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Uma 11ª pessoa foi resgatada nesta terça-feira (10) da caverna inundada na Tailândia, informaram diversas fontes à AFP, no terceiro dia da dramática operação de resgate para salvar os 12 meninos e seu técnico presos há mais de duas semanas na gruta.

"O 11º está fora", disse à AFP uma fonte da Marinha que pediu anonimato, mas não confirmou se era um dos meninos ou o treinador de 25 anos.

Um funcionário do governo da província de Chiang Rai afirmou que "o 11º foi levado para o hospital de campanha".

Eles lutam contra o tempo e a natureza com tratores, pás e motosserras: em Kumano, no sudoeste do Japão, as equipes de resgate continuam sendo a única esperança das famílias cujos membros estão desaparecidos depois da queda de chuvas torrenciais.

Kumano, nome conhecido em todo o mundo por seus pincéis de pintura e pincéis de maquiagem, parecia triste nesta segunda-feira.

Nesta cidade montanhosa da província de Hiroshima, pelo menos dez pessoas foram resgatadas, mas, ao mesmo tempo, vários corpos - cujo número ainda não foi informado - já foram encontrados.

Além disso, uma dúzia de pessoas está desaparecida, e as equipes de resgate temem que esse número aumente porque nem todas as famílias se manifestaram.

- Casa parcialmente virada -

Uma casa de dois andares está virada pela metade. "Eu gostaria que minha irmã e sua família tivessem sido evacuados mais cedo", lamenta Kosuke Kiyohara, de 38 anos, irmão de uma mãe que estava com seus dois filhos. Os três não deram sinal de vida desde então.

Kiyohara sabe que as chances são pequenas de encontrá-los vivos, o que os socorristas confirmam, "porque já faz quase três dias".

"Eu fui o primeiro a chegar aqui no sábado e imediatamente pensei no pior cenário. Eu não conseguia falar com ela desde sexta-feira à noite. Pedi à minha família que se preparasse para o pior", afirmou, sentado em uma calçada em frente à casa.

Dezenas de homens (policiais, bombeiros, soldados) trabalham sob o sol escaldante para tentar encontrar sobreviventes após os enormes deslizamentos de terra que devastaram várias casas na encosta da montanha, derrubaram postes de concreto e drenaram quantidades enormes de terra e detrito.

"Nós removemos os destroços e limpamos as casas porque é possível que haja pessoas por baixo", explica um soldado.

Esta tarefa delicada avança muito gradualmente. É necessário parar as restroescavadeiras ao menor sinal de possível presença humana.

Enquanto isso, aqueles que escaparam dos deslizamentos tentam voltar para suas casas, escoltados por bombeiros ou funcionários municipais locais, para verificar as condições em que se encontram.

- "Muito medo" -

Naoaki Ogawa, um professor de 69 anos que mora com a esposa, sua filha mais velha e seu filho de nove anos de idade em um conjunto habitacional em grande parte destruído, viu um deslizamento de terra correr em direção à casa vizinha, carregando casas, carros e enormes troncos de árvores pelo caminho.

"Pouco antes deste primeiro deslizamento de terra, ouvi um estrondo alto vindo da montanha, era por volta das 19h00 de sexta-feira, e imediatamente partimos de carro", conta. Mas o único caminho para sair do bairro já estava obstruído por outros veículos que tentavam escapar. Então, as pedras que caíam começaram a bater no carro sob uma chuva torrencial.

"Ao invés de ficar parados onde estávamos, virei à direita e então vi um enorme deslizamento carregando três carros onde estávamos antes. Em 20 anos morando aqui, nunca tive nada assim, nunca. Senti muito medo, estávamos todos com muito medo", prossegue, ainda aterrorizado.

Diante de uma estrada bloqueada e sem saber o que fazer, sua família permaneceu na vizinhança até a chegada dos socorristas, que precisaram percorrer um caminho montanhoso e lamacento para ajudá-los.

"Foi um aniversário que marcará a minha vida, eu poderia ter morrido aos 68 anos e 365 dias", diz ele para relaxar um pouco da atmosfera pesada.

A vida continua, mas com sentimentos contraditórios: ele se pergunta se poderá ser feliz ignorando o destino de seus vizinhos.

"Eu quero ir para casa e viver uma vida normal, mas tenho medo que isso aconteça novamente", acrescenta.

Nesta segunda-feira, Ogawa voltou para casa pela primeira vez. A residência está intacta e a roupa ainda está na varanda. Ele encontrou seu celular, cheio de ligações de amigos e parentes preocupados.

"Eu esqueci de pegá-lo quando fugi correndo, muitas pessoas ligaram, eu quero dizer que estou bem, estou bem", suspirou.

As equipes de resgate da Tailândia tiraram mais quatro adolescentes da caverna de Tham Luang, no norte do país, nesta segunda-feira (9). Com isso, o número de jovens salvos chega a oito.

Outros quatro garotos já haviam sido resgatados da gruta no último domingo (8), e mais quatro, além de seu treinador em um time de futebol juvenil, seguem presos na caverna e devem ser tirados nesta terça-feira (10), segundo a "CNN". O balanço, ainda não confirmado oficialmente, é da imprensa local.

