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A Samsung lançou, nesta quarta-feira (17), os modelos mais recentes de smartphones da linha Galaxy, que incorporam a inteligência artificial (IA), em uma tentativa da gigante sul-coreana de ganhar terreno frente à Apple, maior vendedora de telefones celulares.

O S24 Ultra, apresentado em evento no estado americano da Califórnia, tem capacidade de traduzir chamadas e texto enquanto eles acontecem, em 13 idiomas. A função é alimentada por uma tecnologia própria de IA da Samsung.

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Por meio de uma parceria com o Google, o S24 também oferece funções inéditas de busca, que, usando a AI, permitem ao usuário fazer uma pesquisa apenas circulando uma imagem ou frase na tela, funcionalidade que elimina a necessidade do tradicional “copiar e colar”, ressaltou a empresa.

A IA também potencializa os recursos da câmera, como a ajuda generativa para preencher ou remover fundos. Essas características estão otimizadas na nuvem ou a partir do próprio dispositivo, e várias delas usam o modelo Gemini da Google e seu chatbot, Bard.

Propriedades semelhantes da IA podem ser esperadas entre as novidades do iPhone 16, que deve ser lançado no fim do ano.

Assim como o iPhone mais recente, o Samsung S24 Ultra tem acabamento em titânio, material que confere maior durabilidade aos aparelhos, segundo a empresa.

A série Galaxy S24 começará a enviar pedidos no próximo dia 31, com o preço do Ultra, seu carro-chefe, a partir de US$ 1.299 (R$ 6.409).

A chegada do S24 acontece dias depois de dados da indústria mostrarem que o iPhone, da Apple, foi o smartphone mais vendido no mundo pela primeira vez, tirando da Samsung uma liderança de 12 anos.

Segundo a Corporação Internacional de Dados, o iPhone tirou a coroa da Samsung em 2023, com 234,6 milhões de unidades vendidas, contra 226,6 milhões da empresa sul-coreana.

O Exército dos Estados Unidos fez nesta quinta-feira (18) novos bombardeios contra posições no Iêmen dos rebeldes huthis, que alertaram que continuarão com os ataques ao tráfego marítimo no Mar Vermelho.

O comando militar no Oriente Médio (Centcom) informou que realizou "ataques contra 14 mísseis dos huthis apoiados pelo Irã que estavam carregados para lançamento e representavam uma ameaça iminente aos navios mercantes”.

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Esta foi a quarta rodada de bombardeios lançada pelos Estados Unidos no Iêmen na última semana. Segundo os veículos dos huthis, como o canal de TV Al-Masirah e a agência de notícias Saba.net, os ataques afetaram áreas diferentes do país, entre elas o porto de Hodeida e a cidade de Taez.

Os veículos também atribuíram os ataques ao Reino Unido, embora o Exército americano não tenha feito nenhuma menção a esse respeito. Estados Unidos e Reino Unido lançaram na última sexta-feira a primeira rodada de bombardeios contra posições huthis no Iêmen, em resposta a ataques do grupo rebelde a navios no Mar Vermelho.

Além de bombardearem suas posições, os Estados Unidos voltaram a incluir os huthis em sua lista de grupos terroristas.

Cercado por próteses, plantas e dinossauros em 3D, Roly Mamani checa o equipamento produzido para um jovem que, devido a um choque elétrico, perdeu o braço. Há alguns anos, o engenheiro direciona sua criatividade como fabricante de brinquedos para reparar a vida de amputados pobres na Bolívia.

Filho de agricultores, Mamani, de 34 anos, cresceu em Achocalla, a cerca de 15 quilômetros ao norte de La Paz. Situada entre duas lagoas, sua comunidade era dedicada à criação de animais e cultivo de hortaliças e tubérculos.

A falta de dinheiro para brinquedos fez com que, aos seis anos, construísse seus próprios carrinhos feitos com papelão e plástico. Mais tarde, no ensino fundamental, fabricou o primeiro modelo motorizado.

Antes de ingressar na universidade pública, trabalhou dois anos em uma oficina automotiva. Foram "as primeiras máquinas reais que eu vi", descreveu o engenheiro eletrônico.

Uma década atrás, ele abriu sua própria oficina em Achocalla, inicialmente planejando fabricar robôs para fins lúdicos ou educativos.

"Pode-se dizer que agora tenho todos os brinquedos que quero", pontuou.

No entanto, sua história muda quando um camponês sem mãos o fez refletir: "Eu posso criá-las". Em 2018, o fabricante de brinquedos de Achocalla começou a criar, com suas impressoras 3D, soluções de melhoria de vida para bolivianos sem membros.

"A ciência é como um superpoder. A robótica é uma tendência, mas se não ajudar em coisas importantes, não servirá para nada", comentou à AFP.

- Uma doação valiosa -

Ao som das impressoras ao fundo, Mamani destacou que pode criar até seis peças por mês. Nesse tempo todo, "implementamos mais de 400 próteses", afirmou.

Metade delas foi entregue gratuitamente ou a preço de custo. Em média, cada prótese 3D tem um valor comercial de U$ 1.500 (R$ 7.354), em um país onde o salário mínimo equivale a US$ 323 (R$ 1.583).

Inicialmente, para escolher os beneficiados, ele se guiava por anúncios de ajuda na televisão.

Depois de se tornar conhecido, principalmente nas redes sociais, ele mesmo escolhe os destinatários de sua doação entre os muitos pedidos que recebe - até mesmo de outros países.

Mamani visita as pessoas em suas casas para se certificar de sua condição.

"As pessoas mais necessitadas se expõem a trabalhos precários e sem segurança, e é por isso que acontece esses acidentes onde perdem um membro", explicou.

Seu irmão, Juan Carlos, é fisioterapeuta e supervisiona o processo de recuperação física.

Na Bolívia, o sistema público de saúde não cobre próteses. Segundo o Comitê Nacional de Pessoas com Deficiência, vinculado ao Estado, existem cerca de 36.100 pessoas com deficiência física e motora.

Uma prótese funcional - que permite certos tipos de movimentos - pode custar até US$ 30 mil (R$ 147 mil) em um sistema privado.

- Reformando vidas -

Um dos beneficiados do fabricante de brinquedos de Achocalla é Pablo Matha, de 59 anos, que há sete anos perdeu a visão e a mão direita enquanto manuseava dinamite em uma mina.

"Eu saía todos os dias (às ruas) para pedir umas moedas. Foi aí que o amigo Roly e seu irmão me encontraram", contou à AFP.

Matha disse que a prótese o ajudou a restabelecer sua confiança, e agora ele ganha a vida tocando violão.

Antes, "sentia que as pessoas me olhavam e riam. Mas agora que tenho a prótese (...), as vezes sinto que sou como qualquer pessoa comum", desabafou.

Marco Antonio Nina, de 26 anos, também teve sua vida reconstruída com uma das próteses de Roly. Ainda adolescente, durante um acidente de trabalho em uma obra de alvenaria, um choque elétrico atrofiou sua mão direita e fez a esquerda ser amputada.

"Gosto de cantar, mas sem a prótese doía segurar o microfone porque eu apoiava nos ombros. Agora, com isso, é uma bênção", expressou.

Após ser reconhecido pelos Estados Unidos como um dos líderes da América Latina e receber uma bolsa em robótica, Roly Mamani agora pensa em criar um centro de reabilitação.

"Não vou deixar de lado meu propósito de melhorar a qualidade de vida das pessoas. Quero gerar minha própria tecnologia, tenho que melhorar", disse animado.

O Paquistão denunciou, nesta quarta-feira (17), a morte de duas crianças em um bombardeio aéreo do Irã, após ataques semelhantes de Teerã no Iraque e Síria contra o que definiu como "grupos terroristas anti-iranianos".

Islamad afirmou em um comunicado que o ataque iraniano na noite de terça-feira, perto da fronteira entre os dois países, era totalmente "inaceitável e pode ter sérias consequências".

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O bombardeio "provocou a morte de dois meninos inocentes e feriu três meninas", acrescentou o comunicado do Ministério paquistanês das Relações Exteriores.

O Paquistão convocou o seu embaixador em Teerã e impediu o retorno do representante diplomático iraniano à Islamabad, anunciou posteriormente o ministério.

Nesta quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, afirmou que seu país efetuou o bombardeio com o objetivo de atacar o "grupo terrorista iraniano" Jaish al Adl.

"Nenhum dos cidadãos do país amigo e irmão do Paquistão foi alvo de mísseis e drones iranianos", disse ele, após o governo paquistanês denunciar a morte de duas crianças. "O chamado grupo Jaish al Adl, que é um grupo terrorista iraniano, foi o alvo", acrescentou à margem do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

A agência de notícias iraniana Mehrnews declarou que "a resposta com mísseis e drones" foi dirigida contra os quarteis deste grupo jihadista no Paquistão e afirmou que foi "um passo decisivo a mais tomado pelo Irã em resposta à agressão contra a segurança de nosso país".

O Jaish al Adl, formado em 2012, é classificado pelos Estados Unidos e pelo Irã como um grupo terrorista e realizou diversos ataques neste país nos últimos anos. Em dezembro, assumiu a responsabilidade por uma ofensiva em um quartel da polícia em Rask, que matou pelo menos 11 policiais iranianos.

Segundo Washington, o grupo "ataca principalmente o pessoal de segurança iraniano", além de realizar assassinatos, sequestros e ataques suicidas contra autoridades governamentais e civis.

Na segunda-feira, o Irã havia lançado mísseis contra um "quartel de espionagem" e alvos "terroristas" no Curdistão iraquiano e na Síria.

Estas ações se somam às múltiplas crises abertas no Oriente Médio, como a guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza e os ataques dos rebeldes huthis no Iêmen, no Mar Vermelho, respondidos com bombardeios pelos EUA e seus aliados.

- Relação delicada -

O ministro iraniano da Defesa, Mohammad Reza Ashtian, afirmou que seu país "não limitará" suas ações de segurança.

Já a diplomacia do Paquistão convocou o representante do Irã em Islamabad para protestar contra "uma violência injustificada de seu espaço aéreo".

O vice-presidente iraniano para assuntos parlamentares, Mohammad Hosseini, garantiu que o seu país alertou o Paquistão "que devem impedir a entrada no Irã de pessoas que matam um grande número de pessoas" e que "era normal que houvesse uma reação da República Islâmica".

A China, aliada de Islamabad e Teerã, pediu a ambos países que "ajam com moderação, evitem ações que levem a uma escalada de tensões e trabalhem juntos para manter a paz e a estabilidade", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning.

Irã e Paquistão se acusam com frequência de apoiar militantes para lançar ataques do outro lado da fronteira, mas é pouco comum que as forças oficiais das duas partes se enfrentem.

Nas redes sociais, contas de usuários paquistaneses garantem que as explosões ocorreram na província do Baluchistão, onde ambos compartilham uma fronteira escassamente povoada de quase mil quilômetros de extensão.

Michael Kugelman, diretor do Instituto do Sul da Ásia do Wilson Center, em Washington, alertou para a gravidade do ataque.

"No passado, o Irã realizou ataques contra combatentes no Paquistão, mas não lembro de nada nesta escala. Isto mergulha a relação Paquistão-Irã, uma relação delicada mesmo nos melhores tempos, em uma grave crise", escreveu ele na rede social X.

A população da China diminuiu em 2023 pelo segundo ano consecutivo, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira (17), o que demonstra uma aceleração da crise demográfica neste país após mais de seis décadas de forte crescimento.

O custo da educação, o distanciamento dos jovens em relação ao casamento ou a integração educativa e laboral das mulheres fizeram com que a taxa de natalidade diminuísse na China, cuja população reduziu em 2022 pela primeira vez desde 1960.

Ultrapassada no ano passado pela Índia como o país mais populoso do mundo, a China deixou de aplicar políticas rigorosas de controle da natalidade e passou a tentar impulsioná-la, sem muito sucesso, com subsídios e propaganda pró-fertilidade.

"No final de 2023, a população nacional era de 1,409 bilhão (…), uma redução de 2,08 milhões em relação ao final de 2022", afirmou o Instituto Nacional de Estatística.

O declínio é mais que o dobro do registrado em 2022, quando a população chinesa diminuiu em 850 mil pessoas, a primeira cifra a diminuir desde 1960.

O cálculo diz respeito apenas aos indivíduos de nacionalidade chinesa que moram no território continental, excluindo os estrangeiros e habitantes dos territórios semiautônomos de Hong Kong e Macau.

"Em 2023, o número de nascimentos foi de 9,02 milhões, com uma taxa de natalidade de 6,39 por mil habitantes", explicou o órgão estatístico.

- "Impossível de reverter" -

A China pôs fim à sua rígida política do filho único em 2016, imposta na década de 1980 por medo da superpopulação, e desde 2021 permite que os casais tenham até três filhos.

Mas isso não conseguiu reverter o declínio demográfico de um país que há muito tempo faz da sua extensa mão de obra um motor de dinamismo econômico.

Se na década de 1960 o número médio de filhos por mulher era superior a 7, em 2022 caiu para preocupantes 1,05, disse à AFP o demógrafo independente He Yafu, que afirma se basear em dados oficiais.

Como se explica essa mudança de tendência?

Entre os principais motivos está o alto custo de criar um filho e a crescente desconfiança das gerações mais jovens em relação à instituição do casamento, um passo obrigatório na China antes da procriação.

Além disso, o número crescente de mulheres que frequentam o ensino superior atrasou a idade da primeira gravidez.

"A tendência de declínio populacional na China é basicamente impossível de reverter", disse He Yafu.

"Mesmo que a fecundidade seja incentivada, é impossível que a taxa de fecundidade aumente para a taxa de substituição geracional, porque agora as gerações mais jovens mudaram a sua concepção de fertilidade e geralmente não querem ter mais filhos", explicou este analista.

Para conter este declínio, o especialista apela a mais auxílio familiar, soluções para o cuidado de crianças e a promoção do acesso das crianças a creches.

- A imigração "não é viável" -

Os problemas desta crise demográfica e do envelhecimento da população são múltiplos, especialmente a nível econômico, devido à redução da força de trabalho disponível.

Mas também gera desafios sociais. Na China, a tradição obriga as gerações mais jovens a cuidar dos seus familiares idosos em maior grau do que acontece nas sociedades ocidentais.

A maioria dos casais é agora constituída por dois adultos que são filhos únicos e que seriam responsáveis por cuidar dos seus quatro pais idosos.

Para compensar este fardo, as autoridades apresentaram esta semana um plano bilionário para satisfazer as necessidades dos serviços para a terceira idade.

Incentivar a imigração para conter o declínio demográfico "não é viável" porque "nas próximas décadas, a população chinesa diminuirá em várias centenas de milhões de pessoas", estima He.

Isso implicaria trazer "centenas de milhões de pessoas" quando "a grande maioria dos chineses se opõe atualmente à imigração e as autoridades são muito restritivas neste assunto", observou.

A gigante da tecnologia Google confirmou na terça-feira (16) a eliminação de "algumas centenas" de cargos de sua equipe de publicidade global, em meio ao uso crescente de Inteligência Artificial (IA) para eficiência e criatividade.

O Google alega que os cortes de empregos em sua equipe de vendas de anúncios para "grandes clientes" visam a melhorar o suporte às médias e pequenas empresas que anunciam em suas plataformas.

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O Google não fez referência direta à Inteligência Artificial generativa (IA), que está invadindo vários setores, entre eles a publicidade.

Na semana passada, a unidade de computação na nuvem do Google anunciou novas ferramentas de IA para ajudar os varejistas a "personalizarem lojas on-line, modernizar operações e transformar a implantação de tecnologia nas lojas".

O Google citou uma pesquisa, segundo a qual 80% dos vendedores americanos perceberam a necessidade urgente de adotar IA em suas operações.

"Em apenas um ano, a IA generativa passou de um conceito pouco reconhecido para um dos recursos de avanço mais rápido em toda a tecnologia e parte fundamental das agendas de muitos varejistas", disse a vice-presidente de Indústrias Estratégicas da Google Cloud, Carrie Tharp, em um comunicado.

De acordo com a empresa, as novas ferramentas de IA do Google permitiram que os varejistas integrassem facilmente agentes virtuais em sites, ou aplicativos móveis, para fornecer ajuda personalizada e recomendações aos compradores.

Um dia depois de sua vitória contundente em Iowa, Donald Trump começou a cortejar nesta terça-feira (16) os eleitores em New Hampshire, pequeno estado do nordeste dos Estados Unidos, onde espera dar, a partir da próxima semana, mais um passo rumo à indicação republicana.

Na localidade de Atkinson, centenas de simpatizantes o esperavam em meio à intensa nevasca. Para eles, sua palavra é a lei.

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"Vai vencer as primárias de forma esmagadora, certeza", disse Loribeth Calderwood, que se apresenta como "mãe e garçonete".

Para Edward X. Young, que comparece habitualmente aos comícios de Trump e que viajou "11 horas" de carro por conta do clima ruim, "está claro, deveriam interromper as primárias, ele é o candidato republicano, basta".

De fato, o magnata de 77 anos deu um passo gigante para uma nova disputa em novembro com o presidente Joe Biden pela Casa Branca, após ganhar nesta segunda 98 dos 99 distritos eleitorais de Iowa.

- Tribunal -

Antes de se dirigir a New Hampshire, o republicano teve que se apresentar à Justiça de Nova York.

Donald Trump compareceu nesta terça-feira (16) ao tribunal de Nova York, onde começou a ser julgado por difamação em um processo movido pela escritora E. Jean Carroll, de 80 anos, que já ganhou outra ação contra ele por agressão sexual no ano passado.

A ex-colunista da revista Elle reivindica 10 milhões de dólares (48,7 milhões de reais, na cotação atual) em indenização por danos à sua reputação profissional.

Segunda a imprensa judiciária presente na sala, os dois protagonistas não trocaram olhares durante as primeiras horas da audiência dedicada à seleção dos nove membros do júri deste julgamento, que deve durar vários dias.

Este novo julgamento centra-se nas declarações que o republicano de 77 anos fez em junho de 2019, depois de Carroll ter mencionado acusações de agressão sexual em um artigo de revista e em um livro.

Na época, o então presidente disse que Carroll "não fazia o seu tipo" e que ela inventou toda essa história para "vender seu novo livro".

Na semana passada, em um tribunal próximo, outro julgamento foi concluído contra o magnata e dois de seus filhos por fraude fiscal.

- Agora New Hampshire -

Trump tem pelo menos seis datas de audiências civis e criminais pendentes, mas que, por ora, não parecem prejudicar sua carreira política, muito pelo contrário.

O republicano, favorito à indicação de seu partido para as eleições presidenciais de 4 de novembro, descreveu as diferentes batalhas judiciais que enfrenta como uma "caça às bruxas" para impedir suas aspirações.

As primárias em New Hampshire, que acontecem na semana que vem, estão abertas a eleitores que não estejam filiados a nenhum partido, o que poderia favorecer uma candidata como Nikki Haley, percebida como mais de centro.

"É contra Trump que eu luto", disse ela na segunda-feira, ao afirmar não estar preocupada com o governador da Flórida, Ron DeSantis, com políticas duras sobre imigração e aborto, e que ficou em segundo em Iowa, com 21% dos votos.

Mas, se o ex-presidente Trump voltar a ganhar em New Hampshire, será extremamente difícil para Nikki Haley e Ron DeSantis permanecer na disputa.

- 'Trabalhar ainda mais duro' -

O presidente Joe Biden, cuja campanha tenta decolar, conta com um aumento da rejeição a Trump entre os eleitores independentes na medida em que o ano avança.

"Temos que trabalhar ainda mais duro agora. Se Donald Trump for nosso oponente, deveríamos esperar ataques mesquinhos, mentiras intermináveis e gastos escandalosos", escreveu Biden nesta terça-feira em um e-mail destinado a doadores para a corrida pela Casa Branca.

O democrata, de 81 anos, tem pouca ou nenhuma concorrência para a indicação de seu partido, que será decidida em agosto, apesar do efeito negativo de sua idade entre os eleitores.

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, denunciou nesta terça-feira (16), no Fórum Econômico Mundial de Davos, obstáculos comerciais "discriminatórios" e defendeu a determinação de "linhas vermelhas" para o desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA).

Li Qiang é a mais importante autoridade chinesa a participar do Fórum Econômico Mundial celebrado todos os anos na Suíça desde 2017, quando o presidente Xi Jinping esteve no evento.

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Em seu discurso, poucos dias após a eleição presidencial em Taiwan, que levanta temores de um ressurgimento das tensões entre China e Estados Unidos, não abordou abertamente as questões diplomáticas, focando na economia.

Li denunciou "medidas discriminatórias para o comércio e o investimento" que ressurgem a cada ano e afirmou que "todos os obstáculos e perturbações podem desacelerar ou bloquear fluxos vitais para a economia global".

O primeiro-ministro não mencionou nenhum país, mas o comércio tem sido uma questão espinhosa entre a China, Estados Unidos e União Europeia (UE) nos últimos anos.

Recentemente, os Estados Unidos voltaram a impor limites às exportações de chips essenciais para o desenvolvimento da tecnologia de Inteligência Artificial e a UE abriu uma investigação sobre os subsídios chineses para veículos elétricos.

- "A corrida já começou" -

Li Qiang também defendeu uma "boa governança" para a tecnologia da IA, que está em alta, assegurando que a China "deseja desenvolver a comunicação e a cooperação com todas as partes para melhorar os mecanismos de governança da Inteligência Artificial".

Os avanços da denominada IA generativa, que impactaram a opinião pública com o programa ChatGPT, centralizaram muitos dos debates em Davos.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, advertiu que a UE deve "redobrar seus esforços" para não ficar para trás nesta corrida.

"A corrida já começou. Nossa competitividade futura depende da integração da IA em nossas atividades diárias", informou.

O diretor-executivo da Microsoft, Satya Nadella, defendeu sua parceria com a OpenAI, que criou o chatGPT, cujos investimentos de aproximadamente 13 bilhões de dólares (cerca de 65 bilhões de reais na cotação atual) desde 2019 são alvos de reguladores europeus.

"As parcerias são um caminho para adquirir competitividade", afirmou em um evento organizado pela Bloomberg em paralelo aos encontros de Davos, destacando o "grande risco" assumido pela Microsoft.

A reunião em Davos contará com a presença do presidente argentino, Javier Milei, que apresentará suas ideias libertárias a este fórum que reúne as elites econômicas e políticas do mundo.

Este economista ultraliberal de 53 anos que assumiu o poder há pouco mais de um mês desperta grande interesse.

"Há mais de 60 pedidos de bilaterais", disse Milei antes de viajar. "Não tenho como responder fisicamente a tamanha demanda".

A empresa americana OpenAI, criadora do robô virtual ChatGPT, anunciou que lançará ferramentas contra a desinformação este ano, quando são realizadas dezenas de eleições em países que reúnem metade da população mundial.

A ferramenta conversacional ChatGPT alimentou uma revolução na Inteligência Artificial (IA), mas também suscitou advertências de especialistas de que esses programas poderiam inundar a Internet de desinformação e influenciar as decisões dos eleitores.

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Com inúmeras eleições acontecendo este ano em países como Estados Unidos, Índia e Grã-Bretanha, ou em outros menores como o Uruguai, a OpenAI declarou na segunda-feira (15) que não permitirá que sua tecnologia - incluindo o ChatGPT e o gerador de imagens DALL-E 3 - seja usada em campanhas políticas.

"Queremos garantir que a nossa tecnologia não seja usada para minar" os processos democráticos, afirmou a OpenAI em um blog.

"Ainda estamos trabalhando para compreender a eficácia das nossas ferramentas de persuasão personalizada. Até sabermos mais, não permitimos a construção de aplicativos para campanhas políticas e grupos de pressão", acrescentou a empresa.

- Desinformação: um risco -

A desinformação, incluindo a gerada pela IA, é um dos maiores riscos mundiais no curto prazo e pode causar danos aos governos recém-eleitos nas principais potências econômicas, alertou o Fórum Econômico Mundial na semana passada.

Segundo especialistas, o medo da desinformação eleitoral começou há anos, mas o acesso fácil a potentes geradores de texto e a imagens baseadas em IA aumentou a ameaça, especialmente se os usuários não conseguirem distinguir facilmente se o conteúdo é falso, ou se foi manipulado.

Ontem, a OpenAI informou que está preparando ferramentas que tornem mais confiáveis os textos gerados pelo ChatGPT, além de oferecer aos usuários a possibilidade de detectar se uma imagem foi criada com o DALL-E 3.

"No início deste ano, implementaremos as credenciais digitais da Coalition for Content Provenance and Authenticity (Coalizão para Autenticidade e Prevenção de Conteúdos), uma abordagem que codifica os detalhes sobre a procedência do conteúdo usando criptografia", declarou a empresa.

Também conhecida como C2PA, essa coalizão pretende melhorar a identificação e o rastreio de conteúdos digitais. Seus membros incluem grandes empresas como Microsoft, Sony, Adobe e as japonesas especializadas em imagem Nikon e Canon.

De acordo com a OpenAI, o ChatGPT direcionará os usuários para sites autorizados quando forem feitas perguntas de procedimentos sobre as eleições americanas: por exemplo, onde votar.

"As conclusões deste trabalho servirão de base para nossa abordagem em outros países e regiões", afirmou a empresa, acrescentando que o DALL-E 3 conta com "cercas" para evitar a geração de imagens de pessoas reais, incluindo candidatos.

O anúncio da OpenAI foi feito na esteira de medidas tomadas por gigantes da tecnologia como o Google e a rede social Facebook para limitar a interferência eleitoral, especialmente por meio do uso de IA.

Em seu trabalho, a AFP já desmentiu material falso como o do presidente dos Estados Unidos anunciando o recrutamento de soldados, ou o curta-metragem da democrata Hillary Clinton, proclamando seu apoio à candidatura presidencial do governador do estado da Flórida, o republicano Ron DeSantis.

Este tipo de material audiovisual circulou nas redes sociais durante a campanha, por exemplo, para as eleições de Taiwan realizadas este mês, segundo estudos realizados pela equipe de Verificação de Fatos da AFP.

O número de adultos que consomem tabaco tem diminuído constantemente nos últimos anos em todo o mundo, informou nesta terça-feira(16) a Organização Mundial da Saúde (OMS), embora tenha alertado que a indústria do tabaco luta para inverter a tendência.

Em 2022, um em cada cinco adultos em todo o mundo era fumante ou consumia outros produtos do tabaco, em comparação com um em cada três em 2000, afirmou a OMS.

Um novo relatório que analisa as tendências do consumo de tabaco entre 2000 e 2030 revelou que 150 países conseguiram reduzir o consumo de tabaco.

Mas embora as taxas de tabagismo estejam diminuindo na maioria dos países, a OMS alertou que as doenças relacionadas ao tabaco poderão permanecer elevadas durante alguns anos.

O tabaco mata atualmente mais de oito milhões de pessoas por ano, incluindo 1,3 milhão de não fumantes que estão expostos ao fumo passivo, segundo a OMS.

"Os países que implementam controles rigorosos do tabaco podem esperar cerca de 30 anos entre a reversão da taxa de prevalência de aumento para queda, e ver uma reversão no número de mortes relacionadas ao tabaco", afirma o relatório.

- Não é hora de relaxar -

Embora o número de fumantes tenha diminuído, a OMS afirmou que o mundo ficará aquém do seu objetivo de uma redução de 30% no consumo de tabaco entre 2010 e 2025.

Há 56 países que podem atingir a meta, incluindo o Brasil, que já reduziu o consumo de tabaco em 35% desde 2010.

Entretanto, seis países registraram um aumento no consumo de tabaco desde 2010: República do Congo, Egito, Indonésia, Jordânia, Moldávia e Omã.

No geral, o mundo está a caminho de reduzir o consumo de tabaco em um quarto nos 15 anos até 2025, de acordo com o documento.

No entanto, a organização alertou que a indústria do tabaco pretende reverter os avanços.

"Houve avanços no controle do tabaco, mas não é hora de relaxar", disse Ruediger Krech, diretor do departamento de promoção da saúde da OMS.

"Surpreende-me até onde chegará a indústria do tabaco na busca de lucros à custa de inúmeras vidas", disse ele.

"Percebemos que assim que um governo acredita que ganhou a luta contra o tabaco, a indústria do tabaco aproveita a oportunidade para manipular as políticas de saúde e vender os seus produtos mortais".

A informação sugere que a indústria procura minar os esforços dos países para desencorajar os jovens de consumirem tabaco.

"É relatado o uso regular dos produtos entre os jovens, facilidade em adquiri-los e pouca preocupação em se tornarem viciados", afirma o relatório.

O cantor Elton John se somou ao seleto clube de vencedores do "Grand Slam" de prêmios artísticos, conhecido como EGOT, ao conquistar um Emmy.

O artista britânico venceu a categoria Melhor Especial de Variedades, graças ao último show nos Estados Unidos da sua turnê de despedida, "Elton John Live: Farewell from Dodger Stadium", em Los Angeles.

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Com este reconhecimento, Elton John tornou-se a 19ª pessoa a ganhar pelo menos um Emmy, um Grammy, um Oscar e um Tony.

O cantor e compositor, de 76 anos, não compareceu à cerimônia em Los Angeles porque se recupera de uma cirurgia no joelho, mas foi representado no palco por seu produtor Ben Winston.

"Sabíamos que seria histórico porque seria o último show de Elton na América do Norte", disse Winston.

"Não sabíamos que seria histórico porque o homem que criou a trilha sonora das nossas vidas ia ganhar (...) um EGOT", acrescentou.

Elton John ganhou cinco Grammys, dois Oscars de Melhor Canção Original com "O Rei Leão" e "Rocketman" e um Tony pela trilha sonora do musical teatral "Aida".

O clube dos vencedores do EGOT inclui lendas como Rita Moreno, Audrey Hepburn, Mel Brooks, Whoopi Goldberg, John Legend, Andrew Lloyd Webber e Viola Davis.

Os cinco homens mais ricos do mundo mais do que duplicaram sua fortuna desde 2020, disse a organização beneficente Oxfam nesta segunda-feira (15), instando as nações a resistirem à influência dos super-ricos na política fiscal.

Um relatório da organização, publicado esta semana no Fórum Econômico Mundial em Davos, afirmou que sua riqueza aumentou de 405 bilhões de dólares em 2020 para 869 bilhões de dólares no ano passado (R$ 1,9 trilhão e R$ 4,2 trilhões na cotação atual).

Desde 2020, porém, quase cinco bilhões de pessoas em todo o mundo ficaram mais pobres, destacou a Oxfam.

Os bilionários são hoje 3,3 bilhões de dólares (R$ 16,1 bilhões) mais ricos do que em 2020, apesar das muitas crises que devastaram a economia mundial desde o início desta década, incluindo a pandemia da covid-19.

O relatório anual da Oxfam sobre a desigualdade mundial é tradicionalmente publicado pouco antes da abertura do fórum, na segunda-feira, na estância alpina suíça.

A instituição de caridade levantou preocupações sobre o aumento da desigualdade no mundo, com pessoas e empresas mais ricas acumulando maior riqueza - graças ao aumento dos preços das ações - e também mais poder.

"O poder corporativo é usado para impulsionar a desigualdade. Ele espreme os trabalhadores e enriquece os acionistas ricos, evitando impostos e privatizando o Estado", reforçou a Oxfam.

No texto, a organização também acusa as corporações de promoverem "a desigualdade, travando uma guerra sustentada e altamente eficaz contra os impostos", com consequências de longo alcance.

A Oxfam observou que os Estados entregaram o poder aos monopólios, o que permite às empresas influenciarem os salários pagos às pessoas, assim como os preços dos alimentos e dos remédios a que se tem acesso.

A organização afirmou que, graças ao intenso lobby na formulação de políticas fiscais, as empresas têm conseguido pagar impostos corporativos mais baixos, privando os governos de recursos que poderiam ser usados para apoiar os mais pobres da sociedade.

Para abordar esse desequilíbrio, a Oxfam pede a criação de um imposto sobre a riqueza dos milionários e bilionários do mundo e sugere a limitação dos salários dos CEOs das grandes empresas e a quebra dos monopólios privados.

