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A partir desta terça-feira (21), a Prefeitura do Recife vai iniciar a vacinação contra a varíola causada pelo vírus mpox para os moradores da capital. Conforme definição do Ministério da Saúde (MS), nesta primeira fase da campanha receberão o imunizante as pessoas que vivem com HIV/aids e os profissionais de laboratórios que atuam em locais de exposição ao vírus. A capital pernambucana recebeu, nesta segunda-feira (20), 65 doses da vacina enviadas pelo MS.

A estratégia de vacinação tem como objetivo principal a proteção dos indivíduos com maior risco de evolução para as formas graves da doença, dentro do atual contexto de transmissão observado no Brasil. A vacina utilizada será a MVA-BN Jynneos Mpox, cujo uso foi aprovado de forma emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para bloquear a transmissão da doença. A imunização será realizada em duas doses, com 4 semanas (28 dias) de intervalo entre elas.

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Para facilitar a imunização dos públicos-alvo, os profissionais da Secretaria de Saúde do Recife vão realizar a busca ativa dos moradores da capital que atendem aos critérios elegíveis e realizam tratamentos nos dois Serviços de Atenção Especializada (SAE) do município, localizados nas Policlínicas Lessa de Andrade, na Madalena; e Gouveia de Barros, na Boa Vista. Essas pessoas serão informadas, por telefone e pelo site ou aplicativo Conecta Recife, sobre os detalhes da imunização e poderão agendar o dia e horário de sua preferência para receber a vacina.  

Conforme definição do Ministério da Saúde, nesta primeira fase serão contemplados com a vacinação pré-exposição ao vírus: homens, pessoas transexuais e travestis a partir de 18 anos que vivem com HIV/aids e têm status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses; profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3) e que tenham entre 18 e 49 anos. 

Já no grupo de pós-exposição ao vírus, poderão receber o imunizante os indivíduos entre 18 e 49 anos que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas com suspeita ou confirmação de mpox. 

Neste caso, a exposição precisa ser classificada como de alto (contato direto com a pele, mucosas ou materiais potencialmente infecciosos de pessoas com quadro suspeito ou confirmado da doença) ou médio risco (apenas contato próximo com uma pessoa com teste positivo para o vírus). Essas pessoas devem buscar o serviço em até 4 dias após a exposição. 

É importante destacar que aqueles que já foram diagnosticados com mpox ou apresentarem uma lesão suspeita no momento da vacinação não deverão receber a dose. 

Além disso, para a vacinação pré-exposição é recomendado um intervalo de 30 dias entre qualquer vacina previamente administrada. Já aqueles que estiverem em situação de pós-exposição, a recomendação é que a aplicação seja realizada independentemente da administração prévia de qualquer imunobiológico.

A capital pernambucana confirmou, entre 11 de julho de 2022 e 13 de março de 2023, 212 casos de mpox. Não houve registro de óbito. A doença, anteriormente chamada de monkeypox, é transmitida, principalmente, por meio de contato com sangue, suor, secreções respiratórias, feridas de pele ou mucosas de pessoas infectadas, além do toque em objetos e superfícies contaminadas.

Os sintomas de mpox, geralmente, começam a aparecer três semanas após a contaminação com o vírus. As feridas da doença podem se espalhar por todo o corpo (rosto, dentro da boca, braços, pernas, peito, genitais ou ânus). 

As lesões passam por diversos estágios, mas, na fase inicial, se assemelham a espinhas. Outros sintomas podem surgir, como forte dor de cabeça, caroço em região de pescoço e virilha, dores nas costas, dores musculares, falta de energia e calafrios. A doença tem período limitado e determinado, com duração, normalmente, de duas a quatro semanas. 

Confira abaixo quem pode tomar a vacina contra mpox:

Vacinação e pré-exposição

Homens, pessoas transexuais e travestis a partir de 18 anos vivendo com HIV/aids (PVHA) com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses. Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3) e que tenham entre 18 e 49 anos. 

acinação e pós-exposição

 Pessoas, entre 18 e 49 anos, que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco.7

 

A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) informou que 574 casos suspeitos de monkeypox - antes chamada de varíola dos macacos - seguem em investigação. Do início do surto no ano passado até essa terça-feira (14), o estado confirmou 341 diagnósticos da doença.

Ainda de acordo com a pasta, ao todo, 2.143 casos de mpox foram notificados, sendo 1.228 descartados. Nenhuma morte relacionada à doença foi confirmada em Pernambuco.

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Dos 341 casos confirmados, a faixa etária mais suscetível ao vírus foi entre 20 e 39 anos, com 223 casos. Crianças e jovens até 19 anos somam 31 casos, enquanto pessoas entre 40 e 59 anos acumularam 79. Já idosos a partir dos 60 anos somam oito casos.

A campanha de imunização contra a monkeypox começa nesta segunda-feira (13). A expectativa é que 47 mil doses sejam distribuídas pelo Ministério da Saúde. O esquema, que conta com duas doses, vai priorizar pessoas com HIV/aids e profissionais de laboratório expostos ao vírus. 

O Brasil notificou 50.803 casos suspeitos da Mpox, sendo 10.301 confirmados, correspondente a 20,3%. A vacina "Jynneos/Imvanex", da Bavarian Nordic A/S., foi aprovada em agosto do ano passado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

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As doses serão distribuídas conforme a exposição ao vírus. Para evitar a contaminação de pessoas com HIV/aids, os pacientes serão priorizados devido à vulnerabilidade do sistema imunológico. Profissionais de laboratório, entre 18 a 49 anos, que trabalham com a família do vírus da varíola, com nível de biossegurança 3, também terão prioridade. Nesses dois grupos, o recomendado é que o imunobiológico seja aplicado após um intervalo de 30 dias de qualquer vacina. 

