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Após um jejum de sete anos sem lançamentos, Nação Zumbi veio ao Recife neste sábado (7) para apresentar seu novo álbum. Resquícios de Chico Science estavam presentes no show do CD que leva o próprio nome do grupo. A apresentação começou por volta da 0h30 e trouxe as novas experiências musicais da banda, ícone do Manguebit.

Foi de amor abriu a noite fazendo o público sair do chão; diferente do repertório divulgado, em que a primeira música seria Cicatriz. Na plateia, fãs da banda circulavam com o chapéu que era característico de Chico Science e acompanhavam atentamente cada canção. 

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Para o fã Saulo Teixeira, o fato de o grupo ter divulgado o CD gratuitamente na Internet, no mês de maio, ajudou muito a chegar ao show e já saber cada letra. Acompanhado do amigo José Augusto, 25 anos, ele vibrou com os clássicos, entre eles Meu maracatu pesa uma tonelada, momento em que a plateia fez questão de registrar pelo celular. 

Cantores pernambucanos também prestigiaram o lançamento, como Tibério Azul, Silvério Pessoa e Roger Man, do Bonsucesso Samba Clube. Eles foram categóricos quanto à importância do Nação Zumbi na influência da música pernambucana e em relação ao destaque dado ao estado após o movimento Manguebit.

“Existem os artistas daqui, como eu, que assumem a influência do Nação em seu trabalho, outros acham que não receberam influência, mas todo mundo que veio depois deles recebeu. A música antes do Manguebeat era quadrada. Depois, aconteceu uma mistura muito grande”, afirmou Tibério.  

O evento ainda contou com a participação dos DJs Patrick Tor4 e DaMata. Parte da venda dos ingressos foi revertida para alimentos ao Hospital do Câncer de Pernambuco. Até a última sexta (6), 800 ingressos sociais tinham sido vendidos. De acordo com a coordenadora de captação de recursos do HCP, Monara Nascimento, foi esperada uma tonelada e meia de alimentos em arrecadação. No total, cerca de 2700 ingressos foram vendidos.

A manhã deste sábado (7) foi de solidariedade e demonstração de carinho ao próximo no Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP). Aproximadamente mil voluntários compuseram a segunda edição do #MaisVida, ação promovida pela ONG Novo Jeito com o intuito de proporcionar um momento de descontração e interatividade para pacientes internados na unidade de saúde. 

Oficinas de beleza, maquiagens, confecção de cartazes com mensagens positivas, além da pintura do “muro da esperança” - repleto de palavras de amor e apoio aos pacientes - fizeram parte da programação da atividade especial realizada no HCP. A voluntária Vívian Passos, 31 anos, é ao mesmo tempo paciente; em dezembro, descobriu um nódulo na mama e desde então enfrenta a doença de perto.

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“Só sabe o que é quem passa por isso. Mas, por outro lado, quem está de fora não imagina o quanto atitudes de carinho e solidariedade fazem a diferença. Um abraço, um olhar alegre. Tudo pode mudar o dia de quem está nessa situação”, observou Vívian. A funcionalidade de atitudes do tipo também foi corroborada pelo diretor do Hospital, Iran Campos. 

“Os pacientes ficam emocionados e muito alegres ao receber uma ação como essa, pois a esperança é algo que faz diferença no tratamento de cada um que está aqui”. Através de doações, a ONG Novo Jeito também entregou ao Hospital uma nova sala de cuidados paliativos, destinada aos pacientes em estado grave. O local foi equipado com TV, computador, sofá e mais de cem livros. 

Com informações da assessoria

Acostumado a ficar quieto com seu violão no palco, Jorge Drexler acaba de lançar o disco Bailar en la Cueva, em que faz um convite ao público para dançar. E deu resultado. "Nesta turnê é uma novidade. As pessoas começam o show sentadas. Aí, uns casais se levantam e começam. Na última meia hora, está todo mundo dançando", conta o uruguaio, que começou as apresentações no álbum pela América do Sul, sem passar pelo Brasil. "Acho que vou em novembro, mas não tenho certeza", avisa.

Bailar en la Cueva - em português, dançar na caverna - traz faixas que inspiram mais passinhos que o anterior Amar la Trama (2010). Uma delas, Universos Paralelos, fez com que ele se arriscasse em uma cômica coreografia do videoclipe, no ar na internet. A nova fase, porém, não o fez querer mudar o estilo no palco.

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"É uma transição. Não quero perder o lado íntimo do show. Gosto da experiência completa. É um show para dançar, cantar e escutar. Temos usado o som de Bailar em la Cueva nas músicas antigas. Em geral, show com banda é mais expansivo."

Na contramão, estão canções como Bolívia, em que descreve a trajetória dos avós judeus, que fugiram do nazismo na Europa e se refugiaram primeiro no país andino.

Nela, há a participação de Caetano Veloso, surgida de maneira espontânea em uma ida à Colômbia, onde parte do disco foi gravada. "Ele estava apresentado o Abraçaço e eu estava lá. Nossas equipes foram jantar juntas e alguém perguntou quando haveria uma colaboração entre nós. Ele disse que gostaria, eu mandei a música. O Moreno (Veloso, filho) fez a parte da gravação e mandou uma mensagem dizendo que tinha gostado da minha cumbia tropicalista."

Drexler tem uma extensa lista de parcerias com brasileiros, que inclui Arnaldo Antunes, Ney Matogrosso, Maria Rita e Paulinho Moska. "Adoraria gravar com Chico Buarque e Gilberto Gil. Meu sonho é com João Gilberto. Não custa sonhar", contou ao Estado, por telefone. Um dos poucos artistas latinos a cruzar a fronteira do mercado do País, ele reconhece que as nações vizinhas consomem mais música brasileira do que os tupiniquins no movimento inverso.

"O Brasil cria referências de si mesmo por sua condição geopolítica e do idioma

que nos separa. Tem dimensões que o fazem autônomo. Em princípio, poderia não precisar de uma cultura exterior, pois tem a própria. Na música, é muito rico. Hoje, em que o mundo se comunica mais, o Brasil já se deu conta da importância de se movimentar no que é latino-americano. Há o Grammy latino, há um mercado nos EUA. Estou orgulhoso de estar entre as exceções da música em espanhol que chega. Comecei a trabalhar aí há 12 anos."

Com parentes maternos no Rio Grande do Sul, o uruguaio diz ter proximidade com o País e começa a falar em português durante a entrevista. "Nem sei quando aprendi. Nunca tive aula de português. Comecei a falar sem perceber. Meu professor foi o João Gilberto", brinca. "Minha relação com Brasil é antiga. Por toda a minha vida, escutou-se música brasileira em casa. Com 18 anos, comecei a viajar sozinho por aí, de ônibus e de carona", relembra, retomando o castelhano. "O idioma é um signo da identidade que os brasileiros têm zelo."

Jorge Drexler foi um dos escalados para uma campanha do governo brasileiro com artistas latinos que incentiva o turismo dos vizinhos de continente por aqui. Assim como um de seus parceiros musicais, o argentino Kevin Johansen, ele percorre diferentes pontos do País ao som de uma canção autoral em que derrete-se pela hospitalidade com que foi recebido.

Durante a Copa, o cantor terá de torcer para sua seleção do coração na Espanha, para onde se mudou e continuará sua turnê. Sem espírito de rival, ele afirma não ter ideia de uma possível reedição da derrota dos brasileiros contra os uruguaios no Maracanã, como aconteceu em 1950, ano em que o campeonato foi sediado por aqui. "Eu só tenho parte da resposta. O Uruguai, digamos, está bem para o mundial, tem um bom time. Não vai ser fácil para nenhum dos dois. Mas, na Copa, nunca se sabe. Tampouco em 1950 o Uruguai jogou bem. Tem muita vontade saber como vai ser."

Apesar de ter visto as notícias sobre as manifestações contra o campeonato, conta

não saber tanto sobre o assunto. "Tenho pouca informação para falar com assertividade. O que posso dizer é que me parece bom que as pessoas reflitam sobre o destinos dos gastos públicos, me parece importante, uma coisa sã", analisa ele, que não se opõe aos protestos. "É bom que não funcione automaticamente o pão e circo. O futebol é maravilhoso, mas tem de se pensar sobre as prioridades de todo mundo. Há muita gente contra", opina.

Radicado na Europa desde os ano 1990, quando deixou Montevidéu, Drexler mantém os laços com seu país de origem, que costuma visitar quatro vezes ao ano. A visibilidade que a nação vizinha tem ganhado desde a eleição do presidente José Mujica, que descriminalizou o uso de maconha e aprovou o casamento gay, é motivo de comemoração para o cantor. "Estou orgulhoso desse momento do Uruguai, que, por meio de Mujica tem jogado bem as cartas no cenário mundial. É um país que não tem peso econômico nem geopolítico, mas oferece uma imagem de liberdade, educação, de país progressista, seguro", defende.

