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O prefeito do Recife, João Campos (PSB), atendeu ao pedido da vereadora Michele Collins (PP) e sancionou a lei que tornou a "Marcha para Jesus" Patrimônio Cultural Imaterial da capital. O texto foi publicado no Diário Oficial do município na última sexta-feira (9).

Com edições em diversos estados do Brasil e, inclusive, no exterior, a Marcha para Jesus reúne evangélicos em uma caminhada entre louvores para difundir a fé cristã. Geralmente promovido no segundo semestre, em 2023, o evento foi marcado para outubro.

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Perto das eleições do ano passado, em agosto, a Marcha reuniu milhares de fiéis na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul da capital. Com shows e pregação em trios elétricos, então candidatos que buscavam votos em Pernambuco, como Anderson Ferreira, ao governo do Estado, Gilson Machado, ao Senado, e Clarissa Tércio, à Câmara dos Deputados, participaram da edição.

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O evento teve como ponto alto o discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro e da esposa Michelle. Com menos apoio que o adversário Lula no Nordeste, o então candidato à reeleição não pediu votos de forma expressa, mas se apoiou no posicionamento usado em palanques sobre guerra ideológica e perda de liberdades individuais.

A vereadora do Recife Michele Collins (PP) fez uma fala homofóbica e transfóbica nesta quarta-feira (4), ao criticar o fim da Secretaria Nacional de Combate e Prevenção às Drogas, que foi substituída pela Secretaria dos Direitos LGBTQIA+. A pasta inédita no governo federal foi instituída pelo ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida. A política sobre drogas, no entanto, passou a ser de competência dos ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Saúde. 

No vídeo publicado nas redes sociais, a parlamentar disse estar indignada com o fim da Secretaria de Combate e Prevenção às Drogas do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e ironizou a nova pasta do Ministério: “Faz o L”. 

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“Há 28 anos eu sou militante da política de drogas. Tive o meu marido nas drogas e trabalho todos os dias com mães que choram porque estão com os filhos perdidos. E você que votou no Lula, faz o L agora. Você que votou no Lula e tem alguém na sua família que estava sendo cuidado e tratado no governo Bolsonaro, foram mais de 80% de aumento de tratamento de dependente químico. E sabe qual é a política que vai entrar agora? A redução de danos. Agora faz o L você que votou nele. Estamos aqui indignados”, relatou.  “O desgoverno Lula acabou com a Secretaria Nacional de Combate e Prevenção às Drogas e substituiu pela Secretaria dos Direitos LGBTQIA+. Faz o L agora”, complementou, na legenda da publicação.

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Ainda com indicações transfóbicas, Michele Collins compartilhou o anúncio de que uma travesti comandará pela primeira vez na história a Secretaria dos Direitos LGBTQIA+. “Olha aí a presepada. Acaba com a Secretaria Nacional de Cuidado e Prevenção às Drogas e cria a LGBTQIA+”. 

Em seguida, para tentar amenizar a fala, Collins publicou um vídeo no story e afirmou que “LGBTQIA+ é gente igual a qualquer outra pessoa. As secretarias, as políticas públicas tem que ser para pessoas, e não para opções sexuais. Isso é um absurdo desse desgoverno e cada vez que eu vejo uma palhaçada dessa eu só me lembro das pessoas que eu conheço e que votaram nessa porcaria desse governo. Pessoas que são crentes, cristãos, que amam a família, que têm filhos e votaram para que tudo isso acontecesse. Tá aí, parabéns para vocês”. 

Antes, a vereadora do Recife questionou: “Será que não tem nenhum LGBT que usa drogas? Será que quem é LGBTQI não é gente que seja contemplada também na secretaria de drogas ou em qualquer outra?”. “LGBTQIA+ é gente igual a qualquer outra pessoa. As secretarias, as políticas públicas tem que ser para pessoas, e não para opções sexuais. Isso é um absurdo desse desgoverno”.

A vereadora Michele Collins (PP) fez uma série de publicações nos stories do Instagram nesta quinta-feira (4), em denúncia a situação que as mulheres grávidas e parturientes que estão internadas no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam). Ela informou que fará prontidão no local até que as mulheres tenham o atendimento adequado. 

Em recente atualização, Michele disse que os seguranças do hospital receberam ordem para proibir a entrada dela no local. 

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Em live feita nesta tarde em frente ao Cisam, Collins disse que as mulheres estão “jogadas no chão”. “É muita exposição. Todo mundo passando e vendo as mulheres jogadas no chão. Nem a maca que elas estão deitadas está podendo ficar lá. O banheiro é podre, imundo. Falta assistência para elas. Onde eu fiquei até agora, não vi assistência adequada. Tem grávida que está em pé porque não tinha cadeira e desde o horário que cheguei aqui, só vi uma senhora que deu remédio a duas grávidas”, relatou. A reportagem do LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Pernambuco e aguarda retorno. 

“Elas estão esperando a vaga da maca. Olha que tristeza para uma mulher, uma mãe, no momento de maior fragilidade, de dar a luz ao seu filho, gerar vida, estarem jogadas no chão, na sujeira. O Cisam é um hospital de referência, mas cadê a referência? Referência de quê?”, questionou Michele, ao convidar a população para se juntar a ela. 

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Ainda de madrugada, por volta das 2h da manhã, de acordo com a vereadora, ela postou um vídeo afirmando que estava indo ao Cisam para checar a situação. Chegando lá, ela teve a entrada negada por um segurança. “Não tem assistente social para dar informação e nem outra pessoa”, disse a parlamentar, que retornou no período da tarde. 

Apesar das críticas ao sistema da maternidade, ela reconheceu o profissionalismo e qualidade dos médicos do local. “Não tenho o que dizer dos profissionais, mas o atendimento deixa a desejar. Aquelas mulheres estão sem nenhum tipo de suporte. Eu estou lá desde meio dia e não vi, até agora, ninguém aferindo a pressão daquelas mulheres. Elas estão sendo tratadas como lixo”. 

“Estou aqui indignada, me sentindo impotente. Sabe quando você vê que eu estou aqui o dia inteiro e não mudou nada? Não resolveu nada? Isso é horrível. Eu queria o pronunciamento de alguém [do governador, secretário de Saúde]. Conversei com a diretora agora e ela disse que não tem perspectiva de nada, não, infelizmente. É uma tristeza, uma vergonha para Pernambuco”, expôs Michele Collins. 

A Câmara de Vereadores do Recife rejeitou a concessão da maior honraria da Casa Legislativa, a medalha de Mérito Olegária Mariano, à primeira-dama, Michelle Bolsonaro, na sessão ordinária desta terça-feira (5). Esta foi a primeira vez na história que os parlamentares recifenses rejeitaram uma honraria a alguém. 