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As operações de resgate foram retomadas na manhã desta segunda-feira, apesar de um pequeno aumento no nível da água por causa das chuvas do último domingo. O grupo está preso em Tham Luang desde 23 de junho, quando tempestades alagaram alguns trechos do complexo de grutas e impediram sua saída.

O resgate só foi possível após os socorristas terem bombeado milhões de litros de água, mas, ainda assim, há necessidade de imersão completa em determinadas partes. Os jovens e o treinador estão a 1,7 quilômetro da base de socorro mais próxima e a 4 quilômetros da saída da caverna.

No trajeto, eles são acompanhados por dois mergulhadores de elite cada um. Assim que saem da gruta, os jovens são levados para um hospital na província de Chiang Rai. Os quatro resgatados no último domingo estão em boas condições de saúde, mas ainda não puderam ter contato com os pais por causa do risco de infecção.

Os meninos e seu técnico receberam ao longo dos últimos dias aulas de natação e mergulho, que os prepararam para uma imersão considerada arriscada até mesmo para profissionais, tanto que um mergulhador voluntário morreu por falta de oxigênio enquanto voltava de Tham Luang.

As autoridades também consideraram cavar um túnel até a caverna, que fica a 800 metros da superfície, mas a complexidade da obra e o risco de desabamento fizeram essa hipótese ser descartada.

Outra opção seria esperar o complexo de grutas ficar completamente seco, mas isso poderia levar meses. 

Da Ansa

O Tribunal Supremo da Índia confirmou nesta segunda-feira (9) as penas de morte impostas a três homens pelo estupro em grupo e assassinato de uma mulher em Nova Délhi em 2012, um caso que comoveu o país e o mundo.

Em dezembro de 2012, Jyoti Singh, uma estudante de Fisioterapia de 23 anos, foi violentada com extrema brutalidade por seis homens em um ônibus da capital indiana, diante de seu namorado. A jovem não resistiu aos ferimentos e faleceu poucos dias depois.

"A demanda de revisão dos três condenados foi rejeitada", afirmou A. P. Singh, advogado dos acusados.

Quatro réus foram condenados em setembro de 2013 por assassinato, estupro em grupo, roubo, conspiração e "atos antinaturais", após sete meses de julgamento.

Apenas três deles estavam envolvidos na apelação rejeitada nesta segunda-feira.

Um quinto suspeito, o motorista do ônibus, apresentado como líder do grupo, morreu antes do início do julgamento: ele cometeu suicídio na prisão.

O sexto acusado, que no momento do crime tinha 17 anos, cumpriu apenas três anos de prisão, pena máxima prevista para menores de idade. Sua libertação no fim de 2015 provocou protestos em todo o país.

Após a decisão do Tribunal Supremo, os condenados ainda têm a possibilidade de um último recurso legal para comutar a pena capital ou inclusive solicitar o indulto presidencial.

O caso, repleto de simbolismo, provocou uma grande comoção na sociedade indiana e evidenciou a violência cometida contra as mulheres neste país.

A Índia reforçou a legislação contra as agressões sexuais e acelerou os processos judiciais para este tipo de caso.

Os 12 meninos presos em uma caverna da Tailândia há 14 dias enviaram neste sábado (7), com a ajuda dos mergulhadores, cartas a suas famílias, ao mesmo tempo em que as equipes de emergência mencionam um prazo de três a quatro dias para o resgate antes do retorno das chuvas.

O treinador de futebol dos menores de idade, que está com o grupo na caverna, também enviou uma carta aos pais das crianças, na qual pede desculpas: "Obrigado por todo o apoio moral e peço desculpas aos pais", escreveu Ekkapol Chantawong, de 25 anos, no texto divulgado pelos socorristas.

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O sentimento de culpa do jovem treinador está no centro dos debates no país, alvo de críticas por ter levado os meninos a uma caverna que poderia ficar inundada durante as chuvas de monção.

Após a publicação de dois vídeos, o primeiro gravado quando os mergulhadores britânicos encontraram o grupo na segunda-feira à noite e o segundo, de terça-feira, as autoridades não divulgaram mais imagens dos jovens.

As cartas escritas pelas crianças a suas famílias são as primeiras provas de vida reveladas desde terça-feira.

"Não se preocupem, mamãe e papai. Eu estou fora há duas semanas, mas vou voltar e ajudá-los na loja", escreveu Bew.

- "Um pouco de frio" -

"Estou bem, mas aqui faz um pouco de frio. Não se preocupem comigo. Não esqueçam de preparar minha festa de aniversário", escreveu Duangphet, que assina a mensagem com seu apelido, Dom.

"Se eu sair, por favor me levem para comer moo krata", pediu Piphat, conhecido como Nick, ao mencionar um prato tailandês a base de porco e verduras.

As equipes de emergência mencionaram neste sábado a possibilidade de optar por um resgate perigoso, antes do retorno das chuvas de monção que derrubariam todos os esforços para drenar o máximo de água da caverna.

"Agora e durante os três ou quatro próximos dias, as condições de resgate são perfeitas no que diz respeito à água, tempo e saúde das crianças", afirmou Narongsak Osottanakorn, governador da província de Chiang Rai e coordenador da célula de crise.

"Temos que decidir o que podemos fazer", completou.

Os socorristas introduziram um tubo de vários quilômetros de comprimento para levar oxigênio à cavidade onde o grupo se encontra.

O nível de oxigênio foi estabilizado na caverna, mas o nível de dióxido de carbono é outro fator a ser considerado, explicou o governador.

"Quando você está em um local fechado, se o oxigênio cai a 12%, o corpo começa a desacelerar e a pessoa pode perder a consciência", disse Narongsak Osottanakorn.

As chuvas previstas para os próximos dias poderiam reduzir parte da área em que estão os jovens.

"A água poderia subir até o local em que os meninos estão sentados e reduzir a área a menos de 10 metros quadrados", afirmou o governador, ao citar estimativas de especialistas e mergulhadores.

- Mais de 1.100 jornalistas -

Durante a manhã, o governador afirmou que os meninos ainda não estavam preparados para percorrer o trajeto perigoso e sair da caverna. Mas o nível da água na gruta desceu, graças às operações de drenagem.

A morte de um ex-mergulhador da Marinha tailandesa na sexta-feira durante uma operação de abastecimento mostra o nível de perigo.

Vários meninos, com idades entre 11 e 16 anos, não sabem nadar e nenhum deles já praticou mergulho, o que complica ainda mais as operações.

No momento, um mergulhador experiente precisa de 11 horas para fazer uma viagem de ida e volta até o local em que estão os jovens: seis de ida e cinco para volta, graças à ajuda da corrente.

O trajeto tem vários quilômetros e inclui passagens estreitas e trechos sob a água.

Como alternativa ao resgate por mergulho, as equipes de emergência anunciaram mais de 100 perfurações verticais na montanha. Algumas são pouco profundas, mas uma delas tem quase 400 metros de profundidade.

A operação de resgate chama a atenção da imprensa mundial e mais de 1.100 jornalistas estão no local, com os equipamentos instalados em meio ao barro em uma área de selva tropical.

O papa Francisco expressou neste sábado (7) seus temores quanto a uma "extinção" da presença de cristãos no Oriente Médio, pouco antes de uma oração com quase todos os patriarcas das igrejas presentes nessa parte do mundo.

"Sobre esta esplêndida região tem se concentrando, especialmente nos últimos anos, uma densa nuvem de trevas: guerras, violência e destruição, ocupações e várias formas de fundamentalismo, migrações forçadas e abandono, e tudo isso em meio ao silêncio de tantos e à cumplicidade de muitos. O Oriente Médio se tornou uma terra de pessoas que deixam suas próprias terras", lamentou Francisco, em frente ao mar de Bari (sudeste da Itália).

"E existe o risco de que se extinga a presença de nossos irmãos e irmãs na fé, desfigurando o rosto da região, porque um Oriente Médio sem cristão não seria Oriente Médio", acrescentou.

"A indiferença mata, e nós queremos ser uma voz que combate o homicídio da indiferença", lançou antes da oração ecumênica.

"Queremos dar voz a quem não tem voz, a quem se afoga em lágrimas, porque o Oriente Médio hoje chora, sofre e cala, enquanto outros o pisoteiam em busca de poder e riquezas", disse o papa.

Francisco destacou ainda a importância de uma região onde "se conservam ritos antigos únicos e inestimáveis riquezas de arte sacra e da teologia. Esta tradição é um tesouro que devemos cuidar com todas as nossas forças, porque no Oriente Médio estão as raízes de nossas almas", clamou.

O papa, líder de 1,3 bilhão de católicos no mundo, conseguiu reunir em Bari quase todos os líderes de diferentes confissões cristãs no Oriente Médio.

- Pela paz -

O pontífice junto com dez líderes católicos, ortodoxos e luteranos vão orar, segundo seus próprios ritos, pela paz nessa região.

O papa recebeu os convidados na basílica de São Nicolau, morto no século IV e que também é venerado pelos ortodoxos, e se dirigiram para a cripta para rezar diante das relíquias do santo que pregou na Ásia Menor.

Está prevista uma oração com os fiéis no passeio público de Bari, onde se cantará em árabe e aramaico.

Entre os presentes estão o patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I; o papa copta do Egito, Teodoro II; o patriarca vicário de Constantinopla, Nektarios, representando Teófilo III; o patriarca ortodoxo de Jerusalém, o ministro de Assuntos Exteriores do patriarcado ortodoxo de Moscou, o arcebispo Hilarion, representando Kiril I e o Metropolitano Basílio de Constancia e Ammochostos.

Os dignatários vão discutir a portas fechadas a dramática situação no Oriente Médio, antes de libertar um simbólico grupo de pombas brancas.

Em várias ocasiões, Francisco expressou seu temor quanto ao possível desaparecimento dos cristãos do "Oriente Médio, o berço do cristianismo".

A situação de violência nessa região e a radicalização do islamismo são as principais causas do desaparecimento dos cristãos, segundo estudo do Fórum Internacional Cristão divulgado no final de 2017.

Nos últimos 10 anos, o número de cristãos no Oriente Médio caiu 80%.

Em 1910, o número destes representava 13,6% da população daquela região e calcula-se que em 2025 será de apenas 3%.

A cúpula da "solidariedade cristã" representa o chamado "ecumenismo do sangue", como o papa Francisco o chama, e procura deter a violência e as agressões contra os milhares de cristãos que habitaram a região onde nasceu e se expandiu por dois mil anos o Cristianismo.

As chuvas torrenciais que afetam há vários dias as regiões sul e oeste do Japão deixaram pelo menos 20 mortos, de acordo com as autoridades, que ordenaram nesta sábado a saída de quase dois milhões de pessoas de suas casas.

As tempestades bateram recordes em várias regiões (Hiroshima, Kyoto, Okayama, entre outras) e provocaram cheias excepcionais, deslizamentos de terra e inundações. Muitos moradores ficaram presos, apesar das ordens das autoridades locais para que 1,9 milhão de pessoas abandonassem suas casas.

A imprensa cita um balanço ainda maior de vítimas. O canal público NHK informou 38 mortos e 50 desaparecidos.

O município mais atingido foi o de Hiroshima. As províncias de Aishi e Okayama também foram muito afetadas.

A meteorologia emitiu alerta máximo para várias regiões e advertiu para os ricos de danos ainda maiores.

As equipes de emergência trabalham para salvar os moradores refugiados nos telhados da casas.

"Estamos em vigilância máxima", afirmou o serviço meteorológico.

O governo estabeleceu uma célula de crise.

Após os deslizamentos de terra, várias casas desabaram, estradas e pontes ficaram destruídas e bairros inteiros inundados.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos condenou Moscou nesta sexta-feira (6) por tentar "sufocar a liberdade de imprensa", a menos de duas semanas de uma reunião entre o presidente Donald Trump e seu colega russo Vladimir Putin.

"O governo russo continua sufocando a liberdade de imprensa e a independência da mídia", disse o Departamento de Estado em um comunicado.

Destacou o que descreveu como "alvo seletivo" da Rádio Europa Livre / Rádio Liberdade e Voz da América - que recebe financiamento do governo dos EUA - "sob a lei da Rússia sobre veículos de 'agentes estrangeiros'".

A lei foi aprovada depois que o canal de televisão estatal russo RT se curvou à pressão de Washington e se registrou como agente estrangeiro nos Estados Unidos no ano passado.

O Departamento de Estado também pediu que Moscou "respeite o exercício das liberdades fundamentais, incluindo a liberdade de expressão, na Rússia".

A crítica do Departamento de Estado aos direitos de mídia na Rússia chegou apenas 10 dias antes do planejado confronto direto entre os líderes dos EUA e da Rússia.

A onda de calor que atinge há uma semana o leste do Canadá provocou ao menos 54 mortes em Quebec, anunciaram nesta sexta-feira (6) autoridades locais.

Ao menos 28 óbitos relacionados à "devastadora onda de calor" foram contabilizados na zona metropolitana de Montreal, detalharam à AFP as autoridades de saúde da cidade.

As outras mortes foram registradas no sudoeste da província francófona do Canadá, detalhou o Ministério da Saúde de Quebec.

Após uma semana de altas temperaturas no leste do Canadá, espera-se que os termômetros voltem no sábado aos níveis médios da estação. "Segundo o meteorológico, espera-se voltar ao normal nas próximas horas", apontou Noémie Vanheuverzwijn, porta-voz do ministério.

"Estou de todo coração com as pessoas de Quebec que perderam um ser querido durante a onda de calor", tuitou na quarta-feira o primeiro-ministro, Justin Trudeau, e convidou os canadenses a "se protegerem e a protegerem suas famílias".

Nenhuma morte vinculada à onda de calor foi relatada até agora na província vizinha de Ontário, que também registrou altas temperaturas.

Em 2010, as altas temperaturas provocaram a morte de uma centena de pessoas na região de Montreal.

O quadrinista americano Steve Ditko, cocriador do Homem-Aranha e de outros personagens, morreu aos 90 anos.

A polícia de Nova York informou que ele foi encontrado em seu apartamento no dia 29 de junho, segundo a revista Hollywood Reporter. A causa da morte não foi revelada.

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Nascido em 1927 em Johnstown, Pensilvânia, Ditko trabalhou ao lado de Stan Lee no início dos anos 1960. Ele foi o responsável por criar o uniforme azul e vermelho do Spider-Man.

"Hoje, a família Marvel chora a perda de Steve Ditko. Steve transformou a indústria e o Universo Marvel. Seu legado nunca será esquecido", afirmou o presidente da Marvel Entertainment, Dan Buckley, em um comunicado.

Ditko, um homem reservado, deixou a Marvel em 1966, aparentemente após uma discussão com Lee. Trabalhou para outras empresas - incluindo a DC Comics -, mas voltou a desenhar para a Marvel em 1979.

