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No dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da emergência de saúde pública da Covid-19, o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, culpou a esquerda pelas mais de 701 mil vítimas fatais da doença no Brasil. Nessa sexta-feira (5), em entrevista à Revista Oeste, o cardiologista defendeu a postura do governo Bolsonaro ao longo da pandemia. 

Quarto e último ministro da Saúde de Bolsonaro após uma troca constante desde o início da crise sanitária, Queiroga sugeriu que, em pouco mais de um ano e meio à frente da pasta, conseguiu reconstruir o sistema de saúde do Brasil. 

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“Recuperamos o que a esquerda destruiu no passado”, afirmou o ex-ministro. “Fecharam 40 mil leitos de terapia intensiva. Acho que a esquerda é grande culpada pelos óbitos que tivemos no Brasil. Eles destruíram o sistema de saúde, e nós tivemos de recuperá-lo durante a pandemia”, complementou. 

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Com a entrada do governo Lula, os novos integrantes da pasta identificaram 38,9 milhões de vacinas contra a Covid-19 fora da validade. Antes mesmo do prejuízo de R$ 2 bilhões, o ex-presidente e membros do primeiro escalão do antigo governo desistimulavam a campanha de imunização. Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid também indicaram atraso na compra das doses imunizantes e indícios de corrupção no processo de aquisição

Queiroga foi categórico e garantiu que “não houve atraso na compra” de insumos para o Brasil. "Temos certeza que trabalhamos para fortalecer o Sistema Único de Saúde, para aumentar sua capacidade de vigilância e melhorar a condição da atenção primária à saúde”, defendeu.

A ex-esposa do general Eduardo Pazuello, que foi ministro da Saúde do governo Bolsonaro entre os anos de 2020 e 2021, promovia festas em Manaus com a equipe da pasta enquanto o Estado passava pela grande crise do oxigênio em janeiro de 2021, que tirou a vida de centenas de pessoas. De acordo com ela, Pazuello disse que estava preocupado em “comprar os sacos pretos”. 

A dentista Andréa Barbosa fez as revelações durante entrevista ao canal My News. Ela também disse ter participado de uma das festas. “A única festa que eu estive presente foi em 26 de maio de 2020, ele tinha recém sido nomeado ministro e eu tinha chegado em Manaus naquele mês porque ainda fiquei um tempo para ir para lá, fazendo mudança no meio da pandemia e isolada”, disse a dentista. Ela e o ex-marido são naturais de Manaus. 

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Andréa falou das festas e da preocupação de Pazuello ao mencionar uma coletiva dada por ele, a qual mencionou ter sido procurado por uma cunhada que pedia oxigênio para o irmão, mas a cunhada em questão não era a irmã dela. “Muita gente me ligou perguntando se era minha irmã, e eu disse que não, que ela não morava mais em Manaus. Acho que ele está falando da cunhada, ex-mulher do irmão dele. Nesse dia eu liguei para ele e surtei. Eu falava que o que ele estava fazendo era crime, que ele seria responsabilizado, que era negligência, sim, que tinha gente morrendo a um quilômetro abaixo da casa dele, no momento em que ele estava dando uma festa”, disse, ao citar uma outra festa. 

Pazuello debochou da preocupação de Andréa e da morte dos brasileiros que estavam morrendo pela falta de oxigênio. “Eu gritava com ele no telefone: ‘você está dando uma festa, comemorando o que?’. ‘Você não tem nada a ver com isso, eu tenho uma preocupação, sim. Estou preocupado em comprar os sacos pretos’”, revelou. Segundo ela, Pazuello ainda completou: “para de comprar essas mentirinhas”. 

“O Eduardo não sabe o que é vírus. Ele falou que a cloroquina era um antiviral em pleno depoimento na CPI [da Covid]. Ele nunca soube o que era o SUS, e isso me ofende muito porque eu vivi o SUS, sou dentista, já fui da saúde pública, já fiz atendimento público”, afirmou Andréa. 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira (25) que o Brasil “fez o dever de casa” diante do surto de varíola dos macacos desde o início da epidemia. Durante a abertura de um workshop sobre vigilância em saúde promovido pelo ministério, Queiroga disse que o Brasil se preparou para lidar com o vírus, providenciando laboratórios para diagnóstico, identificação dos casos e isolamento dos pacientes.  “Nós aqui no Brasil já vínhamos fazendo nosso dever de casa desde o primeiro rumor, desde o primeiro caso suspeito. Preparamos nossa estrutura para fazer o diagnóstico. Temos quatro laboratórios hoje no Brasil com capacidade para isso”, disse Queiroga. 

Os laboratórios prontos para o diagnóstico da doença, segundo o ministro, estão no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo; na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Minas Gerais; na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro; e no laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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  “Desde o início começamos a fazer o diagnóstico e o acesso ao diagnóstico está disponível. Fizemos alertas para as secretarias estaduais de saúde e para as secretarias municipais. Os casos são identificados, são isolados”, acrescentou o ministro. 

Queiroga lembrou da decisão do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanon Ghebreyesus, que declarou que a varíola dos macacos configura emergência de saúde pública internacional, e citou a ocorrência maior do vírus em homossexuais do sexo masculino. “E essa fala não é para estigmatizar ninguém. Apenas não se pode obscurecer que essa é uma realidade, mas outros públicos podem também ter essa doença. Enfim, vamos também aprender juntos como lidar com esse problema sanitário”. 

O Brasil tem 696 casos confirmados até o momento. Destes, 506 são procedentes do estado de São Paulo, 102 do Rio de Janeiro, 33 de Minas Gerais, 13 do Distrito Federal, 11 do Paraná, 14 do Goiás, três na Bahia, dois do Ceará, três do Rio Grande do Sul, dois do Rio Grande do Norte, dois do Espírito Santo, três de Pernambuco, um de Mato Grosso do Sul e um de Santa Catarina.

  Doença

A varíola dos macacos é causada por um vírus e transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode se dar por meio de abraço, beijo, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo infectado. 

Não há tratamento específico, mas, de forma geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade. 

Sintomas

O paciente pode ter febre, dor no corpo e apresentar manchas, pápulas [pequenas lesões sólidas que aparecem na pele] que evoluem para vesículas [bolha contendo líquido no interior] até formar pústulas [bolinhas com pus] e crostas [formação a partir de líquido seroso, pus ou sangue seco].

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou hoje (12) de um ato de vacinação infantil contra a Covid-19 em Maceió (AL). Durante o ato, o ministro vacinou duas crianças e voltou a afirmar que, até o dia 15 de fevereiro, o ministério vai distribuir vacinas suficientes para aplicar a primeira dose em todas as crianças de 5 a 11 anos no país.

Na ocasião, o ministro voltou a defender a não obrigatoriedade da vacinação de crianças de 5 a 11 anos, mas fez um apelo para que os pais levem seus filhos para vacinar. Na terça-feira (8), Queiroga informou que após 55 dias da aprovação da primeira vacina para uso infantil contra a Covid-19 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o percentual de crianças de 5 a 11 anos que tomaram a primeira dose de imunizantes contra a doença não passa de 15%.

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“Vamos disponibilizar as vacinas para os pais e eu exorto a cada pai e cada mãe que levem seus filhos para a sala de vacinação”, disse.

Queiroga também criticou a aplicação de uma segunda dose de reforço das vacinas contra a Covid-19 e disse que o país precisa avançar antes na aplicação da dose de reforço ou terceira dose. A aplicação de uma quarta dose foi levantada pelo governo de São Paulo e pela Prefeitura do Rio de Janeiro.

“Antes de querer aplicar quarta dose sem evidência científica precisamos avançar na aplicação da terceira dose de vacina. O Brasil aplicou em cerca de 30% da sua população a dose de reforço, não queremos aplicar uma quarta dose sem ainda ter uma evidência científica forte”, explicou.

Um levantamento do Ministério da Saúde aponta que mais de 54 milhões de brasileiros em condições de tomar a dose de reforço ainda não o fizeram. Até o momento, 45,8 milhões de pessoas receberam essa dose adicional.

As doses de reforço podem ser dadas quatro meses após a conclusão do ciclo vacinal. As pessoas devem consultar as secretarias municipais de saúde para se informarem sobre os locais onde essas doses estão sendo aplicadas. Até o momento, o ministério recomenda a aplicação de uma quarta dose apenas para pessoas com alto grau de imunossupressão.

“Nos últimos seis meses reduzimos mais de 80% dos óbitos de Covid-19 em nosso país. Vamos enfrentar essa variante Ômicron e vamos vencê-la, como vencemos a Delta, como vencemos a Gama e vamos livrar o Brasil da pandemia da Covid-19 para voltarmos a ser felizes, como éramos antes”, afirmou o ministro.

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, visitou, na tarde desta terça-feira (18), a nova sede da Fundação Altino Ventura (FAV), no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, para celebrar os 35 anos da instituição junto aos fundadores, médicos e pacientes. Cumprindo agenda oficial, o chefe da pasta federal foi também o homenageado do dia, tendo recebido o Prêmio Fundação Altino Ventura de Visão Social. À ocasião, o médico também prometeu que irá viabilizar, através do Governo Federal, os recursos de investimento no centro oftalmológico da FAV. 

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A nova unidade de atendimento da FAV, amplamente financiada pelo Sistema Único de Saúde, deverá ter capacidade de atender cerca de 70 mil pacientes por mês e realizar o total de quatro mil cirurgias no mesmo período. O feito foi comemorado e elogiado por todos que compuseram a banca do evento, principalmente por Queiroga, que teceu inúmeros elogios ao SUS. 

Emocionado, Marcelo Queiroga iniciou sua fala dizendo que o prêmio lhe honra muito, “apesar de não merecê-lo”, e que se sente confortado em ter esse tipo de reconhecimento em tempos tão sanitariamente difíceis. O prêmio foi pela atuação do ministro na assistência à população com comorbidades que afetam a mobilidade e os sentidos, bem como à população de baixa renda. 

"O Sistema Único de Saúde foi criado sob a inspiração do princípio básico que norteia o Estado Democrático de Direito do Brasil, que é a dignidade humana. E essa estrutura erguida pelo princípio de acesso universal, integral, igualitário e gratuito é realidade em cada um dos 5.570 municípios do Brasil. Onde tem o SUS, tem Brasil. Então para que o desejo de vocês, de ter um centro como esse atendendo o povo de Pernambuco, Nordeste e Brasil, é necessário ter a sustentabilidade do Sistema Único de Saúde. O SUS precisa aprimorar o acesso e ter eficiência na prestação do serviço”, disse o ministro. 

