Tópicos | ministro Milton Ribeiro

Em pronunciamento em canais de televisão e em emissoras de rádio, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, reforçou a sua posição favorável à volta às aulas presenciais, mesmo durante a pandemia da Covid-19. No discurso, na noite desta terça-feira (20), o gestor pediu, de maneira incisiva, para que estudantes e professores retornem às unidades de ensino, mesmo sem vacinação de toda a comunidade escolar.

“Solicitei, ao senhor ministro da Saúde, a priorização de todos os profissionais da educação básica, os quais já estão sendo vacinados. Entretanto, a vacinação de toda a comunidade escolar não pode ser condição para a reabertura das escolas”, declarou o ministro da Educação. “O Brasil não pode continuar com as escolas fechadas, gerando impactos negativos nesta e nas próximas gerações”, disse Ribeiro.

##RECOMENDA##

O Ministro também declarou que estados e municípios foram os responsáveis pelo fechamento das escolas, complementando que o Ministério da Educação (MEC) não tem poder para determinar o retorno. Se assim fosse, segundo Ribeiro, ele já teria determinado a retomada das programações físicas nas instituições, oferecendo protocolos de segurança contra o novo coronavírus, na educação básica e no ensino superior. Estados e municípios adotaram o fechamento para conter o avanço da doença, uma vez que órgãos de saúde indicaram o isolamento social como estratégia de combate à pandemia.

Levantamento

A pesquisa “Resposta educacional à pandemia de COVID-19 no Brasil”, desenvolvida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostrou que 99,3% das escolas brasileiras suspenderam as atividades presenciais em 2020, sob o medo da propagação do novo coronavírus. Desse grupo, o percentual de unidades de ensino que não voltaram às atividades físicas no ano passado foi de 90,1%.

Ao analisar por rede de ensino, o levantamento identificou que, na rede federal, 98,4% das instituições não retomaram as atividades, enquanto no universo municipal, 97,5% das escolas não voltaram às aulas. No âmbito estadual, o número foi de 85,9%, e no privado, 70,9%. “Diante desse contexto, mais de 98% das escolas do País adotaram estratégias não presenciais de ensino”, cravou o Inep.

O estudo do Instituto ainda comparou os números brasileiros com os cenários de outros países, no que diz respeito à maneira como as escolas se posicionaram durante a pandemia da Covid-19. Segundo o Inep, enquanto no Brasil a média de atividades suspensas foi de 279 dias, em nações como Chile e Argentina, por exemplo, o registro foi de 199 dias sem atividades presenciais.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou na manhã desta terça-feira (12), em entrevista à CNN, que o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) não será adiado novamente, mesmo que uma "uma minoria barulhenta" esteja pedindo. Com isso, a prova impressa segue agendada para os dias 17 e 24 de janeiro e a versão digital para os dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

"Não vamos adiar o Enem. Primeiro, porque tomamos todos os cuidados de biossegurança possíveis e queremos dar tranquilidade para você que vai fazer a prova, assim como aconteceu no (último) domingo, em menor proporção, claro, no exame da Fuvest”, disse Ribeiro. O ministro ainda citou um trecho bíblico afirmando que “a esperança que se adia adoece o coração” e reforçou que o governo não pode fazer isso com os estudantes.

##RECOMENDA##

Na entrevista, o ministro também afirmou que o Ministério da Educação (MEC) investiu mais recursos este ano para garantir o distanciamento social durante as provas. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão também responsável pela prova, estão sendo investidos, ao todo, R$ 64 milhões em medidas de segurança contra a Covid-19.

“Nós aqui do MEC também somos pais, também temos filhos, parentes. Não queremos colocar a qualquer custo os jovens em risco. Um semestre a menos, se a gente perder o Enem, vai atrapalhar totalmente toda a programação de acesso dos estudantes às escolas federais e às escolas públicas”, ressaltou o ministro da Educação.

LeiaJá também

--> Justiça nega pedido de adiamento do Enem 2020

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando