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A União Europeia decidiu abrir a segunda fase do processo de infração contra a Itália pelo excesso de poluição no ar em diversas cidades do país. O caso refere-se, especificamente, ao extrapolamento do limite de valores de partículas PM10 (elemento de poluição atmosférica). A decisão será tomada pelo Colégio dos Comissários nesta quarta-feira (26) e deverá ser anunciada no dia seguinte. A resolução era prevista para a metade de março, mas foi adiada.

O país já enfrenta o processo desde 2014 por não cumprir a lei que exige a adoção de medidas para garantir o respeito ao limite de partículas PM10 em grandes centros urbanos. Em 2014, o número de zonas e aglomerações nas quais os limites não foram respeitados aumentou de 19 para 30.

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A Itália já tinha sido condenada pela Corte de Justiça Europeia em 2012, por ter violado os limites de PM10 entre os anos de 2006 e 2007. Em 2008, a União Europeia aprovou novas regras, mas as violações não pararam e o governo de Bruxelas abriu um novo processo de infração.

No dia 15 de fevereiro, uma iniciativa semelhante foi tomada pelo Executivo da União Europeia contra a Itália e outros quatro países (Espanha, Alemanha, França e Reino Unido) pelo excesso de dióxido de nitrogênio no ar. Os governos tiveram dois meses para responder - Espanha e Alemanha tiveram uma prorrogação, França e Reino Unido responderam no período previsto, no entanto, a Itália foi a única que não ainda não se pronunciou.

Nos últimos anos, a Comissão abriu processos de infração contra 16 Estados-membros pelo excesso de PM10 e contra 12 pelos níveis de No2 (dióxido de nitrogênio) no ar. O fato é que, de acordo com o relatório da Comissão sobre a "Revisão da implementação de políticas ambientais", em 2013, "mais de 60% da população urbana da Itália residia em áreas expostas a concentração de PM 10 superior ao nível limite diário", previsto pelas normas da União Europeia, "valores significativamente piores com relação à média europeia", que é de 16,3%.

O forte terremoto que atingiu a região de Valparaíso, no Chile, nesta segunda-feira (24) pode ter sido fruto do que os especialistas chamam de "enxame sísmico", um fenômeno que, diferentemente de um abalo sísmico "normal" não tem um grande tremor e uma sequência de réplicas.

O enxame é quando há uma sequência de tremores, de intensidades e profundidades similares, mas sem ter um "terremoto principal".

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Apesar de haver divergências entre os sismólogos chilenos sobre o fenômeno, a região de Valparaíso vem sofrendo com mais de 100 tremores desde o último sábado (22), com um de 5,9 graus na escala Richter naquele mesmo dia e o de ontem, que chegou a atingir 6,9 graus segundo o centro sismólogo da Universidade do Chile.

Em entrevista ao jornal "Publimetro", a engenheira sísmica da Universidade de Santiago, Paulina González, destacou que para ser considerado um "enxame sísmico" os tremores precisam seguir por "uma ou duas semanas ao menos".

Como neste caso a sequência vem ocorrendo desde o sábado, ela ainda considera que o que ocorreu ontem foi uma réplica do tremor de 5,9 graus. Mas, González disse que os especialistas estão acompanhando com atenção a situação em Valparaíso.

Isso porque a área é conhecida por sofrer com muitos terremotos, já que fica próxima à Placa de Nazca - que constantemente colide com a Placa Continental, também conhecida como a Placa Sul-Americana. Esse atrito entre as duas placas é a responsável por causar tantos tremores no local.

No entanto, apesar do alto grau dos tremores, nenhum dano grave ou vítimas foram registradas desde o início da série de terremotos. 

Um dia após os Estados Unidos enviarem um submarino nuclear para a Coreia do Sul, os vizinhos da Coreia do Norte reagiram e disseram nesta terça-feira (25) estarem prontos para atacar alvos de Washignton e Seul sem qualquer aviso prévio. "Pyongyang mantém a vontade e a capacidade de responder a qualquer tipo de guerra", disse o jornal local "Rodong Sinmun", em um editorial, ressaltando que "terminou a era em que os EUA faziam ameaças nucleares unilaterais".

Esta foi mais uma intimação da Coreia do Norte contra os Estados Unidos, em um clima de tensão que já se arrasta por semanas e que preocupa países da Ásia, como Japão, Coreia do Sul, Rússia e China, que temem uma guerra nuclear entre Pyongyang e Washington. EUA e Coreia do Norte têm trocado farpas e um tenta intimidar o outro com demonstrações de capacidade militar.