Queiroga foi premiado diretamente pelos fundadores da Fundação Altino Ventura, o presidente do conselho diretor, Marcelo Ventura, e a presidente do conselho curador, Liana Ventura. Ele também recebeu uma obra do fotógrafo Jorge Pinho, chamada “A  Cura” (capa). Além dos presidentes da instituição, estiveram presentes a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque; o secretário adjunto do Ministério da Saúde, Alessandro Glauco Vasconcelos; e o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo. 

“Muitas vezes, a Fundação Altino Ventura chega a ser confundida com a oftalmologia de Pernambuco, de tão importante que é o serviço prestado. Hoje, o desafio que nós temos é o de dar vazão à grande demanda oftalmológica do Brasil e de Pernambuco”, acrescentou o chefe da pasta estadual, que também elogiou Queiroga, um antigo colega de profissão e também paraibano.    

Por fim, Queiroga foi homenageado, também, por algumas pacientes da Fundação, que estiveram acompanhadas de suas mães. Os pequenos Gabriel, Isabela e Samantha, crianças com necessidades especiais, entregaram um ramalhete de flores ao ministro. 

Repercussão sobre saúde nacional 

Após visitar o centro diagnóstico e polos cirúrgicos do complexo hospitalar, o ministro Marcelo Queiroga partiu para o Procape, no Centro da cidade. No intervalo, aproveitou para repercutir sobre a visita e algumas questões importantes associadas à gestão da pandemia. Ele também prometeu que vai viabilizar fundos para o centro oftalmológico da Fundação Altino Ventura. A administração do centro médico sugeriu um esforço tripartite para realizar a obra. O aporte necessário é estimado em R$ 20 milhões. 

"O Ministério da Saúde sempre tem apoiado a Fundação Altino Ventura não só com os recursos programáticos do ministério, mas através do esforço dos parlamentares do Estado, emendas individuais, relatoria. Um esforço em conjunto", disse. 

O especialista aproveitou para esclarecer que o Ministério ser favorável ao autoteste não significa que o insumo está em falta, mas é um esforço a mais do Governo para que a população se cuide. 

“A Saúde, só em janeiro, vai distribuir cerca de 28 milhões de testes. Já distribuímos este mês cerca de 10 milhões, e em fevereiro serão 7,8 milhões. Aliás, a dificuldade de testagem é, sobretudo, no setor primário. Interessante é que o Ministério anunciou ser favorável à venda dos autotestes nas farmácias, aí começa a narrativa de que está “faltando testes”. Os testes existem, a Fiocruz produzir estes testes é esforço do Governo Federal, que fortaleceu o complexo industrial que integra o MS, para produzir não só testes rápidos, mas os RT PCR”, elucidou Queiroga. 

Por último, perguntado sobre a vacinação infantil administrada com doses da vacina brasileira CoronaVac, disse: “a aprovação depende da Anvisa. A Anvisa aprovando, o Ministério da Saúde vai autorizar como sempre autorizou. É preciso mais dados”. 

 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quinta-feira (23), em Brasília, que o governo já tem contrato com a Pfizer para disponibilizar vacinas para as crianças caso a decisão seja aplicar o imunizante na faixa etária de 5 a 11 anos.

“Qualquer que seja o cenário, quero assegurar que o Ministério da Saúde tem o contrato com a farmacêutica Pfizer/Biontech para fornecer a dose da vacina para todas as faixas etárias incluídas no Programa Nacional de Imunização. Isso quer dizer, se a faixa etária de 5 a 11 for incluída, automaticamente nós teremos essas doses”, assegurou o ministro, na portaria do Ministério da Saúde.

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O Ministério da Saúde deve abrir hoje consulta pública que coletará manifestações da sociedade civil sobre a vacinação contra a Covid-19 em crianças com idade de 5 a 11 anos. A vacina da Pfizer para essa faixa etária foi autorizada recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No último dia 18, Queiroga afirmou que a decisão do governo sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos será tomada no dia 5 de janeiro, após audiência e consulta públicas.

Decisão é validada

Nesta quinta-feira, o ministro disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) validou a decisão de governo de colocar o assunto em consulta pública. “Já foi validado no Supremo Tribuna Federal, pela decisão de sua excelência o ministro Ricardo Lewandowski, o procedimento administrativo sugerido pelo Ministério da Saúde”, disse.

No último dia 20, Lewandowski ampliou para 5 de janeiro o prazo para que o governo se manifeste sobre a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no plano de vacinação contra a Covid-19. Inicialmente, o governo teria 48 horas para se manifestar, mas teve o prazo ampliado após recurso da Advocacia-Geral da União (AGU).

Queiroga citou ainda que não há necessidade de urgência na decisão devido ao menor número de mortes de crianças. “Há uma queda sustentada de número de casos e os óbitos de crianças estão em patamar que não implica em decisões emergenciais. Isso favorece que o ministério possar tomar uma decisão baseada na evidência científica, na questão da eficácia e da efetividade”, assegurou.

O atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou ao Brasil nesta segunda-feira (4), após ficar em isolamento em um hotel de Nova York (EUA), por conta de um teste positivo para a Covid-19. Ele desembarcou em São Paulo (SP), de onde seguiu para Brasília (DF).

Em uma breve declaração aos jornalistas, ainda no aeroporto de Guarulhos, Queiroga disse que teve os sintomas da doença apenas no início da infecção e que sua agenda nesta segunda “é dormir”. Questionado sobre o andamento da CPI da Covid-19, disse que sua “preocupação é com a pandemia, com o controle da pandemia”.

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De acordo com as regras sanitárias vigentes no Brasil e nos Estados Unidos, uma pessoa contaminada pelo novo coronavírus precisa ficar isolada de 10 a 14 dias. A partir do 10° dia, no caso de ausência de sintomas graves, um teste negativo RT-PCR autoriza o indivíduo a sair do país. No domingo (3), o ministro publicou em rede social que havia testado negativo.

Junto com a comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o titular da Saúde viajou para participar da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), marcada para iniciar no dia 21 de setembro. Naquele mesmo dia, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do governo confirmou o caso de infecção pela Covid-19.

Horas depois, o ministro, que já tinha participado de uma série de compromissos com representantes de outros países, informou estar bem e que seguiria a quarentena na cidade norte-americana.  O diagnóstico positivo de Queiroga para o novo coronavírus fez com que  o Itamaraty suspendesse a presença de todos os diplomatas brasileiros em todas as reuniões que estavam marcadas para acontecer na ONU.

Polêmica nos EUA

Além de ter sido contaminado pelo vírus causador da pandemia, o nome de Queiroga esteve nos noticiários por conta de seu comportamento atípico durante a estadia nos Estados Unidos. Diante de manifestantes contrários ao governo Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro da Saúde mostrou o dedo médio, um gesto considerado ofensivo.

O Ministro da Saúde Marcelo Queiroga informou na tarde deste domingo (3) que seu mais recente exame RT-PCR deu negativo para a covid-19. O ministro cumpre quarentena em Nova York desde que o resultado para a doença deu positivo, em 21 de setembro.

Pelo Twitter, o ministro disse que em breve volta para o Brasil, mas não disse quando. “Agradeço a todos que enviaram boas vibrações”. 

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Queiroga foi para Nova York integrando a comitiva do presidente Jair Bolsonaro que participou da 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

O diagnóstico de Covid-19 do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, acarretou no pedido da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a comitiva presidencial que cumpriu agenda na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, seja isolada ao desembarcar no Brasil. A chegada dos integrantes à Brasília ocorre nesta quarta-feira (22).

Sem citar Bolsonaro, o documento enviado à Casa Civil da Presidência recomenda o isolamento da comitiva, que conta com a primeira-dama Michelle.  O contato do chefe do Executivo com Queiroga pressupõe que a necessidade de quarentena de 14 dias também recai sobre o presidente. 

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Um diplomata da comitiva, que não teve a identidade revelada, também contraiu o vírus. Por isso, permaneceu nos Estados Unidos junto com o ministro da Saúde, onde devem cumprir o período de observação.

Entre as recomendações à comitiva, a Anvisa aponta que os integrantes se exponham ao mínimo de ambientes e pessoas ao desembarcar no Brasil, fiquem isolados por 14 dias após o último contato com Marcelo Queiroga, cumpram a quarentena no local de desembarque para evitar deslocamentos e sejam testados novamente ao chegar em solo brasileiro.

No fim da tarde desta quarta (22), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem compromisso agendado com o subchefe de assuntos jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, Pedro Cesar Sousa.

Em Nova Iorque para acompanhar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Assembleia Geral da ONU, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, perdeu a cabeça com um protesto contra o Governo Federal e fez gestos obscenos aos manifestantes. De dentro de uma van, o cardiologista se mostrou descontrolado e, de forma enérgica, direcionou o dedo do meio aos presentes no ato.

Mesmo com a irregularidade do Brasil no controle a pandemia, sobretudo no eixo de distribuição de imunizantes aos Estados, o gestor da Saúde deixou o país para compor a extensa comitiva de Bolsonaro, que desembarcou nos Estados Unidos (EUA) no domingo (19).

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Após a polêmica de ter comido pizza na rua porque o presidente está proibido de entrar em restaurantes, pois ainda não foi vacinado contra a Covid-19, Queiroga protagonizou a cena desrespeitosa em reação ao grupo que protestava contra o governo brasileiro nos EUA. Ele chegou a se levantar do assento para rebater os militantes.

Seu comportamento, distante da compostura esperada por um ministro de Estado, foi endossado pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França, que estava na van, mas, sem se levantar, posicionou os dedos em forma de 'arminha' - símbolo propagado por Bolsonaro na campanha de 2018 - em resposta ao ato.

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga vem se movimentando nos bastidores para retirada da obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre a partir de novembro deste ano. As informações foram publicadas pelo portal Metrópoles nesta terça-feira (14).

Segundo o portal, Marcelo Queiroga tem recebido pressão do presidente Jair Bolsonaro, tendo chego a receber em seu whatsapp, mensagem do mandatário, informando que Portugal já fez a liberação do uso de máscaras nas ruas.

