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A emoção predominou no semblante das milhares de pessoas participaram, neste domingo (17), da missa de corpo presente em homenagem ao ex-governador Eduardo Campos (PSB), ao assessor de imprensa Carlos Augusto , mais conhecido como Percol e ao fotógrafo Alexandre Severo vítimas de um acidente aéreo em Santos, São Paulo, na última quarta (13). O ato religioso foi celebrado pelo Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. Além dele, mais os bispos de Caruaru, Nazaré, Salgueiro, Petrolina e do estado da Paraíba.
##RECOMENDA##Durante o ato religioso ficaram próximos ao caixão de Campos, a esposa Renata e os filhos, a mãe do ex-governador, Ana Arraes, a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, a cúpula do PSB, entre eles o presidente da legenda Roberto Amaral.
As leituras da missa foram lidas por Pedro Henrique e João Campos, filhos do pernambucano a homilia, Saburido destacou a integridade de Eduardo e dos que morreram junto com ele. O arcebispo comparou a dor das famílias enlutadas com a mesma vivida pela mãe de Jesus. "Devemos permanecer de pé. Não podemos desistir do Brasil. Escutamos hoje um silêncio que incomoda e que clama por justiça. Esta morto um homem que tem suas convicções vivas", mencionou deixando entristeço o exemplo da Campos.
O religioso também enalteceu a amizade os falecidos. "No instante do acidente todos estavam unidos em torno de Eduardo como amigos. Tão grande era a amizade entre eles que estão todos aqui. Sentíamos nele um ser humano apaixonado pelo povo e isso o aproximou de muitos aqui", frisou o arcebispo.
A celebração iniciou com meia hora de atraso ao horário previsto. Logo depois a passagem dos populares para dar o último adeus ao socialista continuou.
Ao final da missa, foi cantada a música Assim como Zaquéu, que já foi tema de uma homanagem feita por Pedro Campos ao pai em vida. A dama do teatro pernambucano, Geninha Borges também leu o poema O último andar, de Cecília Meireles, que descreve a vida.
Confira o poema na íntegra:
No último andar é mais bonito:
do ultimo andar se vê o mar.
É lá que eu quero morar.
O último andar é mais longe:
custa muito a lá chegar.
Mas é lá que eu quero morar.
Todo o céu fica a noite inteira
sobre o último andar.
É lá que eu quero morar.
Quando faz lua, no terraço
fica tudo luar.
É lá que eu quero morar.
Os passarinhos lá se escondem,
para ninguém os maltratar,
no último andar.
De lá se avista o Mundo inteiro,
tudo parece perto, no ar.
É lá que eu quero morar:
no último andar.