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A arte sempre teve seu campo de ação voltado à informalidade. Não é difícil encontrar atores do meio cultural que assumam ser “autodidata”. Um músico que aprendeu a tocar sozinho, artesãos cujo trabalho vem de tradições familiares, etc. Tal característica é marcante no que diz respeito ao meio artístico, a qual são atribuídos respeito e admiração. Contudo, em muitos aspectos desse mercado, um ensino técnico é necessário. 

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Nos últimos anos, é clara a necessidade de investir na qualificação de profissionais ligados ao setor cultural. Em muitos casos, a pessoa entra no mercado sem saber o básico daquilo que precisa para oferecer uma boa qualidade ao que oferta. Pensando nisso, iniciativas vêm sendo aplicadas com o objetivo de capacitar os interessados em trabalhar nessa área. Com o apoio de leis de incentivo e de editais, essas ações visam, principalmente, trazer o conteúdo técnico e profissionalizante para a população de baixa renda, promovendo uma inserção no mercado de trabalho e contribuindo para a formação dessas pessoas. 

Na Zona Norte do Recife, um curso vem oferecendo capacitações para músicos da região. O Radar Zona Norte tem como pré-requisitos para o aluno ser morador da região, ter uma banda e estudar ou ter concluído o ensino em escola pública. O projeto é financiado através de lei de incentivo, pelo Funcultura, e é gratuito. Segundo Guilherme Bota (foto à esquerda), gestor do curso, a iniciativa surgiu com a necessidade de profissionalizar e qualificar esses profissionais para atuarem na área. “De uns 10 anos pra cá surgiu uma demanda bem maior, com o carnaval, os festivais no Estado, os eventos da Fundarpe”, comenta.

A programação do curso traz aulas de formação de roadie (profissional responsável pela manutenção dos palcos), elaboração de projetos, eletrônica para áudio e aulas de “como montar sua banda”. “O aluno que sai do curso está habilitado para trabalhar, e dependendo da força de vontade ele pode crescer muito no ramo”, comenta Guilherme Bota. As aulas começaram no último dia 10 e vão até 5 de abril, com realização no Sesc Casa Amarela. 

Guilherme, que também é produtor e trabalhou com nomes da música pernambucana, como Cordel do Fogo Encantado e João do Morro, comenta que a importância das capacitações para a cultura local é muito grande. “Eu vejo as pessoas se queixando que não têm muitos profissionais capacitados para trabalhar, e através do curso os alunos podem levar a experiência para os palcos”, afirma. O produtor também denuncia a má qualidade dos profissionais contratados para atuar em festivais da Prefeitura do Recife. “Muitas vezes a gestão coloca qualquer pessoa para trabalhar, por indicação política, e muitas vezes essa pessoa não está capacitada para estar lá”, finaliza.

Uma das alunas do Radar Zona Norte, Mayra Vitorino, 25 anos, encontrou a oportunidade pela internet. Após passar por bandas de artistas como Antúlio Madureira e Arlindo dos Oito Baixos, como vocalista, ela agora pretende começar sua própria banda. “A oportunidade veio bem a calhar porque estou querendo voltar a ter uma banda. O curso vai ensinar como me sustentar no mercado cultural, como vender minha arte e me sustentar”, comenta. 

Moradora de Água Fria, bairro da periferia do Recife, Mayra acredita que a iniciativa é muito importante para a formação dos profissionais da área. “Essas capacitações profissionais são fundamentais para a cultura local. Tem muita gente precisando, por mais que tenha experiência, como é o caso de muita gente no curso, é sempre essencial aprender mais com profissionais capacitados”, afirma a cantora.

Empreendedorismo

A Secretaria da Mulher (SecMulher) da Prefeitura da Cidade do Recife lançou o segundo curso do programa Mulher, Trabalho e Renda. Com o objetivo de promover uma melhor formação em artesanato e mostrar os caminhos do empreendedorismo, o curso “Artesãs tecendo a cidadania” terá início no próximo dia 17. Ao todo, 150 recifenses participarão das oficinas. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria da Mulher, a capacitação é uma oportunidade para as artesãs se tornarem empreendedoras, podendo participar de feiras para expor seus trabalhos e produzir renda. 

Oportunidades no interior do Estado

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) abriu cursos de formação técnica na área cultural. Com inscrições abertas, as atividades visam qualificar os produtores e agentes culturais do Estado e oferecer uma nova visão de como viver a partir da arte. Ao todo, 463 vagas em 10 capacitações são oferecidas em 11 municípios de Pernambuco, o que mostra a necessidade de levar esse tipo de iniciativa para o interior. Há oportunidades em cursos como o de ilustrador e o de assistente de produção cultural. Para ter acesso a todas as capacitações oferecidas, clique AQUI

“Por meio da profissionalização da cultura, a potencializamos enquanto mecanismo de desenvolvimento social, reforçando laços identitários e tradições ao mesmo passo em que criamos condições para que o profissional na área cultural possa viver de maneira digna de seu trabalho, de sua arte”, comenta Denizá Barbosa, um dos gestores do Pronatec. 

Duas pessoas, apenas um fone de ouvido. Que dilema na hora de escolher as músicas, o nível do som e o modo stereo que na maioria dos fones fazem com que o som perca, e muito, a qualidade. Pensando neste problema, foi que uma empresa resolveu criar o aplicativo Double Player for Music with Headphones. 

O aplicativo funciona da seguinte forma: o app abre dois players no dispositivo, que automaticamente se conectam à biblioteca do usuário, fazendo com que cada fone possa controlar um lado isolado. É possível escolher playlist, volume, pausar e passar músicas sem que o outro saiba o que está acontecendo. O Double Player for Music with Headphone só está disponível para dispositivos iOS e o usuário terá que pagar US$ 0,99 na App Store. 

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Em menos de 24 horas o site de financiamento coletivo, Kickstarter, conseguiu reunir verba para a produção do projeto PonoPlayer, um reprodutor de músicas em alta resolução. Em apenas um dia o valor arrecadado superou os 2 milhões de dólares pedidos pela desenvolvedora. O PonoPlayer é capaz de reproduzir músicas em formato Flac (Free Lossless Audio Codec), que oferece uma qualidade de áudio bem superior à do CD. Outro recurso é a capacidade de rodar arquivos nos formatos ALAC, MP3, WAV, AIFF, e AAC.

Foram mais de 6.000 internautas que financiaram o projeto, que deverá ser lançado ainda neste ano, nos Estados Unidos, ao preço de 400 dólares. No site, a descrição do produto, traduzido em português livre, é essa: "ecossistema para apaixonados por música apreciarem suas canções favoritas exatamente como foram criadas pelos artistas, com a resolução de gravação que eles escolheram no estúdio", vale lembrar que Pono significa honesto, no idioma havaiano. 

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Os desenvolvedores do projeto prometem que o aparelho trará uma melhor experiência na reprodução de músicas digitais. Ainda não tem previsão de lançamento do gadget no Brasil. 

 

O malungo Chico Science completaria 48 anos nesta quinta-feira (13). O músico foi um dos fundadores do movimento Manguebit e ascendeu o cenário musical do Recife na década de 1990.

Além de fundar a Nação Zumbi, Chico também participava de grupos de dança e hip hop, sempre trazendo em suas músicas novidades do mercado mundial em mistura com os ritmos da cultura popular pernambucana. 

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Com a Nação Zumbi, Chico lançou os CDs Da lama ao caos, que completa 20 anos em abril, e Afrociberdelia. Nas canções, o malungo não esquecia o Recife, Olinda e os problemas sociais destas cidades. Sua música é atemporal e se encaixa perfeitamente em situações cotidianas encontradas atualmente. 

Chico faleceu no dia 2 de fevereiro de 1997 em um acidente de carro próximo ao Shopping Tacaruna. Foi uma perda não só para música, mas para a história social de Pernambuco.

No repertório de artistas pernambucanos é difícil uma música de Chico Science e Nação Zumbi ficar de fora, o que deixa claro o respeito e a admiração dos músicos pelo malungo. No Carnaval, por exemplo, Elba Ramalho e Nena Queiroga incluíram em seus shows no Marco Zero o sucesso A Praieira, música que alavancou o reconhecimento nacional da banda.

A loja Tyrol lança sua coleção de inverno 2014 neste sábado (15) ao som do projeto Música de Vitrine, da cantora Gabi Barreto. O evento começa às 17h30 e ainda terá participação de Júlio Morais, músico e compositor, e o designer Pedro Melo. 

Gabi e Júlio farão um dueto musical com repertório composto por músicas infantis. Enquanto isso, Pedro desenhará nas vitrines da loja. Na ocasião, a cantora e seus convidados estarão fantasiados para animar a criançada.

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Serviço

Música de Vitrine na Tyrol

Sábado (15) | 17h30

Tyrol do Shopping Recife (Rua Padre Carapuceiro, 777 - Boa Viagem)

Gratuito

O show Video Games Live, que apresenta músicas famosas de jogos eletrônicos acompanhadas por músicos e orquestra, passará novamente pelo Brasil em 2014, confirmou a organização do projeto. Desta vez, a sinfônica de bits fará mais de 50 apresentações ao redor do mundo e, ao menos um delas será justamente no Brasil. A data ainda não foi confirmada, mas o evento deve acontecer em meados de novembro.

Entre as participações confirmadas, Russel Brower, compositor da Blizzard, Gerard Marino, da série God of War, Austin Wintory, de Journey e alguns compositores e convidados especiais do Japão, ressaltou a organização em nota. Além do Brasil, o concerto marcará presença em países como México, China, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Venezuela, Panamá, entre outros.

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Realizado desde 2005, o projeto é encabeçado pelo ompositor Tommy Tallarico, que já trabalhou em séries como Earthworm Jim e Prince of Persia. No Brasil, o show já passou por São Paulo, Brasília, Curitiba, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e pelo Rio de Janeiro.

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Alegrando esta Quarta-Feira de Cinzas, o Bloco do Case se reuniu na Pitombeira para celebrar a tão esperada folga pós Carnaval. A agremiação surgiu em 2004 com o "intuito de se divertir", diz Sasquat, um dos organizadores do bloco. 

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Sasquat conta ainda que "hoje não tem mais o case" que acompanhava o bloco nos primeiros cinco anos, com o objetivo de recolher dinheiro para pagar a orquestra de frevo. Atualmente, a arrecadação de fundos se dá via amigos e, também, com o apoio da Prefeitura de Olinda.

De camisa e caixa preta, simbolizando a roupa de trabalho e o antigo case, respectivamente, eles desfilam pelas ruas de Olinda festejando o fim do expediente dos festejos de Momo, segundo Buguinha Dub, organizador da agremiação "Jah Ma Ra Pai Celebrai". Já são 11 carnavais celebrando o final dos trabalhos dos assistentes das bandas que fizeram a alegria dos foliões durante os quatro dias de Momo.

 

O violonista espanhol Paco de Lucía faleceu no México aos 66 anos, anunciou nesta quarta-feira (26) a prefeitura de Algeciras, sua cidade natal na região sul da Espanha. Paco de Lucía, um dos grandes mestres do violão flamenco, foi vítima de um infarto, informou a prefeitura, sem especificar o local exato do óbito.

A morte do músico representa "uma perda irreparável para o mundo da cultura, para a Andaluzia", declarou o prefeito de Algeciras, José Ignacio Landaluce. Paco de Lucía nasceu em 21 de dezembro de 1947 nesta cidade andaluza da província de Cádiz.

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Durante a carreira se tornou um artista famoso em todo o mundo, que conseguiu modernizar o flamenco tradicional combinando o estilo com o jazz e outros gêneros musicais variados. A cidade de Algeciras decretou luto oficial pela morte do artista.

Antes que a ideia de "trio de jazz que faz cover de rock" distorcesse sua trajetória e engolisse suas próprias personalidades, os três músicos do The Bad Plus retomaram o caminho das obras autorais. O álbum que deve sair até o final do ano, assim como Made Possible, de 2012, não trará Nirvana, ABBA, Black Sabbath, Bjork, Led Zeppelin, Pixies, Aphex Twin, David Bowie, Pink Floyd, Wilco ou Flaming Lips. Os espíritos que os levaram a romper a fronteira no início dos anos 2000, gravando toda esta gente com a linguagem da vanguarda em estado bruto (piano, baixo acústico e bateria), ainda rondam suas casas, mas não possuem mais suas cabeças como nos velhos tempos.

Analisando um pouco mais de perto o barulho que o jornal The New York Times fez quando ouviu discos como For All I Care, de 2008, descobre-se que tudo o que soa de melhor resulta de uma execução aparentemente simples. De tradicional, o Bad Plus tem o fato de surgir em trio clássico, a redução mais aceitável do jazz, e de ter as teclas de seu piano guardadas por Ethan Iverson, a resistência erudita da turma. De ousado, há todo o resto. O baixista Reid Anderson e o baterista David King defendem uma postura rock and roll sobretudo pós-anos 90, com uma dinâmica de calmarias e explosões, limpeza e catarse, mas jamais com solos de longa duração. Assim que um tema começa, algo acontece e esses dois mundos se encontram para criar uma terceira dimensão.

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Um pouco de seus cinco discos anteriores, lançados desde 2003, mais os temas recentes de Made Possible, serão mostrados nesta terça-feira (25), em apresentação no Bourbon Street. Ainda que não seja mais o foco, alguns dos covers que os tornaram sensação, como We Are the Champions, do Queen; Tom Sawyer, do Rush; ou Comfortably Numb, do Pink Floyd, estarão lá. Só não se sabe quais.

Se colocassem sua trajetória no papel, os músicos deveriam reconhecer que também são frutos de estratégia. O impacto de uma Tom Sawyer, quando bem-sucedida, é avassalador a qualquer forma de vida artística. E então, quando a prática se torna frequente, com Smells Like Teen Spirit (Nirvana), Karma Police (Radiohead) e Everybody Wants to Rule the World (Tears for Fears), que venham os jovens de ouvidos grudados na parede do estúdio durante a gravação do próximo disco.

O baixista Reid Anderson, claro, não concorda com o termo estratégia. "Eu não sei se poderíamos chamar assim. Acho que o que fazemos é conectar nossas experiências com a linguagem do jazz. E foi tudo muito natural para nós desde que criamos o grupo."

A saudável atitude pula-cerca, que ganhou nos anos 90 o nome de "crossover" pelos próprios músicos eruditos e do jazz que colhiam temas pop em um quintal que muitos de seus amigos não ousavam pisar é outra prática, para Reid, não intencional. "As pessoas estão se sentindo mais livres para fazer música. Creio que há alguns anos não havia esta liberdade."

O Bad Plus deixou suas casas em Minneapolis para vir ao Brasil por "cinco ou seis vezes", pelas contas de Reid. Em nenhuma delas, ele diz, o grupo conseguiu fazer conexões com músicos brasileiros. As plateias, no entanto, sentiram sua força. "Sinto que elas reconhecem os temas quando tocamos. O lado bom de quando trabalhamos com os covers foi o fato de tocarmos músicas que sempre pareciam familiares a alguém."

Ao recolocar os temas autorais na mira, e Made Possible é um exemplar legítimo do quão mais interessantes eles são quando provocam surpresas com as próprias ideias, o Bad Plus se reapresenta como um dos grandes trios de jazz moderno (e não mais como um trio de jazz que faz cover de rock). Nada contra a prática, mas ela deixava em segundo plano o que sempre deveria estar em primeiro: o jazz de sangue quente produzido por um trio fenomenal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com expectativa de público para 40 mil pessoas, o Olinda Beer lota a área externa neste domingo (23) do Centro de Conevenções de Pernambuco, divido em três espaços: tapete vermelho, área vip e área comum. Pontual, o baiano Saulo entrou no palco às 10h30 colocando os foliões para pular ao som dos hits como Esquadros (de Adriana Calcanhoto), Anunciação (Alceu Valença), Rua 15 (dos tempos de Banda Eva) e Vú, esta última é do primeiro álbum solo do cantor, gravado na Concha Acústica de Salvador, "Saulo Ao Vivo".

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Igor de Carvalho tem apenas 23 anos, mas já carrega na bagagem uma experiência musical vasta, tendo participado do Festival Pré-AMP de 2012, além de abrir o show de Naná Vasconcelos no Teatro Santa Isabel. Agora, o cantor e compositor se prepara para lançar o primeiro CD da carreira: A TV, a Lâmpada e o Opaxorô.

Na última quarta (19), Igor disponibilizou, em sua conta do soundcloud e no youtube, o primeiro single Samba que não fiz pra rosa. Suas influências musicais passam pela Tropicália a música regional pernambucana. 

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Com um EP na carreira, Igor lança seu primeiro CD no fim de março. Com letras irreverentes e de reflexão social, todas as músicas são compostas pelo próprio cantor.

O Pernambuco Reggae Festival já tem data e atrações divulgadas. O show será dia 30 de abril, no Chevrolet Hall, com apresentações de Groundation, Ponto de Equilíbrio, Israel Vibration e Alpha Blondy.

As informações sobre a venda dos ingressos serão divulgadas em breve.

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No Recife, no final do século 19, o bairro de São José foi um reduto onde descendentes de escravos, mestiços, trabalhadores do porto e de diversas profissões se instalaram e estabeleceram seus ofícios e residências. Este é o nascedouro do que hoje é uma manifestação cultural centenária, considerada Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco no fim de 2012.

Além da música contagiante, o frevo é também uma dança, chamada de passo. Suas evoluções vigorosas vêm de golpes dos capoeiras que acompanhavam os blocos de carnaval, defendendo sua agremiação dos brigões de outros blocos. Muitos nomes destes passos fazem referência às atividades dos operários urbanos da época: tesoura, caindo nas molas, locomotiva. A sombrinha de frevo, tão característica do Carnaval pernambuco, surgiu em decorrência do uso de guarda-chuvas, hora como elemento da dança, hora como arma.

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As profissões também apereceram nos nomes dos blocos fundados nas primeiras décadas de vida do frevo. Lenhadores, Suineiros, Caiadores, Vassourinhas e Das Pás são exemplos. Alguns já não existem mais, outros continuam alegrando os foliões, mesmo com a escassez de recursos, muitos se tornaram históricos, e todos contribuíram para o surgimento do frevo. Hoje não há um recifense (ou olindense) que se aguente quando ouve a orquestra de metais passar.

A pesquisa Carnaval 2014: A expectativa do recifense, realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, constatou frevo é soberano no Carnaval do Recife. Dentre os que pretendem brincar carnaval, 55,3% prefere ouvi-lo - e dançá-lo - durante as festas de Momo. O segundo ritmo mais citado é o Axé, com apenas 9,6% de preferência. No sobe e desce das ladeiras ou nos bailes carnavalescos, o frevo sempre está presente, seja com orquestra de sopro ou com um coral feminino acompanhado por uma orquestra de pau e corda.

É um amor que não se explica. O saudosismo de Madeira que Cupim não Rói encanta a todos com seu lirismo. Vassourinhas corre na veia do folião junto com o sangue. Quantos pernambucanos, ao regressar após um período longe de casa, não entoaram "voltei Recife, foi a saudade que me trouxe pelo braço"? "A gente espera o ano inteiro pra ouvir os frevos, do mais antigo ao mais novo, todos os anos. E fica imensamente feliz quando escuta a mesma música 20 vezes no percurso de um bloco. O frevo faz parte da alma dos pernambucanos", afirma a socióloga Glauce Medeiros, foliã que se encontra entre os que preferem o ritmo no Carnaval.

Paço do Frevo

No dia em que se comemora o nascimento do frevo, 9 de fevereiro, foi inaugurado na Praça do Arsenal da Marinha o mais novo equipamento cultural do Recife, o Paço do Frevo. A proposta é trazer um museu interativo para a cidade do Recife, além de abrigar uma Escola de Frevo. "A importância desse espaço é excepcional. Pode-se trabalhar vários pilares como manutenção, pesquisa, preservação, e acima de tudo trabalhar a interação. É um museu vivo", disse Maestro Forró, presente na inauguração.

Maestro Spok ressalta a Escola de Música do Paço: "É mais um sonho realizado. Eu, que participei desde o início deste projeto, fico muito feliz em ver um sonho realizado". "Aqui abrirão vagas para músicos profissionais lapidarem a sua técnica. Salve Recife! Salve o Frevo!", afirmou o maestro responsável por dar o ritmo carnavalesco uma nova roupagem com a SpokFrevo Orquestra.

Escola de Frevo pede socorro

Se o Paço foi inaugurado com pompa e presenças ilustres, a Escola Municipal do Frevo vem sofrendo com a falta de investimento e segurança. “A função da escola é integrar várias classes sociais. Tenho medo que, com o Paço, o frevo seja elitizado e acabe perdendo sua essência. Não podemos esquecer que o frevo é do povo, é da rua”, expressa o instrutor Bruno Henrique, que trabalha na escola. A única escola pública de frevo do mundo está com espelhos quebrados, piso desnivelado e barra de apoio quebrada, entre outros problemas, que incluem roubos de equipamento do espaço.

Frevo o ano inteiro

Para o produtor musical Paulo André, do Festival Abril pro Rock, "Todo dia é dia do frevo. Condenaram o frevo a ser música carnavalesca, mas ele antes de tudo é música, e merece ser escutado o ano todo". O vereador Marcos Aurélio Medeiros é autor da lei que estabeleceu o 'Momento do Frevo' (Lei Municipal 17.861/2013), segunda a qual as rádios recifenses devem incluir diariamente em suas programações canções de frevo.

O radialista Hugo Martins, responsável pelo único programa de rádio regular sobre o frevo, discorda da ideia. "É um absurdo ter uma lei para obrigar as rádios a tocar frevo. Isso deveria ser espontâneo", argumenta. Hugo mantém o programa O tema é frevo, há mais de 40 anos na Rádio Universitária FM, e é um dos mais respeitados mantenedores do patrimôpnio cultural representato pelo ritmo.

"pra mim, frevo é música de festa, não deveria ser só de carnaval", opina o redator Thiago Neves Bobi, que sente haver uma necessidade de divulgar mais o ritmo. Mas Thiago pondera que "O frevo é muito ligado a um estado de espírito que acontece em uma época determinada do ano", o nosso querido Carnaval.

Como em qualquer outro ritmo, a renovação é a chave do sucesso do frevo. Muita gente boa está compondo novos frevos, como é o caso de Humberto Viera, que compôs músicas novas para o último albúm do Bloco da Saudade. "O frevo não morre no carnaval, eu e meus amigos ouvimos e fazemos frevo o ano inteiro", conta o advogado e compositor. E você, leitor? Qual a música que você mais quer escutar neste Carnaval?

O Youtube lançou, nesta sexta-feira (14), uma nova ferramenta voltada para os fãs de música. Agora, o site disponibiliza uma barra de conteúdo relacionados ao objeto de pesquisa. O conteúdo também é mostrado em pesquisas no site de buscas do Google para várias regiões, incluindo o Brasil.

A grande novidade do novo recurso é que ele é uma maneira de destacar o que tem de mais relevante sobre o artista buscado. Ao fazer a pesquisa, no canto direito aparecem as faixas principais, listando os dez hits mais populares e os álbuns com todos os seus discos gravados.

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JOÃO PESSOA (PB) - Após 25 anos da morte de Raul Seixas, suas músicas continuam atuais mesmo entre os jovens que não acompanharam sua carreira. Foi buscando compreender este fenômeno que a professora universitária Geanne Lima pesquisou a história para então escrever um livro virtual sobre o assunto.

“Desde criança escuto Raul, meu irmão fazia parte do fã clube dele, em Cajazeiras (PB). E sempre me perguntei por que, até hoje, as pessoas gritam o famoso ‘toca Raul’ em alguns shows”, explicou Geanne.

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A professora estudou o contexto social do Brasil durante a ditadura militar, que teve a cultura sendo difundida inclusive com o trabalho de Raul. As formas fonográficas e a construção do cotidiano na obra de Raul Seixas está disponível para download gratuito.

Segundo a autora, a atualidade das composições se deve principalmente aos temas escolhidos. “Apesar de grande parte de sua obra ter sido criada em um período de ditadura, Raul não se ateve apenas a este tema. Ele falou de religião, cultura, política, aspectos do cotidiano, com os quais as pessoas se identificam até hoje”.

São três capítulos que apresentam o surgimento dos movimentos pop, a passagem do cantor pela indústria fonográfica na década de 1970 e o repertório inserido em uma nova cultura, com análise de cinco canções.


Com informações da assessoria

Liderada pelo cantor e ator Jared Leto, a banda 30 Seconds to Mars virá ao Brasil no mês de maio para shows em três capitais: São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. A apresentação em São Paulo será no sábado (15), no Espaço das Américas. Antes, o grupo faz show em Brasília, no Opera Hall. A turnê no Brasil se encerra no domingo (16), no Rio, no palco da Fundição Progresso. Os ingressos poderão ser adquiridos no site da LivePass ou pelo telefone 4003-1527.

As vendas para o show do Rio começam nesta sexta-feira (14), com valores entre R$ 70 e R$ 240. Para São Paulo, o primeiro lote estará disponível a partir de segunda-feira (17), entre R$ 110 e R$ 360. Os tickets de Brasília serão vendidos a partir do dia 20 (R$ 100 a R$ 400). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Desde agosto de 2012, quando estreou o show do álbum Tudo Tanto, Tulipa Ruiz fez 120 apresentações em várias regiões do Brasil (desde Porto Alegre até Belém, quando participou do festival Se Rasgum) e em outros oito países. E, mesmo disponibilizando seu CD para download grátis no site oficial, atingiu 15 mil cópias vendidas. O resultado do trabalho de Tulipa é bem notável, mas não é disso que trata sua mais nova composição, Megalomania.

"Tudo começou numa brincadeira", diz a cantora. "Estávamos em uma passagem de som e tinha um amplificador por perto, mas que não seria usado no show. O baterista perguntou ‘se eu usar esse amplificador aqui, é muita megalomania da minha parte?’. Aí todo mundo começou a tirar onda com ele por causa da palavra."

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A partir daí, a canção saiu naturalmente. No meio do ensaio, a banda começou a arriscar os acordes e a letra foi chegando à mente de Tulipa, que começou a pensar em uma pessoa, segundo ela, com o rei na barriga. "A brincadeira com a música ficou tão mais legal que eu nem lembro se, no fim, usamos ou não o amplificador."

Classificada pela própria autora como um "pop dançante de verão", a canção tem mesmo uma batida animada e lembra carnaval. Com um refrão simples e pegajoso, que diz "Isso é megalomania dele/ Megalomania dele/ Megalomania dele", Tulipa fala sobre um cara que "Dá uma coisa, quer duas/ Pede uma coisa, quer outra/ Dá a mão e quer o cotovelo".

Tocada para o público pela primeira vez em um show no Circo Voador, no Rio, no início de fevereiro, a música contagiou o público, que pediu repeteco na hora do bis. Na ocasião, o trio paulistano O Terno, que participava da apresentação, também cantou a faixa.

Em São Paulo, Megalomania será lançada em um show na quinta-feira, 13, no Cine Joia, e em três outras apresentações (com ingressos já esgotados e entrada sujeita a fila de espera) no teatro do Sesc Bom Retiro.

Tulipa leva a banda para o estúdio nesta quarta-feira, 12, à tarde, para fazer o registro da música. A ideia é disponibilizá-la para download em seu site oficial (www.tuliparuiz.com), assim como faz com seus discos, na semana anterior ao carnaval.

"Deu muita vontade de gravar essa música, colocá-la no repertório. Para mim, é uma música de verão. Quero apresentá-la nesse momento de calor, de pré-carnaval que a gente está agora", conta. Para Tulipa, Megalomania é tão quente que depende do clima do show para entrar na set list. "Tem de ver como vai estar, como vai ser quando chegar o inverno", ri.

Ao contrário do que se pode deduzir, a nova canção não sinaliza a chegada de um novo disco. A turnê de Tudo Tanto segue até o fim de 2014. Até lá, Tulipa diz querer viver intensamente o projeto, sem, ainda, se preocupar muito com o que vem pela frente. "Esta música é de entressafra, que tem a ver com o meu momento agora. O CD novo é ano que vem. Meu processo é assim: até o fim da turnê, eu só penso naquele disco. No dia seguinte, eu começo a refletir sobre o disco novo. Então, tudo que pinta de ideia, eu registro, mas presto pouca atenção."

A tensão de lançar um novo disco, que vem com a responsabilidade de manter o sucesso dos anteriores, não abala a cantora. "Essa questão surgiu quando passei do Efêmera (seu primeiro álbum) para o Tudo Tanto, e hoje vejo que ela vai sempre existir", brinca. "Mas não tenho medo. Se for prazeroso para mim e para a banda e se der vontade de levar as criações para o palco, tá valendo. Se eu não gostar de nada do que foi feito, eu não lanço. Esse compromisso com o que as pessoas vão achar do disco pronto é um pensamento perigoso. O artista deve esquecer dessa pergunta e fazer o disco com toda a gana possível."

Passe Livre

Tulipa ainda não consegue mensurar as consequências de liberar sua arte para download grátis, mas diz que, até agora, os efeitos foram positivos. "O download alavancou as minhas vendas físicas e contribuiu para a distribuição dos meus discos", diz. "Antes, o caminho até a música era mais reto, tinha de ir na loja comprar. Agora tem YouTube, TV... a busca pela música é híbrida e o artista deve cuidar de todos os perfis." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A atriz Virgínia Lane, saudada pelo ex-presidente Getúlio Vargas como a "Vedete do Brasil", morreu nesta segunda-feira (10), aos 93 anos. Ela estava internada desde o início do mês em um hospital de Volta Redonda, no Rio, para o qual foi levada por conta de uma infecção urinária. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.

Nascida Virginia Giacone em 1920, no Flamengo, Virgínia chegou a cursar o primeiro ano de Direito - mas a atração pelos palcos falaria mais alto. Atração que ela desenvolveu desde cedo, na Escola de Bailados do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde estudou com a lendária Maria Olenewa.

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A estreia profissional seria aos 15 anos, no Cassino da Urca, para onde foi levada pelo maestro Vicente Paiva - e foi ele também quem a introduziria no plantel da Rádio Mayrink Veiga. Do Rio, ela seguiria para Buenos Aires, onde atuaria por três anos. Em 1946, lançou o primeiro disco, pelo selo Continental, no qual interpretava a marcha Maria Rosa e o samba Amei Demais. Dois anos depois, voltaria ao Rio e, depois de assinar um contrato com Walter Pinto, trabalhou durante cinco anos na revista Um Milhão de Mulheres e em outros espetáculos do Teatro Carlos Gomes e do Teatro Recreio.

Caso

Nos anos 50, viveu o auge de sua trajetória. A começar pela gravação de Sassaricando, marchinha que fazia parte da revista Eu Quero Sassaricá, um dos maiores sucessos da trupe de Walter Pinto. Compositora, gravou peças de sua autoria, como Lanterninhas Multicores e Que Palhaço, de 1958, registradas ao lado de Santo Antônio Vai me Abençoar, de Nelson Castro.

Foi nessa época que ela receberia das mãos de Getúlio Vargas o título de A Vedete do Brasil - em entrevistas décadas depois, ela diria que manteve um caso de dez anos com o ex-presidente da República. "Foi dentro de um teatro. Ele viu uma peça minha e foi ao camarim me cumprimentar. Me convidou para sair e eu agradeci, mas recusei. Não me sentia capacitada para sair com o presidente da República. Mas ele insistiu e fui cear com os amigos dele em uma churrascaria. Daí começou", contou em depoimento concedido ao Guia do Estudante em 2007. "Eu entrava e saía do Palácio do Catete pela porta da frente! Passava lá à tarde, tomava um chá. Viajávamos muito também, inclusive para a Europa. Eu ia na frente com o Gregório (Fortunato, chefe da guarda), que me acompanhava em passeios, compras e até na assinatura de contratos. Visitamos Portugal, Itália, Espanha."

Virgínia seguiu se apresentando no teatro até o início dos anos 2000. Sua última aparição foi na novela Belíssima, em 2006, na qual participou de homenagem feita a diversas divas do rádio.

No sábado (8), será realizado o Festival de Arte Livre Pai da Mata, que chega a sua quarta edição no Boca da Mata Bar e Restaurante., localizado no bairro de Dois Irmãos, no Recife. As atividades começam às 13h, com oficinas para crianças e adultos, exibição de filmes, exposições e shows. Os ingressos custam R$ 15 e serão vendidos na hora.

Com atrações pernambucanas, o projeto busca difundir as produções locais que não têm muita visibilidade. Haverá oficinas de tecidos para adultos e crianças, além de apresentações teatrais da Caravana Tapioca para o público infantil.

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Em Corpo, acrobacias aéreas ganham novas texturas com projeções no corpo de João Lucas Cavalcanti. Os artistas Aslan Cabral, Ana Flácia, e Marina Duarte também realizam performances solo durante o evento. O festival exibe ainda cinco filmes ao ar livre, em uma mostra com duração de uma hora. As exposições artísticas também ganham espaço no Boca da Mata.

Os shows ficam por conta de Saracotia, Anjo Gabriel, uïu, Ivinho (ex-Ave Sangria) e os integrantes da Cena Beto Graxa e Aninha Martins, que também se apresenta no Estelita nesta sexta (7).

SERVIÇO

IV Festival de Arte Livre Pai da Mata

Sábado (8) | 13h 

Boca da Mata Bar e Restaurante (Estr. do Passarinho, 250-Dois Irmãos)

R$ 15 | Vendas no local no dia do show

A banda irlandesa U2 disponibilizou, para os usuários da Apple, a sua nova música de trabalho: "Invisible". Ela ficará disponível gratuitamente no iTunes e o objetivo será ajudar uma instituição de caridade que atua na África.

Para cada download, o Bank of Ameria doará US$ 1 ao (RED), instituto de prevenção e tratamento contra o vírus causador da AIDS.  a música fará parte do próximo álbum da banda, que pode ser lançado ainda no primeiro semestre de 2014. Para ajudar,basta clicar neste link.

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