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Em conversas em seu gabinete, o ministro projeta diminuição ainda maior do número de casos e de mortes por Covid-19, para conseguir orientar uma nova medida a partir de novembro. Queiroga é favorável ao uso do equipamento de proteção, mas é contra a obrigatoriedade por lei.

Já que o STF deu a liberdade para que os estados e municípios decidam como farão a contenção do vírus em suas regiões e as medidas protetivas que utilizarão, Queiroga pensa em fazer apenas uma “recomendação” da não obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre.

 

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou nesta segunda-feira (14) que irá vacinar o presidente Jair Bolsonaro contra a Covid-19 "quando ele assim desejar". Hoje, Queiroga participou de ação simbólica em Brasília e aplicou doses da vacina no ministro de Relações Exteriores, Carlos França, e no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

"O presidente sempre brigou pela liberdade das pessoas. O nosso governo é um governo liberal que defende o direito à liberdade, o direito às escolhas e na hora que o presidente se sentir confortável, ele vai tomar a decisão dele", afirmou Queiroga na saída do Ministério da Saúde nesta tarde.

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Crítico da imunização, na semana passada Bolsonaro repetiu que seria o último a se vacinar contra covid-19 e que daria lugar a quem precisasse e estivesse "desesperado".

Copa América

O ministro também informou que até o momento foram identificados dez trabalhadores dos hotéis onde estão os atletas e comissão técnica que disputam a Copa América contaminados pelo novo coronavírus. Segundo Queiroga, os trabalhadores e com quem eles mantiveram contatos foram isolados.

A CPI da Pandemia vai ouvir, pela segunda vez, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O depoimento marcado para esta terça-feira (8), às 9h, foi antecipado pelos senadores depois que o Brasil decidiu sediar a Copa América e após o depoimento da infectologista Luana Araújo, na quarta-feira (2).

"Ele estava ontem com o presidente da República inaugurando a Copa América. Dia 8, Marcelo Queiroga", disse o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM) no dia 2 ao anunciar a data do depoimento. 

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Já na reunião da terça-feira (1º), senadores criticaram a decisão de o país receber o evento, a ser realizado entre junho e julho, diante de uma iminente terceira onda de Covid-19 e após a Argentina desistir de sediar o torneio. A discussão prosseguiu na reunião de quarta-feira. Para o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), o episódio é mais um sinal da falta de autonomia do ministro da Saúde. 

"Esse episódio da Copa América, em que ele se calou como Ministro da Saúde e preferiu ser ministro do silêncio, demonstrou, de uma outra forma, que a autonomia realmente não existe", apontou Renan. 

A fala de Renan ocorreu durante o depoimento de Luana Araújo. A médica relatou sua dispensa da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministérios a Saúde. Luana chegou a ser anunciada, mas não nomeada e, segundo senadores de oposição, esse seria mais um indício da existência de um "gabinete paralelo", um grupo de pessoas que daria orientações externas ao presidente e interferiria no ministério.

No depoimento à CPI, a médica afirmou que não recebeu justificativa pela desistência de sua contratação como secretária extraordinária. Em uma audiência na Câmara dos Deputados no dia 26 de maio, 20 dias depois de prestar depoimento na CPI da Pandemia, Queiroga afirmou que Luana Araújo era uma "pessoa qualificada", e que tinha as condições técnicas para exercer "qualquer função pública", mas que não foi nomeada porque além de "validação da técnica", era necessário "validação política". Por isso, parlamentares esperam que o ministro responda sobre a sua real autonomia nesse retorno à CPI.

"Existe um gabinete negacionista, um grupo que continua impedindo que os melhores quadros da ciência brasileira possam contribuir no enfrentamento à pandemia", apontou o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é autor de um dos requerimentos de convocação.

Já o senador Marcos Rogério (DEM-RO) vê um “ato político” na segunda convocação de Marcelo Queiroga. Ele lamentou que o ministro tenha que interromper suas atividades à frente da pasta para voltar à CPI.

"O que se vê são teorias. Todos ali conhecem como funciona a administração em relação a nomeações. O ato administrativo é discricionário. Não há nenhum elemento novo no sentido de condenar o governo", avaliou. 

Para o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), a reconvocação de Marcelo Queiroga é uma atitude “protelatória” para que a CPI não investigue governos estaduais. 

"O ministro tem a função de coordenar o trabalho da pandemia. Se for esse o desejo do presidente e relator, ele estará aqui perdendo tempo precioso para ajudar a saúde do Brasil inteiro", disse.

O retorno de Queiroga já havia sido aprovado antes mesmo do anúncio da Copa América e do depoimento de Luana Araújo. Para Humberto Costa (PT-PE) e Tasso Jereissati (PSDB-CE), autores de outros requerimentos, o primeiro depoimento de Marcelo Queiroga foi contraditório. 

"O depoimento foi contraditório em diversos aspectos. Um deles diz respeito à afirmação de que, na gestão dele, não há promoção do uso da hidroxocloriquina para tratamento da Covid. Todavia, o ministro, até o presente momento, não revogou a portaria do Ministério da Saúde que prescreve o uso da medicação", aponta o senador por Pernambuco no pedido aprovado no dia 26 de maio.

*Da Agência Senado

O ex-ministro da Saúde que mais tempo coordenou as ações de enfrentamento a Covid-19 no Brasil, general Eduardo Pazuello, não será punido pelo Exército. A expectativa era que o militar sofresse alguma sanção das Forças Armadas por participar de um ato político convocado pelo presidente Jair Bolsonaro, no fim do mês passado, no Rio de Janeiro.

