Tópicos | mundo

O novo ministro das Relações Exteriores da França, Stéphane Séjourné, garantiu nesta sexta-feira (12) que a Europa será sua "prioridade" e reiterou o apoio à Ucrânia para "garantir a vitória da democracia".

"O fortalecimento da Europa [no cenário internacional] será minha prioridade", confirmou Séjourné durante a transferência de pasta junto a sua antecessora Catherine Colonna em Quai d'Orsay, sede da diplomacia francesa.

"O rearmamento da França passa pelo rearmamento da Europa. Viajarei nos próximos dias para Berlim e Varsóvia", acrescentou o também eurodeputado e líder do partido presidencial, que assume o cargo aos 38 anos.

Fiel partidário do presidente francês, Emmanuel Macron, insistiu que a Europa era uma garantia para o futuro da França, especialmente a extrema direita, crítica com a construção europeia, lidera as pesquisas no seu país antes das eleições para o Parlamento Europeu em junho.

"Sei que o mundo dá medo (...), que vocês estão orgulhosos de seu país (...), da sua voz única no mundo, da sua vocação universal", garantiu o diplomata em uma mensagem aos franceses.

"Este ministério é uma voz no mundo, mas também o seu escudo contra a desordem mundial. A nossa missão é oferecer ao nosso país um mundo mais seguro para vocês e seus filhos", acrescentou.

A nomeação ocorre em meio a mudanças no governo da França, com o novo governo liderado pelo primeiro-ministro Gabriel Attal.

Séjourné reforçou que "ajudar a Ucrânia", invadida pela Rússia em 2022, "é garantir a vitória da democracia", disse, acrescentando que "promover um intercâmbio justo no comércio exterior é garantir seus empregos".

O novo chefe da diplomacia francesa, que lidera o grupo parlamentar liberal no Parlamento Europeu desde 2021, é pouco conhecido do público em geral.

Ele passou parte da infância e da juventude na Espanha e na Argentina. A crise argentina de 2001 levou-o a tornar-se politicamente ativo, primeiro no Partido Socialista e posteriormente com Macron. "Vi então como toda uma classe média na Argentina caiu na pobreza extrema (...) percebi que as decisões políticas podem ter impacto na vida das pessoas", disse ele ao jornal Le Parisien em 2019.

Necrotérios com famílias aos prantos, uma população civil exausta e aterrorizada, bairros reduzidos a escombros e um sistema de saúde sobrecarregado: depois de cem dias, a Faixa de Gaza foi devastada pela guerra entre Israel e o Hamas.

"São apenas cem dias, mas temos a impressão de que se passaram cem anos", confidencia Abdul Aziz Saadat, que como a grande maioria dos habitantes de Gaza teve de fugir da sua casa e vive em um acampamento de refugiados em Rafah, no sul da Faixa.

##RECOMENDA##

Este enclave costeiro superlotado mudou muito nos últimos meses. O que antes eram bairros com ruas cheias de gente e engarrafamentos, agora são pilhas de ruínas.

"Alguns se abrigam em escolas, outros nas ruas, no chão ou em bancos. A guerra afetou a todos", descreve Saadat. Cerca de 1,9 milhão de pessoas, ou seja, 80% da população da Faixa, tiveram que deixar suas casas, segundo a ONU.

- "Morte e desespero" -

A Faixa de Gaza tornou-se "inabitável" e "um lugar de morte e desespero", como resumiu o coordenador humanitário da ONU, Martin Griffiths.

Os 2,4 milhões de habitantes de Gaza sobrevivem como podem, e são muito poucos, apenas algumas centenas, os que conseguiram abandonar o território, que está sob um cerco feroz desde pouco depois do início dos bombardeios israelenses.

Estes começaram em 7 de outubro, como uma resposta imediata aos ataques surpresa lançados nesse mesmo dia, um feriado religioso judaico, pelo movimento islamista palestino Hamas.

Os milicianos, que invadiram casas e atacaram principalmente civis, mas também policiais e militares em diversas partes do sul de Israel, deixaram cerca de 1.140 mortos, segundo uma contagem da AFP baseada em fontes israelenses.

Após uma campanha de bombardeios implacável, as tropas israelenses lançaram uma invasão terrestre em 27 de outubro para "aniquilar" o Hamas e libertar os reféns capturados.

Mais de 23 mil pessoas, a maioria civis, morreram na Faixa e quase 60 mil ficaram feridas, segundo o Hamas, que governa o território.

Os acampamentos de refugiados, as estradas e as passagens de fronteira estão repletas de crateras. Escolas, universidades e locais de culto também não escaparam aos ataques.

Israel acusa o Hamas de usar a população civil como escudo humano e de realizar as suas operações a partir de mesquitas, escolas e até hospitais. Essas acusações são rejeitadas pelo Hamas, movimento classificado como terrorista por Israel, União Europeia e Estados Unidos.

- Destruição em massa -

Com base em imagens de satélite, dois professores americanos, Jamon Van Den Hoek e Corey Scher, estimaram que até 5 de janeiro, entre 45% e 56% dos edifícios do enclave haviam sido destruídos ou danificados.

A destruição foi "muito extensa e muito rápida", segundo Van Den Hoek. A extensão dos danos "é comparável às áreas mais afetadas na Ucrânia", acrescenta Corey Scher.

O fim dos combates não significará, portanto, que os habitantes de Gaza poderão voltar às suas casas. A reconstrução é anunciada como titânica e a memória dos falecidos estará por toda parte.

Devido à falta de espaço nos cemitérios, foram cavadas valas comuns em pomares, pátios de hospitais e até em um campo de futebol, observaram jornalistas da AFP.

A cena se repete todos os dias: homens e mulheres, chorando, precisam identificar os corpos envoltos em mortalhas brancas. Os nomes foram registrados com caneta.

No caso dos feridos, aqueles que conseguem chegar a um hospital ainda em funcionamento (cerca de 15 de um total de 36) deparam-se com outro "campo de batalha", como afirma Rik Peeperkorn, representante da Organização Mundial de Saúde (OMS), nos Territórios Palestinos.

Nos hospitais que visitou, afirma ter visto situações de "caos" e "sangue no chão" e ouvido os gritos dos feridos que por vezes esperam vários dias antes de serem atendidos. Algumas salas cirúrgicas são mal iluminadas por lanternas de celulares, devido à falta de energia elétrica, e às vezes funcionam até mesmo sem anestesia.

"Há escassez de quase todos os suprimentos médicos", afirma este representante da OMS, que afirma nunca ter visto "tantas amputações" em toda a sua vida.

- À beira da fome -

"Perdemos a esperança", diz Ibrahim Saadat, deslocado em Rafah. "Como não há água, tomamos banho uma vez por mês, sofremos psicologicamente e as doenças se espalham por toda parte".

Segundo a Unicef, os casos de diarreia entre crianças passaram de 48 mil para 71 mil em uma semana no mês passado. Antes da guerra, havia 2.000 casos por mês.

"Em 30 anos não vi um déficit alimentar tão grande", observa Corinne Fleischer, diretora regional do Programa Mundial de Alimentos (PMA).

"A produção de alimentos está completamente paralisada e as pessoas não podem ir para os seus acampamentos ou pescar no mar", disse à AFP.

O porto de Gaza, onde os pescadores chegavam com as suas capturas, também foi bombardeado. As terras agrícolas, conhecidas pelos seus morangos de inverno, são inacessíveis.

Muitas padarias foram atingidas nos ataques ou tiveram que fechar por falta de combustível. "As lojas estão vazias, não há nada para comprar para comer" e "as pessoas estão morrendo de fome", lamenta Fleischer.

Além do perigo, do sofrimento, do terror e das paisagens de destruição, Hadeel Shehata, de 23 anos, resume a desesperança da juventude de Gaza, onde metade da população é menor de idade.

"Algumas crianças iam para a escola, outras para a creche... nada disso adiantou, tudo se perdeu", lamenta. "Perdemos os nossos sonhos".

Os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam, nesta sexta-feira (12), posições dos rebeldes huthis no Iêmen, que ameaçam a navegação no Mar Vermelho em "solidariedade" aos palestinos em Gaza, onde o Hamas alertou que estes ataques terão "repercussões" regionais.

"Condenamos veementemente a agressão flagrante dos EUA e do Reino Unido no Iêmen. Consideramos que são responsáveis pelas repercussões na segurança regional", disse o movimento islamista palestino no Telegram, acentuando o receio de que o seu conflito com Israel em Gaza se espalhe para outras áreas Oriente Médio.

Esse pequeno território palestino é palco de devastadores bombardeios israelenses desencadeados após um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelense em 7 de outubro, que deixou 1.140 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" este movimento islamista que governa Gaza e é classificado como grupo terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia. A sua operação militar causou pelo menos 23.469 mortes, a maioria mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

Os huthis fazem parte do autoproclamado "eixo de resistência", um grupo de movimentos armados hostis a Israel e apoiados pelo Irã, que também inclui o Hamas e o Hezbollah libanês.

Desde o início da guerra em Gaza, os huthis lançaram vários ataques no Mar Vermelho, forçando muitos armadores a evitar a área e tornando o transporte entre Europa e Ásia mais caro e demorado.

Segundo o Exército dos Estados Unidos, desde 19 de novembro, este grupo rebelde que controla parte do Iêmen lançou um total de 27 ataques perto do estreito de Bab al Mandeb, que separa a Península Arábica da África.

- "Desescalar tensões" -

Em resposta, os Estados Unidos mobilizaram navios de guerra e formaram uma coalizão internacional em dezembro para proteger esta rota por onde transita 12% do comércio mundial.

Os bombardeios desta sexta-feira atingiram instalações militares huthis em vários locais. Pelo menos cinco pessoas morreram e seis ficaram feridas, disse o porta-voz militar do movimento rebelde, Yahya Saree, na rede social X. Também destacou que foram 73 ataques e que incluíram a capital Sanaa e a cidade portuária de Hodeida, que eles controlam.

Em uma declaração conjunta, Estados Unidos, Reino Unido e oito dos seus aliados garantiram que, com estes ataques, procuram "diminuir as tensões" e "restaurar a estabilidade no Mar Vermelho".

"As ações de hoje demonstram um compromisso comum com a liberdade de navegação, o comércio internacional e a defesa da vida dos navegantes contra ataques ilegais e injustificáveis", declararam Austrália, Bahrein, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.

O presidente americano, Joe Biden, descreveu como uma "ação defensiva" em resposta "aos ataques sem precedentes dos huthis a navios internacionais no Mar Vermelho" que ameaçam o comércio global.

- China pede "moderação" -

Apesar dos avisos de Washington e do Conselho de Segurança da ONU, os huthis dispararam um míssil balístico antinavio na quinta-feira, intensificando os rumores de uma intervenção que finalmente ocorreu na manhã desta sexta-feira.

Biden alertou que "não hesitará" em "ordenar outras medidas" militares para proteger os Estados Unidos e o comércio internacional.

Um porta-voz do grupo iemenita garantiu, no entanto, que continuarão atacando navios vinculados a Israel que transitam por aquela zona.

Sublinhando que "o Mar Vermelho é um importante ponto de passagem para a logística internacional e o comércio energético", o governo chinês manifestou a sua "preocupação" com a escalada das tensões e pediu "moderação" de todas as partes.

O Irã condenou os bombardeios britânico-americanos como uma "ação arbitrária" e uma "violação" do direito internacional e a Rússia chamou-os de "ilegítimos", mas a Otan defendeu-os como ações "defensivas".

"Nosso país enfrenta um ataque massivo de navios, submarinos e aviões americanos e britânicos", declarou o vice-ministro das Relações Exteriores huthi, Hussein Al Ezzi, citado pela imprensa rebelde.

"Os Estados Unidos e o Reino Unido devem se preparar para pagar um preço alto e assumir as graves consequências desta agressão", acrescentou.

A imprensa americana indica que os ataques foram realizados com caças e mísseis Tomahawk. O Reino Unido disse ter mobilizado quatro caças Typhoon FGR4 com bombas guiadas a laser.

O ataque ocorreu logo após o final de uma viagem regional ao Oriente Médio do chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, para evitar uma propagação do conflito em Gaza.

O Ministério da Saúde do Hamas reportou nesta sexta-feira "inúmeras" mortes em novos bombardeios no pequeno território palestino, onde a ONU denunciou os obstáculos impostos pelas autoridades israelenses à entrega de ajuda humanitária à população.

A guerra também aumentou a tensão na fronteira entre o norte de Israel e o Líbano, onde há disparos quase diários entre tropas israelenses e milicianos do grupo libanês Hezbollah.

Além disso, no Iraque e na Síria, as forças dos EUA receberam desde outubro 130 ataques de facções locais pró-Irã, que afirmam agir em solidariedade com os palestinos, de acordo com o Pentágono.

Hunter Biden, o filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se declarou inocente de evasão fiscal nesta quinta-feira (11) perante um tribunal federal em Los Angeles. Suas complicações legais elevam a pressão para seu pai, que se encaminha para uma amarga briga pela reeleição contra Donald Trump.

O empresário de 53 anos, que está em recuperação de um passado de dependência química, é um alvo constante dos republicanos que usam seu caso para acusar, sem provas, o que chamam de "Família Biden Criminosa".

Um dia antes de sua apresentação ao tribunal em Los Angeles, Hunter apareceu de forma surpresa em uma audiência parlamentar no Capitólio, em Washington, onde uma comissão do Partido Republicano discutia medidas de desacato contra ele por ter-se negado a testemunhar a portas fechadas sobre seus negócios, no mês passado.

O filho do presidente recebeu nove acusações relacionadas a crimes fiscais.

A denúncia, emitida em 7 de dezembro, afirma que o dinheiro que devia ir para os cofres públicos foi desviado para um "estilo de vida extravagante".

Entre 2016 e outubro de 2020, "o acusado gastou este dinheiro em drogas, acompanhantes e namoradas, hotéis de luxo e propriedades para alugar, carros exóticos, roupas e outros itens de natureza pessoal, resumindo, tudo menos seus impostos", afirma o documento de 56 páginas.

"Estamos aqui hoje porque você foi acusado de uma ofensa criminal", disse o juiz do distrito Mark C. Scarsi a Hunter, que estava vestido com um terno e uma gravata azul, e compareceu com seu advogado.

"Não culpado", respondeu diante de um tribunal repleto de jornalistas quando questionado sobre sua declaração em relação às acusações. A audiência durou cerca de meia hora.

Biden responderá ao processo em liberdade, mas Scarsi destacou que ele não pode consumir drogas ou álcool, nem portar uma arma de fogo.

A próxima audiência está marcada para 27 de março, e a expectativa do juiz é que o julgamento comece em 20 de junho.

Caso seja condenado pelas nove acusações — três das quais são consideradas graves —, Hunter pode ficar preso por até 17 anos.

O empresário também é alvo de outra denúncia em Delaware por acusações federais de que havia infringido leis que impedem a posse de armas e o consumo de drogas.

No ano passado, um acordo que buscava negociar sua situação jurídica fracassou em meio a uma série de críticas que afirmavam que uma redução de sua pena evidenciava que o Departamento de Justiça o beneficiava por ser filho do presidente americano.

Seu advogado, Abbe Lowell, disse em dezembro que a situação na verdade era oposta.

"Baseado nos fatos e na lei, se o sobrenome de Hunter não fosse Biden, suas acusações em Delaware, e estas agora na Califórnia, não teriam sido apresentadas", declarou.

Hunter Biden se tornou uma espécie de alvo para os republicanos, que tentam atacar Joe antes das eleições presidenciais de novembro.

Em meio a constantes críticas, sem apresentar provas, iniciaram uma investigação que busca o impeachment do presidente por supostas acusações de que teria se beneficiado dos negócios internacionais de seu filho.

Com olhos grandes e expressivos, orelhas de duende e um adorável balbucio, Miroka e Miroki poderiam ser personagens de desenhos animados. Mas por trás de sua simpática aparência, estes robôs são repletos de sensores e engenharia, projetados para realizar pesadas tarefas de assistência a hospitais e hotéis.

"Por que viver com máquinas feias?", questiona Jerome Monceaux, diretor da "startup" parisiense Enchanted Tools, que esteve na apresentação de ambos os dispositivos na feira tecnológica CES em Las Vegas, nos Estados Unidos.

##RECOMENDA##

"Eu poderia tirar suas cabeças ou suas cores, mas não tenho certeza se você gostaria de compartilhar sua vida diária com eles", afirma.

Várias startups estão trabalhando em robôs que parecem familiares e ajudam os humanos, sem fazer com que se sintam desconfortáveis ou inseguros.

A Amazon está atualmente testando o Digit da Agility, um androide de duas pernas que não pareceria deslocado no universo "Star Wars", para transportar baldes de plástico em seus armazéns.

A francesa Enchanted Tools também optou por robôs que trabalham em equipe, projetados para auxiliar em tarefas repetitivas. A empresa espera produzir 100.000 robôs nos próximos 10 anos.

- Ocupar postos de trabalho -

Cada edição da Consumer Electronics Show (CES), o grande evento anual de alta tecnologia, traz seus robôs e androides de companhia, mas eles não ganharam muito espaço nos lares e nas empresas.

Ao mesmo tempo, "a escassez de mão de obra tem sido o problema número um desde a covid (pandemia) em diferentes setores. Hoje temos cerca de 18 milhões de vagas", disse Joe Lui, diretor de robótica da Accenture.

Embora algumas tarefas tenham se adaptado a braços mecânicos e carrinhos de mão autônomos, muitas outras exigem linguagem, mobilidade e compreensão do ambiente e, portanto, dos humanos. Ou humanoides equipados com inteligência artificial (IA), esclarece rapidamente Lui, que acredita que esta tecnologia pode trazer os robôs para a vida quotidiana.

"Os humanoides realmente serão como colegas de trabalho nos próximos anos e as interfaces de linguagem natural como o ChatGPT vão prevalecer", disse Chris Nielsen, da Levatas, uma empresa americana que integrou software de IA generativa no Spot, um robô quadrúpede da Boston Dynamics.

Graças à IA generativa, os robôs dependem menos de instruções prévias. Mas "não se preocupem, robôs como nós são projetados para ajudar os humanos a melhorar suas vidas", disse o robô Moxie à AFP.

Do tamanho de um ursinho de pelúcia e equipado com IA generativa, Moxie é capaz de interagir com crianças, contar histórias, dar aulas de matemática e executar passos de dança com os dois braços.

"Moxie não está aqui para substituir ninguém. Moxie é um mentor, um tutor e um amigo", disse Daniel Thorpe, da Empowered, empresa que criou o robô.

- "Causam medo" -

Humanoides bípedes, móveis e autônomos ainda têm um longo caminho a percorrer antes de saírem do laboratório.

Mas alguns de seus precursores conseguiram pelo menos sair da CES, como Moxie e Aura, um robô bastante antropomórfico (forma simular à humana) que entretém os clientes do The Sphere, novo espaço para shows em Las Vegas.

"Recebo muitas perguntas, como quantos anos vocês têm, qual o sentido da vida, quem vai ganhar o Super Bowl...", conta Aura aos curiosos espectadores, acrescentando piadas, risadas exageradas e movimentos nos olhos e ombros.

Para Monceaux, robôs muito antropomórficos "criam confusão entre nossa humanidade e sua natureza robótica, e causam medo".

Na CES, Adam, um robô barista de Richtech Robotics, serve café a visitantes encantados e faz piadas, graças a IA generativa. Mas para abastecer sua máquina com café e leite, ainda precisa dos humanos.

Aviões israelenses bombardearam intensamente o sul da Faixa de Gaza nesta quinta-feira (11), em meio à viagem regional do secretário de Estado americano, Antony Blinken, para evitar uma conflagração do conflito.

Hoje, o diplomata americano deve se reunir no Cairo com o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, cujo país desempenhou um papel fundamental no acordo sobre uma trégua de uma semana no final de novembro.

A guerra também chega, nesta quinta-feira, à Corte Internacional de Justiça (CIJ), onde Israel enfrentará uma ação da África do Sul por suposto "genocídio" em sua ofensiva contra Gaza, acusações que o presidente israelense, Isaac Herzog, chamou de "absurdas".

No pequeno território palestino, a aviação israelense multiplicou seus bombardeios contra o setor de Khan Yunis, a principal cidade do sul de Gaza e epicentro dos combates nas últimas semanas, segundo várias testemunhas.

O Hamas disse que os ataques israelenses na noite passada deixaram 62 mortos em toda a Faixa.

"Os combates se desenvolvem no subsolo, na superfície, em um território muito, muito complexo, ante um inimigo que preparou sua defesa durante um período muito longo e de uma forma muito organizada", declarou o chefe do Estado-Maior israelense, Herzi Halevi.

- Obstáculos "quase intransponíveis" -

As organizações internacionais alertam para uma catástrofe sanitária em Gaza, onde 85% da população foi deslocada e a ajuda humanitária chega muito devagar.

A distribuição de ajuda enfrenta obstáculos "quase intransponíveis", disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Em Rafah, cidade no extremo-sul da Faixa de Gaza onde centenas de milhares de palestinos se refugiaram, um médico aposentado transformou sua loja em uma sala de primeiros socorros para atender os feridos.

"À noite, às vezes ficamos até as onze, ou depois da meia-noite, quando tudo está fechado e é impossível entrar no carro, ou ir ao hospital. Cuidamos dos feridos e depois eles podem ir para o hospital", disse Zaki Shaheen à AFP.

A guerra eclodiu em 7 de outubro com o ataque sem precedentes do Hamas em solo israelense que deixou cerca de 1.140 mortos, a maioria civis, segundo balanço da AFP baseada nos números das autoridades israelenses.

Israel prometeu aniquilar o movimento palestino, considerado um grupo terrorista por Israel, UE e Estados Unidos, e lançou uma operação militar contra Gaza que deixou pelo menos 23.357 mortos, a maioria mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

- Ataques no Mar Vermelho -

Apesar dos inúmeros esforços diplomáticos para pôr fim às hostilidades, a guerra entrou em seu quarto mês, entre temores de uma conflagração em uma região onde o Hamas conta com vários no Líbano, na Síria, no Iraque e no Iêmen.

No norte de Israel, as trocas de disparos com o movimento libanês Hezbollah têm sido quase diárias desde o início da guerra e se intensificaram depois de um ataque atribuído a Israel ter matado o número dois do Hamas em Beirute, em 2 de janeiro.

As hostilidades também aumentam no Mar Vermelho, onde forças britânicas e americanas abateram, na terça-feira, 18 drones e três mísseis lançados pelos rebeldes huthis do Iêmen, aliados do Irã e do Hamas.

Os inúmeros ataques dos huthis nessa importante rota comercial marítima fizeram o tráfego de navios porta-contêineres cair 70%, disse à AFP Ami Daniel, fundador e líder do Windward, um grupo de assessoria sobre transporte marítimo.

Nesse contexto, Blinken faz uma viagem por diferentes países da região que o levou a se reunir com líderes israelenses e com o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmud Abbas. A AP perdeu o controle da Faixa de Gaza para o Hamas em 2007 e agora exerce apenas um poder limitado na Cisjordânia ocupada.

Os Estados Unidos querem ver reformas nessa entidade para que ela possa assumir um papel de liderança no futuro de Gaza após a guerra.

Na reunião de quarta-feira (10), Abbas e Blinken discutiram "a importância da reforma da Autoridade Palestina (…) para que esta possa assumir, de forma eficaz, a responsabilidade de Gaza", disse o diplomata americano, que reiterou seu apoio à criação de um Estado palestino.

Depois de quase uma semana no Oriente Médio, Blinken disse que seus interlocutores transmitiram-lhe a necessidade de se "evitar" a propagação da guerra e de se "desenvolver uma melhor maneira de avançar para a região e, em particular, para israelenses e palestinos".

A rede social X, do magnata Elon Musk, cortou mais de 1.000 funcionários de suas equipes encarregadas de coibir conteúdo abusivo, segundo dados divulgados pelo órgão australiano de vigilância da internet.

A Comissão de Segurança Eletrônica da Austrália indicou que os cortes e o reativação de milhares de contas banidas criaram “uma tempestade perfeita” para a disseminação de conteúdo prejudicial.

##RECOMENDA##

O órgão regulador focou nos últimos meses no X, antigo Twitter, alertando que a chegada de Musk à rede social coincidiu com um aumento da “toxicidade e do ódio” na plataforma.

Fazendo uso da inovadora Lei de Segurança na Internet da Austrália, a comissão obteve uma análise detalhada de engenheiros de computação, moderadores de conteúdo e outros funcionários de segurança do X.

A comissária Julie Inman Grant, ex-funcionária do Twitter, apontou que é a primeira vez que os dados são divulgados. Eles revelaram que 1.213 “funcionários especializados em confiança e segurança” deixaram o X desde que Musk o comprou, em outubro de 2022.

O número inclui 80% dos engenheiros de computação dedicados a "questões de confiança e segurança”, ressaltou Julie. “Dispensar 80% desses engenheiros especializados seria como se a Volvo, conhecida por seus padrões de segurança, eliminasse todos os seus designers ou engenheiros.”

“Você tem uma tempestade perfeita. Está reduzindo drasticamente suas defesas e devolvendo infratores reincidentes à plataforma”, advertiu a comissária.

A Austrália liderou a campanha mundial para regulamentar as redes sociais, obrigando as empresas de tecnologia a definir como enfrentar temas como conteúdo de ódio e abuso sexual infantil.

O X não respondeu ao contato feito pela AFP sobre o assunto.

O presidente francês, Emmanuel Macron, deu a largada na corrida por sua sucessão na França, em 2027, com a nomeação do popular e jovem Gabriel Attal como primeiro-ministro, estimam observadores políticos.

Attal, de 34 anos, tornou-se na terça-feira (9) o primeiro-ministro mais jovem da França e o primeiro abertamente gay, com o desafio de relançar o segundo mandato do atual presidente.

Mas "este 9 de janeiro de 2024" também simboliza "o lançamento oficial da campanha de 2027, o primeiro dia do [período] pós-Macron", afirma um editorial do jornal conservador Le Figaro.

Depois de dois mandatos consecutivos, Macron, que se tornou o presidente mais jovem de França em 2017, aos 39 anos, não pode mais disputar a eleição presidencial de 2027. E, embora seu objetivo seja governar até ao último minuto, multiplicam-se as especulações sobre sua sucessão, em um contexto de reforço da extrema direita nas pesquisas.

Ao nomear Attal, "assume uma responsabilidade pela formação e promoção dessa geração Macron", afirmam no entorno do presidente, recusando-se a vincular o acontecimento à corrida eleitoral.

- "Espírito de 2017" -

Macron irrompeu na cena política em 2016 a partir do centro, com um movimento que procurava superar a divisão tradicional entre esquerda e direita e reformar a segunda maior economia da União Europeia (UE).

Sua mensagem de felicitação a Attal na rede social X apelou, assim, ao "espírito de 2017", de "superação" e "audácia", para encarregar o jovem da missão de "regeneração" da França.

A imprensa destacou, nesta quarta-feira, a ideia de continuidade entre ambos.

"Macron primeiro-ministro", dizia a manchete do jornal de esquerda Libération.

Mas será que o presidente pretende lançar Attal na corrida para 2027? Sua nomeação impulsiona-o, pelo menos, para a linha de frente midiática, abrindo vantagem em relação a outros possíveis candidatos e membros, ou ex-membros, do governo.

Entre os interessados em serem candidato do governo estão o ministro do Interior, Gérald Darmanin (41 anos), o ministro da Economia, Bruno Le Maire (54), e o ex-primeiro-ministro Édouard Philippe (53). Ao contrário de Attal, um antigo político socialista, os três se uniram a Macron pela direita.

Todos os potenciais candidatos à sucessão de Macron vão parecer "mais velhos" agora, afirma Gaspard Gantzer, especialista em Comunicação e ex-assessor do antigo presidente socialista François Hollande.

Mas "três anos é, de qualquer modo, muito tempo", e nenhum primeiro-ministro em exercício conseguiu chegar diretamente à presidência, lembra.

- "Estrada de 2027" -

A tarefa se anuncia complicada, mas, "se for bem-sucedida", poderá levá-lo "diretamente à estrada de 2027", observa um editorial do jornal regional Républicain Lorrain.

Uma sondagem inicial da Harris Interactive mostrou que 56% dos franceses acreditam em que Attal executará "boas políticas" como chefe de governo.

O primeiro momento importante serão as eleições para o Parlamento Europeu em junho. O candidato de extrema direita Jordan Bardella (28 anos) lidera as pesquisas, seguido de longe pela aliança da situação.

A líder da extrema direita francesa, Marine Le Pen, já garantiu que o início da mudança de governo no país começará com essas eleições, despertando um dos fantasmas de Macron: ter de lhe entregar o bastão em 2027.

Mas os aliados de Macron tampouco vão facilitar as coisas para Attal.

Quando seu nome começou a circular para suceder à primeira-ministra Élisabeth Borne, expressaram suas reservas em privado. E, em público, o líder do Modem (centro), François Bayrou, confirmou hoje ao jornal Le Parisien suas "dúvidas" sobre se tem a "experiência necessária" para governar um país com "profundas dificuldades".

A polícia do Nepal anunciou, nesta quarta-feira (10), que prendeu um guru de 33 anos que seus seguidores acreditam ser uma reencarnação de Buda e que era procurado sob a acusação de estupro e sequestro.

Ram Bahadur Bomjan, conhecido como "Buddha Boy", adquiriu notoriedade na adolescência quando teve a capacidade, segundo seus seguidores, de meditar durante meses imóvel, sem água, comida ou sono.

Ele é acusado há muito tempo de ter agredido fiéis física e sexualmente.

"Foi preso depois de se esconder durante vários anos", disse o porta-voz da polícia, Kuber Kadayat, à AFP.

O guru foi detido em Katmandu sob um mandado de prisão emitido pelo estupro de uma menor em um 'ashram' no distrito de Sarlahi, ao sul da capital.

Segundo a polícia, durante a sua detenção foram descobertas 30 milhões de rúpias nepalesas – o equivalente a mais de 219 mil dólares ou 1 milhão de reais, na cotação atual – em dinheiro, além de moeda estrangeira.

As acusações contra ele datam de uma década. Em 2010, recebeu dezenas de denúncias de violência.

O guru explicou que batia nas vítimas porque elas atrapalhavam a sua meditação.

Uma freira de 18 anos o acusou em 2018 de estuprá-la em um mosteiro.

No ano seguinte, a polícia abriu outra investigação depois que famílias relataram o desaparecimento de quatro de seus fiéis. Essa investigação não produziu nenhum resultado até agora, disse o chefe da polícia criminal, Dinesh Acharya, nesta quarta-feira.

Com manicures robôs em casa dignos de um salão profissional e conselhos especializados para o cuidado da pele graças à inteligência artificial (IA), a indústria da beleza aposta na tecnologia para democratizar serviços às vezes reservados aos ricos e celebridades.

É o caso do Nimble, apresentado como o primeiro dispositivo do mundo que combina IA e robótica complexa para pintar as unhas e secá-las em apenas 25 minutos... e em casa, o que não requer agendamento prévio.

##RECOMENDA##

O aparelho, uma caixa branca de oito quilos, está em exposição esta semana na Consumer Electronics Show (CES), que reúne o melhor da indústria de tecnologia todos os anos em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Segundo seus criadores, o Nimble utiliza microcâmeras de alta resolução e imagens tridimensionais para determinar o formato, o tamanho e a curvatura das unhas. Em seguida, um pequeno braço robótico guiado por algoritmos de IA aplica o trio "base-esmalte-acabamento" enquanto um soprador seca a cada camada.

Quando estiver à venda em março por 599 dólares(quase 3 mil reais na cotação atual), haverá mais de trinta cores disponíveis em cápsulas ao preço de 10 dólares (quase 50 reais).

A IA, já um elemento básico da inovação tecnológica de consumo, também trilha seu caminho em produtos de maquiagem e cuidados com a pele.

"A tecnologia nos ajuda a construir relacionamentos mais próximos com nossos clientes", disse Nicolas Hieronimus, CEO da gigante de cosméticos L’Oréal, na sessão de abertura da CES na terça-feira.

Quando se trata de beleza, acrescentou, estas inovações oferecem "experiências inclusivas" e permitem que "as pessoas expressem quem são".

Diante de um público de cerca de 2 mil pessoas, além daquelas que se conectaram online, o executivo demonstrou o aplicativo gratuito Beauty Genius, que pretende ser um "consultor pessoal virtual" baseado em IA.

Recomenda produtos de cuidado e maquiagem, orienta técnicas, tira dúvidas sobre problemas como acne, queda de cabelo, entre outros, e permite que os usuários experimentem os produtos virtualmente.

- Testes virtuais -

Esse também é o objetivo do programa Beautiful AI, criado pela Perfect Corp, que combina IA generativa e realidade virtual para realizar análises de pele ao vivo, provas de penteados ou joias em 3D e fazer recomendações.

Em um estudo publicado em maio, a empresa de consultoria McKinsey estimou a indústria global da beleza em 430 bilhões de dólares em 2022 (2,24 trilhões de reais na cotação da época) e espera que atinja 580 bilhões de dólares em 2027 (2,83 trilhões de reais na cotação atual). Suas vendas online quase quadruplicaram entre 2015 e 2022.

A coreana Prinker, especialista em tatuagens temporárias, apresenta este ano um produto semelhante de aplicação de maquiagem.

Mais uma vez se recorre à IA, com um scanner biométrico 3D para mapear características faciais, depois aconselhar sombras para os olhos e contornos antes de "imprimir" os pós na pele.

Os cabelos também são contemplados. Esta semana, a L'Oréal apresenta em estreia mundial um secador conectado que pode ser configurado através de um aplicativo, considerando o tipo de cabelo e adaptando a potência e a distribuição de calor.

O Airlight Pro - que estará à venda em abril - utiliza luz infravermelha para secar, o que preserva a hidratação e economiza 31% de energia em relação a um aparelho convencional, explicou Adrien Chrétien, executivo da L'Oréal.

O Colorsonic, um dispositivo para colorir os cabelos com cartuchos reutilizáveis, também deve ser lançado ainda este ano.

O Japão reforçou seus protocolos de controle de tráfego aéreo após uma colisão no principal aeroporto de Tóquio, em 2 de janeiro, que deixou cinco mortos, enquanto centenas de pessoas escaparam com vida, informou o governo nesta quarta-feira (10).

As medidas de segurança foram anunciadas pelo Ministério dos Transportes após o incidente envolvendo um avião de passageiros da Japan Airlines (JAL) e uma pequena aeronave da Guarda Costeira no terminal aéreo de Haneda.

Todos os 379 passageiros e tripulantes do avião da JAL foram retirados da aeronave, e cinco dos seis tripulantes do pequeno avião morreram.

Pelas novas regras, um funcionário deve observar constantemente um sistema de monitoramento que alerta as torres de controle quando ocorrem incursões na pista.

Para evitar mal-entendidos, os controladores não podem dizer aos aviões que posição ocupam na linha de decolagem, afirmou o ministério em um comunicado em seu site.

"Uma das minhas principais missões é restaurar a confiança na aviação como transporte público", disse o ministro dos Transportes, Tetsuo Saito, na terça-feira (9).

Uma transcrição das comunicações divulgadas na semana passada por este ministério sugere que o avião da JAL foi autorizado a aterrissar, enquanto o avião da Guarda Costeira foi instruído a parar antes da pista.

Os controladores disseram ao avião da Guarda Costeira que ele era o "número um", ou seja, o próximo na fila para decolar.

O piloto da Guarda Costeira, único sobrevivente, teria dito que entendia ter autorização para avançar até a pista, onde seu veículo permaneceu 40 segundos antes do acidente.

Uma mensagem não autorizada publicada no perfil da comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) na rede social X nesta terça-feira (9) fez disparar o preço do bitcoin, em um mercado nervoso, que aguarda um possível anúncio histórico relacionado à criptomoeda.

Pouco depois das 18h, no horário de Brasília, a cotação da maior moeda digital em termos de circulação subiu para US$ 47.914, o preço mais alto em mais de 22 meses, recuando minutos depois.

##RECOMENDA##

A cotação disparou logo após a publicação de uma mensagem no perfil da SEC no X (antigo Twitter) indicando que o órgão regulador de Wall Street havia aprovado o tão aguardado lançamento de ETFs de bitcoin.

Minutos depois, o presidente da SEC, Gary Gensler, anunciou na mesma rede social que o perfil do órgão regulador havia sido "comprometido" e que uma publicação não autorizada havia sido feita.

"Esse tuíte não autorizado sobre ETFs de bitcoin não foi publicado pela SEC ou por sua equipe", confirmou um porta-voz à AFP.

O mercado americano especula há semanas sobre a aprovação do novo ativo, que ofereceria, pela primeira vez, uma opção de investimento que replica o rendimento do bitcoin sem que o investidor precise comprar a criptomoeda diretamente.

A SEC negou no passado pedidos para disponibilizar no mercado produtos semelhantes, mas, no fim de outubro, um tribunal federal de Washington ratificou que o órgão regulador não tinha motivos para negar à gestora de ativos Grayscale a aprovação do seu ETF.

A SEC tem até amanhã para se pronunciar sobre o pedido de aprovação mais antigo atualmente em análise, o da sociedade de investimentos 21Shares.

A Comissão Europeia, braço Executivo da UE, anunciou nesta terça-feira (9) que analisa os investimentos da Microsoft na empresa de inteligência artificial generativa OpenAI por possível violação das regras de concorrência europeias.

Em um comunicado, a Comissão anunciou que está analisando "se o investimento da Microsoft na OpenAI pode ser alvo de uma revisão segundo o Regulamento de Fusões da UE".

##RECOMENDA##

A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, tem na agenda desta quinta e sexta-feira uma visita à Califórnia, nos Estados Unidos, para participar de uma conferência sobre normas antimonopólio.

Nessa visita, Vestager também se reunirá com os principais executivos da Apple, Tim Cook, e do Google, Sundar Pinchai, assim como com dois altos cargos da OpenAI: diretor de Tecnologia, Mira Murati, e diretor de Estratégia, Jason Kwon.

No comunicado desta terça-feira, a Comissão anunciou que também analisa alguns dos acordos celebrados entre os principais atores do mercado digital e os desenvolvedores de inteligência artificial generativa.

Em particular, avalia "o impacto destas associações na dinâmica do mercado".

As autoridades europeias da concorrência procuram evitar que as inovações no setor da inteligência artificial sejam capturadas por um pequeno número de gigantes digitais já dominantes.

Pela mesma razão, a parceria entre a Microsoft e a OpenAI está sob análise do órgão de fiscalização da concorrência do Reino Unido, o CMA, que convocou as "partes interessadas" para comentários.

A Comissão adotou uma abordagem semelhante e anunciou nesta terça-feira o lançamento de "dois convites à apresentação de contribuições sobre a concorrência", um deles relativo a "mundos virtuais" e outro à inteligência artificial generativa.

A Comissão anunciou também que enviou "pedidos de informação a vários atores digitais importantes".

No final deste processo, a Comissão poderia organizar "um workshop" durante o segundo trimestre de 2024 "para reunir as diferentes perspectivas emergentes das contribuições e continuar esta reflexão".

O maior e mais poderoso evento de alta tecnologia, a feira anual CES (Consumer Electronics Show ou Feira de Eletrônicos para Consumo, em tradução livre), está de volta em Las Vegas.

Em meio ao protagonismo da Inteligência Artificial (IA), a exibição apresenta, nesta edição, as mais recentes invenções e os avanços das tecnologias.

A seguir estão alguns exemplos de criações exibidas aos veículos antes do início oficial, na terça-feira (10).

- Espelho, espelho meu... -

Chamado de "MagicMirror" (Espelho Mágico, em português) o dispositivo interconectado da NuraLogix escaneou o rosto da executiva de marketing da empresa, Lindsay Brennan, e determinou em segundos seu índice de massa corporal (IMC), sua pressão arterial e até mesmo o "índice de estresse mental" - calculado a partir da frequência cardíaca.

"Vocês podem ver que estou um pouco agitada, quase na zona amarela", disse Brennan, apontando para o indicador que aparecia no espelho. "Isso é por causa do evento", brincou.

Segundo a NuraLogix, o espelho pode avaliar riscos de doenças, como diabetes tipo 2, graças à sua tecnologia óptica e ao software de inteligência artificial.

"Na verdade, isso surgiu na Universidade de Toronto quando estavam pesquisando a detecção de mentiras em crianças", explicou o grupo.

"Eles descobriram que, quando alguém se emociona ou tem pressão alta, o fluxo sanguíneo no rosto realmente muda e esses padrões podem ser captados por qualquer câmera convencional".

Destinado a salas de espera de médicos ou farmácias, o espelho custará cerca de US$ 70 mil (R$ 341,9 mil). A NuraLogix também planeja comercializar o software separadamente.

- Implante para andar -

Se os planos derem certo, o implante cerebral Wimagine, projetado pela Comissão de Energia Atômica da França (CEA), irá permitir que pessoas com paralisia voltem a andar.

Equipada com eletrodos, a interface cérebro-máquina é instalada em contato direto com o córtex motor, que controla o movimento voluntário de um paciente paraplégico ou tetraplégico.

No primeiro caso, de paralisia nas extremidades inferiores, os dados coletados pelo implante são transferidos remotamente para um conector acoplado à medula espinhal, abaixo da lesão paralisante.

O paciente só precisa pensar em andar e a informação é transferida para o conector, e depois para as pernas.

"É uma ponte digital", explicou à AFP o responsável pelo programa de pesquisa da CEA, Guillaume Charvet.

No paciente tetraplégico, o implante se comunica com um exoesqueleto ou esqueleto, construído sob medida, que realiza os gestos ordenados.

Com um conector colocado no antebraço, é possível, por exemplo, agarrar um objeto com a mão.

"Um ensaio clínico está prestes a começar", afirmou Charvet, enfatizando que ainda são necessários cinco a dez anos de pesquisa.

No entanto, existem pacientes voluntários que já participam há vários anos. "O objetivo é que tenha o mesmo preço que um marca-passo", acrescentou.

- Ninar o bebê -

"Somos o primeiro carrinho de bebê elétrico com todas as características de IA para conforto e segurança", disse o engenheiro da Glüxkind, Jeffrey To.

O carrinho controlado por IA é projetado para facilitar a vida dos pais, segundo o responsável, como se fosse um copiloto.

A assistência elétrica permite subir ladeiras sem suar, e os freios são ativados automaticamente "para que nunca haja a possibilidade do carrinho ficar fora de controle", explicou To.

"Ele reconhece pessoas, animais de estimação, skateboards, bicicletas e veículos que podem não parar, e avisa com mais antecedência para que os pais sonolentos tenham basicamente uma assistência ao motorista diariamente", acrescentou o co-fundador da empresa canadense, Kevin Huang.

Quando os pais ativam a função "Rock my baby" (Balançar meu bebê, em português), o carrinho realiza um movimento regular de balanço para ajudar a criança a dormir.

A Glüxkind espera iniciar a produção na próxima primavera, com um preço de aproximadamente U$ 2,4 mil (R$ 11,7 mil).

Em discurso ao corpo diplomático no Vaticano nesta segunda-feira, o papa Francisco voltou a se manifestar contra a prática da barriga de aluguel.

"A via da paz exige o respeito à vida, a cada vida humana, começando pela do nascituro no ventre da mãe, que não pode ser suprimida nem tornar-se objeto de comércio", disse o pontífice.

##RECOMENDA##

"Considero condenável a prática da barriga de aluguel, que prejudica gravemente a dignidade da mulher e do filho. Ela é fundamentada na exploração de uma situação de necessidade material da mãe", acrescentou Francisco.

Para Jorge Bergolio, "uma criança é sempre um presente e nunca um objeto de contrato": "Portanto, desejo um comprometimento da Comunidade Internacional para proibir universalmente essa prática".

"Em cada momento de sua existência, a vida humana deve ser preservada e protegida, enquanto constato com pesar, especialmente no Ocidente, a persistente propagação de uma cultura da morte, que, em nome de uma compaixão fictícia, descarta crianças, idosos e doentes", concluiu.

Da Ansa

A estimativa do número de desaparecidos após o forte terremoto que abalou o centro do Japão em 1º de janeiro triplicou nesta segunda-feira (8) e passa de 300, um balanço ainda provisório que, até momento, confirmou a morte de 168 pessoas.

Uma semana após o terremoto de magnitude 7,5, que também deixou 565 feridos, 323 pessoas estão desaparecidas, de acordo com um novo relatório das autoridades locais publicado nesta segunda-feira.

A maioria das pessoas, das quais não se tem notícias, é da cidade de Wajima, uma das mais afetadas pela catástrofe, na península de Noto, às margens do Mar do Japão. A cidade também foi palco de graves incêndios em decorrência do sismo.

Seguido por centenas de tremores secundários, o terremoto causou milhares de deslizamentos de terra e o desabamento de edifícios e estradas em toda a região. Também desencadeou um tsunami com ondas de mais de um metro de altura na costa da península de Noto, uma estreita faixa de terra com cerca de 100 quilômetros de extensão.

O tremor foi sentido até Tóquio, a 300 km de distância.

Milhares de equipes de resgate chegaram de diferentes pontos do país para apoiar os esforços de socorro e continuam as buscas nos escombros à procura de corpos.

Na segunda-feira, tiveram de lidar com a queda de neve na península de Noto, que depositou camadas de mais de 10 cm em alguns locais, e com temperaturas que não ultrapassaram os 4°C.

Teme-se a ocorrência de novos deslizamentos de terra, devido às chuvas, e espera-se que as condições de gelo compliquem ainda mais o tráfego nas estradas danificadas pelo terremoto, advertiram as autoridades.

Os serviços de resgate também continuam seus esforços para chegar a mais de 2.000 pessoas, algumas das quais se encontram em estado crítico, isoladas por estradas afetadas pelo terremoto, e para lhes entregar comida e equipamento.

O governador da província de Ishikawa, Hiroshi Hase, sublinhou no canal de televisão público NHK que é necessário "evitar a todo o custo mortes" entre os deslocados pelo desastre.

Cerca de 29.000 pessoas permaneciam abrigadas no domingo em 404 instalações oferecidas pelo governo.

- Situação crítica de saúde -

"Levar o mínimo de ajuda humanitária às pessoas para que possam sobreviver é um desafio", explicou Hisayoshi Kondo, chefe de uma equipe de assistência médica enviada para a zona, em entrevista ao canal de televisão Asahi, acrescentando que, "nas zonas isoladas, o abastecimento de água e de alimentos continua insuficiente".

Pelo menos 18.000 casas na região de Ishikawa seguiam sem eletricidade nesta segunda-feira, e mais de 66.100 não tinham água no domingo. E, de acordo com a imprensa local, das 29.000 vítimas instaladas em abrigos governamentais, muitas não tinham água, eletricidade e aquecimento suficientes.

"Quero melhorar as más condições nos abrigos", disse Hase à NHK.

"A primeira prioridade tem sido resgatar as pessoas que estão sob os escombros e chegar às comunidades isoladas", declarou o primeiro-ministro Fumio Kishida em uma entrevista ao mesmo canal no domingo.

O Exército enviou pequenos grupos de tropas a pé para cada uma das comunidades isoladas, relatou.

O governo também "mobilizou vários helicópteros da polícia e dos bombeiros (…) para acessá-las do céu", acrescentou Kishida.

O Japão registra centenas de terremotos todos os anos, e a maioria não causa danos, em função dos rígidos códigos de construção em vigor há mais de quatro décadas. Muitas das construções do país são, no entanto, antigas, especialmente em comunidades de zonas rurais como Noto.

O Japão ainda guarda a memória do devastador terremoto de 2011 que desencadeou um tsunami, deixou cerca de 18.500 mortos, ou desaparecidos, e causou uma catástrofe nuclear na central de Fukushima.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, viaja nesta segunda-feira (8) para Israel, onde terá difíceis negociações sobre a guerra em Gaza, entre receios de que o conflito se espalhe pelo Oriente Médio.

Blinken chegará a Israel no final da tarde de segunda-feira e se reunirá com as autoridades israelenses na terça.

No domingo (7), no Catar, Blinken declarou que os palestinos deslocados pela guerra de quatro meses devem ser capazes de "voltar para casa", alertando, ao mesmo tempo, que a violência poderia "facilmente se alastrar" na região.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, a violência aumentou na Cisjordânia ocupada e na fronteira de Israel com o Líbano, enquanto os rebeldes huthis do Iêmen lançaram mais de 100 ataques de drones e mísseis contra navios no mar Vermelho e contra Israel.

Washington anunciou que Blinken pressionará Israel para cumprir o direito internacional humanitário e pedirá "medidas imediatas" para aumentar a ajuda a Gaza.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, relatou oito mortos nesta segunda-feira em um ataque israelense perto de Deir Al Balah.

Israel prometeu destruir o grupo islamista palestino Hamas depois do ataque realizado em seu território em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.140 mortos, segundo uma contagem da AFP baseada em números israelenses. Entre os mortos estão mais de 300 soldados.

Além disso, pelo meno 132 reféns dos 250 sequestrados pelo Hamas permanecem em cativeiro no território palestino.

A ofensiva que Israel lançou em Gaza em retaliação deixou até agora pelo menos 22.835 mortos, a grande maioria deles crianças e mulheres, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

Ao menos 85% dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados pelos combates, segundo a ONU.

"Acordo pensando que isso é um pesadelo passageiro, mas é a realidade", disse Nabil Fathi, um morador de Gaza de 51 anos. "Nossa casa e a casa do meu filho foram destruídas e temos 20 pessoas martirizadas em nossa família. Nem sei para onde ir, se sobreviver".

- Jornalistas mortos -

Dois jornalistas que trabalhavam para o canal Al Jazeera morreram no domingo (7), quando uma bomba caiu sobre seu veículo na cidade de Rafah, no sul de Gaza, informou a rede.

Os mortos são Mustafa Thuria, um cinegrafista freelancer que também trabalhava para a agência AFP, e o repórter Hamza Wael Dahdouh, filho do editor-chefe do escritório da Al Jazeera em Gaza, que também perdeu a esposa e outros dois filhos em um ataque israelense.

Testemunhas disseram à AFP que dois foguetes foram disparados contra o veículo, um atingindo a frente, e outro, alcançando Hamza, sentado ao lado do motorista.

No Catar, Blinken classificou as mortes como uma "tragédia inimaginável".

Enquanto isso, grupos de ajuda internacional disseram que os ataques israelenses a um dos últimos hospitais funcionais de Gaza forçaram-nos a evacuar o estabelecimento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse no domingo (7) que retirou mais de 600 pacientes do hospital Al Aqsa, no centro de Gaza.

A organização Médicos Sem Fronteiras informou no sábado (6) que retirou sua equipe do mesmo hospital, depois que uma bala penetrou uma unidade de terapia intensiva.

- "Vitória total" -

O Exército israelense, que afirma ter "desmantelado" o comando militar do Hamas no norte de Gaza, informou ter matado mais "terroristas" no centro de Gaza.

Um comunicado militar afirmou que os soldados encontraram um local subterrâneo de "produção de armas" operado pelo Hamas no norte de Gaza.

Em uma reunião de gabinete no domingo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insistiu em que "o que aconteceu em 7 de outubro não acontecerá novamente".

"Este é o compromisso do meu governo, e é por isso que os nossos soldados no terreno estão entregando suas vidas. Devemos continuar até a vitória total", defendeu.

A Cisjordânia ocupada vivencia um aumento da violência mortal a níveis nunca vistos em duas décadas.

Um ataque israelense no domingo matou sete palestinos na cidade de Jenin, no norte, disse o Ministério da Saúde palestino na Cisjordânia, que relatou um oitavo morto por fogo israelense em um incidente separado.

Já um agente da polícia fronteiriça israelense foi morto quando uma bomba atingiu seu veículo durante uma operação em Jenin, e um civil israelense morreu em um ataque a tiros perto de Ramallah, segundo as autoridades israelenses.

Mais tarde, a polícia israelense afirmou que, em resposta a um ataque de veículo a um posto de controle, policiais atiraram em uma menina palestina de três anos, que morreu.

- "Ninguém te apoiará" -

A violência continuou ao longo da fronteira norte de Israel. A organização Hezbollah disse no sábado que disparou 62 foguetes contra uma base militar israelense logo depois de culpar Israel pelo ataque em Beirute que matou o número dois do Hamas, Saleh al-Aruri.

Em resposta, o Exército israelense afirmou que atacou "locais militares" do Hezbollah.

No aeroporto de Beirute, hackers usaram as telas de chegadas e partidas para enviar uma mensagem contra o Hezbollah.

"Hassan Nasrallah (chefe do Hezbollah), ninguém te apoiará se você arrastar o país para uma guerra", dizia a mensagem, segundo a imprensa local.

burs-mca/ser/mas/viajzm/aa/tt

A companhia aérea panamenha Copa Airlines informou, no sábado (6), que suspendeu a operação de 21 aeronaves Boeing modelo 737 MAX9 depois que um avião desse modelo perdeu uma janela em pleno voo.

A Copa indicou em comunicado que, de acordo com as recomendações da Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos, após o incidente com a aeronave da Alaska Airlines na última sexta-feira, levará seus aviões para "revisão técnica".

##RECOMENDA##

O voo 1282 da Alaska Airlines decolou de Portland, no noroeste dos Estados Unidos, na sexta-feira às 17h00, hora local, mas teve que retornar pouco depois após reportar "um problema de pressurização", explicou a agência federal de aviação civil (FAA) na rede social X.

Imagens publicadas nas redes sociais mostram uma janela quebrada e máscaras de oxigênio penduradas no teto do avião.

"A Copa iniciou as inspeções técnicas necessárias e espera retornar essas aeronaves à programação de voos com segurança e confiabilidade durante as próximas 24 horas", disse a companhia aérea panamenha.

A fabricante americana Boeing disse na rede X que está reunindo mais informações sobre o ocorrido no voo da Alaska Airlines e que uma equipe técnica está à disposição dos investigadores.

"Barbie" e "Oppenheimer", dois sucessos que pintaram as redes sociais de rosa e cinza e lotaram os cinemas no ano passado, chegam neste domingo (7) no Globo de Ouro para arrebatar a cerimônia.

Apelidados de "Barbenheimer", após estrear no mesmo dia e arrecadar, juntos, US$ 2,4 bilhões (R$ 11,7 bilhões) em bilheteria, os filmes totalizam 17 indicações na 81ª edição do Globo de Ouro - início da aguardada temporada de premiações de Hollywood.

##RECOMENDA##

As obras "são tão diferentes uma da outra, e ainda assim ambas foram um sucesso (...). Estamos empolgados que ambas estarão bastante representadas aqui", disse o produtor do Globo de Ouro, Glenn Weiss.

"Barbie", dirigido por Greta Gerwig, responsável por transformar a nostalgia pela querida boneca em uma sátira inteligente sobre misoginia e empoderamento feminino, lidera com nove indicações.

Com três das seis indicações para melhor canção, é também considerada a favorita nas categorias de melhor filme de comédia e melhor roteiro.

A produção, coroada a mais lucrativa do ano passado, também pode receber um novo prêmio que celebra a arrecadação das bilheterias nos cinemas.

Com oito nomeações, "Oppenheimer", dirigido por Christopher Nolan, é outro concorrente bem-sucedido ao Globo de Ouro, e agitou o verão americano com a história do inventor da bomba atômica.

Centrado na rivalidade entre um cientista brilhante e um político poderoso, interpretados por Cillian Murphy e Robert Downey Jr., respectivamente, espera-se que a obra leve as estatuetas de melhor filme de drama, melhor diretor e melhor trilha sonora.

Os dois atores são favoritos para melhor ator de drama e melhor ator coadjuvante.

A organização da premiação - investidores privados que compraram a premiação após anos de polêmicas - investiram pesado para reviver a cerimônia, considerada "a maior festa de Hollywood".

Nesta nova versão do Globo de Ouro, a festa em torno de "Barbenheimer" é acolhida por seus organizadores.

A premiação, que durante décadas ofereceu destaque e promoveu os concorrentes ao Oscar, foi acusada de racismo e corrupção, em 2021.

O evento saiu do ar em 2022, e várias estrelas não compareceram à edição do ano passado.

A mudança de organizadores "foi um grande reinício para o Globo de Ouro", disse Weiss à AFP.

Grandes nomes da música, como Billie Eilish e Dua Lipa, competem pela melhor canção, e Taylor Swift concorre pela recente versão cinematográfica da turnê 'The Eras'.

Ben Affleck, Jodie Foster, Kevin Costner e Matt Damon estarão entre os apresentadores.

"Queremos que esta seja a grande festa de abertura da temporada de premiações, que todos sintam essa energia. Passamos pelas greves juntos, e saímos disso", disse Weiss.

Caso Murphy não vença a categoria de melhor ator de drama, é possível que o prêmio vá para Bradley Cooper, que interpreta o músico Leonard Bernstein em "Maestro".

Cooper também está indicado como diretor e pode se tornar a primeira pessoa a vencer ambas as estatuetas pelo mesmo filme.

Emma Stone é a favorita para o prêmio de melhor atriz de comédia por seu papel no caricato "Pobres Criaturas".

O chileno Pedro Pascal concorre ao prêmio de melhor ator de drama, enquanto "A Sociedade da Neve", sobre a tragédia em 1972 de uma equipe uruguaia de rugby nos Andes, é favorita para vencer como melhor filme em língua estrangeira.

O comediante Jo Koy será o apresentador da 81ª cerimônia do Globo de Ouro.

Uma nonagenária que ficou presa sob os escombros durante cinco dias após o terremoto que abalou o Japão no dia de Ano Novo foi resgatada com vida, contra todas as probabilidades, embora a esperada nevasca neste domingo (7) deva complicar os esforços de resgate.

Pelo menos 128 pessoas morreram no terremoto de magnitude 7,5 que atingiu a península de Noto em 1º de janeiro, à beira do mar do Japão, na costa ocidental do arquipélago, e 195 continuam desaparecidas, segundo um novo relatório divulgado neste domingo, que também relata 560 feridos.

##RECOMENDA##

O terremoto e suas centenas de réplicas demoliram casas, provocaram incêndios e desencadearam um tsunami com ondas de mais de um metro de altura.

As esperanças de encontrar sobreviventes geralmente desaparecem três dias após um terremoto, mas a idosa resgatada passou cinco dias sob os escombros de uma casa desabada na cidade de Suzu, antes de ser salva no sábado.

A mulher foi levada ao hospital para tratamento e respondeu claramente às perguntas dos socorristas, segundo a emissora pública NHK.

"Espere!", gritaram as equipes de resgate na chuva, segundo um vídeo filmado pela polícia e divulgado pela mídia local. "Tudo vai ficar bem", "mantenha-se positiva", pediram-lhe.

Mas muitos tiveram menos sorte. Na cidade de Anamizu, na mesma península, um homem de 52 anos que perdeu o filho de 21 anos e os sogros aguardava notícias de outros membros da sua família.

"Gostaria que eles estivessem vivos, não quero ficar sozinho", disse ele à NHK.

- Missões de helicópteros -

Muitas comunidades na península de Noto foram isoladas por estradas danificadas e deslizamentos de terra que bloqueiam a passagem de veículos de ajuda humanitária.

O mau tempo e a nevasca prevista para este domingo ameaçam dificultar a missão dos milhares de policiais, militares e outras equipes de resgate mobilizados.

Poderia também piorar as condições de mais de 30 mil pessoas que vivem em 366 abrigos do governo devido à dificuldade de entrega de materiais de socorro às áreas que sofrem com cortes de água e eletricidade.

"A primeira prioridade tem sido resgatar pessoas sob os escombros e chegar a comunidades isoladas", disse o primeiro-ministro, Fumio Kishida, em entrevista à NHK neste domingo.

O exército enviou pequenos grupos de tropas a pé para cada uma das comunidades isoladas, disse ele.

O governo também "mobilizou vários helicópteros da polícia e dos bombeiros (…) para acessá-las do céu", acrescentou Kishida.

Na cidade de Anamizu, equipes de resgate com capas de chuva laranja ou azuis foram vistas carregando o corpo de uma vítima de deslizamento de terra, coberto com uma lona azul.

Além disso, em meio à destruição generalizada na cidade de Wajima, a tradicional porta vermelha de um santuário ainda estava de pé, mas a vista através dela era agora uma confusão de madeira e vigas derrubadas.

O Japão sofre centenas de terremotos todos os anos e a maioria não causa danos, devido aos rígidos códigos de construção em vigor há mais de quatro décadas.

Mas muitos dos edifícios do país são antigos, especialmente em comunidades de zonas rurais, como Noto.

O Japão ainda guarda a memória do devastador terremoto de 2011 que desencadeou um tsunami, deixou cerca de 18.500 mortos ou desaparecidos e causou uma catástrofe nuclear na central de Fukushima.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando