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A Nasa perdeu contato com seu pequeno helicóptero "Ingenuity" em Marte, que fazia seu 72º voo, anunciou a agência espacial americana, acrescentando que tentava restabelecer a comunicação.

Em 2021, o helicóptero, que se parece com um grande drone, se tornou o primeiro veículo motorizado a voar em outro planeta. O dispositivo chegou a Marte com o rover Perseverance, que é usado para transmitir dados entre o helicóptero e o comando em Terra.

O "Ingenuity" alcançou uma altitude de 12 metros durante o voo da quinta-feira, explicou a Nasa em mensagem divulgada na noite de sexta. Mas, "durante sua descida, as comunicações entre o helicóptero e o rover terminaram antes do pouso", detalhou a agência.

As equipes encarregadas "estão analisando os dados disponíveis e considerando os próximos passos para restabelecer a comunicação com o helicóptero", acrescentou.

O voo foi planejado para "checar os sistemas do helicóptero, depois que pousou antes do previsto no voo anterior", adicionou.

A Nasa já tinha perdido temporariamente contato com o helicóptero no passado, especialmente durante cerca de dois meses, mas esta interrupção estava planejada.

Os astronautas terão que esperar até o próximo ano para voar até a Lua e mais alguns anos para pousar nela, de acordo com a última rodada de atrasos anunciada pela Nasa na terça-feira, 9. A agência espacial havia planejado enviar quatro astronautas à Lua no final deste ano, mas adiou o voo para setembro de 2025 devido a problemas técnicos.

O primeiro pouso humano na Lua em mais de 50 anos também foi adiado, de 2025 para 2026. A notícia veio apenas uma hora depois que uma empresa de Pittsburgh abandonou sua própria tentativa de pousar sua espaçonave na Lua devido a um vazamento de combustível que pôs fim à missão.

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Lançado na segunda-feira como parte do programa lunar comercial da Nasa, o módulo de aterrissagem Peregrine da Astrobotic Technology deveria servir como batedor para os astronautas. Uma empresa de Houston fará uma tentativa com seu próprio módulo de pouso no próximo mês.

A Nasa está confiando fortemente em empresas privadas para seu programa de aterrissagem lunar Artemis para astronautas, cujo nome é uma homenagem à irmã gêmea mitológica de Apolo.

Ao sobrevoar um asteroide situado entre as órbitas de Marte e Júpiter a espaçonave Lucy, da Nasa (a agência espacial norte-americana), descobriu que na verdade eram dois: um de 790 metros e outro de 220 metros em seus trechos mais largos. É o que se chama de par binário.

A missão espacial de Lucy é sobrevoar e colher informações sobre sete asteroides selecionados pela Nasa. O primeiro deles, chamado Dinkinesh, fica em um cinturão de asteroides situado entre as órbitas de Marte e Júpiter.

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Quando foi descoberto, em 1999, recebeu o nome provisório de 1999 VD57. Quando sua órbita foi determinada com precisão, ele recebeu o número 152830, mas continuou sem nome oficial. Em janeiro deste ano, quando a equipe da missão Lucy decidiu enviar a sonda homônima para visitar esta rocha espacial, propôs um nome para ela. Dinkinesh significa "maravilhoso" na língua da Etiópia.

O asteroide foi o primeiro visitado pela sonda Lucy durante essa missão, e o principal objetivo da aproximação era testar os sistemas da espaçonave antes de ela iniciar sua atividade científica principal: estudar os misteriosos asteroides troianos de Júpiter, considerados "fósseis" do sistema solar. Mas, acabou havendo uma surpresa.

Semanas antes da chegada da sonda a Dinkinesh, os cientistas da Nasa levantaram a hipótese de o asteroide ser um sistema binário, dada a forma como os instrumentos de Lucy registravam o brilho do asteroide mudando com o tempo. As primeiras imagens do encontro na quarta-feira, 1º, tiraram a dúvida: Dinkinesh é um binário.

"É uma série incrível de imagens. Eles indicam que o sistema de rastreamento funcionou como pretendido, mesmo quando o universo nos apresentou um alvo mais difícil do que esperávamos", disse Tom Kennedy, engenheiro de orientação e navegação e um dos responsáveis por acompanhar a missão. "Uma coisa é simular, testar e praticar. Outra coisa é ver isso realmente acontecer."

Embora a aproximação tenha sido inicialmente um teste de engenharia, os cientistas estão entusiasmados para analisar os dados e obter mais informações sobre a natureza dos pequenos asteroides.

"Sabíamos que este seria o menor asteroide do cinturão principal já visto de perto", disse Keith Noll, cientista do projeto Lucy do Goddard Space Flight Center da Nasa em Greenbelt, nos EUA. "O fato de serem dois torna tudo ainda mais emocionante. Em alguns aspectos, estes asteroides parecem semelhantes aos asteroides binários Didymos e Dimorphos próximos da Terra, mas existem algumas diferenças realmente interessantes que iremos investigar."

O próximo asteroide a ser analisado é Donaldjohanson, ao qual a sonda Lucy chegará só em 2025. Depois ela vai analisar os asteroides de Júpiter, em 2027.

A Nasa se prepara para lançar uma missão nesta sexta-feira (13) ao distante asteroide Psyche, um mundo feito de metal até então não estudado, que os cientistas acreditam poder ser o núcleo de um antigo corpo celeste.

A sonda da missão Psyche está programada para decolar às 10h19, horário local (11h19 em Brasília), do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, a bordo de um foguete SpaceX Falcon Heavy.

No entanto, haveria apenas 40% de chance de que o clima fosse favorável para a decolagem. Uma nova tentativa poderá ocorrer no sábado.