Em comunicado publicado pela CNN, o Centro de Comunicação Social do Exército informou nesta quinta (3) que "analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general” sobre sua participação na manifestação pró-governo do dia 23 de maio.

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Após a apuração referida pelas autoridades, "não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do General Pazuello", aponta a nota, que confirmou o arquivamento do caso.

Objeto de obsessão do presidente Jair Bolsonaro e um dos temas que norteia a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, "Cloroquina" foi a palavra mais repetida na primeira semana de depoimentos no Senado. Até o momento, os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, e o atual gestor da pasta, Marcelo Queiroga, foram ouvidos como testemunhas.

A substância antimalárica defendida pelo presidente como parte do "tratamento precoce" da Covid-19 é ineficaz contra o vírus. Embora já tenha sido descartada pela sociedade científica, médicos ainda são pressionados por sua prescrição e o tema continua dividindo os brasileiros.

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Na primeira semana da CPI, entre a terça (4) e a quinta (6), o remédio foi pronunciado 340 vezes pelos senadores e depoentes, segundo levantamento do G1 com base nos registros taquigráficos das reuniões.

O ministro Queiroga evitou responder sobre a droga durante seu depoimento, no qual a palavra foi repetida 135 vezes em 8h. Em sua oitiva, Teich disse que discordava da extensão do uso do medicamento e, por isso, pediu demissão do cargo. Durante 6h, o termo foi usado em 126 oportunidades. Já ao longo da fala de mais de 7h de Mandetta, a Cloroquina foi comentada 79 vezes.

Outras palavras-chave em torno das ações e omissões do governo federal investigadas na CPI também foram listadas. Além da Cloroquina, a palavra mais recorrente nas reuniões foi vacina (175), seguido por máscara (111), isolamento (101), distanciamento (80), insumos (57), ivermectina (57), tratamento precoce (44), oxigênio (35) e lockdown (31).

Na manhã desta quinta-feira (6), o ministro da Saúde Marcelo Oliveira afirmou na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid que as declarações do presidente Jair Bolsonaro contra as vacinas não atrapalharam a campanha nacional.

Ao longo da pandemia, o chefe do Executivo questionou a capacidade dos imunizantes em uma série de oportunidades. Ao comentar sobre o produto da Pfizer, em dezembro do ano passado, ele desestimulou seu uso ao sugerir que os vacinados poderiam 'virar um jacaré'.

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"Eu penso que não tem impacto na campanha de vacinação [...] o presidente tem apoiado a campanha de vacinação. É isso que posso dizer", destacou o quarto ministro da Saúde em cerca de 15 meses da crise sanitária no Brasil.

Ele assume que o Plano Nacional de Imunização (PNI) é tocado a passos lentos e pediu um "ativismo maior do governo", sobretudo em questões diplomáticas, para adquirir mais doses.

---> 'Não autorizei distribuição de cloroquina', diz Queiroga

Para justificar o atraso nas aplicações nos brasileiros, Queiroga sinalizou para alta demanda pela procura mundial por vacinas. "Tá só nas finalizações legais", comentou ao anunciar um novo contrato de 100 milhões de doses da Pfizer, sem indicar o prazo para a entrega e distribuição. Em Nova York, nos Estados Unidos, a imunização em adolescentes de 12 anos a 15 anos já é articulada.

Sobre a queixa do ex-ministro Nelson Teich, que pediu demissão pela falta de liberdade na tomada de ações e desautorizações do Planalto na sua gestão, o atual representante da pasta garantiu que tem liberdade para conduzir o Ministério de forma técnica, o que aponta para uma mudança de orientação por parte do próprio Planalto.

Contudo, revelou que não participou, nem foi consultado sobre um suposto decreto ventilado pelo próprio presidente, que derrubaria as medidas restritivas postas em prática por governadores e prefeitos para controlar a transmissão. "O presidente falou comigo a cerca desse tema é que ele queria assegurar a liberdade das pessoas. Assegurar a liberdade das pessoas, eu concordo", respondeu.

Ainda contrário a Teich, que chegou a questionar a capacidade do seu sucessor na pasta, o general Eduardo Pazuello, Queiroga reafirmou que teve autonomia para formar sua equipe por qualificação. "Entendo que o Presidente da República é o chefe do Estado e eu exerço um cargo de confiança do presidente", considera.

Com cerca de 7 milhões de testes RT-PCT estocados pelo Ministério da Saúde, em dezembro do ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) criticou a ausência de uma política nacional de monitoramento e planejamento da pandemia, e cobrou a entrega dos exames aos Estados. A validade da maior parte do estoque expirou no próprio mês de dezembro e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou prorrogar o prazo de uso por mais quatro meses. O TCU ordenou a destinação imediata dos kits em abril, mas o cardiologista disse que para serem enviados, os testes devem ser solicitados por governadores e prefeitos. Ele ainda prometeu um papel mais 'ativo" para ampliar a testagem.

Enquanto os testes fornecidos pela OPAS (Organização Pan-americana da Saúde) não têm destino, o ministro informou que vai aprimorar a testagem. "Nós vamos mudar essa política para ofertar o teste de antígeno rápido. Ele é capaz de oferecer uma resposta mais rápida e orientar melhor a questão do isolamento dos contaminados e seus contactantes".

Os trabalhos desta quinta (6) seguem no período da tarde com a oitiva do diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres.

Na manhã desta quinta-feira (6), foi a vez do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prestar depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid. Nesta semana, seus antecessores na pasta, Luiz Henrique Mnadetta e Nelson Teich, foram sabatinados pelo Senado.

Na investigação do Congresso referente às ações e omissões do governo federal no combate à pandemia, Queiroga pediu união e lembrou da reconhecida competência do Brasil em campanhas de vacinação. Ele estima que mais de 77 milhões de doses foram entregues e considerou o Programa Nacional de Imunização (PNI) um "sucesso" ao ressaltar que o país é o quinto que mais distribuiu vacinas em números absolutos.

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Há apenas 45 dias à frente da pasta, o ministro pedia um voto de confiança para prosseguir com o trabalho, quando recebeu a notícia de que a produção de vacinas pelo Instituto Butantan pode ter um novo atraso pela falta de insumos. o diretor Dimas Covas responsabilizou o governo federal pela a má relação a China, principal produtora.

Em postura evasiva, o cardiologista foi lembrado em mais de uma oportunidade pelo relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), de que deveria responder as perguntas com clareza, já que assume posição de testemunha. Questionado sobre as condições que levaram o Brasil a ser considerado um dos epicentros da pandemia, o cardiologista foi taxativo e disse que faltou "fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS)".

"Desde o primeiro dia da nossa gestão, tenho procurado fortalecer o programa de vacinação do Brasil e tenho procurado incentivar as medidas não farmacológicas", acrescentou.

Os trabalhos desta quinta (6) seguem no período da tarde com a oitiva do diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres.

Na manhã desta terça-feira (4), o primeiro ministro da Saúde a enfrentar a pandemia no Brasil, o ortopedista Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), abriu as oitivas da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado. A investigação avalia possíveis omissões do Governo Bolsonaro no enfrentamento ao vírus e o uso de recursos da União por Estados e municípios.

Na condição de testemunha, Mandetta fez uma breve explanação sobre o início da pandemia no período em que esteve à frente da pasta, entre o dia 1º de janeiro de 2019 e 16 de abril de 2020. Ele lembra que, através da Secretaria Executiva, manteve diálogo com Estados e municípios, promoveu reuniões diárias na tentativa de comprar insumos, montou uma escala entre servidores para atender ao fuso-horário chinês e orientou todo sistema em relação à testagem e disponibilidade de leitos.

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Sem máscaras já no começo da pandemia

“Todas nossas orientações foram assertivas, foram feitas pela ciência", ressaltou o ex-ministro, que pontuou que o repasse de medicamentos era monitorado pelo Serviço de assistência especializada (SAE) para evitar a briga judicial de Estados pela divisão dos insumos adquiridos.

"Nós ficamos quase a zero no Brasil de máscara. Não havia nem para a rede privada. Nosso sistema ficou extremamente vulnerável e próximo do colapso mesmo sem ter casos de Covid, naquele momento, em número suficiente", recorda ao comentar ainda sobre o início da pandemia, entre fevereiro e março, quando o mercado foi absolvido 'fúria de aquisição' de Estados Unidos e do mercado Europeu.

Questionado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) sobre a testagem em massa, que jamais ocorreu no Brasil, o médico aponta que acionou a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e a OMS (Organização Mundial da Saúde) para reverter a falta de capacidade de compra do país. "No mês de março, nós iniciamos toda aquisição com 24 milhões de testes. Não adianta comprar o teste, tem que processar de maneira automatizada [...] disparamos o processo de aquisição com todas as dificuldades, mas isso só foi assinado o recebimento dos testes [quando] já era o ministro Teich e depois soube que essa estratégia não foi utilizada. Essa era, de maneira muito clara, a nossa estratégia para diminuir o índice de transmissão”, respondeu.

O caminho era a Ciência

Na sua visão, a estratégia adotada pela primeira gestão da Saúde na pandemia não foi encorpada após sua demissão. "Tínhamos um caminho, tínhamos claramente que iríamos testar, bloquear o máximo de contágio e tratar, via tensão primária, e ampliar nosso atendimento na rede hospitalar. Nós não tomamos nenhuma medida que não tenha sido pela Ciência e é isso que é recomendado. Agora, a posteriori vimos parar muitas coisas e não colocar outras no lugar, a testagem é uma delas", apontou.

Ele verificou a disparada de preços de produtos fundamentais para os leitos, principalmente dos respiradores, e culpou a competição interna pela situação. Sem dispositivos no mercado, Mandetta diz que o Ministério "pacificou" a questão ao estimular a indústria nacional a produzir os respiradores no próprio território. "O Brasil foi o país que comprou respiradores pelo valor mais baixo do mundo e os entregou 100%. Isso não impede dos governadores e prefeitos tentarem comprar através de representantes, coisa que o Ministério da Saúde também tentou", acrescenta.