A homenagem foi proposta pela vereadora Michele Collins (PP), e foi derrotada por 16 votos contrários e nove favoráveis. Confira como votaram as vereadoras e vereadores do Recife no plenário nesta terça-feira (5): 

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Aderaldo Pinto (PSB) - Não votou

Alcides Teixeira Neto (PSB) - Votou NÃO

Aline Mariano (PP) - Não votou

Almir Fernando (PCdoB) - Não votou

Chico Kiko (PP) - Não votou

Cida Pedrosa (PCdoB) - Votou NÃO

Dani Portela (PSOL) - Votou NÃO

Dilson Batista (Avante) - Votou SIM

Doduel Varela (PP) - Votou SIM

Eduardo Marques (PSB) - Votou NÃO

Felipe Alecrim (PSC) - Votou SIM

Felipe Francismar (PSB) - Votou NÃO

Ivan Moraes (PSOL) - Votou NÃO

Jairo Britto (PT) - Votou NÃO

Joselito Ferreira (PSB) - Votou NÃO

Junior Bocão (Cidadania) - Não votou

Liana Cirne (PT) - Votou NÃO

Luiz Eustáquio (PSB) - Votou NÃO

Marco Aurélio Filho (PRTB) - Votou NÃO

Michele Collins (PP e autora do projeto) - Votou SIM

Natália de Menudo (PSB) - Votou NÃO

Osmar Ricardo (PT) - Votou NÃO

Junior Tércio (PP) - Votou SIM

Paulo Muniz (SDD) - Votou SIM

Professor Mirinho (SDD) - Votou SIM

Renato Antunes (PL) - Votou SIM

Rinaldo Júnior (PSB) - Votou NÃO

Romerinho Jatobá (PSB) - Votou NÃO

Ronaldo Lopes (PSC) - Votou SIM

Wilton Brito (PSB) - Votou NÃO

Zé Neto (Pros) - Votou NÃO

Ainda na segunda-feira (4), uma proposta do vereador Dilson Batista (Avante), que tinha como objetivo conceder a medalha de Mérito José Mariano ao presidente Jair Bolsonaro (PL), foi retirada de pauta pelo autor após repercussão negativa.

A oposição protagonizou um debate acalorado na Câmara de Vereadores do Recife, na manhã desta terça-feira (5), durante a apreciação de um projeto que tinha como objetivo honrar a primeira-dama Michelle Bolsonaro com a medalha Olegária Mariano, que referencia a ativista abolicionista e também esposa do poeta José Mariano, a quem a Casa Legislativa homenageia com o próprio nome.

A matéria, de autoria da missionária Michele Collins (PP), foi rejeitada por 16 votos a nove, durante votação no plenário. Por um acordo entre oposicionistas e governistas, a vereadora Liana Cirne (PT) encabeçou o tempo regimental para discussão entre os que votariam em desfavor e Michele Collins abriria o tempo dos apartes, para quem votaria a favor da proposta.

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Em seu discurso, Liana (foto abaixo) falou sobre retomar o significado da bandeira do Brasil e não deturpar a luta da família Mariano em prol de ceder espaços a Michelle Bolsonaro e Jair Bolsonaro (PL) na cidade do Recife, especialmente em ano eleitoral.

“A nossa bandeira jamais será laranja. Nós não admitimos a laranja da rachadinha, que a laranja dos cheques de funcionários fantasmas, que a laranja que recebeu 27 cheques de Fabrício Queiroz e seis cheques da família Bolsonaro, por um esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro. Não aceitamos que a ‘Micheque’ faça com que a bandeira seja laranja. A nossa bandeira é a bandeira do povo, que os fascistas jamais vão aprisionar”, disse Cirne. Confira o início do debate no vídeo abaixo:

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Em continuidade, a parlamentar atendeu a pedidos e restringiu o discurso ao tema abordado na matéria. Para a petista, o Projeto Pátria Voluntária, coordenado por Michelle, não é mérito para o recebimento da medalha, pelo contrário.

“Esse projeto gastou mais em publicidade do que conseguiu arrecadar em doações. É um projeto de autopromoção. Quais os deméritos da ‘Micheque’? Com a CPI da Covid, a gente descobriu que a ‘Micheque’ estava diretamente envolvida na negociação das propinas que foram o motivo para o atraso das vacinas”, continuou a vereadora. Liana também citou o envolvimento de Michelle no lobby de pastores do Ministério da Educação, que estourou um dos maiores escândalos de corrupção do Governo Bolsonaro até agora.

A psolista Dani Portela foi a segunda a argumentar o voto em desfavor ao projeto da missionária Michele Collins.

“Os dados do Pátria Voluntária são assustadores. Por exemplo, esse ano, o Governo Federal gastou R$ 9,3 milhões só para divulgar o programa, e R$ 359 mil para manter o site do programa. Porém, só arrecadou R$ 5 milhões”, disse Portela (foto abaixo), inicialmente.

A vereadora do PSOL rebateu o mérito apontado por Collins em matéria, sobre feitos de Michelle Bolsonaro no desenvolvimento social.

“Quando a gente diz que não merece uma homenagem, não é por ser esposa de A, B ou C, apesar de ela ter feito uma péssima escolha para se casar. Estamos votando os méritos dela como primeira-dama. Todo mundo lembra que ela abriu o discurso da eleição de Bolsonaro com uma fala de acessibilidade, mas esse é o governo mais capacitista da história. Que tentou por quatro vezes flexibilizar a lei de integração de pessoas com deficiência no trabalho. Governo do ministro Milton Ribeiro, que disse que crianças com deficiência atrapalham a sala de aula”, acrescentou a oposicionista.

Que concluiu: “Não tem mérito a ser dado, principalmente o de Olegária Mariano, uma mulher à frente do seu tempo, e não à sombra do seu marido”.

Michele Collins contra-argumentou

Por diversas vezes, a vereadora pediu que a apreciação fosse feita considerando os feitos de Michelle em ações sociais e iniciativas próprias, e não considerando questões partidárias. A ala conservadora em peso repudiou as manifestações políticas feitas na Casa, tanto pela oposição e pela bancada feminista, como pelos apoiadores que davam suporte ao debate fora do plenário.

“Olhem para Michelle como uma mulher digna de receber uma honraria, e não olhando para ela por viés ideológico, partidário ou por causa do marido dela. Eu jamais seria irresponsável de trazer uma proposição para esta Casa que não fosse condizente com o regimento. Escolhi Michelle porque ela me representa. É uma mulher simples, humilde, do povo e que conquistou um espaço hoje que muitos gostariam de ter. Ela tem feito um trabalho de excelência, tem se posicionado ao lado do povo e se colocado a ouvir as pessoas mais necessitadas, e que tem colocado seu olhar para a cidade do Recife”, justificou Collins.

A vereadora, junto a Júnior Tércio (PP), Felipe Alecrim (PSC) e outros representantes da direita, votaram junto ao argumento principal da matéria, que apresentou as ações do Pátria Voluntária e ressaltou o critério de acessibilidade no trabalho de Michelle.

“As ações de Michelle alcançam não só o Recife, mas todo o Brasil. Não há fronteiras nas ações que ela realiza. Ela abraça a causa dos surdos, atua em diversos projetos sociais e defende o ensino de Libras nas escolas. Ela participa de campanhas de conscientização sobre doenças raras. Esse grupo [de oposição] é o retrato do preconceito e da intolerância religiosa”, disse Felipe Alecrim, que teve aparte incorporado pela autora do projeto.

Apesar da inclusão da acessibilidade no seu discurso de vitória, o presidente Jair Bolsonaro foi responsável por aprovar um corte de verba que causou controvérsia em 2020, quando o país lidava com os primeiros impactos da pandemia.

O Governo Federal reduziu em cerca de 71% o valor que seria disponibilizado pelo Programa Nacional de Apoio à Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD) no ano passado, em relação ao ano de 2019. De acordo com uma portaria interministerial publicada em outubro, o valor global máximo previsto das deduções do imposto que poderão ser destinadas ao programa foi de R$34.210.039, bem menor que os R$ 117.487.728 previstos anteriormente.

“Eu pesquisei, fui atrás e sei do trabalho que ela tem desenvolvido. Michelle foi uma das mulheres que levou as pessoas com doenças raras à luz, porque elas eram invisíveis no Brasil. Com um olhar de misericórdia e amor, cheia do Espírito Santo, ela foi lá e olhou para essas crianças. Michelle não merece sofrer a violência que alguns parlamentares desta Casa estão fazendo, violência política”, acrescentou a legisladora Michele Collins.

Fotos: Carlos Lima/Câmara do Recife

Em uma vitória de teor inédito, vereadores de oposição da Casa de José Mariano conseguiram derrubar, nesta terça-feira (5), o projeto que previa a concessão da honraria que leva o nome de Olegária Mariano à primeira-dama Michelle Bolsonaro. É a primeira vez que a Câmara dos Vereadores rejeita um projeto de entrega de medalhas. A autora, a missionária Michele Collins (PP), lamentou o ocorrido.

Foram 16 votos contrários contra nove votos favoráveis. “Hoje é um dia histórico nesta Casa. Vivemos um momento de muitas primeiras vezes. É verdade que nunca se rejeitou medalha aqui nesta Casa. Para esta Casa rejeitar um título é porque a pessoa que se quer homenagear é muito ruim. Foi rigorosamente o que aconteceu hoje. Estamos negando uma medalha e simbolicamente dizendo que rejeitamos o que esta pessoa e seu grupo representam”, disse o vereador Ivan Moraes (PSOL), durante a justificativa do seu voto.

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Para a vereadora Michele Collins, o motivo da rejeição foi político-partidário e ignorou a figura de Michelle Bolsonaro como uma “lutadora pelos direitos humanos”, a considerando unicamente esposa de Jair Bolsonaro (PL). A missionária também alegou que teve projeto vetado por influência de um complô entre partidos da esquerda no Recife.

“Infelizmente, o que aconteceu nesta Casa hoje foi uma voz de comando e uma união dos partidos do PSB, PSOl e PT. Houve uma articulação forte e pesada pelo vice-líder do governo, que usou todo o seu poder para articular e manipular. Os vereadores foram influenciados e a população deve saber que foi isso o que aconteceu. Nunca houve justificativa cabível para que essa medalha não fosse aprovada. Quero dizer a Michelle que essa medalha seria muito importante para ela, mas mais importante é a coroa de glória que ela irá receber de Jesus quando chegar à glória dele”, lamentou Collins.

Confira a relação de votos:

Aderaldo Pinto (PSB) - Não votou

Alcides Teixeira Neto (PSB) - Votou NÃO

Aline Mariano (PP) - Não votou

Almir Fernando (PCdoB) - Não votou

Chico Kiko (PP) - Não votou

Cida Pedrosa (PCdoB) - Votou NÃO

Dani Portela (PSOL) - Votou NÃO

Dilson Batista (Avante) - Votou SIM

Doduel Avarela (PP) - Votou SIM

Eduardo Marques (PSB) - Votou NÃO

Felipe Alecrim (PSC) - Votou SIM

Felipe Francismar (PSB) - Votou NÃO

Ivan Moraes (PSOL) - Votou NÃO

Jairo Britto (PT) - Votou NÃO

Joselito Ferreira (PSB) - Votou NÃO

Junior Bocão (Cidadania) - Não votou

Liana Cirne (PT) - Votou NÃO

Luiz Eustáquio (PSB) - Votou NÃO

Marco Aurélio Filho (PRTB) - Votou NÃO

Michele Collins (PP e autora do projeto) - Votou SIM

Natália de Menudo (PSB) - Votou NÃO

Osmar Ricardo (PT) - Votou NÃO

Junior Tércio (PP) - Votou SIM

Paulo Muniz (SDD) - Votou SIM

Professor Mirinho (SDD) - Votou SIM

Renato Antunes (PL) - Votou SIM

Rinaldo Júnior (PSB) - Votou NÃO

Romerinho Jatobá (PSB) - Votou NÃO

Ronaldo Lopes (PSC) - Votou SIM

Wilton Brito (PSB) - Votou NÃO

Zé Neto (Pros) - Votou NÃO

 

A vereadora Michele Collins (PP) foi hostilizada pelos moradores da comunidade que foi incendiada nesta sexta-feira (6), a Palafita do Pina, na Zona Sul do Recife. 

De acordo com moradores, a parlamentar chegou na comunidade querendo “fazer política”. Em discussão com Collins, eles relataram que ela estava “fazendo live ao invés de tentar ajudar”. “Se quiser ajudar, saia daqui. Pode ir embora”, disse uma moradora.

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Michele Collins, por sua vez, ao se defender, disse que estava no local para ajudar, mas foi hostilizada. 

Para impedir a realização do Carnaval do Recife no início de 2022, nessa terça-feira (16), a vereadora Michele Collins (PP) protocolou um requerimento na Câmara Municipal em que alerta para os riscos de um nova disparada de casos da Covid-19. 

"É muito cedo para pensar em aglomerar", certificou a parlamentar na sessão remota da Câmara. A intenção é suspender a comemoração, pelo menos, até março.

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Ela reforçou o gasto de recursos com a Saúde ao longo da crise sanitária e alegou que a realização do maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada, ainda é inviável.

"Quando a gente pensa em dois milhões de pessoas na rua, quando a gente pensa em uma reunião de 200 mil pessoas na rua, se fosse só 10% das pessoas que frequentam o Galo da Madrugada, já seria muito", avaliou.

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Novo auxílio aos autônomos

Sensível à vulnerabilidade econômica dos autônomos que se sustentam durante os eventos do circuito carvalesco, Michele sugeriu que o debate sobre um auxílio comece a ser discutido. "Foi dado um auxílio no ano passado. Eu creio que já é tempo de pensar novamente em melhorar a condição dessas pessoas que dependem disso", sugeriu.

Decisão do povo

A missionária quer que a própria população participe da decisão através de uma votação aberta e pediu que o prefeito João Campos (PSB) viabilize a concorrência para saber se a maioria apoia ou discorda da realização do Carnaval nos primeiros meses do próximo ano.

Evangélica, conservadora e ferrenha defensora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a vereadora Michele Collins (PP), pode desembarcar da base aliada do prefeito João Campos (PSB) na Câmara de Vereadores do Recife. 

Segundo o Blog do Jamildo, essa possível saída de Collins da base de João ganhou força nesta segunda-feira (25), após a vereadora apoiar o veto do presidente Jair Bolsonaro ao PL da deputada Marília Arraes (PT), que previa a distribuição de absorventes.

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Michele Collins usou o seu tempo no plenário virtual para defender o Auxílio Brasil de R$ 400 reais e alegou que esse valor irá permitir que as recifenses comprem o absorvente.

O blog aponta que a fala causou mal-estar entre as lideranças da base de João Campos. Rinaldo Júnior (PSB), vice-líder do governo municipal na Câmara, afirmou que "quem achar que esse programa (de distribuição de absorventes) não é importante para a cidade do Recife, como quem acha que o veto do presidente da República foi correto, quem não achar que o prefeito João Campos tem feito um bom trabalho em discutir a pobreza menstrual do nosso Recife, infelizmente deve ir para a oposição fazer essa discussão lá".

Michele respondeu ao vereador: "Isso não é motivo para o vice-líder do governo indicar que eu, como vereadora que ainda está na base do governo, tenha que ir para a oposição para discutir esse assunto".

Entre posicionamentos progressistas ou conservadores, o uso do capital político familiar é uma prática oligárquica persistente em Pernambuco, que abrange, sobretudo, os poderes Legislativo e Executivo. Às vésperas do processo eleitoral de 2022, os herdeiros políticos de direita e centro-direita seguem a toada e começam sinalizar quais nomes estarão na disputa pelo governo do Estado.

O LeiaJá reúne, a seguir, um apurado sobre as principais famílias conservadoras pernambucanas e como elas estão se movimentando nos meses que antecedem o pleito governamental.

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A expansão da família Ferreira

A candidatura do atual prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), tem se apresentado como uma certeza entre os conservadores. Em visita ao Agreste pernambucano no último domingo (22), ele chegou a ser chamado de “futuro governador” por aliados.

Reeleito ainda no primeiro turno, Anderson reforçou sua posição contrária ao PSB ao declarar apoio à Marília Arraes (PT) na disputa pelo segundo turno da capital pernambucana. O político, que comanda uma das principais cidades da Região Metropolitana (RMR), também tem afirmado publicamente que as pessoas foram “abandonadas” pela atual gestão do governo, liderada por Paulo Câmara (PSB).

Sob a forte influência do patriarca Manoel Ferreira (PSC), que está em seu oitavo mandato como deputado estadual, o clã dos Ferreira conseguiu se infiltrar em diversas estruturas políticas do Estado. Entre as conquistas da família, que costuma contar com o apoio do universo evangélico, está a cadeira na Câmara dos Deputados, ocupada por André Ferreira (PSC), irmão gêmeo de Anderson.

No Recife, o poder se expandiu também para Câmara Municipal: Fred Ferreira (PSC), cunhado dos herdeiros políticos, cumpre seu segundo mandato como vereador.

O legado dos Coelho

A história política que já passou por quatro gerações, hoje desemboca no nome de Miguel Coelho (DEM), atual prefeito de Petrolina, cidade do Sertão pernambucano. Recém-chegado no Democratas, partido que já conta com os nomes de seus irmãos, Fernando Filho, deputado federal, e Antônio Coelho, deputado estadual, Miguel é apontado como um dos principais nomes da disputa pelo governo estadual.

O titular da oligarquia é Fernando Bezerra Coelho (MDB), atual senador por Pernambuco e pai de Miguel, Fernando e Antônio. FBC viu a força política familiar se originar em Clementino Coelho, seu pai, também conhecido como Coronel Quelê, e Dona Josefa, a matriarca que, posteriormente, tornou-se uma notável articuladora da dinastia na Região do São Francisco.

Embora Bezerra Coelho atue como o líder do governo federal no Senado, o político tem agido de maneira mais discreta nas últimas semanas. No início de agosto, por exemplo, ele se mostrou contrário ao desfile de militares em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). Além disso, o deputado Fernando Filho votou contra a PEC do voto impresso, tornando o cenário de possível apoio dos setores bolsonaristas ao nome de Miguel Coelho ainda mais incerto.

Casal Collins: o conservadorismo ao lado do PSB

Atual aliado da Frente Popular de Pernambuco, de Paulo Câmara (PSB), Cleiton Collins (PP), ou Pastor Cleiton Collins, como prefere se apresentar, deu o pontapé inicial na carreira política em 2014, quando foi eleito deputado estadual pela primeira vez. Atualmente, cumpre o quarto mandato consecutivo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Cleiton Collins é pastor da Assembleia de Deus, Ministério Madureira, e se auto intitula “defensor da família”. Ademais, fundou, em 2003, a Organização Não Governamental (ONG) Saravida, com o objetivo de atuar na recuperação de dependentes químicos. O combate às drogas através da religião, inclusive, é uma das principais bandeiras defendidas pelo político, que também tem envolvimento com pautas relativas à educação, criança e juventude, pessoas com deficiência e do consumidor.

Bolsonarista e antipetista, Collins foi à Brasília (DF) no início de agosto, para protestar a favor da PEC do voto impresso, posteriormente derrotada na Câmara.

Embora ainda “pequeno”, o espólio dos Collins é considerado influente entre as denominações evangélicas pernambucanas. Em 2016, a missionária da Assembleia de Deus e esposa do pastor, Michele Collins (PP), foi a vereadora mais votada no Recife, com mais de 15 mil votos.

Defensora de pautas consideradas ultraconservadoras, Michele foi reeleita em 2020, com 6.823 votos, o menor número do partido. Especula-se que o casal se mantenha sob as asas do PSB nas eleições de 2022, visto que ambos declararam apoio integral ao PSB no processo eleitoral que levou João Campos (PSB) à Prefeitura do Recife, no ano passado.

Família Tércio mira alargamento do poder

A líder do PSC na Alepe, Clarissa Tércio, figura como a principal voz do clã Tércio em Pernambuco. Em seu segundo mandato como deputada estadual, a “estreante” na política é uma das personalidades conservadoras mais alinhadas às decisões do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sendo cotada, inclusive, para se lançar candidata ao governo do Estado em 2022.

Filha do pastor Francisco Tércio, que é presidente da Igreja Assembleia de Deus, Ministério Novas de Paz, Clarissa se envolve, de maneira frequente, em polêmicas ligadas ao discurso fundamentalista que propaga. Em maio, ela chegou a denunciar uma escola municipal que, de acordo com ela, estaria praticando “doutrinação de gênero”.

O episódio gerou mal estar com a Secretaria de Educação e Esportes (SEE), que defendeu a formação “cidadã, ética, inclusiva e plural” praticada nas unidades de ensino. Durante a pandemia, a parlamentar também fez publicações negacionistas sobre o novo coronavírus nas redes sociais, além de defender o tratamento com o uso medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença.

Em 2020, Clarissa conseguiu expandir a atuação da família para a Câmara Municipal, através do mandato do marido, o pastor Júnior Tércio (Podemos). Também “defensor da família”, o pastor e agora vereador, é vice-presidente do Ministério Novas de Paz, além de radialista na rádio evangélica Novas de Paz. O casal é considerado um dos principais expoentes do bolsonarismo em Pernambuco.

Os Lyra e o patrimônio político nas mãos de Raquel

Atual prefeita de Caruaru, cidade do Agreste pernambucano, Raquel Lyra (PSDB) é a primeira mulher a ocupar o cargo. Apesar do ótimo desempenho nas urnas, Lyra, que foi reeleita com 66% dos votos e é presidenta estadual do partido, ainda não confirmou a participação na disputa pelo lugar no Palácio do Campo das Princesas. Nos bastidores, contudo, seu nome é citado com frequência.

Raquel é a terceira geração do grupo de políticos da família Lyra, que construiu o legado na Princesinha do Agreste a partir da iniciativa de João Lyra Filho. O mascate e caminhoneiro estacionou o veículo em Caruaru e começou a erguer o futuro político que culminaria em dois mandatos como prefeito da cidade. Os herdeiros seguiram os mesmos passos: João Lyra Neto (PSDB), pai de Raquel, chegou a ser governador do Estado, e Fernando Lyra, ex-ministro da Justiça, além de ex-deputado federal.

