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O Google deve o sucesso do seu motor de busca ao seu desempenho ou a práticas ilegais? Esta é a questão que o sistema judicial dos Estados Unidos tentará resolver a partir de terça-feira (12), o litígio mais importante que o gigante da Internet enfrenta.

De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a empresa de tecnologia consolidou sua posição dominante na internet por meio de contratos ilegais com empresas como Samsung, Apple e Firefox, para que estas instalem seu motor de busca como padrão em seus smartphones e serviços.

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Cerca de cem testemunhas devem depor perante um juiz federal durante as dez semanas de audiências previstas.

"Nosso sucesso é merecido", afirmou Kent Walker, diretor jurídico da Alphabet, a empresa-matriz do Google, em um comunicado.

"As pessoas não usam o Google porque não têm outra opção, mas porque querem. É fácil alterar o mecanismo de busca padrão, não estamos mais na era dos modems e dos CDs-ROM", acrescentou.

Este é o maior processo antimonopólio apresentado contra uma gigante tecnológica desde que o Departamento de Justiça enfrentou a Microsoft há mais de 20 anos pelo domínio do sistema operacional Windows.

Lançado em 1998, o processo do governo dos Estados Unidos contra a Microsoft terminou com um acordo em 2001, depois que um tribunal de apelações anulou uma decisão que ordenava a divisão da empresa.

O Google era então "o favorito do Vale do Silício como uma startup em ascensão que oferecia uma maneira inovadora de realizar buscas na internet", afirmou o departamento em sua queixa: "Esse Google desapareceu há muito tempo".

"Em 20 anos, a tecnologia progrediu muito, então o resultado deste caso terá um grande impacto no funcionamento das plataformas tecnológicas no futuro", disse John Lopatka, professor de direito na Faculdade de Direito de Penn State.

A ação se concentrará nos contratos que a gigante tecnológica assinou com fabricantes de dispositivos, operadoras de telefonia móvel (como T-Mobile ou AT&T) e outras empresas, nos quais, segundo o governo, deixa poucas oportunidades para concorrentes, como o Bing (Microsoft) e o DuckDuckGo.

O Google, cujo nome se tornou até um verbo para descrever a ação de buscar na internet, controla cerca de 90% deste mercado nos Estados Unidos e em todo o mundo, principalmente em smartphones, incluindo iPhones (Apple) e dispositivos que usam o sistema operacional Android, de propriedade do Google.

A empresa californiana, fundada em 1998 por Sergey Brin e Larry Page, alega que a popularidade de seu mecanismo de busca se deve à qualidade de seu serviço.

"Este é um assunto retrógrado", disse Walker, pois estamos "em uma era de inovação sem precedentes, com avanços em inteligência artificial, novos aplicativos e novos serviços que estão criando mais concorrência e mais opções para o público do que nunca".

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos processou o Google, nesta terça-feira (24), por "monopólio" no mercado da publicidade online, segundo um documento judicial, enquanto a ferramenta de buscas na Internet enfrenta outras queixas judiciais relacionadas à lei de livre concorrência.

A autoridade acusa o grupo californiano de ter abusado de sua posição dominante para excluir seus concorrentes, particularmente "tomando o controle de forma sistemática de uma ampla variedade de ferramentas de alta tecnologia, usadas por editores, anunciantes e outros atores do mercado", destacou.

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Segundo a ação, o Google mantém ilegalmente um monopólio, que "corrompeu a concorrência legítima no setor da tecnologia publicitária".

"O Google usou meios anticompetitivos, excludentes e ilegais para eliminar ou diminuir gravemente qualquer ameaça ao seu domínio sobre as tecnologias de publicidade digital", acrescenta.

O caso foi aberto pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ), juntamente com oito estados: Califórnia, Colorado, Connecticut, Nova Jersey, Nova York, Rhode Island, Tennessee e Virgínia.

O centro do caso é o domínio do Google no negócio de tecnologia publicitária, na qual as empresas confiam para suas necessidades de publicidade online.

Segundo os promotores, o Google "agora controla" o setor, o que significa que os criadores de sites na Internet ganham menos e os anunciantes pagam mais, enquanto a inovação é sufocada pela falta de concorrência no setor.

"Em seu afã por obter benefícios desmedidos, o Google gerou grande prejuízo aos editores e anunciantes online e aos consumidores americanos", disse, em nota, a vice-procuradora-geral dos Estados Unidos, Lisa Monaco.

É a vez do mestre do terror ficar "preocupado": Stephen King, autor de best-sellers aterrorizantes, explicou, nesta terça-feira (2), seus temores em um tribunal dos Estados Unidos sobre a crescente concentração no setor editorial.

O autor de livros como "O Iluminado" ou "It: a Coisa" testemunhou em Washington contra a proposta de fusão entre as editoras Simon & Schuster, com a qual tem contrato, e a gigante Penguin Random House, um acordo avaliado em quase US$ 2,2 bilhões.

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O governo americano se opõe à criação de um gigante com "influência grande demais sobre os autores e as obras que são publicadas e a quantidade de dinheiro que é paga aos autores", e pediu a Stephen King que seja sua testemunha principal no julgamento.

Vestido com terno e gravata cinzas que refletem a gravidade da situação, o escritor de 75 anos descreveu por quase uma hora a evolução do setor ao longo de sua longa carreira.

"Estou aqui porque acho que a consolidação é ruim para a competição", explicou.

"Estou no ramo de livros há cerca de 50 anos. Quando comecei, havia literalmente centenas de editoras. Uma a uma, elas foram compradas ou faliram", lembrou King.

Consequentemente, "está cada vez mais difícil para os escritores encontrar dinheiro suficiente para viver".

No centro da questão estão os pagamentos antecipados que as editoras oferecem aos seus autores antes de escreverem suas obras. Os recém-chegados geralmente não têm direito a tal pagamento, mas, para escritores de sucesso, as editoras competem pelo direito de publicar seus livros.

Stephen King revelou que seu primeiro cheque em 1974 foi de US$ 2.500 por "Carrie, a estranha", cujas vendas dispararam após sua adaptação cinematográfica.

Após vários outros sucessos de vendas, entre eles "O Iluminado", King ofereceu a seu editor reservar seus três livros seguintes por US$ 2 milhões. O editor rejeitou a proposta "com uma risada".

Com isso, Stephen King abriu sua obra para o mercado e teve uma série de sucessos na década de 1980 com editoras conhecidas, enquanto continuou publicando alguns de seus livros em casas menores e menos lucrativas.

"Tive a sorte de poder fazer isso, de parar de seguir minha conta bancária e poder seguir meu coração", disse Stephen King, que em 2012 defendeu uma maior tributação para os mais ricos nos Estados Unidos, incluindo sua própria fortuna.

Consciente de que é um privilegiado, King lamentou que seus colegas trabalhem "em um mundo difícil". Ao deixar a audiência, o autor acrescentou que estava "muito preocupado", enquanto assinava autógrafos para os fãs.

O julgamento tem previsão de durar duas semanas.

As denúncias feitas contra o Facebook por Frances Haugen, ex-funcionária da empresa, ganharam nova dimensão nos últimos dias. Desde a última sexta-feira (22), um consórcio chamado "The Facebook Papers", formado por 17 veículos jornalísticos dos Estados Unidos, incluindo New York Times, CNN e Washington Post, começou a publicar detalhes dos documentos vazados da empresa de Mark Zuckerberg.

Um dos arquivos publicados nesta segunda, 25, pelo site The Verge mostra que funcionários do Facebook criaram, no fim de 2019, uma classificação para diferentes países: Brasil, Índia e Estados Unidos foram colocados como a maior prioridade de monitoramento para a rede social. Segundo o site, a empresa configurou "salas de guerra" para acompanhar a rede continuamente nesses locais e alertar os funcionários da Justiça eleitoral de cada país sobre problemas.

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Outras pesquisas publicadas ontem pelo site Politico revelam que o Facebook sabe que domina o mercado de redes sociais - o que pode complicar os argumentos da empresa em processos antitruste nos Estados Unidos. Segundo pesquisas internas da companhia, cerca de 78% dos adultos americanos e quase todos os adolescentes usam os serviços da companhia de Mark Zuckerberg.

De acordo com documentos obtidos pelo New York Times, pesquisadores do Facebook começaram em 2019 um estudo sobre o botão "curtir" para avaliar o que as pessoas fariam se o Facebook removesse as reações de postagens no aplicativo de fotos Instagram.

Em memorando interno no mesmo ano, pesquisadores da empresa disseram que foi a "mecânica do produto principal" do Facebook que permitiu que desinformação e discurso de ódio se espalhassem pela plataforma. "A mecânica da nossa plataforma não é neutra", concluíram.

PESQUISAS

Os veículos tiveram acesso a documentos recebidos pelo Congresso americano, em grande maioria os materiais divulgados por Frances, que prestou depoimento no Senado dos Estados Unidos em 5 de outubro - na ocasião, ela expôs a lógica da empresa de valorizar o crescimento em detrimento da segurança dos usuários. As primeiras revelações de pesquisas internas do Facebook vieram em setembro com uma série de reportagens do Wall Street Journal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A empresa Valve, criadora da loja de games para computadores Steam, é alvo de um processo do estúdio Wolfire Games, responsável pelo site de compra de jogos Humble Bundle. A acusação alega monopólio de mercado por parte da Valve, que está ativa no setor desde 2003 e conta com a maioria dos títulos lançados no catálogo do serviço.

De acordo com o processo registrado em Washington, D.C. (EUA), a Valve vende para as desenvolvedoras a ideia de que lançar um game na Steam é garantia de sucesso. Ao mesmo tempo, mantém uma taxa de comissão de 30% por venda, valor considerado alto por muitos criadores.

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Além disso, a acusação também destaca que a Valve não permite aos desenvolvedores compensar a taxa e a oferecer jogos por preços mais altos do que os vistos nas plataformas concorrentes. Essa comissão varia de acordo com a loja. Na Epic Store, que entrou no mercado em 2018, é cobrado dos criadores 12%.

Uma situação parecida ocorreu em 2020, quando a Epic Games processou a Apple com a acusação de prática de preços abusivos nas tarifas de jogos vendidos na plataforma. Devido a polêmica, o jogo "Fortnite" (2017) foi retirado da App Store e também da Play Store. O julgamento do caso iniciou na última segunda-feira (3).

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (20), por 280 votos a 165, o regime de urgência para o Projeto de Lei 591/21, que autoriza a exploração dos serviços postais pela iniciativa privada, inclusive os prestados hoje em regime de monopólio pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), estatal 100% pública.

Pela proposta, de autoria do Poder Executivo, a União manterá para si os serviços mais básicos, como encomendas simples, cartas e telegramas (o chamado “serviço postal universal”).

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A proposta é considerada, por muitos parlamentares, a privatização dos Correios, embora não trate sobre a venda da estatal. O projeto é alvo de forte oposição de partidos contrários ao governo Bolsonaro e também teve voto contrário do MDB.

Vários partidos optaram por liberar o voto dos deputados diante da controvérsia. O deputado Edio Lopes (PL-RR), por exemplo, afirmou que o PL foi favorável à urgência mas não tem acordo sobre o tema do projeto.

Relator da proposta, o deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA) disse que vai conversar com todos os atores envolvidos e estabelecer amplo diálogo para construir um texto novo. Ele disse que é preciso modernizar a administração pública no contexto de aumento de gastos públicos.

“A dívida pública do País cresceu em larga escala durante a pandemia, por isso racionalizar os gastos públicos e modernizar a administração pública devem ser prioridade”, afirmou Cutrim. Ele disse que é preciso criar “instituições fortes sem interferências políticas”.

Falando em nome do governo, o deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) destacou que foi eleito um governo com agenda liberal, o que inclui privatizações. “O governo tem uma pauta liberal, e os setores têm de ser privatizados e regulados pelo governo”, disse. Neto destacou ainda que os Correios só registraram lucro em 2020 “porque acabou a roubalheira”.

O lucro de R$ 1,5 bilhão registrado em 2020 foi um dos argumentos contra a privatização da estatal. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) disse que a proposta vai na contramão do crescimento do País. “Em vez de o País ganhar dinheiro, modernizar as atividades dos Correios, em vez de nos espelharmos em mais de 80% dos países que têm serviços nacionais de correio, aqui a prioridade é vender o patrimônio público na bacia das almas”, criticou.

O líder da Minoria, deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ), destacou que a importância dos Correios aumentou sobremaneira na pandemia. “O que a gente vê é a tentativa de retirar uma empresa pública da concorrência no mercado. Querem acabar com uma empresa eficiente e com equilíbrio”, acusou.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

A seleta associação de jornalistas que premia o Globo de Ouro foi acusada nesta segunda-feira (3) de sabotar o trabalho de profissionais que não são membros, enquanto desfruta de luxuosos benefícios e um acesso sem precedentes às estrelas de Hollywood.

Um processo antimonopólio apresentado contra a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA) afirma que o grupo monopoliza ilegalmente a informação sobre o entretenimento em Los Angeles, ao mesmo tempo em que cria barreira quase impossíveis de ser superadas para a aceitação de novos integrantes.

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"Durante todo o ano, os membros da HFPA usufruem de viagens com todas as despesas pagas para festivais de cinema do mundo todo, onde são tratados com luxo e todos seus desejos realizados pelos estúdios", acusa o processo apresentado pela jornalista norueguesa Kjersti Flaa.

"Os candidatos qualificados para admissão na HFPA quase sempre são recusados, porque a maioria dos 87 membros não está disposta a compartilhar ou diluir os enormes benefícios econômicos que recebe", completou.

A HFPA tem influência considerável no mundo do cinema graças ao Globo de Ouro, um dos prêmios mais importante de Hollywood e que abre caminho para a glória no Oscar.

O processo para se tornar membro da HFPA, que dá direito a votar na premiação, é repleta de mistérios.

Embora alguns de seus integrantes trabalhem para respeitados veículos da imprensa estrangeira, muitos são independentes e escrevem em publicações desconhecidas.

"É claro que os estúdios se incomodam em ter que gastar enormes somas de dinheiro para satisfazer os desejos de algumas dezenas de jornalistas de idade avançada que regularmente são flagrados roncando durante projeções, mas, dada a importância do Globo de Ouro, não vêm maneira de por um fim a esta farsa", concluiu o processo.

Flaa solicitou a entrada na HFPA em 2018 e no passada, mas foi rejeitada ambas as vezes.

A HFPA, que nos últimos anos tem tentado atrair membros mais jovens e que é elogiada pelas obras de caridade, não respondeu imediatamente ao pedido da AFP por um comentário sobre o caso.

Depois de ser extinto e recriado no espaço de oito dias, o seguro por danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, o DPVAT, teve sua reestruturação aprovada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e terá o seu monopólio quebrado. Antes disso, irá consumir todo o excedente do fundo, ao todo R$ 5,8 bilhões.

O valor do DPVAT, cobrado em cota única no ato de pagamento do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) que irá vigorar nos próximos quatro anos será de R$ 5,23 para carros, R$ 10,57 para ônibus e micro-ônibus com frete, R$ 5,78 para caminhões e R$ 12,30 para motos.

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As reduções ultrapassam os 60% em relação a 2019 e o objetivo é zerar os valores excedentes à necessidade de cobertura de acidentes no ano, estimada em R$ 3,4 bilhões. Se não fosse utilizado o excedente do fundo, o DPVAT em 2020 seria de R$ 23.

Atualmente, apenas a seguradora Líder tem autorização para cobrar a taxa do DPVAT, o que vai mudar a partir de 2021, segundo a superintendente da Susep, Solange Vieira, que até agosto entrega o estudo para a quebra do monopólio ao CNSP.

Segundo Solange, o excedente do fundo será consumido em três anos. "A corrupção fez com que o cálculo atuarial do fundo tivesse erros e por isso subiu o valor", explicou.

Em 2015, uma operação da Polícia Federal intitulada "Tempo de Despertar" identificou fraudes sistemáticas que elevaram o fundo, que agora será usado em beneficio do consumidor, que pagará menos pela tarifa.