Já para quem esteve exposto ao vírus, serão aplicadas vacinas em pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pacientes e pessoas suspeita. Quem já contraiu a monkeypox ou apresentar lesão suspeita não deverá ser vacinado. 

A vacinação contra a mpox começa em março. O Ministério da Saúde informa que vai distribuir 47 mil doses da vacina contra a doença aos estados e ao Distrito Federal.

Segundo a pasta, os imunizantes serão enviados de acordo com o andamento da vacinação e com as demandas de cada unidade federativa. A data do início da imunização ainda não foi definida.

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Nessa primeira fase, terão prioridade pessoas com maior risco de evolução para as formas graves como, por exemplo, portadores do vírus da Aids e profissionais de laboratórios. De acordo com o Ministério da Saúde, esse público-alvo inicial representa cerca de 16 mil pessoas.

O estado do Rio de Janeiro chegou a 1.330 casos confirmados de varíola dos macacos, ou mpox, nome recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Outros 3.163 casos suspeitos foram descartados e ainda há 321 em investigação, além de 149 apontados como prováveis, cujos testes foram inconclusivos ou o material não chegou a ser coletado, mas os sintomas são compatíveis com a doença.

Os dados constam no painel do Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (CIEVS), da Secretaria de Estado de Saúde (SES). A região metropolitana 1 (capital e baixada fluminense) concentra 84,36% dos casos, com um total de 1.122. Já a região metropolitana 2 (Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí) tem 10,53%, ou 140 casos.

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Histórico e sintomas

Os dois primeiros registros de mpox no Rio de Janeiro ocorreram na semana epidemiológica 24, de 11 a 17 de junho de 2022, e tiveram um aumento acentuado, chegando ao pico de 150 casos na semana 31, entre 30 de julho e 5 de agosto. Desde setembro os registros vêm caindo significativamente, com menos de 50 casos por semana, e nas duas últimas semanas do ano foram registrados dois casos em cada.

Os sintomas mais comuns entre os casos confirmados são: lesões espalhadas pela pele (em 1.123 pacientes); febre de início súbito (757 pacientes); lesão genital (570 pessoas); adenomegalia ou linfonodos, conhecidos como ínguas (542 registros); cefaléia ou dor de cabeça (505 pessoas); e astenia ou fraqueza (379 pacientes).

Entre os casos que tiveram a confirmação da forma de transmissão, 35,41% ocorreu por contato sexual. Outros 2,71% tiveram comprovadamente contato com casos de mpox.

Em novembro, a OMS recomendou que seja adotado mundialmente o nome de mpox para a doença, para evitar conotações racistas relatadas por diversos grupos. O atual nome foi criado após o vírus ser descoberto em macacos, em 1970.

Quando a pandemia da Covid-19 parecia estar controlada, o mundo reacendeu o estado de alerta com a varíola dos macacos. No Brasil, a primeira confirmação ocorreu dia 9 de junho, em São Paulo. Nessa altura, a Organização Mundial de Saúde (OMS) havia registrado mais de 1.000 casos em 29 países. 

Em julho, a doença já estava fora de controle e foi classificada pela OMS como uma emergência de saúde global. Desde a alta na proliferação, em maio, a epidemia já havia alcançado 15.800 pessoas em 72 países. 

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Em setembro, as Américas se tornaram o epicentro da doença e a primeira morte no Brasil foi confirmada no dia 12 do mês seguinte. Em um anúncio feito pela OMS no último dia 28, a nomenclatura da varíola foi alterada para 'mpox' -uma abreviação de monkeypox.  

Os últimos registros indicaram que 81.107 pessoas foram infectadas em 110 países, e 55 mortes foram relatadas à OMS. Contudo, os números ainda crescem enquanto os serviços de saúda ainda encontrar dificuldades para controlar a transmissão.

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A varíola do macaco - monkeyox, em inglês - passará a se chamar mpox em todos os idiomas, anunciou a Organização Mundial de Saúde nesta segunda-feira (28).

Ambos os nomes serão usados durante um ano, até o termo varíola do macaco ser substituído por completo, especificou a OMS.

A organização, com sede em Genebra, tem autoridade para nomear novas doenças e, muito excepcionalmente, mudar o nome das já existentes.

"A questão do uso do novo nome em diferentes idiomas foi amplamente discutida. O termo mpox pode ser usado em outras línguas", afirmou a OMS.

Se o nome se mostrar problemático em qualquer idioma, a OMS iniciaria consultas com as autoridades competentes.

Quando o surto de varíola do macaco começou, na primavera de 2022, "declarações racistas e estigmatizantes" foram observadas online, o que levou alguns países e indivíduos a pedirem uma mudança de nome, lembrou a OMS.

A varíola do macaco recebeu esse nome porque foi originalmente identificada em macacos destinados à pesquisa na Dinamarca em 1958, mas a doença se desenvolve mais comumente em roedores.

Foi relatado pela primeira vez em humanos em 1970, na República Democrática do Congo.

Sua propagação em humanos estava limitada a certos países da África Ocidental, onde é endêmica.

Mas em maio começaram a aparecer casos de varíola do macaco no mundo inteiro.

A doença causa erupções cutâneas, que podem aparecer nos órgãos genitais ou na boca, acompanhadas de febre e dor de garganta.

Na maioria dos casos, os pacientes são, até o momento, homens que mantêm relações sexuais com homens, relativamente jovens.

Neste ano, 81.107 casos foram registrados em 110 países, com um total de 55 mortes, segundo a OMS

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