Oposição ao governo do PSB, Raquel Lyra declarou, no início de agosto, que ainda não é “momento” para falar sobre a possível candidatura. Segundo ela, ainda é preciso fazer um “diagnóstico” em relação à situação do Estado. “Estamos discutindo com outros partidos a montagem desse amplo diagnóstico e vamos fazer avaliações, ouvir a população e especialistas para que a gente possa fazer uma leitura do nosso Estado para entender quais são os principais caminhos e apontá-los para o futuro”, projetou.

 

 

A campanha e os resultados das eleições municipais de 2020 foram temas de um discurso proferido pela vereadora Michele Collins (PP) na manhã desta segunda-feira (30). Durante a reunião Ordinária da Câmara do Recife, realizada por meio de videoconferência, a parlamentar teceu agradecimentos por sua recondução ao cargo e parabenizou o novo prefeito do Recife, João Campos (PSB), pela vitória no segundo turno do pleito.

“Gostaria de agradecer, primeiramente, a Deus, por ter me concedido mais uma vez a oportunidade de compor a Câmara do Recife. Agradeço ao povo do Recife, às 6.823 pessoas [que votaram]”, disse Michele Collins.

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Dificuldades pessoais enfrentadas durante a campanha foram destacadas pela vereadora reeleita. “Essa eleição foi muito diferente para todos nós, e para mim foi muito mais desafiadora. Confesso que até pensei em não me candidatar. Tive meus dois filhos acometidos por enfermidades muito graves. Passei boa parte da campanha dentro do hospital. Quero agradecer aos médicos que me deram forças, a toda a militância, às pessoas que me representaram, à minha família”.

Ao comentar a eleição de João Campos, Michele Collins não deixou de fazer um gesto de agradecimento à ala conservadora cristã que o apoiou no segundo turno. “Ele é um jovem que realizou um grande feito. Conseguiu reunir, principalmente no segundo turno. Quero parabenizar a esses 447.913 recifenses que escolheram João Campos. Quero agradecer, também, aos cristãos que se se reuniram no propósito de confiar nele”.

*Da Câmara Municipal do Recife

 

Na sessão da Câmara do Recife na manhã desta terça-feira (11), a vereadora Michele Collins (PP) retirou o pedido de cancelamento do Carnaval do Recife em 2021. Em razão da pandemia, que já acometeu mais de 105.300 pessoas em Pernambuco, a expectativa é que a missionária envie um novo texto para impedir a celebração no mês de fevereiro.

A informação foi divulgada pelo vereador Ivan Moraes (PSOL), que acredita que ainda é cedo para decidir sobre a comemoração. No entanto, destaca a dificuldade de manter o Carnaval nos moldes tradicionais. "Se a folia fosse no mês que vem, acho até que deveria ser proibido. Mas é preciso avaliar todas as possibilidades, inclusive a chance de termos uma vacina daqui pra lá ou mesmo a eventualidade de um agravamento da pandemia a partir de aberturas que considero prematuras”, avaliou em entrevista ao LeiaJá.

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Ivan ainda ressaltou a importância de propor alternativas de renda para profissionais formais e informais envolvidos no evento e destacou os dados científicos como fundamentais para a decisão. “São decisões que precisam ser construídas com muito diálogo e temos tempo pra isso", acrescentou o vereador.

A equipe de reportagem tentou contato com a autora do pedido, contudo, não obteve resposta até o momento da publicação. O espaço segue aberto.

Quando protocolou o pedido, Michele Collins fez uma publicação nas redes sociais no qual esclareceu sua ótica sobre a pauta. "Não podemos colocar a população em risco. Ainda não temos uma vacina comprovada e não é momento para festejos, seja ele qual for", escreveu.

No final do mês de julho, a vereadora Michele Collins (PP) apresentou um requerimento solicitando o cancelamento do Carnaval no Recife, no ano de 2021, em decorrência do novo coronavírus. Após pouco mais de quatro meses de pandemia, em meio a um plano de convivência com a Covid-19, a medida gerou polêmica e críticas nas redes sociais. Agora, parte da classe artística pernambucana e muitos profissionais diretamente ligadas à maior festa popular do Estado, pede calma e sugere um diálogo para que tal decisão seja tomada da melhor maneira possível. 

Para Michele, o cancelamento da festa - prevista para acontecer entre os dias 12 e 16 de fevereiro de 2021 -, é uma questão de saúde. "Não podemos colocar a população em risco. Ainda não temos uma vacina comprovada e não é momento para festejos, seja ele qual for", disse em suas redes sociais. Em contrapartida, outros membros da Câmara de Vereadores do Recife se opõem ao requerimento de número 4075/2020, proposto por Collins, alegando ser precoce optar pela não realização do Carnaval.

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Os vereadores Samuel Salazar (MDB) e Ivan Moraes Filho (PSol) acreditam ser muito cedo para se falar em cancelamento. Esse último, inclusive, apresentou um pedido de vistas ao requerimento da vereadora, na última terça (4). Também através de suas redes sociais, Moraes Filho explicou sua posição propondo um diálogo: "Precisamos ouvir as pessoas que constroem e participam do Carnaval. Entre o cancelamento e o adiamento, e entre agosto de 2020 e fevereiro de 2021, existe muito debate e planejamento. Muita gente vive dos recursos gerados no período carnavalesco". 

Em 2020, o Carnaval gerou um faturamento de R$ 1,5 milhão para a cidade do Recife. Foto: Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Mesma opinião apresentou parte da classe artística pernambucana, através do Acorde Pela Música PE. Na página oficial do movimento, apoiado por nomes como Flaira Ferro, Siba, Isaar, Fábio Trummer, Roger de Renor, Juliano Holanda, Jr. Black, Karina Buhr e Rogério Rogerman, entre outros, uma carta aberta sugerindo um debate com o poder público foi publicada na última quarta (5). Nela, os artistas falam da necessidade de se pensar alternativas antes que seja tomada qualquer tipo de decisão: "Essa discussão poderá ser iniciada nos próximos meses, quando teremos uma visão mais definitiva sobre a realidade da pandemia para o início de 2021. O Carnaval deve ser compreendido não apenas como um evento, mas como uma experiência fundamental para nossa cultura e fonte de renda para milhares de famílias".  

Trabalhadores do Carnaval

Em meio à polêmica, os fazedores de cultura popular em Pernambuco - trabalhadores que têm no Carnaval o momento de vivenciar as manifestações culturais locais em sua plenitude além de tirar do evento parte de sua renda -, também estão cautelosos. A chegada do segundo semestre do ano costuma representar o início da preparação para o Carnaval seguinte, no entanto, em 2020, a pandemia do novo coronavírus alterou o cronograma das agremiações trazendo-lhes preocupação. 

Na escola de Samba Galeria do Ritmo, atual campeã do Carnaval do Recife, pequenos grupos de integrantes dedicam-se à parte dos preparativos para um possível desfile.  Para o presidente da agremiação, Mizael Correia de Souza Filho, ainda não é hora para determinar um possível cancelamento da festa. "É muito cedo. Até porque (nosso) Carnaval começaria em dezembro. Eu já comecei a fazer os trabalhos para 2021, independente de qualquer coisa", disse em entrevista ao LeiaJá

Parados desde março deste ano, os integrantes e diretores da agremiação se vêem preocupados com a manutenção da escola. A falta de eventos, proibidos por conta das restrições contra o coronavírus, resultou em dificuldades financeiras para o grupo que não suportaria enfrentar a mesma dificuldade por mais um ano. "O prejuízo (de não fazer o Carnaval 2021) seria muito grande. Estamos parados, (dinheiro) tudo saindo do bolso da gente, para pagar telefone, água. Seria para acabar... As escolas de Recife não têm suporte para passar mais um ano paradas", lamenta Souza. 

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Já para o presidente da União dos Afoxés de Pernambuco (UAPE) Fabiano Santos, o pedido de cancelamento da festa vai um pouco além da preocupação com a saúde pública. "(Existe) um movimento que já antecede a pandemia que é vontade literal de justificar a utilização do recurso investido nas culturas populares, no Carnaval, em outros equipamentos que já têm seu recurso lotado. Existe uma ala que tenta influenciar esse tipo de substituição, já pré-existe essa vontade. E agora com a relação da pandemia, me parece que essa vontade começa a ser externada com a justificativa da própria pandemia".

Fabiano que também preside o Afoxé Alafin Oyó, teme pelo futuro dos grupos de cultura popular caso não haja a festa. "Não sei se é exagero, mas o não realizar do Carnaval vai trazer o findar de algumas agremiações, não só pelo retrocapital econômico que a gente garante, com os recursos angariados do carnaval antecedente, mas sim nesse novo olhar de sobrevivência porque as pessoas que tocam, cantam, que dançam numa agremiação, elas são trabalhadoras da cultura e recebem por isso. Não atendendo a essa possibilidade, você condiciona o indivíduo a pensar em outro formato de subsistência que não vai ser mais a cultura". 

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Segundo o presidente da UAPE, os grupos de afoxé do Estado estão inseguros em relação a 2021 e optaram por não investir na preparação para possíveis apresentações carnavalescas por medo de não poderem reaver esse dinheiro. Fabiano propõe novos modelos para que a festa aconteça sem prejuízo à saúde de quem a faz e de quem a curte. "Por não vislumbrar a possibilidade de uma vacinação coletiva, a gente pensou muito no construir de uma programação com filmagens, com lives, que podem ser feitas em dezembro e janeiro; realizando os quatro dias de Carnaval com mostras e canais no YouTube, Facebook. Se a gente consegue trazer isso de forma total, segura e feliz acho que a gente consegue inclusive dar uma avançada para novas perspectivas".  

 

Os problemas da política habitacional do Recife estiveram no centro dos debates de uma reunião da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Casa de José Mariano. Na Sala de Comissões da Câmara, o grupo recebeu nesta segunda-feira (22) o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), que expôs algumas das dificuldades enfrentadas pela população que vive em condições precárias na capital pernambucana.

 Presidente da comissão, a vereadora Michele Collins (PP) afirmou que ações serão realizadas para verificar os problemas, que envolvem falta de investimentos e retirada de famílias de suas habitações, e para apontar possíveis soluções.

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 “A gente vai fazer um trabalho de força-tarefa junto aos movimentos sociais. Precisamos nos unir com quem está na ponta trabalhando com as comunidades e saber a necessidade real de cada pessoa. Recebemos um pleito que traz muitos detalhes sobre como está acontecendo essa política no Recife, que está deixando a desejar”, pontuou.

Além da presidente, participou da reunião o vereador Ivan Moraes (PSOL), que é vice-presidente do colegiado. A primeira iniciativa a ser realizada pela Comissão será uma visita à comunidade de palafitas do bairro dos Coelhos. A ação vai acontecer na manhã do dia 8 de maio.

 Segundo o representante do MNLM, Paulo André de Araújo, as más condições de moradia no Recife não apenas chamam a atenção, mas também representam um risco às pessoas. “Viemos fazer um relato da situação de vulnerabilidade que famílias que são acompanhadas pelo movimento em relação à ausência de política de moradia popular. Hoje, trabalhamos com 17 comunidades, que somam em torno de cinco mil famílias, só na cidade do Recife. É importante que esta Casa possa debater e contribuir, com o Poder Executivo, com uma solução para essas famílias. Na situação de precariedade em que vivem, as pessoas correm risco de vida”, disse.

A vereadora Michele Collins (PP) está na Inglaterra, onde participa de um curso sobre Direitos Humanos e Liberdade Religiosa: ONU e Sistemas da OEA na Universidade de Oxford.

A parlamentar foi a única vereadora brasileira a ser convidada para participar da iniciativa organizado pela Instituto Internacional de Estudos Jurídicos e Pesquisa em Liberdade Civil Fundamentais e College Park do regente, da  Universidade de Oxford.

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O curso é ministrado para deputados federais do Brasil e de diversos países do Mundo. A iniciativa acontece de 11 a 14 de abril. Para a parlamentar, representar Recife e Pernambuco fora do país significa um reconhecimento ao seu trabalho.

“Sinto muito honrada em poder representar Recife e Pernambuco sendo escolhida como a única vereadora brasileira a estar representando ali na Câmara dos Lordes em Londres no dia 10. Uma alegria muito grande porque essa oportunidade é somente para parlamentares federais, mas devido a nossa atuação a frente da comissão de direitos humanos da Câmara do Recife, ao nosso trabalho em favor da liberdade religiosa, como a nossa recente lei aprovada, que cria o Fórum de Liberdade Religiosa e Cultura de Paz no Recife. Isso nos traz muita alegria, pois é uma conquista do nosso mandato, para Recife, para Pernambuco e para o Brasil”, explicou.

Michele falará nesta quarta-feira (10), em reunião solene na Câmara de Lordes do Parlamento Britânico, em Londres. “Ser a única mulher a falar num espaço altamente masculino é muito significativo já que nessa edição serei a única. Espero representar muito bem a nossa cidade e o nosso estado de Pernambuco e o nosso país como mulher e como presidente da comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores do Recife”, destacou.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ajuizou ação civil pública contra a vereadora do Recife, Michelle Collins (PP). A parlamentar é acusada de discriminar religiões de matrizes africanas em publicação no Facebook feita no dia 4 de fevereiro de 2018. Na ocasião, ela expôs a realização de um evento evangélico onde dizia que estava participando e orando para “quebrar a maldição de Iemanjá" contra o mundo.

Na ação, o MPPE pediu que a Justiça condene a vereadora a pagar R$ 100 mil de indenização por danos morais coletivos e a reparar a violação à liberdade religiosa mediante uma publicação, na rede sociais, de um texto elucidativo sobre Iemanjá - que deverá ser fixada no topo da página por 30 dias.

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O documento é assinado pelo promotor de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos da Capital, Westei Conde. Ele argumentou que Michelle extrapolou os limites do direito à liberdade de expressão quando publicou, nas suas contas oficiais, afirmações contra o orixá Iemanjá.

“Segundo a publicação Intolerância Religiosa no Brasil: relatório e balanço, de 2016, as religiões afro-brasileiras são as que mais sofrem com práticas discriminatórias, com 71% do total de casos. Portanto, a postagem realizada pela ré acerca de Iemanjá e seus seguidores contribui para a apologia ao ódio religioso, favorecendo a discriminação e até mesmo prática de crimes e outras formas de violência contra as religiosidades afro-brasileiras, seus praticantes e adeptos”, alertou Westei Conde.

Além disso, o promotor de Justiça ressaltou ainda que as consequências lesivas das publicações da missionária ultrapassam o plano meramente individual, atingindo toda coletividade, principalmente praticantes das religiões de matriz afro-brasileira.

Entenda o caso

A polêmica envolvendo a vereadora veio à tona no dia 6 de fevereiro de 2018 quando a comunidade Terreiro Axé Talabi, espaço de preservação do Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, divulgou uma nota de repúdio a parlamentar por “propagação ao racismo, ódio e desrespeito às tradições de matriz africana e suas divindades”.

A nota se referia a publicação feita no perfil da vereadora no Facebook dois dias antes. Depois da manifestação, Michele apagou a publicação e pediu desculpas. Mesmo assim, ela foi alvo de uma representação por intolerância religiosa na Câmara dos Vereadores, arquivada logo em seguida, de críticas e vaias no Carnaval do Recife, de protestos e desse inquérito civil do MPPE. Na ocasião, ela alegou ter feito a publicação “no exercício de sua fé” e que não teve intenção de ofender as religiões de matriz africana.

Compondo a bancada evangélica na Câmara Municipal do Recife, a vereadora Michele Collins (PP) está confiante no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que inicia a partir de 1º de janeiro de 2019. Em entrevista concedida ao LeiaJá, a parlamentar disse acreditar que o governo Bolsonaro será o melhor para o Brasil. “Será, com certeza. Nós temos grandes perspectivas de um governo que vá unir”, falou com convicção. 

Apesar de todas as polêmicas envolvendo o militar durante esse período de transição de governo, Michele disse que agora o tempo é de estar todo mundo junto. “Todo mundo unido, desmanchar os palanques e se unir todo mundo porque o povo brasileiro merece e a gente tem muito trabalho para fazer juntos”, enfatizou. 

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Defensora do projeto denominado “Escola sem Partido”, umas das principais bandeiras de Bolsonaro na área da educação, Collins já salientou que assuntos como política e religião devem ser tratados de forma “neutra” e argumentou que o papel da família sobre esse temas deve ser “inviolável”.

A vereadora chegou a fazer um discurso no plenário da Câmara parabenizando Jair Bolsonaro pela vitória. Na ocasião, ela pediu que “a mão poderosa de Deus” abençoasse o presidente eleito, bem como toda a equipe escolhida para comandar o Brasil pelos próximos quatro anos. Ainda ressaltou que "quem vai mudar o país é Deus".

As eleições deste ano carregam consigo uma expectativa forte de mudança da conjuntura do país, mas não apenas isso. Uma parcela da sociedade nutre também a esperança de ampliar a participação de mulheres na política para, desta forma, reforçar a pauta feminista no Congresso Nacional. Feminismo este que, em síntese, defende a ampliação do papel e dos direitos das mulheres na sociedade e virou uma das palavras do momento no país. 

Nessa perspectiva vem surgindo movimentos e iniciativas que pretendem endossar candidaturas que hasteiam a bandeira, mas esbarram nas dificuldades dentro dos partidos - principalmente de direita e centro. Um grupo que vem trabalhando para reverter o quadro é o  PartidA, movimento nacional que, inclusive, encabeça uma campanha chamada “Meu voto será feminista”. 

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Para a militante da organização, Daiane Dutra, a subrepresentação das mulheres em espaços políticos tem gerado um cenário caótico para o gênero no Brasil e a ideia do PartidA é garantir que  as pautas feministas passem a ser contempladas de forma mais significativa no setor que rege a sociedade com leis predominantemente criadas por “homens conservadores”.

“Queremos garantir que mais mulheres sejam eleitas em 2018 e as pautas feministas estejam contempladas nas plataformas políticas, agora isso não significa que não façamos intervenções em mandatos liderados por homens, por exemplo. Acreditamos que alguns homens são aliados a luta feminista e isso é importante”, observou. 

“A prioridade total, contudo, é que possamos garantir que as mulheres sejam candidatas, mulheres feministas principalmente. Não é porque ela é mulher que defende nossas pautas”, completou, lembrando da atuação da vereadora do Recife, Michele Collins (PP), que é contra a legalização do aborto considerada uma das pautas mais importantes para o feminismo.

Liderando uma chapa feminista que disputa o Governo de Pernambuco, a pré-candidata do PSOL a governadora e advogada, Daniele Portela, acredita que as eleições deste ano podem abrir espaço para as mulheres que, na ótica dela, são a base da sociedade.  

“As mulheres estão reivindicando o seu lugar depois de um apagamento quase total ao longo da nossa história. Ainda é muita pequena nossa participação nos espaços políticos, mesmo com a cota de 30% de candidaturas femininas por partido. Essas posições são tradicionalmente ocupadas por homens, héteros, cis e na sua maioria brancos. Neste sentido, acredito que a pauta feminista traga um novo olhar para os problemas postos nos estados e no país. Um olhar que, a partir do recorte de gênero, consiga trazer soluções para problemas históricos como o desemprego de mulheres”, salientou. 

Na avaliação de Danielle, a maioria da população “tem mostrado profundo descontentamento com a classe política” e, uma parte dela, por conta disso, “tende a se aliar com pautas e candidatos que apresentem discursos mais conservadores”. Para reagir a tal tendência, a psolista disse que defender a participação feminista no pleito “é questão de princípios”.

“É preciso delimitar os espaços e saber onde nos colocamos. Defender um recorte feminista nessa eleição é uma questão de princípios. E por isso creio que, quem se coloca como postulante defendendo essa pauta, necessariamente será uma candidatura forte”, reforçou a pré-candidata a governadora.  

A quebra de estereótipos e identificação de candidatura feminista

A palavra feminismo tem sido cada vez mais utilizada no país e passou a pautar até o mercado, mas na política ela ainda é carregada de estereótipos dosados pelo preconceito, o que dificulta a vida dos movimentos e de quem defende a iniciativa. Questionada sobre como fazer para quebrar paradigmas negativos diante das defesas feministas e, principalmente neste período eleitoral, Daiane Dutra disse que a primeira ação deve ser de conscientização entre as próprias mulheres. 

“Vivenciamos um movimento bem interessante em relação a palavra feminista que o próprio movimento traz com uma carga muito forte de conquistas de direitos. O próprio capitalismo está trazendo como algo que precisamos inserir na sociedade, mas a grande questão é como que esse termo está sendo passado para as pessoas e, sobretudo, para as mulheres? Não basta ser da moda”, argumentou a militante do PartidA. 

Para ela, outra questão salutar, é o fato do feminismo pautar candidaturas de partidos de esquerda. “Nos partidos de direita e centro-direita o mote de mulheres no poder está bem presente, mas não basta que sejam mulheres. Mulheres de direita não necessariamente vão defender o direito das mulheres negras, periféricas e da população LGBT”, destacou.

Um exemplo do reforço de candidaturas feministas serem predominantes em partidos de esquerda são as iniciativas do PSOL e do PT neste viés. Em Pernambuco, além da chapa majoritária feminista, a legenda psolista também está construindo projetos como o “Juntas” que apresentará candidaturas de cinco mulheres para a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados com a mesma linha de defesa, pautando temas como o feminismo e a luta LGBT. 

Já no PT, foi criada a iniciativa “Elas por Elas” que pretende “impulsionar, formar e dar condições materiais e políticas para que mulheres feministas ocupem cargos políticos, dentro e fora do partido”.  

Feminismo: da sociedade para a política

A conscientização das próprias mulheres sobre a abrangência do feminismo também baseou um panorama feito pela cientista política Priscila Lapa. Sob a ótica da estudiosa, nas últimas eleições “não foi possível ver uma evolução das candidaturas” do gênero e a pauta feminista não tem ganhado uma abrangência no debate eleitoral. 

Para que isso cresça, segundo ela, é necessário a quebra dos tabus que permeiam a pauta feminista e isso acontecerá somente a partir de uma mudança na sociedade.  

“A medida que a mentalidade das pessoas muda sobre isso vai se refletindo na política. A gente caminha positivamente no debate público, quando se traz para as escolas, por exemplo. É possível enfrentar esse tema com menos tabus, como o que fala que feminismo é algo restrito ou ultrapassado. Dentro da esfera política, porém, ainda precisa percorrer um longo caminho. É uma esfera muito machista. A classe política não dá a devida importância ao tema”, disse a estudiosa.

Na classe política, Lapa disse que a pauta feminista é atendida apenas diante de apelos e comoções a partir de tragédias que abalem a sociedade, como foi o caso da morte da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL). 

A decisão pelo voto feminista

Apesar da falta de candidaturas competitivas e dos meses que ainda faltam para o início da campanha eleitoral, há quem já tenha definido que votará apenas em mulheres no pleito deste ano. Como é o caso da estudante de enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco, Mirella Santana, 20 anos. A universitária acredita que, em sua maioria, os deputados e senadores não servem ao povo e, por isso, decidiu guiar a posição político-eleitoral a partir do que chamou de “um voto integralmente representativo”.

“Não cabe mais votar em quem não representa essas ideias, em partidos afundados em escândalos de corrupção. Não cabe mais votar naqueles que se dizem ‘neutros’, pois neutralidade já é um posicionamento”, salientou a eleitora.

“Esse ano eu decidi votar só em mulheres. Uma decisão que considero óbvia pra mim, que luto por uma democracia verdadeiramente representativa. Ao contrário do que vemos hoje: um estado majoritariamente composto por homens brancos, cis, héteros, de alta classe social e herdeiros de uma trajetória política familiar. E não basta ser mulher, tem que levantar as minhas bandeiras e me representar de verdade”, completou, pontuando ter se descoberto, diante do cenário político do país, uma pessoa “feminista, social democrata e progressista”.

A postura de Mirella Santana e tantas outras mulheres que já definiram o voto dão aos movimentos a esperança de que os dados atuais de candidaturas e de eleitas podem mudar com a eleição deste ano. Para se ter uma ideia, atualmente elas estão representadas em 10% dos mandatos nas casas legislativas, o que deixa o Brasil no ranking atrás de países como Arábia Saudita, Síria, Iraque e Emirados Árabes. Em 2014, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 29,73% dos quase 25 mil candidatos eram mulheres. 

 

 

A vereadora do Recife Michele Collins (PP) entrou com um pedido de abertura de inquérito junto ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para apurar eventuais “ofensas a símbolos das religiões cristãs” durante a exposição coletiva “Tramações: Cultura Visual, Gênero e Sexualidades”, que está sendo realizada no Centro de Artes e Comunicação (CAC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A solicitação, segundo a parlamentar, foi entregue na última sexta-feira (1º), ao procurador-geral de Justiça. Francisco Dirceu de Barros.

Para Michele, a exposição é uma agressão à família e às instituições religiosas. “Essa exposição vai contra todos os princípios religiosos. Além disso, ela é gratuita e aberta ao público, com faixa etária mínima de 14 anos, ou seja, sem qualquer impeditivo ao acesso de adolescentes, ainda que menores de idade, sem um aviso sequer de precaução antes da entrada”, afirmou.

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A parlamentar disse ainda que “não é contra a realização de eventos culturais, desde que não ofendam raça, cor, sexo, credo ou classe social”. Além de Michele, outros vinte e três vereadores subscreveram o ofício apoiando a iniciativa.

Na semana passada, o deputado estadual Cleiton Collins (PP) - que é marido da vereadora do Recife - também anunciou uma solicitação que faria, através da Assembleia Legislativa de Pernambuco, para que a exposição fosse retirada da cartaz

Além disso, a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) também emitiu uma nota de repúdio acusando a iniciativa de "ir contra todos os princípios religiosos e conter peças não apenas provocativas, mas caricaturas e distorções nitidamente ofensiva a símbolos das religiões cristãs”. 

A reunião pública organizada pela vereadora do Recife, Michele Collins (PP), "contra o aborto e em favor da vida", marcada para esta quarta-feira (30), foi frustrada por um grupo de mulheres feministas que ocuparam o Plenário da Câmara dos Vereadores e realizaram um protesto pela legalização da prática.      

De acordo com a pré-candidata do PSOL a governadora, Dani Portela, que estava entre as mulheres presentes na reunião, havia cerca de 10 movimentos representados no local, entre eles, o Fórum de Mulheres de Pernambuco, o Coletivo de Mulheres  PSOL e do PT, o Movimento PartidA. Em conversa com o LeiaJá, Dani disse que as representantes dos feministas chegaram a pedir para falar durante a reunião, mas foram impedidas. Em reação, elas começaram a gritar palavras de ordem e cantar músicas características da iniciativa.  

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“Nosso objetivo era fazer uma intervenção de fala e artística, com cartazes em protesto, mas quando a gente chegou, antes de iniciar a reunião, tiraram todos os microfones do Plenário. Todas as mulheres que estavam ali tiveram suas vozes silenciadas”, explicou. “Nossas reivindicações são pelo amplo direito reprodutivo, que a mulher possa decidir pelo seu próprio corpo e que possamos ter a legalização do aborto que é uma questão de saúde pública, são quatro mulheres que morrem por dia”, completou. 

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A intervenção do grupo causou o encerramento da reunião, depois disso, a vereadora Michele Collins levou os que comungam com a mesma tese contra o aborto para uma sala menor onde continuou o debate com a apresentação da fala da americana Gianna Jessen, que seria, de acordo com a parlamentar, uma "sobrevivente de um aborto". 

Michele reagiu ao protesto, pontuando que eles tinham “o direito sim de debater sobre este tema, de expressar a nossa opinião” e, por isso, a Gianna Jessen falaria sobre sua experiência. 

A americana, por sua vez, acompanhada de uma tradutora disse que não conhecia nenhuma mulher que tivesse amado pelo aborto, mas que elas só lamentam. “Eu não me sinto envergonhada, as pessoas gritando não me derrotam. Sobrevivi a um assassinato, posso sobreviver a essa gritaria. Venho em nome de Jesus Cristo, sou a garotinha dele. O que estava tentando explicar para as pessoas que estavam bem chateadas é que sou a favor deles, não contra eles. Estão gritando pela exploração da mulher, elas estão gritando por uma prisão que elas mesmo estão fazendo. Não é liberdade”, argumentou.

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