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A produtora NaLata foi multada pela Prefeitura de São Paula pelos murais dos games "Cyberpunk 2077" (CD Projekt Red) e "Free Fire" (Garena) feitos em prédios da capital. Segundo a administração pública, as artes contrariam a Lei Cidade Limpa nº 14.223/2006, que impede publicidade externa na cidade.

O grafite de "Cyberpunk 2077" começou a ser produzido em novembro de 2020 no condomínio São Bento, na região do Minhocão. A imagem desenhada, que tem aproximadamente 20 metros de altura, é a mesma presente na capa do jogo, e recebeu multa de R$ 410 mil, segundo informações fornecidas ao portal Uol. Nesta terça-feira (12), o mural do game foi apagado.

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A pintura de "Free Fire", concebida em setembro do ano passado, também foi feita em um condomínio próximo ao Minhocão e traz referências ao seriado "La Casa de Papel" (Netflix) e ao DJ Alok. A arte foi multada em R$ 595 mil.

A produtora NaLata tem 15 dias para responder sobre as pinturas, cujas multas somam mais de R$ 1 milhão. Até o momento, as desenvolvedoras CD Projekt Red e Garena não se manifestaram sobre o assunto.

Depois de um processo de restauração nos últimos meses, o grande mural em homenagem a Ayrton Senna localizado na região central da cidade de São Paulo será reinaugurado na semana que vem. A obra feita pelo muralista Eduardo Kobra intitulada A Lenda do Brasil foi entregue em 2015 e passou por diversos reparos para continuar como um dos cartões postais dos arredores da avenida Paulista.

Tanto a inauguração como o restauro foram bancados pela Audi, marca de carros trazida pelo próprio Senna ao Brasil pouco antes de morrer em um acidente fatal durante o GP de San Marino de Fórmula 1 em 1994. O mural está localizado na rua da Consolação e traz uma imagem do tricampeão mundial de capacete, decorado de cores variadas e a imagem da bandeira do Brasil.

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A decisão de restaurar o mural foi tomada depois de ações do tempo deteriorarem a pintura. Kobra e uma equipe de artistas cuidaram nos últimos meses de fazer os reparos necessários. O local foi descascado para a retirada de imperfeições, ganhou uma camada seladora extra e teve uma aplicação de verniz para reforçar a proteção. A expectativa é que esses cuidados possam fazer a obra ter uma durabilidade de até oito anos.

"A deterioração se deu mais rápido do que o normal porque além de fatores externos como chuva, frio e calor, o prédio é antigo e tem infiltrações de água e problemas de encanamento. Isso aos poucos foi criando algumas fissuras no material e gerou um estrago maior do que o esperado. Em geral os murais de rua aguentam até 10 anos sem precisarem de manutenção", explicou Kobra.

O muralista faz trabalhos inspirados em Ayrton Senna desde 1993 e foi o autor de obras em Interlagos e em Ímola, local do acidente do tricampeão. "A figura do Senna sempre me inspirou", disse o artista. "Eu estava incomodado com o estado da obra porque foi uma das primeiras que fiz sobre o Senna em grande escala. Pintei 10 diferentes murais sobre ele, mas este tem uma questão em especial por eu ser paulistano e o mural ficar em uma região central da cidade", completou.

Kobra garante que apesar da complexidade, o trabalho de restauração é recompensador. "Quando se trata de restauração, a pintura é a parte mais fácil e prazerosa. O processo leva mais tempo, até alguns meses, por causa de burocracia e de autorizações para se fazer a obra", completou.

O autódromo italiano de Ímola, palco do acidente que tirou a vida do tricampeão de Fórmula 1 Ayrton Senna (1960-1994), ganhará na semana que vem um mural em homenagem ao piloto pintado pelo artista brasileiro Eduardo Kobra.

A obra terá 21 metros de comprimento e sete de altura e ficará na fachada do Museo Checco Costa, a poucos metros da antiga curva Tamburello, onde Senna bateu sua Williams naquele fatídico Grande Prêmio de San Marino, em 1º de maio de 1994.

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"Talvez a primeira coisa que eu faça ao chegar seja ir no local do acidente. Para mim, tem um significado emocional muito grande, sou muito conectado à história do Senna", disse Kobra à ANSA nesta terça-feira (10), um dia antes de embarcar para a Itália.

Fã do piloto brasileiro, o artista de 44 anos já fez cerca de 10 murais que retratam o tricampeão de F1. "Admiro muito a trajetória dele. Ele me inspira muito, principalmente como pessoa, a forma de ele agir, a perseverança no trabalho", acrescentou.

Kobra vive desde a metade de 2018 o período mais profícuo de sua carreira para convites internacionais, com mais de 40 pedidos, e a encomenda do mural de Senna é uma das poucas que ele conseguiu aceitar. "Era uma obra que eu queria fazer. Gosto muito de fazer ações ligadas ao Senna", disse.

O artista deve levar seis dias para concluir o painel, que será inspirado nos momentos em que o piloto fazia reverências aos céus para agradecer por vitórias. O trabalho será voluntário, mas Kobra pediu permissão ao Instituto Ayrton Senna para fazer o painel. "Se eles não aprovassem, eu não iria", revelou.

Essa será a quarta obra do artista na Itália, e em breve ele deve realizar um mural em San Marino sobre a história desse pequeno país, que fica a cerca de 100 quilômetros de Ímola.

Da Ansa

Um mural com frases feministas, lápides para gente que ainda está viva, performances, debates e projeções são parte da exposição Art Basel Cities que acontece em Buenos Aires sob a inspiração do romance "Rayuela", do argentino Julio Cortázar.

Distribuídas por cinco bairros emblemáticos da capital argentina, as obras propõe um percurso de ida e volta pelas intervenções artísticas de representantes argentinos e internacionais da arte contemporânea.

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Entre os artistas envolvidos estão o italiano Maurizio Cattelan, a cineasta alemã Narcisa Hirsch, os americanos Barbara Kruger e David Horvitz, e o argentino Leandro Katz, entre outros.

No total, são 18 instalações em espaços públicos que convidam a uma viagem que une os bairros de La Boca, Palermo, Recoleta, Puerto Madero e Costanera Sur e permanecerão até a próxima quarta-feira.

A semana de Art Basel Cities Buenos Aires inclui ainda exposições e uma duzia de debates com artistas e ações participativas.

Sob a direção artística de Cecilia Alemani, a mostra toma o conceito do romance de Cortázar publicado em 1963 para oferecer muitos percorridos possíveis pela cidade.

Art Basel Cities é um dos maiores eventos de arte contemporânea do planeta e busca promover o intercâmbio entre a arte internacional e a arte nas cidades onde ocorre.

O artista Eduardo Kobra prepara a criação daquele que será o maior painel grafitado do mundo. Com 151 metros de comprimento e 29 metros de altura, a "tela" para esta obra é um paredão às margens da Rodovia Castelo Branco (km 35), no município de Itapevi, na Grande São Paulo. "Vai dar para todo mundo ver da estrada", comenta ele.

No momento em que a gestão João Doria (PSDB) tem removido pichações e grafites, o painel de 4,5 mil m² terá salvo-conduto - além de ser fora da capital, será em propriedade privada.

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Esse novo mural vai superar o recorde mundial anterior - que, a propósito é do próprio Kobra. Em 2016, no centro do Rio, ele pintou a obra Etnias, às vésperas da Olimpíada. O Guinness World Records deu a chancela de maior do mundo ao paredão de 170 metros de comprimento e 15 metros de altura. "Confesso que estou assustado com as dimensões", diz o artista. "A proporção é inacreditável. Vai ser incrível fazer essa obra."

O paredão é de um prédio que será centro de distribuição e sede administrativa da marca de chocolates Cacau Show. Foi a empresa que o convidou para o trabalho. "Temos um plano de transformar uma parte deste prédio em museu para visitação, mas ainda não há previsão de abertura ao público", adianta Monica Ogawa, diretora de Comunicação da empresa.

Pelas estimativas de Kobra, o trabalho deve durar dois meses. "Tudo vai poder ser acompanhado por quem passar pela rodovia", comenta. Os preparativos já estão em andamento. "É preciso uma logística especial, andaimes adequados para que consigamos pintar em um espaço tão grande", exemplifica. Nos próximos dias, o artista deve viajar para a Amazônia em busca de inspiração. Isso porque Kobra pretende pintar no paredão cenas do processo de produção do cacau - do plantio à colheita.

Polêmica. Paulistano do Jardim Martinica, bairro pobre da região do Campo Limpo, na zona sul, Kobra orgulha-se de ter obras espalhadas por dezenas de países. Mas, ao mesmo tempo, também lembra que 90% de seus trabalhos foram feitos em sua São Paulo natal.

Recentemente, e sem querer, ele acabou envolvido na polêmica cruzada de Doria contra pichadores. Isso porque foi anunciado, sem ter sido consultado, como coordenador de um programa de arte de rua. Desmentiu em seguida. Depois porque o prefeito já o citou entre os artistas de sua predileção.

Em janeiro, quando a Prefeitura apagou grafites da Avenida 23 de Maio, um mural de sua autoria foi preservado. No dia seguinte, amanheceu com uma pichação em protesto contra Doria. A Prefeitura o consultou - queria saber se ele gostaria de restaurar a obra. "Se removeram o trabalho de outros, a minha posição foi a de que deveriam remover o meu também. Esta era a atitude mais correta."

Kobra começou pichando muros. Aos 15 anos, passou a grafitar e, hoje, considera-se muralista. "Não vejo uma coisa como evolução da outra. São transições", diz. "O assunto virou polêmica porque nós, paulistanos, amamos a arte de rua." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O maior mural de grafite do mundo é carioca, é brasileiro, é nosso. Sensação dos Jogos Olímpicos do Rio, o painel de 2.600 metros quadrados pintado pelo artista Eduardo Kobra na revitalizada zona portuária da Cidade Maravilhosa entrou oficialmente para o Guinness World Records.

Inspirado nos cinco aros olímpicos, o imenso painel colorido com rostos que representam a união dos povos foi feito especialmente pela equipe do grafiteiro paulista para a Olimpíada e conquistou o coração - e as fotos - de quem passou pela região da Praça Mauá no período.

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"Há três décadas eu pinto praticamente todos os dias. O projeto do Mural Etnias é a continuação dessa história, uma história de luta através da arte. Meu trabalho nesse período todo tem se concentrado na defesa e preservação dos animais, no resgate da história, na busca da igualdade entre as pessoas. Esse recorde para mim não se trata do maior mural do mundo, se trata da maior pintura pela paz entre as nações.", afirmou Kobra.

Se o mural foi uma das principais atrações do Boulevard Olímpico, que recebeu cerca de 1,4 milhão de pessoas durante os Jogos, na Paralimpíada, de 7 a 18 de setembro, e mesmo depois dela, não deverá ser diferente. Com as mudanças e novidades, a nova zona portuária do Rio tem tudo para se manter entre os pontos mais turísticos da cidade: Museu do Amanhã, Museu de Arte do Rio (MAR) e, agora, o maior mural do mundo, afinal, estão ali reunidos. E o melhor: dá para chegar até lá com o também novo VLT - custa R$ 3,80 e sai tanto da rodoviária quanto do aeroporto Santos Dumont.

O painel Etnias em números:

2646,34 m²

70 dias de trabalho, sendo 45 de pintura e 25 de produção

1890 litros de tinta branca para a base

2800 latas de tinta spray

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