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Seul confirmou que o submarino chegou ao porto de Busan, o que ocorreu no mesmo dia em que Pyongyang comemorou o aniversário de 85 anos da fundação de suas Forças Armadas e fez uma apresentação de tiros de artilharia. O submarino norte-americano é um USS Michigan dotado de mísseis táticos e alta capacidade de comunicação. Ele não deve participar de exercícios militares conjuntos entre EUA e Coreia do Sul, mas, mesmo assim, é uma tentativa do Pentágono de intimidar a Coreia do Norte.

Atualmente, o porta-aviões USS Carl Vinson e navios destroyers estão navegando rumo à península da Coreia, após uma série de manobras militares com a Marinha do Japão no mar das Filipinas.

A sul-coreana Samsung anunciou nesta segunda-feira (24) uma atualização de seu novo smartphone Galaxy S8, depois que os consumidores reclamaram que as telas tinham uma cor avermelhada. O lançamento do modelo representa uma etapa crucial para a empresa, que tenta melhorar sua imagem após o fiasco do Galaxy Note Note 7, que viu a produção interrompida no ano passado por um problema na bateria, que tinha risco de explosão.

O Galaxy S8 foi apresentado em março em Nova York. Vários clientes sul-coreanos que encomendaram o smartphone com antecedência apresentaram queixas por conta da tela com uma cor avermelhada. As imagens das telas foram muito compartilhadas nas redes sociais, mas a Samsung negou uma falha e afirmou que os clientes poderiam ajustar as cores do aparelho manualmente de acordo com seu gosto.

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Mas diante das crescentes dúvidas dos consumidores, a empresa anunciou nesta segunda-feira que uma atualização do sistema deve resolver o problema, oferecendo ao usuário uma gama de cores mais ampla. "A Samsung decidiu lançar uma atualização de seu sistema a partir desta semana, que será oferecida aos consumidores a possibilidade aperfeiçoada de ajustar as cores a seu gosto", afirmou o grupo em um comunicado.

A Samsung Electronics é a principal marca do grupo Samsung, que contribui com 20% do PIB da Coreia do Sul O fracasso do Note 7, um modelo que ficava entre o smartphone e o tablet, provocou perdas bilionárias à empresa.

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Uma palestina foi detida nesta segunda-feira (24) depois de atacar e ferir levemente uma guarda israelense com um punhal em um posto de controle de Qalandia, que liga Jerusalém com a Cisjordânia ocupada.

A agente israelense foi levada para o hospital. A agressora foi controlada por outros guardas e policiais, de acordo com as forças de segurança.

A onda de violência entre israelenses e palestinos, iniciada no fim de 2015, provocou as mortes de 261 palestinos, 41 israelenses, dois americanos, um jordaniano, um eritreu, um sudanês e um britânico, de acordo com um balanço da AFP.

O papa Francisco não usará carros blindados durante a viagem que fará ao Egito no próximo fim de semana, apesar dos riscos de atentados terroristas. "Para seus deslocamentos, o Papa usará um automóvel fechado, mas não blindado. Foi ele que quis assim", disse nesta segunda-feira (24) o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, ao apresentar a jornalistas um briefing da viagem.

Negando que o Vaticano esteja preocupado com qualquer risco à segurança de Francisco, Burke comentou que "vivemos em um mundo onde este aspecto [de atentados] faz parte da vida". "Vamos seguir adiante serenamente, como é a vontade do Santo Padre", acrescentou.

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De acordo com Burke, "a segurança é um problema também na Itália, ou na Inglaterra, na França, nos Estados Unidos". "O Papa, mesmo após os atentados recentes no Egito, confirmou sua vontade de visitar o país como sinal de proximidade. Não estamos preocupados", garantiu o diretor de comunicação do Vaticano. Jorge Mario Bergoglio fará uma viagem oficial ao Egito entre os dias 28 e 29 de abril, cuja agenda inclui encontros com líderes religiosos locais e com as autoridades políticas.

No início do mês de abril, um atentado contra duas igrejas cristãs coptas cometido pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) deixou mais de 35 mortos e 100 feridos. Francisco condenou os ataques, mas não cancelou a viagem. O Papa costuma usar papamóvel (carro de aparição pública) aberto em suas viagens apostólicas, mas desta vez, no Egito, optará por veículos fechados. Mesmo assim, não haverá blindagem especial.

O presidente da China, Xi Jinping, pediu o "autocontrole" e a "moderação" ao seu homólogo norte-americano, Donald Trump, sobre a crise com a Coreia do Norte durante um telefonema entre os dois líderes, informou a TV estatal "CCTV" nesta segunda-feira (24).

De acordo com a emissora, durante o telefonema, o chinês informou que seu governo é contrário ao planos nucleares de Pyongyang, mas pediu que "todas as partes exerçam o autocontrole para não agravar a situação".

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Além de conversar com Xi Jinping, Trump também telefonou para o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, para debater a crise com a Coreia do Norte e ouviu do líder do governo nipônico que será preciso "maior disciplina" após as provocações do ditador Kim Jong-un.

Durante os 30 minutos de conversa telefônica, definida como de "tons intensos" por Abe, o premier afirmou que concordou com a fala do norte-americano de que todas as opções "ainda estão na mesa" para tentar resolver a crise. Para Abe, o regime norte-coreano representa uma grave ameaça à soberania japonesa e para a inteira comunidade internacional.

Os dois telefonemas foram feitos por conta de um possível novo teste nuclear de Pyongyang nesta terça-feira (25), quando o governo celebrará os 85 anos da fundação do Korean People's Army (KPA), as forças armadas do país que lideraram a "revolução". O temor é que Kim Jong-um leve adiante o sexto teste nuclear, o que poderia desencadear até uma ação militar norte-americana no país.

Nas últimas semanas, tanto Trump como membros de seu governo fizeram declarações públicas dizendo que a "paciência" com o regime norte-coreano estava acabando. Por diversas vezes, os líderes dos EUA ameaçaram o país com um ataque militar.

- Carl Vinson: Durante o telefonema, Shinzo Abe confirmou que a Marinha de sua nação fará exercícios militares com o porta-aviões Carl Vinson e a frota de destroyers nesta semana. O navio militar foi para a Austrália após o governo Trump informar que ele estava indo para a península coreana - o que acabou não se concretizando.

De acordo com a agência sul-coreana Yonhap, os militares do país também farão exercícios com os norte-americanos em breve. Os EUA são um dos maiores aliados dos dois países e prometeram "proteger" os sul-coreanos em caso de ataque de Pyongyang.

A Corte de Apelação de Dusseldorf, na Alemanha, anunciou nesta segunda-feira (24) que 10 pessoas serão julgadas pelas 21 mortes ocorridas durante a festa de música eletrônica "Love Parade", em Duisburg, em 2010.

Os acusados são quatro pessoas que faziam parte da organização do evento e seis funcionários públicos de Duisburg. Eles responderão por homicídio involuntário e por danos corporais porque, segundo a Procuradoria, havia graves falhas no planejamento do festival e também na segurança durante o evento.

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A decisão da Corte de Apelação é contrária à do tribunal da cidade alemã que, no ano passado, havia dito que não existiam provas suficientes contra os 10 acusados.

A tragédia em Duisburg aconteceu no dia 24 de julho de 2010, quando o festival de música eletrônica, realizado desde 1989, foi organizado pela primeira vez no município. Para chegar ao palco do festival, era preciso passar por um túnel, que foi fechado para carros.

No entanto, houve um momento de pânico entre os mais de 1,4 milhão de pessoas quando estas estavam atravessando o local. Pelo excesso de pessoas, as autoridades decidiram fechar a entrada do túnel, causando um tumulto por quem estava do lado de fora, forçando para entrar, e quem estava dentro do local que não conseguia sair.

Além das 21 mortes de jovens, que incluem vítimas da Itália, Espanha, Holanda, Austrália, Bósnia e China, mais de 600 ficaram feridas na ocasião.

A escalada de tensões entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos continua. O governo norte-coreano disse nesse domingo (23) que "está pronto para afundar o porta-aviões norte-americano que está a caminho da Península Coreana. Além disso, no sábado (22) um cidadão dos Estados Unidos foi impedido de sair do país.

O navio porta-aviões norte-americano USS Carl VInson (CVN 70) foi enviado às águas da Península Coreana, após novos testes com mísseis por parte da Coreia do Norte. O navio se aproxima da península e com isso também se intensificam as ameaças do líder Kim Jong-Un.

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A imprensa norte-americana conversou com funcionários do governo de Donald Trump. Especula-se que Trump deve telefonar para o presidente chinês, Xi Jinping, e para primeiro-ministro japonês Shinzo Abe.

Na semana passada o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, visitou o Japão e a Coreia do Sul e regressou da visita sem demostrar disposição para tentar dialogar.

Pence disse que os Estados Unidos querem que a Coreia do Norte abandone os testes nucleares e que não "haveria diálogo, pelo menos por enquanto".

Além disso deve ocorrer uma reunião em Washington na quarta-feira (26) entre líderes do Senado e funcionários do alto escalão do governo Trump para discutir a crise com a Coreia do Norte.

No meio da tensão, a prisão do professor de cidadania coreana e norte-americana, Tony Kim, nesse domingo, acirra o ânimo de Washington e preocupa os países aliados. Tony Kim foi até a capital norte-coreana, Pyongang para dar aulas em uma universidade durante um mês, mas ele foi impedido de regressar.

Já são três cidadãos norte-americanos detidos pelo governo norte-coreano. A prisão teria ocorrido no sábado, segundo um comunicado da universidade.

Um turista espanhol de 30 anos foi multado em 450 euros (R$ 1,5 mil, segundo a cotação atual) por nadar na Fontana di Trevi, um dos monumentos mais famosos de Roma, capital da Itália.

O episódio ocorreu na tarde deste sábado (22), quando o viajante entrou na fonte apenas com uma túnica, ignorando a presença dos guardas. Os agentes intervieram rapidamente e levaram o homem para uma delegacia.

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No início do ano, um turista alemão já havia sido multado por ter dançado sem roupa nas escadas que ficam em frente à Fontana di Trevi. 

Em uma missa dedicada aos "novos mártires" da Igreja Católica, o papa Francisco afirmou neste sábado (22) que os campos de refugiados de hoje se assemelham aos campos de concentração do nazismo.

A declaração foi dada de improviso, durante uma homilia na Basílica de San Bartolomeo all'Isola, que fica em uma ilha do rio Tibre, em Roma, e abriga um memorial em homenagem aos mártires do século 20.

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"Os campos de refugiados, muitos deles são campos de concentração, com aquela multidão de gente", disse o Pontífice, enquanto contava a história de um homem muçulmano que vivia no campo de Lesbos, na Grécia (visitado por Jorge Bergoglio em 2016), e presenciara sua mulher, cristã, ser degolada perante seus olhos por jihadistas por causa de um crucifixo.

"Não sei se aquele homem conseguiu ir para outro lugar, não sei se foi capaz de sair daquele campo de concentração", acrescentou, destacando que gostaria de colocar um ícone em memória da mulher na Basílica de San Bartolomeo all'Isola.

Além disso, o líder da Igreja Católica criticou a "crueldade" com os imigrantes e fez uma crítica velada às nações do centro e do norte da Europa que travam as políticas de acolhimento adotadas pela União Europeia. Já do lado de fora da basílica, Francisco chamou Grécia e Itália, principais portas de entrada para imigrantes no continente, de "países generosos" e desejou que a solidariedade vista em lugares como Sicília e Lesbos contagiasse "um pouco no alto".

"Se cada família acolhesse dois solicitantes de refúgio, haveria lugar para todos. Não fazer filhos e fechar a porta aos imigrantes, isso se chama suicídio", concluiu - atualmente, o Vaticano abriga três famílias de refugiados sírios.

O contexto da missa do Papa pelos novos mártires é bastante significativo por diversos fatores, a começar pelo aniversário de quatro anos do sequestro dos bispos ortodoxos Boulos Yazigi e Gregorios Ibrahim, em Aleppo, na Síria. Até hoje não se sabe o destino dos dois religiosos.

Além disso, falta menos de uma semana para a visita de Bergoglio ao Egito, que terá um forte caráter ecumênico e de aproximação com outras denominações cristãs, principalmente a Igreja Copta, bastante tradicional na nação africana. A homilia ainda contou com a presença de Roselyn, irmã do padre Jacques Hamel, degolado por jihadistas em uma paróquia no norte da França.

A viagem do Papa ao Egito está cercada de preocupações de segurança, já que ocorrerá menos de um mês após o Estado Islâmico (EI) ter assassinado mais de 30 pessoas em duas igrejas coptas no país.

A poucas horas do início da votação, o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais na França ainda é totalmente incerto. No entanto, teme-se que a possível vitória de candidatos antissistema possa influenciar diretamente a vida de milhares de imigrantes, incluindo brasileiros que moram no país europeu.

Em um ano recorde de candidaturas, os eleitores deverão escolher entre 11 postulantes - um a mais do que em 2012. Contudo, há quatro favoritos que atualmente lideram as intenções de voto: a líder da ultranacionalista Frente Nacional, Marine Le Pen; o representante da direita, François Fillon; o candidato centrista do movimento Em Marcha!, Emmanuel Macron; e Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical.

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Uma das principais promessas de campanha de Le Pen é o combate à imigração, retomando o controle das fronteiras do país. Recentemente, ela prometeu, caso seja eleita, suspender toda a imigração ilegal e impor limites à legal, a fim de conter "uma situação louca e descontrolada". Além disso, a candidata da extrema direita ainda quer aumentar os impostos sobre empresas que contratem trabalhadores estrangeiros.

"Teremos atitudes mais severas do governo francês. Os quatro principais candidatos já se pronunciaram com preocupação em relação aos ataques terroristas provocados por estrangeiros, mas que não têm ligação com brasileiros", explicou à ANSA Clayton Lopes Pegoraro, professor de direito internacional da Universidade Mackenzie.

Segundo ele, em curto prazo, o resultado das eleições "não deve provocar nenhuma mudança referente ao processo e ao tratamento de brasileiros"."O brasileiro, de modo geral, não encontra grandes problemas no exterior para entrada, saída e permanência por causa da própria relação diplomática entre os países", acrescentou.

Independentemente de qual candidato vencer, a mudança no conjunto de regras migratórias da França dependerá da situação econômica do país nos próximos anos, o que poderá resultar em uma redução da mão de obra pesada, que emprega majoritariamente imigrantes.

"As obras em que a gente trabalha têm umas 300 pessoas: dois chefes são franceses, e os outros são todos imigrantes. Essa mulher [Marine Le Pen] não é a favor da imigração legal nem ilegal. Mas, e aí, como vamos fazer? Todos teremos de sair daqui? Francês não trabalha pesado", disse à ANSA o brasileiro Adalberto da Silva Lopes, que mora há 10 anos no país e é responsável por retirar amianto de construções.

Para ele, se os franceses elegerem um candidato com ideologias contra o sistema, haverá grandes problemas para todos que tentam ingressar na nação europeia. "Temos que esperar o resultado porque a gente não pode sofrer antes", acrescentou.

"Nos anos em que estou aqui, o melhor presidente que eu já vi foi o Sarkozy [2007-2012]. Ele diminuiu os impostos, porque aqui o valor é muito alto, mas a vantagem é que a gente paga e vê refletido na saúde, educação, transporte, em avenidas", ressaltou o operário.

Mesmo não havendo dados oficiais precisos sobre o número de imigrantes que moram na França, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que há mais de 28,5 mil brasileiros vivendo no país europeu.

De acordo com o consulado do Brasil em Paris, ainda há um grande número de cidadãos com dupla cidadania, que não aparecem nos registros franceses como estrangeiros. Em entrevista à ANSA, a estudante brasileira Shirley Paiva disse que "não gostava muito de política". "Não acompanhava no Brasil, mas aqui acaba sendo diferente porque não é nosso país", ressaltou ela, que está em Paris há quase um ano e "tem medo do que pode acontecer com os imigrantes brasileiros" caso Le Pen seja eleita.

"Eu fico um pouco apreensiva porque a gente nunca sabe o que pode acontecer. Você sai do Brasil para tentar uma vida melhor, e quando chega a época das eleições aqui dá um pouco de receio.

Nem todos os candidatos são a favor de imigrantes", reforçou a assistente comercial Elizabeth Roche, que mora em Toulouse há cinco anos.

Para o professor Pegoraro, os candidatos de centro seriam os mais adequados, "pelo momento que a França vive e para a manutenção das relações internacionais que o país sempre buscou preservar". Mas a vitória da extrema direita não é vista por ele como prejudicial. "Atualmente, é difícil um país cortar relações com outros. Direita, esquerda, centro, como for. Se fechar o país, todos perdem", finalizou. 

Sob a sombra do terrorismo, mais de 45 milhões de franceses serão convocados neste domingo (23) para o primeiro turno das eleições que definirão o próximo presidente do país. As urnas ficarão abertas entre 8h (horário local) e 19h, com exceção das grandes cidades, como Paris, Lyon, Lille, Cannes, Nice e Marselha, onde o fechamento pode ser postergado para as 20h, quando devem sair as primeiras projeções.

Os principais colégios eleitorais do país terão segurança reforçada por conta da ameaça do terrorismo, ainda mais depois da prisão de dois suspeitos que estariam planejando atentados durante a votação e do ataque que matou um policial na avenida Champs-Élysées, em Paris.

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O clima na França, alvo de diversas ações terroristas nos últimos dois anos, beira o pânico coletivo, como ficou claro em um incidente ocorrido neste sábado (22) na estação Gare du Nord, também em Paris. Durante a tarde, um homem se aproximou de policiais com uma faca na mão e provocou desespero entre os passageiros, que largaram suas malas no chão e fugiram correndo.

Os agentes conseguiram conter o indivíduo, que alegava temer pela própria vida e não opôs resistência, mas ainda assim foi preciso chamar um esquadrão antibombas para analisar todas as bagagens abandonadas no chão.

Segundo o jornal "Le Parisien", uma circular secreta dos serviços de inteligência define como "indispensável" a presença da Polícia nos colégios eleitorais mais vulneráveis e cita uma "ameaça jihadista constante e substancial". Além disso, as forças de segurança ainda estão preocupadas com possíveis atos de violência após a divulgação dos resultados, principalmente se os candidatos Marine Le Pen, de extrema direita, e Jean-Luc Mélenchon, de extrema esquerda, avançarem ao segundo turno.

Contudo, o maior temor diz respeito à atuação dos chamados "lobos solitários", que fazem atentados de maneira quase rudimentar e poderiam mirar um dos milhares de locais de voto na França. As eleições também acontecerão sob estado de emergência, decretado após os atentados de 13 de novembro de 2015 e renovado diversas vezes desde então.

A disputa - A corrida pelo Palácio do Eliseu reúne 11 candidatos, sendo que quatro aparecem com chances concretas de chegar ao segundo turno: o ex-ministro das Finanças Emmanuel Macron (Em Marcha!), de centro; a eurodeputada Marine Le Pen (Frente Nacional), de extrema direita; o ex-primeiro-ministro François Fillon (Os Republicanos), de direita; e o também eurodeputado Jean-Luc Mélenchon, de extrema esquerda.

A última pesquisa divulgada aponta Macron (24,5%) e Le Pen (23%) como favoritos, mas com pouca vantagem sobre Fillon e Mélenchon, cada um com 19%. A votação também pode sacramentar a derrocada do Partido Socialista, que paga o preço da impopularidade do presidente François Hollande - o primeiro na Quinta República a não tentar a reeleição - e vê seu candidato, o ex-ministro da Educação Benoît Hamon, com menos de 10% das intenções de voto.

No entanto, o fato de cerca de 30% da população ainda estar indecisa aumenta a incerteza em torno de uma disputa que tem se mostrado bastante acirrada até aqui. O ano começou com Fillon e Le Pen brigando ponto a ponto pela liderança nas pesquisas, mas as denúncias de que o candidato conservador teria colocado a esposa e os filhos em empregos fantasmas na Assembleia Nacional abriram espaço para Macron.

Dissidente socialista, o ex-ministro se apresenta como uma espécie de terceira via liberal e europeísta e conseguiu cativar o eleitorado com um discurso carismático, lembrando as ascensões de Tony Blair, no Reino Unido, e Matteo Renzi, na Itália.

Aos 39 anos, Macron pleiteia se tornar o mais jovem presidente da história da França e já foi chamado por seus adversários de "Justin Bieber" e "Beppe Grillo vestido de Giorgio Armani", em referência ao líder antissistema italiano.

Com um movimento criado há apenas um ano, o Em Marcha!, ele asusmiu a liderança nas pesquisas, que indicavam um cada vez mais certo segundo turno com Le Pen, a candidata que promete convocar um plebiscito para a saída da França da União Europeia.

Mas, nas últimas semanas, Fillon foi capaz de estancar sua queda nas sondagens, que ainda constataram a inesperada ascensão de Mélenchon. Também eurocético, o eurodeputado do movimento França Insubmissa é contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e admirador de Hugo Chávez e Fidel Castro.

Seu crescimento tem sido comparado ao de Bernie Sanders, que quase tirou a candidatura de Hillary Clinton pelo Partido Democrata, e ele conta com o apoio declarado da legenda antissistema espanhola Podemos, cujo líder, Pablo Iglesias, discursou em seu favor no último dia de campanha.

O novo presidente ainda terá de aguardar até 11 e 18 de junho, datas das eleições para a Assembleia Nacional, para saber se terá maioria no Parlamento. Devido à fragmentação política no país, existe a chance de, pela primeira vez em 15 anos, o chefe de Estado ter de nomear um primeiro-ministro de oposição.

Gabriele Del Grande, o jornalista preso há quase 10 dias na Turquia, interrompeu neste sábado (22) sua greve de sede, mas continua recusando qualquer tipo de comida ou vitamina.

O anúncio foi feito pela advogada do repórter, Alessandra Ballerini, que disse que Del Grande aceitou voltar a ingerir água após um encontro com o cônsul italiano em Esmirna, Luigi Iannuzzi, e um advogado turco.

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"Gabriele pede, como reiterado no telefonema que fez a sua companheira, Alexandra D'Onofrio, para ser libertado e retornar para casa", declarou Ballerini. Originário da Toscana, o jornalista foi preso após uma checagem na fronteira com a Síria.

Transferido para uma cadeia em Mugla, no sudoeste do país, ele está em greve de fome desde a última terça-feira (18). "Até hoje, não se sabe as razões para mantê-lo preso nem os motivos do atraso em sua repatriação", acrescentou a advogada.

Segundo ela, Del Grande estava na Turquia apenas para escrever um livro e não desenvolvia nenhuma atividade ilícita ou perigosa. O repórter também atua como documentarista e já produziu um filme sobre solicitantes de refúgio sírios e palestinos que desembarcaram na ilha italiana de Lampedusa.

O ataque perpetrado nessa sexta-feira (21) por um grupo de talibãs vestidos como militares contra uma base do Exército afegão provocou a morte de pelo menos 140 pessoas e deixou 160 feridos, segundo informado oficialmente neste sábado (22).

O atentado aconteceu em um centro de comando do Exército a poucos quilômetros de Mazar-e Sharif, capital de Balkh, quando um grupo de talibãs aproximou-se de três veículos militares portando documentos falsos e lançou um projétil contra a entrada da base militar.

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Em seguida, dez homens do grupo dirigiram-se a uma mesquita dentro da base, onde soldados participavam das tradicionais orações de sexta-feira antes da ceia, conforme informou o presidente do Conselho Provincial de Balkh, Mohammad Ibrahim Jair Andesh à agência alemã de notícias DPA.

Os talibãs, por sua vez, asseguram ter matado e ferido mais de 500 soldados. O grupo jihadista indicou que quatro autores do ataque eram antigos soldados que haviam servido naquela base e, portanto, conheciam as instalações. As informações ainda não foram confirmadas.

O craque do Barcelona e capitão da seleção brasileira Neymar figura na lista das 100 pessoas mais influentes do planeta, que inclui presidentes, artistas e líderes sociais, segundo a relação da revista americana Time divulgada nesta quinta-feira (20). O brasileiro integra a lista de 2017 ao lado dos presidentes de Estados Unidos e Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, do líder norte-coreano Kim Jong Un, do presidente turco, Recep Tayyp Erdogan, da premier britânica, Theresa May, e do papa Francisco.

Cada um dos relacionados foi apresentado por um texto escrito por outra personalidade, no caso de Neymar o craque inglês do futebol David Beckham. "Neymar é único em sua geração no futebol", disse Beckham, que também elogiou sua humildade, respeito e vontade de aprender. Segundo Beckham, o craque do Barcelona está a caminho de se tornar o melhor jogador de futebol do mundo.

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Uma nave Soyuz com um astronauta russo e outro americano decolou nesta quinta-feira (21) da base de Baikonur, no Cazaquistão, com destino à Estação Espacial Internacional (ISS).

A MS-04 decolou às 7H13 GMT (4H13 de Brasília) com o comandante russo Fyodor Yurchikhin, que está em sua quinta missão espacial, e o engenheiro americano Jack Fischer, que viaja ao espaço pela primeira vez.

O voo orbital deve durar quase seis horas e o acoplamento da nave à ISS está previsto para 13H00 GMT (10H00 de Brasília). A tripulação da ISS inclui, desde novembro, o francês Thomas Pesquet e os americanos Peggy Whitson e Shane Kimbrough.

Pela primeira vez desde 2003, a nave Soyuz transporta apenas dois astronautas, ao invés de três, depois que a agência espacial Roskosmos decidiu em novembro do ano passado reduzir a tripulação russa da ISS por questões orçamentárias até a instalação de um módulo para um novo laboratório científico.

Fyodor Yurchikhin, 58 anos, já passou 537 dias no espaço em suas quatro missões anteriores.

Um preso condenado à morte conseguiu o adiamento da execução por ordem da Suprema Corte, poucas horas antes de receber uma injeção letal em uma penitenciária do estado americano do Arkansas.

Stacey Johnson é o quarto preso do estado do Arkansas a obter este mês um adiamento da execução, frustrando os esforços das autoridades locais de aplicar a pena capital a vários condenados antes do fim da validade de uma substância utilizada nas injeções letais.

O adiamento para Johnson foi obtido após um recurso que pretendia solicitar uma audiência de evidência, com o objetivo de conseguir um exame de DNA para provar sua inocência.

"Estamos agradecidos e aliviados com a decisão da Suprema Corte do Arkansas em relação a Stacey Johnson", disse a advogada Nina Morrison, do Innocence Project, que defende o condenado.

Ela afirmou que outro condenado no corredor da morte, Ledell Lee - também programado para ser executado nesta quinta-feira -, merecia o mesmo direito a uma audiência.

"Como argumentamos em nosso ofício, há uma quantidade significativa de evidência de DNA que nunca foi examinada e que poderia inocentar o sr. Lee e identificar o verdadeiro autor do crime", disse.

O governador do Arkansas, Asa Hutchinson, havia planejado a execução de oito homens condenados à morte em um período de 11 dias em abril. No final do mês expira a validade do midazolam, um sedativo utilizado nas injeções letais.

Mas em meio à oposição pública à pena de morte - incluindo protestos na capital estadual Little Rock, com a presença do ator Johnny Depp e de um juiz vinculado a um dos casos -, os advogados conseguiram suspender outras três execuções.

A Argentina promulgou nessa quarta-feira (19) a lei que autoriza o uso medicinal da maconha. A norma irá garantir a pacientes de tratamentos específicos o acesso ao óleo da cannabis, além de autorizar sua importação até que seja produzido no país. O projeto já tinha sido aprovado pela Câmara dos Deputados em novembro do ano passado e em março pelo Senado. A lei foi publicada no Diário Oficial da União nessa quarta.

A luta pela aprovação do uso medicinal da maconha na Argentina foi estimulada por mães de crianças portadoras de patologias como a epilepsia há cerca de um ano. "Agora temos um marco legal quanto ao uso para pesquisa e tratamento e produção em cannabis medicinal. Não havia nada na Argentina e foi o que nós, como mães e organizações, conseguimos", declarou Ana Maria Garcia, presidente da Cannabis Medicial Argentina (Cameda), à imprensa no Congresso Nacional.

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Com a lei, diversos órgãos científicos estatais passam a estar autorizados a produzir o óleo para fins de pesquisa. O cultivo particular continua sendo proibido no país e, quem for pego com a droga, pode ser punido com até 15 anos de prisão. Outros países da América Latina, como Colômbia, Uruguai e Chile, já contam com medidas que regulam o uso terapêutico da maconha. 

O Partido Conservador, da primeira-ministra britânica Theresa May, tem 24 pontos de vantagem para as eleições gerais de 8 de junho, informou nesta quinta-feira (20) uma pesquisa feita pelo "YouGov".

De acordo com o levantamento, os "Tories" tem 48% das intenções de voto contra os 24% do Partido Trabalhista, de Jeremy Corbyn. Os Liberal-Democratas (Lib-Dem) aparecem com 12% e o União para a Independência do Reino Unido (Ukip) tem 7% das intenções.

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A pesquisa, que foi realizada entre os dias 18 e 19 de abril, mostrou uma alta de 4% para o partido de May em relação ao levantamento feito na semana anterior. No entanto, o Labour também registrou uma alta de 1%, enquanto os eurocéticos do Ukip caíram três pontos percentuais.

De acordo com o "YouGov", "os resultados representam o mais alto nível de voto para os Conservadores desde maio de 2008 e também é a mais forte liderança dos Tories neste período".

O estudo ainda mostrou que, para 54% dos britânicos, May deve permanecer no cargo de premier, enquanto 15% apontaram para Corby e 31% não souberam opinar sobre o mais alto posto da política britânica.

Nesta quarta-feira (19), a Câmara dos Comuns aprovou a moção do governo para dissolver o Parlamento e antecipar as eleições de 2020 para o dia 8 de junho deste ano.

A decisão surpreendente de May de convocar um novo pleito tem o objetivo de dar força política à figura da premier durante o período de negociação do Brexit - a saída do Reino Unido da União Europeia. 

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