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 O procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Paulo Augusto de Freitas Oliveira, recebeu, na manhã desta sexta-feira (18), a governadora e a vice-governadora eleitas do estado, Raquel Lyra e Priscila Krause. O encontro aconteceu com o objetivo de antecipar a entrega da Medalha Roberto Lyra para as duas agraciadas, uma vez que a governadora eleita estará viajando  no dia 23 de novembro, quando as demais personalidades receberão a homenagem, dentro da programação da Semana do MP.

   "A Comissão da Medalha Roberto Lyra decidiu, por unanimidade, conceder a honraria a primeira governadora eleita de Pernambuco, Raquel Lyra, e sua vice-governadora, Priscila Krause. Diante de compromissos previamente agendados, Raquel antecipou o recebimento. É uma grande honra para o Ministério Público poder agraciar, pelos serviços prestados à sociedade, duas mulheres que farão parte dos rumos do nosso estado daqui para frente, construindo pontes e mudando a realidade das pessoas", destacou o PGJ. A governadora eleita fez questão de agradecer pela homenagem recebida.

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"Quero agradecer a todo o Ministério Público, em nome do procurador-geral de Justiça, Paulo Augusto, pela homenagem recebida. Agradeço a oportunidade de poder, por uma trajetória de vida dedicada ao serviço público, receber uma honraria tão importante. Isso só nos traz ainda mais responsabilidade no compromisso que temos de fazer o certo, de estar perto de quem mais precisa e garantir o respeito ao patrimônio e ao dinheiro público,  para que as pessoas possam ser contempladas através do nosso trabalho", declarou Raquel Lyra. 

A Medalha Roberto Lyra é a maior honraria do MPPE. O promotor era um pernambucano que se fixou no Rio de Janeiro e ficou  conhecido como o príncipe dos promotores. Ele se tornou um símbolo do papel aguerrido do Ministério Público.

A honraria é entregue anualmente a personalidades do estado e do país que tenham se destacado pelos serviços prestados à sociedade. Este ano, a solenidade de entrega das medalhas acontecerá no dia 23 de novembro, no Auditório da Esmape.

*Da assessoria 

  Após tomar conhecimento de denúncias sobre retenção de ônibus em rodovias na região de Garanhuns, mo Agreste de Pernambuco, pela Polícia Rodoviária Federal, na manhã dete domingo (30), o Ministério Público Eleitoral comunicou os fatos à Justiça Eleitoral, que contatou o inspetor regional da Polícia Rodoviária Federal.

Após o contato efetuado pela juíza eleitoral, não foram registrados novas ações de fiscalização na localidade, em conformidade com decisão expedida pelo Tribunal Superior Eleitoral.

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*Do MPPE

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou um inquérito para investigar suposto esquema de enriquecimento ilícito que seria encabeçado pelo primo do prefeito de Barreiros, Carlinhos da Pedreira (PP), no município no Litoral Sul de Pernambuco. O principal suspeito estaria acumulando os cargos de secretário adjunto enquanto comandava ações da Secretaria de Obras, Transporte e Cultura, além de ter parte considerável da família dentro da gestão.  

Conforme a denúncia recebida pela Promotoria de Justiça de Barreiros, Raphael Henrique Belo Sanguinetti é dono de carros e caminhões agregados à Prefeitura e recebe valores junto à empresa que contrata os automóveis da gestão. 

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Raphael Belo Sanguinetti também é investigado por empregar parte da família na Prefeitura. "Todos recebem altos salários e as maiores gratificações do município", ressaltou o documento. 

A denúncia descreve que Raphael era conhecido como o verdadeiro prefeito da cidade. Com o pedido para não ser identificada, uma ex-funcionária da Prefeitura de Barreiros comentou a atuação da família Belo Sanguinetti ao LeiaJá. "Enquanto o prefeito faz pose para foto, o primo e a esposa do primo é quem manda e desmanda na cidade e perseguem quem não concorda com isso. A esposa não faz a mínima questão de esconder que ela quem manda e só trabalha quem ela quer", afirmou.

A criminação investigada pelo MPPE cita a secretária de Educação da cidade, Onilda Belo, e o secretário de Esportes e Eventos, Zonari Sanguinetti, que seriam parentes do prefeito Carlinhos da Pedreira. A acusação também cita a esposa Andreza Sanguinetti como secretária adjunta da Secretaria de Saúde; a prima da esposa Andralina, como coordenadora de regulação da mesma pasta; a prima, Pollyana Sanguinetti, tem contrato com a Secretaria de Ação Social; e o irmão, Onildo Sanguinetti, também tem negócios com a Prefeitura. 

A Prefeitura de Barreiros foi procurada, mas não se posicionou sobre o caso até o momento.

 

O procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Paulo Augusto de Freitas Oliveira, participou, na manhã desta quinta-feira (29), da solenidade de assinatura do Acordo de Cooperação Técnica sobre Segurança nas Eleições de 2022. A iniciativa vem atender a recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

 O evento, que aconteceu na sede do TRE, contou com a participação dos representantes da Procuradoria Regional Eleitoral de Pernambuco, Secretaria de Defesa Social do Estado de Pernambuco, Procuradoria Regional da República da 5ª Região, Procuradoria Geral de Justiça do Estado de Pernambuco, Superintendência da Polícia Federal em Pernambuco e da Superintendência da Polícia Rodoviária Federal em Pernambuco. O termo de cooperação, assinado pelo TRE e todos os órgãos presentes, tem objetivo de garantir o alinhamento e união de esforços de todas as esferas públicas na construção de um ambiente pacífico e saudável, garantindo a segurança nas Eleições 2022 e o respeito à democracia. 

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 “A preocupação do corregedor de Justiça, em nível nacional, é a mesma que todos nós temos: que o nosso processo eleitoral transcorra com paz, tolerância e harmonia social. Na verdade, todos nós já estamos irmanados e unidos com esse propósito. Nossas instituições têm a consciência da responsabilidade de mantermos o equilíbrio da sociedade para este momento democrático”, declarou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), desembargador André Guimarães, reforçando que as instituições já vêm trabalhando juntas no sentido de garantir a segurança durante o pleito. 

 Já o PGJ fez questão de ressaltar a importância da assinatura do acordo para o processo. “Este termo documenta e formaliza o exemplo que Pernambuco dá ao país de integração entre os sistemas de Justiça e Segurança Pública. Nós já estamos trabalhando nas Eleições há algum tempo e esse ato torna público para a sociedade todo o planejamento operacional que é administrado por estas instituições no sentido de garantir que as Eleições 2022 transcorram da melhor forma possível”, destacou Paulo Augusto de Freitas Oliveira.

*Do MPPE 

O Ministério Público Eleitoral (MPE) se constitui em uma composição mista, com membros do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público Estadual (no caso de Pernambuco, o MPPE). Integram o MPE o procurador-geral eleitoral, que é o procurador-geral da República, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os procuradores regionais eleitorais e os promotores eleitorais.

Neste final de semana eleitoral, o MPE contará com promotores eleitorais em todas as zonas eleitorais de Pernambuco. “Estaremos presentes para garantir a regularidade e lisura das Eleições 2022”, afirma o procurador-geral de Justiça do MPPE, Paulo Augusto de Freitas Oliveira. 

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 O procurador-geral eleitoral, o vice-procurador-geral eleitoral e os procuradores regionais eleitorais pertencem ao Ministério Público Federal (MPF) e são, originalmente, procuradores da República nos estados. Os promotores eleitorais, originalmente promotores de Justiça, pertencem ao MP Estadual e exercem a função eleitoral por delegação do procurador-geral Eleitoral. 

 Junto a cada Tribunal Regional Eleitoral (TRE), um procurador da República do respectivo Estado atuará como procurador regional, e, junto aos juízes eleitorais, atuarão os promotores eleitorais. 

 Os procuradores regionais eleitorais têm a prerrogativa de dirigir e conduzir os trabalhos do Ministério Público Eleitoral nos estados. Já para cada zona eleitoral do Estado, há um promotor eleitoral designado. Ele trabalha, precipuamente, para coibir os desvios, como abuso de poder, econômico e político, uso  indevido da máquina administrativa, propaganda irregular, compra de votos, entre outros. No caso de propaganda ilícita, cabe-lhe postular ao juiz eleitoral para cessar a prática ou para assegurar que a propaganda irregular seja retirada ou corrigida.   

Além de adotar as providências legais para coibir as violações da lei, o promotor a comunica ao procurador regional Eleitoral  para adoção das providências necessárias junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), sempre que necessário. 

 Colaboração cidadã - Qualquer pessoa pode ajudar a fiscalizar as eleições, encaminhando denúncias ao Ministério Público. Basta se informar sobre quem é o promotor eleitoral de sua zona. Nas zonas eleitorais onde só existe uma Promotoria de Justiça, o promotor que ali atua é, automaticamente, o promotor eleitoral. Nas zonas eleitorais onde há mais de um promotor de Justiça ou onde não haja promotor titular, o promotor eleitoral será previamente designado por meio de portaria expedida pelo procurador regional Eleitoral no Estado.   

As denúncias podem também ser enviadas pela internet, por meio da Sala de Atendimento ao Cidadão do MP Eleitoral. É só acessar o site www.mpf.mp.br/prepe, clicar na opção “Denúncias”, no menu superior da página, e preencher um formulário informando o nome e o CPF, descrevendo, com o máximo de detalhes, o fato, o local e a data do ocorrido. É possível também escolher a opção de manter os dados pessoais em sigilo. 

 Já a plataforma Pardal, desenvolvida pelo TSE, ganhou uma nova versão para as eleições deste ano e está disponível aos cidadãos de todo o país, de forma gratuita, no Google Play ou na Apple Store, para uso em celular e tablet. Ao acessar a ferramenta, o cidadão encontrará opções necessárias para denunciar irregularidades em propagandas eleitorais e indicar o suposto ilícito e a unidade da federação do ocorrido. 

 É importante encaminhar elementos que indiquem a existência do que foi relatado, como, por exemplo, vídeos, fotos ou áudios. A partir dos dados enviados, o MPE vai analisar se há elementos suficientes para propor representação contra o(a) candidato(a), ou partido político. Se houver, será requerida ao TRE a aplicação de sanções previstas em lei aos responsáveis. 

 Destaca-se que o MPE atua ininterruptamente e não apenas durante as eleições. Além de acompanhar o andamento das ações que tramitam na Justiça Eleitoral, o MPE pode, por exemplo, propor ações por inelegibilidades após o pleito ou fiscalizar, a qualquer tempo, a regularidade das inscrições eleitorais. 

 Para saber o que é proibido na campanha eleitoral, clique aqui e consulte a cartilha do TRE-PE sobre o que pode e o que não pode.

*Com informações do MPF, TSE e TRE-PE

Nesta segunda-feira (19) o Ministério Público brasileiro deu início a Operação Mata Atlântica de Pé, voltada a combater o desmatamento e recuperação de áreas degradadas do bioma brasileiro. A iniciativa abrangerá 17 estados brasileiros. 

 Em Pernambuco, a operação vai acontecer entre os dias 26 e 29 de setembro, através de uma parceria entre o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e outras entidades como o Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (CAO Meio Ambiente), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (Depoma) e a 1ª Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma/PMPE). 

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 Ao final das ações de fiscalização, no dia 30 de setembro, serão apresentados, pelos órgãos responsáveis, os resultados da edição em Pernambuco. De forma nacional, o MPPR compilará todos os dados e apresentará o total nos 17 Estados. 

“A fiscalização ocorre todo o ano, contudo a Operação Mata Atlântica em Pé articulada com 17 estados, objetiva dar visibilidade ao bioma que sofre em desmatamento, pela proximidade com as áreas urbanas. Inclusive, chamando-nos a atenção para o nosso dia a dia nesse contato com a Mata Atlântica e a necessidade de preservá-la”, explicou a coordenadora do CAO Meio Ambiente, procuradora de Justiça Christiane Roberta Santos.

Em decorrência da não realização da assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o Ministério Público de Pernambuco, por meio da 15ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania do Recife, com atuação na Defesa do Patrimônio Público, ajuizou Ação Civil Pública, na segunda-feira (12), contra o Município do Recife e Câmara dos Vereadores do Município do Recife.

A ação determina para que a Casa Legislativa seja obrigada a redução do número excessivo de cargos de provimento em comissão na proporção de 50% para cargos em comissão, à razão de 50% para cargos de provimento efetivo, no prazo de seis meses, com o objetivo de manter correlação entre os cargos nos moldes perfilhado pelo Supremo Tribunal Federal. 

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Foi apurado, em março de 2022, em Auditoria Especial do Tribunal de Contas do Estado (TCE), constante no inquérito civil n°201/2018, da 15ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania do Recife, que na Câmara de Vereadores do Recife tem 879 cargos de provimento em comissão em detrimento de apenas de 103 cargos efetivos providos. 

Fundamenta-se também a ação, após análise das atribuições dos cargos comissionados da Câmara dos Vereadores do Recife, na constatação de burla ao princípio da exigibilidade de concursos públicos para investidura de cargos públicos e na violação da essência e natureza do cargo comissionado, tendo em vista que os Cargos, em vez de destinarem-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento, apresentam atribuições de natureza burocrática, técnica ou operacional, típicas de cargos efetivos. 

A propositura da referida ação civil pública por parte da 15ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania do Recife foi motivada após tentativa frustrada de assinatura do TAC, com base no relatório da Auditoria Especial do TCE (Processo TCE n°22100061-6), solicitado pelo MPPE dentro do Inquérito Civil n. 201/2018.

O referido relatório de Auditoria identificou: 1) excesso de cargos em comissão em relação ao quantitativo de cargos efetivos ocupados. Em março de 2022, a Câmara Municipal do Recife possuía uma proporção de 989 cargos em comissão e efetivos ocupados, sendo 879 (89,51%) cargos em comissão e 103 (10,49%) cargos efetivos; 2) burla ao princípio da exigibilidade de concurso público para investidura em cargos públicos. 

Nessa perspectiva, cumprindo o seu dever constitucional e legal, o Ministério Público ajuíza a presente Ação Civil Pública com vistas a tornar efetivo os princípios constitucionais da impessoalidade, moralidade, eficiência e obrigatoriedade de deflagração de concurso público, plasmados no caput do art. 37, e seu inciso II, ambos da Constituição da República Federativa do Brasil. A Ação (NPU 0102978-52.2022.8.17.2001) foi ajuizada na 4ª Vara da Fazenda da Capital.

  Inquérito Civil n. 201/2018 - Em 2018, a 15ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania do Recife instaurou o IC n.201/2018 para apurar o excessivo número de cargos de provimentos em comissão em detrimento de cargos de provimento efetivo no âmbito da Câmara de Vereadores do Município do Recife, bem como para apurar a suposta ausência de concurso público no âmbito da Câmara destinado ao provimento de cargos efetivos em sua estrutura funcional.

*Do MPPE

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) já iniciou o trabalho de planejamento das ações estratégicas para contribuir com soluções para mitigar as violações de direitos humanos dos reeducandos que cumprem pena nas três unidades que compõem o Complexo Prisional do Curado, no Recife. 

Instituído no dia 31 de agosto por meio da Portaria PGJ nº2.144/2022, o Grupo de Atuação Conjunta Especializada (GACE) com atuação na Execução Penal e Direitos Humanos se reuniu ontem (1º/9) para apontar as diretrizes de trabalho. A primeira iniciativa que ficou definida é a realização de uma inspeção no Complexo Prisional do Curado na manhã da segunda-feira (5). 

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Segundo o coordenador do GACE, promotor de Justiça Rinaldo Jorge da Silva, o trabalho do grupo se desenvolverá em torno de três eixos: atuação extrajudicial, voltada a diagnosticar as circunstâncias da infraestrutura, serviços de saúde e educação no Complexo Prisional do Curado; execução penal, com a análise dos processos relativos ao cumprimento das penas restritivas de liberdade; e a atenção aos casos de presos provisórios, que são aqueles que se encontram detidos nas unidades do Complexo sem sentença condenatória.  A inspeção marcada para a próxima segunda já será voltada a coletar informações relevantes sobre a situação atual da unidade. 

Além disso, o grupo decidiu, na primeira reunião, oficiar o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Cloves Eduardo Benevides, solicitando informações no prazo de dez dias, quanto às medidas adotadas a curto, médio e longo prazo para aumento da capacidade de vagas, incremento significativo no quadro de policiais penais e outras medidas para melhorias dos presídios e da gestão do Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco, com base em deliberações da reunião realizada na Procuradoria-Geral de Justiça no dia 30 de agosto. O grupo também solicitou o envio de dados sobre quantidade de presos provisórios/temporários no Complexo do Curado, por unidade e por comarca. 

Os sete promotores de Justiça integrantes do GACE deverão se reunir semanalmente para articular a atuação e propor soluções integradas com o Poder Executivo e os demais órgãos do Sistema de Justiça, como o Tribunal de Justiça e a Defensoria Pública.  Integram o GACE os promotores de Justiça Rinaldo Jorge da Silva (coordenador); Luís Sávio Loureiro da Silveira; Fernando Falcão Ferraz Filho; Roberto Brayner Sampaio; José Edivaldo da Silva; Raul Lins Bastos Sales; e Maxwell Anderson de Lucena Vignoli. 

Direitos Humanos

A situação de violação dos Direitos Humanos dos reeducandos que cumprem pena no Complexo Prisional do Curado foi acompanhada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. O órgão enumera, na Resolução de 28 de novembro de 2018, uma série de providências que o Estado brasileiro deve seguir para reduzir a superlotação no Complexo do Curado, assegurar atenção médica, respeito à vida e à integridade física dos apenados, bem como proteger grupos vulneráveis, como a população LGBTQIA+ e praticantes de religiões de matriz africana. 

Com base nessa Resolução, o Conselho Nacional de Justiça decidiu que o Estado de Pernambuco deve reduzir, no prazo de oito meses, em 70% o excedente de internos no Complexo do Curado.

*Da assessoria do MPPE

No exercício do seu papel institucional de fiscalizar a atuação das forças de segurança pública e cobrar a compatibilização entre o policiamento e o respeito aos direitos à livre manifestação de pensamento e de reunião pacífica em locais abertos ao público durante a realização de atos públicos previstos para o dia 7 de setembro, a exemplo do Grito dos Excluídos e Excluídas, bem como demais passeatas, comícios e protestos vinculados à campanha eleitoral, a 7ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos da Capital (7ª PJDH) expediu duas recomendações, publicadas no Diário Oficial Eletrônico do MPPE (dias 30 e 31 de agosto).

De acordo com o promotor de Justiça Westei Conde, é necessário assegurar que a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) evite o uso abusivo ou arbitrário da força, o emprego inadequado de armas e instrumentos de menor potencial ofensivo, a fim de não provocar sofrimento desnecessário à população, a exemplo do que ocorreu em maio de 2021, quando o uso de balas de borracha causou a cegueira monocular de dois transeuntes e lesões corporais em diversos manifestantes.

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Na primeira delas, Recomendação nº 002/2022-7ª PJDH, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) orienta o comandante-geral da PMPE, coronel José Roberto de Santana, a ordenar ao efetivo que observe estritamente os princípios da legalidade, necessidade, razoabilidade e proporcionalidade no uso da força, com o intuito de evitar excessos e evitar o emprego inadequado de armas letais e não letais durante toda a duração dos atos públicos.

O comando da PMPE também deve assegurar que os policiais destacados para trabalhar no dia 7 de setembro e demais manifestações públicas no contexto das Eleições 2022 nos próximos meses devem estar devidamente identificados, com o uso de cadarços de identificação em local visível no uniforme e coletes balísticos; e dar conhecimento do teor da recomendação a todas as unidades policiais , por meio de quadros de avisos, boletim geral da corporação e demais meios de comunicação eletrônicos cabíveis.

Já ao secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude do Estado, Edilázio de Lima Filho, o MPPE recomendou enviar às manifestações os agentes de conciliação, que fazem parte da Mesa Permanente de Articulação com a Sociedade Civil e atuam em diálogo direto com os organizadores dos atos a fim de solucionar ocorrências pontuais.

Da mesma forma, a 7ª PJDH recomendou ao corregedor-geral da Secretaria de Defesa Social, Paulo Vieira Loyo, designar Grupos Táticos para Assuntos Correicionais a fim de acompanharem as referidas manifestações. Todos os destinatários da Recomendação nº 002/2022 têm um prazo de 72 horas para informar ao MPPE se acatam ou não as medidas recomendadas.

A segunda recomendação, nº 003/2022-7ª PJDH, diz respeito ao uso de munição de impacto controlado (elastômero), vulgarmente conhecida como bala de borracha. Conforme a publicação, o MPPE recomendou ao comandante da PMPE que proíba o uso do elastômero pelas organizações militares estaduais envolvidas na segurança pública dos atos previstos para o dia 7 de setembro e durante as manifestações do período eleitoral; e vede o porte ou emprego da munição de elastômero calibre 12 pelo efetivo policial que atuará nessas manifestações.

Assim como na Recomendação nº002/2022, o comandante da Polícia Militar deverá dar conhecimento do teor da recomendação a todas as unidades policiais, por meio de quadros de avisos, boletim geral da corporação e demais meios de comunicação eletrônicos cabíveis. O comandante tem um prazo de 48 horas para informar sobre o acatamento ou não das medidas recomendadas pelo MPPE.

*Da assessoria 

Na última segunda-feira (22), a justiça concedeu ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) tutela de urgência determinando que Bom Conselho e o Fundo de Previdência do município voltem a utilizar o período de 50 minuto como hora-aula dos professores da rede municipal.

De acordo com o promotor de Justiça Alexandre Augusto Bezerra, a cidade alterou, em abril, através do Decreto nº 021/2022, a forma de remuneração dos docentes da hora-aula de 50 minutos para a hora-relógio, ou seja, 60 minutos. Como justificativa, a gestão municipal alegou que revogou o decreto. Porém, de acordo com o MPPE, na prática, não houve nenhuma mudança na contagem da carga horária.

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Na decisão, o magistrado Patrick Gariolli estipulou multa de R$ 100 mil para a cidade de Bom Conselho e o Fundo de Previdência municipal, que deve ser aplicada em cada ato de descumprimento da decisão. Com a determinação, o prefeito e o diretor do fundo foram intimados para cumprimento da decisão.

O Ministério Público Eleitoral em Pernambuco apresentou ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), desde o dia 2 de agosto até esta quinta-feira (18), 19 ações de impugnação de registro de candidatura para o pleito deste ano. Dessas, 12 são de candidatos que pretendem disputar uma vaga de deputado federal e sete de deputado estadual. Não houve impugnação de candidaturas aos cargos de governador e senador.

As ações de impugnação foram ajuizadas com base nas hipóteses previstas na Lei de Inelegibilidade (Lei Complementar 64/1990). Do total, seis ações foram interpostas devido a condenações criminais e por improbidade administrativa no Tribunal Regional Federal da 5ª Região ou Tribunal de Justiça de Pernambuco. Houve, ainda, quatro casos de inelegibilidade em razão de demissão do serviço público em decorrência de processo administrativo.

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Além disso, oito candidaturas foram impugnadas porque os candidatos tiveram contas públicas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ou do Estado (TCE) ou pela Câmara Municipal, órgão competente para julgar as contas de prefeitos. Também houve um caso de ausência de desincompatibilização (dirigente de autarquia que não se afastou do cargo seis meses antes da eleição).

O procurador regional eleitoral de Pernambuco, Roberto Moreira de Almeida, destaca a importância da análise dos registros para possibilitar uma eleição mais justa. “É de suma importância a observância dos requisitos legais e constitucionais para se concorrer a um cargo eletivo. Cabe ao Ministério Público Eleitoral identificar o preenchimento dos requisitos de elegibilidade. Não os havendo, incumbe ao Ministério Público propor as impugnações pertinentes, mas cabe à Justiça Eleitoral deferir ou não as candidaturas”, declarou Roberto Moreira de Almeida.

Os partidos políticos, federações e coligações tiveram até o último dia 15 para requererem registro de candidatura na Justiça Eleitoral. De acordo com a Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 23.609/2019, após o recebimento dos pedidos de registro, a Justiça Eleitoral publica edital no Diário da Justiça Eletrônico (DJe) com as candidaturas apresentadas, para ciência dos interessados. A norma determina que, após essa publicação, candidatos, partidos, federações, coligações e o MP Eleitoral têm o prazo de cinco dias para impugnar os pedidos de registro.

Pedidos – Foram solicitados 1.106 registros de candidatura em Pernambuco este ano. Destes, 595 para deputado estadual, 461 para deputado federal, 11 para governador e 11 para vice e 9 para senador. Todos os pedidos, impugnados ou não, serão julgados pelo TRE-PE.

O Tribunal avaliará se os candidatos atendem às condições de elegibilidade, como pleno exercício dos direitos políticos, filiação partidária, escolha em convenção e idade mínima para ocupar o cargo que pretende disputar, entre outras. 

O Ministério Público Eleitoral atuará nesses processos, emitindo pareceres sobre o preenchimento ou não dos requisitos necessários para o deferimento do registro das candidaturas. Também poderá recorrer, se discordar da decisão do TRE.

Nomes e cargos a serem disputados, partidos e a motivação dos pedidos de impugnação com os respectivos números dos processos de cada proponente: 

1 – Glauco Matias de Souza Maria – Deputado estadual – Republicanos - Demissão do serviço público - 0600505-90.2022.6.17.0000

2 – Valdecírio de Oliveira Cavalcanti – Deputado federal – Republicanos -​Rejeição de contas TCU - 0600527-51.2022.6.17.0000

3 – Dennison Oliveira Lima - Deputado federal – Pode - Condenação criminal TJ/PE - 0600599-38.2022.6.17.0000

4 – André Luiz Rangel de Farias – Deputado federal – PSDB - condenação criminal TRF5 - 0600648-79.2022.6.17.0000

5 – Márcia Solange Carvalho Lucas Martins - Deputado federal – PSDB - condenação improbidade administrativa - 0600658-26.2022.6.17.0000

6 – Izaias Regis Neto - Deputado estadual - ​PSDB - Rejeição contas Câmara Municipal -0600687-76.2022.6.17.0000

7 – Kaline Bernadete da Silva - Deputado federal – Patriota - Condenação criminal - 0600910-29.2022.6.17.0000

8 – Givanildo Pedro da Silva - Deputado estadual -​Solidariedade - Rejeição contas TCE/PE - 0601046-26.2022.6.17.0000

9 – João Francisco de Lira - Deputado estadual – Patriota - Rejeição contas Câmara Municipal - 0600952-78.2022.6.17.0000

10 – Luiz Cabral de Oliveira Filho - Deputado estadual - Solidariedade - Rejeição contas Câmara Municipal e TCU - 0601035-94.2022.6.17.0000

11 – Waldir Tenório Júnior - Deputado federal – Solidariedade - Condenação criminal TRF5 - 0601020-28.2022.6.17.0000

12 – Adeíldo Paraíso da Silva - Deputado federal – PSOL - Rejeição contas TCU - 0601300-96.2022.6.17.0000

13 – Áureo Cisneiros Luna Filho - Deputado federal – PSOL - Demissão serviço público - 0601308-73.2022.6.17.0000

14 – Eduardo Ayrton Cavalcanti Vasconcelos - Deputado estadual – Avante - Desincompatibilização - 0601105-14.2022.6.17.0000

15 – José Martins da Silva Júnior - Deputado federal – PV - Demissão serviço público - 0600783-91.2022.6.17.0000

16 – João Inocêncio Guido - Deputado estadual – PL - Condenação criminal TRF5 - 0601360-69.2022.6.17.0000

17 – José Augusto Maia - Deputado federal – Solidariedade - Rejeição contas Câmara Municipal e TCU - 0601015-06.2022.6.17.0000

18 – José Luiz de Lima Sampaio - Deputado federal – Solidariedade - Rejeição contas Câmara Municipal - 0601019-43.2022.6.17.0000

19 – Emanuel Dantas do Nascimento - Deputado federal – Demissão serviço público - 0601614-42.2022.6.17.0000

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou, na manhã desta terça-feira (16), o policial militar responsável pelo disparo que matou a menina Heloyse Gabriela da Silva, de seis anos. A criança morreu no dia 30 de março, na Comunidade de Salinas, em Porto de Galinhas, litoral sul do Estado, após ser atingida com um tiro no peito. O efetivo disparou para tentar evitar a fuga de dois suspeitos em uma moto, que desrespeitaram a ordem de parada.

O MPPE, por meio das Promotorias de Justiça Criminais de Ipojuca, denunciou Diego Felipe de França Silva pelo crime de homicídio combinado com erro de execução. A denúncia foi protocolada na Vara Criminal da Comarca.

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A menina brincava no terraço da casa da avó quando foi atingida pelo tiro de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope). A morte revoltou os moradores da comunidade e desencadeou uma série de protestos em Porto de Galinhas.

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O  Ministério Público de Pernambuco (MPPE) realizará o terceiro e último Ciclo de Diálogos da Lei Maria da Penha, no dia 25 de agosto, das 9h às 12h30, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife. No evento, realizado no auditório da ESMP/PE, será abordado o tema da violência contra a mulher e a importância do homem no enfrentamento às desigualdades de gêneros.  As inscrições poderão ser efetuadas por meio do preenchimento de formulário

No local será realizada a palestra 'Como morre uma mulher?', pela socióloga e pesquisadora do Núcleo de Estudos sobre Políticas Públicas de Segurança da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Ana Paula Portella, com mediação da promotora de Justiça Bianca Stella.

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Também haverá palestra sobre masculinidade e políticas públicas para o enfrentamento à desigualdade de gênero, pelo diretor de Estratégias e Ambiente Legal para Inovação (DESTI) na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco (SECTI), Hugo Augusto Vasconcelos Medeiros, com mediação do promotor de Justiça Frederico Oliveira.

No início da noite desta quarta-feira (10), o Conselho de Sentença da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital acolheu de forma integral a tese sustentada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e condenou Maurício Alves de Andrade pelas práticas de homicídio qualificado (por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio) e ocultação de cadáver da ex-companheira do réu, Dione Gomes Silva do Nascimento.

A pena fixada pelo juiz Jorge Luiz dos Santos Henriques foi de 21 anos e 8 meses. A sessão foi realizada no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, no Recife.

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De acordo com a promotora de Justiça Eliane Gaia, o MPPE sustentou em plenário a argumentação de que Maurício Alves de Andrade agiu de forma deliberada para atrair a ex-companheira até sua casa, no bairro da Imbiribeira, no Recife, a fim de tirar sua vida.

Em seguida, ele foi até a casa do marido da sua sobrinha pedindo ajuda para, supostamente, socorrer a vítima de carro até a Policlínica de Afogados. Quando chegaram à Ponte Motocolombó, que cruza o rio Tejipió, Maurício retirou o corpo da ex-companheira do veículo e a arremessou na água.

O crime foi cometido na madrugada do dia 3 de janeiro de 2021, tendo sido apontado como o primeiro feminicídio cometido em Pernambuco neste ano.

“Ele era uma pessoa muito obsessiva, que tinha a vítima como propriedade dele. Tentava afastá-la do convívio de familiares e amigos, controlava com quem ela falava nas redes sociais. No decorrer do plenário do júri, apresentamos, com base nas provas técnicas e testemunhais colhidas ao longo da investigação policial e da instrução processual, que o réu praticou esses crimes contra Dione porque ela não queria manter o relacionamento que eles tiveram durante o ano de 2020, em desapreço à sua condição de mulher”, ressaltou a promotora de Justiça.

Julgamento 

A sessão do Tribunal do Júri teve início por volta das 9h40 desta quarta-feira, com a escolha dos sete cidadãos que integraram o Corpo de Jurados. Em seguida, o réu entrou no plenário. Como não foram arroladas testemunhas por parte do Ministério Público e da defesa técnica, exercida pela Defensoria Pública de Pernambuco, a primeira etapa realizada foi o interrogatório do réu.

Perante os jurados, Maurício Alves de Andrade confessou a prática da ocultação de cadáver, mas afirmou não ter sido o responsável pela morte de Dione do Nascimento. O réu alegou que o homicídio teria sido cometido em uma circunstância de ameaça por parte de três homens da localidade, liderados por um indivíduo que teria uma desavença anterior com Maurício.

Dione teria sido morta, segundo ele, por interferir numa agressão física do qual o réu seria o alvo. Essa versão difere radicalmente do relato feito pelo próprio Maurício na fase de instrução processual, quando ele disse que teria se envolvido em uma briga com a ex-companheira e que ela havia sido ferida por acidente.

Diante da nova dinâmica dos fatos apresentada pelo réu, a promotora de Justiça Eliane Gaia questionou a ausência de relatos de vizinhos que possam confirmar essa narrativa. "O réu adotou uma estratégia de autodefesa, o que é válido, mas que não alterou em nada a linha de argumentação da acusação. O réu, por todos os elementos trazidos na investigação, tinha uma relação possessiva sobre Dione, manifestada inclusive através de expressões depreciativas emitidas contra ela e suas duas filhas. Fica evidente que se trata de uma violência de gênero" fundamentou a promotora de Justiça.

No período da tarde, acusação e defesa realizaram a etapa de debates, aprofundando seus argumentos aos jurados. Ao fim dos debates, os integrantes do Conselho de Sentença se reuniram em uma sala secreta para votar sobre os quesitos apresentados pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. Com a apuração final dos votos, o veredito foi apresentado ao magistrado, que proferiu a sentença.

*Da assessoria

A Escola Superior do Ministério Público de Pernambuco (ESMP/MPPE), divulgou nesta segunda-feira (01), no Diário Oficial Eletrônico do MPPE, que as provas da seleção para estágio em Direito e os demais cursos de nível superior serão reaplicadas, mas ainda não existe data definida.  

A marcação da nova data para aplicação das provas foi motivada pela identificação, através do processo de auditoria de índice de credibilidade, de que um elevado percentual de candidatos realizaram suas provas sem compartilhamento de tela. A situação inviabilizou a igualdade de condições fiscalizatórias dos candidatos. 

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“Por esse motivo, em nome da isonomia, legalidade e moralidade administrativa, a ESMP acatou sugestão do Instituto Sustente, empresa organizadora do certame, e determinou a aplicação de novas provas, cuja data será divulgada assim que sejam tomadas as providências necessárias para as correções de segurança”, disse o MPPE em aviso.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 8ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos da Capital, recomendou ao Sport Club do Recife e Santa Cruz Futebol Clube que se abstenham de praticar, de forma institucional, quaisquer atos de caráter discriminatório.

Também foi recomendado que desenvolvam procedimentos internos de caráter preventivo, repressivo e educacional voltados à promoção dos Direitos Humanos visando evitar práticas discriminatórias à população LGBTQIA+ por parte de seus quadros diretivos, de funcionários, de atletas e comissão técnica, uma vez que, em caso de novas práticas de condutas violadoras, as pessoas físicas ou jurídicas poderão ser responsabilizadas civil, criminal e administrativamente, nos termos da lei e na medida de suas ações.

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De acordo com a recomendação, a legislação internacional de direitos humanos e a Constituição da República impõem proibição absoluta à discriminação relacionada ao gozo pleno de todos os direitos humanos, civis, culturais, econômicos, políticos e sociais, notadamente no tocante ao direito de as pessoas expressarem-se livre e responsavelmente sobre questões relacionadas à sua sexualidade, sem que estejam submetidas à coerção, discriminação ou violência.

A 8ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos da Capital reforça ainda que a prevenção da violência nos esportes é de responsabilidade do poder público, das confederações, federações, ligas, clubes, associações ou entidades esportivas, entidades recreativas e associações de torcedores, inclusive de seus respectivos dirigentes, bem como daqueles que, de qualquer forma, promovem, organizam, coordenam ou participam dos eventos esportivos.

Procedimentos Administrativos - O procedimento n.º 02006.000.011/2021 da 8ª Promotoria de Justiça de Direitos Humanos da Capital foi instaurado de ofício, em razão dos áudios de teor LGBTfóbico amplamente divulgados na mídia entre os dias 14 e 15 de maio de 2021, atribuídos,à época, membros do Conselho Deliberativo do Sport Club do Recife. Já o procedimento n.º 02007.000.124/2020 foi instaurado em razão de Notícia de Fato encaminhada através da Ouvidoria do MPPE, dando conta de prática de homofobia por parte de integrante da comissão técnica do Santa Cruz Futebol Clube durante entrevista coletiva concedida a veículos de comunicação em 21 de setembro de 2020.

É atribuição do Ministério Público zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias assegurados na Constituição Federal e nas leis infraconstitucionais. Mais informações, as recomendações foram publicadas no Diário Oficial Eletrônico do MPPE desta terça-feira (26).

Da assessoria

Nos próximos dias 1º e 3 de agosto, o projeto Cidadania com Vez e Voz, desenvolvido pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa da Cidadania (CAO Cidadania), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), estará nos municípios de Petrolina e Salgueiro, respectivamente. Essa será a primeira vez que a iniciativa aportará no Sertão do Estado, promovendo ações de escuta da comunidade. Nas duas ocasiões haverá tradução simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Libras). 

“Essa chegada do Cidadania com Vez e Voz no Sertão tem para nós uma representatividade imensa. Porque a gente sabe que a distância faz com que a regionalização do projeto ganhe uma proporcionalização de maior importância. Para que a gente possa, não apenas chegar junto e fomentar essa abertura de portas para o Ministério Público, mas também avançar no tocante a quebra do silêncio do povo tradicionalmente desprovido dessa oportunidade de escuta”, destacou a coordenadora do CAO Cidadania, a promotora de Justiça Dalva Cabral.   

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As ações ocorrem em parceria com as Promotorias de Justiça locais e contam com uma palestra da coordenadora CAO Cidadania, Dalva Cabral; um espaço para diálogo com os participantes; recolhimento de denúncias e aplicação de questionário contemplando diversos eixos que englobam a cidadania, como moradia; combate à fome; drogas; violência doméstica; direito do idoso, entre outros. Dessa forma, o trabalho continua após os eventos, com o encaminhamento das denúncias às autoridades competentes e a produção de relatório de diagnóstico.   

 Serviço:   

Cidadania com Vez e Voz - Petrolina Onde: Cine-teatro da UNIVASF, Av. José de Sá Maniçoba, S/N, Centro, Petrolina Quando: 1º de agosto de 2022, das 10h30 às 13h.   

Cidadania com Vez e Voz - Salgueiro Onde: Auditório do Instituto Federal de Pernambuco / Sertão - Campus Salgueiro - BR-232, Km 508 - Zona Rural, Salgueiro Quando: 3 de agosto de 2022, das 9h às 13h.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) realiza, nesta sexta-feira (22), a partir das 15h, os exames do Programa de Estágio de Nível Universitário do MPPE (Penum). Ao todo, serão ofertadas 264 vagas para estagiários de Direito e 72 vagas para demais cursos de nível superior.

Os exames serão realizados pelos candidatos em uma sala virtual acessível pelo navegador web duas horas antes das avaliações (às 13h), que terão duração máxima de três horas. Segundo a MPPE, as provas para o estágio em Direito terão 50 questões de múltipla escolha e uma redação.

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Já os exames para estágio nos demais cursos (Administração, Arquitetura, Contabilidade, Engenharias Civil, Elétrica ou Eletrônica, Estatística, Jornalismo, Nutrição, Psicologia, Publicidade/Design, Rádio e TV, Sistemas de Informação, Tecnologia em Redes e Serviço Social) compreendem uma prova objetiva com 40 questões, sendo 20 de Português, 10 de Conhecimentos Gerais e 10 de Informática. 

De acordo com o cronograma o resultado dos exames está previsto para o dia 21 de setembro e o início do estágio no dia 1º de novembro. Para mais informações os candidatos podem acessar a plataforma do Instituto Sustente ou através do e-mail andre@sustente.org.br.

A Polícia Civil de Pernambuco concluiu as investigações do Caso Beatriz depois de pouco mais de seis anos. Agora, o caso é de responsabilidade do Ministério Público de Pernambuco, que deve acatar ou não a decisão da polícia. O suspeito identificado como Marcelo da Silva, de 40 anos, que confessou o crime, foi indiciado por homicídio qualificado. 

A conclusão do inquérito foi enviada ao Ministério Público de Pernambuco na segunda-feira (4) e, agora, cabe aos promotores de Justiça responsáveis pela análise, a decisão de concordar com a conclusão da polícia e denunciar o suspeito por homicídio qualificado, ou pedir mais diligências. 

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O MPPE ainda pode decidir por mudar a tipificação penal antes do processo ser enviado à Justiça. Em nota, o órgão informou que “irá analisar com maior brevidade possível, devido à quantidade de material produzido na investigação, observando a necessidade de apreciar com cautela e responsabilidade todo o inquérito, para as providências legais”.

A Polícia Civil informou que o procedimento segue sob segredo de Justiça. “E, por isso, não podem ainda ser fornecidos maiores dados sobre as investigações”.

 

Relembre o caso

A menina Beatriz Mota foi assassinada a facadas em uma sala desativada do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, onde estudava, no dia 10 de dezembro de 2015. A menina foi assassinada enquanto acontecia a formatura da irmã mais velha. 

Ela se afastou para beber água e não voltou mais, tendo o seu corpo sido encontrado 30 minutos depois.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) está com processo seletivo aberto para o Programa de Estágio de Nível Universitário (Penum), que oferta 264 vagas de estagiários em direito e mais 72 oportunidades para estudantes de outros cursos de nível superior. Os interessados deverão realizar suas inscrições até o dia 6 de julho, por meio do site do Instituto Sustente, na página de seleção para direito e na página das outras áreas.

As provas de seleção serão realizadas no dia 22 de julho, de forma totalmente on-line. Além do curso de direito, há oportunidades para estagiários em áreas como administração, arquitetura, contabilidade, engenharias civil, elétrica ou eletrônica, estatística, jornalismo, nutrição, psicologia, publicidade/design, rádio e TV, sistemas de informação, tecnologia em redes e serviço social

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Para o estágio em direito, o processo seletivo será composto por prova com 50 questões de múltipla escolha e uma redação. O conteúdo programático consta no item V do edital. No caso das das outras áreas, a seleção corresponde a um exame objetivo de 40 questões, sendo 20 de português, 10 de conhecimentos gerais e 10 de informática. A divulgação dos resultados está prevista para ocorrer no dia 21 de setembro. O início do estágio está previsto para o dia 1º de novembro.

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