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Uma adolescente de 16 anos denunciou, por meio de uma carta entregue aos advogados, o padrasto, um policial militar reformado de 51 anos, por estupro. O relato da jovem afirma que as violências aconteceram de maneira rotineira desde quando ela tinha 13 anos, em 2021. O caso aconteceu no município de Praia Grande, na Região Metropolitana da Baixada Santista, em São Paulo, e está sob investigação na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). A denúncia ainda informa que a vítima chegou a receber do abusador injeções de testosterona, o hormônio masculino, para “ficar mais bonita”, segundo descreve. 

A carta de seis páginas escrita pela adolescente descreve os abusos que sofreu e o medo que tinha em resistir, por ele ser ex-policial e ainda ter porte de arma de fogo. Ela conta que o primeiro episódio aconteceu quando o homem mostrou vídeos pornográficos, quando ela tinha 13 anos de idade. “Eu nunca tinha visto e fiquei assustada com aquilo. Ele me disse que, por estar crescendo e me tornando mulher, [além] da minha mãe trabalhar o dia todo e não ter tempo de me explicar essas coisas, eu já estava na idade de saber”, conta. 

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O primeiro abuso físico também foi relatado no documento. Eles voltavam de um passeio, quando o abusador parou na estrada para urinar. Ele puxou a adolescente para perto de si, colocou a mão dela em sua genitália e tentou beijá-la à força. “Fiquei com muito medo de falar algo na hora, pois ele sempre guardava a arma debaixo do banco do motorista”, escreveu. “Quando cheguei em casa, só sabia chorar escondida no quarto me perguntando o porquê daquilo estar acontecendo”, indagou a vítima no texto. 

Ainda segundo a carta da adolescente, houve dois episódios, em 2022, em que seu padrasto injetou doses de testosterona nela, dizendo que isso a faria ficar “mais bonita”. "Comentava que eu tinha mais corpo do que muitas mulheres, e por eu menstruar e ter menos testosterona que o homem, não iria conseguir resultado nenhum 'só treinando'", relembra a jovem no relato escrito. 

No mesmo ano, os abusos pararam, quando ele chegou a dizer a ela que deveria se afastar “para não cometer uma loucura”, referindo-se a engravidá-la, já que, segundo a vítima, ele a estuprava sem preservativo. Em 2023 ele tentou se reaproximar, mas ela conseguiu gravar um áudio e mostrar para a mãe como prova, momento em que a família descobriu os crimes. 

A mãe da adolescente, que estava em um relacionamento com o homem há 12 anos, conta que ficou chocada ao saber do relato da filha. “Meu mundo desabou. Não só o meu, mas de toda a família”, desabafou a mãe da adolescente. “Fiquei sem chão, pois não esperava isso dele, que conhecia a minha filha desde bebê”, afirmou. 

O caso está sob responsabilidade da delegada Lyvia Bonella, da DDM de Praia Grande (SP). Bonella afirma que o homem já prestou depoimento à Polícia Civil, e alegou que a jovem se oferecia para ele. A delegada confirmou ainda que apenas por ele ter dito em depoimento que “retribuiu” o beijo da vítima, já configura crime. 

Na noite de quinta-feira (24), véspera de Natal, um sargento reformado da Polícia Militar, que não teve seu nome divulgado, efetuou dois disparos de arma de fogo contra a esposa, uma mulher de 45 anos, segundo a Polícia Civil, no bairro do Alto do Mandu, Zona Norte do Recife. A vítima morreu na hora e a prisão em flagrante foi realizada na manhã desta sexta-feira (25). 

O perito Bernando Benevides, que esteve no local do crime, disse ao portal G1 que o crime foi cometido no quarto de casal, quando os dois já haviam se recolhido após a ceia. Ainda de acordo com o perito, membros da família do sargento reformado que moram no térreo da casa ouviram os disparos e foram verificar o que estava ocorrendo, mas não puderam socorrer a vítima pois já era tarde. 

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De acordo com a PM, policiais militares do 11° BPM foram acionados durante a madrugada para averiguar uma tentativa de homicídio e lá chegando, constataram que “um sargento reformado da PM, havia efetuado dois disparos de arma de fogo contra sua companheira, que veio a óbito no local”.

Diante dos fatos, o militar foi conduzido ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil onde foi autuado em flagrante delito pelo crime de feminicídio. Em seguida, o autor do crime foi conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) e posteriormente encaminhado para o BPCHOQUE, onde aguarda audiência de Custódia. 

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