O governo de Joe Biden voltou a denunciar, no domingo (14), a obstrução por parte do Texas da patrulha fronteiriça de acesso a um setor da fronteira com o México, após o afogamento de três migrantes.

Apoiador declarado de Donald Trump, que fez da luta contra a imigração uma questão prioritária da sua campanha eleitoral, o governador republicano Greg Abbott desafia abertamente a autoridade do governo Biden, que acusa de ter causado uma crise migratória na fronteira.

"Na noite de sexta-feira, uma mulher e duas crianças morreram afogadas perto de Eagle Pass, e as autoridades do Texas impediram a Polícia de Fronteira dos EUA de tentar ajudá-los", disse no domingo o porta-voz da Casa Branca, Angelo Fernandez Hernandez.

"À medida que continuamos estabelecendo os fatos destas mortes trágicas, uma coisa é clara: as manobras políticas do Governador Abbott são cruéis, desumanas e perigosas. A Polícia de Fronteira deve ter acesso às fronteiras para fazer cumprir as nossas leis", acrescentou o porta-voz.

À noite, a Chancelaria do México confirmou em comunicado que as três vítimas eram mexicanas e que os corpos já haviam sido recuperados pelas autoridades locais.

O governo mexicano, acrescenta, irá "acompanhar as exigências" da Casa Branca contra o Texas pelas medidas implementadas na fronteira e que "potencialmente impactam os protocolos de assistência e resgate aos migrantes".

Por sua vez, um legislador democrata do Texas, Henry Cuellar, acusou a Guarda Nacional do Texas, que assumiu o controle exclusivo de um setor-chave da fronteira, "de não ter autorizado o acesso à Polícia de Fronteira para salvar os migrantes".

"Esta é uma tragédia pela qual o estado do Texas é responsável", disse ele em comunicado no sábado.

O Departamento Militar, responsável pela Guarda Nacional do Texas, indicou que foi contatado pela patrulha fronteiriça na noite de sexta-feira sobre a situação de emergência, e sustentou que uma das suas unidades "revistou ativamente o rio com luzes e óculos de visão noturna", sem encontrar migrantes em perigo ou corpos.

O Hamas reportou, nesta segunda-feira (15), mais de 24 mil mortes na Faixa de Gaza desde o início da guerra com Israel desencadeada após o ataque de 7 de outubro do movimento islamista palestino, um conflito que provocou uma onda de choque em toda a região.

A violência aumentou na Cisjordânia ocupada e na fronteira Israel-Líbano.

Os bombardeios dos Estados Unidos contra os rebeldes huthis, aliados do Irã, no Iêmen, devido aos seus ataques no Mar Vermelho, também aumentaram os receios de uma escalada do conflito para além da Faixa de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas eclodiu após o ataque sem precedentes do grupo islamista em solo israelense, onde morreram cerca de 1.140 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Cerca de 250 pessoas foram sequestradas e 132 permanecem cativas em Gaza, segundo as autoridades israelenses.

Israel prometeu "aniquilar" o Hamas, no poder no enclave, e desde então tem bombardeado o território sem cessar, sob um cerco apertado. Cerca de 24.100 pessoas, a maioria mulheres e menores de idade, morreram, segundo informou o Ministério da Saúde do movimento nesta segunda-feira.

- Viver "em um inferno" -

"Mais de 60 mártires e dezenas de feridos nos novos massacres cometidos esta noite e nas primeiras horas da manhã pelas forças de ocupação", afirmou a assessoria de imprensa do governo do Hamas, mencionando os bombardeios "intensos" na Faixa.

Dois hospitais, uma escola e "dezenas" de casas foram atingidos, acrescentou.

O Exército israelense afirmou que suas forças atacaram "dois terroristas que portavam armas em um veículo" em Khan Yunis, a principal cidade do sul de Gaza, e "um centro de comando do Hamas".

Segundo um comunicado do Hamas, os bombardeios ocorreram em Khan Yunis e Rafah, no extremo sul do território, onde o Exército israelense concentra agora a sua ofensiva.

Depois de mais de três meses de conflito, o pequeno território vive em condições extremas, com escassez de alimentos, medicamentos e combustível. Segundo a ONU, 1,9 milhões dos 2,4 milhões de habitantes tiveram que abandonar as suas casas.

"Não há comida, nem água, nem calefação. Estamos morrendo de frio", diz Mohammad Kahil, um deslocado do norte do enclave agora estabelecido em Rafah.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que a população de Gaza vive "no inferno".

A Unicef, o Programa Mundial de Alimentos e a OMS alertaram em uma declaração conjunta sobre o "risco de fome" e "epidemias de doenças mortais" na Faixa de Gaza, e apelaram a "mudanças fundamentais" na prestação de ajuda humanitária, incluindo a abertura de novos pontos de entrada "mais seguros e rápidos".

- Míssil derrubado no Mar Vermelho -

O conflito teve repercussões na região, como resultado das ações de grupos armados que apoiam o Hamas.

No norte de Israel, na fronteira com o Líbano, há trocas de disparos diárias com o movimento xiita Hezbollah, apoiado pelo Irã.

O Hezbollah informou no domingo que realizou seis ataques em solo israelense, um dos quais matou dois civis, segundo as autoridades locais.

A tensão também aumentou no Mar Vermelho, por onde passa 12% do comércio mundial. Os rebeldes huthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, atacam navios vinculados a Israel em solidariedade com os palestinos de Gaza. Os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam posições dos insurgentes na semana passada.

O Exército dos Estados Unidos afirmou, no domingo, que derrubou um míssil de cruzeiro direcionado a um de seus navios de guerra na costa do Iêmen, lançado de áreas controladas pelos huthis.

Na Turquia, clara defensora da causa palestina, dois jogadores de futebol israelenses que jogam em clubes da primeira divisão estão no centro de uma polêmica por terem mostrado mensagens de apoio aos reféns em Gaza.

Sagiv Jehezkel, de 28 anos, jogador do Antalya, foi libertado nesta segunda-feira enquanto aguardava julgamento, depois de ter sido detido na véspera sob a acusação de "incitamento ao ódio", após ter mostrado uma pulseira no punho que dizia "100 dias. 07/10" ao lado de uma estrela de Davi.

Outro jogador israelense no campeonato turco, Eden Karzev, de 23 anos, foi punido por seu clube, o Basaksehir, por publicar no Instagram uma imagem que dizia em inglês: "100 – Devolva-os para casa AGORA", em referência aos reféns.

O papa Francisco declarou neste domingo (14) que renunciar ao comando da Igreja Católica "é uma possibilidade aberta", mas garantiu que a ideia não está atualmente em seus pensamentos.