A Federação Internacional de Futebol (Fifa) convidou os 12 meninos e o treinador presos em uma caverna na Tailândia para assistirem à final da Copa do Mundo da Rússia.

"A Fifa terá o prazer de receber os meninos como nossos hóspedes na final da Copa do Mundo", disse a entidade, em uma carta assinada pelo presidente Gianni Infantino e divulgada hoje (6) pela página da federação tailandesa de futebol.

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A partida está prevista para 15 de julho, mas ainda não se sabe quando os meninos serão resgatados. Eles foram encontrados na última segunda-feira (2) e estão desde o dia 23 de junho dentro da caverna de Tham Luang, onde se refugiaram para se proteger das chuvas, mas as águas acabaram bloqueando o acesso ao local. 

Da Ansa

As equipes de resgate da Tailândia encontraram um buraco a cerca de 200 metros de onde os 12 meninos e o treinador de futebol estão presos dentro da caverna do parque natural de Tham Luang-Khun Nam Nang Noon.

A notícia aumenta as esperanças para que um resgate alternativo possa ser feito, descartando, assim, a necessidade de que as vítimas tenham que praticar mergulho para saírem da caverna. O buraco teria cerca de um metro de diâmetro e levaria a uma região que ficaria a 150 -200 metros de onde o grupo está refugiado, informou nesta sexta-feira (6) o jornal "Khao Sod English", citando o general tailandês Suchart Teerasawat.

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Desde quando o grupo foi encontrado, as equipes buscam meios alternativos para tirá-los da caverna e tentam localizar cavidades ou buracos na superfície que facilitariam um resgate por helicóptero. 

Um ex-membro da Marinha tailandesa faleceu nesta sexta-feira (6) depois de ajudar os 12 meninos presos em uma caverna do norte da Tailândia, cujas possibilidades de regate são limitadas.

A morte do socorrista mostra a dificuldade de um resgate sem colocar em perigo a vida dos meninos e de seu treinador de futebol, presos há 13 dias na caverna de Thuam Lang.

O pessimismo aumentou entre as autoridades tailandesas, depois da alegria provocada pela descoberta, na segunda-feira, de que os jovens estavam vivos.

A Marinha tailandesa insinuou que possivelmente as equipes de emergência não terão outra alternativa a não ser tentar um resgate complexo e perigoso. A janela de tempo para retirar os jovens da caverna é "limitada", admitiram as autoridades.

"A princípio, pensávamos que as crianças poderiam ficar durante muito tempo. Mas a situação mudou, e agora nos resta um tempo limitado", declarou o comandante da Marinha, Apakorn Yookongkaew, um dos coordenadores da célula de crise.

Yookongkaew também explicou que cilindros de oxigênio foram espalhados ao longo da caverna para tentar abastecer as crianças e seus acompanhantes, incluindo o treinador do time de futebol. Mas ele não citou uma tentativa de resgate nesta sexta-feira, quando a meteorologia prevê o retorno das chuvas de monção nesta região montanhosa da Tailândia.

A informação foi divulgada poucas horas depois da morte do mergulhador tailandês.

"Após ter entregue uma reserva de oxigênio, ficou sem ar em seu retorno", declarou o vice-governador da província de Chiang Rai, Passakorn Boonyaluck.

"Perdeu a consciência no caminho de volta, seu companheiro de mergulho tentou ajudá-lo e carregá-lo", revelou o oficial da Marinha Apakorn Yookongkaew.

"Apesar de termos perdido um homem, seguimos com fé em nossa missão", declarou Apakorn Yookongkaew com a voz embargada.

A tragédia recorda a dificuldade do caminho que precisa ser percorrido, debaixo d'água, para chegar aos 12 meninos e seu treinador, bloqueados na caverna inundada.

As equipes de emergência tentavam avançar o máximo em seus preparativos de resgate, antes do retorno da chuva.

Os socorristas esperam conseguir, com a ajuda de máquinas, reduzir o nível da água de modo suficiente para que os meninos consigam sair da caverna sem a necessidade de mergulhar, ou com mergulhos apenas em pontos específicos.

- 5 horas de mergulho -

No momento, um mergulhador experiente precisa de 11 horas para fazer uma viagem de ida e volta até o local em que estão os jovens: seis de ida e cinco para volta, graças à ajuda da corrente.

O trajeto tem vários quilômetros e inclui passagens estreitas e trechos sob a água. Mas os socorristas evitam se pronunciar a favor de um resgate dos meninos através do mergulho. "Seguimos considerando várias opções", declarou o general Chalongchai Caiyakam.

No momento, os socorristas dizem que preferem esperar a água baixar e manter o grupo na caverna até que possa ser retirado caminhando, com uma parte mínima de trechos submersos, que seriam percorridos com máscaras.

Esta é a opção privilegiada pelas autoridades, que instalaram um amplo sistema de bombeamento da água, com a ajuda de engenheiros japoneses, e já retiraram da caverna um volume equivalente a mais de 50 piscinas olímpicas.

- Evitar uma saída precipitada -

As autoridades querem evitar um plano de emergência que inclua uma saída precipitada. A morte do mergulhador foi um duro golpe para a moral dos socorristas, incluindo vários estrangeiros.

Mas se chuva prevista para as próximas horas provocar o aumento do nível da água, talvez não reste outra alternativa.

As tempestades de monção provocaram o bloqueio dos meninos na caverna no dia 23 de junho, quando o grupo decidiu, por um motivo que ainda não está claro, entrar no local depois do treino de futebol.

Ao mesmo tempo, a equipe de resgate procura uma via de entrada a partir do topo da montanha que esteja conectada, ou que seja fácil de conectar com um trabalho de perfuração à parte da caverna em que estão as crianças.

A onda de calor que atinge o leste do Canadá há quase uma semana já deixou ao menos 33 mortos em Quebec, disseram as autoridades locais nesta quinta-feira (5).

Dezoito mortes relacionadas a este episódio de calor aconteceram em Montreal, informou a diretora regional de saúde dessa cidade, Mylène Drouin, durante entrevista coletiva.

As vítimas em Montreal eram, em sua maioria, homens de entre 53 e 85 anos em situação vulnerável e que não dispunham de sistemas de refrigeração, detalhou.

As outras mortes foram informadas em diferentes áreas da província.

O serviço meteorológico Environment Canada previu nesta quinta a máxima de 35ºC, com sensação térmica que pode chegar a 45ºC.

Ainda não foram reportadas mortes relacionadas ao calor na província de Ontário, que também vive temperaturas extremas.

Em 2010, uma onda de calor causou a morte de 100 pessoas na área de Montreal.

Equipes de emergência examinavam nesta quinta-feira (5) as opções para resgatar os 12 meninos e seu treinador de futebol que estão presos há 12 dias em uma caverna inundada na Tailândia, diante do risco de aumento do nível da água com a previsão de retorno da chuva.

"Nossa maior preocupação é a meteorologia. Estamos em uma corrida contra o tempo, agora estamos em uma corrida contra a água", declarou Narongsak Osotthakorn, governador da província de Chiang Rai e que também comanda a célula de crise.

Os socorristas tentam reduzir o nível da água de forma suficiente para que as crianças não precisem mergulhar ou que tenham que mergulhar por pouco tempo.

"Esta manhã preparamos os 13 equipamentos de mergulho para poder fazer o resgate de maneira urgente", disse Osotthakorn.

Mas o governador recordou que um mergulhador experiente precisa de 11 horas para ir e voltar do local onde estão as crianças: seis horas na ida e cinco horas na volta, aproveitando a corrente.

A volta da chuva, prevista para sexta-feira, na temporada de monções, poderia precipitar a operação de resgate, pois existe o risco de que as tempestades inundem a caverna.

"Escutei que vai chover de novo. Estou muito preocupada"

Na área reservada às famílias, a inquietação é cada vez maior.

As chuvas torrenciais bloquearam os jovens na caverna no dia 23 de junho, depois que o grupo decidiu, por um motivo que ainda não está claro, entrar no local após o treinamento de futebol com seu técnico, que tem 25 anos.

Os parentes dos meninos citaram uma possível festa de aniversário para um dos jovens, que completou 16 anos no dia 23.

- Tempo calculado -

"Calculamos o tempo que nos resta, em horas e em dia, no caso de chuva e de que água invada a caverna", explicou Osotthakorn.

O trajeto de retorno tem vários quilômetros e inclui áreas estreitas.

Alguns trechos terão que ser percorridos debaixo d'água e por este motivo os socorristas estão treinando os jovens para que aprendam a mergulhar.

Na quinta-feira as autoridades não divulgaram vídeos dos meninos. As imagens do momento em que os mergulhadores britânicos encontraram os jovens, com idades entre 11 e 16 anos, na segunda-feira deram a volta ao mundo: eles aparecem magros, reunidos sobre uma rocha.

Desde então a situação do grupo melhorou, pois as equipes de emergência estabeleceram um rodízio para ficar ao lado do grupo, que recebe alimentação e aulas sobre como utilizar o equipamento de mergulho.

Até o momento fracassaram as tentativas para instalar uma linha telefônica que permitira o contato dos meninos com os pais.

Uma nova tentativa de instalação será feita nesta quinta-feira.

"Nossa principal missão é bombear a água", afirmou o governador, antes de indicar que continua sendo examinada a possibilidade de cavar um túnel vertical.

"Estudamos cada metro quadrado para ver se um dos poços leva à caverna", disse.

"Muita força", disse Mario Sepúlveda - um dos 33 mineiros chilenos que ficaram 69 dias sob a terra - aos 12 meninos e seu técnico de futebol.

Sepúlveda revelou que está disposto a viajar à Tailândia para contribuir com sua experiência aos esforços de resgate, em entrevista à AFP.

O Tribunal de Apelações da Nova Zelândia decidiu que Kim Dotcom é elegível para extradição para os Estados Unidos nesta quinta-feira, em um grande revés para o magnata da internet, que é acusado de pirataria online.

