Tópicos | MPF-DF

O Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) encaminhou recomendação, na última terça-feira (23), à presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e ao Ministério da Economia, para abertura de um novo edital para a autarquia. O documento estabelece o prazo de 30 dias para autorização do novo certame.

Entre os fatores que motivaram a recomendação, estão: déficit de cerca de 10 mil funcionários; iminência de nove mil servidores em “abono de permanência que podem, portanto, se aposentar a qualquer tempo”, e o grande número de ações judiciais questionando a incapacidade do órgão na prestação de benefícios (espera para resposta de pedidos que pode chegar a mais de um ano, o que atinge, fundamentalmente, idosos, pessoas com deficiência e mulheres em licença maternidade).

##RECOMENDA##

Em relação ao quantitativo de vagas, o documento estipula que “o Ministério da Economia, em conjunto com o INSS, realize estudos para quantificar o número ideal de vagas/cargos”. Ainda segundo a recomendação, o cronograma do concurso, desde a realização do certame até a posse dos aprovados, não deve ultrapassar o prazo de 180 dias. Confira a recomendação na íntegraaqui.

O Ministério Público Federal no Distrito Federal ratificou a denúncia apresentada em junho pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Rodrigo Rocha Loures, ex-deputado federal (PMDB-PR) e ex-assessor especial do presidente Michel Temer.

A denúncia atribui a Michel Temer e a Rodrigo Rocha Loures o crime de corrupção passiva no caso da entrega da mala de R$ 500 mil do Grupo J&F ao ex-assessor do presidente, flagrada em filmagem. Após a Câmara barrar o prosseguimento da denúncia contra Temer, o relator do inquérito no STF, Edson Fachin, enviou para a primeira instância a parte da acusação formal que trata de Loures. O caso está na 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal.

##RECOMENDA##

A acusação formal feita por Janot, e ratificada pelo procurador da República no Distrito Federal Frederico Paiva, aponta Rocha Loures como um intermediário entre Temer e o dono da JBS Joesley Batista em relação a negociações de propina.

O ex-deputado foi flagrado levando uma mala de R$ 500 mil ao deixar um restaurante em São Paulo, que lhe foi entregue pelo então executivo da JBS Ricardo Saud. Além dos R$ 500 mil, a denúncia de Janot afirmou que Loures e Temer "ainda aceitaram a promessa de vantagem indevida no montante de R$ 38 milhões".

Os pagamentos teriam como finalidade garantir a atuação do grupo político de Temer em assuntos de interesse da JBS no Cade. A empresa tem um processo pendente do órgão de controle econômico relacionado à venda de gás por parte da Petrobras à termoelétrica EPE - o valor da propina, supostamente "em benefício de Temer", como relataram executivos da JBS, é correspondente a 5% do lucro que o grupo teria com a manobra.

Em relação a Loures, a acusação também pede que o ex-deputado seja condenado a pagar uma multa de R$ 2 milhões por dano moral coletivo.

Quando houve a denúncia, em junho, Temer se tornou o primeiro presidente da República a ser denunciado no exercício do mandato. Posteriormente, em uma segunda denúncia do ex-procurador-geral, Temer foi acusado formalmente de ser o líder de uma organização criminosa integrada pelo núcleo do PMDB da Câmara e de ter obstruído a justiça por meio da compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro. A Câmara não deu aval para que o STF pudesse analisar as duas denúncias contra Temer.

A defesa de Rodrigo Rocha Loures afirma que a denúncia se baseia em provas que devem ser anuladas.

"Há duas nulidades. A primeira é a gravação de Joesley com o presidente, que foi uma armação, uma manipulação do Ministério Público. A segunda é a ação controla (em que foi filmada a entrega da mala), porque não houve autorização judicial", afirmou o advogado Cezar Bitencourt.

"Achamos que a denúncia é inadequada, imprópria, abrange fatos que não correspondem à realidade. Mas ainda vamos examinar a manifestação", disse o defensor de Rocha Loures.

O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta quinta-feira (1°) que propôs uma ação por improbidade administrativa contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Renan deixou de fornecer ao MPF informações necessárias para subsidiar um inquérito que apura supostas irregularidades na ocupação de cargos comissionados na Casa legislativa.

Segundo o Ministério Público, foram enviados ao presidente do Senado sete ofícios reiterando o pedido de explicação, mas não houve respostas. Diante disso, "o órgão ministerial instaurou um segundo inquérito - desta vez para apurar a conduta do presidente do Senado - e que teve como desdobramento o oferecimento da ação judicial". Na petição inicial, o MPF detalha o que foi feito ao longo de dois anos para garantir o fornecimento das informações.

##RECOMENDA##

Em nota, o MPF explica que o procedimento foi aberto em outubro de 2013 "para apurar a existência de desproporção entre o número de servidores efetivos e comissionais no quadro de pessoal do Senado, bem como se havia desvio de função por parte dos ocupantes de cargos em comissão. O primeiro ofício foi enviado ainda no mês de outubro daquele ano e apresentava uma lista de questionamentos a serem respondidos pelo presidente do Senado".

Além da relação de ocupantes de cargos comissionados, o MPF solicitou, à época, informações referentes à remuneração e lotações desses funcionários, horário de expediente e a atividade desenvolvida pelos profissionais. Também foi perguntado se eles desempenhavam atividades de direção, chefia e assessoramento e se eram ou não filiados a partidos políticos. O presidente do Senado deveria, ainda, explicar como é feito o controle de frequência dos comissionados e a quantidade de candidatos aprovados em concursos públicos - ainda vigentes - que aguardavam nomeação.

Na ação, o procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes ressalta que, por lei, a requisição ministerial possui caráter coercitivo, impositivo e obrigatório, e que foi feita de acordo com o que prevê a legislação. "Todos os ofícios foram encaminhados via Procuradoria-Geral da República (PGR), conforme previsão legal. Dessa forma, ao ignorar as solicitações, o presidente do Senado cometeu improbidade administrativa por ato que atenta contra os princípios da Administração Pública: retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício", cita a nota.

O pedido do MPF é para que Renan Calheiros seja condenado às sanções previstas no artigo 12 da Lei 8.429/92, que estabelece, por exemplo, a perda da função pública, suspensão de direitos políticos por até cinco anos e o pagamento de multa. Além de propor a abertura de processo por improbidade, o Núcleo de Combate à corrupção da Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF), onde tramita o procedimento, encaminhou o inquérito ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a quem cabe apresentar eventual ação penal contra o presidente do Senado.

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) decidiu nesta terça-feira, 27, instaurar inquérito civil para apurar denúncias de supostas violações de direitos humanos de cubanos participantes do programa Mais Médicos. De acordo com nota divulgada pela assessoria da Procuradoria da República no Distrito Federal, o objetivo "é verificar se as condições de trabalho oferecidas aos 'intercambistas' estão de acordo com as normas internas e internacionais de proteção aos direitos humanos, cuja defesa compete ao MPF".

A investigação será conduzida pelo 5.º Ofício de Cidadania da Procuradoria da República do Distrito Federal. Segundo a nota, nesta terça-feira foram pedidas informações aos ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Educação, Aloizio Mercadante, e às Organizações Pan-Americana (Opas) e Mundial de Saúde (OMS). O Ministério Público Federal quer ter acesso à cópia do "Acordo de Cooperação técnica para ampliar o acesso da população brasileira à atenção básica em saúde", que foi assinado pelo governo no dia 21 com a Opas. Após o recebimento do pedido de informações, as autoridades têm 15 dias para responder aos questionamentos.

##RECOMENDA##

O MPF-DF irá apurar se os gestores do Ministério das Cidades cometeram improbidade administrativa ao adulterar parecer técnico que vetava substituição do projeto de linha rápida de ônibus (BRT) pela construção de um veículo leve sobre trilhos (VLT). A alteração elevou o gasto do projeto de modernização do transporte em mais de R$ 700 milhões.

Já o MPF-MT e o MP-MT irão dar prosseguimento às investigações, já abertas, sobre as repercussões da mudança de projetos aprovada no Ministério das Cidades, como custos, financiamento e impactos, além apurar possíveis responsabilidades civis ou criminais que envolvam  pessoas de fora da pasta. “Isso [as revelações de supostas fraudes] faz com que a gente agora preste mais atenção e busque mais esclarecimentos sobre a possibilidade de implantação ou não desse modal”, disse o promotor estadual Clóvis de Almeida Junior.

##RECOMENDA##

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a fraude teria ocorrido na Nota Técnica nº 123/2011/DeMOB/SeMOB/MCIDADES, de 8 de agosto de 2011, produzida pelo analista de infraestrutura Higor de Oliveira Guerra, que era contrária à troca de modal de BRT para VLT. Depois de ordens superiores, o documento teria sido adulterado por Cristina Maria Soja, gerente de Projetos do Ministério das Cidades, e Luiza Gomide de Faria Vianna, diretora de Mobilidade Urbana do órgão, para demonstrar posicionamento favorável da área técnica.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando