota, nesta quarta-feira (18), anunciando que adotará uma postura de neutralidade e não subirá em nenhum dos palanques que concorrem ao comando da Prefeitura do Recife no segundo turno. Bezerra é dissidente da postura eleitoral do MDB na capital pernambucana, apesar do partido integrar a Frente Popular que disputa com João Campos (PSB), o senador apoiou o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM). Além de João, a candidata Marília Arraes (PT) também segue na disputa. 

 “No primeiro turno das eleições municipais, apoiei a candidatura de Mendonça Filho à Prefeitura do Recife por estar convencido de que seu nome melhor representava os anseios de mudança da população e o campo de centro-direita. Nesse sentido, trabalhei pela união dos partidos em torno da candidatura do Democratas e, sem êxito, não fomos para o segundo turno. Os números do pleito de domingo demonstram que estávamos certos”, observou, lembrando das articulações da oposição antes da oficialização das candidaturas. 

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“No momento em que duas candidaturas do campo da esquerda disputam o segundo turno, como líder do governo do Presidente Jair Bolsonaro, assumo a posição de neutralidade”, completou Bezerra Coelho. 

Apesar disso, o senador deixou claro que segue disposto a articular ações federais com quem for eleito. “Mantenho, contudo, a disposição de continuar trabalhando em favor da população do Recife, ajudando na interlocução com o Governo Federal e contribuindo com o desenvolvimento da nossa capital seja qual for o resultado final da eleição”, conclui a nota. Além de FBC, Mendonça Filho também declarou neutralidade na disputa.

Com 30,25% das urnas do Recife apuradas, Marília Arraes (PT) assume a liderança da disputa com 29,05% dos votos, equivalente a 69.723. Até o momento, ela vai disputar o segundo turno com João Campos, que conquistou 27,09% dos votos, correspondente a 65.020 eleitores.

Cerca de 240 mil votos válidos já foram computados. Mendonça Filho (DEM) conquistou 26,63% da escolha dos eleitores, o que representa 63.920 votos. Já a Delegada Patrícia (Podemos) está na última posição dos candidatos em maior destaque durante a campanha e só alcançou 13,62%, divididos em 32.693 votos.

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Até a última atualização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram registrados 12.684 brancos (4,60%) e 22.604 nulos (8,20%).

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou, às 17h35, a divulgação da apuração dos votos no Recife. A primeira atualização contabiliza menos de 1% das urnas na capital pernambucana. Recife tem 1.157.324 de eleitores.

A divulgação dos votos pode ser acompanhada no site Resultados ou no aplicativo homônimo que pode ser baixado em qualquer loja tanto para Android quanto iOS.

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Boca de Urna

A pesquisa de boca de urna do Ibope no Recife indica segundo turno entre o líder João Campos (PSB), com 35% dos votos, e Marília Arraes (PT), que possuiria 30% dos votos. Chama atenção o derretimento das intenções de voto da delegada Patrícia Domingos (Podemos), apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro, que agora aparece com 12%. Mendonça Filho está aparece em terceiro lugar, com 19% das intenções de voto.

Os candidatos Charbel (Novo), Carlos (PSL), Coronel Feitosa (PSC), Thiago Santos (UP) aparecem empatados com 1% das intenções de voto. Cláudia Ribeiro (PSTU) e Marcelo Aurélio (PRTB) não pontuaram.

O candidato a prefeito do Recife pelo DEM, Mendonça Filho, votou na tarde deste domingo (15) em um colégio em Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana. Ele esteve no local acompanhado da sua vice, Priscila Krause, do ex-senador, Armando Monteiro (PTB), do pastor Jairinho, líder do movimento cristão Recife nas Mãos de Deus, de familiares e amigos.  O democrata disse estar confiante de que irá para o segundo turno.

"Iremos para o segundo turno, pois nossa candidatura está crescendo no momento certo, de virada. Sentimos nas ruas o desejo do povo de ver uma mudança na cidade. Vamos vencer", afirmou.

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De acordo com Mendonça, ficou claro que a população quer interromper o revezamento de 20 anos de governos do PT e PSB no Recife. "Essa concentração fez mal à cidade. Hoje somos a capital da desigualdade, dos impostos altos e da corrupção, e isso vai acabar", disse. "Fomos às ruas, mostramos, Priscila e eu, que temos as melhores propostas, nas áreas de educação, que é uma vergonha, na de saúde, um descaso. Mostramos que vamos acabar com a indústria das multas e taxas do PSB, e o povo entendeu isso. Por isso, estamos confiantes no segundo turno e na vitória, emendou.

Após votar, Mendonça acompanhou a votação de Priscila Krause no Parnamirim, na Zona Norte. Antes, Mendonça e Priscila tomaram café da manhã, junto com os familiares na residência do democrata. Pela manhã, Mendonça também recebeu visita do presidente do PSDB, Bruno Araújo. Mendonça e Priscila irão acompanhar a apuração no comitê na Madalena.

*Com informações da assessoria de imprensa

 

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