Dotcom tinha pedido ao tribunal para reverter duas decisões anteriores de que o fundador do Megaupload e outros três réus seriam enviados para os Estados Unidos para enfrentar acusações.

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Em vez disso, um painel de três juízes apoiou o caso liderado pelo FBI, que começou com uma batida na mansão de Dotcom em Auckland em janeiro de 2012 e durou mais de seis anos.

"As evidências fornecidas pelos Estados Unidos revelam um claro caso prima facie para apoiar as alegações de que os apelantes conspiraram e violaram direitos autorais intencionalmente e em escala maciça para ganhos comerciais", disse a corte em um comunicado.

O cidadão alemão é acusado de pirataria on-line em escala industrial através de seu império Megaupload, que as autoridades dos EUA fecharam na época da batida.

Se for enviado para os Estados Unidos, ele enfrentará acusações de crime organizado, fraude e lavagem de dinheiro, punidos com pena de prisão de até 20 anos.

Autoridades americanas alegam que o Megaupload lucrou mais de US$ 175 milhões com atividades criminosas e custou aos detentores de direitos autorais mais de US$ 500 milhões, ao oferecer conteúdo pirateado, incluindo filmes e músicas.

A Estátua da Liberdade esteve fechada nesta quarta-feira (4), Dia da Independência americana, porque uma mulher subiu na base da construção e se negou a descer, apesar de um longo diálogo com a polícia.

A polícia de Nova York disse que recebeu ajuda da polícia de parques dos Estados Unidos para retirar a mulher do monumento.

Meios de comunicação locais informaram que a mulher pertencia a um grupo de manifestantes contra a política de Trump contra os imigrantes em situação ilegal.

Mas o Rise and Resist NYC, que organizou o protesto, assegurou que a mulher não é afiliada ao grupo.

Ao menos sete pessoas foram presas antes por colar um cartaz ao redor da base da estátua no qual se lia "Abolir o ICE", em referência ao Serviço de Imigração e Alfândegas dos Estados Unidos, a agência à frente do debate sobre imigração.

O presidente Donald Trump converteu a luta contra a imigração ilegal na pedra angular da política de sua administração, e sua já abandonada prática de "tolerância zero" de separar as crianças de seus pais quando tentam entrar ilegalmente no país pela fronteira do México, o que desatou uma condenação internacional.

Os desaparecidos pela potente erupção do Vulcão de Fogo, na qual também morreram 113 pessoas no sul da Guatemala, subiu de 197 para 332 após um "cruzamento" de informações, informou nesta quarta-feira (4) a defesa civil, enquanto voluntários civis denunciam que são cerca de 3.000.

A atualização oficial foi feita "após revisar 176.144 registros de diferentes entidades e verificar as listas de pessoas que estão nos abrigos", informou a jornalistas David de León, porta-voz da Coordenadoria Nacional para a Redução de Desastres (Conred).

O funcionário explicou que a nova cifra de 332 desaparecidos na tragédia foi estabelecida com um "cruzamento de informações" recebidas por 11 meios, entre eles o site da instituição, a Cruz Vermelha Guatemalteca, a Procuradoria-Geral da Nação, a prefeitura de Escuintla e o Instituto Nacional de Estatísticas.

O vulcão de Fogo, de 3.763 metros de altura e situado 35 km ao sudoeste da capital, registrou em 3 de junho uma potente erupção seguida de um deslizamento de material vulcânico quente que soterrou a comunidade San Miguel Los Lotes, na cidade de Escuintla.

Devido à erupção, 3.643 pessoas de San Miguel Los Lotes e outras aldeias vizinhas estão em abrigos.

De León apontou que das 332 pessoas reportadas desaparecidas, 205 são de San Miguel Los Lotes, 102 da vizinha aldeia El Rodeo e o resto de comunidades próximas.

Organizações de voluntários que ajudam as famílias a buscarem os desaparecidos rejeitaram as cifras oficiais e denunciaram que há milhares as vítimas soterradas.

Sofía Letona, do grupo Antigua al Rescate, assegurou a jornalistas que, com base em entrevistas com afetados e outras avaliações, o número de desaparecidos chega a 2.900.

A "cifra oficial" de mortos pela tragédia continua em 113, das que 85 foram identificados e três morreram em hospitais no exterior. A autoridade forense trabalha na identificação de outras 25 enquanto verifica 78 casos de restos encontrados na chamada "zona zero".

Fumar faz mal à saúde? Só os homens podem usar o torso nu? O estilista veterano Jean Paul Gaultier demostrou que seu inconformismo continua intacto em seu desfile de alta-costura, nesta quarta-feira (4), em Paris.

Enquanto as autoridades sanitárias de todo o mundo lutam com todas as armas contra o cigarro e seus efeitos nocivos, é exatamente ele que serviu de inspiração em um pendente, uma pulseira e um colar no desfile do estilista, adepto da transgressão.

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Na cortina branca de onde saíam os modelos, foram projetadas imagens de espirais de fumaça em uma passarela mista aberta com a canção "Cigarette", de Jacques Higelin.

Os modelos desfilaram com cachimbos e cigarros eletrônicos, mas também foram representados os que lutam contra o fumo, como a frase "No smoking" (não fumar) em um suéter de pele e em uma máscara.

O jogo de palavras é evidente, já que o elemento central dessa coleção em preto e brando é o smoking.

A mensagem também parece clara, "a liberdade que deveríamos poder ter de fumar ou não", disse o estilista em entrevista à AFP. "Vivemos em um mundo muito politicamente correto", acrescentou.

- 'Mamilos livres' -

A liberdade é expressa também na mensagem "mamilos livres", inscrita em corpetes de plástico transparente, usados por modelos homens e mulheres.

"Os homens têm direito a mostrar seu tórax nu, por que não as mulheres?", disse o estilista francês.

Gaultier fez alusão ao "escandaloso" incidente em que uma jovem foi obrigada, em abril, pela direção de seu colégio na Flórida, a colocar adesivos em seus mamilos, já que não usava sutiã.

- Viktor & Rolf: a cama móvel -

A dupla holandesa Viktor & Rolf apresentou no último dia de desfiles da Semana de Alta-Costura uma coleção exclusivamente em branco, concentrada na modelagem, de imaginação transbordante.

Uma das modelos lembrava uma cama móvel usando um casaco acolchoado extragrande que se parece com um edredon, com duas almofadas atrás da cabeça.

Outra usava uma jaqueta branca decorada com dezenas de laços brilhantes em tom de cinza.

O plissado na lapela de uma jaqueta é rígido, formando uma espécie de leque. Um vestido de noite branco tem três grandes buracos, como se fosse mordido por uma boca gigante.

- Franck Sorbier: século XIX -

"Ajuda!", batizou o francês Franck Sorbier sua nova coleção, aberta com duas crianças que agitavam duas placas em que se lia "Chega de prejudicar meu planeta" e "Chega de prejudicar os animais".

Inspirado em animais como a zebra, o orangotango e o rinoceronte branco, o estilista apresentou uma série de vestidos com influência do século XIX, desfilados por bailarinas no ritmo de uma música oriental apresentada ao vivo.

Um tribunal de Hong Kong concedeu nesta quarta-feira (4) a uma lésbica britânica o direito de viver e trabalhar na megalópole com sua companheira, uma decisão que encerra uma longa batalha judicial.

O Tribunal de Apelação da ex-colônia britânica - que retornou à soberania chinesa em 1997 - examinou o caso de uma britânica que não recebeu o visto de cônjuge porque sua companheira é uma mulher.

A demandante, identificada com as letras "QT", chegou a Hong Kong em 2011, depois de oficializar o relacionamento com "SS" no Reino Unido em uma união civil. Esta se mudou para Hong Kong com um novo posto de trabalho.

Hong Kong não reconhece o casamento gay ou as uniões entre pessoas do mesmo sexo e "QT" não recebeu um visto de cônjuge, que permite trabalhar, e recebeu apenas um visto de turista.

Em setembro, o Tribunal de Apelação deu razão à britânica, mas o governo recorreu contra a decisão.

As autoridades concedem vistos às pessoas que viajam a Hong Kong para trabalhar porque consideram que "ele ou ela tem o direito ou as capacidades necessárias ou convenientes. Esta pessoa pode se heterossexual ou gay", afirmou o Tribunal de Apelação de última instância.

"A capacidade de fazer vir os cônjuges é um fator importante para as pessoas que estão decidindo viajar ou não a Hong Kong", completou o tribunal, ao destacar que é "contraproducente" limitar este direito aos heterossexuais.

O principal tribunal de Hong Kong estabelece assim uma primeira decisão a favor dos direitos dos casais do mesmo sexo, destacou o advogado de "QT", Michael Vidler.

"Esperemos que isto abra um caminho para a mudança e para o reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo", completou.

A homossexualidade só deixou de ser considerada crime em Hong Kong em 1991.

Doze grandes instituições financeiras internacionais, incluindo Morgan Stanley, Goldman Sachs e Credit Suisse, apoiaram "QT", alegando que uma política de contratação diversificada era vital para atrair os melhores talentos.

Em um comunicado publicado por seu advogado, "QT" se declarou "feliz" com a sentença e por "ter contribuído um pouco para o progresso dos direitos LGTB em Hong Kong".

Mas acusou o governo de tê-la tratado, "assim como faz com milhares de lésbicas e gays, como uma cidadã de segunda categoria, devido a minha orientação sexual".

O representante do governo no tribunal alegou na audiência que o "matrimônio cria um status" que justifica por si um tratamento diferente para casais heterossexuais e homossexuais.

Hong Kong, uma cidade aberta e cosmopolita que organiza a cada ano uma parada do orgulho gay com milhares de participantes, também possui movimentos conservadores que criticam os tímidos avanços nos direitos LGTB.

Mas há alguns sinais de mudança. Uma pesquisa da Universidade de Hong Kong mostrou que 50,4% dos habitantes da ex-colônia se declaravam favoráveis em 2017 ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, contra 38% em 2013.

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