O religioso, que participou de uma entrevista com o jornalista Fabio Fazio no programa Che Tempo Che Fa, comentou que "continua vivo" em resposta ao anfitrião que lhe perguntou como ele estava.

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"Não é um pensamento, nem uma preocupação, nem um desejo, mas uma possibilidade aberta a todos os Papas. Mas neste momento não está no centro dos meus pensamentos. Enquanto eu tiver vontade de servir, irei continuar", analisou o pontífice, que participou do talk show remotamente.

O líder da Igreja Católica acrescentou que "teremos que pensar" na possibilidade de renúncia se a condição mudar futuramente.

Aos 87 anos, o papa Francisco viu seu pontificado completar uma década e teve um 2023 bastante agitado. Ao mesmo tempo em que participou de um sínodo e fez cinco viagens, o religioso precisou superar alguns problemas de saúde.

Da Ansa

O novo chefe da diplomacia francesa, Stéphane Séjourné, e sua contraparte alemã, Annalena Baerbock, reafirmaram neste domingo (14) que seus países apoiarão a Ucrânia em sua guerra contra a Rússia "pelo tempo que for necessário".

"Estamos totalmente de acordo" para dizer que "temos que apoiar os ucranianos pelo tempo que for necessário", declarou Séjourné à imprensa, em sua primeira visita como ministro a Berlim.

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Baerbock reiterou o apoio a Kiev "até que a Rússia se retire" do território ucraniano.

O presidente russo, Vladimir Putin, "não vai parar" essa guerra, "não quer parar", acrescentou.

Tais declarações buscam tranquilizar os temores de Kiev de que seus aliados ocidentais reduzam sua ajuda para combater a invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.

Esta é a lista dos indicados nas principais categorias da 75ª edição do Emmy, o Oscar da televisão, que está prevista para 15 de janeiro.

A série dramática "Succession" lidera a disputa do Emmy pelo segundo ano consecutivo, com 27 indicações, seguida da adaptação do jogo "The Last of Us", com 24, e da sátira "The White Lotus", com 23, todas da HBO.

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A comédia da Apple TV+ "Ted Lasso" completa o quadro das favoritas com 21 indicações.

- Melhor série dramática -

"Andor" (Disney+)

"Better Call Saul" (AMC)

"The Crown" (Netflix)

"A Casa do Dragão" (HBO)

"Succession" (HBO)

"The Last of Us" (HBO)

"The White Lotus" (HBO)

"Yellowjackets" (Showtime)

- Melhor série de comédia -

"Abbott Elementary" (ABC)

"Barry" (HBO)

"O Urso" (FX)

"Na Mira do Júri" (Amazon Freevee)

"A Maravilhosa Sra. Maisel" (Prime Video)

"Only Murders in the Building" (Hulu)

"Ted Lasso" (Apple TV+)

"Wandinha" (Netflix)

- Melhor ator em série dramática -

Jeff Bridges, "The Old Man"

Brian Cox, "Succession"

Kieran Culkin, "Succession"

Bob Odenkirk, "Better Call Saul"

Pedro Pascal, "The Last of Us"

Jeremy Strong, "Succession"

- Melhor atriz em série dramática -

Sharon Horgan, "Mal de Família"

Melanie Lynskey, "Yellowjackets"

Elisabeth Moss, "The Handmaid's Tale"

Bella Ramsey, "The Last of Us"

Keri Russell, "A Diplomata"

Sarah Snook, "Succession"

- Melhor ator em série de comédia -

Bill Hader, "Barry"

Jason Segel, "Falando a Real"

Martin Short, "Only Murders in the Building"

Jason Sudeikis, "Ted Lasso"

Jeremy Allen White, "O Urso"

- Melhor atriz em série de comédia -

Christina Applegate, "Disque Amiga para Matar"

Rachel Brosnahan, "A maravilhosa Sra. Maisel"

Quinta Brunson, "Abbott Elementary"

Natasha Lyonne, "Poker Face"

Jenna Ortega, "Wandinha"

- Melhor ator coadjuvante em série dramática -

F. Murray Abraham, "The White Lotus"

Nicholas Braun, "Succession"

Michael Imperioli, "The White Lotus"

Theo James, "The White Lotus"

Matthew Macfadyen, "Succession"

Alan Ruck, "Succession"

Will Sharpe, "The White Lotus"

Alexander Skarsgard, "Succession"

- Melhor atriz coadjuvante em série dramática -

Jennifer Coolidge, "The White Lotus"

Elizabeth Debicki, "The Crown"

Meghann Fahy, "The White Lotus"

Sabrina Impacciatore, "The White Lotus"

Aubrey Plaza, "The White Lotus"

Rhea Seehorn, "Better Call Saul"

J. Smith-Cameron, "Succession"

Simona Tabasco, "The White Lotus"

- Melhor ator coadjuvante em série de comédia -

Anthony Carrigan, "Barry"

Phil Dunster, "Ted Lasso"

Brett Goldstein, "Ted Lasso"

James Marsden, "Na Mira do Júri"

Ebon Moss-Bachrach, "The Bear"

Tyler James Williams, "Abbott Elementary"

Henry Winkler, "Barry"

- Melhor atriz coadjuvante em série de comédia -

Alex Borstein, "A maravilhosa Sra. Maisel"

Ayo Edebiri, "O Urso"

Janelle James, "Abbott Elementary"

Sheryl Lee Ralph, "Abbott Elementary"

Juno Temple, "Ted Lasso"

Hannah Waddingham, "Ted Lasso"

Jessica Williams, "Falando a Real"

- Melhor minissérie -

"Treta" (Netflix)

"Dahmer: Um Canibal Americano" (Netflix)

"Daisy Jones & the Six" (Prime Video)

"A Nova Vida de Toby" (FX)

"Obi-Wan Kenobi" (Disney+)

- Melhor ator em minissérie ou filme para televisão -

Taron Egerton, "Black Bird"

Kumail Nanjiani, "Bem-Vindos ao Clube da Sedução"

Evan Peters, "Dahmer: Um Canibal Americano"

Daniel Radcliffe, "Weird: The Al Yankovic Story"

Michael Shannon, "George & Tammy"

Steven Yeun, "Treta"

- Melhor atriz em minissérie ou filme para televisão -

Lizzy Caplan, "A Nova Vida de Toby"

Jessica Chastain, "George & Tammy"

Dominique Fishback, "Enxame"

Kathryn Hahn, "As Pequenas Coisas da Vida"

Riley Keough, "Daisy Jones & the Six"