Tecnologia

No ano passado, Jorge Drexler lançou o projeto N, um aplicativo para celulares e tablets em que o usuário escolhe a ordem dos versos de músicas ou quais instrumentos quer ouvir enquanto ele e seus companheiros cantam. "Foi um projeto cerebral, com referências à poesia concreta brasileira, do Haroldo de Campos e do (Décio) Pignatari, de que gosto. Gosto de ver a poesia tomando forma", explica, retornando às referências à arte brasileira. "Outro dia, em Montevidéu, cantei

Como Uma Onda no Mar, de Lulu Santos e Nelson Motta. Nelson e eu estamos trabalhando juntos em um projeto e cantei em homenagem a ele", justifica.

Vencedor de um Oscar pela trilha de Diários de Motocicleta, o uruguaio teve a primeira experiência como ator em A Sorte em Suas Mãos (2012), de Daniel Burman, que gostaria de repetir. "Adoraria. Deixo um chamado aberto para os diretores de cinema. Posso fazer um sotaque brasileiro", diverte-se, em português. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir desta quinta (5), Zélia Duncan faz o show TôTatiando na CAIXA Cultural, às 20h. Na apresentação, a cantora carioca faz uma declaração de amor à obra do músico, cantor e compositor Luiz Tatit e à cidade de São Paulo. A ideia do projeto é enaltecer o aspecto mais teatral da obra de Tatit, contando sempre uma nova história. Para cada canção, a cantora interpreta um personagem, com adereços e recursos próprios. 

As sessões acontecem às 20h de quinta a sábado, com uma sessão extra às 17h no sábado. Os ingressos custam R$ 20, com direito à meia-entrada e começam a serem vendidos às 10h desta quinta (5), exclusivamente, na bilheteria da CAIXA Cultural.

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Serviço

TôTatiando – Zélia Duncan

CAIXA Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife)

Quinta (5) e sexta (6) l 20h / Sábado (7) l 17 e 20h 

R$ 20 e R$ 10

(81) 3425 1900 / (81) 3425 1915

O grupo Som da Terra lança, no período junino, CD em homenagem aos forrozeiros de Pernambuco. Intitulado No Balanço do Forró, este é o 19° álbum da banda que, durante as mais de três décadas de carreira vem se dedicando a enaltecer a cultura pernambucana.

O novo disco tem participação de Rogério Rangel, Dudu do Acordeon, Luciano Magno, Benil, Xico Bizerra, Reynaldo de Olinda, Roberto Cruz, Henrique Leite e Nelson Gusmão. Na música 'Forrozeiro tem nome', são lembrados artistas como Maciel Melo, Arlindo dos Oito Baixos, Ed Carlos e Geraldinho Lins.

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O Spotify lançou nesta quarta-feira (28), o seu serviço de streaming de música no Brasil. O País é o 57º mercado a receber o serviço, segundo a companhia. Lançado na Suécia em 2008, o Spotify é considerado um pioneiro nesse tipo de serviço e empreendeu uma agressiva expansão mundial nos últimos anos. Este ano, a empresa espera lançar o serviço em vários novos mercados, incluindo Japão e Rússia.

Este mês, o Spotify informou que 25% dos 40 milhões de usuários ativos assinam o serviço com pagamento. Os demais utilizam a versão gratuita, que conta com anúncios. O último dado de receita reportado foi de 434,7 milhões de euros em 2012, com prejuízo de 58,7 milhões de euros, atribuído pela empresa em parte ao aumento da quantidade de royalties pagos a gravadoras ou detentores de direitos para ampliar o catálogo de músicas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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As inscrições para o Arraial Tomazina 2014 se encerram neste sábado (31). O evento é, de acordo com a Prefeitura do Recife, o maior polo alternativo do São João de Pernambuco.

Músicos pernambucanos e de Estados vizinhos como Paraíba e Alagoas podem se inscrever e devem enviar email com release, fotos e músicas das bandas para o e-mail da curadoria do evento através do endereço eletrônico arraialtomazina@gmail.com ou para a Casa de Produção, localizada no bairro da Boa Vista.

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Com novo endereço, a festa acontecerá na Rua da Moeda, nos dias 21 e 22 de junho. As apresentações das bandas irão começar às 20h e a festa será encerrada 1h.

Serviço

Arraial Tomazina

Casa de Produção (Rua da União, 557/302 – Boa Vista)

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O programa Classificação Livre desta semana vai mostrar os detalhes do último show de Xande de Pilares com o grupo Revelação em Pernambuco. A despedida do cantor foi marcada por um show repleto de sucessos e casa cheia. A banda trouxe para o Estado a turnê do Projeto 360°, que comemora os 20 anos de estrada do grupo. 

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O anúncio da saída do cantor foi divulgado no dia 4 de abril. Nos 20 anos em que estão na estrada, a banda conseguiu se firmar como um dos principais nomes do samba. Xande comenta o sentimento de ter esse trabalho reconhecido. "É um sonho realizado. A 'parada' foi crescendo e a gente acreditando, trabalhando. Nós sabemos que, para conquistar, tem que trabalhar", destacou. 

Ao final desta turnê, Xande vai seguir carreira solo. O nome do substituto do cantor no grupo Revelação já foi definido, trata-se de Almirzinho, filho do sambista Almir Guineto.

Ainda nesta edição, o público vai conhecer mais do trabalho de José Corbiniano Lins, um dos artistas plásticos contemporâneos mais importantes de Pernambuco. A história de talento e dedicação está retratada na exposição "Corbiniano - 65 anos de Arte". O trabalho está aberto ao público no Museu Murillo La Greca, localizado no bairro do Parnamirim, Zona Norte do Recife. O artista olindense faz parte de uma geração que integrou o Movimento de Arte Moderna do Recife ao lado de nomes como Abelardo da Hora, Reinaldo Fonseca, Samico e Celina Lima.

Por fim, o programa desta semana ainda traz dicas para o público curtir o fim de semana. Entre os destaques estão o tributo aos Beatles, realizado pelo grupo All You Need is Love, no Teatro Rio Mar, além do show de Gilberto Gil. O cantor e compositor traz para o Recife a turnê "Gilbertos Samba".

O Classificação Livre é produzido pela TV LeiaJá e apresentado por Areli Quirino.

De quinta (22) a domingo (25), no Centro Cultural dos Correios, será realizado o X Virtuosi Brasil. O festival de música erudita traz nesta edição dois concertos-aulas e quatro shows. A programação é toda gratuita e as apresentações acontecem sempre às 19h, com exceção do domingo, em que o concerto começa às 17h.

Para abrir o X Virtuosi Brasil, o grupo Trio Corrente fará um show com interpretações de clássicos do choro e da MPB em ritmo de jazz. Em 2014, eles ganharam o Grammy de Melhor Álbum de Jazz Latino com o disco Song For Maura.

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O Trio Corrente também dará uma aula concerto, na quinta (22), às 16h. A segunda aula será na sexta (23), no mesmo horário, com o violoncelista pernambucano Leonardo Altino. No mesmo dia, Leornardo e sua mãe – a pianista Ana Lucia Altino – serão a atração da noite. A programação completa está disponível no site do festival.

Além dos concertos e aulas, o Virtuosi terá uma exposição para celebrar os dez anos do festival. Serão expostas fotografias dos artistas e grupos que participaram das edições anteriores. A mostra começa no mesmo dia do festival e segue até o dia 30 de maio.

Serviço

X Virtuosi Brasil

Quinta (22) a sábado (24) | 19h

Domingo (25) | 17h

Centro Cultural dos Correios (Avenida Marquês de Olinda, 262 – Bairro do Recife)

Gratuito

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O programa Classificação Livre dessa semana vai mostrar um belo exemplo de iniciativa que tem o objetivo de lutar contra a homofobia. Organizado pelo movimento Mães pela Igualdade, a exposição Família é Amor está em cartaz e retrata o amor e apoio materno com filhos homoafetivos. O trabalho conta com 22 imagens, que podem ser vistas gratuitamente no Paço Alfândega, no Centro do Recife, até o próximo dia 19.

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“É uma ideia das mães mostrarem através de fotografia o amor que elas sentem pelos seus filhos, de não ter vergonha, de ter orgulho de abraçar seu filho e dizer: ‘eu aceito meu filho da forma que ele é, da forma que ele desejou amar’. Essa exposição traz muito disso e esse é o principal objetivo”, explicou a coodenadora do movimento, Eleonora Pereira.

Ainda nesta edição, o público vai conferir os detalhes do show do cantor Tiago Iorc no Recife. O músico e compositor fez um show intimista para os fãs no Teatro RioMar. Famosos por belas letras e por emplacar canções em trilhas sonoras de novelas, ele trouxe um repertório com músicas dos seus três álbuns, além de homenagens aos seus ídolos. Os fãs lotaram o espaço e fizeram questão de cantar junto com o ídolo.

Outra atração que animou o Recife e o Classificação Livre traz os detalhes, é o projeto Limpa Brasil. A iniciativa mobilizou a população recifense em prol da reciclagem. Além de promover o recolhimento dos materiais recicláveis, o mutirão também trouxe grandes nomes da música brasileira para ajudar na conscientização das pessoas. O palco escolhido foi a Praça do Arsenal, na Área Central da capital pernambucana.

O programa desta semana ainda lista os principais eventos para o público se programar e curtir o fim de semana em Pernambuco. O Classificação Livre é produzido pela TV LeiaJá e apresentado por Areli Quirino. Toda semana um novo programa é publicado no Portal LeiaJá.

Bob Dylan divulgou, surpreendentemente, nesta terça-feira (13), em sua página na internet, uma versão cover da celebrada canção de Frank Sinatra, Full Moon and Empty Arms - alimentando expectativas de que possa lançar um álbum este ano. O americano de 72 anos, que chega à Europa no mês que vem com a turnê Never Ending Tour, também publicou uma foto do que parece ser a capa de um álbum com o nome de Shadows in the Night.

O canto de Sinatra em Full Moon and Empty Arms é sustituído pela célebre voz baixa e ligeiramente rouca de Dylan, nesta versão do hit de 1945 escrito por Buddy Kaye e Ted Mossman. O porta-voz de Dylan não respondeu ao pedido da AFP por mais detalhes, mas revelou à revista Rolling Stone: "Esta música faz realmente parte de um futuro álbum que sairá este ano".

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O desenho da capa do álbum que aparece em sua página na web imita o estilo do legendário selo da gravadora de jazz Blue Note, indicou a revista.

A rádio pública NPR especulou que as pistas sugerem que o próximo álbum será composto por covers de músicas clássicas, uma homenagem que Dylan, famoso por hits como The Times They are a-Changin, já fez com clássicos do folk, quando em 1992 lançou Good As I've Been To You, e, em 1993, World Gone Wrong.

Dylan, que tem uma longa carreira com 11 prêmios Grammy - um deles em homenagem à sua excelência-, completa 73 anos no dia 24 de maio.

JOÃO PESSOA (PB) - O projeto Music From Paraíba terá mais uma edição no próximo domingo (18) para animar o por do sol, no bairro do Varadouro, em João Pessoa. O evento é realizado mensalmente pela Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) e tem entrada gratuita.

Para este domingo, estão programadas apresentações da banda Totonho e os Cabra e o “Motor Misterioso”, do músico Lucas Dourado. Os shows acontecem a partir das 17h e serão abertos pelo DJ Guirraiz e por VJ A. Richart.

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Totonho é compositor, produtor e cantor. Ele tem trabalhos inclusos em duas coletâneas internacionais da Nova Musica Brasileira selo-Toten França, e o Coletivo Hip Hop do Mundo, Selo África Mundi/U.S.A produzida pelo americano Malvin Gibson.

Lucas Dourado é cantor e compositor. Ele tem seu trabalho a disposição na internet, com o CD “Motor Misterioso”. 

Michael Jackson regressa nesta terça-feira (13) às lojas dos Estados Unidos com "Xscape", o segundo álbum póstumo do rei do pop, falecido em 2009 por overdose de medicamentos. O álbum, que tem oito títulos inéditos, é vendido desde a sexta-feira em parte da Europa e estará à disposição do público no restante do mundo até o final de semana.

"Xscape" traz a perturbadora "Do you know where your children are?" - na qual Jackson, que enfrentou acusações de pedofilia, pergunta aos pais sobre o paradeiro de seus filhos depois da meia-noite. O primeiro álbum póstumo do rei do pop, "Michael", vendeu 540 mil exemplares, um número modesto para o artista, e recebeu duras críticas.

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Poucos meses após a morte do cantor, em junho de 2009, os herdeiros de Jackson e a Sony firmaram um acordo - avaliado em 200 milhões de dólares - para o lançamento de sete álbuns, no prazo de dez anos, com músicas do rei do pop.

As versões do novo álbum foram "atualizadas" por um batalhão de produtores, entre os quais Timbaland, estrela de R'n'B e colaborador de Justin Timberlake e Beyoncé. Em 2013, os herdeiros de Jackson embolsaram 160 milhões de dólares com o legado do cantor, contra 145 milhões em 2012 e 170 milhões em 2011.

Bell Marques deixou o Chiclete com Banana no início do ano, mas não largou a música. O cantor continua trabalhando no ramo e virá para o interior de Pernambuco. Ele é a primeira atração confirmada do 13º Festival do Jeans de Toritama. 

O cantor também é uma das atrações do Carnabrahma, que aconteceria no dia 30 de abril. Porém, o evento foi adiado para o segundo semestre.

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Louis Armstrong está cansado. Ele canta What a Wonderful World pela quarta ou quinta vez até as 17h30 de uma tarde nublada na Jackson Square, olhando para o público sem esperar muito dele. Armstrong usa todas as armas que pode. Arregala os olhos até o limite, sorri com os lábios mesmo contra a vontade do espírito e busca forças para terminar uma canção na qual parece não mais acreditar. Por fim, examina o balde de plástico das gorjetas no qual deposita o futuro todos os dias e deixa o corpo enorme desabar sobre o banco da praça. Louis Armstrong desaparece da vida de Dwayne Burres em cinco segundos. Os US$ 2,25 contados em algumas moedas mostram que o mundo não tem sido tão maravilhoso assim para este cantor de rua de New Orleans.

A Jackson Square é o microcosmo de um dos centros mais musicais do universo. Quase nove anos depois de naufragar na destruição provocada pelo furacão Katrina, New Orleans, reconstruída, defende-se dos traumas pulsando com o energia de um ciclone. Desde o último final de semana, e até o próximo domingo, 4, sedia em seu hipódromo o anual New Orleans Jazz & Heritage Festival, uma das maiores concentrações de músicos de jazz, blues, country e gospel dos EUA, com 700 shows realizados em 12 palcos ao mesmo tempo. Este ano, provavelmente contaminado pela Copa do Mundo, o evento criou uma tenda para o Brasil e reforçou as atrações nacionais em seus palcos, nomes em geral sem visibilidade no próprio País que conseguem, ironicamente, serem revelados em larga escala aqui, como o pernambucano João do Pife e o mineiro das congadas Tizumba.

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As ruas de New Orleans vivem uma espécie de época da colheita. Os 370 mil habitantes parecem dobrar em dias de festival, os clubes de bairros como o French Quarter ampliam suas programações com até cinco shows por noite e garotos talentosos brotam de trompete nos lábios como meninos gênios surgem de bola nos pés no Brasil. A sensação é de se andar pela Terra Prometida na qual só os muito fortes sobrevivem.

A superpopulação de músicos cobra seu preço. Antes da volta do festival, durante um recesso de três dias, os cantos privilegiados da Jackson Square eram disputados por grupos formados por garotos da geração que terá o jazz nas mãos nas próximas décadas. Um exército observado por Dwayne Burres, o Satchmo agoniado, com certa preocupação. "São ótimos músicos esses garotos, mas não há trabalho para eles aqui. Não há clubes para tanto talento", diz, ainda abraçado ao balde de plástico. "Tenho um sonho", vira-se, com os olhos um pouco mais vivos. "Ainda vou dar uma volta ao mundo cantando minha música. E vou ao Brasil."

Um grupo de colegiais chega em busca de espaço para tocar. O líder parece ser Torrence Edwards, 17 anos, que leva um bumbo preso ao peito. Ele e os amigos observam um sexteto de garotos mais velhos e excepcionalmente talentosos que já ocupa o ponto estratégico da praça. Sabem que não terão chance ali, mas resolvem ficar por um tempo. Ouvem os solos marcando o ritmo com os pés e fazendo comentários antes de se retirarem em busca de outra área. Edwards não joga a toalha. "É difícil, mas amamos isso. E é quando amamos o que fazemos que ganhamos bem, não?" Uma hora depois, a reportagem avista o grupo tocando em uma área quase deserta, às margens do Rio Mississippi.

Laurence Muller não toca nada, mas vê tudo. Fica escorado uma tarde inteira no poste em frente à igreja da Jackson, olhando para o rodízio de músicos. "São ótimos, mas às vezes soam iguais. O jazz precisa de personalidade." Sua casa e sua alma foram reconstruídas depois de quase serem levadas pelo Katrina. Quando ouve o repórter dizer que ele vive onde todos os músicos do mundo gostariam de viver, apenas diz: "Eles estão certos". Mais adiante, o percussionista Adolph Sorina, 19 anos, divide o ganho da tarde com os amigos. Ele é um dos músicos que já estavam na Jackson Square quando os estudantes amigos de Torrence chegaram. A praça, para ele, não é o ideal para um jovem com sérias intenções de ser Wynton Marsalis. "Podemos ganhar até mais aqui do que nos clubes, mas nunca sabemos quando isso vai acontecer."

Tradicionalmente dedicada ao hardcore, metal e punk rock, a segunda noite do festival Abril Pro Rock (APR) traz em sua 22ª edição 12 bandas. As grandes a atrações são o grupo norte-americano de death metal Obituary e a capixaba Mukeka di Rato. A noite do metal, como é conhecida, acontece este sábado (26), às 18h, no Chevrolet Hall. Os ingressos do custam entre R$30 e R$ 60 e estão à venda nas bilheterias do Chevrolet Hall e lojas Renner.

Considerada uma das precursoras e mais importantes bandas do death metal, um subgênero do heavy metal, a Obituary irá se apresentar pela primeira vez no Recife. Eles chegam à cidade com a turnê Classic Set-List Take Over, com a proposta de levar o público de volta aos tempos de ouro do death metal, lá pelos anos 90. Além de sucessos dos seus primeiros três discos - Slowly We Rot (1989), Cause of Death (1990) e The End Complete (1992) – o grupo irá apresentar algumas músicas inéditas, que serão lançadas em seu próximo trabalho de estúdio.

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Entre as bandas nacionais que participarão do Abril Pro Rock, os destaques vão para a capixaba Mukeka di Rato, trazendo seu novo trabalho Atletas de Fristo, e as pernambucanas Dune Hill e Desalma. Desalma vai apresentar no APR um show especial, com a participação do Bongar. Os dois grupos, que têm estilos completamente diferentes, criam uma mistura entre rock e ritmos como coco e maracatu.

A programação completa, com todos os show do festival, está disponível no site do Abril Pro Rock

Serviço

Abri Pro Rock – Noite do Metal

Sábado (26) | 18h

Chevrolet Hall (Av. Agamenon Magalhães – Complexo de Salgadinho/Olinda)

R$ 30 a R$ 60

O 117º aniversário de Pixinguinha virou um Google Doodle nesta quarta-feira (23). Quem acessar a página inicial do buscador vai poder conferir uma ação que traz uma homenagem ao músico carioca. Em vida, contribuiu para a popularização do choro, cujo dia nacional é celebrado também no seu aniversário.

Ao clicar na imagem do músico tocando sax, o usuário é direcionado para uma página com resultados sobre suas músicas e obra. O multifacetado Pixinguinha morreu em 17 de fevereiro de 1973 no Rio de Janeiro.

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A viola Macdonald, feita por Antonio Stradvairus em 1717, está em leilão. Caso os 45 milhões de dólares, equivalente a cerca de R$ 100 milhões, que estão sendo esperados sejam alcançados, esse será o mais novo recorde, tornando o instrumento o mais caro já leiloado. Quem quiser dar as suas ofertas, terá até o dia 26 de junho para realizá-las através de depósito feito em envelopes. 

Hoje em dia, só há 10 violas feitas por Stradivairus no mundo e a maioria está em museus e fundações, e as violas do artista são as mais valorizadas. No total, ainda existem 50 violoncelos e 600 violinos. Inclusive foi um violino Lady Blunt o instrumento mais caro vendido em leilões até agora, com quase 16 milhões dólares. Vale ressaltar que o instrumento atualmente em leilão está extremamente conservado. 

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O violoncelista inglês Steven Isserlis, de 55 anos, toca num lendário Stradivarius de 1726, cedido pela Royal Academy of Music de Londres. O instrumento tem cordas de tripas. Ele usa o arco Tourte, do início do século 19. O pianista norte-americano Robert Levin, de 64 anos, pilota uma réplica feita por Paul McNulty de um fortepiano assinado por Walter & Sohn em 1805, com uma tessitura de cinco oitavas e meia e pedal una corda. Instrumentos ideais para juntos empreenderem a odisseia de registrar em álbum duplo as cinco sonatas de Beethoven, três séries de variações e uma transcrição para cello e piano, do próprio compositor, de sua sonata original para trompa.

O álbum duplo acaba de ser lançado pela Hyperion no mercado internacional. E é um raro círculo virtuoso perfeito. Dois eméritos instrumentistas, um deles, o pianista, especialista reconhecido na música historicamente informada; o outro é um dos mais refinados violoncelistas da atualidade. Ambos pertencem, além disso, à rara tribo dos músicos que pensam criticamente seu ofício (Isserlis escreve regularmente, inclusive ficção; e Levin lançou recentemente sua versão do inacabado Réquiem de Mozart).

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Embora realizada em estúdio, a gravação permite que ouçamos a respiração acelerada de Isserlis em alguns momentos, injetando a eletricidade que, em geral, só se vê nas salas de concerto.

No excelente texto do folheto, Steven Isserlis diz que "violinistas e violoncelistas são como cães e gatos - a natureza os condenou a se desafiarem. Discutem sobre todo tipo de coisas". Os primeiros adoram dizer que têm o dobro das cinco sonatas que Beethoven escreveu para os violoncelistas. "Mas nós, em compensação, temos sonatas características dos três períodos criativos de Beethoven." E faz, em seguida, uma súmula de seu argumento que serve como guia para ouvirmos estas obras-primas, argumentando que jamais trocaria suas cinco sonatas pelas dez dos violinistas: "Temos duas do primeiro período, uma do período mediano e duas do último período".

Beleza imaterial

É, de fato, uma viagem extraordinária, diz ainda Isserlis, "em que Beethoven se transforma sob nossos olhos e ouvidos, passando do virtuose confiante a mestre supremo da forma clássica, e depois indo além, explorando misticamente novos universos estranhos de uma beleza imaterial - uma maravilhosa transfiguração".

Possivelmente, o diferencial mais importante seja o equilíbrio entre a sonoridade do cello e a do fortepiano (quando tocadas em modernos Steinway, o piano costuma dominar a narrativa). Os graves menos potentes equalizam o volume conjunto dos instrumentos; a sonoridade menos brilhante e metálica, quase opaca se a comparamos com um piano moderno, neste caso ajuda, em vez de atrapalhar. Até porque Beethoven foi o primeiro, nestas sonatas, a justapor os dois instrumentos em pé de igualdade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Carlos Freitas sente que tudo está redondo demais. "Está parecendo o disco Elis & Tom. O som original já está muito bom", diz sobre os primeiros áudios do disco Elis, a obra que a cantora lançou em 1972. Freitas é um engenheiro de masterização com mais de 30 anos de experiência, dando sentido acústico a gravações que datam desde 1983. Antes de Elis parar em suas mãos, pegou a era do vinil, todo o reinado do CD, sua derrocada no final dos anos 90 e o atual império dos compartilhamentos digitais. Fez discos de RPM a Titãs, trabalhou com João Gilberto e George Michael, com Legião Urbana e Tom Jobim. O que ele tem a dizer sobre qualidade de som é para se escutar de ouvidos bem abertos.

O trabalho de masterização, ao contrário das aparências, começa com sensibilidade. Freitas coloca uma das faixas do disco de Elis para soar na sala de isolamento acústico de seu estúdio e apenas ouve para sentir onde a emoção está "pegando". Só depois, toma as primeiras decisões. Quando abre Bala com Bala, uma quebradeira quente de João Bosco e Aldir Blanc, sente que a fagulha que desencadeia toda a vontade de sair pulando pela sala está na "cozinha" de Luizão Maia e Cesar Camargo. Decide trazê-la ainda mais para a frente, quase que igualando-a em volume com a voz de Elis. É assim que potencializa a emoção.

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O contrário acontece com 20 Anos Blue, quando percebe um certo risco de fastio na linha do mesmo baixo. Decide contê-lo.

Freitas fala da mudança de comportamento do ouvinte, o que ele prefere chama de foco - uma evolução, ou involução, da relação das pessoas com a música que tem reflexo direto em seu trabalho.

Quando o LP vivia seus dias de glória, até o final dos anos 80, a atitude do ouvinte, em geral, era bem definida: ele limpava a agulha, colocava o vinil e se sentava diante das caixas de som com a capa do disco nas mãos. Degustava o som como se alimentasse a alma. Alguns chamavam até amigos para dividir o momento de prazer. "O foco era a música, só ela", diz Freitas.

Os anos 90 trouxeram o CD e, com ele, os aparelhos de CD dos carros. "A partir daí, o som começou a disputar espaço com outras sensações. As pessoas ouviam música enquanto dirigiam." Era a audição como mais uma atividade dentre todas as informações cerebrais de quem dirige um automóvel. Era a música perdendo o protagonismo para se tornar figurante.

A chegada do MP3 e dos aparelhos portáteis piorou as condições dos ouvintes saudosos das relações matrimoniais com seus artistas. As pessoas ouvem música nas mais variadas atividades. Para suprir a perda de espaço nas prioridades de um dia, que também ficou mais corrido, as masterizações passaram a compensar nos volumes, um ato perigoso. "Os médios agudos são reforçados para que entrem no cérebro em meio a tanta informação", diz Freitas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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