Nenhuma vacina foi oferecida

Sobre a demora na negociação de vacinas, o médico relatou que não chegou a criar um protocolo de aquisição pois os imunizantes ainda estavam nas fases iniciais de testagem e só foram oferecidos após sua saída. "Na minha época não foi oferecido, mas eu rezava muito para que fosse. Teria ido atrás delas como um prato comida. A gente sabia que a saída era pela vacina".

"O SUS é o melhor sistema para aplicar as vacinas, basta tê-las. Nós temos histórico de mega campanhas de vacinação [...] o SUS é muito bom, basta colocar os insumos. Nós nunca tivemos dificuldade em abastecê-lo", intercedeu pelo Sistema Único de Saúde.

O ex-ministro ainda é ouvido por senadores e os trabalhos da CPI seguem nesta terça (4) com a participação do sucessor da pasta, Nelson Teich, às 14h. O terceiro gestor, o general Eduardo Pazuello, estaria agendado para esta quarta (5), mas alegou uma gripe para não responder aos senadores. Na quinta (6), deve ser a vez do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antônio Barra Torres, participarem da comissão.

*Conteúdo em atualização

As doses da vacina AstraZeneca que chegaram neste fim de semana ao Brasil serão distribuídas em até 48 horas. A afirmação é do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista à TV Brasil.

Queiroga acompanhou na tarde de hoje a chegada de mais 2 milhões de doses da vacina, no aeroporto de Guarulhos, São Paulo. Na madrugada de hoje, há haviam chegado 1,7 milhão de doses. Somente neste domingo, foram cerca de 3,8 milhões de doses. Ontem (1º), chegaram mais de 200 mil doses. O total deste final de semana ficou em cerca de 4 milhões de doses.

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“No máximo, em 48 horas, elas serão distribuídas para todos os estados do Brasil”, disse o ministro, em Guarulhos.

Segundo Queiroga, essas doses são relevantes para o Programa Nacional de Imunização (PNI). “Vamos trabalhar muito fortemente para imunizar a população brasileira toda até o final de 2021 e assim voltarmos a nossa vida normal”, disse ele.

Minutos depois, em pronunciamento à imprensa, Socorro Gross, representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, que também acompanhou a chegada das doses em Guarulhos, disse que as vacinas trazem esperança para o mundo.

“O Brasil tem 4 milhões de doses agora de esperança. Vacinas são esperança para o mundo de que podemos retornar a um normal melhor”, disse.

Também em pronunciamento à imprensa, Queiroga ressaltou a importância das vacinas e do acordo feito com o consórcio Covax Facility para combater a pandemia.

“Teremos agora mais quatro milhões de doses de esperança. Sabemos que a vacina é um caminho para derrotarmos nosso único inimigo, o vírus”, destacou.

“Essas vacinas representam um esforço mundial para oferecer imunização à população de todo o mundo, que é vitimada por essa pandemia de covid-19. O Brasil aderiu a essa iniciativa [Covax Facility] em outubro de 2020 e alocou US$ 150 milhões para ter uma cobertura de 10% de sua população. Já devíamos ter recebido essas doses desde janeiro. Todavia, em função da dificuldade com vacinas em todo o mundo, só estamos recebendo agora. Mas isso é um grande avanço porque significa ampliação de nossas relações com a Organização Mundial de Saúde”, disse o ministro.

Esses três voos com as vacinas chegaram ao Aeroporto de Guarulhos, onde fica a Coordenação de Armazenagem e Distribuição Logística de Insumos Estratégicos para a Saúde (COADI) do Ministério da Saúde. De Guarulhos, essas doses serão distribuídas aos estados e municípios por meio do PNI.

Segundo o Ministério da Saúde, outras doses da vacina Oxford/AstraZeneca e da Pfizer/BioNTech devem chegar ao Brasil ainda neste semestre, por meio do mecanismo Covax/Facility. No total, o contrato do Ministério da Saúde com a aliança global prevê a entrega de 42,5 milhões de doses de vacina até o final deste ano.

Nesta segunda-feira (26), em audiência pública realizada no Senado, o ministro Marcelo Queiroga, titular da Saúde, declarou que é preciso “passar uma mensagem harmônica à sociedade”, dizendo ainda que o Brasil não precisa de “polêmica”. A declaração, que repercutiu durante sua fala à Comissão Temporária da Covid-19 no Senado, veio acompanhada de acusações aos governadores e prefeitos. 

"A aplicação da segunda dose tem sido impedida por governadores e prefeitos e agora, em face do retardo de insumo vindo da China ao Instituto Butantan, há uma dificuldade na aplicação desta dose", disse, quando questionado sobre o envio do imunizante CoronaVac. 

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O Plano Nacional de Imunização (PNI), também foi tema da sabatina, que questionou Queiroga sobre as constantes mudanças nos prazos de vacinação contra o novo coronavírus. "O Brasil é o quinto país que mais distribui doses de vacinas e ficam as pessoas aí na mídia criticando o tempo inteiro a campanha nacional de imunização, passando uma mensagem desencontrada para a sociedade brasileira", afirmou. Segundo ele, a dificuldade na entrega das vacinas é consequência do tamanho do país, de dimensões “continentais”. 

Com relação aos medicamentos do chamado kit intubação, Queiroga afirmou já ter aberto um pregão “nacional e internacional” para a compra dos remédios. "Em um curto prazo nós vamos anunciar também uma remessa desses insumos vindos dos Estados Unidos", finalizou.

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