A humanidade já visitou mundos feitos de rochas, gelo, ou gás. Mas "esta será a primeira vez que o fará em um mundo que tem uma superfície metálica", disse Lindy Elkins-Tanton, gestora científica da missão, em coletiva de imprensa.

A viagem será longa: Psyche está localizada na parte externa do cinturão de asteroides, entre as órbitas de Marte e Júpiter.

A sonda da Nasa percorrerá cerca de 3,5 milhões de quilômetros para chegar até lá, provavelmente no verão boreal (hemisfério norte) de 2029.

Graças à luz refletida em sua superfície, os cientistas sabem que Psyche é muito densa e feita de metal, além de algum outro material, talvez rochas. "Não sabemos realmente como é Psyche", explicou a pesquisadora. "Costumo brincar que tem o formato de uma batata, porque as batatas têm vários formatos diferentes, então não estou errada".

Os cientistas pensam que Psyche, com mais de 200 quilômetros de comprimento, pode ser o núcleo de um antigo corpo celeste, cuja superfície foi arrancada por impactos de asteroides.

A Terra, como Marte, Vênus e Mercúrio, tem um núcleo metálico. "Nunca veremos esses núcleos, é muito quente e muito profundo", disse Lindy Elkins-Tanton.

A missão a Psyche é, portanto, "nossa única maneira de ver um núcleo".

- Vulcões, rachaduras, crateras? -

Psyche se formou há cerca de 4,5 bilhões de anos, no nascimento do nosso sistema solar. É possível que tenha sofrido erupções vulcânicas, das quais restos podem permanecer na forma de antigos fluxos de lava.

Então, quando Psyche esfriou, sua contração pode ter causado a formação de enormes rachaduras.

Os cientistas também estão ansiosos para saber como são as crateras de um corpo celeste metálico: o material impulsionado pelo impacto dos asteroides pode ter congelado no ar e formado uma espécie de pontas.

A sonda permanecerá em órbita ao redor de Psyche por pouco mais de dois anos para estudá-la, alternando entre diversas altitudes.

Serão utilizados três instrumentos científicos: imagens multiespectrais para fotografá-lo, espectrômetros para determinar sua composição e magnetômetros para medir seu campo magnético.

Para se deslocar, a sonda também utilizará propulsores de efeito Hall, uma novidade nas viagens interplanetárias. Esses motores utilizam a eletricidade fornecida pelos painéis solares da sonda para obter íons de um gás nobre (gás xenônio), que são acelerados pela passagem por um campo elétrico.

Eles são, então, ejetados em alta velocidade, "cinco vezes mais rápido que o combustível que sai de um foguete convencional", disse David Oh, engenheiro da Nasa. "É o tipo de coisa que vimos em Star Wars e Star Trek, mas hoje estamos tornando o futuro uma realidade", disse ele.

A missão Psyche também testará um sistema de comunicação a laser, que deverá permitir a transmissão de mais dados do que comunicações por rádio.

Carbono e água, dois elementos cruciais para a vida, foram encontrados nas amostras do asteroide Bennu trazidas à Terra pela missão Osiris-Rex, da Nasa.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (11) pela agência especial dos Estados Unidos, que mostrou as primeiras imagens das partículas achadas no corpo celeste.

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"Água e carbono são exatamente aquilo que queríamos encontrar", disse o chefe da Nasa, Bill Nelson, em coletiva de imprensa em Houston.

A presença de abundante material rico em carbono e minerais contendo água poderia indicar que os elementos constituintes da vida na Terra também estariam presentes em asteroides, de acordo com as análises ainda preliminares dos cientistas.

Nas duas primeiras semanas de trabalho, os pesquisadores utilizaram microscópio eletrônico de varredura, medições em infravermelho, difração de raios-X e análises de elementos químicos.

Uma tomografia computadorizada de raios-X também foi usada para produzir um modelo computacional 3D de uma das partículas.

"Essa é a maior amostra de um asteroide rico em carbono já entregue à Terra e ajudará os cientistas a investigar as origens da vida no nosso planeta nas próximas gerações", ressaltou Nelson.

Mais de 200 pesquisadores já estão na fila de espera para receber as amostras do Bennu. Cientistas acreditam que o asteroide seja remanescente do processo de formação do Sistema Solar e pode ajudar a entender como compostos orgânicos necessários à vida como a conhecemos chegaram à Terra.

Da Ansa

Nesta quinta-feira, 12, a Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) se prepara para lançar uma espaçonave para estudar um asteroide rico em metal, chamado 16 Psyche. "A sonda Psyche viajará cerca de 3,5 bilhões de quilômetros para estudar esse asteroide que tem o mesmo nome da missão", afirma a agência espacial.

A decolagem está prevista para as 11h16, pelo horário de Brasília, em um foguete SpaceX Falcon Heavy do Complexo de Lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy da agência, na Flórida, nos Estados Unidos. Na página do Youtube que está no final da matéria, você pode acompanhar a transmissão ao vivo.

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"O asteroide, que fica na porção externa do principal cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, pode fazer parte do núcleo de um planetesimal (um bloco de construção de um planeta)", afirma a Nasa. Segundo a agência, o corpo celeste rochoso pode apresentar ainda mais informações sobre os núcleos planetários e a própria formação da Terra.

"As descobertas podem ser algo completamente fora do nosso controle", disse Lindy Elkins-Tanton, investigadora principal da missão.

Cientistas da Nasa estimam que o interior do asteroide pode ser metálico, assim como o centro da Terra e outros planetas rochosos do sistema solar.

Por sua vez, o engenheiro-chefe de operações da Psique, David Oh, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, lembrou que a espaçonave fará uma viagem de 3,5 bilhões de quilômetros em curso de quase 6 anos, com chegada ao satélite prevista para agosto de 2029.

"Uma vez atraída pela força gravitacional do asteroide, a nave espaço Psyche permanecerá orbitando o corpo por cerca de 26 meses celestiais para tirar fotografias, traçar sua superfície e coletar dados para determinar a composição de Psyche, que tem aproximadamente 280 quilômetros de largura", afirma Oh.

"A espaçonave também está hospedando uma demonstração de tecnologia, Deep Space Optical Communications (DSOC) da Nasa, que será o primeiro teste de comunicações a laser além da Lua.

Toda a plataforma em que a espaçonave viajará, que tem 24,8 metros e painéis solares, chegará ao planeta Marte em maio de 2026 para usar seu impulso de gravidade e continuar sua jornada em direção ao asteroide. (Com agências internacionais).

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Cientistas da Nasa que analisam as amostras do asteroide Bennu ficaram surpresos por terem recebido muito mais do que esperado. Quando eles abriram o recipiente vindo do espaço, no último dia 26, encontraram uma quantidade grande de material não apenas dentro da caixa de coleta, mas também do lado de fora do mecanismo usado para coletar solo e rochas extraterrestres.

As amostras históricas pousaram no deserto de Utah em 24 de setembro, marcando o fim da missão de sete anos da Nasa chamada de Osiris-Rex, que foi até o asteroide, a 320 milhões de quilômetros da Terra, tocou o solo, coletou amostras e voltou para casa.

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Os cientistas abriram o recipiente das amostras no dia seguinte a sua chegada ao Centro Espacial Johnson, da Nasa, que tinha reservado uma sala completamente esterilizada para a análise das amostras cósmicas.

Asteroides são remanescentes da formação do Sistema Solar, oferecendo pistas sobre esses primeiros momentos caóticos em que os planetas estavam em formação.

Cientistas acreditam que asteroides como o Bennu possam ter enviado à Terra, nos primeiros anos de formação do nosso planeta, elementos necessários para a formação da água, por exemplo. Estudar as amostras pode ajudá-los a responder questões pendentes sobre a origem do Sistema Solar.

Mas asteroides localizados próximos da Terra também oferecem uma ameaça ao planeta; ou seja, compreender a sua composição e órbita é chave para determinar as melhores formas de desviar rochas espaciais em rota de colisão com a Terra.

As amostras foram coletadas pelo mecanismo TAGSAM (Touch-and-Go Sample Acquisition Mechanism) em outubro de 2020. Foi tanto material coletado que foi possível ver parte da poeira cósmica a deriva antes de o recipiente coletor ser fechado.

"Tem tanto material que está levando mais tempo do que imaginávamos para reunir tudo", afirmou o chefe da missão Osiris-Rex, Christopher Snead, em um comunicado. "Tem muito material solto, fora do recipiente, que é também importante. É realmente espetacular ter todo esse material aqui."

O grupo vai usar microscópios eletrônicos, Raio X e instrumentos de infravermelho para uma primeira análise do material coletado pelo Bennu. O resultado dessas primeiras análises vão oferecer informações sobre a composição química das amostras, sobre eventuais partículas orgânicas presentes, além de revelar a abundância de determinados tipos de minerais.

A maior amostra já coletada de um asteroide, e a primeira feita pela Nasa, pousou no deserto de Utah neste domingo (24), sete anos após o lançamento da sonda Osiris-Rex.

A aterrizagem, observada por sensores militares, foi complementada pelo acionamento de dois paraquedas.

Segundo a agência espacial dos EUA, a amostra, coletada do asteroide Bennu em 2020, deve conter cerca de 250 gramas de material, muito mais do que dois asteroides anteriores trazidos por missões japonesas.

Este material vai "ajudar a compreender melhor os tipos de asteroides que poderiam ameaçar a Terra", além de lançar luz sobre "o início da história do sistema solar", destacou o diretor da Nasa, Bill Nelson.

Trata-se da "maior amostra já recuperada desde as rochas lunares" do programa Apollo, que terminou em 1972, contou à AFP a cientista da Nasa Amy Simon, antes do pouso.

Aproximadamente quatro horas antes do horário programado, a sonda Osiris-Rex lançou a cápsula contendo a amostra, a mais de 100 mil quilômetros da Terra.

A cápsula atravessou a atmosfera durante 13 minutos: entrou com uma velocidade superior a 44.000 quilômetros por hora e chegou a registrar uma temperatura de 2.700°C.

A Osiris-Rex continuou sua missão em direção a outro asteroide.

- Duas amostras japonesas -

Assim que pousou no deserto de Utah, uma equipe munida de luvas e máscaras analisou seu exterior, antes de colocá-la em uma rede, elevando-a em direção a um helicóptero.

Na segunda-feira (25), será transferida de avião ao Centro Espacial Johnson em Houston, Texas, onde será analisada em um processo que deve durar dias.

Os resultados iniciais devem ser apresentados em uma coletiva de imprensa da Nasa em 11 de outubro.

A maior parte da amostra será preservada para estudo das gerações futuras. Cerca de 25% serão usadas imediatamente para experimentos e uma pequena parcela será compartilhada com os parceiros Japão e Canadá.

Tóquio já havia presenteado a agência espacial americana com fragmentos do asteroide Ryugu, do qual obteve 5,4 gramas em 2020, na missão Hayabusa-2. Em 2010, o país também relatou uma quantidade microscópica de outro asteroide.

Mas a amostra de Bennu é "muito maior, então poderemos fazer muito mais análises", afirmou o presidente da Nasa.

- 'História de nossa origem' -

Os asteroides são formados por materiais originários do Sistema Solar que, diferentemente da Terra, permaneceram intactos. Logo, eles contêm "pistas sobre como o Sistema Solar se formou e evoluiu. É a história da nossa própria origem", explicou Melissa Morris, diretora do programa Osiris-Rex.

Ao colidirem com o planeta Terra, "pensamos que os asteroides e os cometas trouxeram matéria orgânica, potencialmente água, que ajudou a desenvolver a vida na Terra", disse Simon.

Os cientistas acreditam que Bennu, que possui 500 metros de diâmetro, é rico em carbono e contém moléculas de água envoltas em minerais.

A superfície do asteroide mostrou ser menos densa do que o esperado. Logo, compreender melhor sobre sua composição poderá ser útil no futuro.

Há um pequeno risco (uma chance em 2.700) de que Bennu colida com a Terra em 2182, o que seria catastrófico.

Em 2022, a Nasa conseguiu desviar a trajetória de um asteroide ao impactá-lo.

A Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) apresentará nesta quinta-feira (14) um estudo independente sobre fenômenos anômalos não identificados (UAP), encomendado em 2022. A apresentação será transmitida ao vivo, às 11 horas, horário de Brasília, diretamente da seda da agência em Washington, nos Estados Unidos. É possível conferir pela TV Nasa, App Nasa e pelo site da agência.

Segundo a Nasa, o objetivo do relatório é oferecer informações sobre possíveis dados que poderiam ser coletados no futuro para esclarecer a natureza e a origem dos OVNIs. "O relatório não é uma revisão ou avaliação de observações anteriores não identificáveis", afirma a agência.

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A Nasa define UAP como observações de eventos no céu que não podem ser identificados como aeronaves ou fenômenos naturais conhecidos do ponto de vista científico. "Atualmente, há um número limitado de observações de alta qualidade de OVNIs, o que torna impossível tirar conclusões científicas firmes sobre sua natureza", disse a agência.

Veja quem serão os participantes da apresentação:

Bill Nelson, administrador da Nasa.

Nicola Fox, administradora associada da diretoria de Missões Científicas, na sede da Nasa, em Washington.

Dan Evans, vice-administrador associado assistente de pesquisa e da diretoria de Missões Científicas da Nasa.

David Spergel, presidente da Simons Foundation e presidente da equipe de estudo independente de OVNIs da Nasa.

O diretor da Agência Espacial Americana (Nasa), Bill Nelson, anunciou na quinta-feira, 27, que um comitê de cientistas prepara informe especial "sobre as suspeitas sobre alienígenas" lançadas recentemente. O resultado, disse, estará pronto em agosto.

"Esperem até o mês que vem para terem sua resposta", afirmou Nelson, na Casa Rosada, sede do governo argentino em Buenos Aires, depois de um encontro com o presidente Alberto Fernández.

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Ex-congressista democrata pela Flórida e combatente da guerra do Vietnã, Nelson, de 80 anos, passou alguns dias na América Latina, em viagem que começou no Brasil e terminará na Colômbia, na semana que vem.

Na Argentina, ele se reuniu com o presidente para tornar oficial a adesão do país aos esforços internacionais propostos pelos EUA para voltar a levar astronautas à Lua em 2025. O país é o 28º a assinar os acordos Artemis, um plano de exploração pacífica da Via Láctea, do qual o Brasil também é signatário.

A exploração da Lua, no entanto, acabou ficando em segundo plano, diante do debate cada vez mais acalorado sobre o avistamento de objetos voadores não identificados nos EUA. Na quarta-feira, 26, durante sessão do Congresso americano, um ex-oficial da inteligência acusou o Pentágono de ocultar naves de origem extraterrestre e "restos não humanos".

"Os avistamentos não são raros, nem isolados", afirmou David Gruscho, ex-membro da Força Aérea, conseguindo rara união entre legisladores republicanos e democratas, que pediram ao governo que divulgue documentos mantidos em segredo sobre avistamentos de objetos não identificados.

Após a reunião com Fernández, Nelson deu detalhes sobre o informe que pediu a especialistas, para sanar "tantas suspeitas sobre alienígenas". "Designei um comitê de cientistas", contou. "E até que os escutem, posso dizer que estão considerando usar nossos sensores espaciais para tentar determinar o que acontece com esse fenômeno."

O debate sobre objetos voadores não identificados ganhou força entre alguns legisladores de Washington em 2020, quando o Pentágono difundiu uma série de vídeos previamente classificados de pilotos envolvidos em três incidentes separados, ocorridos em 2004 e 2015, nos quais teriam observado encontros com OVNIs.

Na ocasião, a inteligência americana informou que embora não houvesse prova de atividade extraterrestre associada a esses objetos, tampouco a ideia poderia ser totalmente descartada.

No início deste ano, foi divulgado que o Pentágono teria recompilado 247 informes sobre OVNIs em 17 meses - quase tantos quanto nos 17 anos anteriores. Em abril, o número chegou a 650.

A Nasa e o Exército dos Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (26) que selecionaram a empresa Lockheed Martin para desenvolver um foguete de propulsão nuclear, com o objetivo de usar a tecnologia em missões a Marte.

O programa Foguete de Demonstração para Operações Cislunares Ágeis (Draco, sigla em inglês), pode ser lançado em 2027, indicaram funcionários em um telefonema.

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Os sistemas de propulsão térmica nuclear (NTP, sigla em inglês) poderiam reduzir o tempo das viagens, aumentar a eficácia do combustível e exigir menos propelente, o que significa que as futuras espaçonaves poderiam transportar cargas úteis maiores do que os melhores foguetes químicos atuais.

"Esses sistemas de propulsão térmica nuclear mais potentes e eficazes podem proporcionar tempos de trânsito mais rápidos entre destinos", disse Kirk Shireman, vice-presidente de Campanhas de Exploração Lunar da Lockheed Martin Space. "Reduzir o tempo de trânsito é vital para missões humanas a Marte, a fim de limitar a exposição dos tripulantes à radiação."

Por motivo de segurança, o reator do Draco não será ligado até que a espaçonave tenha atingido uma órbita elevada.

Shireman acrescentou que a tecnologia também poderia "revolucionar" futuras missões à Lua, onde a Nasa planeja construir habitats de longa duração, dentro do programa Artemis.

A Nasa realizou seus últimos testes de motores nucleares térmicos para foguetes há mais de 50 anos, mas o programa foi abandonado, devido a cortes orçamentários e à tensão da Guerra Fria.

O Brasil deve ampliar a parceria com a Agência Espacial Americana, a Nasa, para o monitoramento do desmatamento da Amazônia. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 24, depois do encontro entre o administrador da Nasa, Bill Nelson, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília, para tratar da cooperação aeroespacial entre Brasil e Estados Unidos.

A embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, também presente à reunião, informou que Lula e o presidente americano Joe Biden vão conversar por telefone, provavelmente até o fim desta semana, sobre os assuntos abordados na reunião desta segunda-feira.

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"Os nossos satélites já mandam muitas imagens e informações aos cientistas aqui no Brasil para localizar a destruição da floresta", afirmou Bill Nelson em coletiva de imprensa realizada após o encontro. "Futuramente, três novos satélites vão aumentar nossa capacidade de identificar e impedir o desmatamento."

Bill Nelson explicou também que a agência espacial tem instrumentos que podem ajudar a aumentar a produtividade no campo, que identificam a umidade do terreno e do ar e detectam pragas.

O administrador da Nasa visita nesta terça-feira, 25, as instalações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Embraer, em São Paulo.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, explicou que qualquer tipo de parceria no monitoramento das florestas depende do aval das autoridades científicas que acompanham a política aeroespacial brasileira, que podem apontar a real necessidade de utilização desses equipamentos e a viabilidade do cruzamento de informações.

A ministra lembrou que, em breve, entrará em operação um novo radar que permitirá a captação de imagens através das nuvens e que o Inpe "continua firme e forte, fazendo o seu dever de casa", na qualificação de informações para o combate ao desmatamento na Amazônia.

"A princípio, nós temos total simpatia, tudo que tiver de avanço tecnológico para poder garantir o melhor monitoramento da nossa floresta, nós estamos à disposição", disse a ministra à Agência Brasil. "Nós temos empresas com capacidade de produção para fornecer para a Nasa equipamentos da indústria aeroespacial; então, é um pouco essa troca que nós queremos estabelecer na visita do presidente da Nasa ao Inpe."

Luciana Santos lembrou que a cooperação entre Brasil e EUA na área espacial vem desde a década de 80. Uma das mais importantes parcerias, atualmente, é no Programa Artemis, cujo objetivo é retomar as missões tripuladas à Lua.

A ministra citou ainda um acordo para a utilização da Base de Alcântara, no Maranhão, e do projeto que estuda o fenômeno da ionização da atmosfera.

A reunião com Lula durou cerca de uma hora e meia. Bill Nelson presenteou o presidente com uma foto da última missão não tripulada da Nasa à Lua, entre novembro e dezembro do ano passado.

A Nasa pretende revelar, nesta quarta-feira (12), uma nova imagem tirada pelo telescópio espacial James Webb, exatamente um ano após a publicação dos primeiros instantâneos do cosmos.

Em 12 de julho de 2022, a agência espacial americana revelou as primeiras imagens em cor de seu novo observatório espacial que mostravam nebulosas e aglomerados de galáxias impressionantes. Isso marcou o início das operações científicas dessa preciosidade tecnológica, situada a 1,5 milhão de quilômetros da Terra.

Nenhuma informação foi vazada sobre esta nova imagem surpresa.

A agência repassará o primeiro ano de descobertas durante uma transmissão de vídeo ao vivo pela Internet e agendou eventos locais nos Estados Unidos.

Há um ano, James Webb deslumbra os astrônomos com imagens de uma precisão sem precedentes. O instrumento capturou a galáxia mais distante já detectada, mediu a temperatura de planetas rochosos distantes similares à Terra pela primeira vez e observou estrelas e buracos negros muito jovens.

Esse telescópio mudou a ideia que temos do universo, e suas observações deram origem a um mar de estudos científicos.

Uma de suas principais missões é explorar o universo. Ele também examina os exoplanetas, ou seja, os planetas localizados fora do sistema solar, e ajudará a entender melhor a formação e o ciclo de vida das estrelas.

Entre as imagens espetaculares que nos deu, está a dos emblemáticos “Pilares da Criação”, imensas estruturas de gás e poeira repletas de estrelas em formação, a 6.500 anos-luz da Terra, em nossa galáxia, a Via Láctea.

O observatório custou US$ 10 bilhões e décadas de trabalho. É o sucessor do telescópio espacial Hubble, ainda em funcionamento. Diferentemente do Hubble, que observa o universo sobretudo no espectro visível, o James Webb opera no infravermelho. Isso permite-lhe detectar uma luz muito mais fraca e, portanto, ver muito mais longe.

Como esse comprimento de onda é imperceptível ao olho humano, as imagens são "traduzidas" em cores visíveis.

James Webb tem combustível suficiente para funcionar por 20 anos.

A Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) dá mais um passo rumo a seu objetivo de levar humanos a Marte e comprovar que é possível viver no planeta vermelho. Neste domingo, 25, quatro voluntários entraram em um hábitat terrestre que simula as condições de Marte no Johnson Space Center, um centro de comando de voos tripulados, treinamento e pesquisa da Nasa em Houston, no Texas (EUA). Eles permanecerão 378 dias no local.

Esta é a primeira missão de três simulações com duração de cerca de um ano que a Nasa pretende fazer em seu programa CHAPEA, termo em inglês para Exploração Analógica da Saúde e Desempenho da Tripulação. As outras duas missões serão em 2025 e 2026.

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A agência planeja concretizar uma missão tripulada a Marte na década de 2030. Por isso, está preparando pesquisadores para lidar com os possíveis desafios de uma viagem desse tipo, incluindo limitações de recursos, falhas de equipamentos, atrasos na comunicação e outros estressores ambientais - todos simulados nessas experiências em hábitats terrestres.

Experimento similar, porém mais curto, foi realizado no começo deste mês, quando nove astronautas espanholas da missão Hypatia passaram 12 dias em um deserto de Utah, também nos Estados Unidos, vivendo circunstâncias inóspitas e similares às do planeta vermelho, como baixa umidade e temperaturas extremas.

Um pedaço de Marte no Texas

O habitat terrestre que simula Marte no Johnson Space Center se chama Mars Dune Alpha e tem 158 metros quadrados. Ele tem cozinha, áreas de uso comum, estações de trabalho e dois banheiros, além de uma área externa com murais e areia vermelha que imitam as condições ambientais do planeta vermelho.

Além de viverem dentro do simulador de base espacial, os pesquisadores também farão simulações de caminhadas espaciais no ambiente externo e contarão com a ajuda de sistemas de realidade virtual para isso, afirmou a Nasa.

O objetivo é coletar dados sobre o desempenho físico e cognitivo dos pesquisadores para entender os potenciais impactos em uma missão de longa duração para Marte na saúde e na performance da tripulação. Por isso, serão dois homens e duas mulheres especialistas na simulação:

Kelly Haston, comandante e cientista especializada em doenças humanas;

Ross Brockwell, engenheiro de voo;

Nathan Jones, médico;

Anca Selariu, biomédica.

"Os conhecimentos que ganharemos aqui nos ajudarão a enviar humanos para Marte e trazê-los para casa em segurança", disse Grace Douglas, principal pesquisadora do programa CHAPEA em pronunciamento feito na entrada dos pesquisadores no Mars Dune Alpha.

Não há evidência convincente de vida extraterrestre associada a objetos voadores não identificados (óvnis). Essa foi a conclusão apresentada pela Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), na primeira reunião pública sobre o tema, realizada na quarta-feira (31). Um dos obstáculos para isso ainda é a falta de informações de qualidade, problema que pode ser amenizado com a colaboração da população, segundo a agência.

No encontro, que antecipou os principais pontos de um relatório que será publicado pela Nasa possivelmente em julho, os cientistas da agência dedicados a pesquisar fenômenos anômalos não identificados ("UAPs", em inglês), os populares óvnis ou UFOs, explicaram ainda há escassez de dados úteis e de qualidade sobre os avistamentos.

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"Os esforços atuais de coleta de dados sobre UAPs são assistemáticos e fragmentados em várias agências, muitas vezes usando instrumentos não calibrados para coleta de dados científicos", disse David Spergel, que lidera o grupo de trabalho da Nasa formado em 2022 para examinar as informações existentes sobre os fenômenos.

Spergel ainda afirmou que o grupo "sente que muitos eventos permanecem não relatados". Uma das possíveis explicações para isso é o estigma que ronda o assunto. Desconfiança, deboche e teorias da conspiração, muitas vezes, acabam impedindo ou dificultando um diálogo sobre UAPs com a seriedade que a ciência exige.

"Os pilotos comerciais, por exemplo, relutam muito em relatar anomalias. E um de nossos objetivos, e ter a Nasa desempenhando um papel, é remover o estigma e obter dados de alta qualidade", disse o cientista. A partir do painel realizado, o grupo também quis encorajar os pilotos de linhas aéreas e militares se manifestarem quando virem um objeto não identificado, sem temer constrangimento.

App

Outra forma de fomentar os dados sobre os aparecimentos seria incentivando a própria população a compartilhar os seus relatos. A sugestão de Spergel seria um aplicativo de celular, que permitiria a coleta de dados.

"Existem de três a quatro bilhões de telefones celulares no mundo", disse Spergel. "Os telefones celulares não gravam apenas imagens, estamos todos acostumados com câmeras de celulares, mas eles medem o campo magnético local, são gravitômetros, medem som, codificam uma quantidade enorme de informações sobre o ambiente ao seu redor", argumentou o cientista.

"Se você tem algo visto por vários telefones celulares, com bons dados de registro de data e hora, em vários ângulos, pode inferir a localização e a velocidade desse objeto", disse Spergel. "Na maioria das vezes, isso dirá que é um avião, é um balão, seja o que for. E se for algo novo, você tem dados de alta qualidade e uniformemente selecionados que podem ser usados.", complementou.

Com a ferramenta, os dados podem ser combinados com informações coletadas pelos radares oficiais e dados obtidos a partir de outros sensores, para poder filtrar o que realmente é importante, eliminando o que pode ser normal, como um balão, por exemplo. Assim, a agência conseguiria ter acesso a um número muito maior de dados, com potencial para novas descobertas.

Na primeira reunião pública da Nasa sobre "objetos voadores não identificados", conhecidos como óvnis, os cientistas pediram, nesta quarta-feira (31), uma abordagem científica mais rigorosa para esclarecer a origem de centenas de avistamentos misteriosos.

No ano passado, a agência espacial anunciou que estava analisando observações no céu que não podem ser identificadas como fenômenos aéreos ou naturais, um tema que fascina o público há bastante tempo, mas foi rejeitado pela ciência convencional.

Uma equipe independente de 16 cientistas deve apresentar suas conclusões em um relatório no final de julho. A reunião de trabalho desta quarta será um fórum para suas deliberações finais.

"Os dados atuais e os relatórios de testemunhas não bastam por si só para proporcionar provas conclusivas", declarou o astrofísico David Spergel, presidente do estudo, em declarações transmitidas ao vivo.

"Uma das lições que tiramos é a necessidade de mais dados de alta qualidade e de dados medidos com instrumentos bem calibrados, múltiplas observações e a necessidade de uma conservação de dados de alta qualidade", acrescentou.

Ao longo de 27 anos foram reunidos mais de 800 eventos, dos quais entre 2% e 5% são considerados possivelmente anômalos, explicou a jornalista científica Nadia Drake, participante do estudo.

Estes são definidos como "qualquer coisa que não seja facilmente compreensível pelo operador ou pelo sensor" ou "que está fazendo algo estranho".

Um exemplo de fenômeno inexplicável é um globo metálico voador avistado por um drone MQ-9 em um lugar não revelado do Oriente Médio, afirmou Sean Kirkpatrick, diretor do escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios do Pentágono, ao reproduzir um vídeo exibido pela primeira vez ao Congresso dos EUA no mês passado.

"Este é um exemplo típico de uma coisa que vemos a maioria das vezes. Vemos isso por todo o mundo, fazendo manobras aparentes muito interessantes", acrescentou.

Enquanto as sondas e os exploradores da Nasa rastreiam o sistema solar em busca de fósseis de micróbios antigos, e seus astrônomos buscam sinais de civilizações inteligentes em planetas distantes, esta é a primeira vez que a Nasa investiga fenômenos inexplicáveis nos céus da Terra.

A postura da agência no passado era "desacreditar" tais avistamentos, o que reforçava o estigma sobre a busca por vida extraterrestre.

O trabalho da Nasa, que se baseia em material não classificado, é independente de uma investigação do Pentágono, embora haja coordenação entre ambos em questões de aplicação de ferramentas e métodos científicos.

"Até o dia de hoje, na literatura científica arbitrada, não há provas conclusivas que sugiram uma origem extraterrestre para os objetos voadores não identificados", resumiu a jornalista Nadia Drake.

A agência espacial americana, Nasa, anunciou na segunda-feira, 15, uma nova descoberta surpreendente do Telescópio Espacial James Webb. Com o observatório foi possível identificar, pela primeira vez, vapor de água em torno de um cometa, o Read (238P). "O cometa do Cinturão Principal 238P/Read tem uma cabeleira de vapor d'água, escrevem os cientistas em artigo publicado na revista científica Nature.

A descoberta é um avanço científico importante, pois indica que o gelo do sistema solar pode ser preservado naquela região. A detecção inédita, porém, veio junto a um novo mistério: ao contrário de outros cometas, no Read não havia dióxido de carbono (CO2) detectável.

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"Nosso mundo encharcado de água, repleto de vida e único no universo, até onde sabemos, é um mistério. Não temos certeza de como toda essa água chegou aqui", disse Stefanie Milam, vice-cientista do projeto Webb e coautora do estudo relatando a descoberta, em nota. "Entender a história da distribuição de água no sistema solar nos ajudará a entender outros sistemas planetários e se eles podem estar a caminho de hospedar um planeta semelhante à Terra."

Os cientistas há muito especulam que o gelo de água poderia ser preservado no cinturão de asteroides mais quente, dentro da órbita de Júpiter, mas a prova definitiva era ilusória. "No passado, vimos objetos no Cinturão Principal com todas as características dos cometas, mas apenas com esses dados espectrais precisos do Webb podemos dizer que sim, é definitivamente água gelada que está criando esse efeito", explicou o astrônomo Michael Kelley, da Universidade de Maryland, autor principal do estudo.

"Com as observações de Webb do cometa Read, podemos agora demonstrar que o gelo de água do início do sistema solar pode ser preservado no cinturão de asteroides", destacou.

Cometa

O Cometa Read, segundo a Nasa, fica no Cinturão Principal, que se situa entre Marte e Júpiter. O que diferencia um cometa e um asteroide é que o material congelado do primeiro se vaporiza à medida que se aproximam do Sol, o que dá a eles a cauda fluida.

Conforme a Nasa, a falta de dióxido de carbono foi uma surpresa maior. Normalmente, ele compõe cerca de 10% do material volátil em um cometa. A equipe científica levantou duas hipóteses para isso. Na primeira, pensam que o Read tinha dióxido de carbono quando se formou, mas o perdeu por causa das temperaturas quentes. Por outro lado, pode ter se formado em um bolsão particularmente quente do sistema solar, onde sem dióxido de carbono disponível.

Agora, os cientistas querem ver se outros cometas do Cinturão Principal se comparam ao Read. "Esses objetos no cinturão de asteroides são pequenos e fracos, e com o Webb podemos finalmente ver o que está acontecendo com eles e tirar algumas conclusões. Outros cometas do cinturão principal também carecem de dióxido de carbono? De qualquer forma, será emocionante descobrir", disse diz a astrônoma Heidi Hammel, da Associação de Universidades para Pesquisa em Astronomia (AURA), em nota.

Já Milam imagina aproximar a pesquisa de casa de casa. "Agora que Webb confirmou que há água preservada tão perto quanto o cinturão de asteroides, seria fascinante acompanhar essa descoberta com uma missão de coleta de amostras e aprender o que mais os cometas do Cinturão Principal podem nos dizer."

A existência de água em Marte não é novidade para cientistas. Até então, evidências encontradas por pesquisadores sugeriam a presença de lagos ou riachos no planeta. Entretanto, novas imagens reveladas pela Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) estão levando os cientistas a repensarem a ideia sobre os ambientes aquáticos em Marte, uma vez que indicam a existência de um rio possivelmente volumoso e agitado.

Os registros foram obtidos pelo rover Perseverance da Nasa, que está em missão desde 2020 explorando a geologia e o clima passado de Marte. O Perseverance está explorando o topo de uma pilha de rochas sedimentares em forma de leque que tem 250 metros de altura e apresenta camadas curvas que sugerem água corrente. As imagens, divulgadas no dia 11 de maio, mostram grãos de sedimentos grosseiros e pedras.

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"Isso indica um rio de alta energia que está transportando muitos detritos. Quanto mais poderoso o fluxo de água, mais facilmente é capaz de mover pedaços maiores de material", disse Libby Ives, pesquisadora de pós-doutorado no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa no sul da Califórnia, que opera o rover Perseverance, em comunicado divulgado pela agência espacial.

De acordo com a Nasa, ter mais compreensão sobre os ambientes aquáticos de Marte ajuda os cientistas a procurarem sinais de vida microbiana antiga que pode ter sido preservada nas rochas do planeta.

A imagem divulgada pela Nasa é um mosaico composto por 203 imagens individuais que foram costuradas após serem enviadas de Marte. Esta visão de cores naturais é aproximadamente como a cena pareceria para uma pessoa comum se ela estivesse em Marte.

O local explorado pelo rover Perseverance é apelidado pelos cientistas de "Skrinkle Haven". Segundo a Nasa, os cientistas têm certeza de que essas camadas curvas registradas foram formadas por uma água que flui de maneira intensa, mas agora a dúvida é entender que tipo de rio seria. Ele pode ser um rio que "serpenteia" como uma cobra pela paisagem, a exemplo do Rio Mississipi, ou um rio trançado que forma pequenas ilhas, como o Platte de Nebraska.

Isso porque, quando vistas do solo, essas camadas dão sinais de que podem ser os restos das margens de um rio que mudaram ao longo do tempo, ou os restos de bancos de areia que se formaram no rio. A especulação dos pesquisadores é de que as camadas provavelmente eram muito mais altas no passado. A suspeita deles é que depois que essas pilhas de sedimentos se transformaram em rocha, elas foram sopradas pelo vento ao longo das eras e esculpidas até o tamanho atual.

Cientistas da NASA divulgaram uma versão aprimorada da foto do buraco negro no centro da galáxia M87. A imagem utilizou machine learning para aumentar a resolução no que é, ao menos por enquanto, a visão mais nítida que temos do fenômeno celeste.

Segundo o Institute for Advanced Study, a imagem foi obtida através de uma nova plataforma que recebeu centenas de imagens simuladas de buracos negros. A partir dessa calibragem, os cientistas foram capazes de usar a máquina para melhor interpretar as leituras tiradas por telescópios e satélites.

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Na prática, a plataforma criou uma espécie de reconstrução da imagem original, utilizando os dados coletados via telescópio para criar uma visão mais fiel de como é o buraco negro e o anel de gás que o envolve. O resultado final mostra que a escuridão ao centro do buraco negro era ainda maior do que o imaginado.

O buraco negro da M87 está situado a 50 milhões de anos-luz da Terra e teve as primeiras imagens divulgadas em 2019.

 

 

À primeira vista parece uma casa comum, com quatro quartos e uma academia. Mas, na verdade, é uma casa criada com uma impressora 3D e pensada para que, a partir de junho, quatro pessoas vivam ali confinadas durante um ano, simulando a vida no planeta Marte.

O habitat, chamado Mars Dune Alpha, foi revelado na terça-feira e está localizado nas instalações de pesquisa do Centro Espacial Johnson da Nasa, em Houston, Texas. Aqueles que residirem lá ajudarão a preparar uma futura missão ao planeta vermelho.

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Ao medir seu desempenho e habilidades cognitivas, a Nasa entenderá melhor os "recursos" que devem ser fornecidos durante esta ambiciosa jornada, explica Grace Douglas, principal pesquisadora do programa chamado CHAPEA, que supervisiona este experimento.

É um ponto crucial, dados "os limites de peso muito restritivos que podem ser enviados nessas missões", acrescenta.

A casa de 160 metros quadrados inclui uma fazenda vertical para cultivo de vegetais, uma sala dedicada a procedimentos médicos, uma área de relaxamento e estações de trabalho.

Há também uma porta que leva a uma área de simulação do ambiente marciano. No chão de areia vermelha há uma estação meteorológica, uma pequena estufa e uma esteira, onde os voluntários caminharão suspensos por correias.

"Não podemos fazê-los andar em círculos por seis horas", brinca Suzanne Bell, gerente de programa do Laboratório de Desempenho e Saúde Comportamental da Nasa. Ela explica que esta área replicará o esforço e o tempo necessários para a atividade física em Marte.

Os nomes dos voluntários ainda não foram divulgados, mas não serão astronautas. Eles estarão sob estresse regularmente, com restrições de água ou falhas de equipamento, por exemplo.

Esta casa foi impressa em 3D. "Esta é uma das tecnologias que a Nasa está buscando para potencialmente construir habitats na superfície de outros planetas ou na Lua", diz Grace Douglas.

A agência espacial americana está preparando uma viagem de ida e volta a Marte, mas ainda faltam vários detalhes. Essa viagem, que duraria vários anos, poderia ocorrer "no final da década de 2030", segundo o administrador da Nasa, Bill Nelson.

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