Para Vieira, a quebra do monopólio será fundamental para evitar novas fraudes. "O monopólio, por definição, tende a não ser eficiente. Agora o consumidor vai poder escolher em qual seguradora vai pagar o DPVAT", avaliou.

O presidente Jair Bolsonaro extinguiu o DPVAT no dia 11 de dezembro, mas uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) reativou a tarifa no último dia 19.

A Prefeitura abrirá uma brecha na liberação de aplicativos de transporte, como o Uber, para que apenas uma empresa do setor rode na cidade. A gestão Fernando Haddad (PT) já recebeu documentação de três empresas do ramo e agora deverá marcar uma data para realização de um leilão para a venda dos créditos que liberam essas empresas para trabalhar. O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que o único critério para essa compra será o preço - e permitirá que uma única empresa compre todos eles.

"Vamos definir uma data. As empresas que se credenciarem até essa data, a gente vai soltar os créditos em um mesmo dia", disse. "Uma empresa pode levar tudo. É preço", disse Tatto.

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Tatto minimizou os prejuízos de um eventual monopólio na cidade - e afirmou que outros leilões vão ocorrer. A data da oferta dos créditos não foi revelada.

Esses créditos são importantes porque, pelas regras da Prefeitura, permitem que empresas como a Uber operem de forma legalizada. Cada crédito dá direito a um carro da empresa a rodar 1 quilômetro e terá lance inicial de R$ 0,10. O total de créditos na primeira oferta não foi definido - deve superar os 500 mil créditos.

Tatto afirmou ainda que, nos leilões futuros, após o primeiro lote de quilômetros se esgotar, as ofertas seguintes terão preços diferenciados. Haverá créditos com lances iniciais mais baratos, mas exclusivos para determinada região da cidade ou determinado horário.

A classificação do serviço prestado pelos taxistas como um monopólio e a defesa da existência de serviços como o Uber constam de um estudo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), citado pela própria Prefeitura durante o processo de regularização do aplicativo. Este começou com a apresentação de um projeto de lei à Câmara Municipal, que não chegou a ser votado, e terminou com a edição de um decreto do prefeito.

O secretário de Transportes disse ainda que, no momento, especialistas estão aferindo as tecnologias existentes para que a Prefeitura possa fiscalizar as empresas que pretendem trabalhar no setor.

Mudanças

Como afago aos taxistas, opositores da liberação do Uber, Tatto confirmou ainda que vai mudar as regras de fiscalização dos taxistas, conforme adiantou ontem a Folha de S. Paulo: eles não terão mais de fazer vistoria anual nos veículos. Passarão a ser fiscalizados por amostragem ou após reclamações de usuários.

Tatto negou que a mudança seja uma "frouxidão" na fiscalização. Disse que o Departamento de Transportes Públicos (DTP) não fazia o serviço de forma eficiente. "Os caras (taxistas) chegam lá naquelas empresas credenciadas, trocam o pneu do táxis ou dão R$ 20 para o carro passar. Onde está a fiscalização nisso?"

"Você faz a fiscalização aleatória, e existem parâmetros científicos para isso, e também por denúncia", disse o secretário. "O conceito de fiscalizar é dar as prerrogativas para o cara operar. Em vez de você ter um time no DTP e nesses credenciados, você potencializa a fiscalização dessa forma."

Não há prazo para a mudança começar a valer. Ela ainda vai depender de estudos sobre a necessidade de adaptação da legislação e também sobre o pagamento de taxas anuais pelos taxistas à Prefeitura.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo trabalha na etapa final de estudos para licitar dois projetos de gasodutos de grande porte na Bacia de Santos e no Rio Grande do Sul, com valores estimados em R$ 2 bilhões. Os detalhes sobre o modelo de oferta desses dois empreendimentos, apurou o ‘Estado’, são costurados pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

Um primeiro gasoduto, com extensão de aproximadamente 200 quilômetros, vai ligar o litoral sudeste até o pré-sal da Bacia de Santos. O objetivo, segundo uma fonte graduada do governo, é oferecer esse empreendimento ao mercado por meio de "autorização", e não pelo formato tradicional de leilão.