Ali Wong, "Treta"

- Melhor ator coadjuvante em minissérie ou filme para televisão -

Murray Bartlett, "Bem-Vindos ao Clube da Sedução"

Paul Walter Hauser, "Black Bird"

Richard Jenkins, "Dahmer: Um Canibal Americano"

Joseph Lee, "Treta"

Ray Liotta, "Black Bird"

Young Mazino, "Treta"

Jesse Plemons, "Amor e Morte"

- Melhor atriz coadjuvante em minissérie ou filme para televisão -

Annaleigh Ashford, "Bem-Vindos ao Clube da Sedução"

Maria Bello, "Treta"

Claire Danes, "A Nova Vida de Toby"

Juliette Lewis, "Bem-Vindos ao Clube da Sedução"

Camila Morrone, "Daisy Jones & the Six"

Niecy Nash-Betts, "Dahmer: Um Canibal Americano"

Merritt Wever, "As Pequenas Coisas da Vida"

- Séries com mais indicações -

"Succession" - 27

"The Last of Us" - 24

"The White Lotus" - 23

"Ted Lasso" - 21

"A Maravilhosa Sra. Maisel" - 14

"O Urso" - 13

"Treta" - 13

"Dahmer: Um Canibal Americano" - 13

"Wandinha" - 12

"Barry" - 11

"Only Murders in the Building" - 11

Um recém-nascido foi encontrado no último sábado (13) dentro de uma lata de lixo em uma cidade da província de Turim, no norte da Itália.

O bebê, que era um menino, foi achado por um homem de 49 anos que ouviu alguns gemidos vindos diretamente de uma lixeira que estava em um beco perto de sua casa em Villanova Canavese.

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Ao se aproximar, o italiano notou que o recém-nascido estava dentro de um saco plástico, com a placenta e o cordão umbilical ainda presentes.

De acordo com as autoridades locais, o bebê está bem e recebeu o nome de Lorenzo.

Os médicos que cuidam do recém-nascido disseram neste domingo (14) que o pequeno Lorenzo estava sofrendo de hipotermia quando foi encontrado e, desde então, está em uma incubadora. 

Da Ansa

A Coreia do Norte lançou um míssil balístico neste domingo (14), anunciou o Exército sul-coreano, poucos dias depois de vários exercícios de artilharia com munição real que sinalizam um endurecimento da posição do regime de Pyongyang.

"A Coreia do Norte lançou um míssil balístico não identificado em direção ao Mar do Leste", disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em um comunicado, referindo-se a uma área também conhecida como Mar do Japão.

Segundo o Estado-Maior Conjunto, o míssil voou mil quilômetros.

A Guarda Costeira japonesa anunciou ter detectado "um objeto, potencialmente um míssil balístico, lançado pela Coreia do Norte", citando informações do Ministério da Defesa do país, e pediu que os navios na área fossem cautelosos.

O último míssil lançado pela Coreia do Norte, em 18 de dezembro, foi um míssil balístico intercontinental (ICBM) Hwasong-18 de combustível sólido, o mais avançado que possuem, e foi disparado em direção ao Mar do Japão.

Em janeiro, a Coreia do Norte realizou exercícios de artilharia com munição real em sua costa ocidental, perto de ilhas sul-coreanas cuja população civil foi chamada para se abrigar.

- Mudança de tom -

Na quarta-feira, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, descreveu a Coreia do Sul como o "principal inimigo" do país.

"Finalmente chegou o momento histórico em que devemos defini-lo como o Estado mais hostil em relação à Coreia do Norte", afirmou Kim, qualificando seu vizinho como o "principal inimigo" de Pyongyang.

Essas declarações marcam uma mudança de tom na política norte-coreana, e analistas acreditam que Pyongyang adotará uma posição mais dura no futuro.

As relações entre as duas Coreias estão em seu ponto mais baixo em décadas.

Em dezembro, Kim ordenou acelerar os preparativos militares para uma "guerra" que poderia "ser desencadeada a qualquer momento".

Ele também denunciou uma "situação de crise persistente e incontrolável", supostamente causada por Seul e Washington com seus exercícios militares conjuntos na região.

Pyongyang conseguiu lançar um satélite espião no ano passado, após, segundo a Coreia do Sul, receber assistência tecnológica russa em troca de entregas de armas para a guerra que Moscou trava na Ucrânia.

Nesse sentido, autoridades norte-coreanas anunciaram neste domingo que o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte visitará a Rússia na próxima semana.

No ano passado, a Coreia do Norte também consolidou sua posição como potência nuclear em sua Constituição e lançou vários mísseis balísticos intercontinentais, violando resoluções da ONU.

Em novembro, Seul suspendeu parcialmente um acordo concluído com Pyongyang em 2018, que visava a prevenir incidentes militares na fronteira, mais uma indicação do agravamento das tensões entre os dois vizinhos.

Desde que Pyongyang realizou seu primeiro teste nuclear, em 2006, o Conselho de Segurança da ONU adotou inúmeras resoluções pedindo que a Coreia do Norte encerre seus programas nucleares e de mísseis balísticos.

O poeta russo Lev Rubinstein, conhecido por sua dissidência durante a era soviética e crítico do Kremlin, morreu neste domingo (14) aos 76 anos, poucos dias depois de ter sido atropelado em Moscou, anunciou sua filha.

"Meu pai, Lev Rubinstein, morreu", escreveu Maria Rubinstein em seu blog no site Live Journal, informou a imprensa russa.

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Em 8 de janeiro, o poeta foi atropelado ao atravessar uma rua da capital e precisou ser internado em estado gravíssimo.

De acordo com o Departamento de Transportes de Moscou, o proprietário do carro esteve envolvido em 19 violações do código de trânsito nos últimos 12 meses.

Nascido em 1947 em Moscou, Rubinstein foi uma das figuras da cena literária clandestina soviética das décadas de 1970 e 1980. É considerado um dos fundadores do movimento "conceitualista" da década de 1970, que zombava da doutrina oficial do realismo socialista.

Após a desintegração da União Soviética, sua notoriedade cresceu, publicou em diversas editoras renomadas e trabalhou como jornalista, sem esconder suas críticas ao presidente russo, Vladimir Putin.

Em março de 2022, juntamente com outros escritores russos, assinou uma carta aberta qualificando o ataque em grande escala do Exército russo à Ucrânia como uma "guerra criminosa", também criticando as "mentiras" do Kremlin.

A ONG russa Memorial, especializada na defesa dos direitos humanos e na preservação da memória das vítimas da repressão soviética, elogiou-o como "um descritor incisivo de várias épocas da Rússia".

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