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O aperto no crédito restringe a intenção das famílias em adquirir imóveis e tende a sustentar um nível elevado de distratos, pavimentando o caminho para uma espiral negativa de lançamentos e dificuldades adicionais de vendas. A situação, apontam especialistas ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, agrava a perspectiva para as incorporadoras, que já lidam com a deterioração do cenário macroeconômico e o enfraquecimento da confiança dos consumidores.

Com inflação elevada e baixo crescimento econômico, já suficientes para afastar clientes dos estandes de vendas, a postura mais rígida dos bancos em relação ao mercado imobiliário faz cair o número de negócios. Reflexo desse processo pode ser observado nos primeiros três meses deste ano. No período, das 15 principais empresas de capital aberto no setor, 11 informaram perdas em volume bruto medido pelo Valor Geral de Vendas (VGV), umas mais outras menos, variando entre 7% e 90%.

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Vale ressaltar que, em alguns casos, os números do começo do ano foram influenciados também pela ausência de contratações na faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, que abarca famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil e tem subsídio quase total oferecido pelo governo para a compra do imóvel.

Para a analista Paola Mello, que trabalha com construção civil no Citigroup, a queda das vendas em 2015 pode ser maior que 20% entre as nove companhias acompanhadas pelo banco: PDG, Cyrela, Gafisa, Rossi, MRV, Even, Tecnisa, Direcional e EZtec. Ela afirmou que as companhias mais alavancadas, como Rossi e PDG, tendem a ficar mais vulneráveis e propícias a adotar estratégias de descontos e lançamentos reduzidos, pois precisam encontrar maneiras de aumentar os negócios e gerar caixa para liquidar obrigações.

Já entre segmentos de renda, há uma fragilidade maior em companhias que trabalham com classe média, que tem sofrido com o encarecimento do crédito e a perda do poder de compra, com o aumento da inflação. Para exemplificar, a analista citou a Even e a Tecnisa. Já nas linhas mais populares, Paola Mello ressaltou que a faixa 1 do MCMV parece estar "praticamente congelada" neste ano, por causa dos ajustes fiscais do governo, o que impacta companhias como a Direcional. Já as faixas 2 e 3 do programa, que têm juros mais baixos e dependência governamental menor, são "exceções à regra". "Esse é o único segmento que está positivo hoje", afirmou a executiva, ao apontar o foco de trabalho da MRV.

Ainda que afete as companhias em níveis distintos, o crédito mais restritivo dificulta a situação das incorporadoras ao elevar a perspectiva de que menos pessoas terão acesso ao financiamento, diminuindo a demanda por novas unidades, segundo o analista Marcelo Motta, do JPMorgan. O especialista afirmou que a resposta de muitas companhias é oferecer descontos e promoções, "o que reduz ainda mais a velocidade de venda, pois os compradores ficam ansiosos" à espera de preços cada vez menores.

Outra estratégia adotada pelas companhias é a redução de lançamentos e o esforço em negociar unidades em estoques, de modo a conter os gastos e evitar um aumento ainda mais acentuado da oferta no mercado. No primeiro trimestre, apenas o grupo Gafisa, liderado pelo segmento Tenda, registrou aumento no VGV de lançamentos, enquanto as outras 14 companhias ou diminuíram o volume de novos empreendimentos ou não lançaram projetos no período.

O problema é que, em geral, as vendas de produtos antigos tendem a ser mais difíceis em comparação com a negociação de unidades novas. "As vendas de estoques são mais lentas do que as de lançamentos. Por isso, cria-se uma relação de 'lança menos, vende menos", afirmou Paola Mello, do Citigroup. Por outro lado, o analista Lucas Gregolin, do Banco Fator, acredita que essa postura mais conservadora das companhias pode ajudar a equilibrar a relação entre oferta e demanda. Para ele, há a expectativa de que, caso a situação da economia brasileira mostre uma certa melhora, o mercado imobiliário pode apresentar uma reação a partir de 2016. "Teremos em 2015 menos lançamentos que em 2014, mas podemos ver uma certa recuperação em 2016, com patamares próximos a 2014", afirmou o analista, ao ressaltar que as empresas têm terrenos para construir, mas devem esperar a demanda.

Distratos

O nível de cancelamentos de vendas, processo conhecido como distrato, é outro problema que pode ser agravado pelo aperto de crédito. Em geral, a assinatura do financiamento imobiliário no Brasil só acontece no momento da entrega da unidade. Quando o comprador não é aprovado pelo banco, ele pode ficar impossibilitado de quitar os saldos e acaba sendo desligado pela empresa, gerando o distrato. Além disso, o aumento do custo dos empréstimos imobiliários torna as prestações mais salgadas.

As empresas têm entregado desde o ano passado uma grande quantidade de imóveis, que foram lançados há cerca de quatro anos, quando o mercado imobiliário estava aquecido. Cria-se assim um conflito entre dois momentos muito distintos da economia: o crescimento do passado e a presente crise. Em outras palavras, o consumidor que comprou uma residência com perspectivas de emprego estável, inflação contida e juros baixos hoje enfrenta outra realidade. "Se uma parte dessas pessoas não consegue mais obter o financiamento e não tem recursos próprios para quitar, não tem outra opção: o contrato tem de ser cancelado", diz Paola Mello, do Citi. "Já estamos partindo de um patamar de vendas brutas mais baixas e, ao acrescentar os distratos referentes ao pico de vendas de alguns anos atrás, temos vendas líquidas baixíssimas".

A analista explicou ainda que há uma perspectiva entre os empresários de que um nível de distratos de 20% na comparação com as entregas, em termos de VGV, é natural na vida do projeto. Nesse primeiro trimestre, muitas empresas chegaram a informar patamares bem mais elevados, como a proporção de 60% da Helbor, embora outras, como o segmento Gafisa, tenham se mantido perto desses 20%. Nem todas as companhias publicam o volume total de entregas ou cancelamentos.

Diante dessas perdas com os distratos, as empresas têm buscado endurecer a seleção dos compradores para se aproximar das exigências dos bancos para financiamentos, lembra Gregolin, do Fator. "Em 2010 e 2011, a análise de crédito não era rigorosa. Isso ocasionou um distrato bastante elevado. Mas as empresas têm se alinhado melhor com os bancos", afirmou Gregolin.

O diretor-executivo da Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc), Renato Ventura, ressaltou que as companhias têm buscado formas de melhorar a atribuição de crédito, dentro de uma série de medidas para aprimorar a gestão. Segundo o dirigente, o setor é "cíclico" e está passando por um momento de ajustes, que abrirão caminho para a recuperação. Por enquanto, o mercado vive uma etapa de maior seletividade sobre os lançamentos e as vendas continuam a fluir, ainda que em volumes menores, afirmou. "O ajuste está sendo feito e, em breve, deve vir o momento da recuperação. As empresas vão voltar a construir e produzir de maneira mais acelerada. Embora a questão do crédito seja importante, vemos que ainda existe demanda no setor", afirmou o dirigente.

A volatilidade dos mercados financeiros e o impacto da desaceleração econômica no mercado imobiliário provocaram uma queda de quase 42% do total de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) emitidos de janeiro a abril deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números mostram ainda que, assim como no ano passado, apenas uma pequena parte dos CRIs emitidos foi distribuída para investidores.

Segundo levantamento feito por profissionais do mercado, o volume de CRIs emitidos de janeiro a abril caiu de R$ 5,59 bilhões no ano passado para R$ 3,22 bilhões este ano. Desse total, R$ 2,577 bilhões ou 80% foram remunerados pela TR (taxa de referência) que, de acordo com profissionais do mercado, indicam se tratarem de operações absorvidas pelos bancos.

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O movimento contraria a tendência de expansão dos anos anteriores, em que os CRIs e outros instrumentos lastreados pelo setor imobiliário cresciam acompanhando a evolução dos estoques de imóveis e dos empreendimentos. O mercado questiona também o uso que os bancos têm feito do CRI para substituir empréstimos bilaterais tomados por empresas de vários setores, o quê, embora permitido, é interpretado como uso distorcido do papel.

O Banco Central exige que 65% dos recursos captados em depósitos na poupança pelos bancos sejam direcionados para operações de financiamento imobiliário, dos quais 80% para operações de financiamento habitacional no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação.

Jayme Bartling, diretor sênior de finanças estruturadas da Fitch Ratings, acredita que com a queda na captação da poupança, a distribuição de CRIs para o mercado aumente. "Mas isso não quer dizer que o volume ou número de operações possa superar 2014, porque o cenário de desaceleração econômica e alta do juro reduzem o apetite tanto do emissor, quanto do investidor".

(Cynthia Decloedt)

Comprar um imóvel financiado pela Caixa Econômica Federal está saindo mais caro no bolso do brasileiro. Desde o dia 19 de janeiro, o banco elevou os juros efetivos na compra a prazos com recursos da poupança (SBPE). As taxas para o Programa Minha Casa Minha Vida e do FGTS continuam as mesmas.

A medida será aplicada para quem tem renda acima de R$ 5,4 mil e comprar a partir dessa data. “Sendo assim, a mudança afeta diretamente os consumidores das classes A e B. Como os imóveis populares não sofreram com essa alteração, a classe C não será impactada”, afirma o economista Djalma Guimarães.

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Ainda segundo o economista, a tendência natural é que com o aumento das taxas de juros o mercado imobiliário esfrie. A diminuição no volume de vendas pode gerar pressa na correção dos valores por parte de quem deseja repassar um imóvel. “Se as pessoas compram menos, os preços dos imóveis também acabam caindo”, salientou.

Guimarães também explica que tudo dependerá da postura dos empresários ligados ao mercado de imóveis. “Apesar de tudo isso, temos que ver se os empresários vão realmente decidir baixar esses preços”, concluiu.

Entenda a mudança nas taxas de juros


Como financiar pelo Minha Casa Minha Vida?

Somente consumidores com renda abaixo de R$ 5 mil e sem casa própria podem participar do programa. “A pessoa entra em e contato com o corretor e escolhe o imóvel. Após repassar os documentos solicitados, é feita a análise de crédito. Todo o tramite é feito pela corretora”, explicou Pedro Miranda, coordenador geral da imobiliária Sérgio Miranda.

Após a aprovação, e antes da entrega das chaves, é feito o contato com o banco e inicia o pagamento do financiamento. Para efetuar a compra, também é possível juntar renda com os pais, cônjuge ou até namorado.

Documentos Necessários

Comprovante de renda

Identidade 

CPF

Certidão de Casamento 

Carteira de Trabalho

Comprovante de residência

Depois da baixa em outubro de 2014, o índice de confiança do consumidor para a compra de imóveis tem apresentado números crescentes nos dois meses seguintes. Saindo dos 72,4 pontos em outubro para os 89,3 pontos em novembro, os números apontam, em dezembro, o crescimento de 5,2 pontos em relação ao mês anterior. Fatores como a tendência de crescimento do consumo de bens no último mês do ano, além do recebimento do 13º salário, são alguns dos fatores atribuídos ao crescimento dos números do índice. Entretanto, para a maior parte dos entrevistados, o cenário econômico ainda causa incerteza na hora de comprar a casa própria. 

Para o economista Djalma Guimarães, essa confiança também acontece devido à baixa no cenário imobiliário. “Temos um pessimismo no mercado por causa dos desdobramentos das eleições e da situação da economia. Estamos num momento em que as pessoas realmente consideram comprar imóveis porque não se sabe até quando os preços irão permanecer baixos”, explica. 

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A incerteza de compra no momento atual também é considerada pela pesquisa do IPMN. Através da análise do Instituto, é possível perceber que a maior parte dos entrevistados não tem tanta segurança para adquirir um imóvel em dezembro. A maior parte dos que não têm tanta certeza para comprar tem entre 25 e 34 anos. Entretanto, há uma parcela dos entrevistados – entre 35 e 44 anos – que classifica positivamente o momento atual. 

“Essa faixa etária já vem se preparando para comprar porque, provavelmente, eles já pagaram aluguel por muito tempo e querem conquistar a casa própria. Por isso, eles estão mais propensos a comprar do que as faixas etárias mais jovens, que não têm como prioridade a compra de um imóvel”, explica o economista. 

PESQUISA – Ao todo, foram entrevistadas 625 pessoas pelo Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau (IPMN), sendo 55,2% desse número composto por mulheres. Cerca de 44,1% dos entrevistados são casados, enquanto 32,6% estão solteiros e 23,3% não se classificaram nos estados civis anteriores. Do total, 57% afirmou fazer parte da classe C e, quanto à escolaridade, 47,4% dos entrevistados afirmaram ter completado o ensino médio ou ter o ensino superior incompleto. O indicador considera o mês de fevereiro (base 100) como ponto de partida para a análise dos meses seguintes. 

Finalizando com 6,7 pontos percentuais em outubro, o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) – relacionado à comercialização de imóveis na Região Metropolitana do Recife – apresentou melhora de 0,4% em relação ao mês de setembro. Entretanto, se comparado com os resultados de outubro de 2013, o índice apresenta queda de 5,8 pontos percentuais, representando um esfriamento no mercado imobiliário já mencionado por corretores e profissionais da área. O levantamento foi realizado pela Unidade de economia, estudos e pesquisas da FIEPE.

Apesar de 548 unidades terem sido lançadas em outubro – número 5,8% maior do que os lançamentos do mês anterior –, a oferta de outubro foi de 6.935 unidades, 143 a menos do que em setembro. A pesquisa também revelou que, ainda em outubro de 2014, foram vendidas 442 unidades, número abaixo da média mensal de 2014, de 487 unidades habitacionais. 

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A Zona Sul do Recife concentra o maior número de ofertas, totalizando 1298 unidades à venda nos bairros de Boa Viagem, Setúbal, Pina e Imbiribeira. Entretanto, apenas 55 dos imóveis foram vendidos. 

O centro da capital pernambucana, apesar de apresentar 783 ofertas, liderou o número de vendas de acordo com a pesquisa. Ao todo, foram 151 imóveis vendidos, representando um IVV de 19,28 pontos percentuais. 

DICAS DE VENDA - De acordo com dicas do diretor de relações institucionais de uma franqueadora imobiliária, Germano Leardi Neto, é possível acelerar o processo de venda de um imóvel através de medidas simples. Confira: 

Manter a casa organizada: a apresentação do imóvel é fundamental para o comprador. O cliente precisa ter a sensação de casa nova ao entrar no local. Por isso, uma casa desarrumada e suja pode dificultar o processo de venda. Se o vendedor continua morando no imóvel, é recomendado evitar deixar cheiro de comida e a louça por lavar. 

Guardar artigos religiosos ou de futebol: alguns compradores levam a sério questões de religião. Símbolos religiosos e esportivos podem fazer com que o comprador desista do negócio, portanto, é indicado guardar esse tipo de material. Por outro lado, retratos familiares agradam quem quer comprar a própria casa. 

Invista numa decoração limpa: retirar grandes mobílias e deixar poucos quadros pendurados nas paredes pode ajudar o interessado pelo imóvel a imaginar como será a própria decoração. Com o uso de cores neutras, a casa também pode ficar mais ampla, fazendo com que o comprador tenha uma noção melhor do tamanho do imóvel a ser adquirido. 

Fazer pequenas reformas: investir no conserto de vazamentos ou na pintura do imóvel é indispensável para quem quer fechar negócio com o comprador. Por outro lado, reformas integrais não são recomendadas por levarem tempo e exigirem altos custos. 

A prática de venda e de aluguel de imóveis no Recife baseada na especulação imobiliária já não é mais bem sucedida. Para vender um apartamento usado, por exemplo, é comum que os donos negociem o imóvel de acordo com o preço de outros apartamentos no edifício, mas, em alguns casos, esse hábito já não é mais um bom negócio – não só para o cliente, mas também para o vendedor. 

Construtoras com edifícios recém-finalizados também aderem à prática dos valores acima dos preços de mercado. Fatores como a modernidade dos apartamentos, garantia de cinco anos e facilidades de pagamento funcionam como atrativos para os compradores, mas não são decisivos na compra do imóvel. Para Petrus Mendonça, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), há uma demanda natural da venda e da locação de imóveis, mas o mercado imobiliário está parado porque a supervalorização dos apartamentos não condiz com o poder de compra das pessoas atualmente. 

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Para Mendonça, o preço dos imóveis não deve subir porque a especulação imobiliária perdeu força. “A capacidade financeira dos compradores não acompanha os altos preços exigidos pelas construtoras. Apesar da facilidade de compra, as pessoas calculam que, em determinado período, a prestação não vai mais caber no bolso e acabam não comprando o imóvel”, explica. 

Petrus Mendonça também desmistifica a escolha do preço dos imóveis a partir de outras negociações feitas no mesmo edifício, no caso de apartamentos usados. “Não adianta querer vender um apartamento pelo mesmo preço que o vizinho vendeu. Em alguns casos, o imóvel não vale o mesmo por não ter condições parecidas. É preciso estar atento porque essa estratégia nem sempre funciona”, alerta o presidente do Creci. 

Segundo o presidente do Creci, o mercado imobiliário só será movimentado se os preços dos imóveis forem compatíveis com a realidade dos compradores. “Só conseguem ter saída os apartamentos que são vendidos ou alugados com preço de mercado. Enquanto as construtoras investirem em altos preços devido à especulação imobiliária, os apartamentos não vão ter saída no mercado. O que tem segurado o mercado são os financiamentos imobiliários. Caso eles fossem extintos, as construtoras baixariam o preço dos imóveis em 50%”, pontua. 

Assim como na área de vendas, os alugueis no Recife também sofrem com a atual situação do mercado imobiliário. “Nunca se alugou tão pouco quanto agora”, afirma o presidente do Creci. Para ele, a segurança do mercado está nas cartas de crédito.

ESTRATÉGIAS DE MERCADO – Buscando fugir do mau cenário de vendas, algumas construtoras apostam na localização dos terrenos e nos tamanhos diferenciados imóveis, além de diferenciais de lazer nos edifícios. Segundo Jorge Leitão, diretor comercial da Casa Grande Engenharia, a construtora não sentiu tanto os efeitos da maré ruim do mercado imobiliário por apostar em locais estratégicos para a construção dos empreendimentos. “Ultimamente, temos acompanhado muitos lançamentos de outras construtoras com apartamentos de 45 a 60 m². Buscamos fugir um pouco desse foco e construímos apartamentos um pouco maiores, entre 90 e 95 m²”, explica. 

O diretor comercial ainda conta que mesmo com o momento econômico difícil de 2014, a construtora não sentiu prejuízos no mercado imobiliário. “Acredito que os nossos diferenciais nas áreas de lazer dos prédios, a escolha das localizações dos terrenos e o tamanho dos apartamentos tenham relevância para a nossa posição no mercado”, afirma. 

Para Tony Vasconcelos, superintendente comercial da construtora Moura Dubeux, a situação da empresa é diferenciada, mesmo com a perspectiva de retração do mercado. Para ele, isso se deve ao estudo de localização dos terrenos. “Cada imóvel é único. Fazemos um estudo de localização antes do lançamento dos produtos e a procura tem sido boa porque as pessoas também procuram os apartamentos de acordo com a conveniência do local”, conta. Ainda segundo Vasconcelos, a construtora busca analisar as quadras e os bairros em que pretende lançar os empreendimentos. “Fizemos isso num edifício construído na Rua da Aurora. Percebemos o renascimento dessa região central da cidade e resolvemos investir na localização. Buscamos nos diferenciar nesse empreendimento através de incentivos à fluidez da mobilidade, oferecendo um local próprio para as bicicletas”, conta.

Os negócios na construção civil estão mais lentos do que o esperado por empresários, que passaram a rever suas estimativas de crescimento para 2014. Os problemas no setor provêm principalmente do desempenho fraco da economia brasileira e do calendário marcado por datas que desviam a atenção de consumidores, como o Carnaval tardio (realizado em março), a Copa do Mundo e as eleições.

Na cidade de São Paulo, maior mercado imobiliário do País, as vendas de imóveis residenciais novos acumuladas entre janeiro e maio foram de 7.982 unidades, 41,4% inferiores ao mesmo período do ano passado. No período, os lançamentos chegaram a 8.947 unidades, recuo de 14,0%. Esses resultados estão abaixo da expectativa inicial do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), que esperava que as vendas e lançamentos em 2014 ficassem estáveis ante 2013.

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"Os números estão muito abaixo do que esperávamos. A chance de ter que rever um pouco pra baixo nossas projeções no ano é real", afirmou o presidente do Secovi-SP, Cláudio Bernardes. "A quantidade de visitas aos estandes está semelhante à do ano passado, mas o número de conversão de vendas caiu bastante. As pessoas têm mais preocupação sobre o futuro, o que tem lhes dado mais cautela antes de fechar os negócios", avaliou.

Bernardes disse que as empresas já contavam com o efeito negativo da economia mais fraca e do calendário neste ano, mas admitiu que esses fatores foram piores do que as expectativas. "O que pesou foi o dimensionamento do impacto dos fatores já previstos", explicou, citando o excesso de feriados em várias capitais, e o clima de incerteza por conta das eleições.

O esfriamento do mercado respingou no preço dos imóveis, que cresce cada vez menos. De acordo com a pesquisa FipeZap, o preço das moradias na cidade de São Paulo acumula alta de 4,41% no primeiro semestre. O montante é quase um terço do verificado nos últimos 12 meses, quando bateu os 12,3%, o que demonstra forte desaceleração.

"Uma boa parte da culpa pelo desaquecimento do mercado imobiliário está mesmo na atividade mais fraca da economia brasileira de um modo generalizado", afirmou o coordenador da pesquisa FipeZap, Eduardo Zylberstajn. "Mas os preços dos imóveis subiram muito, então hoje tem de fato menos gente em condições de pagar por eles", ponderou.

Zylberstajn disse também que as condições para compra da habitação pioraram do ano passado para cá, com juros mais caros. Conforme dados do Banco Central, a taxa média de juros do financiamento imobiliário passou de 7,84% ao ano em maio de 2013 para 9,52% ao ano em maio de 2014. "O crédito ainda é um facilitador, mas ele já não consegue mais aumentar o poder de compra como ocorreu no passado", ressaltou.

Cortes

Caso o Secovi-SP confirme o ajuste nas suas projeções, ele vai se juntar a outras três entidades. Em maio, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) baixou de 4,5% para 3,0% sua estimativa de alta no faturamento em 2014. Depois dela, foi a vez do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) reduzir de 2,8% para a faixa de 1,0% a 2,0% sua previsão de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do setor neste ano.

A última a ajustar seus números, na semana passada, foi a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), que cortou praticamente pela metade sua projeção de avanço no faturamento em 2014, passando de 7,2% para 3,5%.

"O varejo de materiais depende muito de cada dia de venda. E os feriados causaram uma perda muito grande", disse Cláudio Conz, presidente da Anamaco. "E há um estado de espírito ruim, um certo temor sobre como a economia brasileira vai andar. Isso afetou as vendas", completou, citando que muitas obras para reformas e ampliações de residências foram adiadas. Entre janeiro e junho deste ano, as vendas de materiais de construção foram 3,5% menores do que nos mesmos meses do ano passado.

Já para o Sinduscon-SP, a decisão de rever suas estimativas se baseou na queda no ritmo de crescimento do número de trabalhadores no setor. No fim de maio, havia 3,525 milhões de pessoas empregadas na construção no País, montante apenas 0,42% maior do que no mesmo mês de 2013.

"A estabilização do nível de emprego reflete a retração no crescimento dos investimentos", afirmou Sérgio Watanabe, presidente do sindicato. "No caso da cidade de São Paulo, onde o nível de emprego na construção voltou ao patamar de um ano atrás, as incertezas com relação ao Plano Diretor também pesaram", completou, referindo-se à mudança na legislação que aumentou as restrições para uso dos terrenos e tamanhos das edificações na capital paulista.

Perspectivas

Os próximos meses de 2014 ainda preocupam os empresários porque não há perspectiva de melhora no quadro econômico do País no curto prazo. No entanto, alguns fatores podem ajudar os negócios da construção.

Conz, da Anamaco, acredita que muitas obras residenciais adiadas no primeiro semestre ainda serão colocadas em prática nos próximos meses. Outro ponto importante, segundo ele, é que os fundamentos que sustentam tanto a comercialização de materiais de construção quanto de imóveis continuam consistentes, com bons níveis de emprego e renda da população, além de disponibilidade de crédito. "Não é uma situação de desastre para o setor. Um pouquinho de sinalização positiva e os negócios voltarão a melhorar. Isso deve acontecer depois da Copa", afirmou.

Bernardes, do Secovi-SP, lembrou que as vendas e lançamentos de imóveis costuma ser maiores no segundo semestre, com tendência de recuperação após as férias de julho. Em relação aos preços, ele admitiu que pode haver reduções pontuais em alguns bairros de São Paulo onde os valores das unidades e os estoques estão mais elevados. "Em algumas regiões, o preço pode estar mais esticado, então pode ter algum ajuste. Mas não é um processo generalizado na cidade", afirmou.

O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Mark Carney, alertou neste domingo para os riscos do mercado imobiliário do Reino Unido, que tem registrado inflação anual de dois dígitos. Em entrevista à TV Sky News, Carney contudo reforçou a mensagem de que o BOE está preparado para agir caso haja qualquer ameaça à estabilidade financeira do setor.

Segundo o executivo, o problema fundamental no mercado imobiliário britânico é que,

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enquanto a demanda está em alta, o número de novas propriedades construídas a cada ano é ainda baixo para os padrões internacionais. "Quando olhamos para o cenário doméstico, os maiores riscos para a estabilidade financeira e

portanto, para a durabilidade da expansão econômica, giram em torno do mercado imobiliário", disse Carney. Canadense, Carney comparou o mercado britânico ao mesmo setor no seu país de origem: "O Canadá tem metade da população do Reino Unido e constrói o dobro de casas a cada ano".

Carney lembrou, no entanto, que o BOE não tem poder para influenciar a construção civil. "(O que o BoE pode influenciar) é se os bancos estão fortes o suficiente para suportar os riscos no mercado imobiliário e em um cenário no qual as pessoas tomem hipotecas que possam pagar." Dessa forma, disse o executivo, o banco pode ajudar a reduzir os riscos no setor imobiliário, que ainda sofre com "profundos problemas estruturais". Fonte: Market News International.

A Caixa Econômica Federal informou nesta segunda-feira que o primeiro fim de semana do 10º Feirão Caixa da Casa Própria movimentou mais de R$ 3,5 bilhões em negócios. Entre sexta-feira (2) e ontem (4), a cidade de São Paulo foi a primeira a receber o evento, que teve 64.744 mil visitantes.

O Feirão Caixa da Casa Própria na capital paulista ofereceu mais de 147 mil imóveis, sendo 33 mil imóveis novos ou em construção e cerca de 114 mil usados, distribuídos pelas regiões da capital, Grande São Paulo e Baixada Santista. Ainda conforme o comunicado da Caixa, quem visitou o evento também teve como opção de compra mais de 17 mil unidades do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal.

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O banco público acrescenta que a rede de agência da Caixa continua a atender as pessoas interessadas em financiar a casa própria, com as mesmas condições do Feirão. Quem contratar neste ano o financiamento imobiliário até 31 de julho poderá começar a pagar a primeira prestação em janeiro de 2015. A condição é válida para financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), adquiridos no Feirão ou em uma das agências da Caixa.

De 16 a 18 de maio, será a vez de Brasília, Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador receberem o 10º Feirão Caixa da Casa Própria. O último fim de semana do evento será de 23 a 25 de maio, nas cidades de Campinas (SP), Florianópolis, Porto Alegre e Uberlândia (MG). No total, o Feirão Caixa da Casa Própria está oferecendo mais de 370 mil imóveis nesta edição.

Acontecerá, no dia 25 de março, um treinamento para o mercado imobiliário, na Livraria Cultura do Paço Alfândega, Bairro do Recife. O curso Corretor 360°, ministrado pelo Palestrante Guilherme Machado - com experiência na área imobiliário em nível nacional -, visa qualificar profissionais do setor, promover o autoconhecimento e ensinar as etapas do plano de negócio focado no público alvo. As inscrições podem ser efetuadas no site, até o dia 24 desse mês.

Durante o encontro, os participantes além de aplicar as ferramentas de Programação Neurolinguística (PNL), também aprenderão a identificar a motivação do cliente, interpretar a linguagem verbal e não verbal do público e aumentar os resultados. Os conteúdos abordados serão: A Chave da influência em vendas, compreensão de cenários, autoconhecimento, network x Conexão, matriz SWOT e business Plan. As inscrições poderão ser realizadas através do site.

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Curso Corretor 360°

25 de março |10h às 18h30

Auditório da Livraria Cultura - Paço Alfândega - Recife Antigo (R. Madre de Deus, s/n)

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Um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) mostrou que Boa Viagem, Afogados, Imbiribeira, Jardim São Paulo, Caxangá são, nesta ordem, os cinco bairros mais procurados por compradores de imóveis em 2014.

Segundo o estudo, o sonho de consumo da maioria dos compradores potenciais de imóveis na capital pernambucana é de morar nas proximidades de seus atuais locais de residência. 

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Ainda de acordo com os dados da pesquisa, boa parte dos lançamentos de imóveis se concentra em áreas tradicionais da cidade. Locais com o metro quadrado mais caro, por isso, o consumidor busca os bairros próximos, já que não pode adquirir um imóvel onde prefere.  O levantamento também aponta que a localização e o trânsito influenciam na hora da compra. 

Veja os bairros mais procurados:

A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 10 de janeiro, com 624 pessoas.  O número de entrevistas foi estabelecido com base em uma amostragem aleatória simples com um nível estimado de 95% de confiança e uma margem de erro estimada de quatro pontos percentuais

O ano da Copa no Brasil não será tão positivo para os vendedores de imóvel. Pelo menos é o que aponta um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN). De acordo com o levantamento, apenas 29% da população está disposta a comprar imóvel esse ano, contra 34% em 2013 e 37% em 2012. 

O estudo também aponta que dessa porcentagem, a maioria pretende adquirir uma casa, porém, se queixa que boa parte dos lançamentos é de apartamentos. Além disso, o imóvel padrão para o recifense deve possuir 3 quartos (48,1%), 2 banheiros (67,6%) e uma vaga na garagem (62,6%). Perfil muitas vezes distante do imóvel ofertado principalmente para a classe C. 

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Outro ponto mostrado pelo levantamento, é que 74% dos entrevistados estão satisfeitos com o seu local de residência. E os itens de entorno do local onde moram que contribuem para tal satisfação destacam-se: localização e disponibilidade de transporte público, considerados importantes por 81,7% e 78,3% dos entrevistados, respectivamente.

A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 10 de janeiro, com 624 pessoas. O número de entrevistas foi estabelecido com base em uma amostragem aleatória simples com um nível estimado de 95% de confiança e uma margem de erro estimada de quatro pontos percentuais.

A moradia própria é um sonho de todas as pessoas. Alguns querem apenas uma casa, outros uma casa confortável, e há ainda quem queria um clube dentro de casa. Em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, o imóvel é bem mais que um lugar para viver. A busca tem sido pela qualidade e segurança.

Localização é só um dos itens procurados, mas, na cidade, o que conta mesmo são as opções, preferência para aqueles com maior facilidade no tráfego e grandes áreas de lazer. A cidade tem vivido um "boom" da construção civil, com loteamentos com rede de água, esgoto e pavimentação para todos os gostos e bolsos.

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De acordo com o corretor Walber Andrade, responsável pelas imobiliárias Remax e Andrade, a movimentação das corretoras dura o ano todo, com pico para aluguel nos meses de novembro a janeiro, principalmente aqueles que são próximos de hospitais, escolas e supermercados. Esses imóveis para alugar são encontrados por toda a cidade e os preços podem variar de R$ 300 à R$ 2,2 mil, para um apartamento de dois quartos, dependendo das comodidades oferecidas no local. “É o período que as famílias concretizam suas mudanças. Caruaru é uma cidade em pleno desenvolvimento, com o pólo de saúde muito forte, o segundo de Pernambuco. A gente vê a quantidade de cursos universitários aumentando a cada ano. É uma cidade de oportunidade de empregos, então há uma convergência muito grande”, ressaltou.

O setor de vendas passou por momentos difíceis em 2012 e só no final de 2013 começou a superar os obstáculos, com lançamento de Condomínios Clubes, onde os moradores podem comprar o lote, construir a sua casa, dispor de segurança. Alguns chegam a oferecer além da área de lazer tradicional, com piscina e quadra poliesportiva, quadras de tênis, pista de Cooper e rede de supermercados exclusiva. Com toda essa comodidade o preço de um lugar nesse empreendimento pode custar até R$ 1,3 milhão.

“Empreendimento que em Caruaru já não vinha sendo lançado há praticamente há 20 anos. Nós somos uma cidade do interior e todas essas famílias foram acostumadas a morar em casas, de 15 a 20 anos para cá, houve uma migração dessas famílias que moravam em grandes casas. Casas de 200m² a 400m² de área construída e em busca de segurança migraram para apartamentos. Mas nem todos se adaptam da maneira satisfatória”, explicou.

Mas, condomínios para a classe econômica, na forma de bairros planejados, também são  bem aceitos pelo público caruaruense, como por exemplo o bairro Adalgiza Nunes, que está em crescimento e é um lugar procurado por ter saneamento e pavimentação.

Outro tipo de empreendimento amplamente vendido é o Empresarial, voltados principalmente para profissionais liberais. Um bom imóvel deve ter elevadores com sistema inteligente, portaria, salas amplas, garagem e restaurantes. Os melhores devem ter também painel para publicidade e uma construção ecologicamente correta para que o ambiente seja refrescante mesmo com muito sol.

O preço do metro quadrado de um empresarial considerado simples fica em torno de R$ 4 mil, já um com mais comodidade não sai por menos de R$ 6,5 mil. O aluguel de uma dessas salas pode custar entre R$ 300 e R$ 15 mil.

Outro ponto que favorece o crescimento imobiliário da cidade é o investimento realizado por empresários na compra de terrenos, juntando ao conhecimento de construtoras para a construção de novas edificações. Além disso, com o programa Minha Casa, Minha Vida do governo Federal, uma habitação pode ser comprada por R$ 80 mil e, com a valorização, custar R$ 130 mil.

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A disparada das vendas de imóveis novos na região metropolitana de São Paulo, que têm crescido cerca de 40% neste ano, não está sendo acompanhada por outras capitais brasileiras. Estudo feito pelo Secovi São Paulo mostra que em sete outros Estados o movimento foi contrário e as vendas caíram. Apenas o Rio acompanhou a tendência de alta, crescendo 8% - índice bem mais modesto do que o de São Paulo.

O que os números estão mostrando, segundo especialistas, é reflexo direto da mudança de estratégia feita nos últimos anos pelas construtoras e incorporadoras, que logo depois de captarem mais de R$ 20 bilhões na Bolsa de Valores se lançaram País afora em empreendimentos que acabaram fracassando. Para reverter os prejuízos que tiveram que reconhecer entre 2011 e 2012, elas estão focando agora nos mercados que conhecem e têm demanda, justamente São Paulo e Rio.

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"Construiu-se indiscriminadamente no País e em alguns mercados houve um desequilíbrio entre o tipo de empreendimento ofertado e a capacidade de compra das pessoas", diz João da Rocha Lima, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e consultor na Unitas.

Dados dos analistas do setor no Bradesco BBI mostram que as 16 empresas listadas em Bolsa lançaram no primeiro semestre R$ 14,5 bilhões em empreendimentos em todo o Brasil, número inferior aos R$ 19 bilhões de 2011 ou R$ 15,7 bilhões de 2012. Mas novamente São Paulo está em direção oposta e os lançamentos cresceram 41% em número de unidades. Esse avanço nos lançamentos é outro motivo que explica a alta das vendas na capital paulista.

Pelo estudo do Secovi, Belo Horizonte é a cidade com maior queda nas vendas, de 16%. De acordo com o vice-presidente da Área Imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Lucas Guerra Martins, a aprovação de novos empreendimentos que era de 90 dias, com a mudança de gestão na prefeitura, passou a um ano e meio.

No Rio, as vendas de imóveis têm crescido na cidade há cinco anos, de acordo com João Paulo Rio Tinto de Matos, presidente da Ademi-RJ. Um dos motivos para o aquecimento do mercado é a sensação de segurança que melhorou na cidade depois da pacificação de favelas.

Demanda

A expectativa de demanda por imóveis tende a continuar crescente em função do chamado bônus demográfico do crescimento das famílias nos próximos 30 anos. O analista Luiz Maurício de Garcia Paula, do Bradesco BBI, lembra que por mais que a população cresça apenas 0,7% por ano isso significa 140 mil novas famílias somente em São Paulo por ano. No auge de vendas imobiliárias no ano de 2010 foram vendidas 76 mil novas residências. Neste ano, no primeiro semestre, foram apenas 28 mil.

"Apesar do PIB ter crescido menos e a renda não ter dado saltos significativos em termos reais, o nível de desemprego está estável, o que dá segurança na compra de um imóvel", diz Garcia Paula.

As vendas devem ser impulsionadas pelo aumento da faixa de valor dos imóveis a ser passível de uso do FGTS, que passou a R$ 750 mil. Segundo dados do Secovi, 20% dos lançamentos em São Paulo entre setembro de 2012 e agosto de 2013 estão nesta faixa de preço. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Educação financeira, investimentos, carreira e empreendedorismo estão entre os temas em evidência na Expo Money, maior evento de educação financeira e investimento da América Latina, que chega a sua sexta edição e aporta na capital pernambucana. Nos dias 22 e 23 de maio, o Recife Palace Hotel, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, receberá mais de 20 palestras com consultores financeiros, economistas e especialistas em empreendedorismo além de um evento formado por grandes empresas do mercado nacional.

Este ano, a Expo Money, que passará por nove cidades, terá como conteúdo principal, o mercado imobiliário. Na ocasião, os participantes poderão conversar com especialistas para tirar dúvidas e traçar uma rota segura na conquista do primeiro imóvel. “Como adquirir a casa própria?”, “O mercado passa por uma bolha imobiliária?” e “Vale a pena investir em fundo imobiliário?”, estão entres os pontos que serão abordados pelos especialistas.

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As inscrições para a Expo Money Recife são gratuitas e já podem ser realizadas através do site.

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Conhecidas pelas belas igrejas e pela folia de carnaval, as cidades de Recife e Olinda são procuradas por turistas de vários estados do Brasil e por estrangeiros. Os valores dos imóveis nestas localidades variam de acordo com a época, mas os lugares mais procurados não mudaram muito desde a década de 1960. 

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Na cidade do Recife, segundo o Conselheiro Federal do sistema do Conselho Regional Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci/Creci), Petrus Mendonça, atualmente os bairros mais valorizados do município são Casa Forte, Graças e Boa Viagem. “O valor do aluguel de apartamentos em Casa Forte, que tem hoje a maior renda per capta varia entre 1.400 e 1.500 em um prédio com elevador”, afirma. Já os bairros menos valorizados são Tejipió e a Mustardinha, que, de acordo com o arquiteto André Lemoine, até a década de 1970 foram locais de criadouro de animais de grande porte e por isso a elite não se interessou por essas regiões.

O bairro de Boa Viagem, até a década de 1950 era considerado de veraneio e só a partir dessa época iniciaram as construções de edifícios. “Os primeiros prédios a serem erguidos foram Acaiaca (1958), California (1960) e o hotel Boa Viagem, demolido no início do século XXI. Só a partir de 1970 Boa Viagem se transforma em área comercial e a partir de 1980 o local inicia com a supervalorização”, conta Lemoine.

Segundo o arquiteto, Boa Viagem só começou a ser reconhecida como bairro nobre a partir de 1990 quando começou a se perceber que o local já estava com poucos terrenos para novas construções. Em 2008, o plano diretor considerou o local superlotado. 

O valor dos imóveis pode variar de acordo com o período, principalmente na capital pernambucana onde o mercado imobiliário estava passando por dificuldades. “Há três anos não tínhamos imóveis suficientes, e agora, com as pessoas se acomodando nas cidades vizinhas já houve uma estabilização nos preços”, comenta Petrus Mendonça. Na década de 1980, os prédios no Recife começaram a ser construídos com um modelo padrão. “Isso tirou a identidade que os arquitetos podem dar em suas obras e a cidade parece ter a mesma cara em todos os lugares”, ressalta Lemoine. 

Há 50 anos, em Olinda, o Bairro Novo estava começando a se desenvolver e logo depois isso aconteceu com Casa Caiada, Jardim Atlântico e Ouro Preto. Na década de 1970, foi a vez do Sítio Histórico, que começou a ser povoado pela elite de Olinda. “Os bairros de menor valor comercial sempre foram os do entorno do Sítio Histórico. O que acontece nesses locais até hoje é uma maior deterioração e insegurança por parte dos moradores”, afirma o arquiteto. 

No Sítio histórico durante o carnaval, o valor do aluguel de uma casa de dois quartos pode chegar a 2.000 reais, enquanto em outros períodos do ano custa 700 reais. Atualmente uma casa com três quartos no Bairro Novo varia entre 350 e 400 mil reais. “Dependendo da proximidade com o mar o valor de imóveis em Olinda varia. Quanto mais próximo, mais caro fica, assim como em Boa Viagem no Recife”, afirma Petrus Mendoça.

Confira o valor comercial de apartamentos nas duas cidades:

-No bairro Novo em Olinda, o aluguel de apartamento varia entre R$ 700, com dois quartos, e R$ 1.300 com três quartos próximo ao mar. 

-Na cidade do Recife,mais precisamente no bairro de Casa Forte, o valor do aluguel de apartamento, varia entre R$ 1.400, com dois quartos e R$ 2.000 com três quartos. Em Boa Viagem, o valor do aluguel de uma apartamento de quatro quartos varia entre R$ 2.200 e R$ 2.500.

-Ainda no bairro de Boa Viagem, o valor de venda de um apartamento varia entre R$ 350 mil, com dois quartos, e R$ 700 mil com quatro quartos.

A poupança continuará sendo a principal fonte do funding para o crédito imobiliário nos próximos anos, avaliou Júlio Cesar Carneiro, chefe adjunto do Departamento de Normas do Banco Central. Segundo ele, a captação da poupança não foi afetada pela mudança ocorrida recentemente na remuneração da caderneta. "A população entendeu bem a medida e os depósitos cresceram. A poupança será a principal fonte do crédito por um bom tempo", disse nesta quinta-feira durante seminário promovido pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

O executivo do Banco Central observou que entre maio e agosto de 2012, meses seguintes às alterações na remuneração, a captação da poupança totalizou R$ 23,1 bilhões no País. O montante é bem superior ao registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 7,2 bilhões.

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Ele ponderou, no entanto, que é necessário fomentar o desenvolvimento de outros instrumentos para compor o funding do crédito imobiliário, que segue em rota de crescimento. "Se temos que incentivar o crédito imobiliário entre instituições de menor porte, esses instrumentos têm que ser trabalhados", afirmou, referindo-se às Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), entre outros. Carneiro acrescentou que está em avaliação no Banco Central a criação de covered bonds, que são títulos com lastro nos financiamentos imobiliários. O instrumento, porém, ainda não tem data para chegar ao mercado.

Para Carneiro, o mercado imobiliário brasileiro está fundamentado em bases sólidas, com baixa inadimplência e atendendo em grande parte as recomendações internacionais. Para ele, entretanto, faltam indicadores sobre crédito imobiliário, originação dos recursos e preços dos imóveis. O executivo disse que está em estudo por outras instituições a criação de um índice de preços. Atualmente, há apenas o Índice Fipezap, realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a partir de anúncios no site Zap, e não de negócios fechados.

O executivo também afirmou que existe uma tendência de relaxamento das exigências para concessão de crédito à medida que cresce o volume de financiamentos. Segundo Carneiro, é preciso seguir verificando a renda dos mutuários e seus limites de endividamento com o objetivo de evitar complicações nos pagamentos. A inadimplência do setor está decrescente.

As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo totalizaram 1.689 unidades em julho, queda de 37,9% em relação ao mesmo mês de 2011 e baixa de 8,5% ante junho deste ano, de acordo com dados divulgados na manhã desta sexta-feira pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

No acumulado de janeiro a julho de 2012, as vendas recuaram 5,1% ante igual período do ano passado. Em termos de valor, as vendas somaram R$ 6,9 bilhões nos sete primeiros meses do ano, queda de 8,5%.

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A velocidade das vendas (total de unidades vendidas dentre o total disponível para venda) foi de 61,2% nos últimos 12 meses encerrados em julho.

O Secovi-SP associa o recuo na comercialização de imóveis à desaceleração da economia brasileira, cuja projeção de crescimento foi diminuída para menos de 2% no ano. O sindicato lembra que o governo federal vem procurando estimular a economia, com redução da taxa de juros, e observa que essa medida favorece a compra de imóveis como investimento.

Em nota, o economista-chefe do sindicato, Celso Petrucci, afirmou que o desaquecimento das vendas de 5,1% no ano "é quase imperceptível, o que demonstra que o mercado ainda está aderente aos produtos lançados".

Migração de lançamentos

Os lançamentos de imóveis residenciais na capital paulista atingiu 1.737 unidades em julho, volume 36,4% menor que o registrado no mesmo mês de 2011, de acordo com dados levantados pela Empresa Brasileira de Estudo de Patrimônio (Embraesp) para a pesquisa do Secovi-SP.

No mesmo período, o total de lançamentos na região metropolitana atingiu 2.646 unidades, superando o montante da capital paulista. O movimento foi interpretado por empresários do setor como uma migração de novos empreendimentos para as cidades vizinhas de São Paulo, já que a capital vem mostrando muita demora e burocracia para aprovação dos projetos.

Outro ponto apontado pelo Secovi-SP é a redução dos estoques de outorga onerosa - espécie de cota adquirida pelas construtoras junto à prefeitura para construir acima do limite estabelecido em cada bairro. Segundo o sindicato, muitos distritos já esgotaram os estoques de outorgas e outros estão no limite, o que eleva o custo para aquisição de terrenos e pode motivar o empreendedor imobiliário a migrar para outras cidades.

"Ainda é cedo para se pensar em curvas de tendências. O aspecto importante é o sinal de alerta que se acendeu com os resultados da pesquisa", ponderou Petrucci.

A Faculdade de Boa Viagem (FBV) promove, nesta quarta-feira (05), uma palestra gratuita sobre o comportamento do mercado imobiliário em Recife, especialmente nos últimos dez anos. O evento acontecerá no auditório do Campus Imbiribeira, a partir das 19h. Os interessados em participar devem realizar a inscrições no site da faculdade.

O objetivo do evento é chamar a atenção para a a valorização dos imóveis e as oportunidades de investimentos na capital pernambucana. Para misnistra o tema, foram convidados o coordenador do curso de Economia da FBV, Antônio Pessoa, e Marcelo Barros, professor da FBV e ex-secretário de finanças da prefeitura do Recife.

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Para discutir o comportamento do mercado imobiliário no Recife nos últimos dez anos, a Faculdade Boa Viagem (FBV) realiza palestra no dia 5 de setembro, às 19h. O encontro irá abordar a valorização dos imóveis e as oportunidades de investimento.

Os palestrantes serão Antônio Pessoa, coordenador do curso de Economia da FBV, e Marcelo Barros, professor da FBV e ex-secretário de Finanças da Prefeitura do Recife. As inscrições podem ser feitas no site da faculdade.

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O evento será realizado no Campus Imbiribeira, na Rua Jean Émile Favre, 422, bairro da Imbiribeira, Recife. Outras informações pelo telefone (81) 3081-4444.

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