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Uma segunda malha de transporte de gás, com aproximadamente 250 quilômetros de extensão, está prevista para ser instalada no Rio Grande do Sul. Essa rede fará a conexão do porto do Rio Grande a Porto Alegre. Cada projeto está orçado em aproximadamente R$ 1 bilhão.

Com a oferta de novas rotas de transporte para o gás natural, o governo pretende estimular a entrada de mais empresas no setor e, paralelamente, sinalizar à indústria consumidora dessa matéria-prima que o gás não é mais refém do monopólio imposto pela Petrobrás. Há anos a indústria critica a atuação da estatal no setor, acusada de dominar praticamente toda a cadeia do gás, desde a extração até o transporte, produção e distribuição para consumo.

A ideia do governo é que o novo gasoduto que chegará à Bacia de Santos seja mais uma opção de escoamento à estrutura já instalada na região pela Petrobrás, além de outras duas estruturas que estão em andamento.

Até então, a oferta de gás natural dos campos do pré-sal tinha planos de ser transportada por três vias de escoamento: as rotas Caraguatatuba (SP), Cabiúnas e Maricá (ambas RJ).

Limitação.

 

No caso da nova malha prevista para o Rio Grande do Sul, o objetivo é garantir o abastecimento de uma região que hoje sofre com a oferta limitada de gás natural. A viabilidade desse empreendimento, no entanto, depende da instalação de uma planta de regaseificação no porto de Rio Grande, além de uma usina térmica a gás na região.

A indústria usuária do gás tem pressionado o governo por medidas reguladoras para estimular a redução do preço do insumo no País. O gás brasileiro custa mais que o dobro do preço praticado nos Estados Unidos. A agenda do governo, porém, não passa por nenhuma intervenção direta nas regras do jogo.

Mais oferta.

 

A queda do preço do gás, segundo uma fonte do governo, terá de passar exclusivamente pela oferta de novas áreas de exploração.

Essa oferta ocorrerá no primeiro semestre do ano que vem, quando a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realiza a 13.ª rodada de licitações. "Não se avalia uma intervenção direta no setor. O que o governo busca é aumentar a oferta. Não adianta querer reduzir o preço do gás, se não há insumo para atender o mercado", disse essa fonte.

No leilão de 2015, o plano é priorizar a oferta de jazidas de gás em terra, que envolvem um processo de produção mais barato do que aquele realizado no mar. As áreas prioritárias são a Bacia do Parecis, em Mato Grosso, a Bacia do Acre e a Bacia do Parnaíba, no Maranhão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Braskem anunciou nesta terça-feira, 17, a compra da concorrente Solvay Indupa, segunda maior fabricante de PVC do Brasil. O acordo foi avaliado em US$ 290 milhões, o equivalente a US$ 0,085 por ação da Solvay Indupa detida pela Solvay Argentina. O Grupo Solvay, controlador da companhia, detém 70,59% do capital social votante e total da Solvay Indupa, que por sua vez controlava a Solvay Indupa do Brasil e a Solalban Energía. Com a operação, a Braskem se tornará acionista indireta das duas empresas.

"Em decorrência da aquisição, a Braskem deverá lançar oferta pública de aquisição das ações representativas de 29,41% do capital da Solvay Indupa negociadas na Bolsa de Comércio de Buenos Aires (...) e pretende ainda promover o cancelamento do registro da Solvay Indupa perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM)", destacou a Braskem em comunicado. O acordo ainda está sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), entre outras condições operacionais não reveladas pela Braskem.

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Com a aquisição, a Braskem se torna a única fabricante nacional de PVC, condição que já possui nos mercados de polietilenos (PE) e polipropileno (PP) desde que anunciou a aquisição da Quattor, em 2010. Além disso, passa a operar um ativo em território argentino.

A Solvay Indupa tem capacidade instalada para produzir 240 mil toneladas de PVC e 180 mil toneladas de soda cáustica em Bahía Blanca, na Província de Buenos Aires. Além disso, a unidade localizada em Santo André (SP) produz 300 mil toneladas de PVC e 170 mil toneladas de soda.

Concluída a operação, a capacidade instalada da Braskem no mercado de PVC saltará de atuais 800 mil toneladas para 1,250 milhão de toneladas de PVC, o equivalente a pouco mais da metade do mercado sul-americano. Além disso, a capacidade de soda cáustica produzida pela companhia será ampliada para 890 mil toneladas.

"Para a Braskem, a aquisição tem como objetivo fortalecer seu negócio de vinílicos e a cadeia vinílica no Brasil e na Argentina, diante da crescente demanda regional por PVC e Soda", destacou a petroquímica brasileira no comunicado. "A aquisição contempla ainda potenciais sinergias e melhorias de escala para que a Braskem se consolide como competidor relevante no mercado internacional", complementou a Braskem.

Segundo o analista da Money Map Press, Keith Fitz-Gerald, as rivais Apple e Microsoft tem tudo para serem uma empresa só em até dez anos. Segundo ele, tecnologia agora é a aposta do mercado no que tange investimentos, por conta disso são que coisas impensáveis podem acontecer: trabalhos de parceria entre a gigante de Bill Gates e de Steve Jobs. 

Fitz-Gerald afirma em sua análise que as empresas terão que lidar contra outros rivais: Facebook, Google e Android. O analista continua a defesa dizendo que um dos motivos que o levou a pensar nisso é a conectividade dos gadgets. O analista acredita que hoje em dia os equipamentos, como exemplo os televisores, vêm cheios de aplicativos sociais em que o que menos importa são as marcas. Resta saber se o governo norte-americano aprovará a megafusão das duas maiores companhias da área de tecnologia.

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A Polícia Civil de Pernambuco divulgou nesta quarta-feira (21) o balanço final da Operação Oriente II, que culminou na identificação de um grupo de chineses suspeitos de manter um esquema de monopólio no comércio do Recife. A quadrilha importa produtos e obriga que os comerciantes comprem apenas a eles e quem descumprir a regra pode ser executado.

“As investigações começaram após a tentativa de homicídio de Chen Mingyong, no dia 27 de maio deste ano. Identificamos os envolvidos, que também são chineses e chefiam essa imposição de monopólio na distribuição de mercadorias no centro, mas atualmente eles estão foragidos”, explicou o delegado Alfredo Jorge.

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Dos sete envolvidos, seis possuem mandado de prisão preventiva expedido e três tem processo aberto na Polícia Federal (PF). Segundo Alfredo Jorge, após a tentativa de homicídio um dos suspeitos, o Lin Jiankan, conseguiu retornar para a China e outro chegou a ser baleado em Fortaleza, mas não foi encontrado nos hospitais.

A operação deflagrada nessa terça-feira envolveu a Secretaria de Defesa Civil (SDS), a Receita Federal e a Secretaria da Fazenda. Oito chineses foram detidos e encaminhados à PF. Um deles está no Brasil de forma irregular e por isso foi aberto um processo de extradição do comerciante. 

“Esses chineses montam um esquema quando chegam aqui. Os clandestinos utilizam o passaporte dos que estão no país de forma legal, o que dificulta na identificação dos irregulares. Eles também assumem um codinome brasileiro, que normalmente é utilizado por três ou quatro deles”, afirmou o delegado Joselito do Amaral, diretor de Polícia Especializada.

De acordo com Anderson Amaral, Diretor de Operações da Secretaria da Fazenda, a ação interditou quatro galpões, duas lojas e também solicitou o cancelamento de uma empresa em Caruaru. “A estimativa inicial é as mercadorias apreendidas totalizem entre R$ 700 mil a R$ 1 milhão, valor que pode ser ainda maior”, assegurou.

Nos mandados de busca e apreensão os agentes encontraram dois cofre, em imóveis localizados no centro do Recife e em Boa Viagem, e um revólver num galpão da Rua Imperial. A chinesa Liu Jian, 43, conhecida como Helena, foi presa por posse ilegal de arma de fogo, mas pagou fiança e foi liberada. Nas residências os policiais apreenderam R$ 210 mil e 1.700 em moeda chinesa.

A ONG norte-americana de defesa ao consumidor, Watchdog, enviou nesta quarta-feira (12) uma carta de protesto à Comissão do Comércio Federal dos Estados Unidos se pronunciando contra a aquisição do Waze pelo Google, anunciada na última terça-feira (11) pelas empresas.

O texto afirma que ao adquirir o sistema de navegação por satélite Waze, o Google estaria praticando monopólio por já deter a posse do Google Maps, seu antigo rival antes do comunicado de junção. “O Google já domina o serviço de mapeamento online com o Google Maps”, escreveu o diretor da ONG, John M. Simpson, em carta oficial.

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John chama atenção ao fato de que o próprio CEO do Waze, Noam Bardin, publicamente descreveu o Google como seu único concorrente, durante a D11, conferência realizada em maio pelo site All Things Digital. Ele encerra o texto com a afirmação de que caso a compra da empresa pelo Google seja oficializada, será removida qualquer competição significativa e os consumidores é que irão sofrer os prejuízos.

O valor da venda não foi divulgado, mas especula-se que o Google tenha desembolsado mais de 1 bilhão de dólares pela compra da empresa.

O cenário da mídia brasileira, com seu pequeno número de grandes grupos e meios de comunicação regionais muito dependentes do poder dos Estados, é uma espécie de "país dos 30 Bersluconi" e coloca em perigo a independência da informação, segundo um relatório publicado nesta quinta-feira (24) pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

"O Brasil apresenta um nível de concentração de mídia que contrasta totalmente com o potencial de seu território e a extrema diversidade de sua sociedade civil", explica a ONG de defesa da liberdade de imprensa.

"O colosso parece ter permanecido impávido no que diz respeito ao pluralismo, um quarto de século depois da volta da democracia", assinala a RSF, recordando que em 2012 houve 11 jornalistas assassinados no país.

Segundo a ONG, um dos problemas endêmicos do setor da informação no Brasil é a figura do magnata da imprensa, que "está na origem da grande dependência da mídia em relação aos centros de poder".

"Dez principais grupos econômicos, de origem familiar, continuam repartindo o mercado da comunicação de massas", lamenta a RSF.

Sempre segundo a RSF, a este sistema se acrescenta a censura na internet e denúncias que levaram ao fechamento de blogs durante as eleições municipais de 2012.

Nesse sentido, citou o caso do diretor do Google Brasil, que ficou preso brevemente por não retirar do YouTube um vídeo que teoricamente atacava um candidato a prefeito.

A organização faz referência a Fábio José Silva Coelho, que foi preso pela Polícia Federal em setembro passado a pedido do candidato a prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal.

Para reequilibrar o cenário da mídia brasileira, a Repórteres Sem Fronteiras recomenda reformar a legislação sobre a propriedade de grandes grupos e seu financiamento com publicidade oficial, assim como a melhoria da atribuição de frequências audiovisuais para favorecer os meios de comunicação e um novo sistema de sanções que não inclua o fechamento de mídias ou páginas, entre outras medidas.

O executivo-chefe da Apple, Tim Cook, e o presidente do conselho da China Mobile, Xi Guohua, se reuniram nesta quinta-feira, alimentando esperanças de que a maior operadora móvel do mundo logo comece a oferecer o iPhone a seus milhões de clientes.

Segundo a China Mobile, a reunião ocorreu em sua sede, em Pequim, durante a visita de Cook à China, a segunda em menos de um ano. A operadora, no entanto, não divulgou detalhes do encontro, citando um "acordo de confidencialidade". O porta-voz da Apple na capital chinesa não pôde ser localizado para fazer comentários.

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Ganhar acesso aos mais de 700 milhões de assinantes da China Mobile seria um grande passo nos esforços da Apple de se expandir na China, o maior mercado de smartphones do mundo.

No quarto trimestre fiscal, encerrado em setembro, as vendas da Apple na China totalizaram US$ 5,7 bilhões, representando cerca de 16% do resultado global da empresa. No mês passado, as vendas do iPhone 5, a última versão do smartphone da Apple, ultrapassaram 2 milhões de unidades no fim de semana de seu lançamento na China. As informações são da Dow Jones.

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